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Imperio Bizantino

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BIBLIOGRAFIA
COLE, Emily. A Gramática da Arquitetura. Lisboa: Livros e Livros. 
2002.
CHILVERS, Ian. Dicionário Oxford de Arte. São Paulo: Martins 
Fontes. 2001.
GOMBRICH E. H. A História da Arte. Livros Técnicos e Científicos 
Editora S. A. - LTC. Rio de Janeiro. 1999. 
JANSON, H. W., História Geral da Arte. O mundo antigo e a Idade 
Média. Martins Fontes. São Paulo 1993. 
LASSUS, Jean, Cristandade Clássica e Bizantina. O mundo da 
Arte. Livraria José Olympio Editora/ Editora Expressão e Cultura. Rio 
de Janeiro. 1966. 
HAUSER, Arnold. História Social da Literatura e da Arte. São 
Paulo, Mestre Jou, 1982.
BENEVOLO, Leonardo. A História da Cidade. São Paulo, 
Perspectiva, 1999.
NUTTGENS, Patrick. The Story of Architecture. Londres, Phaidon, 
1997.
RUSSEL, Bertrand. História do Pensamento Ocidental: A 
Aventura das Idéias dos Pré-Socráticos a Wittgenstein. Rio de 
Janeiro, Ediouro, 2001.
SEIDLER, Harry. The Grand Tour. Londres, Taschen, 2002.
SUTTON, Ian. História da Arquitetura no Ocidente. Lisboa, 
Verbo, 1999.
VILLALBA, Antonio Castro. Historia de la Construcción
Arquitectónica. Barcelona, UPC, 1995.
Arquitetura Paleocristã e Bizantina
Imperatriz Teodora (Mosaico, San Vitale, Ravena 546 - 548).
Arquitetura Paleocristã e Bizantina
Desde o fim do século III d.C. Roma deixa de ser capital única do império. Durante a migração dos povos 
bárbaros, o Oriente grego não sofreu uma depressão cultural como o Ocidente. O comércio, pelo contrário, 
florescia e até mais vigorosamente do que antes. 
Bizâncio ocupava uma região estratégica para o comércio com o Oriente, dominando o estreito de Bósforo, 
na entrada para o Mar Negro.
Nova Catacumba (Via Latina, Roma , séc. IV)
Grinaldas, pássaros e decoração circundam cenas 
dos Evangelhos e da vida diária. Os nichos laterais 
são os loculi, ou sepulturas, e no arcosolium, ao 
fundo, está um sarcófago sob um arco escavado na 
rocha.
Os primeiros séculos da era Cristã, 
denominado período Bizantino, 
compreendem a fase em que o império 
romano se divide em dois, oriental e 
ocidental, e estão se construindo as 
bases do modo de produção e da cultura 
feudal. 
É, pois, a fase de transição do período 
clássico para o medieval, em que se 
desenvolvem os valores da cristandade, 
em convívio com a arte pagã dos 
templos e edificações romanas.
Arquitetura Paleocristã e Bizantina
As Catacumbas
Nova Catacumba (Via Latina, Roma , séc. IV) 
O cristianismo nasce em um mundo 
em que a religião, o império e o 
patriotismo estavam estreitamente 
ligados. Templos eram construídos 
para adoração de Augustus e Roma. 
Vênus, a mãe de César, era a deusa 
da família... Em cada lugar ou 
época, outros deuses substituíam-
na nesse papel: Apolo, Júpiter, 
Hércules, etc.
A cidade era dominada pelos 
símbolos da adoração a César. Em 
Roma, o Capitólio dominava o 
fórum, que dominava os templos e 
suas estátuas dos deuses e 
imperadores deificados: os ídolos. 
O teatro era uma cerimônia 
dionisíaca, os jogos tinham valor de 
oferecer sacrifício aos deuses. Cada 
oficial do Exército era ligado aos 
deuses por juramentos; cada 
funcionário imperial era uma 
espécie de sacerdote. 
Um cristão teria de ficar 
necessariamente excluído da 
vida pública...
Arquitetura Paleocristã e Bizantina
As Catacumbas
Cripta dos Papas (Catacumba de S. Calixto, Roma , séc. II) 
Arquitetura Paleocristã e Bizantina
As Catacumbas
Cubículo de Fractio Panis (Catacumba de Priscila, Roma , séc. II) 
Orans (Pintura sobre reboco. 68 x 
203 cm. Arcosolium de um 
coemeterium Maius. Roma , séc. III)
Mulher erguendo os braços em 
súplica e oração, num cenário que 
sugere um Paraíso Terrestre.
Arquitetura Paleocristã e Bizantina
As Catacumbas
Até o século III, a crença 
numa segunda vinda de 
Cristo era um dos dogmas 
fundamentais da fé cristã. 
O Apocalipse de São João 
narrava o dia terrível em 
que o Senhor julgaria os 
vivos e os mortos.
Provavelmente, por isso os 
cristãos não cremavam os 
corpos, como os romanos. 
As primeiras manifestações 
da arte cristã se dão nas 
catacumbas e sarcófagos.
Detalhe de um sarcófago
(Mármore; Santa Maria Antiqua , Roma. 270)
Ressurreição de Lázaro (Pintura sobre reboco; 81 x 111 cm; 
Catacumba de São Pedro e São Marcellinus , Roma. Séc. III)
O sarcófago é um esquife de luxo. Muitas vezes, 
era adornado com relevos em mármore com 
temas cristãos e pagãos, como em Roma e 
desde os etruscos e gregos.
Arquitetura Paleocristã e Bizantina
As Catacumbas
Arquitetura Paleocristã e Bizantina
O Bom Pastor
O Bom Pastor (Pintura sobre reboco; 78 cm; 
teto da catacumba de Priscilla , Roma. Séc. III)
Cena Pastoral (Pintura sobre reboco; 50 x 91 cm; 
Catacumba de Domitilla , Roma. Séc. III)
A princípio de forma muito simples, artesanal e, 
puramente, simbólica, âncoras, peixes, cestos 
cheios de pão e videiras. 
Freqüentemente, os motivos tradicionais – cupidos, 
as estações e animais – se misturavam a temas 
cristãos. O Bom Pastor, tomado da arte pagã, era 
cercado pelo rebanho tocando uma flauta.
Arquitetura Paleocristã e Bizantina
O Bom Pastor
Igreja Ocidental em Behyo (Síria , séc. V) 
A nova religião, pelas diferenças de culto e a velocidade com 
que os romanos se convertem a ela, passa a exigir uma 
elevada demanda por edifícios capazes de abrigar multidões 
de fiéis.
As basílicas são lugares de reunião bastante versáteis. Nelas 
se fazia júris, treinamentos militares, comércios e outras 
atividades, todas elas presididas pela imagem do 
Imperador, entronizada como divina, e este uso variado é
uma experiência inestimável. 
Os lugares de culto não podiam adotar por modelo os 
antigos templos, uma vez que sua função era inteiramente 
diferente. O interior do templo era, usualmente, apenas um 
pequeno sacrário para abrigar a estátua de um deus. As 
procissões e os desfiles tinham lugar do lado de fora. 
A igreja, pelo contrário, tinha que reservar espaço para toda 
a congregação que se reunia a fim de assistir ao serviço 
religioso, quando o padre recitava a missa no altar-mor ou 
proferia seu sermão. Assim, aconteceu que as igrejas não 
usaram os templos pagãos como seus modelos, mas 
adotaram o tipo de amplos salões de reunião que, em 
tempos clássicos, eram conhecidos pelo nome de "basílica", 
o que significa aproximadamente "pórtico real". 
Arquitetura Paleocristã e Bizantina
Basílica de São Pedro (Roma, séc. IV)
São Pedro (Roma , séc. IV) 
Erigida por Constantino e seu filho, era uma basíllica com uma nave, quatro 
colaterais e um transepto. 
Arquitetura Paleocristã e Bizantina
Basílicas e Santuários
Santa Maria delle Grazie (Grado , séc. V) 
A abside da Igreja tem o seu banco circulara (synthronon) preservado 
para o clero e o trono do bispo. O altar não costumava ficar na
abside.
O “bema” é uma tribuna semicircular, usada na liturgia síria pelo clero, 
durante a primeira parte da missa, para leituras e pregações.
Arquitetura Paleocristã e Bizantina
O Mausoléu de Santa Constanza (Roma. Séc. IV)
O cristianismo deve sua propagação a São 
Paulo (65 d.C); Sto. Ambrósio (340-397), São 
Jerônimo (354-430) e Sto. Agostinho (340-
397).
Se as comunidades cristãs floresceram era por 
que tinham a oferecer vida espiritual e 
esperança. Eram compostas, inicialmente, de 
pessoas comuns – comerciantes judeus e 
sírios, e pagãos atraídos pela novidade 
religiosa; escravos e artesãos e mulheres 
foram os primeiros a se converter. Mais tarde, 
e muito lentamente, surgiram as primeiras 
conversões entre as classes mais abastadas e 
intelectualizadas.
No princípio, não havia meios para a 
construção de uma arte cristã. Talvez, com a 
herança dos preconceitos judaicos, essa 
necessidade não fosse sentida. Entretanto,com a adesão das classes mais abastadas e 
intelectualizadas era necessário adaptar a 
nova fé a um mundo em que a arte era oficial, 
imperial e pagã. 
A conversão de Constantino em 313, o 13º
apóstolo, marcou a divisão do império em 
ocidente, de língua latina, e oriente, grega. 
Esta divisão seria definitivamente selada no 
século XI com a divisão da igreja católica, 
romana e ortodoxa.
Arquitetura Paleocristã e Bizantina
O Mausoléu de Santa Constanza (Roma. Séc. IV)
Santa Constanza (Interior, Roma , séc. IV)
Santa Constanza
(Planta, Roma , séc. IV) 
O Mausoléu de Santa Constanza, 
uma das filhas de Constantino, 
tornou-se uma Igreja.
As abóbadas e as absides deste 
monumento circular são 
decoradas com mosaicos.
Arquitetura Paleocristã e Bizantina
O Mausoléu de Galla Placidia (Ravena. Séc. IV)
Galla Placídia (Exterior, Ravena , séc. IV)
No século IV, Constantino transfere a capital do 
império de Roma para Bizâncio, que toma o 
nome de Constantinopla. No fim do século, 
Teodósio divide definitivamente o império nas 
duas metades ocidental e oriental, tendo como 
capitais Ravena e ConstantinopIa.
Ravena é uma cidade romana secundária, entre 
os pântanos costeiros da Romagna. Augusto 
manda construir, a cerca de três quilômetros da 
cidade, no ponto mais profundo da laguna, o 
porto militar de Classe; assim a cidade, 
defendida por terra, fica ligada por mar a todo o 
mundo mediterrânico, e por isso Honório a 
escolhe, em 402 d.C., para nova capital do 
Império do Ocidente; toma-se depois a capital do 
reino ostrogodo e das provincias bizantinas na 
Itália, e neste período - dos séculos IV ao VI -
alcança seu desenvolvimento máximo.
Os palácios imperiais e reais desapareceram, 
mas permanecem as igrejas - Santo Apolinário 
em Classe, Santo Apolinário Novo, São Vital, os 
dois batistérios - que formam o grupo mais 
importante de monumentos do final da 
Antiguidade na Itália: os exteriores são simples, 
mas os interiores são revestidos com esplêndidas 
decorações de mármore e com mosaicos: os 
acabamentos 
Arquitetura Paleocristã e Bizantina
O Mausoléu de Galla Placidia (Ravena. Séc. IV)
Galla Placídia (Interior, Ravena , séc. IV)
A decoração em mosaico do mausoléu em forma de cruz, continua sem 
interrupção sobre toda a superfície superior.
As divisões arquitetônicas são indicadas pelas orlas de mosaicos 
compondo grinaldas e motivos geométricos. Dedicado a São Lourenço, 
continha os sarcófagos de Honório, Galla Placídia e seu marido 
Constâncio III. A parte inferior das paredes é revestida de mármore 
cinzento.
O Bom Pastor (Galla Placídia. Mosaico, Ravena , séc. IV)
Arquitetura Paleocristã e Bizantina
O Mausoléu de Galla Placidia (Ravena. Séc. IV)
Arquitetura Paleocristã e Bizantina
Santo Apollinare in Classe (Ravena. 533 - 549)
Abside e Altar-mor (S. Apollinare Nuovo, Ravena, 490)
Arquitetura Paleocristã e Bizantina
Santo Apollinare Nuovo (Ravena, séc. V e VI)
O papa Gregório Magno, que viveu no final do 
século VI, lembrou àqueles que eram contra qualquer 
pintura que muitos membros da Igreja não sabiam 
ler nem escrever, e que, para ensiná-Ias, essas 
imagens eram tão úteis quanto os desenhos de um 
livro ilustrado para crianças. Disse ele: "A pintura 
pode fazer pelos analfabetos o que a escrita faz pelos 
que sabem ler." 
Foi de uma importância imensa para a história 
da arte que uma tão poderosa autoridade tenha 
acudido em favor da pintura. Sua sentença seria 
repetida sempre que as pessoas atacavam o uso de 
imagens nas igrejas. 
Mas é óbvio que o tipo de arte assim admitida 
era de um gênero algo restrito. Para que o propósito 
expresso por Gregório fosse atendido, a história tinha 
que ser contada da maneira mais clara e simples 
possível, e tudo o que pudesse desviar a atenção 
dessa finalidade principal e sagrada deveria ser 
omitido. 
No começo, os artistas ainda usaram os métodos 
narrativos desenvolvidos pela arte romana, mas 
gradualmente passaram a concentrar-se cada vez 
mais no estritamente essencial. 
A Procissão dos Mártires (Mosaico. S. Apollinare Nuovo, Ravena, 490)
Arquitetura Paleocristã e Bizantina
Santo Apollinare Nuovo (Ravena, séc. V e VI)
Arquitetura Paleocristã e Bizantina
Santo Apollinare Nuovo (Ravena, séc. V e VI)
O Milagre dos Pães e Peixes (S. Apollinare Nuovo, Ravena, 490)
Arquitetura Paleocristã e Bizantina
Santo Apollinare Nuovo (Ravena, séc. V e VI)
Arquitetura Paleocristã e Bizantina
São Vitale (Ravena. 546 - 548)
Sobre o octógono exterior é erigido o octógono central que circunda a cúpula. Do lado 
direito a nave lateral é interrompida pelo teto perpendicular do presbitério.
A janela de arcada tríplice está acima da abside, cercada por suas complexas e 
simétricas capelas dependentes. Não há embelezamento externo, sendo as paredes de 
tijolos separadas apenas por ligeiros contrafortes.
Vista Externa 
(S. Vitale, Ravena, 546 - 548)
Arquitetura Paleocristã e Bizantina
São Vitale (Ravena, 546 - 548)
Vista Aérea e Planta Baixa
(S. Vitale, Ravena, 546 - 548)
Arquitetura Paleocristã e Bizantina
São Vitale (Ravena. 546 - 548)
Arquitetura Paleocristã e Bizantina
São Vitale (Ravena. 546 - 548)
Arquitetura Paleocristã e Bizantina
São Vitale (Ravena. 546 - 548)
Interior: Cúpula e Capitel (S. Vitale, Ravena, 546 - 548)
A imperatriz Teodora e sua Comitiva 
(Mosaico. S. Vitale, Ravena, 546 - 548)
A maneira como as figuras 
estão plantadas, em rigorosa 
vista frontal, pode até lembrar-
nos certos desenhos infantis.
No entanto, o artista devia 
estar muito familiarizado com a 
arte grega. Sabia perfeitamente 
como envolver um manto em 
torno do corpo, de modo que as 
principais articulações 
permanecessem visíveis por 
baixo das pregas. 
Sabia como misturar pedras de 
diferentes tons no seu mosaico 
para reproduzir as cores da 
carne ou da rocha. 
Arquitetura Paleocristã e Bizantina
São Vitale (Ravena. 546 - 548)
Bizâncio já é uma das 
cidades coloniais gregas mais 
importantes e mais ricas, 
favorecida pela sua posição 
geográfica excepcional, sobre 
um promontório que domina o 
Estreito do Bósforo, entre o 
Mar Negro e o Mediterrâneo. 
Constantinopla 
permanece a capital do 
Império do Oriente até o 
século XV. Os cruzados 
que saqueiam a cidade 
em 1204 quedam 
maravilhados diante de 
uma metrópole maior e 
mais rica do que 
qualquer outra na 
Europa. Os turcos 
conquistaram-na em 
1435; Constantinopla se 
torna sua capital, 
Istambul, e ainda hoje é
uma das cidades mais 
importantes do mundo 
Oriental.
Arquitetura Paleocristã e Bizantina
Constantinopla (séc. IV)
Constantino a transforma entre 326 e 330 
d.C. divide-a em 14 regiões, como Roma, e 
constrói novos muros circundantes, 
quadruplicando a superfície anterior. 
Em 414 d.C., Teodósio aumenta-a ainda mais, 
construindo outros muros mais acima; assim, 
Constantinopla alcança uma extensão de cerca de 
1.400 hectares (mais ou menos igual à de Roma 
dentro dus muros Aurelianos) e uma população de 
cerca de meio milhão de habita.
Os muros de Teodósio assinalam o limite definitivo 
da cidade até os tempos modernos. Ao contrário, 
em seu interior, continuam as transformações: 
Constantino dispõe no núcleo antigo a acrópole, o 
palácio imperial e o hipódromo (como o Capitólio, 
o Palatino e o Circo Máximo em Roma) e abre um 
Foro entre a cidade velha e a nova.
Teodósio constrói um novo Foro maior no centro 
do povoado, e aumenta o porto.
Ao redor de seus monumentos a cidade cresceu, 
ao que se sabe, com a mesma densidade e a 
mesma desordem de Roma.
Uma lei de 476 d.C. estabelece que todas as novas 
ruas tenham pelo menos 3,50 metros de largura; 
poucas estradas - duas ao longo das margens e 
uma sobre o dorso do promontório, ramificada emY - são mais importantes e mais largas. 
A água chega através de vários aquedutos - na 
maioria subterrâneos, prevendo-se um assalto do 
inimigo - e é armazenada em vastas cisternas, 
descobertas ou subterrâneas.
Arquitetura Paleocristã e Bizantina
Constantinopla (séc. IV)
Arquitetura Paleocristã e Bizantina
Hagia Sophia (Antêmio de Trales e Isidoro de Mileto. Constantinopla, 532 - 537)
Justiniano, depois do 
incêndio de 532 d.C., realiza 
a grande igreja imperial de 
Santa Sofia, sintetizando 
novamente as experiências 
artísticas de todo o mundo 
mediterrânico.
O sistema das 
coberturas em arco e dos 
acabamentos com materiais 
preciosos: mármores, 
mosaicos de vidro, alfaias 
de metal – alcança um novo 
equilíbrio, diferente do 
antigo e que vai durar, daí
por diante, em todo o 
Oriente: daí começa o novo 
ciclo da arquitetura 
bizantina, árabe, persa. 
Arquitetura Paleocristã e Bizantina
Hagia Sophia (Antêmio de Trales e Isidoro de Mileto. Constantinopla, 532 - 537)
Arquitetura Paleocristã e Bizantina
Hagia Sophia (Antêmio de Trales e Isidoro de Mileto. Constantinopla, 532 - 537)
Os relevos decorativos são, em geral, 
aplanados e estilizados, a decoração dos 
capitéis reduz-se a um entrançado que adere 
a uma superfície envolvente, e o acabamento 
das paredes é feito, de preferência, com 
embutidos ou mosaicos. 
Um edifício como Santa Sofia apresenta-se como um 
organismo auto-suficiente, e o ponderado equilíbrio dos 
espaços interiores completa-se e termina antes de atingir 
as paredes periféricas, sem se repercutir, de modo 
algum, no espaço exterior.
O invólucro exterior é uma espécie de avesso modesto e 
utilitário, onde ficam à vista as estruturas de suporte da 
construção expulsas da composição interna, e que está
presente no espaço urbanístico como um obstáculo 
independente, ou que, à distância, domina, com a sua 
silhueta delicada, o perfil da cidade, sem funcionar como 
elemento nodal e determinante do tecido citadino.
Arquitetura Paleocristã e Bizantina
Hagia Sophia (Antêmio de Trales e Isidoro de Mileto. Constantinopla, 532 - 537)
Arquitetura Paleocristã e Bizantina
Hagia Sophia (Antêmio de Trales e Isidoro de Mileto. Constantinopla, 532 - 537)
Arquitetura Paleocristã e Bizantina
Hagia Sophia (Antêmio de Trales e Isidoro de Mileto. Constantinopla, 532 - 537)
Reaparece, assim, a descontinuidade entre 
os grandes edifícios áulicos e os locais da 
vida quotidiana, peculiar das antigas 
cidades orientais, e deixa de se preocupar 
encontrar um padrão entre iniciativas 
públicas e privadas, que é o motivo 
central da tradição urbanística greco-
romana.
O dualismo sobre o qual se baseia a 
arquitetura bizantina está certamente 
relacionado com o contraste entre 
imanência e transcendência, entre mundo 
sensível e mundo inteligível, tão vivo na 
cultura oriental. 
Arquitetura Paleocristã e Bizantina
Hagia Sophia (Antêmio de Trales e Isidoro de Mileto. Constantinopla, 532 - 537)
Arquitetura Paleocristã e Bizantina
A Cúpula
Santa Fosca: vista interior da cúpula (séc. XI) Domo com Pendentes
Arquitetura Paleocristã e Bizantina
A Cúpula
Arquitetura Paleocristã e Bizantina
A Cúpula
Os sistemas de transição são 
insuficientes se a diferença 
planimétrica for muito grande, como no 
caso de cúpulas sobre base octogonal 
de excessiva grandeza e, 
principalmente, de cúpulas sobre base 
quadrada.
O problema pode ser parcialmente 
resolvido por meio das chamadas 
«trompas», isto é, colocando a cada 
canto do envasamento um arco unido 
por abóbada cônica; passa-se, assim, 
do polígono de base para um outro com 
o dobro dos lados, após o que se pode 
passar para o círculo, utilizando um dos 
sistemas anteriores.
Só se consegue resolver o 
problema completamente com a 
invenção dos pendentes esféricos. 
O pendente deriva teórica, e 
talvez também historicamente, da 
abóbada de arestas, já difundida em 
todo o território romano e utilizada por 
vezes como elemento central para 
composições cruciformes, como no 
túmulo de Galla Placídia, em Ravena. 
Arquitetura Paleocristã e Bizantina
São Marcos (Veneza – sécXI)
A parede passa a ser considerada como simples 
superfície cromática, e é esta condição que 
permite libertar o mecanismo geométrico do 
edifício das referências plásticas que o rodeiam. 
Os mosaicos têm uma função fundamental, 
indispensável ao equilíbrio de todo o organismo, 
porque enquanto outros expedientes tendem a 
fazer perder consistência e solidez aos diversos 
elementos de suporte, os mosaicos substituem 
aqui uma qualidade cromática que é objeto 
imediato das percepções sensíveis, funcionando 
assim como suporte de todos os outros valores. 
Arquitetura Paleocristã e Bizantina
Nossa Senhora entronizada com o menino (Têmpera sobre madeira, 
81,5cm x 49 cm; Galeria Nacional de Arte; Washington, 1280)
Se observarmos um retábulo bizantino da Santa Virgem, 
talvez nos pareça muito distante das realizações da arte 
grega. No entanto, a maneira como as pregas do manto 
se desdobram em torno do corpo e irradiam em volta 
dos cotovelos e joelhos, o modo de modelar a face e as 
mãos acentuando as sombras, e até mesmo a amplidão 
circular do próprio trono da Virgem, teriam sido 
impossíveis sem as conquistas da pintura grega e 
helenística.
Apesar de uma certa rigidez, a arte bizantina manteve-
se, portanto, mais próxima da natureza do que a arte 
do Ocidente em períodos posteriores.
Por outro lado, a ênfase sobre a tradição e a 
necessidade de respeitar certos métodos permitidos de 
representar o Cristo ou a Virgem tornaram difícil aos 
artistas bizantinos desenvolverem seus dotes pessoais. 
Mas esse conservantismo desenvolveu-se gradualmente, 
e é um erro imaginar que os artistas do período não 
tinham qualquer idéia criativa. 
Foram eles, de fato, que transformaram as simples 
ilustrações da arte cristã primitiva nos grandes ciclos de 
esplêndidas e solenes imagens que dominam o interior 
das igrejas bizantinas. Ao observar os mosaicos feitos 
por esses artistas gregos nos Bálcãs e na Itália, durante 
a Idade Média, vemos que o Império Oriental tinha 
logrado, de fato, ressuscitar algo da grandeza e 
majestade da antiga arte do Oriente, usando-a para 
glorificar o Cristo e Seu poder. 
Arquitetura Paleocristã e Bizantina
Monreale (Sicília, 1190)
Cristo, soberano do Universo, a Virgem, o Menino e Santos (1190)
A figura dá-nos uma idéia de como essa arte podia 
ser impressionante. Mostra a abside da catedral de 
Monreale, na Sicília, decorada por artífices bizantinos 
pouco antes de 1190. 
Os artistas mantiveram-se próximos da sua tradição 
bizantina nativa. Os fiéis reunidos na catedral ver-se-
iam face a face com a majestosa figura do Cristo, 
representado como o Senhor do Universo, Sua mão 
direita erguida no gesto de abençoar. Por baixo está
a Virgem, entronizada como imperatriz, ladeada por 
dois arcanjos e solene fila de Santos.
Imagens como essas, olhando-nos do alto de 
refulgentes paredes douradas, pareciam ser símbolos 
tão perfeitos da Verdade Sagrada, que nem havia 
necessidade, aparentemente, de nos desviarmos 
delas. Por isso continuaram dominando em todos os 
países governados pela Igreja Oriental. 
As imagens sacras ou "ícones" dos russos ainda 
refletem essas grandes criações dos artistas 
bizantinos.
Iconoclasta Bizantino apagando com cal uma imagem de Cristo (Museu Histórico de Moscou, 900)
Arquitetura Paleocristã e Bizantina
A Iconoclastia
Catedral de São Basílio
(Praça Vermelha. Moscou, 1550 - 60)
Arquitetura Paleocristã e Bizantina
São Basílio (Moscou – séc. XVI)

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