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16/08/2013 1 SISTEMA LADME LIBERAÇÃO ABSORÇÃO DISTRIBUIÇÃO METABOLISMO EXCREÇÃO Farmacocinética Estuda quantitativamente a cronologia dos processos metabólicos da absorção, distribuição, biotransformação e eliminação. DROGA FARMACOCINÉTICA •Vias de administração •Absorção •Distribuição •Biotransformação •Eliminação ORGANISMO FARMACODINÂMICA •Local de ação •Mecanismo de ação •Efeitos Concentração no local do receptor RELAÇÕES ENTRE FARMACOCINÉTICA E FARMACODINÂMICA Farmacocinética Movimento da droga no organismo Torna previsível o efeito da droga Quantifica todas as fazes de interação droga organismo Dificuldades: Variação Biológica Modelos matemáticos Dose da droga administrada Concentração da droga na circulação sistêmica Concentração da droga no local de ação Efeito farmacológico Resposta clínica Toxicidade Eficácia ABSORÇÃO DISTRIBUIÇÃO ELIMINAÇÃO Droga metabolizada ou excretada Droga nos tecidos de distribuição FARMA- COCINÉ- TICA FARMACO- DINÂMICA FINALIDADE DA FARMACOCINÉTICA Avaliar o (in)sucesso de uma terapêutica Avaliar a extensão e velocidade de chegada do fármaco ao seu local de ação Prever condições não testadas experimentalmente, tais como dosagens, intervalos de administração, etc. Prever níveis teciduais Descrever matematicamente o organismo 16/08/2013 2 Em resumo... Na FARMACOCINÉTICA procuramos avaliar a concentração das drogas e seus metabólitos nos diferentes compartimentos (tecidos) e sua excreção, prevendo, dessa maneira, seus efeitos. Porém... A concentração está correlacionada a : Via de administração Dose Tempo de eliminação Tempo de observação Sistemas de liberação de drogas Sistemas de liberação de drogas Fatores que influenciam... Forma farmacêutica Metodologia de fabricação (por ex.:força de compressão) Excipientes usados (tipo e quantidade) Características fisico-químicas do fármaco (por exp.: ionização, pH,...) Local da liberação Tamanho das partículas Motilidade gastro-intestinal. Presença de alimentos (líquidos, refeição, etc.) FORMAS FARMACÊUTICAS FINALIDADES Doses exatas, Proteger contra a ação do suco gástrico, Mascarar sabor e odor, Facilitar a administração das formas instáveis e insolúveis, Propiciar ação local (tópico), Facilitar ação em orifícios, Propiciar ação mais profunda nos tecidos FORMAS FARMACÊUTICAS •COMPRIMIDOS •CÁPSULAS •DRÁGEAS •SOLUÇÕES xaropes gotas para uso oral gotas oftálmicas preparações para uso intramuscular e intravenoso aerossóis (meio gasoso) •SUSPENSÕES •SUPOSITÓRIOS •ÓVULOS VAGINAIS •CREMES E POMADAS •ETC FORMAS FARMACÊUTICAS SISTEMAS DE LIBERAÇÃO, AÇÃO PROLONGADA E AÇÃO CONTROLADA DE FÁRMACOS São formas farmacêuticas com ação prolongada São formas farmacêuticas com liberação controlada 16/08/2013 3 SISTEMAS DE LIBERAÇÃO, AÇÃO PROLONGADA E AÇÃO CONTROLADA DE FÁRMACOS Objetivos controlar a duração da eficiência; controlar e direcionar o agente de liberação no organismo; reduzir a toxicidade e efeitos colaterais indesejáveis; prevenir ou reduzir o abuso ou uso indiscriminado do agente; otimizar a ação e desempenho do agente. SISTEMAS DE LIBERAÇÃO, AÇÃO PROLONGADA E AÇÃO CONTROLADA DE FÁRMACOS Vantagens: •Econômicas •Terapêuticas SISTEMAS DE LIBERAÇÃO, AÇÃO PROLONGADA E AÇÃO CONTROLADA DE FÁRMACOS Vantagens adesão do paciente – simplifica esquema posológico manutenção do nível terapêutico – efeitos farmacológicos redução dos picos plasmáticos – melhor eficácia redução dos efeitos colaterais proteção do fármaco economia SISTEMAS DE LIBERAÇÃO, AÇÃO PROLONGADA E AÇÃO CONTROLADA DE FÁRMACOS Desvantagens: custo inicial é mais elevado que as formas farmacêuticas convencionais não permite a terminação imediata da terapia cinética de liberação é dependente da integridade da forma farmacêutica risco de alteração do esquema de liberação prolongada Via oral – decomposição TGI e absorção limitada Fármacos com pequena faixa terapêutica - toxicidade SISTEMAS DE LIBERAÇÃO, AÇÃO PROLONGADA E AÇÃO CONTROLADA DE FÁRMACOS Substâncias “ RETARD ” Formas RETARD - via parenteral substâncias representadas por grossas moléculas coloidais – malha na solução aquosa ou oleosa – dificuldade absorção (Soluções coloidais, PVP, Dextrana, Pectina, Derivados da celulose) SISTEMAS DE LIBERAÇÃO, AÇÃO PROLONGADA E AÇÃO CONTROLADA DE FÁRMACOS Substâncias “ RETARD ” Formas RETARD - via oral Microcápsulas, Retard (comprimido mármoreo), Multicapa, Comprimidos duplamente recobertos, Drágeas duplex. Formas RETARD - via oftálmica Nanocápsulas em colírios de liberação lenta 16/08/2013 4 SISTEMAS DE LIBERAÇÃO, AÇÃO PROLONGADA E AÇÃO CONTROLADA DE FÁRMACOS Substâncias “ RETARD ” Formas RETARD - via transdérmica Semelhante a emplasto. NOVOS SISTEMAS DE ADMINISTRAÇÃO -Bioadesivos; -Pró-drgas; -Transportadores macromoleculares; -Transportadores celulares; -Micropartículas e nanopartículas; -Anticorpos monoclonais; -Genes Vias de administração FATORES QUE DETERMINAM A ESCOLHA DA VIA DE ADMINISTRAÇÃO Tipo de ação desejada Rapidez de ação desejada Natureza do medicamento CLASSIFICAÇÃO DAS VIAS DE ADMINISTRAÇÃO ENTERAIS PARENTERAIS DIRETAS INDIRETAS Oral Intravenosa (IV) Cutânea Bucal Intramuscular (IM) Respiratória Sublingual Subcutânea Conjuntival Retal Intradérmica Genitourinária Intra-articular Intracanal Intra-arterial Peridural Intratecal Intracárdica Vias de administração - Enteral VIA ORAL VANTAGENS? DESVANTAGENS? Vias de administração - Enteral VIA ORAL VANTAGENS: Auto-administração, econômica, fácil Confortável, Indolor Possibilidade de remover o medicamento Efeitos locais e sistêmicos Formas farmacêuticas: cápsulas, comprimidos.... 16/08/2013 5 Vias de administração - Enteral VIA ORAL DESVANTAGENS: Absorção variável (ineficiente) Período de latência médio a longo Ação dos sucos digestivos / pH do trato gastrintestinal Interação com alimentos Pacientes não colaboradores (inconscientes) Sabor Fenômeno de primeira passagem Vias de administração - Enteral VIA BUCAL (uso local: mucosa oral ) SUBLINGUAL (uso sistêmico mucosa sub-lingual) Vias de administração - Enteral VIA BUCAL (uso local: mucosa oral ) SUBLINGUAL (uso sistêmico mucosa sub-lingual) - VANTAGENS: Fácil acesso e aplicação Cai direto na circulação sistêmica Latência curta Emergência Formas farmacêuticas: comprimidos, pastilhas, soluções, aerossois, etc... DESVANTAGENS: Pacientes inconscientes Irritação da mucosa Dificuldade em pediatria Vias de administração - Enteral VIA RETAL VANTAGENS? DESVANTAGENS? Vias de administração - Enteral VIA RETAL VANTAGENS Cai direto na circulação sistêmica Pacientes não colaboradores (semi-conscientes, vômitos) Impossibilidade da via oral Impossibilidade da via parenteral Formas farmacêuticas:supositórios. DESVANTAGENS Lesão da mucosa Incômodo Expulsão Absorção irregular e incompleta Vias de administração - Parenteral VIA INTRAMUSCULAR VANTAGENS? DESVANTAGENS? 16/08/2013 6 Vias de administração - Parenteral VIA INTRAMUSCULAR VANTAGENS Efeito rápido com segurança Via de depósito Fácil aplicação DESVANTAGENS Dolorosa Substâncias irritantes ou com pH diferente Não suporta grandes volumes Absorção relacionada com tipo de substância: sol. aquosa - absorção rápida sol. oleosa - absorção lenta Formas farmacêuticas: injeções Músculos: deltóide, glúteo, vasto lateral Vias de administração - Parenteral VIA ENDOVENOSA VANTAGENS? DESVANTAGENS? Vias de administração - Parenteral VIA ENDOVENOSA VANTAGENS Efeito farmacológico imediato Controle da dose Admite grandes volumes Permite substâncias com pH diferente da neutralidade DESVANTAGENS Efeito farmacológico imediato Material esterilizado Pessoal competente Irritação no local da aplicação Facilidade de intoxicação Acidente tromboembólico Vias de administração - Parenteral VIA ENDOVENOSA Tipos de medicamentos injetados na veia soluções solúveis no sangue líquidos hiper, iso ou hipotônicos sais orgânicos eletrólitos medicamentos não oleosos não deve conter cristais visíveis em Suspensão Vias de administração - Parenteral VIA ENDOVENOSA COMPLICAÇÕES Flebites, tromboflebites, acidentes embólicos Infecções Extravasamento Necrose Sobrecarga circulatória Reações alérgicas Vias de administração - Parenteral VIA VAGINAL Preparações higiênicas femininas Contraceptivos Drogas para induzir trabalho de parto Formas farmacêuticas: óvulos, gel, pomadas, soluções, emulsões 16/08/2013 7 Vias de administração - Parenteral VIA SUBCUTÂNEA Absorção constante e lenta Implante de Pellets (sobre a pele) Substâncias não irritantes (terminais nervosos) Vias de administração - Parenteral VIA INTRADÉRMICA Fácil acesso Ações locais e sistêmicas Vacinas e testes alergenos Formas farmacêuticas: cremes, pomadas. Sistema ADME Sistema ADME MODELOS FARMACOCINÉTICOS A transferência do fármaco de um compartimento para o outro segue regras da cinética – que esta relacionada com a velocidade de transferência. MODELOS FARMACOCINÉTICOS Modelo de um compartimento 16/08/2013 8 Modelo de um Compartimento Ka C V Kel Compartimento Central (sangue) Ka – constante da taxa de absorção Kel – Constante de taxa eliminação C – concentração da droga V – Volume aparente de distribuição MODELOS FARMACOCINÉTICOS Modelo de dois compartimentos Modelo de dois Compartimentos Ka C1 V1 Kel Compartimento Central (sangue) Ka – constante da taxa de absorção Kel – Constante de taxa eliminação K 12 e K21 – constantes das taxas de transferência entre dois compartimentos C – concentração da droga V – Volume aparente de distribuição C2 V2 K12 K21 Compartimento Periférico (tecidos) Ordem dos processos cinéticos Ordem zero Primeira ordem Segunda ordem Cinética de Michaelis-Menten Ordem dos processos cinéticos Ordem zero A velocidade de transferência da droga não depende da concentração. A velocidade de transferência do compartimento 1 para o 2 é constante, em relação ao tempo. Ex. infusão contínua Ordem dos processos cinéticos Primeira ordem A velocidade com que a droga sai de um compartimento do organismo é proporcional a sua concentração. Ex. a maioria das drogas usadas por via oral 16/08/2013 9 Ordem dos processos cinéticos Cinética de Michaelis-Menten Ocorre um fenômeno de saturação nas concentrações mais elevadas da droga. Existe um processo de ordem zero nas concentrações mais elevadas e um processo de 1º ordem nas concentraçõs menos elevadas. Ex: cinética do etanol; ác salicilico FARMACOCINÉTICA ABSORÇÃO Adm. Oral Epitélio gastrointestinal Sangue/linfa Barreira hematoencefálica Sistema circulatório cerebral Membrana das células cerebrais Ação farmacológica específica no SNC. Absorção = fármaco no sangue. Adm. Intravenosa ou intra arterIal = absorção ABSORÇÃO Para se estudar a absorção de fármacos deve-se considerar: MEMBRANA BIOLÓGICA 16/08/2013 10 ABSORÇÃO PROPRIEDADES FISICO- QUÍMICAS DOS FÁRMACOS. a . Lipossolubilidade b . Hidrossolubilidade c . Estabilidade Química d . Peso Molecular e . Carga Elétrica f . Forma Farmacêutica; g . Concentração do Fármaco. IONIZAÇÃO DE ÁCIDOS FRACOS E BASES FRACAS C12H11CIN3NH3 + C12H11CIN3NH2 + H + Cátion de Pirimetamina Próton Pirimetamina neutra C8H7O2COOH C8H7O2COO - + H + Aspirina Ânion de Próton neutra aspirina ABSORÇÃO ELETRÓLITOS FRACOS e a INFLUÊNCIA do pH pH + log HA A- pKa = pH + log B+ BOH A constante de dissociação ácida (pKa) é aquela onde o composto se encontra 50% na sua forma ionizada e 50% na sua forma não ionizada 16/08/2013 11 ABSORÇÃO De acordo com BRODIE : a. Há rápida absorção pelo TGI, se a forma não ionizada do fármaco for lipossolúvel; b. Os fármacos podem ser mal absorvidos no intestino se: estiverem completamente ionizados nesse meio; se a forma não ionizada não for lipossolúvel; se for instável no intestino; se for insolúvel no pH do conteúdo intestinal. ABSORÇÃO ABSORÇÃO TIPOS DE ABSORÇÃO Processos Passivos •Difusão Simples ou Passiva Ser apolar; Possuir peso mole- cular compatível com a bicamada lipídica; Ser lipossolúvel ABSORÇÃO TIPOS DE ABSORÇÃO Processos Passivos Filtração Ultrafiltração no glomérulo renal; Filtração através do líquido cefalorraquidiano para o plasma sangüíneo; Ao nível dos capilares onde se observa as forças hidrostática e osmótica. ABSORÇÃO TIPOS DE ABSORÇÃO Processos Ativos Difusão Facilitada Transporte Ativo O soluto (fármaco) se move contra um gradiente de concentração ou um gradiente eletroquímico; A velocidade do transporte ativo é limitada pela disponibilidade do transportador; Este transporte é seletivo; Pode haver inibição competitiva entre substâncias transportadas pelo mesmo sistema; ABSORÇÃO TIPOS DE ABSORÇÃO Processos Ativos Vesicular (Fagocitose e Pinocitose) 16/08/2013 12 DISTRIBUIÇÃO DISTRIBUIÇÃO DISTRIBUIÇÃO VOLUME REAL E APARENTE DE DISTRIBUIÇÃO VR = 42 litros VD = L/Kg Antidepressivos tricíclicos VD = 20L/Kg Warfarin VD = 0,1L/Kg DISTRIBUIÇÃO Fatores que podem variar o VD dos fármacos: Dependentes do fármaco: lipossolubilidade; ionização; grau de ligação com proteínas plasmáticas ou proteínas teciduais. Dependentes do paciente: idade, peso e tamanho corporais, hemodinâmica, concentração de proteínas plasmáticas, estadospatológicos, genética. DISTRIBUIÇÃO BARREIRA HEMATOENCEFÁLICA DISTRIBUIÇÃO BARREIRA HEMATOENCEFÁLICA 16/08/2013 13 DISTRIBUIÇÃO BARREIRA PLACENTÁRIA DISTRIBUIÇÃO ACUMULAÇÃO Exemplos: Hg; Bi : baço rim e fígado; Tiopental e DDT : gordura; Tetraciclina, Pb : tecido ósseo BIODISPONIBILIDADE É a fração do fármaco que atinge a circulação sistêmica; É expressa como a fração do fármaco administrado que tem acesso a circulação sistêmica na forma quimicamente inalterada; Quantidade de fármaco disponível no organismo para utilização; A absorção adequada não garante biodisponibilidade alguns fármacos são metabolizados no fígado antes de atingirem a circulação geral; Influencia a resposta clínica, escolha de doses e vias de administração. DISTRIBUIÇÃO DISTRIBUIÇÃO BIODISPONIBILIDADE DISTRIBUIÇÃO BIODISPONIBILIDADE Fatores podem influir na biodisponibilidade de um fármaco: Vias de administração; Dose; Características do fármaco; Características do paciente. 16/08/2013 14 DISTRIBUIÇÃO MEIA – VIDA É o tempo necessário para reduzir a quantidade da droga no corpo à metade durante o processo de eliminação . Depende do volume de distribuição e da depuração: t1/2 = 0,7* x Vd CL *Constante por aproximação do logaritmo natural 2 DISTRIBUIÇÃO GRAU DE ABSORÇÃO Absorção incompleta, principalmente pelo intestino (Digoxina 70%). Glicoproteína P grapefruit ELIMINAÇÃO DE PRIMEIRA PASSAGEM (Relação de Extração - RE) Metabolização pelo sistema hepático. RE = CLhepática Q Q= fluxo sanguíneo hepático =90L/h num indivíduo de 70 kg DISTRIBUIÇÃO TAXA DE ABSORÇÃO Ordem zero a velocidade independe da quantidade da droga que permanece no intestino (P.ex.: taxa de esvaziamento gástrico e formulação de liberação lenta); Primeira ordem absorção proporcional à concentração gastrointestinal (dose totalmente dissolvida nos líquidos intestinais) DISTRIBUIÇÃO BIODISPONIBILIDADE SISTÊMICA (F) Prevista a partir do grau de absorção (f) e da relação de extração (RE). F = f x (1-RE) Ex. Morfina Absorção praticamente completa por via oral f = 1 Relação de extração hepática RE=0,67 Assim: F=1x(1-0,67) F=0,33 Biodisponibilidade de aproximadamente 33% DISTRIBUIÇÃO RE RE Lidocaína Clorpropamida Verapamil Diazepan Isoniazida Fenitoína Morfina Teofilina Propranolol Tolbutamina ADT Varfarina 16/08/2013 15 METABOLIZAÇÃO Qual a função da biotransformação de fármacos??????? METABOLIZAÇÃO NH2 NH2 OH beta-naftilamina (não carc.) alfa-hidroxi-beta-naftilamina ( carc.) conjugação (fígado) NH2 O - C6H10O6 Hidrólise beta-glicuro- nidase NH2 OH (não carcinogênico) METABOLIZAÇÃO REAÇÕES DE BIOTRANSFORMAÇÃO METABOLISMO DAS DROGAS Representação esquemática Metabolismos de FASE I : convertem o fármaco original em um metabólito mais polar. O metabólito resultante pode ser farmacologicamente inativo, menos ativo ou, às vezes, mais ativo que a molécula original. Algumas drogas polares são conjugadas na sua forma original sem passarem por reações da Fase I. METABOLIZAÇÃO Reação de fase I e II no hepatócito METABOLIZAÇÃO ENZIMAS RESPONSÁVEIS PELA BIOTRANSFORMAÇÃO FRAÇÃO MICROSSOMAL 16/08/2013 16 METABOLIZAÇÃO METABOLIZAÇÃO METABOLIZAÇÃO METABOLIZAÇÃO METABOLIZAÇÃO FRAÇÃO MITOCONDRIAL MAO FRAÇÃO SOLÚVEL E PLASMA SANGUÍNEO Estearases, Amidases, Desidrogenases REAÇÕES DE FASE I Reações pré-Sintéticas REDUÇÃO, HIDRÓLISE. OXIDAÇÃO, Resultam em produtos, em geral, mais reativos quimicamente e, portanto, algumas vezes mais tóxicos ou carcinogênicos do que a droga original Preparam a droga para sofrer a reação de fase II. 16/08/2013 17 METABOLIZAÇÃO REAÇÕES DE BIOTRANSFORMAÇÃO REAÇÕES PRÉ-SINTÉTICAS 1. OXIDAÇÃO MICROSSOMAL São reações que requerem NADPH e oxigênio molecular. 2. OXIDAÇÃO NÃO MICROSSOMAL Álcool desidrogenase e aldeído desidrogenase 3. REDUÇÃO 4. HIDRÓLISE Enzimas hidrolíticas (estearases e amidases) METABOLIZAÇÃO Oxidação do anel aromático: resulta na formação de fenóis. CH2 - CH - NH2 CH3 HO CH2 - CH - NH2 CH3 (anfetamina) (p-hidroxianfetamina) Oxidação Microssomal Oxidação da cadeia alifática: a oxidação ocorre no carbono terminal primário, com formação de álcoois e ácidos carboxílicos, ou então, no penúltimo carbono secundário com formação de álcoois secundários Oxidação Microssomal O CH3 CH3 CH3 C5H11 OH OH C5H11 CH3 CH3 O CH2OH Delta 9 - tetrahidrocanabinol O CH3 CH3 C5H11 OH COOH CH2OH O CH3 CH3 OH (CH2)2 - CH - C2H5 OH Ác. delta9 - tetrahidrocanabinol- 9 -carboxilílico 11,16 -dihidroxi-delta9 -THC Oxidação Microssomal N-desalquilação: grupos N-metil, N-etil e N- alquil são removidos por processos de oxidação e convertidos a aldeídos correspondentes (formaldeído, acetaldeído, etc.) HO HO O N-CH3 O HO HO N-H (morfina) (nor-morfina) Oxidação Microssomal O-desalquilação : semelhante a anterior. HO O N-CH3 CH3O N-CH3 O HO OH(codeína) (morfina) 16/08/2013 18 Oxidação Microssomal S-Desalquilação : Reações de oxidação semelhante às reações N- ou O- desalquilação. Ocorre em compostos metil- tioéteres. N N N N S-CH3 H N N N N H S-H + HCHO (metiltiopurina) (mercaptopurina) (O) Oxidação Microssomal S-Oxidação : em uma fase inicial ocorre a formação da forma sulfóxido, e o processo se completa com a formação da sulfona correspondente. Outro exemplo consiste na reação de dessulfuração, com formação de oxicompostos nas correspondentes formas oxons. H - N - C = O S = C C C2H5 CH (CH3) - (CH2)2 CH3H - N - C = O H - N - C = O CH3 CH (CH3) - (CH2)2 C2H5 C H - N - C = O O = C (tiopental) (pentobarbital) Oxidação Não Microssomal Oxidação não microssomal do álcool etílico C2H5OH ADH CH3COH NAD+ NADH + H+ Redução Compostos aromáticos com nitrogrupos sofrem redução com formação do derivado amínico correspondente, tendo como catalisador nitro-redutases. NH N O NO2 O N NH NH2 (nitrazepam) Hidrólise É um processo de biotransformação restrito aos ésteres e amidas. COOH O - C - CH3 O COOH OH + CH3COOH (ácido acetilsalicílico) (ácido salicílico) METABOLIZAÇÃO 16/08/2013 19 METABOLIZAÇÃO REAÇÕES DE FASE II Reações sintéticas ou de conjugação Resultam normalmente em compostos inativos METABOLIZAÇÃO REAÇÕES SINTÉTICAS OU DE CONJUGAÇÃO 1. Conjugação Glicurônica (UDPGA) Compostos contendo grupos hidroxila, carboxila, amino e sulfidrila, por substituição do hidrogênio. 2. Conjugação com Sulfato (PAPS) Ocorre com álcoois, fenois e aminas primárias. 3. Conjugação com a Glicina Ácidos caboxílicos METABOLIZAÇÃO METABOLIZAÇÃO O que pode acontecer se a metabolização for acelerada? E se a mesma for inibida? METABOLIZAÇÃO FATORES QUE MODIFICAM ABIOTRANSFORMAÇÃO Indução Microssomal Hidrocarbonetos aromáticos (3,4- benzopireno); barbitúricos (fenobarbital, barbital); praguicidas (DDT, Aldrin); contaminantes ambientais; flavonas; derivados cumarínicos; esteróides (propionato de testosterona); xantinas (cafeína); antiinflamatórios (Fenilbutazona); etc.. 16/08/2013 20 INDUÇÃO ENZIMÁTICA A estimulação da atividade das enzimas microssomais por medicamentos e outras substâncias representa importante problema clínico. Aumenta a velocidade de biotransformação hepática da droga Aumenta a velocidade de produção dos metabólitos Aumenta a depuração plasmática da droga Diminui a meia-vida sérica da droga Diminui as concentrações séricas da droga livre e total Diminui os efeitos farmacológicos se os metabólitos forem inativos. Um indutor pode estimular ativamente a síntese de uma enzima O citocromo P450 é rapidamente induzido por muitas drogas METABOLIZAÇÃO FATORES QUE MODIFICAM A BIOTRANSFORMAÇÃO Inibição Microssomal Diminui a velocidade de produção de metabólitos Diminui a depuração total Aumenta a meia vida da droga no soro Aumenta as concentrações séricas da droga livre e total Aumenta os efeitos farmacológicos se os metabólitos forem inativos METABOLIZAÇÃO FATORES QUE MODIFICAM A BIOTRANSFORMAÇÃO Inibição Não Microssomal IMAO = animas (anfetaminas), organomercuriais, cocaína. Iacetilcol. = organofosforados e carbamatos. Inibidores da biotransformação de drogas: Exposição aguda ao etanol Cloranfenicol e alguns outros antibióticos Cimetidina Dissulfiram Propoxifeno Enzimas que sofrem interferência de inibidores: Colinesterases, Monoaminooxidase (MAO), Aldeído Desidrogenase, Álcool Desidrogenase Citocromo P450. METABOLIZAÇÃO FATORES QUE MODIFICAM A BIOTRANSFORMAÇÃO Fatores Genéticos Idade Estado Nutricional Estado Patológico METABOLIZAÇÃO 16/08/2013 21 EXCREÇÃO RENAL ► As unidades anatômicas funcionais do rim são os néfrons. ► O sangue arterial passa em primeiro lugar pelos glomérulos que filtram parte do plasma. ► Muitas substâncias também são secretadas nos túbulos proximais. ► A maior parte da água é reabsorvida ao longo do néfron, seqüencialmente pelos túbulos proximais, distais e coletores. ► Numerosas substâncias também podem ser reabsorvidas pelo epitélio tubular e liberadas no líquido intersticial renal e, a seguir, no plasma. ► As drogas são, na sua maior parte, removidas do corpo através da urina, na forma inalterada ou como metabólitos polares (ionizados) ► As substâncias lipofílicas (apolares) não são eliminadas suficientemente pelo rim ► As drogas lipofílicas são metabolizadas, em sua maioria, em produtos mais polares, que são, então, excretados na urina EXCREÇÃO pH E ELIMINAÇÃO OU REABSORÇÃO DE FÁRMACOS REABSORÇÃO E SECREÇÃO TUBULAR POR TRANSPORTE ATIVO Ex. penicilina EXCREÇÃO Filtração Glomerular EXCREÇÃO Filtração Glomerular 16/08/2013 22 EXCREÇÃO Representação esquemática da reabsorção e secreção no néfron. Características da droga (lipossolubilidade, peso molecular), reabsorção e secreção. Profa. Eli - 2002 EXCREÇÃO Secreção Tubular- transporte ativo Reabsorção Tubular EXCREÇÃO CÁPSULA DE BOWMAN Filtração de todas as substâncias de baixo peso molecular ALÇA DE HENLE Reabsorção de água TUBOS COLETORES Reabsorção de água TÚBULO PROXIMAL Secreção ativa de algumas drogas eletrolíticas fracas, especialmente ácidos. Reabsorção de água TÚBULO DISTAL Excreção passiva e reabsorção de drogas lipossolúveis. Reabsorção de água URINA Esquema de um néfron localizando filtração glomerular, reabsorção e secreção tubulares Depuração (“Clearance”) ► Taxa de eliminação, normalizada com a concentração de um fármaco ► volume de líquido biológico (sangue ou plasma) que contém a quantidade da droga removida pelo rim (na depuração renal) ou ainda metabolizada pelo fígado (depuração hepática) na unidade de tempo - ml/min ou ml/min/kg [Cltot = Clrim + Clhep + Cloutros ] ► É extremamente relevante para estabelecer a dose da droga em tratamento de longo prazo.
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