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O DIREITO NO SEGUNDO REINADO: DA CONSOLIDAÇÃO À CRISE - SEMANA 5
A CONSOLIDAÇÃO DO DIREITO NO SEGUNDO REINADO SOB A PERSPECTIVA DA ECONOMIA AGROEXPORTADORA DE BASE ESCRAVISTA
CÓDIGO COMERCIAL DE 1850
O Código Comercial de 1850, assim como a grande maioria dos códigos editados nos anos 1800, adotou a teoria francesa dos atos de comércio, por influência da codificação napoleônica. Definiu o comerciante como aquele que exercia a mercancia de forma habitual, como sua profissão. Embora o próprio código não tenha dito o que considerava mercancia (atos de comércio), o legislador logo cuidou de fazê-lo, no Regulamento n.º 737, também de 1850. Prestação de serviços, negociação imobiliária e atividades rurais foram esquecidas, o que corrobora a crítica ao sistema francês.
TEORIAS DO DIREITO COMERCIAL
Teoria dos atos de comércio - De acordo com a teoria francesa dos atos de comércio, a matéria comercial deixa de ser baseada na figura do comerciante da Idade Média e passa a ser definida pela prática dos atos de comércio enumerados na lei. 
Teoria da Empresa – O Código Civil italiano(1942) unifica o direito civil e o comercial. O direito comercial deixa de ser direito do comerciante (período subjetivo das Corporações de Ofício) ou dos atos de comércio (período objetivo da codificação napoleônica), para alcançar limites muito mais largos, acomodando-se à plasticidade da economia política(encampando prestação de serviços, as atividades ligadas à terra e a negociação imobiliária).
O ACESSO A TERRA
O acesso às terras antes de 1850 se dava pela doação de terras através das sesmarias desde o período colonial ou ainda pela compra e, principalmente, ocupação e posterior posse de terras devolutas. 
A partir da aprovação da Lei de Terras de 1850, as terras desocupadas se tornaram propriedades do Estado e somente poderiam ser adquiridas mediante compra e venda ou por autorização do rei. 
A LEI DE TERRAS DE 1850
A Lei de Terras garantia mão-de-obra livre aos grandes proprietários, pois restringia o acesso à terra mediante a compra. Assim, o imigrante ou homem livre deveria se dedicar ao trabalho assalariado, geralmente nas plantações de café, para obter o capital suficiente para compra de sua propriedade. Isto porque, as terras ainda não ocupadas passavam a ser propriedade do Estado e só poderiam ser adquiridas através da compra nos leilões mediante pagamento à vista, e não mais através de posse. 
E quanto às terras já ocupadas, estas podiam ser regularizadas como propriedade privada. Sem a aprovação da Lei de Terras, possivelmente, escravos libertos e imigrantes europeus, ao invés de trabalharem nas grandes lavouras, dirigiriam-se para o interior do país em busca de terras desocupadas para tomar posse. 
A criação desta Lei garantiu os interesses dos grandes proprietários do Nordeste e do Sudeste que estavam iniciando a promissora produção do café e, certamente, contribuiu para a formação de grandes concentrações latifundiárias e do injusta distribuição de terras no Brasil. 
QUESTÃO ESCRAVISTA
A partir da metade do século XIX a escravidão no Brasil passou a ser contestada pela Inglaterra. Interessada em ampliar seu mercado consumidor no Brasil e no mundo, o Parlamento Inglês aprovou a Lei Bill Aberdeen (1845), que proibia o tráfico de escravos, dando o poder aos ingleses de abordarem e aprisionarem navios de países que faziam esta prática.
Em 1850, o Brasil cedeu às pressões inglesas e aprovou a Lei Eusébio de Queiróz que acabou com o tráfico negreiro. Em 28 de setembro de 1871 era aprovada a Lei do Ventre Livre que dava liberdade aos filhos de escravos nascidos a partir daquela data. O índice de mortalidade infantil entre os escravos aumentou, pois além das péssimas condições de vida, cresceu o descaso pelos recém-nascidos.
E no ano de 1885 era promulgada a Lei dos Sexagenários ou Lei Saraiva-Cotegipe que garantia liberdade aos escravos com mais de 60 anos de idade. Os escravos que estavam com idade entre 60 e 65 anos deveriam "prestar serviços por 3 anos aos seus senhores e após os 65 anos de idade seriam libertos». 
Somente no final do século XIX é que a escravidão foi mundialmente proibida. Aqui no Brasil, sua abolição se deu em 13 de maio de 1888 com a promulgação da Lei Áurea, feita pela Princesa Isabel.
LEI EUSÉBIO DE QUEIROZ
O projeto, convertido em lei em setembro de 1850, apoiado nos mais "sólidos princípios do direito das gentes," extinguia o tráfico determinando que: 
(...) "Artigo 3º - são autores do crime de importação, ou de tentativa dessa importação, o dono, o capitão ou mestre, o piloto e o contramestre da embarcação, e o sobrecarga. São cúmplices a equipagem, e os que coadjuvarem o desembarque de escravos no território brasileiro de que concorrerem para ocultar ao conhecimento da autoridade, ou para os subtrair à apreensão no mar, ou em ato de desembarque sendo perseguida.“
Muitos protestaram contra a decisão do Governo imperial, o que motivaria, mais tarde, a ida de Eusébio de Queirós à Câmara dos Deputados, a 16 de julho de 1852. Lembrou ele em seu depoimento que inúmeros fazendeiros - em especial os do " Norte do Império" - há tempos enfrentavam dificuldades financeiras graves, não tendo como pagar as dívidas contraídas com os traficantes de escravos. 
LEI DO VENTRE LIVRE
O próximo passo para dar fim à escravidão foi dado em 1871, com a Lei do Ventre Livre. O projeto da Lei do Ventre Livre foi proposto pelo gabinete conservador presidido pelo Visconde do Rio Branco em 27 de maio de 1871. Por vários meses, os deputados dos partidos Conservador e Liberal discutiram a proposta. Em 28 de setembro de 1871 a Lei nº 2040, após ter sido aprovada pela Câmara, foi também aprovado pelo Senado. 
Embora tenha sido objeto de grandes controvérsias no Parlamento, a Lei representou, na prática, um passo tímido na direção do fim da escravatura.
Art. 1o: Os filhos da mulher escrava que nascerem no Império desde a data desta lei, serão considerados de condição livre. §1o: Os ditos filhos menores ficarão em poder e sob a autoridade dos senhores de suas mães, os quais terão obrigação de criá-los e tratá-los até a idade de oito anos completos. Chegando o filho da escrava a esta idade, o senhor da mãe terá a opção, ou de receber do Estado a indenização de 600$000, ou de utilizar-se dos serviços do menor até a idade de 21 anos completos. 
LEI SARAIVA – COTEGIPE
Em 1885, foi promulgada a Lei Saraiva-Cotegipe, ou Lei dos Sexagenários, que tornava livres os escravos com mais de 60 anos e obrigava o Estado a pagar uma indenização aos senhores pela alforria destes escravos.
Os fazendeiros, aos poucos, substituíam a mão de obra escrava por imigrantes assalariados, e a campanha abolicionista ganhou a adesão dos republicanos. Não só a escravidão estava em crise, mas o próprio sistema imperial brasileiro.
LEI ÁREA 
O Império estava dividido. Por um lado, os latifundiários, que desejavam a manutenção da escravidão. De outro, os liberais, que desejavam a abolição. Os liberais tinham um apoio de peso, a Inglaterra, que  desejava a abolição para aumentar o mercado consumidor, já que vinha se industrializando desde o século XVIII. Em 13 de maio de 1888, é promulgada a tão desejada Lei, que ficou conhecida como Lei Áurea. A Princesa Isabel, então regente do Brasil, ficou conhecida como “A Redentora”, por ter libertado os escravos. 
 "Lei 3.353 de 13 de Maio de 1888 Declara Extinta A Escravidão no Brasil.
A Princesa Imperial Regente, em nome de Sua Magestade o Imperador, o senhor D. Pedro II faz saber a todos os súditos do Império que a Assembléia Geral decretou e Ela sancionou a Lei seguinte: 
Art 1o - É declarada extinta desde a data desta lei a escravidão no Brasil.
Art 2o - Revogam-se as disposições em contrário. 
 
BIBLIOGRAFIA / JURISPRUDÊNCIA:
 
PEDROSA, Ronaldo Leite. Direito em História. 6. Ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris. 2008. (Capítulo XII – p. 359 e Capítulo XIII – p. 354 e 460)
CASTRO, Flávia Lages. História do Direito, Geral e Brasil. 6. ed. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2008. (CapítuloXV – p. 345 385)

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