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Gasometria arterial

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Gasometria arterial
O termo gasometria arterial refere-se a um tipo de exame de sangue colhido de uma artéria e que possui por objetivo a avaliação de gases (oxigênio e gás carbônico) distribuídos no sangue, do pH e do equilíbrio ácido-básico.
Nesta mesma amostra podem ser dosados, ainda, alguns eletrólitos como o sódio, potássio, cálcio iônico e cloreto, a depender do aparelho (gasômetro) utilizado.
Parâmetros
Os parâmetros mais comumente avaliados na gasometria arterial são:
pH 7,35 a 7,45
pO2 (pressão parcial de oxigênio) 80 a 100 mmHg
pCO2 (pressão parcial de gás carbônico) 35 a 45 mmHg
HCO3 (necessário para o equilíbrio ácido-básico sanguíneo) 22 a 26 mEq/L
SaO2 Saturação de oxigênio (arterial) maior que 95%
A gasometria consiste na leitura do pH e das pressões parciais de O2 e CO2 em uma amostra de sangue. A leitura é obtida pela comparação desses parâmetros na amostra com os padrões internos do gasômetro. Essa amostra pode ser de sangue arterial ou venoso, porém é importante saber qual a natureza da amostra para uma interpretação correta dos resultados.
Quando escolher a gasometria arterial ou a venosa?
Quando se está interessado em uma avaliação da performance pulmonar, deve ser sempre obtido sangue arterial, pois esta amostra informará a respeito da hematose e permitirá o cálculo do conteúdo de oxigênio que está sendo oferecido aos tecidos. No entanto, se o objetivo for avaliar apenas a parte metabólica, isso pode ser feito através de uma gasometria venosa.
Parâmetros normais para gasometria arterial
pH A avaliação do pH serve para determinar se está presente uma acidose ou uma alcalose. Um pH normal não indica necessariamente a ausência de um distúrbio ácido-básico, dependendo do grau de compensação. O desequilíbrio ácido-básico é atribuído a distúrbios ou do sistema respiratório (PaCO2) ou metabólico.
PaO2 ou PO2 A PaO2 exprime a eficácia das trocas de oxigênio entre os alvéolos e os capilares pulmonares, e depende diretamente da pressão parcial de oxigênio no alvéolo, da capacidade de difusão pulmonar desse gás, da existência de Shunt anatômicos e da reação ventilação / perfusão pulmonar. Alterações desses fatores constituem causas de variações de PaO2.
PaCO2 ou PCO2 A pressão parcial de CO2 do sangue arterial exprime a eficácia da ventilação alveolar, sendo praticamente a mesma do CO2 alveolar, dada a grande difusibilidade deste gás. Seus valores normais oscilam entre 35 a 45 mmHg.
•Se a PaCO2 estiver menor que 35 mmHg, o paciente está hiperventilando, e se o pH estiver maior que 7,45, ele está em Alcalose Respiratória.
•Se a PaCO2 estiver maior que 45 mmHg, o paciente está hipoventilando, e se o pH estiver menor que 7,35, ele está em Acidose Respiratória.
HCO3- (bicarbonato) As alterações na concentração de bicarbonato no plasma podem desencadear desequilíbrios ácido-básicos por distúrbios metabólicos.
•Se o HCO3- estiver maior que 28 mEq/L com desvio do pH > 7,45, o paciente está em Alcalose Metabólica.
•Se o HCO3- estiver menor que 22 mEq/L com desvio do pH < 7,35, o paciente está em Acidose Metabólica.
BE (Base excess) Sinaliza o excesso ou déficit de bases dissolvidas no plasma sanguíneo.
SatO2 (%) Conteúdo de oxigênio/Capacidade de oxigênio; corresponde à relação entre o conteúdo de oxigênio e a capacidade de oxigênio, expressa em percentual.
Acidose Respiratória (Aumento da PaCO2) Qualquer fator que reduza a ventilação pulmonar, aumenta a concentração de CO2 (aumenta H+ e diminui pH) resulta em acidose respiratória.
Hipoventilação → Hipercapnia (PaCO2 > 45mmHg) → Acidose respiratória
Alcalose Respiratória (Diminuição da PaCO2)
Quando a ventilação alveolar está aumentada, a PaCO2 alveolar diminui, consequentemente, haverá diminuição da PCO2 arterial menor que 35mmHg, caracterizando uma alcalose respiratória (diminuição de H+, aumento do pH).
Hiperventilação → Hipocapnia (PaCO2 < 35mmHg) → Alcalose respiratória
Acidose Metabólica (Diminuição de HCO3-)
O distúrbio ácido-básico que mais frequentemente se observa na prática clínica é a acidose metabólica. A administração de HCO3- por via venosa está indicada quando o pH < 7.25, na maioria dos casos.
↓ HCO3- ( < 22 mEq/L) e ↓ pH ( < 7,35)
Alcalose Metabólica (Aumento de HCO3-)
A alcalose metabólica verifica-se quando o corpo perde muito ácido. Pode desenvolver-se quando a excessiva perda de sódio ou de potássio afeta a capacidade renal para controlar o equilíbrio ácido-básico do sangue.
↑ HCO3- ( > 28 mEq/L) e ↑ pH ( > 7,45)
GASOMETRIA
A avaliação do estado ácido-básico do sangue é feita na grande maioria dos doentes que são atendidos em UTI, qualquer que seja a doença de base; essa avaliação é fundamental, pois, além dos desvios do equilíbrio ácido-base (EAB) propriamente dito, pode fornecer dados sobre a função respiratória e sobre as condições de perfusão tecidual.
O diagnóstico das alterações do EAB é feito pela análise dos valores obtidos pela gasometria sangüínea.
Definição: A gasometria consiste na leitura do pH e das pressões parciais de O2 e CO2 em uma amostra de sangue. A leitura é obtida pela comparação desses parâmetros na amostra com os padrões internos do gasômetro.
Escolha da amostra: Essa amostra pode ser de sangue arterial ou venoso, porém é importante saber qual a natureza da amostra para uma interpretação correta dos resultados.
Para avaliação da performance pulmonar, deve ser sempre obtido sangue arterial, pois esta amostra informará a respeito da hematose e permitirá o cálculo do conteúdo de oxigênio que está sendo oferecido aos tecidos.
No entanto, se o objetivo for avaliar apenas a parte metabólica, isso pode ser feito através de uma gasometria venosa.
Como é realizado o exame: O exame é realizado por meio da coleta de uma amostra de sangue de uma artéria ou veia. Utilizando uma agulha pequena, a amostra pode ser coletada da artéria radial no punho, da artéria femoral na virilha ou da artéria braquial no braço.
Artéria Radial
Como se preparar para o exame: Não é necessária nenhuma preparação especial. Se a pessoa que vai se submeter ao exame estiver recebendo oxigênio, a concentração deste deve permanecer constante durante 20 minutos antes da realização do procedimento. Se o exame for realizado sem a administração de oxigênio, este deve ser desligado 20 minutos antes da coleta da amostra a fim de que se possa garantir resultados precisos para o exame.
É realizado a “Prova de Allen”.
Objetivo: Verificar a permeabilidade do arco palmar e seu enchimento pela artéria ulnar.
Método: Compressão das artérias radial e ulnar junto ao punho, orientando-se o paciente para abrir e fechar a mão cinco vezes, em média, observando-se a mudança de sua coloração, para palidez.
Material: seringa heparinizada 3 a 5 ml; agulha hipodérmica de pequeno calibre (22 a 25g); anti-séptico local.
Técnica:
Palpação e localização do pulso radial junto ao punho e próximo ao processo estilóide do radio;
Antisepsia do local;
Introduzir o bisel voltado para cima, num ângulo de 60 a 90° em relação à artéria radial, aprofundando a agulha até que haja fluxo fácil de sangue na seringa;
Compressão do local por 5 a 10minutos.
O que se sente durante o exame: Uma agulha será introduzida na artéria através da pele. Pode haver uma ligeira cãibra ou latejamento no local da punção.
Parâmetros e valores normais
* Gasometria Arterial: retirado do sangue arterial (portanto rico em O2); exame indicado aos portadores de doenças pulmonares e cardiológicas, auxilia no diagnóstico de acidoses e alcaloses metabólicas e sistêmicas, tendo indicação aos pacientes com problemas crônicos e agudos respiratórios, pacientes com problemas crônicos e agudos cardiológicos e também aos pacientes nefropatas (doentes renais).
	Parâmetros
	Valor de referência
	pH
	7,35 a 7,45
	PaCO2
	35 a 45 mmHg
	PaO2
	80 a 100 mmHg
	HCO3
	21 a 28 mEq/L
	BE
	-2 a + 2 mEq/L
	SaO2 (saturação de oxigênio)
	95 a 100%
pH : Alteração sugere desequilíbrio no sistema respiratório ou metabólico.UmpH normal não indica necessariamente a ausência de um distúrbio ácido-básico, dependendo do grau de compensação. O desequilíbrio ácido-básico é atribuído a distúrbios ou do sistema respiratório (PaCO2) ou metabólico.
PaO2: Pressão parcial de oxigênio no sangue; exprime a eficácia das trocas de oxigênio entre os alvéolos e os capilares pulmonares.
PaCO2: A pressão parcial de CO2 do sangue arterial exprime a eficácia da ventilação alveolar. Se a PaCO2 estiver menor que 35 mmHg, o paciente está hiperventilando, e se o pH estiver maior que 7,45, ele está emAlcalose Respiratória. Se a PCO2 estiver maior que 45 mmHg, o paciente está hipoventilando, e se o pH estiver menor que 7,35, ele está em Acidose Respiratória.
HCO3: Quantidade de bicarbonato encontrado no sangue arterial. As alterações na concentração de bicarbonato no plasma podem desencadear desequilíbrios ácido-básicos por distúrbios metabólicos. Se o HCO3 estiver maior que 28 mEq/L com desvio do pH > 7,45, o paciente está em Alcalose Metabólica. Se o HCO3 estiver menor que 22 mEq/L com desvio do pH < 7,35, o paciente está em Acidose Metabólica.
BE (Base excess): Sinaliza o excesso ou déficit de bases dissolvidas no plasma sanguíneo.
SaO2 (%): Conteúdo de oxigênio / Capacidade de oxigênio; corresponde à relação entre o conteúdo de oxigênio e a capacidade de oxigênio, expressa em percentual.
Alterações gasométricas
	Acidose Respiratória
	Alcalose Respiratória
	Acidose Metabólica
	Alcalose Metabólica
	Acidose Mista
	Alcalose Mista
	↓ pH
	↑ pH
	↓ pH
	↑ pH
	↓ pH
	↑ pH
	Retenção de CO2
	↓ de CO2
	Bicarbonato (HCO3) baixo
	Excesso de Bicarbonato
	↑ PaCO2
	↓ PaCO2
	Hipoventilação Pulmonar
	Hiperventilação Pulmonar
	Reserva de bases diminuída
	Reservas de base aumentada
	↓ HCO3
	↑ HCO3
	Estímulo do centro respiratório
	Freqüência respiratória elevada
	-
	-
	-
	-
	Exemplos: obstrução das VA; atelectasia; pneumonia; VM inadequada; SARA; fibrose
	Exemplos: dor; hipoxemia; VM inadequada; ansiedade; lesão SNC
	Exemplos: administração excessiva de aspirina; insuficiência renal; parada cardio respiratória
	Exemplos: administração excessiva de HCO3; perda do ácido clorídrico; uso excessivo de diuréticos
	Exemplos: insuficiência respiratória; fadiga muscular; ↑ produção do ácido lático
	Exemplos: hiperventilação em VMI; perda do suco gástrico por vômito
	Compensação: após 12 a 48 hs ↓ eliminação renal de HCO3
	Compensação: ↑ eliminação renal de HCO3
	Compensação: hiperventilação
	Compensação: depressão respiratória é incomum
	-
-
	-
-
Regra Prática
pH: acidose ↓ 7,35 normal 7,45 ↑ alcalose
PaCO2: alcalose ↓ 35 normal 45 ↑ acidose
HCO3: acidose ↓ 22 normal 28 ↑ alcalose
* Gasometria venosa: retirado do sangue venoso (portanto pobre em O2); exame indicado aos portadores de doenças renais (nefropatas) útil na identificação de problemas do mecanismo de tampão ácido-básico, presente em doentes renais. Os valores normais do pH e dos gases do sangue referidos no exame dos principais distúrbios do equilíbrio ácido-base, referem-se ao sangue arterial, já oxigenado e modificado nos pulmões ou nos oxigenadores. O sangue venoso, que conduz os restos metabólicos celulares, coletados no sistema capilar, tem valores diferentes, e não menos importantes.
A análise do sangue venoso normal, deve mostrar os seguintes resultados:
	Parâmetros
	Valor de referência
	pH
	7,27 a 7,39
	PaCO2
	40 a 50 mmHg
	PaO2
	35 a 40 mmHg
	HCO3
	22 a 26 mEq/l
	BE
	2,5
	SO2 (saturação de oxigênio)
	70 a 75
Duas informações práticas podem ser obtidas pela análise da gasometria venosa:
A PaO2 venosa quando comparada com a PaO2 arterial dá uma idéia do débito cardíaco (diferença arteriovenosa grande com a PaO2 venosa baixa significa baixo débito, com os tecidos extraindo muito o oxigênio da hemoglobina pelo fluxo lento, sendo esta uma situação ainda favorável para se tentar a reversão de um estado de choque).
A diferença arteriovenosa pequena com progressivo aumento da PaO2 venosa indica um "shunt" sistêmico, isto é, um agravamento das trocas teciduais. Portanto, o principal dado fornecido pela gasometria venosa é a PaO2.
As alterações que ocorrem no sangue venoso, durante a perfusão, independem da função do oxigenador. O sangue venoso reflete o estado do paciente. Disso decorre a importância da sua monitorização. As alterações do sangue venoso nos informam sobre a adequácia do fluxo sanguíneo e sobre o estado do consumo de oxigênio pelo paciente. A gasometria venosa reflete a adequácia da perfusão, através do pH, PaCO2, PaO2 e a saturação de oxigênio (SaO2). Devemos lembrar o fenômeno denominado paradoxo arterio-venoso que pode ser bem apreciado no exemplo abaixo, em que às amostras foram coletadas no mesmo momento:
Gasometria arterial: pH=7,50 PaCO2=30 mmHg
Gasometria venosa: pH=7,30 PaCO2=50 mmHg
O sangue arterial reflete uma alcalose respiratória, enquanto o sangue venoso reflete uma acidose respiratória. Nesse caso do exemplo a saturação do sangue venoso estava satisfatória (< 75%). Este paradoxo ocorre em virtude de inadequada perfusão tissular. O resultado é o somatório de um pequeno aumento da produção de CO2 com a diminuição da remoção do CO2 produzido. Esses dois fatores em conjunto elevam a pressão parcial do CO2 (PaCO2) no sangue venoso. Essa alteração é corrigida pelo aumento do fluxo da perfusão. Se a situação for ignorada (quando não se monitoriza a gasometria venosa) há produção de lactato que acrescenta um componente metabólico à acidose existente. Se a produção de lactato é intensa, pode haver dificuldade para retirar o paciente de perfusão.
Para saber se os tecidos do paciente estão adequadamente oxigenados e perfundidos é feito uma gasometria venosa.
Em um oxigenador, os mecanismos de transporte, difusão e trocas do CO2, são sempre mais simples e rápidos que os do oxigênio, no pulmão e nos oxigenadores. Desse modo, em qualquer oxigenador, a avaliação das trocas gasosas pode ser feita apenas em relação ao oxigênio. Se esta estiver adequada, as trocas de dióxido de carbono, certamente também estarão.
A capacidade de transferir oxigênio de um oxigenador pode ser medida. Esta determinação constitui um importante parâmetro na avaliação do oxigenador. O cálculo é baseado na diferença artério-venosa de oxigênio. A fórmula para o cálculo é:
Transferência de O2 = (SaO2 - SvO2) (1,34 x Hb) x fluxo (l/min)
Esta fórmula consiste na diferença entre a capacidade de oxigênio do sangue arterial e venoso, multiplicada pelo fluxo de sangue.
Como a saturação de oxigênio do sangue arterial normal é 99-100% e a saturação do sangue venoso normal, durante a perfusão é de 70-75%, podemos usar a fórmula acima para calcular o fluxo de sangue necessário para transportar e liberar nos tecidos a quantidade adequada de oxigênio.
* Gasometria mista: excesso de CO2 e bicarbonato.
* Gasometria compensada: pH normal, o rim compensa, dá o seu equilíbrio.
* Cálculo da fração inspirada de oxigênio (FiO2) (para calcular a Fio2 ofertada): L x 4 = + 21%
Exemplo: 2 L x 4 = 8 + 21% = 29
* Cálculo da PaO2 ideal: 109 – (idade x 0,4)
Exemplo: 109 – (85 x 0,4) =
109 – 34 = 75 mm Hg
Normal\; 80 a 100
Se estiver com menos: hipoxia (↑ oxigênio).
Se estiver com mais: ↓ oxigênio.
Eletrocardiograma: exame detecta arritmias cardíacas
Procedimento registra impulsos elétricos do coração
POR CAROLINA SERPEJANTE
JÁ AJUDOU 75 PESSOAS
O que é?
O eletrocardiograma (ECG) é um exame que verifica a existência de problemas com a atividade elétrica do coração. É um procedimento rápido, simples e indolor, no qual os impulsos elétricos do coração são amplificados e registrados em um pedaço de papel. 
Cada batida do seu coração acontece por conta de um impulso elétrico naturalmente gerado por células especiais do seu coração. O eletrocardiograma registra esses impulsos elétricos e mostra se o ritmo e intensidade destes estão dentro do normal. 
Geralmente, um ECG é pedido se houver suspeita de uma doença cardíaca ou comoparte de um exame físico de rotina para a maioria das pessoas de meia-idade e mais velhas. 
Sinônimos
ECG, eletrocardiografia
Indicações
O eletrocardiograma pode ser usado para detectar ou acompanhar:
Irregularidades no ritmo cardíaco (arritmia)
Defeitos cardíacos
Problemas com válvulas do coração
Artérias bloqueadas ou estreitas no coração (doença arterial coronariana)
Infarto
em situações de emergência
Infarto anterior
Inflamação da membrana que envolve o coração (pericardite)
Angina.
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Os sintomas que podem fazer o médico ou médica solicitar um eletrocardiograma são:
Falta de ar
Tontura
Desmaio
Batimentos cardíacos irregulares
O eletrocardiograma também pode ser usado para verificar a saúde do coração quando outras doenças ou condições estão presentes, tais como:
Pressão alta ou
hipertensão
Colesterol
alto
Tabagismo
Diabetes
Histórico familiar de doença cardíaca precoce.
Além disso, o exame também pode monitorar se dispositivos mecânicos implantados no coração estão funcionando, tais como marca-passos, e se o uso de determinados medicamentos está causando efeitos colaterais no coração.
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Sim, não há qualquer contraindicação para esse exame durante a gravidez. Também não há valores especiais para os resultados do teste feito na gestação.
Contraindicações
São raras as contraindicações para um eletrocardiograma. No geral, qualquer pessoa em qualquer situação pode fazer o exame. O único impedimento seria a incapacidade de colocar os eletrodos na pessoa ou se ela não for capaz de permanecer em repouso.
Preparo para o exame
Certifique-se de informar durante a consulta sobre todas as medicações que você toma regularmente, com e sem prescrição. Se você toma algum medicamento para o coração, será orientado sobre o que fazer antes do teste. Converse com seu médico ou médica sobre quaisquer preocupações, quais os riscos ou o que os resultados vão dizer.
Não é recomendado praticar exercícios momentos antes do exame, uma vez que os batimentos cardíacos podem ficar acelerados por conta da atividade física.
Como é feito
O eletrocardiograma pode ser feito no hospital ou em um consultório médico. Os equipamentos para fazer o exame geralmente são portáteis, de modo que o teste pode ser realizado em praticamente qualquer lugar.
É importante não estar com qualquer tipo de joia no pescoço, braços e pulsos. Os homens ficam geralmente de peito nu durante o teste, e as mulheres podem usar um sutiã, camiseta ou vestido.
Com o paciente deitado, é feita a limpeza da pele nos pulsos, tornozelos e em seis pontos do tórax usando uma gaze embebida em álcool. Caso o paciente possua muitos pelos nas áreas em que serão aplicados os eletrodos, elas serão depiladas.
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Após a limpeza, é aplicado um gel condutor na pele, que impede qualquer interferência externa e permite que o exame detecte apenas os impulsos elétricos do paciente. Os eletrodos são colocados nesses locais com a ajuda de adesivos.
O paciente será orientado a respirar normalmente durante o exame. No entanto, não podem ser feitos movimentos, uma vez que tremores ou mesmo a fala podem distorcer os resultados do teste.
Tempo de duração do exame
O eletrocardiograma geralmente leva de 5 a 10 minutos para ser concluído.
Recomendações pós-exame
Não há nenhuma recomendação especial após o exame. O paciente poderá esperar os resultados no próprio consultório ou hospital e já receber as orientações médicas.
Riscos
O eletrocardiograma é um procedimento seguro. Pode haver um pequeno desconforto quando são removidas as bandagens e há um pequeno risco de irritação na pele pelo contato com os eletrodos. No entanto, isso é raro.
Não há qualquer risco de choque durante o eletrocardiograma, uma vez que os eletrodos só estão registrando a atividade do coração, sem emitir nenhum tipo de corrente elétrica. De maneira geral, não há qualquer motivo para se preocupar com o exame.
Resultados
Geralmente os resultados podem ser vistos logo após o exame ser feito. Se os resultados forem normais, não é necessário fazer outros testes. Se os resultados acusarem qualquer problema com os batimentos cardíacos, pode ser necessário repetir o ECG ou fazer outros exames, como um ecocardiograma.
Resultados normais
O coração bate em um ritmo regular, geralmente entre 60 e 100 batidas por minutos (bpm)
O traço parece normal.
Resultados anormais
O coração bate muito lentamente (abaixo de 60 bpm)
O coração bate muito rápido (acima de 100 bpm)
O ritmo cardíaco não é regular
O traço não parece normal.
O que significam resultados anormais?
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Muitos tipos de anomalias podem atestados em um eletrocardiograma. Elas incluem:
Arritmia cardíaca
, indicando quais partes do coração foram danificadas e a extensão dos danos
Angina
Isquemia (suprimento inadequado de oxigênio para o coração)
Cardiopatias congênitas
Lesões nas válvulas cardíacas
Anormalidades estruturais, como um aumento ou espessamento das artérias
Bloqueios no sistema de condução dos impulsos elétricos
Modificações dos eletrólitos do organismo, tais como elevação ou redução das taxas de potássio.
Periodicidade do exame:
Mulheres a partir dos 55 anos e homens com mais de 45 devem fazer o eletrocardiograma anualmente. Alterações na periodicidade levam em conta presença de doenças ou histórico familiar de problemas cardíacos.
Para um ECG de 12 derivações, existem 10 fios em uma máquina de ECG que estão ligados a partes específicas do corpo, especificamente, 6 eletrodos no peito (denominados eletrodos precordiais) e quatro eletrodos nos membros (os chamados eletrodos periféricos).
Estes 6 eletrodos torácicos são denominados eletrodos V e são numerados de V1-V6. Tais eletrodos devem estar posicionados em posições específicas na caixa torácica.
V1 deve ser posicionado no quarto espaço intercostal, na margem direita do esterno.
V2 deve para ser colocado no quarto espaço intercostal, à esquerda do esterno.
V3 deve ser posicionado entre V2 e V4.
V4 deve ser então posicionado no 5º espaço intercostal, na linha hemiclavicular.
V5 na linha axilar anterior, no mesmo nível que V4.
Por último, V6 é deve ser colocado na linha axilar média, ao mesmo nível que V4 e V5.
Outra maneira de posicionar com precisão os eletrodos é primeiro identificar o “ângulo de Louis”, ou “ângulo esternal”, que pode ser encontrado quando você coloca os dedos suavemente na base de sua garganta em uma posição central e, movendo os dedos para baixo, pode sentir a parte superior do esterno. Em seguida, continue a mover os dedos para baixo até sentir um nódulo ósseo, que é o “ângulo de Louis”.
A partir de então, mova os dedos para a direita e você vai sentir uma diferença entre as costelas. Essa lacuna é o 2º espaço intercostal. A partir desta posição, passe os dedos para baixo em toda a próxima costela (3º espaço intercostal logo abaixo). Passe para a próxima costela e mova os dedos para o espaço abaixo dela. O espaço no qual que você está é o 4º espaço intercostal. No ponto onde este espaço encontra o esterno é a posição de V1.
Faça novamente estes movimentos, mas desta vez para a esquerda. Onde este espaço encontra o esterno (no 4º espaço intercostal) é a posição de V2.
A partir desta posição, deslize os dedos para baixo ao longo da próxima costela e você estará no 5º espaço intercostal. Olhe para o tórax do paciente e identifique a clavícula esquerda. A posição paraV4 está no 5º espaço intercostal,na linha do meio da clavícula (linha clavicular média).
V3 fica a meio caminho entre V2 e V4.
Siga o 5º espaço intercostal à esquerda até que seus dedos estejam imediatamente abaixo do início da axila, onde você vai posicionarV5.
Siga esta linha do 5º espaço intercostal um pouco mais até que você esteja imediatamente abaixo do ponto central da axila esquerda, (linha axilar média). Esta é a posição para a V6.
Para as conexões periféricas, os eletrodos RA (braço direito –VERMELHO) e LA (braço esquerdo – AMARELO) devem ser colocados em qualquer lugar entre o punho e o cotovelo. Os eletrodos RL (perna direita – PRETO) e LL (perna esquerda –VERDE) devem ser posicionados em qualquer lugar acima do tornozelo e abaixo do torso.
Para ajudá-lo a lembrar-se isso facilmente, imagine que o paciente é brasileiro e torce para o Flamengo: a bandeira do Flamengo ocupa o lado direito do paciente e a bandeira da seleção brasileira ocupa o lado esquerdo do corpo do paciente, com as cores mais claras sempre na parte de cima.