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Apostila Desenvolvimento Sustentável - UNIP

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Desenvolvimento 
Sustentável 
Sumário
Desenvolvimento Sustentável 
Unidade I
1 A RELAÇÃO HOMEM-NATUREZA .................................................................................................................1
2 O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E SEUS CONCEITOS ................................................................7
2.1 Histórico e conceito de desenvolvimento sustentável ............................................................7
2.2 O desenvolvimento sustentável ........................................................................................................8
2.3 As dimensões do desenvolvimento sustentável .......................................................................11
Unidade II
3 O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E SUAS DIMENSÕES SOCIAL E ECONÔMICA ............ 12
3.1 A dimensão social do desenvolvimento sustentável: o caso da energia eólica ......... 12
3.2 A dimensão econômica do desenvolvimento sustentável .................................................. 14
3.3 A preservação do meio ambiente como princípio da atividade econômica ................ 16
4 O MEIO AMBIENTE COMO FONTE DE RECURSOS NATURAIS ........................................................ 17
Unidade III
5 AS DIMENSÕES ECOLÓGICA, ESPACIAL E CULTURAL DO DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL ........................................................................................................................................................ 22
5.1 A dimensão ecológica do desenvolvimento sustentável ..................................................... 24
5.2 A dimensão espacial do desenvolvimento sustentável ........................................................ 25
5.3 A dimensão cultural do desenvolvimento sustentável ......................................................... 26
6 A RESPONSABILIDADE AMBIENTAL DAS EMPRESAS ........................................................................ 28
6.1 De quem é a culpa? ............................................................................................................................. 28
6.2 A globalização ........................................................................................................................................ 29
6.3 As organizações não governamentais — ONG´s ...................................................................... 30
6.4 A responsabilidade social corporativa ......................................................................................... 31
6.5 A gestão ambiental e o novo ambiente empresarial ............................................................. 33
Unidade IV
7 AS NORMAS E A LEGISLAÇÃO AMBIENTAL ........................................................................................... 45
7.1 A norma ISO 14000 ............................................................................................................................. 50
7.2 As políticas ambientais públicas no Brasil ................................................................................. 51
7.3 A Constituição Federal de 1988 ..................................................................................................... 53
8 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL X RECURSOS NATURAIS ........................................................ 53
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1 A RELAÇÃO HOMEM-NATUREZA
A relação do homem com a natureza sempre aconteceu de 
forma bastante discrepante: de um lado, o homem, com toda a 
sua inteligência gananciosa, tentando alimentar os seus desejos 
de consumo e conforto; do outro, a natureza, com toda a sua 
exuberância e riqueza, fonte para todas as ações humanas. Em 
alguns casos, o homem tem que escolher entre sua sobrevivência 
e a preservação da natureza, como é o caso do agricultor que tira 
da terra o alimento que leva à mesa. Neste caso, fica o dilema: a 
natureza ou o homem?
Mas o que preocupa é o desenvolvimento sem limites 
protagonizado pelo homem em prol de seus objetivos próprios. 
Por muitos anos, esse foi o tipo de relação entre o homem e a 
natureza, até que esta passasse a dar sinal de alerta.
Felizmente esse tipo de pensamento foi modificado e, 
segundo Camargo (2004):
A ideia de um novo modelo de desenvolvimento para o 
século XXI, compatibilizando as dimensões econômica, 
social e ambiental, surgiu para resolver, como ponto 
de partida no plano conceitual, o velho dilema entre 
crescimento econômico e redução da miséria, de um 
lado, e preservação ambiental de outro. O conflito 
vinha, de fato, arrastando-se por mais de vinte anos, em 
hostilidade aberta contra o movimento ambientalista, 
enquanto este, por sua vez, encarava o desenvolvimento 
econômico como naturalmente lesivo e os empresários 
como seus agentes mais representativos.
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Um dos primeiros problemas ambientais ocorreu com o 
surgimento das cidades e a satisfação das necessidades dos 
homens, sempre utilizando os recursos ambientais.
A história das cidades do mundo em geral é longa. As 
primeiras cidades teriam surgido entre quinze e cinco mil anos 
atrás, dependendo das diversas definições existentes sobre o 
que define um antigo assentamento permanente como uma 
cidade. Sociedades que vivem em cidades são, frequentemente, 
chamadas de civilizações.
A nossa sociedade tem vivido, atualmente, uma gama 
de problemas, decorrente direta da sua forma de tratar e se 
relacionar com a natureza. A busca desenfreada pela produção 
levou o homem a explorar intensamente os recursos disponíveis 
na natureza, esquecendo que grande parte deles, além de 
não serem renováveis, quando retirados da natureza em 
quantidades excessivas, deixam uma lacuna, às vezes irreversível, 
cujas consequências são sentidas em gerações posteriores, 
principalmente em relação às mudanças climáticas.
Casseti (1991) afirma:
As transformações sofridas pela natureza, através 
do emprego das técnicas no processo produtivo, são 
um fenômeno social, representado pelo trabalho, e 
as relações de produção mudam conforme as leis, 
as quais implicam a formação econômico-social e, 
por conseguinte, as relações entre a sociedade e a 
natureza.
Outros problemas ambientais foram trazidos com a Revolução 
Industrial.
A Revolução Industrial consistiu em um conjunto de mudanças 
tecnológicas com profundo impacto no processo produtivo em 
nível econômico e social. Iniciada na Grã-Bretanha em meados 
do século XVIII, expandiu-se pelo mundo a partir do século XIX.
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Ao longo do processo (que, de acordo com alguns autores, 
registra-se até os nossos dias), a era agrícola foi superada, a 
máquina foi suplantando o trabalho humano, uma nova relação 
entre capital e trabalho se impôs, novas relações entre nações se 
estabeleceram e surgiu o fenômeno da cultura de massa, entre 
outros eventos.
Essa transformação foi possível devido a uma combinação 
de fatores, como o liberalismo econômico, a acumulação de 
capital e uma série de invenções, tais como o motor a vapor. O 
capitalismo tornou-se o sistema econômico vigente.
A partir da Revolução Industrial, o volume de produção 
aumentou extraordinariamente: a produção de bens deixou de 
ser artesanal e passou a ser maquinofaturada; as populações 
passaram a ter acesso a bens industrializados e deslocaram-se 
para os centros urbanos em busca de trabalho. As fábricas 
passaram a concentrar centenas de trabalhadores, que vendiam 
a sua força de trabalho emtroca de salário.
Outra das consequências da Revolução Industrial foi o rápido 
crescimento econômico. Antes dela, o progresso econômico 
era sempre lento (levavam séculos para que a renda per capita 
aumentasse sensivelmente) e, após, a renda per capita e a 
população começaram a crescer de forma acelerada, nunca 
antes vista. Por exemplo, entre 1500 e 1780, a população da 
Inglaterra aumentou de 3,5 milhões para 8,5; entre 1780 e 
1880, ela saltou para 36 milhões, devido à drástica redução da 
mortalidade infantil.
A Revolução Industrial alterou completamente a maneira 
de viver das populações dos países que se industrializaram. As 
cidades atraíram os camponeses e artesãos e se tornaram cada 
vez maiores e mais importantes.
Na Inglaterra, por volta de 1850, pela primeira vez em um 
grande país, havia mais pessoas vivendo em cidades do que no 
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campo. Nas cidades, as pessoas mais pobres aglomeravam-se 
em subúrbios de casas velhas e desconfortáveis, se comparadas 
com as habitações dos países industrializados hoje em dia. 
Mas representavam uma grande melhoria, se comparadas às 
condições de vida dos camponeses que viviam em choupanas de 
palha. Conviviam com a falta de água encanada, com os ratos, o 
esgoto formando riachos nas ruas esburacadas.
O trabalho do operário era muito diferente do trabalho do 
camponês: tarefas monótonas e repetitivas. A vida na cidade 
moderna significava mudanças incessantes. A cada instante, 
surgiam novas máquinas, novos produtos, novos gostos, novas 
modas.
Após a problemática relacionada ao homem x natureza, 
ocorreram conferências, agendas e leis importantes na tentativa 
de reverter os problemas causados e acima demonstrados, como:
A Rio-92
Diante de tantas alterações no meio ambiente, somadas às 
ameaças de extinção de muitos recursos naturais atualmente 
utilizados pelo homem, autoridades (172 governos) e estudiosos 
do mundo inteiro reuniram-se, em 1992, no Rio de Janeiro, 
para a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e 
Desenvolvimento (CNUMAD), conhecida mundialmente como a 
“Conferência da Terra”. Ela se tornou, por sua singularidade, um 
marco na história da humanidade, cujos objetivos básicos giravam 
em torno da busca por um equilíbrio entre as necessidades 
ambientais, sociais e econômicas para gerações atuais e presentes.
Outro objetivo da Conferência era a construção de uma 
espécie de associação mundial que contemplasse os países 
desenvolvidos e em desenvolvimento para estudo e compreensão 
das questões ambientais, interesse e preocupação igualmente 
comum a todos. Governos e demais setores da sociedade civil 
também deveriam compor a referida associação.
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Essa Conferência foi popularizada com o título de Rio-92 
e conseguiu reunir 108 chefes de Estado para aprovação de 
documentos importantes como a “Agenda 21”, que consiste 
em uma declaração do Rio acerca do meio ambiente e o 
desenvolvimento, para definir quais são os direitos e deveres 
dos Estados.
Somente em 2002 a Organização das Nações Unidas (ONU) 
aprovou “A Carta da Terra” e comparou sua importância para a 
humanidade à Declaração Universal dos Direitos Humanos, no 
tocante ao meio ambiente.
Desde então, podemos notar muito progresso em relação ao 
pensamento e à postura das pessoas quanto à forma como o meio 
ambiente está sendo explorado. Nota-se uma urgência em tentar 
recuperar o tempo perdido e mais ainda em tentar desenvolver nas 
pessoas uma nova forma de pensar e agir no que se refere às questões 
ambientais. Ambientalistas, geólogos e os meios de comunicação são 
alguns exemplos de profissionais profundamente engajados em prol 
de uma mudança da consciência ambiental dos seres humanos.
As escolas têm sido de fundamental importância na 
educação ambiental das crianças, possibilitando a elas crescer 
com o compromisso de preservar e ajudar o seu ecossistema.
A Agenda 21
A Agenda 21 é um dos mais importantes documentos 
referentes ao meio ambiente e foi gerado na reunião de 178 
nações na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente 
e o Desenvolvimento (CNUMAD), em 1992.
As dimensões da sustentabilidade são parte do conteúdo 
da Agenda 21 global, modelo para que os países a aplicassem 
e escrevessem também sua Agenda 21 nacional e local. Todas 
essas dimensões que formam parte de um desenvolvimento 
sustentável são mostradas por pesquisadores e governantes.
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A Agenda 21 representa um conjunto de requisitos 
recomendados para uma boa convivência da humanidade 
com o Planeta, e seus 40 capítulos estão divididos em quatro 
seções. A primeira trata de aspectos sociais e econômicos 
de desenvolvimento; a segunda, de aspectos ambientais e 
gerenciamento de recursos naturais; a terceira, do fortalecimento 
do papel dos principais grupos sociais; e a última, a respeito dos 
meios de implantação.
A água, realmente, é um recurso que precisa de muito respeito 
por parte do ser humano, já que, muitas vezes, claros exemplos 
de poluição acontecem por esvaziamentos de hidrocarbonetos 
ou outros elementos altamente contaminadores, usados 
na indústria. Aspectos contidos na Agenda 21 são de alta 
preocupação com respeito à preservação desse recurso, por ser 
escasso em várias partes do planeta, como em algumas cidades 
do Brasil, e necessária para o consumo e a geração de energia 
elétrica. A procura por alternativas de recursos renováveis que 
substituam as necessidades da água será uma forma de seguir o 
contido na Agenda 21.
Estamos diante de um momento crítico na história da 
Terra, numa época em que a humanidade deve escolher 
o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez 
mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao 
mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. 
Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio 
de uma magnífica diversidade de culturas e formas de 
vida, somos uma família humana e uma comunidade 
terrestre com um destino comum. Devemos somar forças 
para gerar uma sociedade sustentável global baseada no 
respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, 
na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar 
a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, 
declaremos nossa responsabilidade uns para com os 
outros, com a grande comunidade da vida, e com as 
futuras gerações (A Carta da Terra - preâmbulo).
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A Agenda 21 brasileira
A elaboração da Agenda 21 brasileira foi obra do trabalho 
da Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e 
da Agenda 21 Nacional (CPDS). Essa comissão foi criada por 
decreto presidencial em 26 de fevereiro de 1997, conformada 
pelo Ministério do Meio Ambiente, Ministério do Planejamento, 
Orçamento e Gestão, Ministério de Ciência e Tecnologia, Ministério 
das Relações Exteriores, Presidência da República, Fórum 
Brasileiro das Ong´s e Movimentos Sociais, Fundação Getúlio 
Vargas, Fundação Movimento Onda Azul, Conselho Empresarial 
para o Desenvolvimento Sustentável e Universidade Federal de 
Minas Gerais. Teve como objetivo redefinir o desenvolvimento do 
país, adicionando o conceito de sustentabilidade, qualificando 
suas potencialidades e as vulnerabilidades do Brasil no quadro 
internacional(Bezerra et al., 2002).
Dentro das estratégias para gestão dos recursos naturais 
estabelecidas na Agenda 21 brasileira, está o estabelecimento 
de normas e regulamentação para o uso harmônico da energia 
e promoção de sistemas alternativos de geração energética, 
transferindo ao consumidor orientações e escolhas feitas nos planos 
técnicos e científicos. Essas normas são de responsabilidade dos 
gestores governamentais, por meio da criação de leis para promover 
o investimento de capitais privados em usinas alternativas, mediante 
mecanismos econômico-financeiros com incentivos fiscais e/ou 
econômicos e dar condições para a disseminação dessas tecnologias, 
suas vantagens, custos, facilidades e dificuldades na atualidade.
2 O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E SEUS 
CONCEITOS
2.1 Histórico e conceito de desenvolvimento 
sustentável
O desenvolvimento sustentável é um dos temas mais 
discutidos neste momento em todo o mundo, seja pela 
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preocupação econômica que a escassez das energias não 
renováveis proporciona ou mesmo pelo despertar da consciência 
humana a respeito da necessidade de preservação do planeta, 
bem como das gerações vindouras.
Realizaremos nosso estudo a partir do conceito básico de 
desenvolvimento sustentável, cujo objetivo principal é o de se 
obter um desenvolvimento que seja eficaz e que não venha a 
comprometer as gerações futuras.
Mas como conseguir tal feito, se o homem desde o seu 
primeiro instante na Terra vem exercendo uma relação de total 
dominação sobre ela, sobretudo quanto à extração de suas 
riquezas naturais?
Para encontrarmos a resposta para esta pergunta, foi preciso 
elaborar, no módulo anterior, um breve estudo a respeito da 
relação homem-natureza e tentar entender por que, hoje, essa 
relação vem ameaçando o futuro do nosso planeta.
2.2 O desenvolvimento sustentável
O desenvolvimento sustentável baseia-se numa forma 
de desenvolvimento capaz de acontecer de modo a suprir as 
necessidades presentes, ou seja, aquelas que já se encontram 
instaladas, de forma que não venha a interferir no crescimento 
das gerações futuras. Para isso, é de fundamental importância 
que se respeite a exploração harmônica dos recursos oferecidos 
pela natureza.
Também é imprescindível que se perceba que alguns 
problemas podem acompanhar essa exploração de recursos 
naturais e ameaçar a sustentabilidade.
A geração de energia oriunda de fontes renováveis vem 
despertando o interesse de vários países, por se tratar de 
uma forma de obtenção mais barata e que não agride o meio 
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ambiente. E, ao que tudo indica, essa forma “limpa” de obtenção 
de energia pode-se voltar muito mais competitiva, por conta 
das modernas tecnologias que possibilitam maiores economias 
de escala, desde que o homem vem explorando os recursos 
naturais: na época Pré-histórica, logo depois com a Revolução 
Industrial, chegando aos dias atuais.
As fontes renováveis, quando utilizadas para geração de 
energia, auxiliam na diminuição da exploração dos recursos 
esgotáveis ou não renováveis, pois realizam uma exploração 
mais harmônica; assim, com a exploração harmônica de fontes 
renováveis, pode-se cuidar de ecossistemas que são impactados 
negativamente por geração de substâncias poluentes emitidas 
no meio ambiente, no momento em que são transformados em 
energias úteis para o homem alguns recursos não renováveis, 
como petróleo, carvão e gás. As principais energias utilizadas 
pelo homem obtidas por exploração das fontes naturais são 
energia térmica, mecânica e elétrica, entre outras.
Os recursos não renováveis, além de estarem em processo de 
esgotamento, são os que mais impactos negativos trazem para 
a natureza, já que sua exploração exige tecnologias especiais 
para extração, em virtude das condições de obtenção cada vez 
mais remotas.
Seu transporte também costuma oferecer riscos extras, 
conforme pode ser visto no exemplo do petróleo. Depois de 
serem utilizados, são ainda esses recursos uma grande ameaça 
poluente, como é o caso dos resíduos radioativos.
Atualmente, os níveis de contaminação por poluentes trazem 
grande preocupação; por exemplo, segundo a World Energy 
Council, somente na geração de energia elétrica, as emissões de 
CO2 (quando se utilizam os seguintes recursos: o carvão natural 
— 980 g/Kwh; óleo combustível 818 g/Kwh e gás 430 g/Kwh 
aproximadamente) contribuem fortemente para o efeito estufa 
e para a destruição da camada de ozônio. Os níveis de emissões 
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de CO2 no plano mundial desde 1980, com uma projeção para 
2020, estão descritos na tabela a seguir.
Tabela 1: Evolução da emissão de CO2 em milhões de 
toneladas no período 1980–2020
Anos Milhões de toneladas
1980 17.000
1990 20.000
2000 25.000
2010 28.000
2020 37.000
Fonte: Rocha; Rossi, 2003, p. 245.
Para que se possa alcançar o objetivo básico do 
desenvolvimento sustentável, é necessário que as questões 
ambientais estejam integralmente definidas, assim como a 
contemplação de utilização de outras políticas que auxiliem no 
alcance do mesmo.
Os órgãos e as autoridades públicas competentes precisam 
adotar as medidas mais adequadas para minimizar os efeitos 
negativos dos transportes no meio ambiente. Devem, igualmente, 
procurar uma melhoria na gestão dos recursos naturais, no 
combate à pobreza e à exclusão social.
Segundo Daniel Bertoli1,
Esse conceito, que procura conciliar a necessidade 
de desenvolvimento econômico da sociedade com a 
promoção do desenvolvimento social e com o respeito 
ao meio ambiente, hoje é um tema indispensável na 
pauta de discussão das mais diversas organizações, e 
nos mais diferentes níveis de organização da sociedade, 
como nas discussões sobre o desenvolvimento dos 
municípios e das regiões, correntes no dia a dia de 
nossa sociedade.
1Disponível em <www.agenda21empresarial.com.br>.
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2.3 As dimensões do desenvolvimento 
sustentável
Lage e Barbieri (2001) citam sete dimensões: ecológica, econômica, 
social, espacial, cultural, tecnológica e política. Muitas delas podem 
interligar-se e trabalhar em conjunto. Segundo Ignacy Sachs, as 
dimensões que abordam o desenvolvimento sustentável são cinco: 
social, econômica, ecológica, espacial e cultural (Sachs, 1993).
Verifica-se que, quando se fala em sustentabilidade, 
não somente se trata de aspectos ecológicos que mantêm 
as atividades do homem nos conceitos desse tipo de 
desenvolvimento, mas também de outros aspectos, importantes 
para um desenvolvimento sustentável.
É importante frisar que o desenvolvimento sustentável visa 
conciliar desenvolvimento econômico – que é o desenvolvimento 
de riqueza material dos países ou regiões, assim como o bem-estar 
econômico de seus habitantes – com desenvolvimento social 
— que consiste na evolução dos componentes da sociedade (capital 
humano) e na maneira como estes se relacionam (capital social) – e 
com preservação ambiental, que é minimizar a utilização dos bens 
ambientais (recursos naturais), conservando-os o máximo possível. Para 
Augusto de Franco (2002), “todo desenvolvimento é desenvolvimento 
social”. O autor acrescenta que não há desenvolvimento sem alteração 
tanto do capital social quanto do humano.Desenvolvimento social só ocorre quando se estabelecem 
políticas que aperfeiçoem a forma como os componentes 
de um conjunto interagem entre si e com o meio externo. 
Entende-se como conjunto uma pequena comunidade rural, 
um centro urbano ou, ainda, uma nação inteira. Diferente 
do desenvolvimento econômico, Augusto de Franco (2002) 
nos diz que o desenvolvimento social só ocorre se todos 
os componentes da sociedade forem beneficiados. Assim, 
determinada comunidade pode crescer economicamente sem 
que isso represente um desenvolvimento social.
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