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Estágios de Consolidação das Fraturas

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Rogério Gozzi 
 
 
Estágios de Consolidação das Fraturas 
 
Os ossos são estruturas muito resistentes compostas em sua maioria por uma matriz 
mineral de fosfato de cálcio (CaPO4) e uma matriz orgânica basicamente composta por colágeno. 
 
A matriz mineral é extremamente dura, porém quebradiça (como o vidro) e por este motivo é 
importante que o osso possua a matriz orgânica de colágeno, pois o colágeno dará a resistência 
necessária para que o osso tenha uma certa flexibilidade e não quebre com tanta facilidade. 
 
Quando as forças que agirem sobre os ossos excederem este limite elástico, pode haver a ruptura 
do tecido ósseo, levando o osso a uma fratura. Por definição, fratura é “uma solução de 
continuidade óssea” o que em termos práticos nada mais é do que a quebra ou ruptura de uma 
ou várias partes de um osso.(Dorland) 
 
 
 
 
Fratura de Escafóide sem desvio 
 
 
Fratura de Colles com desvio 
 
Para que o osso se recupere desta fratura e possa consolidar, é necessário que dois fatores 
estejam presentes neste processo: um fator mecânico e outro fator biológico. 
 
1. Fator Mecânico: este fator está relacionado com a estabilização da fratura por imobilização 
com gesso ou cirurgia para a colocação de placas, parafusos ou hastes. A estabilização da fratura é 
importante para que as bordas fraturadas entrem em contato para que haja a formação do calo 
ósseo e posteriormente o osso consolide sem complicações. 
 
2. Fator Biológico: este fator está relacionado com o aporte sanguíneo e a chegada de 
substâncias essenciais na consolidação das fraturas. Dentre centenas de tipos de células que 
precisam chegar ao foco da fratura para que haja a recuperação óssea, podemos relacionar células 
sanguíneas, mediadores químicos inflamatórios, células osteogênicas e células de preenchimento. 
 
Portanto, se uma fratura está bem estabilizada (fator mecânico) e tem um bom aporte 
sanguíneo (fator biológico) a chance de sua em sua consolidação é de 100%. Porém, se um ou 
ambos os fatores falharem podemos ter complicações no processo de consolidação das fraturas. 
As principais complicações neste processo são as Não-Consolidações e as Pseudoartroses. 
 
 
 
 
Pseudoartrose de tíbia esquerda em uma criança 
 
 
 
 
 
Estágios de Consolidação das Fraturas 
 
1º Estágio (Hematoma): Esta é fase que ocorre logo após ao trauma que levou à fratura. 
Ocorre um grande sangramento local, e no foco da fratura ocorre acúmulo de células, sangue e 
líquido. Este estágio é caracterizado por forte dor e um grande edema no local da fratura. 
 
2º Estágio (Inflamação): Esta fase é caracterizada pela proliferação de células inflamatórias, 
importantes na limpeza do foco da fratura. Nesta fase haverá angiogênese (neoformação capilar) e 
isto facilitará a chegada de fibroblastos, condroblastos, fatores de crescimento tecidual, 
interleucinas, prostaglandinas e células mesenquimais. 
 
3º Estágio (Calo Mole): Popularmente, as pessoas dizem que neste estágio o osso “colou”. 
Neste estágio ocorre a formação de um calo provisório formado de tecido cartilaginoso e 
fibrocartilaginoso, que serve como uma espécie de cola biológica que estabiliza o segmento 
fraturado, preparando-o para o processo de consolidação da fratura de fato. 
 
4º Estágio (Calo Duro): Depois que o osso estiver “colado” e bem estabilizado, aquele 
tecido fibrocartilaginoso formado no estágio anterior é substituído gradualmente por tecido de 
matriz calcificada formando um calo de tecido ósseo no foco fraturado. Este calo ósseo é 
facilmente visualizado em uma radiografia simples e marca a consolidação óssea de fato. 
 
5º Estágio (Remodelação Óssea): O processo de remodelação óssea perdura por toda a vida 
da pessoa, onde o excesso de tecido ósseo será reabsorvido, e em áreas com menos tecido ósseo 
teremos maior formação óssea. Desta forma, calos ósseos exuberantes podem diminuir de 
volume, porém é muito difícil de desaparecerem servindo como um tipo de “cicatriz” do osso 
fraturado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bibliografia 
 
 
 Dorland – Dicionário Médico 
 Tortora & Derrickson – Príncipios de Anatomia e Fisiologia 
 Guyton – Fisiologia Humana 
 Ângelo Machado – Neuroanatomia Funcional 
 Fox – Fisiologia Humana 
 Hoppenfeld - Propedêutica Ortopédica: Coluna e Extremidades 
 Kapit - Anatomia: Manual para Colorir 
 Netter - Atlas de Anatomia Humana 
 Rohen/Yokochi - Anatomia Humana: Atlas Fotográfico 
 Sobotta - Atlas de Anatomia Humana 
 Spence - Anatomia Humana Básica 
 Tixa - Atlas de Anatomia Palpatória do Pescoço e do Tronco Superior 
 Tixa - Atlas de Anatomia Palpatória do Membro Inferior 
 Wolf-Heideger - Atlas de Anatomia Humana

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