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apostila da UNISA metodologia cientifica

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Prévia do material em texto

Metodologia 
Científica
Luís Paulo Neves
Adaptada por Gisele Guimarães e 
Revisada por Ana Cristina das Neves, Cláudia Fiorillo e Gisele Guimarães (junho/2012)
É com satisfação que a Unisa Digital oferece a você, aluno(a), esta apostila de Metodologia Científica, 
parte integrante de um conjunto de materiais de pesquisa voltado ao aprendizado dinâmico e autônomo 
que a educação a distância exige. O principal objetivo desta apostila é propiciar aos(às) alunos(as) uma 
apresentação do conteúdo básico da disciplina.
A Unisa Digital oferece outras formas de solidificar seu aprendizado, por meio de recursos multidis-
ciplinares, como chats, fóruns, aulas web, material de apoio e e-mail.
Para enriquecer o seu aprendizado, você ainda pode contar com a Biblioteca Virtual: www.unisa.br, 
a Biblioteca Central da Unisa, juntamente às bibliotecas setoriais, que fornecem acervo digital e impresso, 
bem como acesso a redes de informação e documentação.
Nesse contexto, os recursos disponíveis e necessários para apoiá-lo(a) no seu estudo são o suple-
mento que a Unisa Digital oferece, tornando seu aprendizado eficiente e prazeroso, concorrendo para 
uma formação completa, na qual o conteúdo aprendido influencia sua vida profissional e pessoal.
A Unisa Digital é assim para você: Universidade a qualquer hora e em qualquer lugar!
Unisa Digital
APRESENTAÇÃO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................... 5
1 DEFINIÇÃO ................................................................................................................................................. 7
1.1 Resumo do Capítulo .................................................................................................................................................. 8
1.2 Atividades Propostas................................................................................................................................................. 9
2 O CONHECIMENTO............................................................................................................................. 11
2.1 Resumo do Capítulo ................................................................................................................................................12
2.2 Atividades Propostas...............................................................................................................................................12
3 CIÊNCIA E PESQUISA ........................................................................................................................ 13
3.1 Resumo do Capítulo ................................................................................................................................................16
3.2 Atividades Propostas...............................................................................................................................................16
4 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA ................................................................................................. 17
4.1 Fases da Pesquisa .....................................................................................................................................................18
4.2 Coleta de Dados ........................................................................................................................................................18
4.3 Resumo do Capítulo ................................................................................................................................................18
4.4 Atividades Propostas...............................................................................................................................................19
5 ANTEPROJETO E PROJETO DE PESQUISA ......................................................................... 21
5.1 Partes do Projeto de Pesquisa ..............................................................................................................................22
5.2 Resumo do Capítulo ................................................................................................................................................25
5.3 Atividades Propostas...............................................................................................................................................25
6 NOÇÕES DE TEXTUALIDADE ....................................................................................................... 27
6.1 Resumo do Capítulo ................................................................................................................................................29
6.2 Atividades Propostas...............................................................................................................................................29
7 PRODUÇÃO DO TRABALHO MONOGRÁFICO ................................................................. 31
7.1 Determinação do Tema-Problema do Trabalho ............................................................................................31
7.2 Levantamento Bibliográfico .................................................................................................................................32
7.3 Leitura e Documentação .......................................................................................................................................33
7.4 A Construção Lógica do Trabalho Dissertativo ..............................................................................................33
7.5 A Redação do Trabalho...........................................................................................................................................34
7.6 Resumo do Capítulo ................................................................................................................................................35
7.7 Atividades Propostas...............................................................................................................................................35
8 TRABALHOS MONOGRÁFICOS: CONCEITUAÇÃO, ELEMENTOS E ESTRUTURA.......... 37
8.1 Conceituação dos Trabalhos Monográficos ....................................................................................................37
8.2 Elementos e Estrutura dos Trabalhos Monográficos ...................................................................................38
8.3 Regras de Apresentação ........................................................................................................................................46
8.4 Resumo do Capítulo ................................................................................................................................................49
8.5 Atividades Propostas...............................................................................................................................................50
SUMÁRIO
9 ELEMENTOS DE APOIO AO TEXTO .......................................................................................... 51
9.1 Citações ........................................................................................................................................................................51
9.2 Resumo do Capítulo ................................................................................................................................................53
9.3 Atividades Propostas...............................................................................................................................................53
10 NORMAS PARA REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS - ABNT .................................... 55
10.1 Elementos Essenciais ............................................................................................................................................55
10.2 Elementos Complementares.............................................................................................................................55
10.3 Localização ...............................................................................................................................................................56
10.4 Modelos de Referências.......................................................................................................................................56
10.5 Resumo do Capítulo .............................................................................................................................................59
10.6 Atividades Propostas ............................................................................................................................................60
11 OUTROS TRABALHOS: CONCEITUAÇÃO E ESTRUTURA ....................................... 61
11.1 Resenha .....................................................................................................................................................................61
11.2 Resumo ......................................................................................................................................................................62
11.3 Relatórios ..................................................................................................................................................................64
11.4 Artigos Científicos .................................................................................................................................................66
11.5 Comunicação Científica .......................................................................................................................................67
11.6 Painel ..........................................................................................................................................................................67
11.7 Resumo do Capítulo .............................................................................................................................................68
11.8 Atividades Propostas ............................................................................................................................................68
RESPOSTAS COMENTADAS DAS ATIVIDADES PROPOSTAS ..................................... 69
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................................. 75
APÊNDICE ..................................................................................................................................................... 77
ANEXO ............................................................................................................................................................. 79
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
5
Este manual pretende oferecer-lhe subsídios para os diversos aspectos e elementos característi-
cos do trabalho acadêmico e científico. Contém conteúdos referentes à fundamentação e aplicação da 
Metodologia Científica, bem como os que descrevem a normalização e padronização para referência e 
apresentação dos trabalhos acadêmicos.
Como se trata de um curso de Educação a Distância, o critério para seleção e apresentação dos 
conteúdos foi o de possibilitar a você a consulta, a pesquisa e o aprofundamento de forma independente. 
Nesse sentido, buscou-se uma linguagem adequada e uma estrutura que facilitasse o uso e a assimilação 
desses conteúdos. Ao final, oferecemos a você a relação da referência consultada e outras que podem 
ajudá-lo(a) a aprofundar seus estudos.
Esta é uma disciplina que tem por objetivo oferecer instrumentos para o trabalho de estudo e pes-
quisa. Nesse sentido, é de fundamental importância, pois é por meio dessas ferramentas que podemos 
empenhar-nos na construção do conhecimento e na sua divulgação e partilha para os demais interessa-
dos.
O fundamental em uma disciplina como essa é a compreensão dos diversos instrumentos que pro-
piciam o trabalho de pesquisa e o entendimento dos mecanismos de referência das produções acadê-
micas decorrentes dessa pesquisa. Assim, torna-se fácil a consulta e a utilização deste manual, que está 
organizado em 11 capítulos. Em outras palavras, não se pede para decorar esses conteúdos, mas para 
compreendê-los e saber consultá-los, para bem utilizá-los.
Dessa forma, para que haja compreensão, abordaremos no capítulo 1 a definição de Metodologia 
Científica; faremos uma análise do Conhecimento, da Ciência e da Pesquisa Científica. Promoveremos 
uma análise do Anteprojeto e do Projeto de Pesquisa; da Produção do Trabalho Monográfico; e de Ele-
mentos que estruturam os trabalhos científicos. Posteriormente, discutiremos os elementos de apoio ao 
texto e as normas para Referências Bibliográficas.
Certos de que esse objetivo tenha sido atingido com a apresentação deste material, desejamos bom 
trabalho, empenho e muito estudo. De um bom profissional, espera-se que tenha bom domínio das suas 
ferramentas de trabalho. É o propósito deste manual.
Será um prazer acompanhá-lo(a) ao longo desse caminho.
Prof. Ms. Luís Paulo Neves
INTRODUÇÃO
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7
1 DEFINIÇÃO
Caro(a) aluno(a), 
Neste capítulo iniciaremos as reflexões sobre 
a Metodologia Científica. Mas, afinal, o que é Meto-
dologia Científica? A palavra ‘metodologia’ vem de 
método: o estudo e a pesquisa acerca dos métodos 
para as diferentes formas de trabalho científico; no 
caso, o aprendizado dos diversos métodos e possi-
bilidades para bem conduzir a pesquisa e alcançar 
os resultados pretendidos. 
E método, o que é? Trata-se de uma palavra 
grega que, etimologicamente, pode ser assim di-
vidida: a) meta = através de; b) hodos = caminho, 
vias. Em outras palavras, método quer significar ca-
minho através do qual é possível atingir um dado 
objetivo, um termo, um determinado fim, proposto 
de antemão. 
A essa definição devemos, ainda, acrescentar 
que método se contrapõe ao acaso e à sorte, pois 
possui uma ordem manifesta num conjunto de re-
gras que são explícitas, como também são explíci-
tas as razões pelas quais tais regras são adotadas. 
Essas regras ou normas oferecem garantias de faci-
lidade, rapidez, eficácia. Não é apenas um caminho, 
mas um caminho que pode abrir outros que me-
lhor possibilitem alcançar os objetivos buscados 
ou mesmo objetivos não propostos.
Nesse sentido, você já percebeu que sempre 
se utiliza de métodos nas mais variadas atividades 
do seu dia a dia e isso porque há meios, modos, 
caminhos para se chegar a um dado lugar, para se 
preparar um café, para tratar de um assunto delica-
do e mesmo para se divertir. Ocorre que nem sem-
pre nos perguntamos se essa forma de proceder, 
nessas e em outras atividades, é a melhor. A menos 
que algo dê errado ou que tenhamos um objetivo 
muito específico, não paramos para avaliar como 
fazemos o que fazemos.
Daí a importância da Metodologia Científica, 
que pretende apresentar e discutir o como fazer, 
porque, ao fazermos uma pesquisa e construirmos 
conhecimento, todos seguimos modos, caminhos 
consagrados pela experiência daqueles que nos 
antecederam. São métodos que já mostraram seu 
valor, sua fecundidade na resolução de problemas. 
Além disso, a crítica e a avaliação sempre estão pre-
sentes, por isso muitos métodos e procedimentos 
foram abandonados e substituídos por outros me-
lhores. Por exemplo, até pouco tempo, era comum 
a extração de dentes. Hoje, esse procedimento só 
é utilizado em último caso. Tudo o que for possí-
vel fazer para recuperar um dente é feito, antes de 
adotar um procedimento mais radical. O mesmo 
poderíamos dizer de outras áreas de conhecimen-
to. Em outras palavras, trata-se do aprendizado das 
diversas formas de se fazer uma pesquisa,alcançar 
os resultados buscados e publicá-los, torná-los co-
nhecidos, pois só assim serão válidos.
Aqui entramos em outro ponto: o que signifi-
ca dizer que a metodologia é científica? Também, 
neste momento, o leitor pode se adiantar e dizer 
que é por se tratar de fazer ciência. Em sentido ge-
ral, podemos dizer que sim, porém há muitas for-
mas de produção de conhecimento que cabem 
nesse qualificativo de ciência. Não é a mesma coisa 
uma pesquisa na área de Medicina, na área de As-
tronomia e na de Literatura. São métodos muito di-
ferentes. Além disso, trata-se de Metodologia Cien-
tífica, ou seja, dos instrumentos que irão embasar a 
prática dessas e de outras áreas de conhecimento.
AtençãoAtenção
A Metodologia Científica estuda os cami-
nhos para a busca do conhecimento.
Luís Paulo Neves
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
8
E então prezado(a) aluno(a), o que propria-
mente significa científico no caso da Metodologia? 
Segundo Umberto Eco (1999), um estudo é 
científico quando atende a alguns quesitos. Em pri-
meiro lugar, deve tratar de um objeto reconhecível 
e definido de tal maneira que possa ser reconhe-
cido por outros. Claro que não se trata apenas de 
algo físico. Quando falamos de números matemá-
ticos, termos de Economia – como a inflação – e de 
questões morais, não se trata de objetos palpáveis, 
mas perfeitamente reconhecíveis por qualquer 
pessoa.
Porém – permitimo-nos a utilizar o próprio 
exemplo de Umberto Eco (1999) –, se nos propu-
sermos a estudar centauros, devemos torná-los 
identificáveis. Uma possibilidade é dizer em qual li-
teratura mitológica estaremos nos baseando (nes-
se caso, a grega) ou, então, levantaremos a hipóte-
se de que tal criatura exista num mundo possível, 
deixando bem claros essa condição hipotética e os 
limites que ela impõe. Agora, se pretendemos afir-
mar que centauros existem, teremos de apresentar 
provas cabíveis dessa tese. Se queremos defender: 
fósseis, fotografias, hábitos, como, por exemplo, 
onde e em que momento eles costumam beber 
água etc., deveremos apresentar todos os dados 
necessários para que nosso objeto de pesquisa 
possa ser identificado por outros pesquisadores. 
Percebe-se, então, que a última alternativa não é 
cientificamente válida para centauros.
Um segundo quesito implica dizer do obje-
to de estudo algo que ainda não foi dito ou rever 
sob uma ótica diferente o que já se disse. Também 
é cientificamente válida, e muito útil, uma compila-
ção das opiniões e afirmações já ditas acerca de um 
dado objeto de estudo. 
É claro que, durante o curso de graduação, 
não se espera que o aluno diga algo absolutamen-
te original. Mesmo porque ele está aprendendo 
a estudar com mais eficiência e a fazer pesquisa. 
Espera-se dele que demonstre o aprendizado das 
habilidades requeridas para sua área de estudos. 
Nesse sentido, não há problema em não produzir 
algo que seja diferente do que já foi dito. Aos pou-
cos, e isso deve acontecer já na graduação, o aluno 
irá se interessar por uma dada área de pesquisa e 
irá começar a produzir um conhecimento próprio. 
Começará, dessa forma, a estar apto para oferecer 
uma contribuição original.
Um terceiro quesito apresentado por Eco 
(1999) afirma que a pesquisa deve ser útil aos de-
mais, e o será se os trabalhos científicos posteriores 
sobre o mesmo tema tiverem de levá-lo em conta. 
Por fim, como quarto quesito, a pesquisa deve for-
necer elementos para a verificação e a contestação 
das hipóteses apresentadas, ou seja, devo proce-
der de forma a permitir que outros continuem a 
pesquisa, para contestá-la ou confirmá-la.
Com isso, esclarecemos o que significa quali-
ficar um método de científico. Trata-se de caminhos 
rigorosos, sistematizados, ordenados, com o intui-
to de atingir determinados fins que dizem respeito 
à nossa busca por conhecimentos válidos. Deve-se, 
além do rigor, tornar o objeto de estudo reconhe-
cível e passível de verificação pelos demais. Nesse 
sentido, são contrários à postura científica conhe-
cimentos fechados, reservados a uns poucos ditos 
iniciados, e saberes obscuros que não possam ser 
divulgados, partilhados e questionados.
1.1 Resumo do Capítulo
Caro(a) aluno(a), neste capítulo estudamos a definição de Metodologia Científica. Vimos que a Me-
todologia vem de Método (caminho através do qual é possível atingir um dado objetivo, um termo, um 
determinado fim, proposto de antemão). Vimos que a Metodologia Científica estuda os caminhos para 
a busca do conhecimento e o que a caracteriza: deve tratar de um objeto reconhecível e definido de tal 
maneira que possa ser reconhecido por outros; dizer do objeto de estudo algo que ainda não foi dito ou 
rever sob uma ótica diferente o que já se disse, ou fazer uma compilação das opiniões e afirmações já 
Metodologia Científica
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9
ditas acerca de um dado objeto de estudo; a pesquisa deve ser útil aos demais; e, por fim, a pesquisa deve 
fornecer elementos para a verificação e a contestação das hipóteses apresentadas, verificando assim o 
que significa qualificar um método de científico.
Muito bem, agora que finalizamos o capítulo, vamos verificar se você compreendeu bem o conteú-
do, realize as atividades propostas.
1.2 Atividades Propostas
1. O que caracteriza um estudo científico?
2. O que significa qualificar um método de científico?
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11
Prezado(a) aluno(a), essa palavra já apareceu 
diversas vezes neste texto: métodos são caminhos 
buscados para alcançar conhecimentos de forma 
objetiva, eficaz e eficiente. Mas, e o conhecimento, 
como podemos defini-lo?
A palavra ‘conhecimento’ é bastante conhe-
cida, mas, como outras palavras familiares, nem 
sempre temos dela uma noção mais apropriada, 
não é mesmo? Tentemos, então, aprofundá-la.
Como os demais animais, o ser humano sabe 
coisas. Ao longo de sua experiência de vida, vai ad-
quirindo uma série de saberes que utiliza em seu 
dia a dia, com o intuito de garantir sua sobrevivên-
cia e resolver as pequenas tarefas necessárias para 
o seu viver.
Todo ser humano tem, então, saberes, fruto 
da sua capacidade para conhecer. Um lavrador ad-
quiriu conhecimentos que o capacitam a cultivar a 
terra. Da mesma forma, uma mãe aprendeu como 
cuidar de uma criança, de maneira a garantir-lhe o 
crescimento. 
Percebe-se, então, que conhecimento está 
estreitamente relacionado com a vida, com a ga-
rantia das condições para a existência, seja nos 
seus aspectos materiais, seja em outras questões 
que dizem respeito ao bem-estar. Por exemplo, 
também se aprende com a experiência a se rela-
cionar com os demais, qualquer que seja o nível 
do relacionamento. Logo, podemos afirmar que o 
conhecimento se dá quando vamos além das ex-
periências vividas e pensamos sobre elas, relacio-
namos umas com as outras e delas extraímos in-
formações relevantes para nossa vida, saberes de 
que necessitamos para viver melhor. Sendo assim, 
todos aprendemos a buscar conhecimentos e a 
utilizá-los conforme deles necessitamos. A própria 
busca de conhecimentos nos torna mais aptos para 
conhecer e para melhor utilizá-los.
É preciso destacar que esse processo de co-
nhecimento pode se dar de forma espontânea, 
como acontece em nossa vida diária, ou de forma 
mais organizada, como alguém que aprende um 
ofício. Mas se, além disso, esse conhecimento for 
buscado de forma mais sistematizada, com méto-
dos específicos e mais eficientes, com rigor cada 
vez maior, então temos um tipo de conhecimento 
que denominamos científico. O conhecimento en-
sinado pelas diferentes graduações é uma forma 
de conhecimento científico, com métodos e práti-
cas próprias, com o intuito de atingir os objetivos 
específicos de uma dada área de conhecimento.
Caro(a) aluno(a), até aqui falamosde conhe-
cimento em geral e de conhecimento científico. É 
costume denominar senso comum a isso que aqui 
foi chamado conhecimento geral, ou seja, essa 
busca de conhecimento inerente a todo ser hu-
mano, com o objetivo de organizar e garantir sua 
subsistência.
O senso comum é um tipo de conhecimen-
to que resulta do uso espontâneo da razão, mas 
que também é fruto dos sentidos, da memória, do 
hábito, dos desejos, da imaginação, das crenças e 
das tradições. Como interpretação do mundo, ele 
nos orienta na busca do sentido da existência, ao 
mesmo tempo em que nos dá condições de operar 
sobre ele. 
DicionárioDicionário
Conhecimento: ato ou efeito de conhecer. Ex-
periência. Ideia. Instrução. Saber.
O CONHECIMENTO2
Luís Paulo Neves
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
12
Mesmo sendo racional, nem sempre o senso 
comum faz uso refletido da razão. Por se tratar de 
um conjunto de concepções fragmentadas, muitas 
vezes incoerentes, condiciona a aceitação mecâni-
ca e passiva de valores não questionados e se im-
põe sem críticas ao grupo social. Às vezes, se torna 
fonte de preconceitos, quando desconsidera opi-
niões divergentes, porém não deve ser visto como 
algo desqualificado de valor. É um erro sobre-esti-
mar o conhecimento científico em detrimento do 
chamado senso comum. Qualquer pessoa que vai 
a uma feira fazer compras possui conhecimentos e 
habilidades que a capacitam para analisar e sele-
cionar os produtos, bem como para fazer contas e 
escolher o que vai levar e o que vai deixar de com-
prar.
Ocorre que o conhecimento científico busca 
métodos e sistematicidade que superem dificul-
dades e preconceitos na busca de conhecimentos 
objetivamente válidos. Nem sempre no dia a dia fa-
zemos isso. Ao contrário, na maioria das vezes, o co-
nhecimento cotidiano se dá de forma espontânea, 
sem o rigor e o controle que se busca na produ-
ção de conhecimentos científicos. Pode-se afirmar, 
então, que o conhecimento científico vai além do 
senso comum e o acomoda às suas investigações.
DicionárioDicionário
Razão: fonte do raciocínio. Capacidade para de-
cidir, para formar juízo ou para agir de acordo 
com um pensamento. 
Saiba maisSaiba mais
O conhecimento científico surgiu da ne-
cessidade e do desejo de prover explica-
ções sistemáticas que pudessem ser exa-
minadas por meio de provas empíricas.
2.1 Resumo do Capítulo
Estudamos neste capítulo sobre o conhecimento. Aprendemos que todo ser humano tem saberes, 
fruto da sua capacidade para conhecer. Foi destacado também que o processo de conhecimento pode se 
dar de forma espontânea, como acontece em nossa vida diária; de forma mais organizada, como alguém 
que aprende um ofício; ou, se o conhecimento for buscado de forma mais sistematizada, com métodos 
específicos e mais eficientes, com rigor cada vez maior, então temos um tipo de conhecimento que de-
nominamos científico. Por fim, fizemos considerações sobre o conhecimento em geral e o conhecimento 
científico.
Agora que discutimos sobre o conhecimento, resolva as atividades propostas. 
2.2 Atividades Propostas
1. Conceitue o senso comum e o conhecimento científico.
2. Qual a diferença entre o senso comum e o conhecimento científico? 
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
13
Prezado(a) aluno(a), hoje o que se conhece 
com o trabalho das diferentes ciências é fruto dos 
esforços de vários pensadores ao longo da história 
da humanidade. Se lançarmos um olhar para o pas-
sado, veremos que, na Antiguidade, os seres huma-
nos eram marcados pelas diferentes experiências 
religiosas. Não que isso não ocorra agora, mas era 
uma experiência que extrapolava o âmbito das ne-
cessidades subjetivas, determinando as formas de 
relação e organização social. Isso ainda acontece 
hoje, mas de um modo menos marcante, dada a 
pluralidade cultural em que vivemos.
No passado, as religiões determinavam a for-
ma como eram compreendidos os fenômenos da 
vida. Nesse sentido, eram oferecidas explicações 
para o porquê dos acontecimentos e, até mesmo, 
acerca da origem do ser humano e do próprio uni-
verso. 
Em seguida, o ser humano, por uma série 
de motivos que não cabe aqui discutir, passou a 
fundamentar-se mais na sua capacidade racional 
de compreensão do que nas suas crenças, num 
primeiro momento, conciliando conhecimentos 
racionais e aqueles oriundos de suas crenças reli-
giosas e, depois, pautando-se cada vez mais pelas 
respostas que conseguia obter apenas pelo uso de 
suas faculdades racionais. Mesmo assim, as primei-
ras respostas que conseguiu elaborar eram ainda 
muito pautadas pelas questões de origem religio-
sa. Só depois foi restringindo-se em questões e 
problemas que traziam a característica de serem 
investigados empiricamente.
Dessa forma, se, no início, buscava-se a es-
sência do ser humano, depois essa questão passou 
a ser vista como metafísica, ou seja, especulações 
que não encontram seu fundamento na experiên-
cia sensível, no que nossos órgãos dos sentidos po-
dem comprovar empiricamente. Esse é o paradig-
ma que ainda hoje fundamenta a prática científica.
Auguste Comte, grande pensador do século 
XIX, ao discutir essas questões, propôs uma curio-
sa interpretação do desenvolvimento da raciona-
lidade humana. Pode parecer um tanto simplista, 
mas muito influenciou o modo de ver de várias ge-
rações de entusiastas da Ciência e ainda o faz até 
hoje.
Para fundamentar seu pensamento, Comte 
(MORA, 2000) propõe que se pode entender a his-
tória da humanidade como dividida em três está-
gios ou estados: o estado religioso, o metafísico e 
o positivo. Comte os compara às fases pelas quais 
passa o ser humano. Na primeira fase da nossa vida, 
somos marcados pela religião, acreditamos em 
Deus e pautamos nossa conduta por aquilo que 
nos ensina a doutrina religiosa. Na adolescência e 
juventude, passamos a acreditar em formas ocultas 
e/ou de energias, essências do mundo e forças me-
tafísicas que interfeririam na realidade das coisas. 
Por fim, na idade adulta, passamos a crer apenas 
naquilo que vemos e tocamos e já não estamos tão 
dispostos a prestar nossa adesão a qualquer dou-
trina que se coloque como verdadeira; precisamos 
avaliar sua relevância.
DicionárioDicionário
Ciência: conhecimento; Sistema de adquirir 
conhecimento baseado no método científico; 
Conjunto organizado de conhecimentos relati-
vos à determinada área do saber.
Saiba maisSaiba mais
A Ciência busca conhecer, compreender 
e analisar o mundo, por meio de um con-
junto de procedimentos sistemáticos.
CIÊNCIA E PESQUISA3
Luís Paulo Neves
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
14
Da mesma forma, a humanidade passou 
também por essas três fases. No estado religioso, 
predominaram instituições e formas de organiza-
ção e explicação religiosas. Em seguida, a huma-
nidade passou para o estado metafísico, em que 
as explicações religiosas foram substituídas por 
explicações racionais, que se propunham buscar 
a essência das coisas, baseando-se em forças e/ou 
elementos invisíveis que responderiam pela ordem 
de tudo que existe. Por fim, a humanidade teria 
atingido um estado maior de maturidade e entra-
do na fase do estado positivo. Positivo pode ser en-
tendido como o que não admite dúvidas, o que se 
baseia em fatos e na experiência, algo afirmativo, 
decisivo, certo, real. Com isso, a humanidade teria 
atingido o ponto mais alto de sua capacidade de 
conhecer, por ter chegado ao desenvolvimento do 
conhecimento científico que o século XIX conhe-
ceu. Todas as outras especulações religiosas e filo-
sóficas, Comte as viu como um estágio anterior de 
desenvolvimento, uma fase necessária para que a 
humanidade pudesse crescer na sua busca por co-
nhecimento.
Concordando ou não com Comte, essa visão 
predominou na história do conhecimento e deu 
origem à distinçãoentre ciências humanas e ciên-
cias naturais, sendo estas dotadas de maior objeti-
vidade e validade. Isso já foi bastante questionado e 
discutido, mas sua influência, às vezes, ainda se faz 
notar. No caso do Brasil, apenas por curiosidade, a 
influência do positivismo de Comte foi tão grande 
no final do século XIX, cujos adeptos participaram 
intensamente da Proclamação da República, que o 
lema positivista foi estampado na bandeira brasi-
leira: Ordem e Progresso. 
Algo fundamental na Ciência é a Pesquisa. 
Algo que costuma passar despercebido é que atri-
buímos demasiada confiança ao que as ciências 
são capazes de nos ensinar, a tal ponto que extra-
polamos o que os métodos científicos podem nos 
oferecer quanto a certezas e garantias. Mas, como 
assim? Não há garantias ou confiabilidade no que 
o conhecimento científico pode produzir? Bem, a 
questão é mais complexa. O que acontece é que se 
atribui à Ciência algo que não lhe cabe. 
Pesquisa, todos fazemos sempre que temos 
um problema para resolver, seja uma pesquisa de 
preço, entender os porquês de determinada situa-
ção, os sintomas de uma doença, o fim de um re-
lacionamento e por que o arroz saiu grudado, ou 
seja, do mais banal ao mais importante. Trata-se 
daquela investigação que empreendemos em bus-
ca de uma resposta, de uma compreensão que nos 
traga luz, conforto, controle... Enfim, nos possibilite 
tomar decisões de forma mais segura.
Depois de termos abandonado as respostas 
religiosas e filosóficas de explicação do mundo, 
agarramo-nos à Ciência como a única capaz de nos 
ajudar a resolver nossos problemas de saúde, de 
relacionamento, de organização social, de relação 
com a natureza etc. Fizemos isso de tal modo que 
deixamos a verdade religiosa, mas, em seu lugar, 
colocamos a verdade científica e o fizemos de for-
ma tão dogmática que passamos a nos apoiar reli-
giosamente no conhecimento científico. Resultado 
disso é aquela famosa pergunta: isso é científico? 
Se a resposta for afirmativa, então nos tranquiliza-
mos, ficamos confiantes e seguros.
Isso corresponde ao que é a Ciência? Ou 
será que corresponde mais ao modelo de colocar 
alguém num programa de televisão, ou numa re-
vista, para opinar “cientificamente” sobre alguma 
coisa, como se fosse um sacerdote transmitindo a 
verdade de um deus? Parece-nos que a Ciência não 
é bem isso!
A Ciência tem um método rigoroso e siste-
mático que lhe garante confiabilidade, pois é algo 
que pode ser controlado, repetido, questionado, 
revisado e, se não houver contradições, confirma-
do. Mas dúvidas são o que não falta nas discussões 
da ciência. Dogmas não fazem parte do método 
científico. Tanto é assim que constantemente esta-
mos revendo o que já sabemos. Se o conhecimento 
científico fosse dogmático, não seria mais preciso 
fazer pesquisas. É preciso, então, rever o conceito 
de verdade na Ciência.
Quando se encontra uma verdade na Ciência, 
isso significa que uma dada concepção de mundo, 
ou seja, uma teoria, foi confirmada empiricamente, 
mas isso não significa que essa teoria provou que o 
mundo seja “assim ou assado”. Não podemos saber 
como as coisas são exatamente, só podemos discu-
ti-las a partir dos parâmetros de nossa capacidade 
racional. Quando uma teoria científica é testada e 
Metodologia Científica
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comprovada empiricamente, significa que, se as 
coisas não forem exatamente daquele jeito, devem 
ser de uma forma muito próxima, uma vez que os 
experimentos deram certo.
Bom, se o conceito de verdade da Ciência não 
pode ser entendido de forma absoluta, se os testes 
empíricos não provam que o mundo seja de uma 
dada maneira, o que se propõe, então, com o tra-
balho científico? A Ciência, de fato, não pretende 
provar que as coisas são da forma como cientifica-
mente afirmamos. Se fosse assim, encerraríamos as 
pesquisas e não reveríamos constantemente o que 
já sabemos em busca de modelos teóricos melho-
res. Muito do que já foi chamado Ciência, hoje, não 
é assim considerado. Além disso, muitos procedi-
mentos adotados no passado foram abandonados 
por outros melhores. Devemos, então, ser muito 
mais modestos quanto à nossa capacidade para 
conhecer. Temos muito mais dúvidas que certezas. 
Porém, apesar desses limites, muito pode ser 
feito e o fazemos. O objetivo da Ciência é melhorar 
a posição em que nos encontramos no mundo em 
que vivemos. Para isso, buscamos meios eficazes 
para tentar controlar os acontecimentos e prevê-
-los, e disso retirar proveito em favor do nosso con-
forto e melhor sobrevivência. Dessa forma, as teo-
rias e leis científicas, se não provam que o mundo 
tem essa ou aquela estrutura, permitem que se fa-
çam explicações e previsões – ainda que com toda 
a provisoriedade que lhes é inerente.
Muito bem! Mas o que se pretende dizer com 
todo esse discurso? Pretende-se ressaltar, valorizar, 
destacar o valor das pesquisas científicas. Esse é o 
sentido de todo este texto e do trabalho desta dis-
ciplina.
Em uma graduação, não se formam profis-
sionais apenas para reproduzir um conhecimento 
que é repassado mecanicamente. Deve-se formar, 
também, o pesquisador, aquele que deve questio-
nar sua própria prática e os conhecimentos adqui-
ridos em busca de outros melhores e mais eficazes. 
Nesse sentido, a pesquisa é fundamental! Logo, 
esta disciplina não visa apenas a ensinar meros 
instrumentos a serem repetidos pelos graduan-
dos. Muito mais que isso, visa a formar aqueles que 
continuarão a produzir conhecimento em sua área 
específica de atuação. Esse é todo o sentido, essa 
é a beleza do que fazemos! Lamentável é conside-
rar esses e outros conhecimentos como mais uma 
obrigação a cumprir em busca de um diploma. O 
que fazer com um diploma num mundo em que se 
exige conhecimento?
Antes, conhecimentos devem ser vistos como 
instrumentos eficazes para resolver problemas, au-
mentar nossa capacidade de conhecer e melhorar 
nossa condição de vida, para ajudar pessoas a te-
rem qualidade de vida, para nos ajudar a ter uma 
melhor relação com os demais seres vivos e com 
o planeta. Sendo assim, ainda mais lamentável é o 
intuito de cumprir uma obrigação escolar, a atitude 
de apenas copiar um trabalho feito por outra pes-
soa. Além da falsidade ideológica, engana-se a si 
mesmo, por não se ter o domínio de um saber que 
lhe será exigido a todo o momento.
Apesar de esse discurso soar moralizante, seu 
objetivo é despertar para o prazer da descoberta, 
da construção de conhecimento, para a aquisição 
daquilo que nunca será tirado: o saber.
As pesquisas surgem do desejo de 
encontrar resposta para uma ques-
tão, proporcionando ao pesquisador a 
aquisição de um novo conhecimento.
CuriosidadeCuriosidade
Luís Paulo Neves
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3.1 Resumo do Capítulo
Prezado(a) aluno(a), vamos sintetizar o que acabamos de aprender? Vimos neste capítulo que o 
trabalho das diferentes ciências é fruto dos esforços de vários pensadores ao longo da história da humani-
dade. Passamos brevemente pela época na qual as religiões determinavam a forma como eram abarcados 
os fenômenos da vida e, em seguida, vimos como o ser humano passou a fundamentar na sua capacidade 
racional de compreensão. Vimos também que, ao discutir essas questões, Auguste Comte, grande pensa-
dor do século XIX, propôs uma interpretação do desenvolvimento da racionalidade humana. Ponderamos 
também neste capítulo sobre a Pesquisa, fundamental na Ciência. Pesquisa, todos fazemos sempre que 
temos um problema para resolver, contudo focamos o estudo na Pesquisa Científica, com métodos que 
situam e fundamentam a importância da produção do conhecimento.
Feitas essas considerações, passemos à parte prática, à descrição dos métodos que propiciam atin-
gir os objetivos buscados nas diferentes áreas do conhecimento.Mas, antes disso, vamos avaliar a sua 
aprendizagem, resolva as questões propostas.
3.2 Atividades Propostas
1. De acordo com o texto, quais foram as três fases percorridas pela história da Ciência?
2. Com base no conhecimento construído acerca de Método Científico e Ciência, responda: o 
que é necessário para que a pesquisa seja definida como científica?
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Prezado(a) aluno(a), a pesquisa classifica-se 
em: Preliminar, Teórica, Aplicada ou de Campo. Ve-
jamos as características de cada uma delas:
Pesquisa Preliminar
ƒƒ Toda pesquisa tem como ponto de parti-
da o conhecimento e a identificação dos 
elementos que compõem a problemáti-
ca a ser esclarecida;
ƒƒ Mas todo pesquisador encontra dificul-
dades na formulação de hipóteses de 
trabalho;
ƒƒ Por isso a necessidade de uma pesquisa 
preliminar como ponto de partida para a 
definição do problema, das hipóteses e 
do roteiro da pesquisa;
ƒƒ É preciso, ainda, conhecer a disponibili-
dade de recursos: tempo, recursos finan-
ceiros, acessibilidade às informações, re-
cursos técnicos e tecnológicos.
Pesquisa Teórica
ƒƒ O objetivo é desenvolver novas teorias, 
novos modelos, ou estabelecer novas hi-
póteses de trabalho;
ƒƒ Não tem por objetivo uma utilidade prá-
tica dos resultados, mas o enriquecimen-
to do conhecimento científico;
ƒƒ O embasamento teórico é fundamen-
tal para o desenvolvimento de qualquer 
tipo de pesquisa;
ƒƒ O trabalho de Darwin, acerca da origem 
das espécies, é um bom exemplo de pes-
quisa teórica que contribuiu para a evo-
lução de novas ideias.
Pesquisa Aplicada
ƒƒ A maioria das pesquisas é feita a partir 
de objetivos que visam à sua utilização 
prática, por causa da gama de interesses 
que envolve – principalmente interesses 
econômicos;
ƒƒ Vale-se das contribuições de teorias e leis 
já existentes;
ƒƒ É definida como aplicada por seu objeti-
vo ser mais imediatista, pela pressa, por 
exemplo, do retorno dos recursos aplica-
dos;
ƒƒ Por exemplo: tão importante quanto o 
conforto que um carro oferece é o núme-
ro de quilômetros que ele percorre com 
um litro de combustível.
Pesquisa de Campo
ƒƒ Tem como base observar os fatos tal 
como ocorrem;
ƒƒ É necessária uma pesquisa preliminar de 
outros trabalhos e publicações para que 
se possa acrescentar algo ao que já se co-
nhece;
Saiba maisSaiba mais
A realização de uma pesquisa bibliográ-
fica é fundamental em qualquer tipo de 
pesquisa, para conhecer e analisar as 
principais contribuições teóricas sobre 
determinado tema ou assunto.
CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA4
Luís Paulo Neves
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18
ƒƒ Por exemplo: para conhecer os efeitos 
da distribuição de renda sobre a crimi-
nalidade, é preciso conhecer os dados e 
estabelecer uma correlação entre as va-
riáveis.
4.1 Fases da Pesquisa
ƒƒ Antes de iniciar qualquer pesquisa, é ne-
cessário conhecer o estágio em que se 
encontra o assunto a ser trabalhado;
ƒƒ É através da pesquisa bibliográfica que se 
pode obter tais informações;
ƒƒ Como não é possível trabalhar com todo 
o universo a ser estudado, é necessário 
determinar cientificamente a amostra a 
partir da qual serão tiradas as conclusões;
ƒƒ Definida a amostra, cabe ao pesquisador 
estabelecer os critérios da coleta e do re-
gistro das informações, com o objetivo 
de dirimir as devidas conclusões.
4.2 Coleta de Dados
ƒƒ Tendo em vista a pesquisa a ser realizada, 
as informações podem ser obtidas de va-
riadas formas, segundo o critério ideal a 
ser estabelecido pelo pesquisador; 
ƒƒ Exemplos: entrevista, questionário, for-
mulário. Contudo, é preciso estar atento 
aos limites, implicações e dificuldades 
que cada estratégia apresenta;
ƒƒ Por isso, antes de aplicar qualquer forma 
de coleta de dados, é preciso estudo, pla-
nejamento, questionamento e prepara-
ção adequada.
4.3 Resumo do Capítulo
Prezado(a) aluno(a), estudamos neste capítulo a classificação da pesquisa. Vamos retomar? Pesqui-
sa Preliminar: ponto de partida para a definição do problema, das hipóteses e do roteiro da pesquisa; 
Pesquisa Teórica: o objetivo é desenvolver novas teorias, novos modelos, ou estabelecer novas hipóte-
ses de trabalho, visa ao enriquecimento científico; Pesquisa Aplicada: objetivo imediatista – a maioria 
das pesquisas é feita a partir de objetivos que visam à sua utilização prática, por causa da gama de inte-
resses que envolvem; e Pesquisa de Campo: tem como base observar os fatos tal como ocorrem. Vimos 
também sobre as fases da pesquisa (conhecer o estágio em que se encontra o assunto a ser pesquisado, 
delimitar a amostra e estabelecer os critérios da coleta), e, por fim, vimos formas de coleta de dados.
Muito bem, agora que conhecemos a classificação da Pesquisa, suas fases e como coletar os dados 
da pesquisa, responda às questões propostas para avaliar a sua aprendizagem.
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4.4 Atividades Propostas
1. Reúna as informações dadas anteriormente a respeito da pesquisa e responda: qual é o ponto 
de partida da pesquisa?
2. Quais são as fases da pesquisa?
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Caro(a) aluno(a), não é possível pesquisar 
sem antes projetar, ou seja, o que transforma uma 
investigação em ciência é exatamente o seu caráter 
de planejamento, orientação, reflexão e sistemati-
zação considerando uma base teórica. Para comu-
nicar os passos de uma pesquisa a ser percorrida, 
realiza-se um trabalho de planejamento em duas 
etapas: o Anteprojeto e o Projeto de Pesquisa. 
Vejamos as definições dessas etapas e como esses 
trabalhos se estruturam.
Anteprojeto de Pesquisa 
Um anteprojeto de pesquisa se caracteriza 
como uma elaboração prévia de um projeto a ser 
desenvolvido. Trata-se de um texto que possui ca-
ráter provisório, que assim se caracteriza por per-
mitir alterações no seu processo de reelaboração. 
Sua importância se deve a que nem sempre é fácil 
determinar com bastante clareza, logo de início, o 
que e como se pretende investigar. 
O anteprojeto é redigido após um conheci-
mento prévio do assunto, adquirido por meio de 
leituras com base em uma bibliografia selecionada. 
Essa atividade de elaboração do anteprojeto cola-
bora para o exercício do caminho da investigação: 
reflexão, delimitação e tomada de decisão.
Para sua elaboração, um anteprojeto deve 
apresentar alguns dos elementos básicos de um 
projeto de pesquisa, quais sejam:
ƒƒ introdução com síntese do referencial 
teórico – embasada na literatura;
ƒƒ formulação do problema;
ƒƒ objetivos;
ƒƒ hipóteses – quando houver.
Projeto de Pesquisa 
E o projeto? O projeto de pesquisa é mais 
aprofundado que o Anteprojeto. A importância 
do projeto de pesquisa está em evitar imprevistos 
e garantir a objetividade necessária. Para tanto, é 
preciso explicitar os passos a serem seguidos e o 
que se pretende alcançar com tal pesquisa.
Um projeto de pesquisa tem as seguintes 
funções:
ƒƒ define e planeja para o orientando o ca-
minho a ser seguido, as etapas e estraté-
gias;
DicionárioDicionário
Projeto: planejamento empreendido para se 
criar algo. 
Ante: exprime a noção de anterioridade.
AtençãoAtenção
O anteprojeto serve como uma primeira 
versão das ações da pesquisa e constitui 
ponto de partida para a discussão entre o 
professor orientador da pesquisa e o alu-
no.
Saiba maisSaiba mais
Projeto de pesquisa é o documento que 
planeja todas as ações a serem desenvol-
vidas ao longo do processo de pesquisa.
ANTEPROJETO E 
PROJETO DE PESQUISA5
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ƒƒ facilita a discussão do projeto em semi-
nários;
ƒƒ facilita o trabalho de orientação: possibi-
lidades, perspectivas,desvios;
ƒƒ subsidia discussão e avaliação da pes-
quisa;
ƒƒ base para solicitação de recursos finan-
ceiros;
ƒƒ base para avaliação e seleção em progra-
mas de pós-graduação.
5.1 Partes do Projeto de Pesquisa
É preciso esclarecer que a ordem de apresen-
tação dos elementos, exposta a seguir, pode variar 
segundo as diferentes áreas de estudo e mesmo 
instituições. Por exemplo, há modelos de projetos 
que não inserem a formulação do problema na in-
trodução – como o faz a proposta aqui apresentada. 
Nada disso apresenta maior dificuldade. O impor-
tante é que esses diversos elementos, necessários 
para a compreensão da pesquisa a ser empreendi-
da, estejam bem delimitados e explicitados. 
Título
ƒƒ Indica e sintetiza o conteúdo a ser traba-
lhado;
ƒƒ Pode ser:
 • geral: indica de forma genérica o 
teor do trabalho;
 • técnico: é como um subtítulo que es-
pecifica a temática.
Introdução
Tem a função de introduzir o leitor no assun-
to. Deve explicitar os pressupostos teóricos, des-
crevendo o que é conhecido sobre o tema e quais 
as questões já respondidas por outras pesquisas. O 
referencial teórico tem, ainda, a função de fornecer 
subsídios para a problematização do tema. Deve-
-se esclarecer que o conhecimento acumulado não 
é suficiente para a solução do problema em foco.
É o momento da caracterização e delimita-
ção do tema e do problema. Diante de um tema 
mais geral, é necessário realizar escolhas, fazer um 
recorte e selecionar um aspecto, um dado da ques-
tão, para realizar o estudo de aprofundamento: é o 
problema da pesquisa. Trata-se da pergunta a ser 
respondida, da razão de ser do trabalho.
Após a indicação dos pressupostos teóricos, 
a definição e delimitação do tema e a formulação 
do problema de pesquisa, este deverá ser enuncia-
do de forma interrogativa. A pergunta deve ser cla-
ra e objetiva, indicando os aspectos e/ou variáveis 
a serem trabalhados.
Nesse sentido, em relação ao tema e ao pro-
blema, é preciso estar atento aos seguintes aspec-
tos: 
ƒƒ caracterização, de maneira mais desdo-
brada, do conteúdo da problemática a 
pesquisar;
ƒƒ definição dos vários aspectos da dificul-
dade a ser estudada;
ƒƒ esclarecimento dos limites da pesquisa 
e do raciocínio demonstrativo (delimita-
ção do tema e do problema);
ƒƒ dar-se conta de que, quanto mais abran-
gente for, menor a profundidade;
ƒƒ ter gosto pelo assunto a ser desenvolvi-
do é fundamental, mas também não es-
quecer as condições para executá-lo em 
termos de tempo, acesso a informações 
e recursos;
ƒƒ pode-se inserir apresentação que indi-
que a gênese do problema (como o au-
tor chegou a ele), como também a expli-
citação dos motivos mais relevantes que 
conduziram a essa abordagem;
Metodologia Científica
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ƒƒ pode-se fazer contraposição com traba-
lhos que já versaram sobre o mesmo pro-
blema.
Justificativa
Trata-se do porquê, da importância de se rea-
lizar a pesquisa. Deve abranger os seguintes aspec-
tos:
ƒƒ razão da escolha;
ƒƒ relevância do estudo;
ƒƒ significação social;
ƒƒ contribuição para o crescimento e aper-
feiçoamento da área;
ƒƒ ressaltar a importância da pesquisa num 
contexto mais amplo;
ƒƒ o contexto também pode justificar pes-
quisa que contenha abrangência mais 
restrita. Exemplo: de professor que tra-
balha com comunidades no sertão do 
Nordeste.
Formulação de hipóteses
São formuladas, principalmente, para proje-
tos de pesquisa das Ciências Naturais e da Saúde. 
As hipóteses são formulações de soluções provi-
sórias a respeito de determinado problema em es-
tudo. Portanto, são formulações que serão confir-
madas ou não, considerando a pesquisa feita.
A hipótese deve ser enunciada de forma cla-
ra, indicando a relação entre as variáveis que deram 
origem ao problema de pesquisa. Deve, também, 
ser formulada com fundamento em conhecimento 
teórico e raciocínio lógico, sendo, por isso, denomi-
nada hipótese científica. Faz-se necessário atentar 
para o fato de que existem hipóteses de partida (as 
iniciais) e de chegada (finais) e cuidar para que, na 
tentativa de demonstrar as hipóteses, o trabalho 
não fique tendencioso.
Em suma, ter em conta que:
ƒƒ hipóteses são proposições provisórias 
para a solução do problema;
ƒƒ é em função das hipóteses estabelecidas 
que se estrutura todo o caminho a ser 
percorrido;
ƒƒ a hipótese poderá não se confirmar no 
decorrer da pesquisa, daí a importância 
da perseverança do cientista na busca da 
verdade;
ƒƒ pode haver hipótese geral (ideia central 
que se propõe demonstrar) e hipóteses 
particulares (complementares);
ƒƒ não confundir hipótese geral com pres-
suposto, que é uma evidência prévia (o 
que já está demonstrado como ponto de 
partida).
Objetivos
Os objetivos devem ser centrados na busca 
de respostas para as questões relevantes, identifi-
cadas no problema de pesquisa e que ainda não fo-
ram respondidas por outras pesquisas. Devem ser 
bem definidos, claros e realistas, mantendo coe-
rência com o problema que deu origem ao projeto.
Os objetivos podem ser:
ƒƒ gerais: indicar propósitos mais gerais, 
relacionando a importância do trabalho 
com o desenvolvimento do conhecimen-
to em geral;
ƒƒ específicos: no âmbito da ideia e dos ob-
jetivos gerais, ressaltar as ideias específi-
cas a serem desenvolvidas. Nesse senti-
do, a amplitude dos objetivos gerais tem 
sua delimitação definida, indicando sua 
profundidade. Definem, ainda, as etapas 
que devem ser cumpridas para alcançar 
o objetivo geral, as ações que devem ser 
desenvolvidas.
DicionárioDicionário
Hipótese: suposição que se faz sobre algo.
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Procedimentos Metodológicos
Deve-se apresentar o tipo de pesquisa quan-
to à natureza, aos objetivos, aos procedimentos e 
ao(s) objeto(s). Nesse último caso, explicitar se a 
pesquisa confirma-se como de campo, bibliográ-
fica ou laboratorial. Também, deve-se informar a 
respeito dos métodos de procedimento, de abor-
dagem e as técnicas utilizadas.
É preciso apresentar quais procedimentos 
serão empregados na busca das respostas às inda-
gações formuladas. Para tanto, conforme os tipos 
de pesquisa, deve-se apresentar uma definição da 
amostra e quais técnicas serão utilizadas na coleta 
de dados (entrevista, observação, formulário, con-
sulta a arquivos e outros).
De forma esquemática, não esquecer que:
ƒƒ trata-se do como, com que, onde, quan-
do e quanto;
ƒƒ método é o caminho a ser percorrido 
para atingir os objetivos propostos;
ƒƒ existem métodos gerais, aplicados a todo 
tipo de pesquisa, e específicos, de cada 
área de trabalho;
ƒƒ em coerência com o tema, os objetivos, 
o problema e a hipótese, será definido o 
tipo de pesquisa: teórica, empírica, histó-
rica etc.;
ƒƒ não se de deve confundir método, que é 
os procedimentos mais amplos de racio-
cínio, com técnicas, que são procedimen-
tos mais restritos, que operacionalizam 
o método com auxílio de instrumentos 
adequados. Exemplo: pesquisa de cam-
po e entrevista com questionário.
Referências
ƒƒ Textos fundamentais em que se aborda a 
problemática em questão;
ƒƒ As referências do projeto serão enrique-
cidas durante a pesquisa.
Plano de Trabalho
O projeto deve apresentar um plano de tra-
balho contendo, de forma sucinta e objetiva, as 
principais etapas (atividades) a serem desenvol-
vidas durante sua execução em função do tempo 
(mês, semana). Deve, também, compatibilizar as 
etapas com a metodologia a ser aplicada no desen-
volvimento do projeto.
Orçamento
Este item estará presente nos projetos que 
pleiteiam financiamento para sua realização, de-
vendo prever: gastos com pessoal, material de con-
sumo, material permanente, entre outros.
Observaçõesƒƒ São incluídos anexos e apêndices, se for 
o caso; 
ƒƒ O projeto pode ser alterado no decor-
rer da pesquisa, como consequência do 
aprofundamento, desde que devida-
mente justificado;
ƒƒ Não confundir projeto de pesquisa com 
plano de trabalho da monografia – um 
não tem necessariamente de espelhar o 
outro. 
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5.2 Resumo do Capítulo
Caro(a) aluno(a), estudamos neste capítulo sobre o planejamento, orientação, reflexão e sistemati-
zação dos passos de uma pesquisa, com o Anteprojeto e o Projeto de Pesquisa. Vimos que o Anteprojeto 
de Pesquisa caracteriza-se como uma elaboração prévia de um projeto a ser desenvolvido e quais são 
seus elementos básicos. Conhecemos a importância do Projeto de pesquisa, suas funções e suas partes: 
Título; Introdução; Justificativa; Formulação de Hipóteses; Objetivos; Procedimentos Metodológicos; Re-
ferências; Plano de Trabalho; e Orçamento.
Agora que conhecemos as formas de comunicar os passos de uma pesquisa a ser percorrida, com 
o Anteprojeto e o Projeto de Pesquisa, vamos verificar se você compreendeu o que estudamos até aqui; 
resolva os exercícios propostos.
5.3 Atividades Propostas
1. Quais são as funções do projeto de pesquisa?
2. O que é um anteprojeto de pesquisa?
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Caro(a) aluno(a), ‘texto’ é uma palavra bas-
tante conhecida. Seu sentido etimológico é muito 
interessante: vem de tessitura, de tecido. Como os 
fios entrelaçados que compõem um tecido, assim é 
o texto: um entrelaçamento de ideias, sentimentos, 
repertórios culturais, contextos e intencionalida-
des; uma tessitura tal que produz muitos e variados 
significados. Nesse sentido, a palavra ‘texto’ é mais 
abrangente do que um documento escrito ou oral. 
Entendido dessa forma, toda tessitura que transmi-
te um significado é um texto para quem o sabe ler.
Um sinal de trânsito, um som, um aviso na 
parede, um gesto, um olhar, um silêncio... Depen-
dendo do contexto, todos esses sinais podem ser 
um texto para alguém. Mas se não se puder enten-
der os sinais, então não haverá texto. Logo, o texto 
está no entrelaçamento entre os sinais e o meu re-
pertório, que pode me capacitar ou mesmo atrapa-
lhar na compreensão dos sentidos dos textos que 
estão à minha volta.
Vejamos o problema das bulas dos medica-
mentos, escritas para quem tem conhecimento 
médico-farmacêutico: a maioria das pessoas não 
consegue entender a linguagem em que são es-
critas. Assim, leitura é aqui entendida como meio 
de conhecimento e de iniciação ao pensamento, 
como produção textual, porque só é possível pen-
sar o que se conhece. Ler um texto é repensá-lo e 
repensar é pensar. Todos fazemos isso muitas vezes 
com os textos do nosso cotidiano. 
Mas, no campo da pesquisa científica, somos 
treinados para ler com muito mais rigor, precisão e 
eficácia os textos que fazem parte da nossa área de 
atuação. A leitura científica é uma leitura aprofun-
dada que implica análise, explicação, explicitação, 
comentário e interpretação de ideias. Tais concei-
tos são definidos e ilustrados a seguir; vamos co-
nhecê-los? 
Análise
É a decomposição dos vários níveis de pen-
samento que constituam sentido. Analisar é exami-
nar parte por parte de um todo. A análise se opõe 
à síntese, que supõe a conjugação do que estava 
separado. A compreensão das partes constituintes 
de um texto é o primeiro passo rumo à desmonta-
gem dos seus vários planos expressivos e dos di-
versos elementos que o compõem. 
Ao analisar um problema financeiro, uma 
conta de telefone muito alta, por exemplo, decom-
pomos todas as possibilidades e elementos impli-
cados nessa situação, com o intuito de saber como 
agir para que o valor dessa despesa seja compatí-
vel com o orçamento de que se dispõe. 
Explicação 
É enunciar o que há num texto: desdobrar, 
mostrar o que está exposto, pressuposto, impli-
cado, subentendido, suas articulações, os termos-
-chave. Envolve momentos de explicitação, que é 
a revelação, o desvendamento do conhecimento, 
traduzir o que no texto está apresentado de forma 
simbólica ou implícita. 
AtençãoAtenção
Para ler um texto é preciso saber: a língua, 
a linguagem e ter conhecimentos que 
capacitem para tanto. 
NOÇÕES DE TEXTUALIDADE6
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Quando um professor solicita a um aluno, 
ou a um grupo de alunos, que dê uma aula sobre 
determinado assunto, está pedindo que faça uma 
explicação, que diga tudo o que está enunciado, 
implicado, implícito no tema a ser abordado.
Para fazer esse trabalho de explicação e ex-
plicitação de determinado tema ou problema, é 
preciso um bom trabalho de análise que propicie 
uma adequada compreensão, para que seja capaz 
de fazer uma exposição. Em outras palavras, não se 
pode falar ou escrever sobre o que não se sabe.
Interpretação
É a busca da síntese ou da reintegração das 
partes no todo. A interpretação encontra-se inti-
mamente vinculada ao ponto de vista, que varia 
segundo variam os interesses e os contextos for-
mativos, culturais, geográficos etc. Com isso, um 
determinado texto pode produzir uma multiplici-
dade de interpretações.
Para dar um exemplo cultural, considere 
como são interpretados os diferentes papéis so-
ciais ocupados por mulheres, segundo as diferen-
tes culturas e até no interior de uma mesma cul-
tura, como a nossa. Como no caso do aborto, que 
é tratado como um problema de mulher. Nem no 
campo jurídico, nas leis, aparece a responsabilida-
de do homem que contribuiu para a situação de 
gravidez.
Está acompanhando? Vamos para o último 
conceito.
Comentário
É um diálogo com o texto, procurando situá-
-lo em relação ao autor e à sua obra ou contribui-
ção. No comentário, são introduzidos acréscimos 
exteriores ao texto, buscando estabelecer juízos de 
valor acerca da sua produção. 
Para dar um exemplo muito simples, consi-
dere os comentários de ambas as torcidas acerca 
de um lance de futebol, que nem precisa ser mui-
to polêmico. Como se percebe, o comentário está 
intrinsecamente relacionado à interpretação, ao 
ponto de vista de quem o profere.
Observações
Ao serem considerados todos esses procedi-
mentos na leitura de um texto, na análise de um 
fato, de uma situação profissional etc., esta produ-
zirá o(s) sentido(s) em nome do(s) qual(is) tudo isso 
é realizado. A produção de sentido não encerra o 
texto. Pelo contrário, deixa em aberto suas possi-
bilidades.
Prezado(a) aluno(a), todos esses procedi-
mentos fazem parte do trabalho científico. Ora são 
requisitados um ou outro, separadamente, ora to-
dos são exigidos por alguma atividade complexa, 
como é o caso da monografia. Numa monografia, 
há momentos que explicamos e explicitamos, em 
outros interpretamos o sentido de algo e fazemos 
comentários, avaliando aquilo acerca de que esta-
mos discorrendo. 
AtençãoAtenção
Todas essas habilidades necessitam ser 
desenvolvidas ao longo da formação pro-
fissional.
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29
6.1 Resumo do Capítulo
Prezado(a) aluno(a), após conhecermos o sentido da palavra ‘texto’, estudamos neste capítulo pro-
cedimentos para a leitura. Assim, vimos que Análise é a decomposição dos vários níveis de pensamen-
to que constituem sentido; Explicação é enunciar o que há num texto: desdobrar, mostrar o que está 
exposto, pressuposto, implicado, subentendido, suas articulações, os termos-chave; Interpretação é a 
busca da síntese ou da reintegração das partes no todo; e Comentário é um diálogo com o texto, procu-
rando situá-lo em relação ao autor e à sua obra ou contribuição.
Vamos agora avaliar se você compreendeu os conceitos elencados. Antes de passar para o capítulo 
seguinte, resolva as duas atividadespropostas.
6.2 Atividades Propostas
1. Um texto é somente um documento escrito? Explique. 
2. Com base na leitura feita do capítulo, defina:
a. Análise;
b. Explicação;
c. Interpretação;
d. Comentário.
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31
Prezado(a) aluno(a), para a realização de trabalho monográfico é preciso percorrer alguns passos, 
vejamos:
AtençãoAtenção
A produção do trabalho monográfico 
corresponde à fase de elaboração da 
pesquisa, baseada nos conhecimentos 
científicos da área de conhecimento, nos 
parâmetros de cientificidade e nas orien-
tações da estrutura do trabalho. 
DicionárioDicionário
Delimitar: indicar a abrangência do estudo.
Em primeiro lugar, é preciso delimitar com 
precisão o tema: não é o mesmo tratar da liberdade 
em geral e da liberdade psicológica ou política. Tra-
ta-se da perspectiva do tema. Para trabalhos com 
finalidade didática, deve-se escolher temas já abor-
dados por outros, para que haja obras a respeito 
nas quais pesquisar.
A delimitação do tema é a maior dificulda-
de apresentada pelos estudantes. A tentação é fa-
zer uma tese panorâmica e dizer muita coisa. Por 
exemplo, a Literatura hoje; a literatura brasileira 
do pós-guerra aos anos 1960. Umberto Eco (1999) 
discute bem essa questão e apresenta algumas in-
dicações acerca de como superar essa dificuldade:
ƒƒ tese panorâmica não pode fazer análises 
críticas que soam como presunção. Tais 
análises supõem muito trabalho e deli-
mitação;
ƒƒ com a tese panorâmica, o pesquisador 
expõe-se a muitas contestações, como 
omissões de temas e autores;
ƒƒ se for bem preciso, o pesquisador terá 
um material bem conhecido e ignorado 
pelos examinadores: torna-se um exper-
to nesse assunto;
ƒƒ monografia pode ser, também, a abor-
dagem de um tema e não apenas de um 
autor. Nesse caso, analisam-se alguns au-
tores do ponto de pista de um tema es-
pecífico. Por exemplo: o mundo às aves-
sas nos poetas carolíngios;
ƒƒ tratar de um tema especificamente mo-
nográfico não significa fazer algo aborre-
cido, é preciso ter em conta o panorama 
em que está inserido e estudá-lo;
ƒƒ mas o panorama é pano de fundo, não se 
pode confundir as relações: uma coisa é 
7.1 Determinação do Tema-Problema do Trabalho
PRODUÇÃO DO TRABALHO 
MONOGRÁFICO7
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pintar o retrato de um cavalheiro sobre o 
fundo de um campo e outra coisa é pin-
tar campos e regatos; alteram-se técni-
cas, focos, perspectivas;
ƒƒ quanto mais se restringe, melhor e com 
mais segurança se trabalha.
A perspectiva através da qual se aborda um 
tema é completada com o problema: qual ques-
tão vai ser discutida ou para a qual serão buscadas 
soluções. A colocação do problema em relação ao 
tema desencadeia formulação da hipótese geral 
a ser comprovada e, de acordo com a perspectiva 
adotada, especifica o método a ser utilizado. Quan-
do o autor define por uma solução a ser demons-
trada no curso do trabalho, pode-se, então, falar de 
tese a ser demonstrada pelo raciocínio. O trabalho 
deve:
ƒƒ demonstrar uma única ideia;
ƒƒ defender uma única tese;
ƒƒ assumir uma única posição frente ao pro-
blema específico: é o seu ponto de vista, 
sua tese.
Normalmente, uma atividade de pesquisa 
perpassa três fases de amadurecimento, que são 
concomitantes nas várias etapas do trabalho:
1. momento da intuição, da descoberta, da 
formulação de hipóteses;
2. momento da pesquisa:
ƒƒ confrontar primeiras intuições;
ƒƒ cotejar com outras posições;
ƒƒ rever posições iniciais;
3. momento de amadurecimento da pri-
meira posição:
ƒƒ abandonam-se algumas ideias;
ƒƒ acrescentam-se outras;
ƒƒ reformulam-se alguns problemas;
ƒƒ domínio de uma posição definitiva.
7.2 Levantamento Bibliográfico
Trata-se da pesquisa em busca da documen-
tação existente sobre o assunto. Coloca-se em ação 
uma série de procedimentos para localização e 
busca metódica de documentos que possam inte-
ressar ao tema discutido, que dependem da natu-
reza do tema a ser estudado.
São feitas consultas em:
ƒƒ catálogos;
ƒƒ boletins especializados;
ƒƒ enciclopédias e dicionários especializa-
dos;
ƒƒ monografias e tratados sobre o assunto;
ƒƒ textos didáticos;
ƒƒ periódicos impressos e on-line;
ƒƒ bases de dados.
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33
7.3 Leitura e Documentação
Plano Provisório do Trabalho 
É um roteiro do trabalho a ser realizado, uma 
primeira estruturação, baseada em ideias gerais 
que se tem do tema:
ƒƒ é uma ideia diretriz (linhas gerais, colunas 
mestras), sem a qual o trabalho se perde 
numa superficialidade;
ƒƒ são ideias percebidas intuitivamente 
pelo aluno, fruto da sugestão do próprio 
problema e de estudos anteriores;
ƒƒ trata-se de um roteiro provisório, pois o 
plano definitivo só será estabelecido no 
final da pesquisa.
Leitura
ƒƒ Realizar uma primeira triagem, para ver o 
que realmente será lido e é interessante 
para a pesquisa;
ƒƒ Para tanto:
ƒƒ recorrer a resenhas das obras;
ƒƒ opinião de especialistas;
ƒƒ tomar contato com a obra: sumário, 
prefácio, introdução, passagens do 
texto;
ƒƒ Critérios para a leitura:
ƒƒ atualidade: dos textos mais recen-
tes para os mais antigos – as obras 
recentes retomam contribuições do 
passado, vindo a dispensar algumas 
leituras. Porém, os clássicos são indis-
pensáveis;
ƒƒ generalidade: das obras mais gerais 
(enciclopédias, dicionários, tratados) 
para as monografias especializadas e 
artigos científicos;
ƒƒ Não é uma mera leitura analítica de toda 
obra, nem reconstituir o raciocínio analí-
tico do autor;
ƒƒ Será feita tendo em vista o aproveita-
mento direto apenas dos elementos que 
sirvam para a pesquisa;
ƒƒ Às vezes, é necessária a leitura de todo o 
texto, mesmo assim não se deve perder 
a ideia mestra que direciona o trabalho.
Documentação
ƒƒ Tomar nota de todos os elementos que 
serão utilizados na elaboração do traba-
lho;
ƒƒ Usar citação livre (indireta) e textual (di-
reta), indicando a fonte;
ƒƒ Documentar as ideias pessoais que fo-
rem surgindo durante a leitura – para não 
se perderem;
ƒƒ Elaborar fichas, arquivos de documen-
tação ou outra forma de anotação das 
ideias que irão compor o trabalho.
7.4 A Construção Lógica do Trabalho Dissertativo
ƒƒ Coordenação inteligente das ideias, con-
forme as exigências de sistematização;
ƒƒ Pode ocorrer reformulação do roteiro 
provisório;
ƒƒ A ordem lógica do trabalho dissertati-
vo pode não coincidir com a ordem da 
descoberta: não se pode perder de vista 
a finalidade de comunicar ao leitor, que 
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não precisa passar por todos os percalços 
vividos pelo pesquisador durante sua ati-
vidade de pesquisa;
ƒƒ Deve formar uma unidade, com sentido 
intrínseco, autônomo, para que o leitor – 
que não participou da pesquisa – possa 
apreendê-la;
ƒƒ Portanto, as partes do trabalho – parágra-
fos, capítulos etc. – devem ter sequência 
lógica rigorosa;
ƒƒ Não basta que proposições tenham sen-
tido em si mesmas, é necessário que o 
sentido esteja logicamente inserido no 
contexto do discurso e da redação;
ƒƒ Daí as três partes da estrutura formal do 
trabalho: introdução, desenvolvimento e 
conclusão.
7.5 A Redação do Trabalho
A Linguagem do Texto
ƒƒ Ter estilo sóbrio e preciso. Adjetivos su-
pérfluos, rodeios e repetições ou explica-
ções inúteis devem ser evitados;
ƒƒ Também deve ser evitada a forma exces-
sivamente compacta, que pode prejudi-
car a compreensão do texto;
ƒƒ O que importa é a clareza, mais que ou-
tras características estilísticas;
ƒƒ Usar a terceira pessoa do singular;
ƒƒ Usar terminologia técnica, na medida do 
necessário;
ƒƒ Evitarpomposidade pretensiosa, verba-
lismo vazio, fórmulas feitas e linguagem 
sentimental;
ƒƒ Não cabem linguagem comum, expres-
sões corriqueiras e gírias. Infelizmente, 
é comum deparar com o uso de expres-
sões e fórmulas da oralidade em traba-
lhos que requerem fórmulas próprias da 
linguagem escrita e formal;
ƒƒ Quanto ao estilo, depende da natureza 
do raciocínio e das áreas do saber.
Os Parágrafos
ƒƒ Parte do texto que tem por finalidade ex-
pressar as etapas do raciocínio;
ƒƒ Sequência, tamanho e complexidade de-
pendem da natureza do raciocínio;
ƒƒ Reproduz a estrutura do texto: apresenta 
uma introdução, um corpo e uma con-
clusão;
ƒƒ Como determina a articulação do texto, 
tendo em vista a construção lógica do 
trabalho, são iniciados por conjunções 
que indicam as formas de passar de uma 
etapa lógica à outra, isto é, os conectivos, 
que devem ser muito bem trabalhados. 
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7.6 Resumo do Capítulo
Prezado(a) aluno(a), vimos neste capítulo que para a realização de trabalho monográfico é preciso 
percorrer alguns passos: determinação do tema-problema do trabalho; levantamento bibliográfico so-
bre o assunto; leitura e documentação, com o Plano provisório do trabalho e a leitura, fazendo triagem e 
partindo de critérios; além disso, é preciso também dar importância à construção lógica e à redação do 
trabalho dissertativo.
Caro(a) aluno(a), vimos os passos a serem percorridos para a produção do trabalho monográfico, 
vamos agora avaliar se você os compreendeu? Resolva as questões a seguir.
7.7 Atividades Propostas
1. Qual a importância da leitura na produção do trabalho monográfico e como fazê-la?
2. Quais são os critérios para se realizar a leitura na produção do trabalho monográfico? 
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 Prezado(a) aluno(a), neste capítulo conhe-
ceremos a conceituação dos trabalhos monográfi-
cos, os elementos que o constituem e qual estrutu-
ra apresenta. Vejamos. 
DicionárioDicionário
Conceituar: formar conceito acerca de. Julgar.
8.1 Conceituação dos Trabalhos Monográficos
O trabalho monográfico é um documento 
escrito que visa à aferição do trabalho escolar em 
uma ou mais disciplinas, solicitado e orientado por 
professor(es) de uma ou mais disciplinas. 
Segundo o grau de complexidade envolvido, 
tais trabalhos são classificados como:
ƒƒ Trabalho de Conclusão de Curso (TCC): 
resultado de um estudo visando à con-
clusão de um curso de graduação;
ƒƒ Monografia: resultado de um estudo vi-
sando à obtenção do título de Especialis-
ta;
ƒƒ Dissertação: documento escrito visan-
do à obtenção do título de Mestre, que 
representa o resultado de um trabalho 
experimental, de tema único, com o ob-
jetivo de reunir, analisar e interpretar in-
formações ou a exposição de um estudo 
científico retrospectivo (trabalho de revi-
são de literatura). Deve evidenciar o co-
nhecimento de literatura existente sobre 
o assunto e a capacidade de sistematiza-
ção do candidato;
ƒƒ Tese: documento escrito visando à ob-
tenção do título de Doutor, que repre-
senta um estudo científico de tema úni-
co, bem delimitado e original. Deve ser 
elaborado com base em investigação ori-
ginal, constituindo real contribuição para 
a especialidade em questão.
Saiba maisSaiba mais
Segundo a Associação Brasileira de Nor-
mas Técnicas (ABNT, 2005), um trabalho 
acadêmico consiste em um “documento 
que representa o resultado de um estu-
do, devendo expressar conhecimento 
do assunto escolhido, que deve ser obri-
gatoriamente emanado da disciplina, 
módulo, estudo independente, curso, 
programa e outros ministrados. Deve ser 
feito sob a coordenação de um orienta-
dor.”
TRABALHOS MONOGRÁFICOS: 
CONCEITUAÇÃO, ELEMENTOS E 
ESTRUTURA
8
Luís Paulo Neves
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8.2 Elementos e Estrutura dos Trabalhos Monográficos
Para compor a apresentação e redação dos 
trabalhos monográficos, há uma série de elemen-
tos já consagrados pela prática acadêmica. Existem 
elementos que são obrigatórios e outros que po-
dem constar conforme o desenvolvimento do tra-
balho. O quadro a seguir apresenta todos os itens 
que compõem o trabalho acadêmico, inclusive, na 
ordem em que devem ser apresentados.
Quadro 1 - Itens que compõe o trabalho acadêmico.
ESTRUTURA ELEMENTO OPÇÃO
PARTE  EXTERNA PRÉ-TEXTUAIS Capa Obrigatório
PARTE INTERNA
PRÉ-TEXTUAIS
Folha de rosto Obrigatório
Ficha catalográfica Obrigatória
Errata Opcional
Folha de aprovação Obrigatório
Dedicatória(s) Opcional
Agradecimentos Opcional
Epígrafe Opcional
Resumo na língua vernácula Obrigatório
Resumo em língua estrangeira Obrigatório
Lista de ilustrações Opcional
Lista de tabelas Opcional
Lista de abreviaturas e siglas Opcional
Lista de símbolos Opcional
Sumário Obrigatório
TEXTUAIS
Introdução Obrigatório
Desenvolvimento Obrigatório
Conclusão Obrigatório
PÓS- TEXTUAIS
Referências Obrigatório
Glossário Opcional
Apêndice(s) Opcional
Anexo(s) Opcional
Índice(s) Opcional
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Espaçamentos e Margens Padrões
3 CM
3 CM
Papel branco ou reciclato, formato A4 (21 cm x 29,7 cm);
Fonte tamanho 12;
Margens esquerda e superior de 3 cm; direita e inferior de 2 cm;
Entrelinhas 1,5.
2 CM
2 CM
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Elementos Pré-Textuais
Capa
A capa é um elemento obrigatório e deve 
conter as informações seguintes, nesta ordem:
a. nome da instituição (centralizado no es-
paço superior da página);
b. título e subtítulo do trabalho (centraliza-
do e um pouco acima do centro da pá-
gina);
c. nome do autor (centralizado abaixo do 
título do trabalho);
d. local (centralizado no canto inferior da 
página, acima do ano);
e. ano de entrega do trabalho ( centraliza-
do no canto inferior da página, abaixo 
do local);
f. número de volumes e especificação do 
volume em questão.
O nome do autor significa que ele é o respon-
sável intelectual pelo trabalho. Por isso, não se jus-
tifica colocar o nome da instituição nessa posição 
em trabalhos, cuja responsabilidade intelectual e 
direitos autorais não pertencem a ela.
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Lombada (opcional)
Lombada é a parte que reúne as margens in-
ternas do lado esquerdo, mantendo-as juntas quer 
por cola, costura ou grampos, formando um cader-
no. Ela constitui um elemento opcional, pois, quan-
do as folhas se reúnem por espiral ou em número 
bastante reduzido, por exemplo, a junção delas 
não forma lombada.
A lombada de trabalhos acadêmicos deve 
trazer o nome do autor, ou dos autores, e o título; 
a de livros, além disso, precisa apresentar a logo-
marca da editora; a de periódicos deve conter os 
elementos alfanuméricos que permitem identificar 
o volume, o fascículo e a data de publicação.
Folha de rosto
É a primeira página após a capa e é a única fo-
lha do trabalho com informações no verso. A folha 
de rosto é elemento obrigatório e precisa conter as 
informações que seguem abaixo, nesta ordem (cf. 
Anexo A):
a. nome do autor, pois é o responsável in-
telectual pelo trabalho;
b. título principal do trabalho, acompa-
nhado de subtítulo, se houver, que defi-
na claramente o conteúdo do trabalho, 
constituindo um resumo de, no máximo, 
12 vocábulos, como sugere a Coordena-
ção de Aperfeiçoamento de Pessoal de 
Nível Superior (CAPES) (apud DOMIN-
GOS, 1999), devendo o subtítulo ser in-
troduzido, após o título, por dois pontos;
c. número do volume, havendo mais de 
um;
d. natureza do trabalho (tese, TCC e outros) 
e sua finalidade, isto é, motivo que de-
terminou sua elaboração, entre outros, 
por exemplo,

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