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Aula 1 - Histórico e Amputações

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Aula 1 - História das amputações e próteses:
Amputações de membros são tão antigas quanto a própria humanidade.
	Existem evidências mais antiga encontradas no Instituto Smithsonian: Um crânio humano de 45 mil anos, com os dentes desgastados e alinhados, o que indica a presença de membros superiores amputados.
Pinturas:
	Cavernas da Espanha e França;
	Com aproximadamente 36 mil anos;
	Mutilações de membros.
Outras pinturas:
	No mesmo período;
	Novo México;
	Impressões de práticas de automutilação para acalmar os deuses durante cerimônias religiosas.
Mais antiga referência escrita: Rig-Veda:
	Antigo poema sagrado indiano;
	A primeira referência escrita sobre próteses;
	Foi escrito entre 3.500 e 1.800 a.C.	
História da guerreira Rainha Vishpla:
Ferida na guerra -> Membro inferior amputado -> Confeccionou uma prótese em ferro -> Retornou a batalha.
2.300 a.C.: Arqueólogos russos descobriram...
	Esqueleto de uma mulher com um pé artificial;
	Prótese era composta: Pé-de-cabra adaptado ao coto, mediante um encaixe feito com a própria pele dessecada do animal (26/01/1971 - Publicado em um artigo da agência France Presse).
Historiador grego: Herodotos ( 424 a.C.):
Proezas de Hegistrados:
	Um vidente Persa;
	Condenado à morte pelos Espartanos;
	Escapou dos instrumentos medievais de tortura amputando o seu próprio pé;
	Após a cicatrização confeccionou um pé de madeira;
	Viajou para “Tregea” caminhando;
	Recapturado / Finalmente decapitado.
Aristofanes (Século V a.C.):
	Escreveu peça teatral “As Aves”...
	Personagem utilizava prótese em seu membro amputado.
Achados da literatura:
	Prótese romana da Guerra de Samite;
	Datada em 300 a.C.;
	Encontrada em Capau (Itália), no ano de 1858;
	Restaurada em madeira, bronze e couro;
	Novamente destruída por uma bomba em Londres durante a 2ª Grande Guerra.
Museu do Louvre (Paris):
	Presença de próteses;
	Vasos do século II a.C. e IV a.C.;
	Várias outras esculturas;
	Desenhos em mosaico e cerâmica.
Amputações da pré-história e época medieval:
As amputações eram causadas por diversos motivos:
	Deformidades congênitas: comuns;
	Especialmente países arábes, casamentos entre primos de primeiro grau eram incentivados.;
	Amputações traumáticas: batalhas, captura dos inimigos ou punição judicial;
	Doenças (gangrena, tuberculose, lepra).
Cirurgias: Com ou sem anestesias, analgésicos e instrumentos próprios.
Nas punições judiciais: Técnica de guilhotina com machado e sem anestesia;
Curativos cirúrgicos: Extratos de plantas com ópio, cânhamo, cicuta e álcool;
Ligaduras: Fibras de algodão e fios de cabelo humano;
Anti-sépticos: Fumo, mel e vinagre;
Cauterização: Óleo quente;
Instrumentos cirúrgicos: Materiais de bronze, machados de pedra e ossos de animais.
Mais antiga descrição técnica de amputação:
	Hipócrates (460 - 377 a.C.): Pai da medicina científica;
	Amputações por meio das articulações com guilhotinas, sempre em tecidos necróticos sem sensibilidade;
	Única indicação de amputação: Gangrena.
	Cauterização: óleo ou ferro quente.
Segunda descrição técnica de amputação:
	Celsus (25 a.C. - 50 d.C.);
	Conhecido pela formulação dos sinais inflamatórios (dor, calor, rubor e tumor);
	Realizou amputações em planos mais proximais, com secções ósseas e em tecidos vivos, utilizando ligadura dos vasos por amarria;
	Única indicação de amputação: Gangrena.
Anos negros (entre os Séculos V e XV): “Era das trevas”:
	Houve uma pequena evolução cientifica;
	Sistema feudal dividiu todas as regiões da Europa em pequenos reinados, isolando-os da política e da ciência;
	Muitas técnicas cirúrgicas desenvolvidas por gregos e romanos, caíram em desuso, em decorrência da pouca divulgação e aplicação;
	Técnicas primitivas de amputação voltaram a ser utilizadas nesses anos.
Amputações: Guilhotinas;
Anestesia: Bebidas alcoólicas;
Cauterização: Ferro quente ou óleo;
Muitas vezes não conseguia estancar as hemorragias;
Quanto mais proximal o nível de amputação pior o prognóstico;
Processos infecciosos;
Morte (infecção ou choque).
1517: Hans Von Gersdoff de Straussburg:
	Indicou o uso de torniquetes com bexiga de porco ou vaca;
	Técnicas de cauterização.
1510 - 1590: Ambroise Pare:
	Cirurgião do exército francês;
	Reintroduziu o uso das ligaduras por amarrias propostos inicialmente por Celsus e Hipócrates.
1953 - Wilhelm Fabry: Primeiro cirurgião da Alemanha.
	Amputações com níveis acima do tecido necrótico e o uso de torniquete.
1846 - Morton: Descoberta da anestesia.
1867 - Lister: Descoberta da anti-sepsia. Amputações passaram a ser realizadas com mais cuidado, favorecendo as aplicações das próteses!
Preferidas -> Desarticulações-> Mais rápidas, menos traumáticas e menos dolorosas, em comparação às secções ósseas.
Época medieval:
	Componentes metálicos utilizados na construção de armaduras eram usados para confecções de próteses.
EXTREMAMENTE PESADAS
	Datam as primeiras articulações exoesqueléticas de joelho e tornozelo.
Ambroise Pare - Século XVI:
	Construiu a primeira prótese endoesquelética com possibilidade de bloqueio para a articulação do joelho.
	Desenvolveu outros sistemas mecânicos para próteses de membros inferiores e superiores.
Próteses dos séculos XVII e XVIII eram confeccionadas em madeira e materiais metálicos.
Surgimento de guerras:
	Número de pessoas amputadas aumentou bruscamente;
	Desenvolvimento de técnicas cirúrgicas mais avançadas;
	Novos dispositivos mecânicos;
	Técnicas de protetização.
Primeira Guerra Mundial:
	300 mil amputados em toda a Europa;
	Forçou a pesquisa e o desenvolvimento da área da reabilitação;
	Nessa época as oficinas ainda confeccionavam de forma artesanal, componentes básicos como pés e joelhos.
Preocupação maior -> Colocar os soldados mutilados em pé para retornar rapidamente a batalha...
Segunda Guerra Mundial:
	Programas de pesquisas incentivaram novos estudos;
	Componentes pré-fabricados com princípios biomecânicos mais funcionais;
	Aprimoramento dos encaixes protéticos.
Pés, tubos, adaptadores, articulações e materiais como fibras, resinas, termoplástico tem sido desenvolvidos... -> Reabilitação com alta tecnologia.
Próteses Exoesqueléticas: ocas ou não, confeccionadas em resinas ou polipropileno, ou PVC, ou fibra de carbono.
Próteses Endoesqueléticas: modulares ou tubulares. Os tubos podem ser confeccionados, em alumínio, outra liga metálica, aço, titânio, ou fibra de carbono.
Cronologia das inovações cirúrgicas e protéticas...
1815: Lisfranc, cirurgião francês, descreveu amputação de médio pé.
1843: James Syme, descreveu a desarticulação do tornozelo.
1854: Pirogoff, cirurgião russo, descreveu a amputação Pirogoff.
1857: Rocco Gritti descreveu a desarticulação do joelho preservando a patela;
1939: Boyd;
1956: Pé SACH;
1959: Prótese tipo PTB;
1963: Marian Weiss, da Polônia / Protetização imediata;
1964: França - encaixe PTS;
1968: Alemanha - encaixe KBM.
PTB - limite ântero-superior da borda do soquete (encaixe) encerra no terço médio da patela;
PTS - limite ântero-superior da borda do soquete (encaixe) encerra acima da patela;
KBM - limite ântero-superior da borda do soquete (encaixe) encerra abaixo da patela.
1968: Hans Mauch / Sistema hidráulico dos joelhos protéticos. 
1970: Fundação ISPO (Sociedade Internacional para Capacitação no Desenvolvimento de Próteses, Órteses e Reabilitação).
1971: Prótese endoesquelética com cobertura cosmética.
1980: Pé SAFE / pé dinâmico.
1985: Encaixe CAT-CAM.
1986: Sistema ICEROSS para transtibiais.
1989: Sistema 3S (para próteses abaixo do joelho).
Terminologias:
Amputação: Derivada do latim.
	Ambi = ao redor de/em volta de;
	Putatio = podar/retirar.
	Contudo, a amputação é a retirada, geralmente cirúrgica, total ou parcial, de um membro.
Pacientes menos esclarecidos...
Relacionada com terror, derrota, mutilação, incapacidade e dependência.
“O paciente quando submetido a esse tipo de cirurgia, era admitido na unidade hospitalar sentindo-se um homem normal. Ao ser amputado, via-se mutilado e inválido.”
Havia então, uma destruição das perspectivas futuras!
Realidade -> Nova fase Sem quaisquerpatologias... Deformidade sérias!
Informações importantes para os pacientes:
Qualidade de vida relativamente melhor, sem dor e sem o sofrimento anterior!
Prótese: Palavra de origem grega...
	Pró: sentido de “na frente” ou “ diante de”;
	Thésis: “colocar” ou “acrescentar”.
Conceito: “Peça ou dispositivo artificial, utilizado para substituir um membro, órgão, ou parte dele, tanto em sua anatomia, como em sua função”.
	Ex.: Prótese dentária, articular, cardíaca, vascular (aorta) e outras.
Protesista: Profissional ou técnico qualificado e habilitado à confeccionar próteses.
Classificação das Próteses:
Quanto ao local de fixação:
Interna;
Externa;
Quanto a mobilidade:
Rígida (estética);
Articulada (funcional);
Quanto ao tipo de acionamento:
Prótese ativa: acionada por um cabo de tração;
Prótese híbrida: utiliza a ação muscular do paciente e uma fonte de energia independente;
Prótese mioelétrica: controlada por sinais emitidos através da contração muscular, que são detectados através de eletrodos.
Mioplastia: Fixar as extremidades dos músculos antagonistas para proteger o coto ósseo distal;
Miodese: Reinserção dos músculos e tendões seccionados em extremidades ósseas amputadas, geralmente realizada através do periósteo, proporcionando à musculatura o poder de contração;
Hemostasia: Contenção de hemorragias através de amarrias e cauterização dos vasos sanguíneos;
Neurectomia: Secção dos nervos da região a ser amputada. Realiza-se uma leve tração e corte brusco. O coto nervoso deve estar profundo e protegido pelos tecidos musculares, prevenindo os neuromas terminais

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