Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
05/09/2013 1 BASES TERAPÊUTICAS FARMACODINÂMICA Profa Cynthia França Wolanski Bordin 1 ORIGEM DAS DROGAS • ANTIGAS (ATÉ 1930) – Animal – Vegetal – Mineral • MODERNAS – Produtos de metabolismo de microrganismos (antibióticos) – Síntese – Vitaminas – Hormônios – Soros e vacinas Profa Cynthia França Wolanski Bordin 2 ORIGEM DAS DROGAS SÉCULO XXI • Biotecnologia • Farmacogenética • Farmacogenômica • Etnofarmacologia • Fontes diversas � ambiente marinho Profa Cynthia França Wolanski Bordin 3 Profa Cynthia França Wolanski Bordin 4 Novas Entidades Químicas, classificadas de acordo com a fonte – período 1981-2002. Profa Cynthia França Wolanski Bordin 5 Os 13 maiores mercados de medicamentos (valores em milhões de dólares relativos a junho de 2006) Profa Cynthia França Wolanski Bordin 6 Fonte: IMS Retail Drug Monitor: 12 months to june 2006 05/09/2013 2 PROBLEMA PATENTE MERCADOLOGIA E PROMOÇÃO INFORMAÇÃO MÉDICA PESQUISA BIBLIOGRÁFI CA PRODUÇÃO INDUSTRIAL PRODUÇÃO SEMI-INDUSTRIAL DESENVOLVIMENTO DO PROCESSO SÍNTESE DE ANÁLOGOS DESENVOLVIMENMTO DE MÉTODOS DE SÍNTESE PLANEJAMENTO QUÍMICO ENSAIOS CLÍNICOS GERAIS FARMACOLOGIA CLÍNICA FARMACOLOGIA PORMENORIZADA SELEÇÃO DOS COMPOSTOS PROMISSORES TRIAGEM PRELIMINAR DESENVOLVIMENTO E AVALIAÇÃO DAS TÉCNICAS DE ENSAIO PLANEJAMENTO BIOLÓGICO PROGRAMAÇÃO DA PESQUISA 7 DESENVOLVIMENTO DE NOVOS FÁRMACOS • Patentes • Na maioria dos países a proteção de patentes vigora por 20 anos • Alguns fármacos levam de 7 a 15 anos para serem desenvolvidos Profa Cynthia França Wolanski Bordin 8 TESTES • ENSAIOS PRÉ-CLÍNICOS – ENSAIOS EM ANIMAIS – ENSAIOS FARMACOLÓGICOS – ENSAIOS TOXICOLÓGICOS • Toxicidade aguda DL50 • Toxicidade subaguda • Crônica e carcinogenicidade • Teratogenicidade • ENSAIOS CLÍNICOS – ENSAIOS EM SERES HUMANOS Profa Cynthia França Wolanski Bordin 9 Profa Cynthia França Wolanski Bordin 10 Teste de Segurança Pré-Clínica em Animais Segurança Modelo de Teste Duração da dose Toxicidade aguda/imediata Rato, camundongo e cão 1-14 dias Toxicidade de curto-prazo Rato, camundongo, cão e macaco 30-90 dias Toxicidade de longo-prazo Rato, camundongo, cão e macaco 6-12 meses Carcinogenicidade (tempo de vida datoxicidade) __________________________ Carcinogenicidade (mecanismo de ação) Rato e camundongo __________________________________ Modelos de cultura de células/in vitro 24 meses ______________ Dias Teratologia/anomalias congênitas Camundongo, rato e coelho Meses duas gerações Fertilidade Teste de mobilidade do esperma in vitro Dias Fertilidade e comportamento reprodutivo Rato e coelho Dias-meses Perfil fisiológico/farmacológico Rato, camundongo e cão Dias Absorção, distribuição, metabolismo, eliminação (ADME) Rato, camundongo e cão ou macaco Dias-meses Profa Cynthia França Wolanski Bordin 11 Profa Cynthia França Wolanski Bordin 12 05/09/2013 3 13 14 15 16 17 20 a 100 1000 a 3000 Profa Cynthia França Wolanski Bordin 18 05/09/2013 4 Profa Cynthia França Wolanski Bordin 19 CUSTOS • Custo estimado para o desenvolvimento de um novo fármaco: – US$ 1,9 bilhão – Inclui o custo associado a compostos que não chegam no mercado Profa Cynthia França Wolanski Bordin 20 ASPECTOS GERAIS DA AÇÃO DOS FÁRMACOS Profa Cynthia França Wolanski Bordin 21 FASE FARMACODINÂMICA • Estruturalmente Específicos • Estruturalmente Inespecíficos – Anestésicos Gerais – Antissépticos Profa Cynthia França Wolanski Bordin 22 FASE FARMACODINÂMICA • Fármacos Estruturalmente Específicos • Interação � micromoléculas e biomacromoléculas • Micromoléculas � fármaco • Biomacromoléculas �alvo terapêutico Profa Cynthia França Wolanski Bordin 23 FARMACODINÂMICA • ALVOS TERAPÊUTICOS – RECEPTORES – ENZIMAS – MOLÉCULAS CARREGADORAS (TRANSPORTADORAS) – CANAIS IÔNICOS Profa Cynthia França Wolanski Bordin 24 05/09/2013 5 ASPECTOS GERAIS DA AÇÃO DOS FÁRMACOS • Fármacos Estruturalmente Específicos • Fase Farmacodinâmica – forças de interação fármaco/alvo terapêutico – fatores estereoquímicos – propriedades físico-químicas Profa Cynthia França Wolanski Bordin 25 FORÇAS DE LIGAÇÃO MICROMOLÉCULAS/SÍTIO RECEPTOR • Grau de afinidade e especificidade – Eletrostáticas – Dispersão – Hidrofóbicas – Pontes de hidrogênio – Ligações covalentes Profa Cynthia França Wolanski Bordin 26 FORÇAS ELETROSTÁTICAS • Dipolos • Íons • Constante dielétrica e distância entre cargas • Solvatação • Íon/dipolo ou dipolo/dipolo 1-7Kcal/mol Profa Cynthia França Wolanski Bordin 27 DISPERSÃO • Forças de interação de London ou Van der Walls • Dipolos induzidos • 0,5 a 1 Kcal/mol Profa Cynthia França Wolanski Bordin 28 HIDROFÓBICAS • 1Kcal/ mol • micelas Profa Cynthia França Wolanski Bordin 29 PONTES DE HIDROGÊNIO • α hélices proteicas • Ácidos nucleicos • 10Kcal/mol Profa Cynthia França Wolanski Bordin 30 05/09/2013 6 LIGAÇÃO COVALENTE • 77 – 88 Kcal/mol • Nos sistemas biológicos (30-40°C) as ligações mais fortes que 10Kcal/mol dificilmente são rompidas em processos não-enzimático • Ex.: AAS, benzilpenicilina • AAS bloqueia a enzima prostaglandina endoperoxido sintetase (COX) Profa Cynthia França Wolanski Bordin 31 FATORES ESTEREOQUÍMICOS • Volume molecular do ligante • Distâncias interatômicas • Arranjo espacial • Ex.: talidomida Profa Cynthia França Wolanski Bordin 32 FATORES ESTEREOQUÍMICOS • Propranolol sítio sítio hidrofóbico de alta sítio densidade doador de H eletrônica Profa Cynthia França Wolanski Bordin 33 OCH CH - CH NHCH | 22 | OH CH 3 3 CH propranolol FATORES ESTEREOQUÍMICOS Profa Cynthia França Wolanski Bordin 34 CH OH HO CH3 3 12,1A°trans CH CH3 3 HO OH 7,7A° cis FATORES ESTEREOQUÍMICOS • Rotação de ligação sigma • Subtipos de receptores – D1,D2, D3, D4, D5 – 5HT1, 5HT2, 5HT3 – H1, H2,H3 – MUSCARÍNICOS E NICOTÍNICOS Profa Cynthia França Wolanski Bordin 35 ACETILCOLINA CH O O N(CH )33 3 + + 33(CH )N H H H H OAc O O OAc HH N(CH )33 +H H antiperiplanar sinclinal muscarínico 3,74A° nicotínico 3,31A° Profa Cynthia França Wolanski Bordin 36 05/09/2013 7 PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS • Coeficiente de partição óleo/água (P) • Coeficiente de ionização (pKa) Profa Cynthia França Wolanski Bordin 37 COEFICIENTE DE PARTIÇÃO ÓLEO/ÁGUA • Lipofilicidade (logP) • P = C orgânica/ C aquosa Profa Cynthia França Wolanski Bordin 38 Fase orgânica Fase aquosa COEFICIENTE DE IONIZAÇÃO (pKa) • Grau de ionização é inversamente proporcional a lipofilicidade • Fármacos � ácidos ou bases fracos • Moléculas polifuncionais Profa Cynthia França Wolanski Bordin 39 pKa Profa Cynthia França Wolanski Bordin 40 HA � H+ + A- pKa Profa Cynthia França Wolanski Bordin 41 B + H+ � BH+ GRAU DE IONIZAÇÃO • Espécies não ionizadas � mais lipofílicas e atravessam a membrana passivamente • Espécies ionizada � carregadas, solvatadas, dificuldade no processo de absorção passiva Profa Cynthia França Wolanski Bordin 42 05/09/2013 8 EQUAÇÃO DE HENDERSON-HASSELBACH • Para bases: • α = 100 - 100/ (1 + antilog(pKa-pH)) • Para ácidos: • α = 100 - 100/(1 + antilog(pH-pKa)) Profa Cynthia França Wolanski Bordin 43 GRAU DE IONIZAÇÃO • pH: – GÁSTRICO � 1 – INTESTINAL � 5 – PLASMA � 7,4 • PIROXICAM – pKa = 6,3 – logP = 1,8 Profa Cynthia França Wolanski Bordin 44 PIROXICAM • Estômago α = 100 - 100/(1+ antilog(1-6,3)) = 0,0005% • Intestino α = 100 - 100/(1+ antilog(5,0-6,3)) = 4,7% • Plasma α = 100 - 100/(1+ antilog(7,4-6,3) ) = 92,6% Profa Cynthia França Wolanski Bordin 45 GRAU DE IONIZAÇÃO x LIPOFILICIDADE • ATENOLOL - CONH2 – pKa = 9,6 – logP = 0,16 – contra-indicado na presença de problemas renais • METROPROLOL -OCH3 – pKa = 9,7 – logP = 1,88 – contra-indicado em distúrbios do SNC Profa Cynthia França Wolanski Bordin 46 MECANISMO DE AÇÃO MOLECULAR DOS FÁRMACOS COMO AGEM? Profa Cynthia França Wolanski Bordin 47 • Canais iônicos • Enzimas • Moléculas transportadoras • Receptores ALVOS PARA A AÇÃO DE FÁRMACOS 05/09/2013 9 • Proteínas • Reconhecimento molecular ESPECIFICIDADE DAS MOLÉCULAS RECEPTOR • Localização • Geralmente há alteração na velocidade ou na magnitude de uma resposta celular intrínseca e não criação de novas respostas • Normalmente ligam substâncias endógenas • Agonista • Antagonista • Agonista parcial RECEPTOR Curva dose-resposta 05/09/2013 10 POTÊNCIA RELATIVA EFICÁCIA RELATIVA • Ligação fármaco-receptor • Competitivo – Reversível – Irreversível (não balanceado) • Não-competitivo ANTAGONISMO • Tolerância • Refratariedade • Resistência DESSENSIBILIZAÇÃO E TAQUIFILAXIA �Alteração nos receptores �Perda de receptores �Exaustão de mediadores �Adaptação fisiológica ◦ Ex: efeitos colaterais (anorexígenos, ansiolíticos) MECANISMOS SENSIBILIZAÇÃO E DESSENBILIZAÇÃO DE RECEPTORES RAFFA, R B.; RAWLS, S.M.; BEYZAROV,E.P. Atlas de Farmacologia de Netter. Porto Alegre: Artmed, 2006. 05/09/2013 11 BIBLIOGRAFIA FUCHS, F.D. et al. Farmacologia Clínica: fundamentos da terapêutica racional. 4ªed. Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2010 GOODMAN, L. S.; GILMAN, Al.; HARDMAN, J. G.; LIMBIRD, L. As bases farmacológicas da terapêutica. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2010. LULLMANN,H.; MOHR, K. Farmacologia texto e atlas. 4ed. Porto Alegre: Artmed, 2004. RANG, H.P.; DALE, M.M.; RITTER, J.M. Farmacologia. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. Protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas: v. 2 / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Especializada.– Brasília : Ministério da Saúde, 2010. Brasil. Ministerio da Saude. Secretaria de Ciencia, Tecnologia e Insumos Estrategicos. Departamento de Assistencia Farmaceutica e Insumos Estrategicos. Relacao nacional de medicamentos essenciais: Rename / Ministerio da Saude, Secretaria de Ciencia, Tecnologia e Insumos Estrategicos, Departamento de Assistencia Farmaceutica e Insumos Estrategicos. – 7. ed. – Brasilia : Ministerio da Saude, 2010. 250 p. : il. – (Serie B. Textos Basicos de Saude) Kaufman DW. Epidemiologic approaches to the study of toxic epidermal necrolysis. J. Invest Dermatol 1994; 102: 31S-33S. Prof Cynthia França Wolanski Bordin Chega por hoje? Obrigada! cynthia.b@pucpr.br
Compartilhar