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Aula 1 on line O Ofício do historiador

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ – EAD
LICENCIATURA EM HISTÓRIA 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA HISTÓRIA
sábado, 26 de setembro de 2015
Aula 1: O Ofício do Historiador
Ao final desta aula, o aluno será capaz de:
1. Compreender a função da História como Ciência; 
2. Aprender qual o ofício do historiador; 
Mapa Conceitual: Introdução  aos Estudos da História
Antes de começarmos o Estudo da disciplina Introdução aos Estudos da História, vamos analisar primeiramente o mapa conceitual. 
É importante conhecermos aonde queremos chegar, para darmos a largada.
Introdução ao Estudo da História
1. Ofício do Historiador
História: uma ciência
Objeto de Estudo
Objetivo da pesquisa
Crítica às fontes
Julgar ou compreender?
2. Ofício do Historiador no século XIX
Contexto político: conservadorismo burguês
Ranke e a historiografia conservadora
Marxismo
3. Escola dos Annales
1ª Geração: Bloch e  Febvre
2ª Geração: Braudei e História Quantitativa2ª Geração: Braudei e História Quantitativa
3ª Geração: LeGoff e multiplicidade de  métodos
Crítica aos annales
4. Reflexões
História X Memória
Documento X Monumento
Como pudemos ver no mapa, a História é uma ciência jovem e que continua caminhando, por isso, a forma de ver a História foi modificando nos últimos séculos. 
Já tivemos períodos no qual só estudava-se a Histórica política, outros que se estudava fundamentalmente a economia e, atualmente, que damos atenção a todas as possibilidades de análise, tanto política, como econômica, quanto cultural. Como pudemos ver no mapa, a História é uma ciência jovem e que continua caminhando, por isso, a forma de ver a História foi modificando nos últimos séculos. 
Já tivemos períodos no qual só estudava-se a Histórica política, outros que se estudava fundamentalmente a economia e, atualmente, que damos atenção a todas as possibilidades de análise, tanto política, como econômica, quanto cultural.
De qualquer maneira é fundamental o domínio do conhecimento histórico para a atuação social dos indivíduos comprometidos com valores humanistas.
Existem muitas pessoas que acreditam que a História é coisa do passado e está apenas nos livros antigos, o interesse é apenas curiosidade, mas a História é viva e está em todos os lugares, desde que você acorda, até a ida ao cinema ou ao futebol. O conhecimento que temos do nosso tempo se dá graças ao estudo da História. Existem muitas pessoas que acreditam que a História é coisa do passado e está apenas nos livros antigos, o interesse é apenas curiosidade, mas a História é viva e está em todos os lugares, desde que você acorda, até a ida ao cinema ou ao futebol. O conhecimento que temos do nosso tempo se dá graças ao estudo da História.
Nesta primeira aula, vamos discutir a construção da disciplina: Introdução aos Estudos da História.  Veja abaixo as perguntas que sempre são feitas:
Como podemos estudar História?
Seria a História apenas uma série de fatos históricos e o conhecimento da História estaria na memorização?
Para que o estudo da História?
Você que está começando o curso, certamente se interessa e se encanta em pesquisar e ensinar História. Já posso chamá-lo então de futuro Historiador. 
O trabalho do Historiador consiste em escolher os assuntos que deseja pesquisar. 
Sem dúvida que os historiadores não produzem um conhecimento absoluto ou total, pois o conhecimento produzido por ele é seletivo e limitado.
“A história consiste num corpo de fatos verificados. Os fatos estão disponíveis para os historiadores nos documentos, nas inscrições, e assim por diante, como peixes na tábua do peixeiro. O historiador deve reuni-los, depois levá-los para casa, cozinhá-los, e então servi-los da maneira que o atrair mais.” CARR, Edward. O que é História? São Paulo: Paz e terra, 2011. P. 45.
A ciência História é investigação do passado do homem e, para tanto, como sugerem Marc Bloch e Carlo Ginzburg, assemelha o ofício do historiador com o ofício de um detetive ou de um médico que procuram evidências, pistas e sintomas para solucionar um crime ou diagnosticar uma doença.
Para o desenvolvimento da ciência História, o profissional pode usar vários tipos de fontes, ou seja, variados tipos de documentos para se informar sobre a economia, política e cultura de uma dada sociedade. 
É a partir dos documentos que podemos ter ciência sobre ideias e realizações das pessoas e das sociedades de diferentes épocas e lugares.
Ao reunir informações e interpretar as fontes o historiador pode saber o que mudou ao longo do tempo, seja na economia, nas artes, na política, na maneira de pensar, ou nas formas de ver e de sentir o mundo.
No entanto, também estudamos as permanências, aquilo que não foi alterado, mesmo que muitas mudanças tenham ocorrido ao longo dos anos.
A Importância das fontes históricas
Não faz muito tempo em que as fontes escritas eram consideradas as únicas possíveis para a pesquisa histórica. No entanto, hoje, existe uma multiplicidade de fontes não escritas que também podem e devem ser utilizadas para o estudo da história, pois os historiadores entenderam que também são registros importantes da vida do homem.
Escrita: Dentre as fontes escritas estão as cartas, jornais, revistas, documentos oficiais, agendas, diários, dentre outros.
Oral: É o relato de alguém (famoso ou não), normalmente recolhido por um historiador, contando os aspectos da sua vida.
Material: Pinturas, esculturas, roupas, armas, músicas, filmes, fotografias, utensílios e objetos variados, construções.
A produção histórica é fruto de critérios e evidências científicas e verificáveis, porém, contrapondo o senso comum que afirma a neutralidade das ciências em relação ao seu objeto de estudo, é necessário entender o historiador e a sua produção como produtos socialmente construídos.
A seleção do objeto de estudo, da metodologia especifica a ser aplicada, das fontes históricas e da própria escrita da história são produtos de escolha/intervenção do historiador e, por sua vez, estão condicionadas pela formação acadêmica, política, cultural e pelo tempo histórico no qual o historiador está inserido. 
A suposta neutralidade do historiador e de sua produção deve ser relativizada, o que não invalida o compromisso do historiador e de sua ciência com a verdade histórica. 
A concepção de verdade deve ser entendida como passível de crítica, modificação e superação, o que daria origem às diferentes linhas historiográficas existentes.
Como vimos anteriormente, a História constitui uma ciência e, como tal, a pesquisa precisa surgir da dúvida. 
Assim, o historiador tem de passar pelas dificuldades que espreitam qualquer pesquisa e legitimar suas conclusões com a comprovação.
Todo o historiador deve saber que não existe verdade e que qualquer fonte está sob a influência de quem produziu, seja essa fonte oral, escrita ou material. 
Dessa forma, a pesquisa final está relacionada aos interesses e ao tipo de olhar do pesquisador.
Não existe a pesquisa histórica na qual o historiador se anula completamente como imaginavam e desejavam os positivistas no século XIX. (VEREMOS A ESCOLA POSITIVISTA NA AULA 4). 
Quando formos analisar uma fonte primária, temos que saber o contexto no qual ela foi produzida e quem a produziu. Tendo isso em mente, o pesquisador estará apto a estudar as causas circunstanciais e indiretas muitas vezes ignoradas à primeira vista.
Hoje o historiador não pode ter mais a pretensão de recolher “todas” as fontes de um determinado período para dar conta do conhecimento de toda a sociedade, ele sabe que ao fazer isso se perderá em emaranhado de fontes que, não tendo objetividade na pesquisa, acabará afogado nas próprias fontes, sem conseguir montar o quebra-cabeça.
Embora já tenhamos achado que poderíamos ter o conhecimento de toda uma época, hoje sabemos que não é mais possível.
Ao estudante que hoje deseja conhecer o discurso da História através dos tempos, terá que mergulhar nos textos produzidos por Homero e Tucídides na Grécia clássica, pensar no Historicismo de Leopold VonRanke, conhecer a vertente marxista influenciada por Karl Marx e Friedrich Engels de análise da sociedade; se aprofundar nas três gerações da escola dos Annales.
São muitos os autores que leremos durante o curso e que são indispensáveis à boa formação cultural e intelectual do historiador.
Existem muitas histórias para serem contadas. Sendo a História uma ciência, terá sempre a possibilidade de ser recontada com novas visões, ou novas fontes de estudo.
Como diz Marc Bloch, “a história não apenas é uma ciência em marcha. É também uma ciência na infância: como todas aquelas que têm por objeto o espírito humano, esse temporão no campo do conhecimento racional. ” 
Sendo assim, cabe a você, futuro historiador, ajudar a criar e a orientar conosco os rumos dessa ciência que está ainda na infância.

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