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O cotovelo
O cotovelo
Único movimento
Flexo-extensão
A superfície articular
Tróclea umeral
Côndilo umeral
Incisura troclear
Cabaça do rádio
Úmero
Fossa coronóide
Fossa do 
olécrano
Imprescindíveis para atingir total ADM
A cabeça radial
Rotação axial
Flexo-extensão
Anatomia fisiológica da articulação rádio-ulnar superior
“Rolamento de bolas”
• cabeça radial
• anel fibroso
• cavidade sigmóide da ulna
• ligamento anular
Dinâmica da articulação rádio-ulnar superior
Principal movimento Rotação da cabeça radial
• gira em contato com o 
côndilo radial
Epicondilos
Lateral: Inserem os ligamentos laterais, supinadores e 
extensores do punho.
Medial: Ligamentos mediais, flexores e pronadores do 
punho.
Os ligamentos do cotovelo
Manter as superfícies articulares 
em contato
Ligamento colateral ulnar
Ligamento colateral radial
Os ligamentos do cotovelo
156 SEÇÃO II Anatomia funcional
ligament
ligament
ligament
Olécrano
ASPECTO MEDIAL
Ulna
Rádio
Corda oblíqua
Tendão do bíceps braquial
Ligamento anular do rádio
Úmero
Cápsula articular
Tendão do tríceps 
braquial
Ligamentos colaterais ulnares
Ulna
ASPECTO LATERAL
Tendão do 
tríceps 
braquial
Úmero
Cápsula articular
Ligamento colateral radial
Ligamento anular
Rádio
FIGURA 5.18 Ligamentos do cotovelo.
na posição de semipronação (12). A posição de completa 
extensão é a posição de máximo contato para a articulação 
umeroulnar. Assim, quando a articulação umeroulnar está 
mais estável na posição estendida, a articulação umerorra-
dial está com contato apenas parcial e minimamente está-
vel. A articulação radioulnar proximal está em sua posição 
de máximo contato na posição de semipronação, comple-
mentando a posição de máximo contato da articulação 
umerorradial (12). 
A amplitude de movimento no cotovelo em flexão e 
extensão é de aproximadamente 145° de flexão ativa, 
160° de flexão passiva e 5 a 10° de hiperextensão (12). 
Movimentos de extensão ficam limitados pela cápsula arti-
cular e pelos músculos flexores. Esses movimentos também 
ficam, no fim, restringidos pelo impacto de osso a osso 
com o olécrano.
A flexão na articulação fica limitada pelos tecidos moles, 
pela cápsula posterior, pelos músculos extensores e pelo 
contato de osso a osso (do processo coronoide com sua 
respectiva fossa). Um grau significativo de hipertrofia ou 
uma grande quantidade de tecido adiposo irá limitar con-
sideravelmente a amplitude de movimento em flexão. Há 
necessidade de cerca de 100 a 140° de flexão e extensão 
para a maioria das atividades cotidianas, embora a ampli-
tude de movimento total seja de 30 a 130° de flexão (53).
A amplitude de movimento para a pronação é de apro-
ximadamente 70°, limitada pelos ligamentos, pela cápsula 
articular e pelos tecidos moles, que fazem compressão 
conforme o rádio e a ulna se cruzam. A amplitude de 
movimento para supinação é 85°, estando limitada pelos 
ligamentos, pela cápsula e pelos músculos pronadores. Há 
necessidade de cerca de 50° de pronação e 50° de supinação 
para a realização da maioria das atividades cotidianas (89).
AÇÕES MUSCULARES
Há 24 músculos que cruzam a articulação do cotovelo. 
Alguns deles exercem sua ação exclusivamente nessa articu-
lação e outros funcionam nas articulações radiocarpal e dos 
dedos (3). Muitos desses músculos são capazes de produzir 
até três movimentos nas articulações do cotovelo, punho 
ou articulações interfalângicas da mão. Contudo, em geral 
um movimento é dominante, e é o movimento com o qual 
o músculo ou grupo muscular está associado. São quatro 
os grupos musculares principais: flexores anteriores, exten-
sores posteriores, extensores laterais-supinadores e flexores 
mediais-pronadores (1). A localização, ação e inervação 
dos músculos que têm atuação na articulação do cotovelo 
podem ser encontradas na Figura 5.19.
Os flexores do cotovelo tornam-se mais efetivos com o 
aumento da flexão do cotovelo, porque seu ganho mecâ-
nico amplia-se com o aumento na magnitude do braço 
do momento (3,58). O braquial exibe a maior área de 
secção transversal dos flexores, mas possui a menor van-
tagem mecânica. O bíceps braquial também tem grande 
secção transversal e melhor vantagem mecânica em relação 
ao braquial, e o braquiorradial tem menor secção transver-
sal, mas com a melhor vantagem mecânica (Fig. 5.20). A 
100º e 120º de flexão, a vantagem mecânica dos flexores 
é máxima, porque os braços do momento são mais lon-
gos (braquiorradial = 6 cm; braquial = 2,5-3,0 cm; bíceps 
braquial = 3,5-4,0 cm) (58).
Cada um dos três principais flexores do cotovelo está 
limitado em sua contribuição ao movimento de flexão 
do cotovelo, dependendo da posição da articulação ou 
da vantagem mecânica. O braquial é ativo em todas as 
posições do antebraço, mas fica limitado por sua baixa 
vantagem mecânica. O braquial desempenha maior papel 
quando o antebraço está na posição pronada. O bíceps 
braquial pode ficar limitado por ações nas articulações 
radioulnar e do ombro. Considerando que a cabeça longa 
do bíceps atravessa a articulação do ombro, a flexão dessa 
articulação gera frouxidão na cabeça longa do bíceps bra-
quial, e a extensão do ombro gera mais tensão. Tendo em 
vista que o tendão do bíceps se fixa ao rádio, a inserção 
pode ser mobilizada em pronação e supinação. A influên-
cia da pronação sobre o tendão do bíceps braquial está 
ilustrada na Figura 5.21. Considerando que o tendão se 
enrola em torno do rádio em pronação, o bíceps braquial é 
mais efetivo como flexor na supinação. Finalmente, o bra-
quiorradial é um músculo com pequeno volume e fibras 
muito longas; é um músculo muito eficiente, por causa 
de sua excelente vantagem mecânica. O braquiorradial fle-
xiona o cotovelo mais efetivamente quando o antebraço se 
encontra em meia pronação, e seu recrutamento é muito 
intenso durante movimentos rápidos. Esse músculo está 
bem posicionado para contribuir com a flexão do cotovelo 
na posição de semipronação.
No grupo dos músculos extensores, encontramos o 
potente tríceps braquial, o músculo mais forte do coto-
velo. O tríceps braquial tem grande potencial de força e 
capacidade de trabalho por causa de seu volume muscular 
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A tróclea umeral
Na extensão o antebraço fica obliquo 
para baixo e para fora (valgo fisiológico 
da ulna)
- Masculino: 10 a 15 graus
- Feminino: 15 a 25 graus
155CAPÍTULO 5 Anatomia funcional do membro superior
ção e supinação. Na verdade, existem duas articulações 
radioul nares, a proximal na região da articulação do coto-
velo, e a distal, perto do punho. Do mesmo modo, a meio 
caminho entre o cotovelo e o punho existe outra conexão 
fibrosa entre o rádio e a ulna, reconhecida por alguns como 
uma terceira articulação radioulnar.
A articulação radioulnar proximal consiste na articulação 
situada entre a cabeça do rádio e a incisura radial no lado 
da ulna. A cabeça do rádio realiza rotação num anel osteo-
fibroso e pode girar tanto no sentido horário como no 
sentido anti-horário, criando o movimento do rádio com 
relação à ulna (12). Na posição neutra, o rádio e a ulna 
se situam próximos entre si, mas, em pronação completa, 
o rádio cruza diagonalmente a ulna. Enquanto o rádio 
realiza esse movimento em pronação, a extremidade distal 
da ulna se movimenta lateralmente. Durante a supinação, 
ocorre o oposto.
Uma membrana interóssea que conecta o rádio e a 
ulna avança pelo comprimento dos dois ossos. Essa fáscia 
aumenta a área para inserção muscular e garante que o 
rádio e a ulna mantenham uma relação específica entre si. 
Oitenta por cento das forças compressivas são tipicamente 
aplicadas ao rádio, e a membrana interóssea do antebraço 
transmite forças recebidas distalmente desde o rádio até a 
ulna. A membrana fica tensionada em semipronação (12).
Dois últimos componentes estruturais na região do 
cotovelo são os epicôndilos medial e lateral. Trata-se 
de pontos de referência importantes nos aspectos medial 
e lateral do úmero.O epicôndilo lateral serve como local 
de inserção para os ligamentos laterais e para os múscu-
los supinadores e extensores do antebraço, e o epicôn-
dilo medial acomoda os ligamentos mediais e os flexores 
e pronadores do antebraço (1). Essas extensões do úmero 
funcionam como locais de inserção muscular para muitos 
dos músculos da mão, sendo também locais onde ocorrem 
lesões por uso excessivo.
Ligamentos e estabilidade articular
A articulação do cotovelo é sustentada nas partes medial 
e lateral por ligamentos colaterais. O ligamento colateral 
ulnar (LCU) conecta a ulna ao úmero e oferece susten-
tação e resistência às cargas em valgo impostas à articu-
lação do cotovelo. A sustentação na direção em valgo é 
muito importante na articulação do cotovelo, pois a maio-
ria das forças é direcionada medialmente, criando uma 
força em valgo. A faixa anterior do LCU fica retesada 
em extensão; nessa posição, a faixa posterior fica relaxada, 
mas fica mais tensa quando na posição de flexão (1,69). 
Consequentemente, o ligamento colateral ulnar fica ten-
sionado em todas as posições da articulação. Em caso de 
lesão do LCU, a cabeça do rádio se torna importante, 
por proporcionar estabilidade ao ser aplicada uma força 
valga (4). Os músculos flexores-pronadores com origem 
no epicôndilo medial também proporcionam estabilização 
dinâmica à parte medial do cotovelo (70).
Existe também um grupo de ligamentos colaterais na 
parte lateral da articulação, chamados de ligamentos cola-
terais radiais. O colateral radial fica tenso em todo seu 
arco de flexão (1,69), mas, diante da raridade dos estres-
ses varos, esses ligamentos não são tão significativos no 
suporte da articulação (89). O pequeno músculo ancô-
neo proporciona estabilização dinâmica à parte lateral do 
cotovelo (70).
Um ligamento que é importante para o funcionamento 
e a sustentação do rádio é o ligamento anular do rádio. 
Esse ligamento envolve a cabeça do rádio e se insere na 
lateral da ulna. O ligamento anular mantém o rádio na 
articulação do cotovelo, embora ainda permita que esse 
osso gire em pronação e supinação. Os ligamentos que 
sustentam a região da articulação do cotovelo e suas ações 
são revisadas na Figura 5.18.
Características dos movimentos
Nem todas as três articulações do complexo do cotovelo 
atingem uma posição de máximo contato (a posição de 
máximo contato da superfície articular e de apoio liga-
mentar) no mesmo ponto na amplitude de movimento. A 
posição de máximo contato para a articulação umerorradial 
é alcançada quando o antebraço está flexionado em 80° e 
10°–25°
FIGURA 5.17 Na posição estendida, a ulna e o úmero formam o 
ângulo de transporte por causa da assimetria na tróclea. O ângulo de 
transporte é medido como o ângulo entre uma linha que descreve o 
eixo longitudinal da ulna e uma linha que descreve o eixo longitudi-
nal do úmero. O ângulo varia de 10° a 25°.
Úmero
Ulna
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As limitações da flexão
• contato das massas musculares 
anteriores do braço
• Contato ósseo
• Cápsula posterior
• Músculos extensores
As limitações da extensão
• Impacto ósseo
• tensão na parte anterior da 
cápsula articular
• resistência dos músculos 
flexores
Flexores do cotovelo
158 SEÇÃO II Anatomia funcional
(3). Esse músculo se divide em três partes: cabeça longa, 
cabeça medial e cabeça curta. Dessas três partes, apenas a 
cabeça longa cruza a articulação do ombro, o que torna 
o músculo parcialmente dependente da posição do ombro 
para sua eficácia. A cabeça longa é a menos ativa do tríceps. 
Contudo, pode ficar muito mais envolvida com a flexão do 
ombro quando sua inserção neste é tensionada.
A cabeça medial do tríceps braquial é considerada o 
“burro de carga” do movimento de extensão, porque essa 
parte está ativa em todas as posições, em todas as velocida-
des e contra resistência máxima ou mínima. A cabeça curta 
do tríceps braquial, embora seja a mais forte das três cabe-
ças, fica relativamente inativa a menos que o movimento 
ocorra contra resistência (73). O rendimento do tríceps 
braquial não é influenciado pelas posições de pronação e 
supinação do antebraço.
O grupo muscular flexor-pronador medial, com origem 
no epicôndilo medial, é formado pelo pronador redondo e 
por três músculos do punho (flexor radial do carpo, flexor 
ulnar do carpo, palmar longo). O pronador redondo e os 
três músculos do punho ajudam na flexão do cotovelo, e o 
pronador redondo e o pronador quadrado, mais distal, são 
responsáveis essencialmente pela pronação do antebraço. O 
Biceps brachii 
Brachialis
Brachioradialis
Bíceps braquial
Braquial
 Braquiorradial
FIGURA 5.20 Linha de ação dos três músculos do antebraço. O 
braquial é um músculo grande, mas tem o menor braço do momento, 
resultando na menor vantagem mecânica. O bíceps braquial também 
possui uma grande secção transversal e um braço do momento mais 
longo, mas o braquiorradial, com sua menor secção transversal, tem o 
maior braço do momento, o que lhe dá a melhor vantagem mecânica 
nessa posição.
FIGURA 5.21 Na posição de pronação do antebraço, a inserção do 
bíceps braquial ao rádio fica torcida por baixo desse osso. Essa posi-
ção interfere com a ação de produção de flexão pelo bíceps braquial, 
músculo que é mais eficiente na produção de flexão quando o ante-
braço está supinado e o tendão não está torcido por baixo do rádio.
pronador quadrado é mais ativo, independentemente da 
posição do antebraço, seja a atividade lenta ou rápida, esteja 
trabalhando contra resistência ou não. O pronador redondo 
é solicitado para maior atividade quando a ação de prona-
ção se torna rápida ou contra uma carga alta. O pronador 
redondo é mais ativo em 60° de flexão do antebraço (74).
O grupo muscular final no cotovelo é formado pelos 
músculos extensores-supinadores, com origem no epicôn-
dilo lateral, consistindo no supinador e em três músculos 
do punho (extensor ulnar do carpo, extensor radial longo 
do carpo e extensor radial curto do carpo). Os músculos do 
punho podem ajudar na flexão do cotovelo. A supinação 
é produzida pelo músculo supinador e, sob circunstâncias 
especiais, pelo bíceps braquial. O supinador é o único mús-
culo a contribuir para uma ação de supinação lenta e sem 
resistência em todas as posições do antebraço. O bíceps 
braquial pode supinar durante movimentos rápidos ou em 
repouso quando o cotovelo está flexionado. A ação de fle-
xão do bíceps braquial é neutralizada por ações do tríceps 
braquial, permitindo contribuição à ação de supinação. 
Numa flexão de 90°, o bíceps braquial se transforma num 
supinador bastante efetivo.
Muitos dos músculos com ação na articulação do coto-
velo criam movimentos variados e um grande número de 
músculos biarticulares também gera movimentos em duas 
articulações. Quando um movimento isolado é desejado, 
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Maior vantagem mecânica a 120 
graus
- Maior momento de força (tamanho 
dos braços de alavanca de cada 
músculo.)
Ação maior com 
antebraço supinado
Ação maior com 
antebraço pronado
Ação maior com 
antebraço semi pronado
Os músculos da flexão
• Braquial: Exclusivamente flexor
Braquiorradial: Principal na flexão
Secundário na pronosupinação
O- superficie anterior do umero – região distal
I- Tuberosidade da ulna
O- crista supracondilar lateral do úmero
I- Processo estilóide do rádio
Os músculos da flexão
Bíceps Braquial
Porção longa Porção curta
O- processo coracoide
I- tubeosidade do radio
O- tuberculo supraglenoide
I- tubeosidade do radio
Flexores do cotovelo
Os músculos da extensão
Tríceps Braquial
Porção longa
Porção média
+ trabalha
Porção lateral
Os músculos da extensão
Porção longa
Porção média
Porção lateral
O- dois tercos distais das 
superficies medial e 
posterior do umero
O- tuberculo infraglenoide
O- superficie lateral e 
posterior da metade 
proximal do umero
I- superf. Posterior processo do olecrano da 
ulna 
Os músculos da extensãoOs músculos pronadores
- Pronador redondo
O: Epicôndilo medial do 
úmero
I: superfície mediolateral
do rádio
- Pronador quadrado (+efetivo)
o: Superfície anterior distal 
da ulna 
I: superfície anterior 
distal do rádio
Os músculos supinadores
- Supinador
O: Epicôndilo lateral do 
úmero 
I: área lateral superior do 
rádio
OBS: Em uma flexão de 90°, o bíceps 
braquial se transforma num supinador 
bastante efetivo. 
Estabilizadores
1. ligamentos (LCU e LCR)
2. Tríceps
3. Bíceps
4. Braquial
5. Braquiorradial
Pronação e Supinação
Cotovelo a 90°
supinação
pronação
Posição 
intermédia
Pronação e supinação
Supinação
85 graus
Pronação
70 graus
• supinador
• bíceps braquial
• pronador quadrado
• pronador redondo
Os músculos supinadores são mais potentes que os pronadores
Amplitude de movimentação
Extensão: 0° (5 a 10° hiperextensão)
Flexão: 145° a 160°
162 SEÇÃO II Anatomia funcional
 Trapezoide
 Trapézio
 Escafoide
 Rádio
Articulação interfalângica 
distal (IFD)
Articulação interfalângica 
proximal (IFP)
Articulação 
metacarpofalângica 
(MCF)
Capitato
Hamato
Piramidal
Semilunar
Ulna
FIGURA 5.23 O punho e a mão podem realizar movimentos de 
precisão e também de força por causa das numerosas articulações 
controladas por um grande número de músculos. A maior parte des-
ses músculos tem como origem o antebraço, ingressando na mão por 
seus tendões.
Lig. transverso do metacarpo
 
 Placa palmar
Pisiforme
Lig. colateral ulnar
U
ln
a
R
ád
io
Lig. radiocarpal palmar
Escafoide
Trapézio
Cabeça do 
capitato
Lig. intercarpal palmar
ASPECTO PALMAR
Lig. colateral ulnar
Lig. radiocarpal dorsal
Lig. intercarpal dorsalTrapézio
Lig. 
colateral radial
R
ád
io
U
ln
a
ASPECTO DORSAL
FIGURA 5.24 Ligamentos do punho e da mão.
os ossos carpais, estando separada por um disco fibrocarti-
laginoso. Esse arranjo é importante para que a ulna possa 
deslizar sobre o disco em pronação e supinação, ao mesmo 
tempo em que não influencia os movimentos do punho 
ou dos ossos carpais.
Articulações mediocarpais e intercarpais
Para compreender a função da articulação radiocarpal, é 
necessário examinar a estrutura e a função nas articulações 
entre os ossos carpais. Há duas fileiras de ossos carpais, a 
fileira proximal, contendo os três carpais que participam 
do funcionamento da articulação radiocarpal (semilunar, 
escafoide e piramidal) e o osso pisiforme, que se assenta 
no lado medial da mão e se presta à inserção muscular. Na 
fileira distal, há também quatro ossos carpais, o trapézio, 
que faz interface com o polegar na articulação selar, o 
trapezoide, o capitato e o hamato.
A articulação situada entre as duas fileiras de ossos car-
pais é chamada articulação mediocarpal, e a articulação 
situada entre um par de ossos carpais é conhecida como 
articulação intercarpal. Todas essas articulações são do 
tipo deslizante, em que movimentos de translação são 
gerados simultaneamente com movimentos do punho. 
Tendões dos fls. 
superficiais dos dedos
Tendões dos fls. 
profundos dos dedos
Lumbricais
Tendão do fl. 
longo do 
polegar
Adut. do polegar
Fl. curto do polegar
Abd. curto do polegar
Oponente do polegar
Músculos tenares: Tendão do palmar 
longo
Retináculo 
dos flexores
Palmar curto
Abd. do dedo mínimo
Fl. do dedo mínimo
Oponente do 
dedo mínimo
FIGURA 5.25 Músculos do punho e da mão. Juntamente com a 
inserção e a inervação, os músculos responsáveis pelos movimentos 
observados (MP) e os músculos auxiliares (Aux.) são apresentados na 
Figura 5.28.
 Hamill 05.indd 162 29/1/16 2:07 PM
Flexão do punho: 
70 a 90 graus
Extensão do punho:
70 a 80 graus
Flexão radial: 15 a 
20 graus
Flexão ulnar:
30 a 40 graus
Ossos do carpo
162 SEÇÃO II Anatomia funcional
 Trapezoide
 Trapézio
 Escafoide
 Rádio
Articulação interfalângica 
distal (IFD)
Articulação interfalângica 
proximal (IFP)
Articulação 
metacarpofalângica 
(MCF)
Capitato
Hamato
Piramidal
Semilunar
Ulna
FIGURA 5.23 O punho e a mão podem realizar movimentos de 
precisão e também de força por causa das numerosas articulações 
controladas por um grande número de músculos. A maior parte des-
ses músculos tem como origem o antebraço, ingressando na mão por 
seus tendões.
Lig. transverso do metacarpo
 
 Placa palmar
Pisiforme
Lig. colateral ulnar
U
ln
a
R
ád
io
Lig. radiocarpal palmar
Escafoide
Trapézio
Cabeça do 
capitato
Lig. intercarpal palmar
ASPECTO PALMAR
Lig. colateral ulnar
Lig. radiocarpal dorsal
Lig. intercarpal dorsalTrapézio
Lig. 
colateral radial
R
ád
io
U
ln
a
ASPECTO DORSAL
FIGURA 5.24 Ligamentos do punho e da mão.
os ossos carpais, estando separada por um disco fibrocarti-
laginoso. Esse arranjo é importante para que a ulna possa 
deslizar sobre o disco em pronação e supinação, ao mesmo 
tempo em que não influencia os movimentos do punho 
ou dos ossos carpais.
Articulações mediocarpais e intercarpais
Para compreender a função da articulação radiocarpal, é 
necessário examinar a estrutura e a função nas articulações 
entre os ossos carpais. Há duas fileiras de ossos carpais, a 
fileira proximal, contendo os três carpais que participam 
do funcionamento da articulação radiocarpal (semilunar, 
escafoide e piramidal) e o osso pisiforme, que se assenta 
no lado medial da mão e se presta à inserção muscular. Na 
fileira distal, há também quatro ossos carpais, o trapézio, 
que faz interface com o polegar na articulação selar, o 
trapezoide, o capitato e o hamato.
A articulação situada entre as duas fileiras de ossos car-
pais é chamada articulação mediocarpal, e a articulação 
situada entre um par de ossos carpais é conhecida como 
articulação intercarpal. Todas essas articulações são do 
tipo deslizante, em que movimentos de translação são 
gerados simultaneamente com movimentos do punho. 
Tendões dos fls. 
superficiais dos dedos
Tendões dos fls. 
profundos dos dedos
Lumbricais
Tendão do fl. 
longo do 
polegar
Adut. do polegar
Fl. curto do polegar
Abd. curto do polegar
Oponente do polegar
Músculos tenares: Tendão do palmar 
longo
Retináculo 
dos flexores
Palmar curto
Abd. do dedo mínimo
Fl. do dedo mínimo
Oponente do 
dedo mínimo
FIGURA 5.25 Músculos do punho e da mão. Juntamente com a 
inserção e a inervação, os músculos responsáveis pelos movimentos 
observados (MP) e os músculos auxiliares (Aux.) são apresentados na 
Figura 5.28.
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Articulação carpometacarpica
Primeiro raio:
Flexão e extensão: 
50 a 80 graus
Abdução e adução: 
40 a 80 graus
Rotação:
10 a 15 graus
Oponência: 90 
graus
Articulação carpometacarpica
169CAPÍTULO 5 Anatomia funcional do membro superior
dos músculos do punho que se inserem nos epicôndilos 
medial e lateral. Epicondilite medial ou lateral também 
pode ser decorrente desse uso excessivo. Epicondilite 
medial está associada ao uso excessivo dos flexores do 
punho, enquanto a epicondilite lateral está associada ao 
uso excessivo dos extensores do punho.
Uma lesão por uso excessivo causadora de incapacita-
ção é a síndrome do túnel do carpo. Depois das lesões 
lombares, a síndrome do túnel do carpo é uma das lesões 
de trabalho mais frequentes comunicadas pela profissão 
médica. O assoalho e as laterais do túnel do carpo são 
formados pelos ossos carpais, e o teto do túnel é formado 
pelo ligamento transverso. Avançando através desse túnel, 
encontram-se todos os tendões flexores do punho e o 
nervo mediano (Fig. 5.29). Por meio de ações repetitivas 
no punho, comumente a flexão repetida, os tendões fle-
xores do punho podem ficar inflamados, até o ponto em 
que passa a haver pressão e constrição do nervo mediano. 
O nervo mediano inerva o lado radial da mão, especifi-
camente os músculos tenares do polegar. A compressão 
desse nervo pode causar dor, atrofia dos músculos tenares 
e sensações de formigamento no lado radial da mão.
Para eliminar esse distúrbio, a origem da irritação precisaser removida pelo exame do ambiente de trabalho; pode-se 
aplicar um dispositivo para estabilização do punho, com 
o objetivo de reduzir a magnitude das forças flexoras; ou 
pode-se tentar uma descompressão cirúrgica. É recomen-
dável que o punho seja mantido na posição neutra durante 
a realização de tarefas no local de trabalho, para que seja 
evitada a síndrome do túnel do carpo.
Lesões do nervo ulnar também podem resultar em perda 
da função no lado ulnar da mão, especificamente os dedos 
anular e mínimo. A lesão desse nervo pode ocorrer como 
resultado de traumatismo no cotovelo ou na região do 
ombro. Neuropatia ulnar está associada a atividades como 
o ciclismo (56).
Contribuição da musculatura dos
membros superiores para habilidades 
esportivas ou movimentos
Para que seja completamente estimada a contribuição 
de um músculo ou grupo muscular para determinada ati-
vidade, essa atividade ou movimento de interesse deve ser 
avaliado e estudado. Isso nos fará compreender o aspecto 
funcional do movimento, dará ideias para treinamento e 
condicionamento da musculatura apropriada e permitirá 
melhor compreensão dos locais lesionados e dos mecanis-
mos de lesão. Os músculos dos membros superiores são 
importantes para a realização de muitas atividades do dia 
a dia. Por exemplo, o impulso para cima, para levantar-se 
de uma cadeira ou de uma cadeira de rodas faz incidir 
uma carga tremenda nos músculos do membro superior, 
pois o indivíduo sustenta todo o peso do corpo durante 
uma transferência da posição sentada para a posição em pé 
(5,25). Se a pessoa simplesmente fizer uma flexão para sair 
de uma cadeira, ou da cadeira de rodas, o principal mús-
culo utilizado será o tríceps braquial, seguido pelo peitoral 
maior, com mínima contribuição do latíssimo do dorso. 
Os músculos dos membros superiores contribuem de 
maneira importante para diversas atividades físicas. Por 
exemplo, na natação em estilo livre (ou crawl), as forças 
propulsivas são geradas pelo movimento do braço na água. 
A rotação medial e a adução são os principais movimen-
tos na fase de propulsão da natação e utilizam os múscu-
los latíssimo do dorso, redondo maior e peitoral maior 
(55,61). Do mesmo modo, quando o braço é retirado da 
água na preparação para outra braçada, os músculos ati-
vos são o supraespinal e o infraespinal (abdução e rotação 
lateral do úmero), parte acromial do deltoide (abdução) 
e serrátil anterior (muito ativo no levantamento da mão, 
ao fazer rotação da escápula). A natação incorpora muitas 
ações dos músculos dos membros superiores. 
Já foi publicada uma revisão mais aprofundada da ati-
vidade muscular para movimentos de arremesso por cima 
da cabeça e para o swing no golfe. Estes são exemplos de 
uma descrição anatômica funcional de um movimento, 
tendo sido selecionados sobretudo com base na pesquisa 
eletromiográfica. Inicialmente, dividimos cada atividade 
em fases. Em seguida, descrevemos o nível de atividade no 
músculo como de pouca atividade, de atividade moderada 
ou de atividade intensa. Finalmente, identificamos a ação 
do músculo, juntamente com o movimento que o músculo 
esteja gerando concentricamente ou controlando excentri-
camente. É importante perceber que esses exemplos não 
incluem todos os músculos que possam estar ativos nessas 
atividades, mas apenas os músculos que oferecem maior 
contribuição.
ARREMESSO POR CIMA DA CABEÇA
O arremesso implica em grande tensão incidente na 
articulação do ombro e exige ação muscular significativa 
do membro superior para controle e contribuição ao movi-
Retináculo dos 
músculos flexores
Tendões 
flexores
Artéria e 
nervo ulnares
Pisiforme
Piramidal
Capitato Semilunar
Escafoide
TÚNEL DO CARPO
Trapézio
N. mediano
FIGURA 5.29 O assoalho e laterais do túnel do carpo são forma-
dos pelos carpais, enquanto o teto do túnel está revestido por liga-
mento e pelo retináculo dos músculos flexores. No interior do túnel, 
situam-se os tendões flexores do punho e o nervo mediano. O uso 
excessivo dos flexores do punho pode fazer o nervo mediano ficar 
comprimido, causando a síndrome do túnel do carpo.
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162 SEÇÃO II Anatomia funcional
 Trapezoide
 Trapézio
 Escafoide
 Rádio
Articulação interfalângica 
distal (IFD)
Articulação interfalângica 
proximal (IFP)
Articulação 
metacarpofalângica 
(MCF)
Capitato
Hamato
Piramidal
Semilunar
Ulna
FIGURA 5.23 O punho e a mão podem realizar movimentos de 
precisão e também de força por causa das numerosas articulações 
controladas por um grande número de músculos. A maior parte des-
ses músculos tem como origem o antebraço, ingressando na mão por 
seus tendões.
Lig. transverso do metacarpo
 
 Placa palmar
Pisiforme
Lig. colateral ulnar
U
ln
a
R
ád
io
Lig. radiocarpal palmar
Escafoide
Trapézio
Cabeça do 
capitato
Lig. intercarpal palmar
ASPECTO PALMAR
Lig. colateral ulnar
Lig. radiocarpal dorsal
Lig. intercarpal dorsalTrapézio
Lig. 
colateral radial
R
ád
io
U
ln
a
ASPECTO DORSAL
FIGURA 5.24 Ligamentos do punho e da mão.
os ossos carpais, estando separada por um disco fibrocarti-
laginoso. Esse arranjo é importante para que a ulna possa 
deslizar sobre o disco em pronação e supinação, ao mesmo 
tempo em que não influencia os movimentos do punho 
ou dos ossos carpais.
Articulações mediocarpais e intercarpais
Para compreender a função da articulação radiocarpal, é 
necessário examinar a estrutura e a função nas articulações 
entre os ossos carpais. Há duas fileiras de ossos carpais, a 
fileira proximal, contendo os três carpais que participam 
do funcionamento da articulação radiocarpal (semilunar, 
escafoide e piramidal) e o osso pisiforme, que se assenta 
no lado medial da mão e se presta à inserção muscular. Na 
fileira distal, há também quatro ossos carpais, o trapézio, 
que faz interface com o polegar na articulação selar, o 
trapezoide, o capitato e o hamato.
A articulação situada entre as duas fileiras de ossos car-
pais é chamada articulação mediocarpal, e a articulação 
situada entre um par de ossos carpais é conhecida como 
articulação intercarpal. Todas essas articulações são do 
tipo deslizante, em que movimentos de translação são 
gerados simultaneamente com movimentos do punho. 
Tendões dos fls. 
superficiais dos dedos
Tendões dos fls. 
profundos dos dedos
Lumbricais
Tendão do fl. 
longo do 
polegar
Adut. do polegar
Fl. curto do polegar
Abd. curto do polegar
Oponente do polegar
Músculos tenares: Tendão do palmar 
longo
Retináculo 
dos flexores
Palmar curto
Abd. do dedo mínimo
Fl. do dedo mínimo
Oponente do 
dedo mínimo
FIGURA 5.25 Músculos do punho e da mão. Juntamente com a 
inserção e a inervação, os músculos responsáveis pelos movimentos 
observados (MP) e os músculos auxiliares (Aux.) são apresentados na 
Figura 5.28.
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Articulação metacarpofalângicas
Flexão: 
70 a 90 graus
OBS: 
dedo mínimo maior
Indicador menor 
Extensão:
25 graus
OBS: Limitada devido a 
extensão do punho
Aumenta com a flexão 
do punho 
162 SEÇÃO II Anatomia funcional
 Trapezoide
 Trapézio
 Escafoide
 Rádio
Articulação interfalângica 
distal (IFD)
Articulação interfalângica 
proximal (IFP)
Articulação 
metacarpofalângica 
(MCF)
Capitato
Hamato
Piramidal
Semilunar
Ulna
FIGURA 5.23 O punho e a mão podem realizar movimentos de 
precisão e também de força por causa das numerosas articulações 
controladas por um grande número de músculos. A maior parte des-
ses músculos tem como origem o antebraço, ingressando na mão por 
seus tendões.
Lig. transverso do metacarpo
 
 Placa palmar
Pisiforme
Lig. colateral ulnar
U
ln
a
R
ád
io
Lig. radiocarpal palmar
Escafoide
Trapézio
Cabeça do 
capitato
Lig. intercarpal palmar
ASPECTO PALMAR
Lig. colateral ulnar
Lig. radiocarpal dorsal
Lig. intercarpal dorsalTrapézio
Lig. 
colateral radial
R
ád
io
U
ln
a
ASPECTO DORSAL
FIGURA 5.24 Ligamentos dopunho e da mão.
os ossos carpais, estando separada por um disco fibrocarti-
laginoso. Esse arranjo é importante para que a ulna possa 
deslizar sobre o disco em pronação e supinação, ao mesmo 
tempo em que não influencia os movimentos do punho 
ou dos ossos carpais.
Articulações mediocarpais e intercarpais
Para compreender a função da articulação radiocarpal, é 
necessário examinar a estrutura e a função nas articulações 
entre os ossos carpais. Há duas fileiras de ossos carpais, a 
fileira proximal, contendo os três carpais que participam 
do funcionamento da articulação radiocarpal (semilunar, 
escafoide e piramidal) e o osso pisiforme, que se assenta 
no lado medial da mão e se presta à inserção muscular. Na 
fileira distal, há também quatro ossos carpais, o trapézio, 
que faz interface com o polegar na articulação selar, o 
trapezoide, o capitato e o hamato.
A articulação situada entre as duas fileiras de ossos car-
pais é chamada articulação mediocarpal, e a articulação 
situada entre um par de ossos carpais é conhecida como 
articulação intercarpal. Todas essas articulações são do 
tipo deslizante, em que movimentos de translação são 
gerados simultaneamente com movimentos do punho. 
Tendões dos fls. 
superficiais dos dedos
Tendões dos fls. 
profundos dos dedos
Lumbricais
Tendão do fl. 
longo do 
polegar
Adut. do polegar
Fl. curto do polegar
Abd. curto do polegar
Oponente do polegar
Músculos tenares: Tendão do palmar 
longo
Retináculo 
dos flexores
Palmar curto
Abd. do dedo mínimo
Fl. do dedo mínimo
Oponente do 
dedo mínimo
FIGURA 5.25 Músculos do punho e da mão. Juntamente com a 
inserção e a inervação, os músculos responsáveis pelos movimentos 
observados (MP) e os músculos auxiliares (Aux.) são apresentados na 
Figura 5.28.
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Articulação metacarpofalângicas
Abdução: 
20 graus
OBS: 
Abdução limitada se os 
dedos estão em flexão. 
162 SEÇÃO II Anatomia funcional
 Trapezoide
 Trapézio
 Escafoide
 Rádio
Articulação interfalângica 
distal (IFD)
Articulação interfalângica 
proximal (IFP)
Articulação 
metacarpofalângica 
(MCF)
Capitato
Hamato
Piramidal
Semilunar
Ulna
FIGURA 5.23 O punho e a mão podem realizar movimentos de 
precisão e também de força por causa das numerosas articulações 
controladas por um grande número de músculos. A maior parte des-
ses músculos tem como origem o antebraço, ingressando na mão por 
seus tendões.
Lig. transverso do metacarpo
 
 Placa palmar
Pisiforme
Lig. colateral ulnar
U
ln
a
R
ád
io
Lig. radiocarpal palmar
Escafoide
Trapézio
Cabeça do 
capitato
Lig. intercarpal palmar
ASPECTO PALMAR
Lig. colateral ulnar
Lig. radiocarpal dorsal
Lig. intercarpal dorsalTrapézio
Lig. 
colateral radial
R
ád
io
U
ln
a
ASPECTO DORSAL
FIGURA 5.24 Ligamentos do punho e da mão.
os ossos carpais, estando separada por um disco fibrocarti-
laginoso. Esse arranjo é importante para que a ulna possa 
deslizar sobre o disco em pronação e supinação, ao mesmo 
tempo em que não influencia os movimentos do punho 
ou dos ossos carpais.
Articulações mediocarpais e intercarpais
Para compreender a função da articulação radiocarpal, é 
necessário examinar a estrutura e a função nas articulações 
entre os ossos carpais. Há duas fileiras de ossos carpais, a 
fileira proximal, contendo os três carpais que participam 
do funcionamento da articulação radiocarpal (semilunar, 
escafoide e piramidal) e o osso pisiforme, que se assenta 
no lado medial da mão e se presta à inserção muscular. Na 
fileira distal, há também quatro ossos carpais, o trapézio, 
que faz interface com o polegar na articulação selar, o 
trapezoide, o capitato e o hamato.
A articulação situada entre as duas fileiras de ossos car-
pais é chamada articulação mediocarpal, e a articulação 
situada entre um par de ossos carpais é conhecida como 
articulação intercarpal. Todas essas articulações são do 
tipo deslizante, em que movimentos de translação são 
gerados simultaneamente com movimentos do punho. 
Tendões dos fls. 
superficiais dos dedos
Tendões dos fls. 
profundos dos dedos
Lumbricais
Tendão do fl. 
longo do 
polegar
Adut. do polegar
Fl. curto do polegar
Abd. curto do polegar
Oponente do polegar
Músculos tenares: Tendão do palmar 
longo
Retináculo 
dos flexores
Palmar curto
Abd. do dedo mínimo
Fl. do dedo mínimo
Oponente do 
dedo mínimo
FIGURA 5.25 Músculos do punho e da mão. Juntamente com a 
inserção e a inervação, os músculos responsáveis pelos movimentos 
observados (MP) e os músculos auxiliares (Aux.) são apresentados na 
Figura 5.28.
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Articulação metacarpofalângicas
Flexão: 
30 a 90 graus
Extensão:
15 graus
162 SEÇÃO II Anatomia funcional
 Trapezoide
 Trapézio
 Escafoide
 Rádio
Articulação interfalângica 
distal (IFD)
Articulação interfalângica 
proximal (IFP)
Articulação 
metacarpofalângica 
(MCF)
Capitato
Hamato
Piramidal
Semilunar
Ulna
FIGURA 5.23 O punho e a mão podem realizar movimentos de 
precisão e também de força por causa das numerosas articulações 
controladas por um grande número de músculos. A maior parte des-
ses músculos tem como origem o antebraço, ingressando na mão por 
seus tendões.
Lig. transverso do metacarpo
 
 Placa palmar
Pisiforme
Lig. colateral ulnar
U
ln
a
R
ád
io
Lig. radiocarpal palmar
Escafoide
Trapézio
Cabeça do 
capitato
Lig. intercarpal palmar
ASPECTO PALMAR
Lig. colateral ulnar
Lig. radiocarpal dorsal
Lig. intercarpal dorsalTrapézio
Lig. 
colateral radial
R
ád
io
U
ln
a
ASPECTO DORSAL
FIGURA 5.24 Ligamentos do punho e da mão.
os ossos carpais, estando separada por um disco fibrocarti-
laginoso. Esse arranjo é importante para que a ulna possa 
deslizar sobre o disco em pronação e supinação, ao mesmo 
tempo em que não influencia os movimentos do punho 
ou dos ossos carpais.
Articulações mediocarpais e intercarpais
Para compreender a função da articulação radiocarpal, é 
necessário examinar a estrutura e a função nas articulações 
entre os ossos carpais. Há duas fileiras de ossos carpais, a 
fileira proximal, contendo os três carpais que participam 
do funcionamento da articulação radiocarpal (semilunar, 
escafoide e piramidal) e o osso pisiforme, que se assenta 
no lado medial da mão e se presta à inserção muscular. Na 
fileira distal, há também quatro ossos carpais, o trapézio, 
que faz interface com o polegar na articulação selar, o 
trapezoide, o capitato e o hamato.
A articulação situada entre as duas fileiras de ossos car-
pais é chamada articulação mediocarpal, e a articulação 
situada entre um par de ossos carpais é conhecida como 
articulação intercarpal. Todas essas articulações são do 
tipo deslizante, em que movimentos de translação são 
gerados simultaneamente com movimentos do punho. 
Tendões dos fls. 
superficiais dos dedos
Tendões dos fls. 
profundos dos dedos
Lumbricais
Tendão do fl. 
longo do 
polegar
Adut. do polegar
Fl. curto do polegar
Abd. curto do polegar
Oponente do polegar
Músculos tenares: Tendão do palmar 
longo
Retináculo 
dos flexores
Palmar curto
Abd. do dedo mínimo
Fl. do dedo mínimo
Oponente do 
dedo mínimo
FIGURA 5.25 Músculos do punho e da mão. Juntamente com a 
inserção e a inervação, os músculos responsáveis pelos movimentos 
observados (MP) e os músculos auxiliares (Aux.) são apresentados na 
Figura 5.28.
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Articulação Interfalângicas
Flexão IFP: 
110 graus
Flexão IFD: 
90 graus
Flexão IF polegar:
83 graus
164 SEÇÃO II Anatomia funcional
Os dedos podem se flexionar entre 70 e 90°; a maior 
flexão ocorre no dedo mínimo e a menor flexão ocorre no 
dedo indicador (73). A flexão, que determina a força de 
preensão, pode ser mais efetiva e gerar mais força quando 
a articulação radiocarpal é mantida em 20 a 30° de hipe-
rextensão, uma posição que aumenta o comprimento dos 
flexores dos dedos.
A extensão dos dedos nas articulações MCF podeocor-
rer ao longo de aproximadamente 25° de movimento. A 
extensão pode ficar limitada pela posição do punho. Ou 
seja, a extensão dos dedos limita-se com o punho em hipe-
rextensão e aumenta com o punho em flexão.
Os dedos se separam em abdução e voltam a se unir em 
adução na articulação MCF. São permitidos cerca de 20° de 
abdução e adução (82). A abdução fica extremamente limi-
tada se os dedos estiverem flexionados, pois nessa posição 
os ligamentos colaterais ficam muito tensionados e limitam 
esse movimento. Portanto, os dedos podem ser abdu zidos 
quando estão estendidos, mas não podem ser abduzi-
dos nem aduzidos quando flexionados em torno do objeto.
A articulação MCF para o polegar é uma articulação em 
gínglimo que permite movimento em apenas um plano. A 
articulação é reforçada com ligamentos colaterais e com 
os ligamentos palmares, mas não está conectada com os 
demais dedos por meio dos ligamentos metacarpais trans-
versos profundos. Nessa articulação, podem ocorrer apro-
ximadamente 30 a 90° de flexão e 15° de extensão (82).
Articulações interfalângicas da mão
As articulações mais distais na interligação do membro 
superior são as articulações interfalângicas da mão (IF). 
Cada dedo possui duas articulações IF, as articulações 
interfalângicas proximais (IFP) e as articulações inter-
falângicas distais (IFD). O polegar possui uma articulação 
IF e, consequentemente, possui apenas duas seções ou 
falanges, as falanges proximal e distal. Contudo, os demais 
dedos possuem três falanges – proximal, média e distal. As 
articulações IF são articulações em gínglimo que permitem 
movimentos em apenas um plano (flexão e extensão) e 
são reforçadas nas laterais das articulações por ligamentos 
colaterais que limitam os demais movimentos. A amplitude 
de movimento dos dedos em flexão é de 110° na articu-
lação IFP e de 90° na articulação IFD e na articulação IF 
do polegar (82,89).
Como ocorre com a articulação MCF, a força de flexão 
nessas articulações determina a força de preensão. Essa 
força pode ser aumentada com o punho em hiperextensão 
de 20°, ficando diminuída se o punho estiver flexionado. 
Podem ser obtidas diversas posições dos dedos por meio 
de ações antagônicas e sinérgicas de outros músculos, de 
maneira que todos os dedos podem ser flexionados e esten-
didos ao mesmo tempo. Também pode ocorrer extensão 
da articulação MCF com flexão da articulação IF, e vice-
-versa. Habitualmente, não é permitida a hiperextensão nas 
articulações IF, a menos que o indivíduo possua ligamentos 
longos, que permitam extensão por causa da frouxidão 
articular.
MOVIMENTOS COMBINADOS 
DO PUNHO E DA MÃO
A posição do punho influencia a posição das articulações 
metacarpais, e estas influenciam a posição das articulações 
IF. Isso depende de um equilíbrio entre os grupos mus-
culares. Habitualmente os movimentos do punho são o 
inverso dos movimentos dos dedos, porque os tendões 
dos músculos extrínsecos não são suficientemente longos 
para permitir o arco completo do movimento no punho e 
nos dedos (76,77). Assim, em geral a flexão completa dos 
dedos será possível apenas se o punho estiver em ligeira 
extensão, e a extensão dos dedos é facilitada com a ação 
sinergética dos extensores do punho.
AÇÕES MUSCULARES
Em sua maioria, os músculos atuantes nas articulações 
radiocarpal e dos dedos têm origem fora da mão, na região 
da articulação do cotovelo; por isso, são chamados múscu-
los extrínsecos (veja a Fig. 5.25). Esses músculos ingressam 
na mão por seus tendões, que podem ser bastante longos, 
como é o caso de alguns tendões dos dedos que acabam 
terminando na extremidade distal de um dedo. Os tendões 
são mantidos no lugar sobre a área dorsal e palmar do 
punho por retináculos de extensores e de flexores. Esses 
retináculos são faixas de tecido fibroso dispostas transver-
salmente ao antebraço distal e ao punho e que mantêm os 
tendões junto à articulação. Durante os movimentos do 
punho e dos dedos, os tendões se deslocam ao longo de 
distâncias consideráveis, mas ainda ficam contidos pelos 
retináculos. Trinta e nove músculos atuam no punho e na 
mão, e nenhum desses músculos trabalha sozinho; anta-
gonistas e agonistas trabalham em pares. Mesmo o menor 
e mais simples movimento depende da ação de agonistas 
e antagonistas (76). Os músculos extrínsecos propiciam 
força e destreza consideráveis aos dedos, sem aumentar o 
volume muscular na mão.
Além dos músculos com origem no antebraço, músculos 
intrínsecos com origem na mão criam movimentos nas 
articulações MCF e IF. Os quatro músculos intrínsecos 
do polegar formam a região carnosa na palma, conhe-
cida como eminência tenar. Três músculos intrínsecos do 
dedo mínimo formam a eminência hipotenar (de menores 
proporções), a crista carnosa no lado da palma da mão 
referente ao dedo mínimo.
Os flexores do punho (flexor ulnar do carpo, flexor 
radial do carpo e palmar longo) são, todos, músculos fusi-
formes com origem nas adjacências do epicôndilo medial 
no úmero. Esses músculos avançam por cerca de meio-
-caminho ao longo do antebraço, antes de terem conti-
nuidade na forma de um tendão. Os músculos flexor radial 
do carpo e flexor ulnar do carpo dão a maior contribuição 
para a flexão do punho. O músculo palmar longo é variável, 
podendo ser tão pequeno como um tendão ou nem mesmo 
estar presente em cerca de 13% da população (73). O flexor 
mais forte do grupo, o flexor ulnar do carpo, adquire parte 
de sua potência por envolver o osso pisiforme e por utilizá-
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Músculos do punho e da mão
Musculatura intrínseca: movimentos das 
articulações MCF e IF
Musculatura extrínseca: Os ventres musculares 
estão no antebraço. Grande tendões chegam ao 
punho e a mão.
Músculos flexores do punho
Flexor ulnar do carpo:
+ forte
Flexor radial do carpo
Palmar longo:
Menos influente
Músculos extensores do punho
(Biarticulados)
Extensor ulnar do carpo:
(Influencia a extensão cotovelo)
Extensor radial Longo do carpo
(Influencia a flexão cotovelo)
Extensor radial curto do carpo
(Influencia a flexão cotovelo)
165CAPÍTULO 5 Anatomia funcional do membro superior
-lo como osso sesamoide, aumentando o ganho mecânico 
e reduzindo a tensão total incidente sobre o tendão. Tendo 
em vista que a maioria das atividades necessita do uso de 
pequeno grau de flexão do punho, sempre devemos dar 
atenção ao condicionamento desse grupo muscular.
Os extensores do punho (extensor ulnar do carpo, 
extensor radial longo do carpo e extensor radial curto do 
carpo) se originam nas adjacências do epicôndilo lateral. 
Esses músculos se transformam em tendões num ponto 
situado cerca de um terço do trajeto ao longo do ante-
braço. Os extensores do punho também atuam e criam 
movimento na articulação do cotovelo. Assim, a posição 
da articulação do cotovelo é importante para a função dos 
extensores do punho. Os músculos extensor radial longo 
do carpo e extensor radial curto do carpo criam flexão na 
articulação do cotovelo e, portanto, podem ser reforçados 
como extensores do punho na extensão do cotovelo. O 
extensor ulnar do carpo cria extensão no cotovelo, sendo 
reforçado como extensor do punho na posição de flexão 
do cotovelo. Do mesmo modo, a extensão do punho é 
uma ação importante que acompanha e dá apoio às ações 
de preensão que usam a flexão dos dedos. Portanto, os 
músculos extensores do punho participam de forma ativa 
nessa atividade.
Os flexores e extensores do punho atuam de forma con-
junta para a produção de flexão ulnar e radial. A flexão 
ulnar é produzida pelos músculos ulnares do punho, que 
são o flexor ulnar do carpo e o extensor ulnar do carpo. Do 
mesmo modo, a flexão radial é produzida pelo flexor radial 
do carpo, extensor radial longo do carpo e extensor radial 
curto do carpo. O movimento articular de flexão radial, 
embora tenha metade da amplitude de movimento da fle-
xão ulnar, é importante em muitos esportes de raquete por 
criar a posição de máximo contato do punho e promover,assim, a estabilização da mão (82).
A flexão dos dedos é realizada principalmente pelo flexor 
profundo dos dedos e pelo flexor superficial dos dedos. 
Esses músculos extrínsecos têm origem nas adjacências 
do epicôndilo medial. O flexor profundo dos dedos não 
pode flexionar independentemente cada dedo. Portanto, 
em geral, a flexão nos dedos médio, anular e mínimo ocor-
rerá de forma conjunta, pois os tendões flexores surgem, 
todos, de um tendão e músculo comuns. Contudo, o dedo 
indicador pode flexionar de modo independente por causa 
da separação do músculo flexor profundo dos dedos e do 
tendão para esse dedo.
O flexor superficial dos dedos é capaz de flexionar de 
modo independente cada dedo da mão. Os dedos podem 
ser flexionados de modo independente na articulação IFP, 
mas não na articulação IFD. A flexão do dedo mínimo 
é também auxiliada por um dos músculos intrínsecos, o 
flexor curto do dedo mínimo. A flexão dos dedos na articu-
lação metacarpofalângica é gerada pelos lumbricais e inte-
rósseos, dois grupos de músculos intrínsecos situados na 
palma da mão e entre os metacarpais. Esses músculos tam-
bém promovem extensão nas articulações interfalângicas, 
pois se inserem no capuz extensor fibroso que avança ao 
longo da superfície dorsal dos dedos. Consequentemente, 
para obter uma flexão completa das articulações MCF, IFP 
e IFD, os flexores longos dos dedos devem sobrepassar o 
componente de extensão dos lumbricais e interósseos, o 
que fica facilitado se a tensão for retirada dos extensores 
por alguma extensão do punho.
A extensão dos dedos é criada principalmente pelo mús-
culo extensor dos dedos. Esse músculo tem origem no 
epicôndilo lateral e ingressa na mão na forma de quatro 
tiras de tendão que se ramificam na articulação metacarpo-
falângica. Os tendões criam uma tira principal que se insere 
no capuz extensor e duas tiras colaterais que se conectam a 
dedos adjacentes. O capuz extensor, formado pelo tendão 
do extensor dos dedos e por tecido conjuntivo fibroso, 
envolve a superfície dorsal das falanges e avança por todo 
o comprimento do dedo até a falange distal. As estruturas 
no dedo estão ilustradas na Figura 5.26.
Considerando que os lumbricais e interósseos se conec-
tam com esse capuz, eles também ajudam na extensão das 
articulações IFP e IFD. Suas ações são facilitadas quando 
o extensor dos dedos se contrai, aplicando tensão ao capuz 
extensor e alongando esses músculos (82).
A abdução dos dedos II, III e IV é realizada pelos inte-
rósseos dorsais. Os interósseos dorsais consistem em quatro 
músculos intrínsecos situados entre os metacarpais. Esses 
músculos se conectam às laterais dos dedos II e IV e a 
ambos os lados do dedo III. O dedo mínimo (dedo V) é 
abduzido por um dos seus músculos intrínsecos, o abdutor 
curto do dedo mínimo.
Os três interósseos palmares, situados no lado medial 
dos dedos II, IV e V, tracionam para trás os dedos num 
movimento de adução. O dedo médio é aduzido pelos 
interósseos dorsais, que estão conectados a ambos os lados 
do dedo médio. Os movimentos de abdução e adução são 
Tendão extensor 
dos dedos
M. interósseo
Metacarpal
M. lumbrical
Expansão dorsal 
(capuz)
Expansão 
extensora
Falange média
Falange distal
Tendão do flexor 
superficial 
dos dedos
Tendão do flexor 
profundo dos dedos
Ligamentos 
colaterais
VISTA 
DORSAL
VISTA 
LATERAL
FIGURA 5.26 Não há ventres musculares nos dedos. Na superfície 
dorsal dos dedos, existe a expansão extensora e o capuz extensor, 
nos quais se inserem os extensores dos dedos. Os tendões dos fle-
xores dos dedos avançam por sua superfície ventral. Os dedos se 
flexionam e se estendem ao ser gerada tensão nos tendões por meio 
da atividade muscular na parte superior do antebraço.
 Hamill 05.indd 165 29/1/16 2:07 PM
Principais músculos 
flexores dos dedos
Flexor profundo dos dedos:
Flexor superficial dos dedos:
Lumbricais e interóseos
(intrínsecos)
Principais músculos 
flexores dos dedos
165CAPÍTULO 5 Anatomia funcional do membro superior
-lo como osso sesamoide, aumentando o ganho mecânico 
e reduzindo a tensão total incidente sobre o tendão. Tendo 
em vista que a maioria das atividades necessita do uso de 
pequeno grau de flexão do punho, sempre devemos dar 
atenção ao condicionamento desse grupo muscular.
Os extensores do punho (extensor ulnar do carpo, 
extensor radial longo do carpo e extensor radial curto do 
carpo) se originam nas adjacências do epicôndilo lateral. 
Esses músculos se transformam em tendões num ponto 
situado cerca de um terço do trajeto ao longo do ante-
braço. Os extensores do punho também atuam e criam 
movimento na articulação do cotovelo. Assim, a posição 
da articulação do cotovelo é importante para a função dos 
extensores do punho. Os músculos extensor radial longo 
do carpo e extensor radial curto do carpo criam flexão na 
articulação do cotovelo e, portanto, podem ser reforçados 
como extensores do punho na extensão do cotovelo. O 
extensor ulnar do carpo cria extensão no cotovelo, sendo 
reforçado como extensor do punho na posição de flexão 
do cotovelo. Do mesmo modo, a extensão do punho é 
uma ação importante que acompanha e dá apoio às ações 
de preensão que usam a flexão dos dedos. Portanto, os 
músculos extensores do punho participam de forma ativa 
nessa atividade.
Os flexores e extensores do punho atuam de forma con-
junta para a produção de flexão ulnar e radial. A flexão 
ulnar é produzida pelos músculos ulnares do punho, que 
são o flexor ulnar do carpo e o extensor ulnar do carpo. Do 
mesmo modo, a flexão radial é produzida pelo flexor radial 
do carpo, extensor radial longo do carpo e extensor radial 
curto do carpo. O movimento articular de flexão radial, 
embora tenha metade da amplitude de movimento da fle-
xão ulnar, é importante em muitos esportes de raquete por 
criar a posição de máximo contato do punho e promover, 
assim, a estabilização da mão (82).
A flexão dos dedos é realizada principalmente pelo flexor 
profundo dos dedos e pelo flexor superficial dos dedos. 
Esses músculos extrínsecos têm origem nas adjacências 
do epicôndilo medial. O flexor profundo dos dedos não 
pode flexionar independentemente cada dedo. Portanto, 
em geral, a flexão nos dedos médio, anular e mínimo ocor-
rerá de forma conjunta, pois os tendões flexores surgem, 
todos, de um tendão e músculo comuns. Contudo, o dedo 
indicador pode flexionar de modo independente por causa 
da separação do músculo flexor profundo dos dedos e do 
tendão para esse dedo.
O flexor superficial dos dedos é capaz de flexionar de 
modo independente cada dedo da mão. Os dedos podem 
ser flexionados de modo independente na articulação IFP, 
mas não na articulação IFD. A flexão do dedo mínimo 
é também auxiliada por um dos músculos intrínsecos, o 
flexor curto do dedo mínimo. A flexão dos dedos na articu-
lação metacarpofalângica é gerada pelos lumbricais e inte-
rósseos, dois grupos de músculos intrínsecos situados na 
palma da mão e entre os metacarpais. Esses músculos tam-
bém promovem extensão nas articulações interfalângicas, 
pois se inserem no capuz extensor fibroso que avança ao 
longo da superfície dorsal dos dedos. Consequentemente, 
para obter uma flexão completa das articulações MCF, IFP 
e IFD, os flexores longos dos dedos devem sobrepassar o 
componente de extensão dos lumbricais e interósseos, o 
que fica facilitado se a tensão for retirada dos extensores 
por alguma extensão do punho.
A extensão dos dedos é criada principalmente pelo mús-
culo extensor dos dedos. Esse músculo tem origem no 
epicôndilo lateral e ingressa na mão na forma de quatro 
tiras de tendão que se ramificam na articulação metacarpo-
falângica. Os tendões criam uma tira principal que se insere 
no capuz extensor e duas tiras colaterais que se conectam a 
dedos adjacentes. O capuz extensor, formado pelo tendão 
do extensor dos dedos e por tecido conjuntivo fibroso, 
envolve a superfície dorsal das falanges e avança por todo 
o comprimento do dedo até a falange distal.As estruturas 
no dedo estão ilustradas na Figura 5.26.
Considerando que os lumbricais e interósseos se conec-
tam com esse capuz, eles também ajudam na extensão das 
articulações IFP e IFD. Suas ações são facilitadas quando 
o extensor dos dedos se contrai, aplicando tensão ao capuz 
extensor e alongando esses músculos (82).
A abdução dos dedos II, III e IV é realizada pelos inte-
rósseos dorsais. Os interósseos dorsais consistem em quatro 
músculos intrínsecos situados entre os metacarpais. Esses 
músculos se conectam às laterais dos dedos II e IV e a 
ambos os lados do dedo III. O dedo mínimo (dedo V) é 
abduzido por um dos seus músculos intrínsecos, o abdutor 
curto do dedo mínimo.
Os três interósseos palmares, situados no lado medial 
dos dedos II, IV e V, tracionam para trás os dedos num 
movimento de adução. O dedo médio é aduzido pelos 
interósseos dorsais, que estão conectados a ambos os lados 
do dedo médio. Os movimentos de abdução e adução são 
Tendão extensor 
dos dedos
M. interósseo
Metacarpal
M. lumbrical
Expansão dorsal 
(capuz)
Expansão 
extensora
Falange média
Falange distal
Tendão do flexor 
superficial 
dos dedos
Tendão do flexor 
profundo dos dedos
Ligamentos 
colaterais
VISTA 
DORSAL
VISTA 
LATERAL
FIGURA 5.26 Não há ventres musculares nos dedos. Na superfície 
dorsal dos dedos, existe a expansão extensora e o capuz extensor, 
nos quais se inserem os extensores dos dedos. Os tendões dos fle-
xores dos dedos avançam por sua superfície ventral. Os dedos se 
flexionam e se estendem ao ser gerada tensão nos tendões por meio 
da atividade muscular na parte superior do antebraço.
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Flexor profundo dos dedos:
Flexor superficial dos dedos:
Lumbricais e interóseos
(intrínsecos)
- Flexão MCF
Principais músculos 
flexores dos dedos
Flexor profundo dos dedos:
Flexor superficial dos dedos:
Lumbricais e interóseos
(intrínsecos)
- Flexão MCF
Flexor curto do 
dedo mínimo
Principais músculos 
extensores dos dedos
Extensores dos dedos
Extensor do dedo 
mínimo
Principais músculos 
extensores dos dedos
Extensores dos dedos
165CAPÍTULO 5 Anatomia funcional do membro superior
-lo como osso sesamoide, aumentando o ganho mecânico 
e reduzindo a tensão total incidente sobre o tendão. Tendo 
em vista que a maioria das atividades necessita do uso de 
pequeno grau de flexão do punho, sempre devemos dar 
atenção ao condicionamento desse grupo muscular.
Os extensores do punho (extensor ulnar do carpo, 
extensor radial longo do carpo e extensor radial curto do 
carpo) se originam nas adjacências do epicôndilo lateral. 
Esses músculos se transformam em tendões num ponto 
situado cerca de um terço do trajeto ao longo do ante-
braço. Os extensores do punho também atuam e criam 
movimento na articulação do cotovelo. Assim, a posição 
da articulação do cotovelo é importante para a função dos 
extensores do punho. Os músculos extensor radial longo 
do carpo e extensor radial curto do carpo criam flexão na 
articulação do cotovelo e, portanto, podem ser reforçados 
como extensores do punho na extensão do cotovelo. O 
extensor ulnar do carpo cria extensão no cotovelo, sendo 
reforçado como extensor do punho na posição de flexão 
do cotovelo. Do mesmo modo, a extensão do punho é 
uma ação importante que acompanha e dá apoio às ações 
de preensão que usam a flexão dos dedos. Portanto, os 
músculos extensores do punho participam de forma ativa 
nessa atividade.
Os flexores e extensores do punho atuam de forma con-
junta para a produção de flexão ulnar e radial. A flexão 
ulnar é produzida pelos músculos ulnares do punho, que 
são o flexor ulnar do carpo e o extensor ulnar do carpo. Do 
mesmo modo, a flexão radial é produzida pelo flexor radial 
do carpo, extensor radial longo do carpo e extensor radial 
curto do carpo. O movimento articular de flexão radial, 
embora tenha metade da amplitude de movimento da fle-
xão ulnar, é importante em muitos esportes de raquete por 
criar a posição de máximo contato do punho e promover, 
assim, a estabilização da mão (82).
A flexão dos dedos é realizada principalmente pelo flexor 
profundo dos dedos e pelo flexor superficial dos dedos. 
Esses músculos extrínsecos têm origem nas adjacências 
do epicôndilo medial. O flexor profundo dos dedos não 
pode flexionar independentemente cada dedo. Portanto, 
em geral, a flexão nos dedos médio, anular e mínimo ocor-
rerá de forma conjunta, pois os tendões flexores surgem, 
todos, de um tendão e músculo comuns. Contudo, o dedo 
indicador pode flexionar de modo independente por causa 
da separação do músculo flexor profundo dos dedos e do 
tendão para esse dedo.
O flexor superficial dos dedos é capaz de flexionar de 
modo independente cada dedo da mão. Os dedos podem 
ser flexionados de modo independente na articulação IFP, 
mas não na articulação IFD. A flexão do dedo mínimo 
é também auxiliada por um dos músculos intrínsecos, o 
flexor curto do dedo mínimo. A flexão dos dedos na articu-
lação metacarpofalângica é gerada pelos lumbricais e inte-
rósseos, dois grupos de músculos intrínsecos situados na 
palma da mão e entre os metacarpais. Esses músculos tam-
bém promovem extensão nas articulações interfalângicas, 
pois se inserem no capuz extensor fibroso que avança ao 
longo da superfície dorsal dos dedos. Consequentemente, 
para obter uma flexão completa das articulações MCF, IFP 
e IFD, os flexores longos dos dedos devem sobrepassar o 
componente de extensão dos lumbricais e interósseos, o 
que fica facilitado se a tensão for retirada dos extensores 
por alguma extensão do punho.
A extensão dos dedos é criada principalmente pelo mús-
culo extensor dos dedos. Esse músculo tem origem no 
epicôndilo lateral e ingressa na mão na forma de quatro 
tiras de tendão que se ramificam na articulação metacarpo-
falângica. Os tendões criam uma tira principal que se insere 
no capuz extensor e duas tiras colaterais que se conectam a 
dedos adjacentes. O capuz extensor, formado pelo tendão 
do extensor dos dedos e por tecido conjuntivo fibroso, 
envolve a superfície dorsal das falanges e avança por todo 
o comprimento do dedo até a falange distal. As estruturas 
no dedo estão ilustradas na Figura 5.26.
Considerando que os lumbricais e interósseos se conec-
tam com esse capuz, eles também ajudam na extensão das 
articulações IFP e IFD. Suas ações são facilitadas quando 
o extensor dos dedos se contrai, aplicando tensão ao capuz 
extensor e alongando esses músculos (82).
A abdução dos dedos II, III e IV é realizada pelos inte-
rósseos dorsais. Os interósseos dorsais consistem em quatro 
músculos intrínsecos situados entre os metacarpais. Esses 
músculos se conectam às laterais dos dedos II e IV e a 
ambos os lados do dedo III. O dedo mínimo (dedo V) é 
abduzido por um dos seus músculos intrínsecos, o abdutor 
curto do dedo mínimo.
Os três interósseos palmares, situados no lado medial 
dos dedos II, IV e V, tracionam para trás os dedos num 
movimento de adução. O dedo médio é aduzido pelos 
interósseos dorsais, que estão conectados a ambos os lados 
do dedo médio. Os movimentos de abdução e adução são 
Tendão extensor 
dos dedos
M. interósseo
Metacarpal
M. lumbrical
Expansão dorsal 
(capuz)
Expansão 
extensora
Falange média
Falange distal
Tendão do flexor 
superficial 
dos dedos
Tendão do flexor 
profundo dos dedos
Ligamentos 
colaterais
VISTA 
DORSAL
VISTA 
LATERAL
FIGURA 5.26 Não há ventres musculares nos dedos. Na superfície 
dorsal dos dedos, existe a expansão extensora e o capuz extensor, 
nos quais se inserem os extensores dos dedos. Os tendões dos fle-
xores dos dedos avançam por sua superfície ventral. Os dedos se 
flexionam e se estendem ao ser gerada tensão nos tendões por meio 
da atividade muscular na parte superior do antebraço.
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Extensão interfalangica
(Associado aos lumbricais)
Abdução II, III e IV dedos: Interósseos dorsais
Abdução do dedo mínimo: Abdutor curto do dedo 
mínimo
Adução II, IV e Vdedos: Interósseos Palmares
Adução do dedo III: Interósseos dorsais
O Polegar
162 SEÇÃO II Anatomia funcional
 Trapezoide
 Trapézio
 Escafoide
 Rádio
Articulação interfalângica 
distal (IFD)
Articulação interfalângica 
proximal (IFP)
Articulação 
metacarpofalângica 
(MCF)
Capitato
Hamato
Piramidal
Semilunar
Ulna
FIGURA 5.23 O punho e a mão podem realizar movimentos de 
precisão e também de força por causa das numerosas articulações 
controladas por um grande número de músculos. A maior parte des-
ses músculos tem como origem o antebraço, ingressando na mão por 
seus tendões.
Lig. transverso do metacarpo
 
 Placa palmar
Pisiforme
Lig. colateral ulnar
U
ln
a
R
ád
io
Lig. radiocarpal palmar
Escafoide
Trapézio
Cabeça do 
capitato
Lig. intercarpal palmar
ASPECTO PALMAR
Lig. colateral ulnar
Lig. radiocarpal dorsal
Lig. intercarpal dorsalTrapézio
Lig. 
colateral radial
R
ád
io
U
ln
a
ASPECTO DORSAL
FIGURA 5.24 Ligamentos do punho e da mão.
os ossos carpais, estando separada por um disco fibrocarti-
laginoso. Esse arranjo é importante para que a ulna possa 
deslizar sobre o disco em pronação e supinação, ao mesmo 
tempo em que não influencia os movimentos do punho 
ou dos ossos carpais.
Articulações mediocarpais e intercarpais
Para compreender a função da articulação radiocarpal, é 
necessário examinar a estrutura e a função nas articulações 
entre os ossos carpais. Há duas fileiras de ossos carpais, a 
fileira proximal, contendo os três carpais que participam 
do funcionamento da articulação radiocarpal (semilunar, 
escafoide e piramidal) e o osso pisiforme, que se assenta 
no lado medial da mão e se presta à inserção muscular. Na 
fileira distal, há também quatro ossos carpais, o trapézio, 
que faz interface com o polegar na articulação selar, o 
trapezoide, o capitato e o hamato.
A articulação situada entre as duas fileiras de ossos car-
pais é chamada articulação mediocarpal, e a articulação 
situada entre um par de ossos carpais é conhecida como 
articulação intercarpal. Todas essas articulações são do 
tipo deslizante, em que movimentos de translação são 
gerados simultaneamente com movimentos do punho. 
Tendões dos fls. 
superficiais dos dedos
Tendões dos fls. 
profundos dos dedos
Lumbricais
Tendão do fl. 
longo do 
polegar
Adut. do polegar
Fl. curto do polegar
Abd. curto do polegar
Oponente do polegar
Músculos tenares: Tendão do palmar 
longo
Retináculo 
dos flexores
Palmar curto
Abd. do dedo mínimo
Fl. do dedo mínimo
Oponente do 
dedo mínimo
FIGURA 5.25 Músculos do punho e da mão. Juntamente com a 
inserção e a inervação, os músculos responsáveis pelos movimentos 
observados (MP) e os músculos auxiliares (Aux.) são apresentados na 
Figura 5.28.
 Hamill 05.indd 162 29/1/16 2:07 PM
166 SEÇÃO II Anatomia funcional
necessários para segurar, apertar e agarrar objetos. Quando 
os dedos estão flexionados, a abdução fica seriamente limi-
tada pelo tensionamento do ligamento colateral e pela limi-
tada relação de comprimento-tensão nos interósseos, que 
também são flexores da articulação MCF.
O polegar possui oito músculos que controlam e geram 
um extenso conjunto de movimentos. Os músculos do 
polegar estão apresentados na Figura 5.25. Oposição é 
o movimento mais importante do polegar, porque dá a 
oportunidade de pinçar, apertar ou segurar um objeto 
mediante a mobilização do polegar até se unir a qualquer 
um dos demais dedos. Embora todos os músculos hipo-
tenares contribuam para a oposição, o principal músculo 
responsável pelo início do movimento é o oponente do 
polegar. O dedo mínimo também é auxiliado na oposição 
pelo músculo oponente do dedo mínimo.
FORÇA DA MÃO E DOS DEDOS
Comumente, a força na mão está associada à força de 
preensão, e há muitos modos de segurar ou apertar um 
objeto. Uma preensão firme que necessite da máxima pro-
dução de força irá lançar mão dos músculos extrínsecos, 
enquanto movimentos finos como, por exemplo, os de 
pinça, utilizarão mais os músculos intrínsecos para uma 
“regulagem fina” dos movimentos.
Em um aperto, os dedos se flexionam para envolver um 
objeto. Se houver necessidade de uma preensão de força, 
os dedos se flexionarão mais, e a preensão mais potente é 
aquela da posição de punho cerrado, com flexão de todas as 
três articulações dos dedos – MCF, IFP e IFD. Se houver 
necessidade de uma preensão de precisão, poderá ocorrer 
apenas limitada flexão nas articulações IFP e IFD, e podem 
estar envolvidos apenas um ou dois dedos como, por exem-
plo, no ato de beliscar ou de escrever (89). A Figura 5.27 
ilustra exemplos de preensões de força e de precisão. O 
polegar determina se foi gerada uma posição de precisão 
fina ou uma posição de força. Se o polegar permanece 
no plano da mão numa posição de adução e os dedos se 
flexionarem em torno do objeto, é criada uma posição de 
força. Um exemplo dessa posição é a preensão utilizada no 
lançamento do dardo e na tacada de golfe. Essa posição 
de força ainda permite alguma precisão, importante, por 
exemplo, no direcionamento do taco de golfe ou do dardo.
A força na preensão pode ser aumentada se o indivíduo 
cerrar o punho com o polegar envolvendo os demais dedos 
completamente flexionados. Com essa preensão, a precisão 
é mínima ou inexistente. Em atividades que dependem de 
ações precisas, o polegar é mantido numa posição mais 
perpendicular à mão, sendo mobilizado em oposição, com 
flexão limitada nos demais dedos. Um exemplo desse tipo 
de posição ocorre no arremesso de uma bola, no ato de 
escrever e no ato de beliscar. Num movimento de beliscar 
ou de preensão, maior força poderá ser gerada se a polpa 
do polegar for aplicada contra as polpas dos dedos indica-
dor e médio. Esse movimento de beliscar é 40% mais forte 
do que a preensão de beliscar com as pontas do polegar 
e dos dedos (39).
A força de preensão pode ser aumentada pela posição do 
punho. O posicionamento do punho em ligeira extensão 
e em flexão ulnar aumenta a força de flexão dos dedos. A 
força mínima dos dedos pode ser gerada em uma posição 
de flexão e com o punho em flexão radial. A força de 
preensão em aproximadamente 40° de hiperextensão do 
punho é mais de três vezes superior à força de preensão 
medida em 40° de flexão do punho (89). A força de pre-
ensão pode aumentar com um posicionamento específico 
do punho, mas também aumenta a incidência de tensão 
ou compressão das estruturas circunjacentes ao punho. 
A posição neutra do punho é a mais segura, pois reduz a 
tensão incidente nas estruturas do punho.
Os músculos mais fortes na região da mão, aptos para a 
maior capacidade de trabalho, em ordem decrescente, são 
flexor profundo dos dedos, flexor ulnar do carpo, exten-
sor dos dedos, flexor longo do polegar, extensor ulnar do 
carpo e extensor radial longo do carpo. Dois músculos 
que são fracos e com pequena capacidade de trabalho são 
o palmar longo e o extensor longo do polegar.
CONDICIONAMENTO
Há três razões principais pelas quais as pessoas con-
dicionam a região da mão. Em primeiro lugar, os dedos 
podem ser fortalecidos para aumentar a força de preensão 
em atletas que participam de esportes de raquete, operários 
que trabalham com ferramentas e indivíduos que possuem 
pouca capacidade de segurar ou apertar objetos. 
Em segundo lugar, os músculos que atuam na articula-
ção radiocarpal em geral são fortalecidos e alongados para 
Adução Adução
Adução
FORÇA
PRECISÃO
FIGURA 5.27 Se houver necessidade de força na preensão, os 
dedos serão flexionados nas três articulações para formar um punho 
cerrado. Do mesmo modo, se o polegar ficar em adução, a preen-
são será mais forte. Geralmente, uma preensão de precisão envolve 
ligeira flexão em um pequeno número de articulações dos dedos, 
com o polegar perpendicular à mão.
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