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Contribuições de Kuhn Com sua visão dos paradigmas, Kuhn contribuiu para que fossem questionados antigos dogmas relacionados ao método científico e sua suposta objetividade. Vale dizer, entretanto, que Kuhn não pode por isso ser considerado um filósofo irracionalista ou algo assim. Ele criticou alguns mitos do saber científico, mas nem por isso advogou que a ciência é desnecessária ou que seus objetos não mereçam gozar do prestígio que recebem. Foi, contudo um nome fundamental no processo de legitimação das ciências humanas e naturais e dos novos métodos utilizados por elas. Existem várias tendências, correntes, compondo este novo paradigma, nem todas concordantes entre si. Cada uma delas defende um modelo alternativo ao método científico consagrado nas ciências naturais. Conforme o critério, pode-se destacar como compondo este novo paradigma seja a fenomenologia e o behaviorismo naturalista, seja a etnometodologia, o jornalismo investigativo, o estudo de caso, a história oral, o trabalho de campo entre outros (ALVES MAZZOTTI & GEWANDSZNAJDER, 1998). Segundo PATTON (1986, APUD ALVES MAZZOTTI & GEWANDSZNAJDER, 1998, pg. 131), a principal característica das correntes que se incluem no paradigma qualitativo é o fato de seguirem a tradição “compreensiva”, ou interpretativa. Para esta tradição vale o pressuposto de que as pessoas agem em função de “suas crenças, percepções, sentimentos e valores e que seu comportamento tem sempre um sentido, um significado que não se dá a conhecer de modo imediato, precisando ser desvelado (Ibid, 1998, p.131).
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