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Resenha crítica sobre a realidade do sistema prisional brasileiro

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Atividade Pratica Supervisionada
Direito Penal II
Nome: Daniella Breder Tavares 4° Período B Profª. Julia Mara. 
Faça uma resenha crítica do texto "Realidade do Sistema Prisional no Brasil" de Virginia Camargo.
 Como a tarefa é fazer uma crítica ao sistema prisional brasileiro, comecemos então, falando sobre a triste realidade do sistema prisional brasileiro, há superlotação, falta de assistência medica e higiene, má alimentação, falta de assistência jurídica e social, o que gera rebeliões, resultando em mortes. Essa pequena exposição da realidade dos presídios, nos faz pensar, estará o presídio cumprindo seu objetivo, que é a reeducação do individuo, a reabilitação deste, para que ao cumprir sua pena, reingresse ao mundo, com uma nova perspectiva, capaz de se tornar um cidadão competente a cumprir as leis imposta a todos? A resposta é unanime, não. 
 A sociedade evoluiu intelectualmente, com o passar dos anos, várias conquistas foram obtidas, como a garantias de direitos, limitação do poder do Estado em face dos indivíduos, e os direitos humanos foi cada vez mais sendo observado. Pelo menos em tese, essas conquistas também atingiram os detentos. O infrator, qualquer que seja seu grau de decadência, não perdeu essa dignidade, que é atribuída a todo ser humano, e que deve ser levada em conta em nosso Direito. Surge então o Direito Penitenciário, para proteger os direitos assegurados à dignidade dos presos, garantindo a eles, que sejam considerados como membro da sociedade, que sejam reeducados e reinseridos socialmente, em especial na aprendizagem escolar, formação profissional, e educação para o exercício da cidadania, ou aprendizagem do uso social da liberdade, entre outras garantias. Ou seja, o Estado tenta realizar, na prisão, durante o cumprimento da pena, tudo o que deveria ter proporcionado ao cidadão, em época oportuna e, criminosamente deixou de fazê-lo. Este mesmo estado vira as costas para as penitenciárias, não há investimentos na área, deixando as prisões em condições precárias, fazendo com que as prisões fabriquem delinquentes mais perigosos, e permitindo que dentro da cadeia os presos continuem praticando crimes e comandando quadrilhas.
 Os presídios tem hoje como realidade é precariedade e condições subumanas, e muita violência. Os presídios se tornam depósitos de seres humanos, onde a superlotação acarreta violência sexual entre presos, faz com que doenças graves se proliferem, as drogas cada vez mais são apreendidas dentro dos presídios, e o mais forte, subordina o mais fraco. A autora do texto base, denomina esse caos, como falência do sistema prisional. Ao interpretar e levar em consideração o significado de falência, como ato ou efeito de falir, ou não ter condições de saldar com seus débitos; eu discordo com autora. Considero não ser falência o termo adequado para nominar essa triste realidade, e sim o descaso, não apenas por parte dos governantes, mas também por parte de todos como sociedade. Talvez possa justificar esse descaso por uma questão cultural, muitas vezes nós como sociedade, consideramos que os criminosos devam pagar pelo o que fizeram, e quanto mais sofrido for essa penitencia, menor será a chance de reincidência, e assim ele reingressará na sociedade com o anseio de ser uma nova pessoa com outros ideais, e objetivos. Porém não é bem assim, o preso ao vivenciar esse descaso, cria em si o sentimento de revolta, e ao invés da penitenciária ser um lugar reeducação, passa a ser um lugar onde o preso sofre e se torna mais frio e violento. Ao considerar que a autora empregou o termo “falência do sistema prisional” no sentido de fracasso, ruína e insucesso, concordo plenamente. 
 Mudança em nosso sistema prisional precisam ser tomadas e com urgência, e sobre a questão cultural de nossa sociedade, considero que programas de Tv sensacionalistas, que influenciam na interpretação dos fatos, afirmando, que os presos não devem possuir direitos, que estão na penitenciária por castigo, para pagar pelo que fizeram, que defendem a pena de morte e penas de caráter perpétuo, deveriam ser tirados do ar, devemos afastar essa cultura de nosso país, pois antes de avaliar o preso como um criminoso, devemos lembrar que ele é um ser humano,como outro qualquer, susceptível ao erro, e que pode ser recuperado.
 A sociedade deve levar em consideração que ela só estará protegida quando o individuo que cometeu um delito for recuperado, for reeducado, reintegrado psicologicamente, e reinserido na sociedade, que venha a acolhe-lo, sem preconceitos, formando uma sociedade onde ex-detentos e sociedade como um todo vivam harmonicamente. 
 13/09/13

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