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Base Genética da Diversidade Biológica

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Profa. Norma Eliane Pereira 
AULA 3 – BASE GENÉTICA DA DIVERSIDADE 
Biodiversidade= Diversidade Biológica 
 
“É o somatório da diversidade que ocorre dentro de espécies, 
entre espécies e ecossitemas.” 
 
Diversidade de espécies- está relacionada com os diferentes graus 
de diferenciação que ocorrem como mecanismo de adaptação. 
Diversidade de Ecossitemas- não somente considera seu número e 
freqüência,mas também a variedade de habitats,comunidades 
bióticas e processos ecológicos. 
 
Recursos biológicos- compreende recursos genéticos,organismos 
ou partes destes, populações ou qualquer outro componente 
biótico dos ecossitemas, de real ou potencial utilidade ou valor 
para a humanidade. 
BIODIVERSIDADE – estimativas que são de 5 a 30 milhões de 
espécies, sendo que destas são descritas somente 1,4 milhão. 
 
•Brasil altos níveis de diversidade biológica (país megadiverso). 
Existência de diferentes biomas. 
 
 
DIVERSIDADE X VARIABILIDADE GENÉTICA 
 
“A variação genética encontrada na natureza pode ser definida 
como a capacidade de um organismo, população ou espécie de 
mudar ou variar sua estrutura hereditária em relação as suas 
características, forma ou natureza (IBPGR, 1991). 
 
Diversidade Genética e Variabilidade genética- termos que 
designam a VARIAÇÃO GENÉTICA 
 
Diversidade genética- o somatório da variação genética conhecida 
somado a variação genética potencial ainda desconhecida e não 
disponível; 
 
Variabilidade genética – porção da diversidade genética que 
capturada, disponível e utilizada nos procedimentos científicos, 
principalmente aqueles relacionados ao melhoramento genético. 
 
NATUREZA DA VARIAÇÃO 
A variação fenotípica de uma população pode ser de duas classes: 
a)Variação devido ao ambiente. 
b)Variação devido ao genótipo. 
Plantas geneticamente similares diferem na performance em 
diferentes condições ambientes. A variação genética deve-se as 
diferenças nos genótipos em uma população 
heterogênea,importante no melhoramento de plantas. 
 
CENTROS DE ORIGEM X CENTROS DE DIVERSIDADE 
 
•Vavilov (1926) – Centros de Origem = centros de diversidade 
•Atualmente (IPGRI, 1991) 
 
Centro de Origem – região geográfica onde se originou a espécie 
ou local onde primeiro foi domesticada. 
 
Centros de diversidade - região ecogeográfica onde ocorre um 
elevado grau de variação ou de diversidade genética. 
Uma espécie pode apresentar vários centros de diversidade, 
localizados sob diferentes condições ambientais e “habitats”. 
Importância da identificação, amostrar divergência genética 
existente, conservação da variabilidade dos mesmos. 
 
CENTROS DE DIVERSIDADE 
 
a)Centros de diversidade primária –além da espécie de interesse 
ocorrem espécies silvestres com ela relacionadas, com elevados 
níveis de variação genética e alta freqüência de caracteres 
dominantes. 
 
b)Centros de diversidade secundária – ocorrem poucas espécies 
silvestres relacionadas, com nível de variação genética baixos e alta 
freqüência de caracteres recessivos. 
CUIDADOS A SEREM TOMADOS NA PROSPECÇÃO E 
AMOSTAGEM DA DIVERSIDADE GENÉTICA 
 
a) Coletar em área de transição entre biomas – podem ocorrer 
altos níveis de divergência genética e genótipos com grande 
plasticidade fenotípica. 
 
b) Coletar em áreas de sobreposição entre espécies –
possibilidade de obtenção de híbridos naturais. 
 
c) Observar a lei das séries homólogas propostas por Vavilov 
(citado por Allard, 1960) – obter características genéticas 
semelhantes aquelas de outras espécies similares que ocorrem 
na mesma região. Vavilov exprimiu esse conceito em termos 
genéticos e usou esse princípio para prever características 
ainda não descobertas. 
Certas características ocorrem mais frequentemente 
em coleções feitas em certas áreas que em outras. 
 
Ex.: coleção mundial de cevada 
-75% do material resistente a Helminthosporiose é originário da 
Manchúria (12% da coleção mundial) . 
- a maior parte do material resistente a mosca de Hesse é 
originário da África. 
- a maior parte do material resistente ao percevejo verde é 
originário da China ou Coréia. 
- a maior parte do material resistente a cárie é oriundo da Criméia. 
SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DO “POOL” DE GENES 
 
Germoplasma – Conjunto de materiais hereditários transmitidos 
de uma geração a outra. Estabelece a relação entre espécies, 
variedades e ecótipos agrupando de acordo com o grau de 
relacionamento em determinado “pool” de genes. 
 
a)PG-1 – “pool” de genes primário – onde o cruzamento da 
espécie de interesse com outras espécies gera progênies férteis e 
capazes de manifestar os efeitos das trocas gênicas. Geralmente é 
composto por espécies, subespécies, raças e populações. Fácil 
possibilidade de cruzamento e híbridos férteis. 
 
SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DO “POOL” DE 
GENES(cont.) 
 
b) PG-2 - “pool” de genes secundários – onde o cruzamento entre 
espécies do PG1 com outras espécies gera progênies com forte 
tendência para a esterilidade, mas ainda com possibilidade de 
manifestar os efeitos das trocas gênicas. Transferência possível, 
mas pode ser difícil. Híbridos estéreis com alguns férteis. 
 
 
c)PG-3 - “pool” de genes terciários – com expressivos níveis de 
letalidade ou completamente estéreis. Transferência obtida por 
meio de medidas biotecnológicas como fusão de protoplastos e 
cultura de embriões. 
 
VARIABILIDADE GENÉTICA 
População = diferentes indivíduos (variabilidade fenotípica) 
 
Variabilidade fenotípica= genética (variabilidade gênica + 
variabilidade genotípica) + ambiente (variação devido a fatores 
ambientais). 
 
Variabilidade gênica- forças naturais mutação (surgem alelos novos) e 
fluxo gênico resultante da migração. 
 
Variabilidade genotípica – gerada por recombinação (não introduz 
alelos novos) e portanto não interfere na variabilidade gênica, mas 
proporciona a permuta de segmentos entre cromossomos 
homólogos, o que cria novas combinações alélicas,ou seja, novos 
genótipos 
 
Variabilidade genética – importante fator para o sucesso da seleção. 
PRINCIPAIS FONTES DE VARIABILIDADE 
 
Mutações- alterações de DNA que venham a alterar o genótipo do 
indivíduo. 
 
a.1)Quanto a origem: - espontâneas; 
 - induzidas pelo homem; 
 
a.2)Quanto ao destino: - germinativas (nucleares) – quando 
envolvem gametas ou zigotos; 
 -citoplasmáticas – DNA extranuclear 
(mitocôndrias e cloroplasto). 
 -somáticas – quando ocorreram em células que 
se multipliquem mitoticamente. 
*Mutações somáticas são interessantes em frutíferas, devido a 
possibilidade de propagação assexuada de galhos ou ramos de 
quimeras, que produzam frutos diferentes de outro galho da 
planta. A laranja Bahia (sem sementes) surgiu justamente de um 
ramo mutado espontaneamente. Também se encontra nesta 
categoria a variação somaclonal de cultivos “in vitro”. 
 
a.3) Tipos: -substituição (mutações pontuais, transitivas ou 
transversais) 
 -adição 
 -deleção de bases (mutações de bases). 
 
*A maioria das mutações são pontuais, sendo úteis aos 
melhoristas, da simples substituição de bases, além disto a 
sobrevivência e a fertilidade dos mutantes são muito maiores que 
as mutações cromossômicas. 
SUBSTITUIÇÃO 
 
INSERÇÃO 
 
DELEÇÃO 
 
-Mutações cromossômicas ou aberrações –podem ocorrer 
quebras de cromossomos seguidas ou não pela união dos 
seguimentos separados (alterações estruturais). 
 
b) Recombinações – pareamento meiótico de cromossomas 
homólogos resultam em crossing-over ou permuta – DNA original 
ficará modificado – resulta em recombinantes. 
 
*efeito de certos minerais no aumento da taxa de recombinação 
genética. 
 
 
 
VARIABILIDADE GÊNICA INTRAPOPULACIONAL 
 
Diferentes análises constataram quevárias características 
relacionadas com a história de vida dos organismos podem 
contribuir significativamente para o grau de polimorfismo 
intrapopulacional em plantas superiores: 
a)categoria taxonômica (gimnospermas apresentam maior número 
de alelos por lócus que angiospermas, maior heterozigose); 
b) duração do ciclo de vida(espécies mais longevas possuem maior 
variabilidade); 
c) amplitude da área de distribuição geográfica (espécies 
endêmicas tem menores níveis de variação); 
d) distribuição geográfica por latitude; 
e) mecanismos de dispersão de sementes; 
f) estádios de ocupação e sucessão em novos ambientes; 
g) sistemas reprodutivos. 
SISTEMAS REPRODUTIVOS 
 
 
Métodos de melhoramento depende do processo de 
reprodução das espécies. 
 
Soja – autógama, variedades homozigotas – genes em homozigose. 
 
Milho – alógama – diversos indivíduos formam uma população – 
intercâmbio de gametas entre indivíduos. 
 
Mandioca - espécie de reprodução assexuada, constituição gênica 
dos genitores é transferida integralmente aos descendentes via 
partes vegetativas. 
 
SISTEMAS REPRODUTIVOS 
 
 
Soja – linhas puras 
 
Milho - híbridos 
 
Mandioca - variedades clonais. 
 
 
Escolha do método de melhoramento de acordo com a forma de 
reprodução. 
 
Reprodução Sexual 
Divisão 
meiótica 
gerador de 
Variabilidade 
por meio da 
recombinação 
crossing over 
As espécies podem ser classificadas em três grupos: 
autógamas, alógamas e autógamas com frequente alogamia 
(intermediárias). 
 
ESPÉCIES AUTÓGAMAS 
 
Fazem autopolinização que é a transferência do pólen de uma 
antera para o estigma da mesma flor, não existe 
incompatibilidade neste sistema de reprodução. 
 
Cleistogamia – fenômeno que favorece a autofecundação quando 
a fecundação ocorre antes da antese (abertura floral). Ex.: soja, 
tomate. 
 
 Estigmas envolvido por cone de estames favorecem a 
autofecundação. 
Uma pequena taxa de alogamia pode ser verificada em 
plantas autógamas devido a ocorrência de insetos (<1%). Ou 
a fatores climáticos. 
 
Linhagens autógamas = mistura de linhas homozigotas. 
 
Tabela 1. Espécies autógamas de importância econômica 
alface berinjela guar pêssego 
amendoim cevada Lentilha soja 
arroz crotalária Linho tomate 
aveia ervilha Mucuna trigo 
batata feijão Nectarina 
ESPÉCIES ALÓGAMAS 
 
O número de espécies alógamas é superior a de espécies 
autógamas. 
 
Diversos mecanismos favorecem a alogamia: 
a) Época diferenciada de amadurecimento sexual do androceu e 
do gineceu em flores hermafroditas (dicogamia). Tem-se duas 
situações: 
Protandria –androceu amadurece antes do gineceu. Ex.: cenoura e 
milho. 
Protoginia – gineceu amadurece antes do androceu. Ex.: abacate. 
 
 
ESPÉCIES ALÓGAMAS 
 
b) Polinização entomófila. Ex.: abóboras, melão, melancia. 
ESPÉCIES ALÓGAMAS 
 
Mecanismos que determinam a polinização cruzada 
Dioicia – alguns indivíduos de uma mesma espécies produzem 
somente flores femininas e outros flores masculinas. Ex.: palma, 
mamão, espinafre e tâmara. Alogamia como única estratégia. 
 
Monoicia- separação na mesma planta de flores masculina e 
femininas. Ex.: milho 
ESPÉCIES ALÓGAMAS 
 
Mecanismos que determinam a polinização cruzada. 
 
Autoincompatibilidade- ausência de autofertilização, apesar do 
pólen e gineceu serem normais; pode ocorrer desde a polinização 
até a fetilização; pode ser tão eficiente como a dioicia para forçar 
a fecundação cruzada; levam a população a apresentar alta 
heterozigose 
ESPÉCIES ALÓGAMAS 
 
Autoincompatibilidade 
1. Sistema gametofítico 
2. Sistema esporofítico 
3. Sistema heteromórfico 
Autoincompatibilidade 
1. Sistema gametofítica 
 
 É o mais difundido ocorrendo em metade das famílias 
botânicas estudadas como abacaxi, centeio, macieira. 
 
Ação de alelos de um simples loco. 
 
A incompatibilidade ocorre com a paralisação do crescimento 
do tubo polínico haploide nas células diploides do pistilo. 
Quando o grão de pólen contém um alelo de 
incompatibilidade que está presente também no estilo, o 
crescimento do tubo polínico fica paralisado. 
Perental 
feminino (S1 S2) 
Estigma 
a) Parental Masculin0 
(S1 S2) 
Grãos de Pólen 
b) Parental masculino 
(S2 S3) 
Grãos de Pólen 
Antígeno 1 Antígeno 2 Antígeno 1 Antígeno 2 
Óvulo 
S1 (anticorpo 1) 
+ 
S2 (anticorpo 2) 
 
incompatível 
 
incompatível 
 
incompatível 
 
S1 S3 
S2 S3 
Incompatibilidade gametofítica 
Fonte: DESTRO; MONTALVAN, 1999 
Fonte: google image 
Autoincompatibilidade 
2. Sistema esporofítico 
 
Ocorre em muitas famílias como na Brassicaceae (repolho, 
couves). 
 
Neste sistema a reação de compatibilidade ocorre pela 
interação de produtos gerados pelo genótipo diplóide do 
parental masculino (e não do pólen haplóide) e do 
genótipo diplóide do parental feminino. O antígeno é 
produzido na célula mãe do grão de pólen, ainda diplóide, 
sendo normalmente com dominância completa do alelo de 
menor subíndice (S1 domina S2 que domina S3 que domina 
S4) 
 
Perental 
feminino (S1 S2) 
Pistilo 
a) Parental Masculino (S1 S2) 
Grãos de Pólen 
b) Parental masculino (S2 S3) 
Grãos de Pólen 
Antígeno 1 Antígeno 1 Antígeno 2 Antígeno 2 
Óvulo 
S1 (anticorpo 1) 
+ 
S2 (anticorpo 1) 
 
incompatível 
 
incompatível 
S1 S2 
 
S1 S3 
S2 S2 S2 S3 
Incompatibilidade esporofítica 
Fonte: DESTRO; MONTALVAN, 1999 
Fonte: google image 
Autoincompatibilidade 
3. Sistema heteromórfico 
 
É a inabilidade de se obter sementes autofecundadas por 
meio de obstáculos pelas diferenças de órgão sexuais e 
impedida por um sistema de incompatibilidade esporofítico 
associado. 
No gênero Primula as plantas são de dois tipos: 
Brevistila (Pin): pistilos longos e estames curtos; genótipos 
ss 
Longistila (thrum): pistilos curtos e estames longos; 
genótipo Ss. 
Os cruzamentos ocorrem quando os dois diferentes tipos são 
cruzados. 
Fonte: google image 
Macho esterilidade 
 
É a falha da planta em produzir pólen funcional 
como resultado de falha na formação ou 
desenvolvimento de estames não funcionais, 
microsporos ou gametas. 
São de três tipos de situações podem ocorrer: 
A) Plantas com ausência ou extrema escassez de 
grãos de pólen; 
B) Plantas em que flores masculinas ou os estames 
são mal formados ou não funcionais; 
C) Plantas que mesmo tendo pólen viável e perfeito 
possuem anteras indescentes que não liberam o 
pólen. 
Macho esterilidade (cont.) 
 
 Papel importante na produção de sementes 
híbridas. 
 Como ferramenta para facilitar o melhoramento 
populacional, retrocruzamentos, hibridação 
interespecíficas e procedimentos intermediários 
(recombinação em programas de seleção 
recorrentes em autógamas) 
 Pode ser encontrada em beterraba, cenoura, 
cebola, sorgo. 
Macho esterilidade (cont.) 
 
1. Macho esterilidade nuclear ou gênica 
 controlada por um ou mais genes nucleares 
recessivos, com maior freqüência é um único gene 
recessivo, menos freqüente dois genes recessivos 
e, excepcionalmente poligenes. 
 
2.Machoesterilidade citoplasmática 
 
Devido a anormalidades no citoplasma ou devido a 
pouca cooperação entre genes do núcleo e 
organelas do citoplasma ocorre em geral em 
cruzamentos interespecíficos. 
Macho esterilidade (cont.) 
 2.Machoesterilidade citoplasmática 
Segundo sua origem pode ser dividida em: 
 
a)Macho esterilidade devida exclusivamente as 
mutações expressadas como anormalidades no citoplasma,por causa de alterações no genoma mitocondrial. É também 
denominada de macho-esterilidade autoplásmica (MEC). 
 
b)Macho esterilidade devido à incompatibilidade ou 
pouca colaboração entre os genes do núcleo e organelas 
do citoplasma, geralmente decorrente de cruzamentos 
interespecíficos ou mesmo intra-específico. É também 
denominada macho-esterilidade gênico-citoplasmática 
(MGC). 
Macho esterilidade (cont.) 
 
 2.Machoesterilidade citoplasmática 
No caso da macho-esterilidade nuclear só existe citoplama 
estéril (S) interatuando com alelo recessivo (ms) não 
restaurador da fertilidade (para originar fenótipos estéreis, (S) 
msms) e um dominante (Ms) (para originar fenótipos férteis (S) 
MsMs ou (S) Ms ms). Indivíduos com citoplasma normal não 
são passíveis de gerar macho-estéreis. 
Fonte: DESTRO; MONTALVAN, 1999 
 
ESPÉCIES ALÓGAMAS 
 
Vento como agente importante na polinização do milho onde a 
taxa de alogamia é de aproximadamente 95%. 
 
Plantas alógamas – heterozigotas, perda do vigor com a 
endogamia. 
 
Tabela 2. Espécies alógamas de importância econômica 
 abacate cana-de-açúcar mamão 
abóbora cebola mamona 
alfafa cenoura mandioca 
batata-doce centeio manga 
beterraba eucalipto milho 
brócolos goiaba pêra 
cacau maçã 
Fonte: DESTRO; MONTALVAN, 1999 
ESPÉCIES AUTÓGAMAS COM FREQUENTE ALOGAMIA OU 
INTERMEDIÁRIAS 
 
Taxa de fecundação cruzada intermediária, espécies que não apresentam 
perda de vigor com autogamia. 
 
Figura 3. Espécies autógamas com frequente alogamia. 
 
Espécies Taxa de alogamia (%) 
Algodão 5 a 50 
berinjela 0 a 48 
canola 0 a 30 
fava >25 
quiabo 4 a 19 
sorgo 6 
 
Fonte: DESTRO; MONTALVAN, 1999 
 
 
ALÓGAMAS – facilidade potencial para recombinações de genes 
em heterozigose. 
 -Heterozigose e fecundação cruzada – alta flexibilidade. 
 -muitos locos em heterozigose; 
 -dominância e epistasia mascaram a expressão gênica – 
variação genética e genotípica não são expressas nas mesmas 
proporção; 
 -plantas alógamas possuem maior variabilidade 
intrapopulacional que as plantas autógamas. 
AUTÓGAMAS 
 
 
-em geral com ciclos de vida mais curtos; 
-maior número de cromossomos; 
-dispersão de longo alcance de sementes; 
-por não apresentar depressão endogâmica os híbridos são 
geralmente mais férteis que os das alógamas; 
-alta taxa de recombinação das autógamas devido a seleção 
natural o que proporcionou flexibilidade genética e sucesso no 
melhoramento. 
-maior variabilidade interpopulacional (em geral bem adaptadas ao 
ambiente existente). 
Fonte: DESTRO; MONTALVAN, 1999 
Reprodução Assexual 
Espécies mantidas por propagações vegetativas devido a: 
baixa produção de sementes ou devido a variabilidade 
genética indesejável ou devido a produção assexual 
(apomixia em citrus). 
 
Reprodução assexual pode se dar por bulbos, ramas, 
tubérculos, rizomas, folhas e caules, além de cultura de 
tecidos. 
 
“A reprodução assexuada pode facilitar o 
trabalho do melhorista, pois identificando um 
tipo superior ele pode ser perpetuado, mantendo 
a sua identidade genética.” (BORÉM, 2003) 
 
Reprodução Assexual 
 
CARGA GENÉTICA 
 
 
A evolução depende da existência constante de variabilidade 
genética, sendo inevitável a existência de indivíduos mal 
adaptados. A carga genética representa o preço que uma 
população paga para ter o privilégio da evolução, pois é sua 
garantia de sobrevivência futura. Devido a isto, a população precisa 
produzir constantemente alguns indivíduos não tão adaptados as 
condições presentes, mas que podem estar adaptados a um certo 
ambiente no futuro. 
 
Aspectos evolutivos 
• Como regra geral uma espécie autógama se originou de uma 
ancestral alógamo. 
Exemplo: ervilha – no passado alógama com polinização 
entomófila. 
 
PROCESSOS QUE RESULTAM EM VARIAÇÃO 
 
a) Mutação 
 
b) Segregação Mendeliana e recombinação – aliado a ocorrência 
de mutação gera variabilidade. 
 
 
PROCESSOS QUE RESULTAM EM VARIAÇÃO 
 
c) Hibridação interespecífica – complexidade na geração 
segregante e esterilidade. 
PROCESSOS QUE RESULTAM EM VARIAÇÃO 
 
d) Poliploidia – variação natural ou induzida que aparece na 
multiplicação de conjuntos cromossômicos básicos de cada espécie 
(número de cromossomos), também denominado de mutações 
cromossômicas numéricas. A maioria dos organismos é diplóide 
(2x), possuindo dois grupos de cromossomos homólogos 
provenientes dos dois parentais (masculino e feminino). Estima-se 
que 1/3 dos angiospermas possui mais que dois grupos de 
cromossomos. Importantes em plantas e para a agricultura. 
 
 Autopoliplóides (uma mesma espécie) e alopoliplóides (duas ou 
mais espécies). 
PROCESSOS QUE RESULTAM EM VARIAÇÃO 
 
d) Poliploidia (cont.) – n= número de cromossomas do gameta; 
x=número de cromossomas básicos do genoma. Em trigo 
hexaplóide (6x=42 cromossomos) n= 21 e x=7. 
 
Autopoliplóides 
Plantas monoplóides(x) são raras na natureza; a haploidia pode ser 
obtida por meio biotecnológicos pela técnica cultura de anteras. 
Plantas triplóides(3x) podem ser obtidas do cruzamento de plantas 
tetraplóides(4x) com diplóides (2x). Ex.: banana, melancia híbrida; 
maçãs, uvas e peras européias; tulipas 
PROCESSOS QUE RESULTAM EM VARIAÇÃO 
 
IMPORTÂNCIA DA VARIABILIDADE GENÉTICA 
 
Melhoramento de Plantas – necessita de reservatórios genéticos 
dos quais novos genes possam ser introduzidos em cultivares 
existentes para melhorar sua produtividade e estabilidade. 
 
Atuação dos melhoristas perante as fontes de variabilidade 
promovendo a redução da variabilidade. 
 
Erosão Genética – perda da variabilidade genética. 
 
Programas de melhoramento precisam da diversidade genética. 
 
 
•-99,9% das espécies vegetais foram extintas; 
 -aproximadamente 300.000 (0,1%)são descritas 
atualmente; 
 -3000 foram utilizadas; 
 -menos de 300 espécies são 
empregadas na alimentação; 
 -15 espécies fazem parte da 
dieta media dos humanos. 
 
A erosão genética é proporcional ao grau de melhoramento da 
espécie. 
 Exemplo: 2% de todo germoplasma mundial do milho 
foram aproveitados no melhoramento. 
CAUSAS DA EROSÃO GENÉTICA OU AMEÇAS A 
DIVERSIDADE GENÉTICA: 
 
Substituição de variedades locais, rústicas e bem adaptadas, por 
cultivares mais produtivas e geneticamente mais uniformes e de 
base genética estreita. 
 
Ocupação antrópica – desmatamento e construções. 
 
 
CAUSAS DA EROSÃO GENÉTICA OU AMEÇAS A 
DIVERSIDADE GENÉTICA 
 
PATAMARES DE PRODUTIVIDADE 
 
*Insuficiente diversidade genética – impacto no 
desenvolvimento de novas variedades – possíveis problemas no 
campo. 
 
Nos últimos anos as taxas de incremento da produtividade de 
plantas autógamas tem se tornado inexpressivas. 
 
Exemplo: Caso da soja artigo de (Hiromoto; Vello, 1986) – Das 76 
cultivares de soja usadas nos anos agrícolas de 1982-83 foram 
provenientes de 26 ancestrais dos quais somente 11 estavam 
presentes em 89% aos cultivares brasileiras. 
Vulnerabilidade genética 
 
Riscos de desastres (bióticos e abióticos) por causa da 
uniformidade genética – base genética estreita. 
 
Exemplo: Helmintosporiose em milho – década de 1970. 
 
Híbridos com macho esterilidade citoplasmática 
(citoplasma T). Uma nova raça de Helmintosporium 
tornou suscetível todas as plantas de milho com 
citoplasma T. Produção de milho foi ameaçada. 
 
IMPORTÂNCIA DA AGRICULTURA TRADICIONAL E DOS 
POMARES DOMÉSTICOS 
 
- Conservação de linhagens nativas; 
- Conservação do conhecimento local sobre as 
espécies; 
- Valorização do conhecimento de povos e 
comunidades indígenas e quilombolas; 
- Etc. 
 
ReferênciasBORÉM, A. Melhoramento de Plantas. : Viçosa, MG: Editora UFV, 3ª 
Ed., 2001. 500p 
 
DESTRO, R.; MONTALVAN, R. Melhoramento genético de Plantas. : 
Londrina, PR: Editora UEL, 1999. 820p. 
 
RAMALHO, M.A.P.; SANTOS, J.B.dos; PINTP, C.A.B. Cap. 8 Alelismo 
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