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Relatório de estágio Tecnico em Agronomia

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aPRESENTAÇÃO 
O presente relatório contempla a descrição das atividades executadas durante o estágio supervisionado do curso Técnico em Agropecuária, no período de 02 de janeiro a 26 de maio de 2014 com duração de 400 horas sendo 100 de observação e 300 horas de participação o qual obedeceu o cronograma diário de 4 horas por dia.
Este estágio foi realizado no Assentamento Chico Mendes, que fica localizado no Município de Porto Seguro- BA, como parte das exigências para a conclusão do Curso Técnico em Agropecuária, sob a orientação Jeanderson Souza.
 Agradecimentos
A Deus que me deu a oportunidade de estar aqui.
A minha mãe que me apoiou e não mediu esforços em me ajudar quando precisei.
À empresa que me proporcionou o estágio e me acompanhou em minhas atividades designadas.
Aos colegas de estágio que me ajudaram e compartilharam seus conhecimentos,
Aos professores e servidores da entidade. E aos Amigos que sempre me apoiaram e me deram força.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................6
2. REVISÃO DE LITERATURA................................................................................9
 2.1 CULTIVO DE CAFÉ..................................................................................9
 2.1.1 FORMAÇÃO DE MUDAS..........................................................................9
 2.1.2 PLANTIO.................................................................................................10
 2.1.3 CULTURAS INTERCALARES ARBORIZAÇÃO.....................................11
 2.1.4 TRATOS CULTURAIS............................................................................12
 2.1.5 COLHEITA E BENEFICIAMENTO..........................................................14	
3. CARACTERIZAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO, INSTITUIÇÃO, CLIMA, SOLO, AGRONÉGOCIO........................................................................................................15
 3.1 INSTITUIÇÃO DE ESTÁGIO...................................................................15
 3.2 DESCRIÇÃO DO CLIMA, SOLO E AGRONEGÓCIO.............................16
4. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS.....................................................................18
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................20
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................21
�Introdução
O estágio supervisionado proporciona ao graduando a oportunidade de aplicar todo o conhecimento teórico e prático adquirido ao longo de sua formação acadêmica, além de possibilitar uma experiência profissional no mercado de trabalho, levando-o ao aperfeiçoamento técnico-científico.
 Para AVELLAR (2013) a cafeicultura, como importante atividade do setor agropecuário, desempenha função de vital relevância para o desenvolvimento social e econômico do Brasil, garantindo a geração de postos de trabalho em toda a cadeia produtiva, a possibilidade do homem viver no campo, a arrecadação de impostos e contribuindo para a formação da receita cambial brasileira. 
O café foi, durante várias décadas, a principal riqueza brasileira, chegando a representar, isoladamente, 70% do valor das exportações do país no período de 1925/1929 (EMBRAPA, 2005, apud Ferrão et al., 2007). Apesar de ter reduzido sua importância nas exportações brasileiras ao longo do tempo, o produto ainda se constitui em um expressivo gerador de divisas.
Atualmente, o café é fonte imprescindível de receita para centenas de municípios, sendo o principal gerador de postos de trabalho na agropecuária nacional. Ele emprega, direta e indiretamente, mais de oito milhões de trabalhadores, corroborando sua importância socioeconômica. O elevado desempenho da exportação e do consumo interno de café reflete na sustentabilidade econômica da atividade e do produtor. No Brasil, cerca de 90% do preço de exportação do café é repassado ao produtor, uma das maiores taxas do mundo (MAPA, 2012).
A qualidade do café é definida como o conjunto de características físicas, químicas e sensoriais que induzem a aceitação do produto pelo consumidor. Neste contexto, o Brasil apresenta grande potencial para produção de cafés de boa qualidade. Entretanto, os parâmetros atuais de aceitação e comercialização do café incluem não somente estas características e as preferências de cada mercado consumidor, mas também aquelas relacionadas à sanidade microbiológica e sua interferência na qualidade do produto final, visto que a segurança do alimento é a maior preocupação que a indústria alimentícia enfrenta atualmente (FERREIRA, 2010).
 É consenso que quando se fala em café conilon no Brasil, a referência é o Espírito Santo, maior produtor do grão no país, mas uma região no sul da Bahia, vizinha ao estado capixaba, vem se destacando.
 Acredita-se que a boa luminosidade, topografia e clima favoráveis abriram as portas para o sucesso do cultivo de café conilon da região, associadas aos preços mais compensadores do produto nos últimos três anos, além dos projetos de incentivo do produto, especialmente por do Consórcio da Embrapa.
Enquanto grande parte dos estados brasileiros começa a colheita entre os meses de maio e junho, produtores da Bahia começam a colher café no início de fevereiro. Isso se dá, pois esta é uma região próxima à linha do Equador e suas plantações recebem muitas chuvas e contam com um clima quente. Isso faz com que colheita na região seja acelerada e permite que o produtor venda sua produção antes da maioria dos produtores brasileiros.
O Estado da Bahia possui um parque cafeeiro expressivo e compreendido por três regiões produtoras principais: a do Atlântico (Sul e Extremo Sul) onde é cultivado C. canephora, a região do Oeste (Cerrado) e a do Planalto da conquista onde são cultivados C. arábica. Na região do Planalto estão localizadas as sub-regiões dos Planaltos de Vitória da Conquista, de Jequié/Santa Inês e da Chapada Diamantina (MATIELLO, 2000).
O gênero Coffea inclui cerca de 100 espécies de cafeeiro, dos quais cinco são explorados comercialmente. Destes, a Coffea arábica (arábica) e Coffea canephora (conilon) são os principais tipos comercializados no Brasil e no mundo. A expressão “café Robusta” é uma denominação genérica que se refere às variedades Conilon e Robusta, ambas da espécie C.canephora. Na maioria das regiões brasileiras produtoras de café cultiva-se a espécie arábica. Porém, em regiões de menores altitudes e temperaturas mais elevadas tem se expandido consideravelmente a área cultivada com a espécie C. canephora, principalmente os Estados do Espírito Santo, Rondônia, Bahia e Mato Grosso (EMBRAPA, 2009).
No mercado nacional e internacional, o café conilon tem um valor menor do que o café arábica, devido, principalmente, às características de sabor. O conilon é utilizado principalmente na indústria de solúvel e nos blends (mistura de grãos de espécies e qualidades diferentes). Entretanto, o conilon apresenta maior rendimento na produção de solúvel, e seu preço menor favorece a utilização cada vez maior deste insumo, diminuindo o custo do produto final (BORTOLIN, 2005).
São objetivos do estágio o aperfeiçoamento profissional do (a) aluno (a), através da aplicação prática dos conhecimentos teóricos obtidos durante as aulas.
No período do estágio obrigatório o orientador / supervisor observa o comportamento do estagiário, no que se refere à disciplina, organização, responsabilidade, bom desempenho de trabalhos, atenção, conhecimentos gerais e pontualidade para desenvolver habilidades e competências profissionais, bem como exercitar e aprimorar os conhecimentos adquiridos durante o Curso Técnico em Agropecuária,atendendo ao perfil profissional exigido nos diversos ramos e áreas de trabalho nos dias atuais.
 REVISÃO DE LITERATURA
CULTIVO DO CAFÉ
A cafeicultura, como atividade de fundamental importância do setor agropecuário, desempenha função de vital relevância para o desenvolvimento social e econômico do Brasil, contribuindo significativamente para a formação da receita cambial brasileira (FASIO & SILVA, 2007). Muitos cuidados são requeridos para obter mudas sadias que resultam em plantas produtivas.
FORMAÇÃO DE MUDAS
As sementes ou estacas para formação de mudas devem ser colhidas de plantas matrizes oriundas de cafezais produtivos e isentos de doenças.
Viveiro – feito com cobertura superior e lateral de sombrite (tela plástica), ou folhas de palmeiras ou ripado. Os recipientes (sacolas plásticas) utilizados no viveiro para mudas de seis meses são de 10 x 20 x 0,006 cm, devendo apresentar furos na sua metade inferior. Para enchimento dos recipientes recomenda-se o substrato: 700 litros de terra (de preferência do subsolo), 300 litros de esterco de curral ou 80 litros de esterco de galinha ou 15 litros de torta de mamona, 5 kg de superfosfato simples, 0,5 kg de cloreto de potássio e 1,5 kg de calcário. É importante tratar o substrato após a mistura com brometo de metila para controlar pragas e doenças.
Muda de semente – a semeadura pode ser direta nos recipientes ou em germinadores de areia. A semeadura direta é a mais usada e consiste em colocar duas sementes por vaso e após a germinação deixar apenas uma. As mudas desbastadas podem ser repicadas.
Tratos culturais no viveiro – irrigação, tendo-se o cuidado de que não haja excesso nem falta de água; adubação foliar nitrogenada após o aparecimento do segundo par de folhas, em duas aplicações com intervalo de 21 dias, eliminação de ervas daninhas e controle químico de insetos e doenças quinzenalmente. Manter as mudas a meia sombra durante o desenvolvimento, retirando-a trinta dias antes do plantio para aclimatação.
Mudas de estaca (clonal) – na formação de mudas por estaca é indispensável mantê-las em ambiente úmido principalmente no período inicial de enraizamento. Neste sistema, as estacas são mantidas a meia sombra em viveiros com microaspersão ou em estufins que devem ser instalados dentro de um viveiro. As estacas podem ser enviveiradas nos próprios recipientes plásticos. Os tratos fitossanitários, adubação e aclimatação das mudas são os mesmos dispensados para mudas a partir de sementes.
Estacas – são obtidas de ramos ortotrópicos de matrizes selecionadas. Normalmente se obtém de 80 a 95% de pegamento no café conilon. Na formação de mudas por estaca recomenda-se a orientação de um técnico ou obtenção de mudas certificadas de viveiristas credenciados.
Mudas clonais com 4 meses de idade
PLANTIO
Escolha da área – deve ser plana ou suavemente ondulada. Não é aconselhável o uso de terrenos com declividade acima de 18%.
Preparo da área – a depender da cobertura vegetal da área (capoeira, culturas permanentes, pastagens ou culturas anuais) pode ser manual, mecânica ou mista. Em solos compactos a aração deve ser feita à profundidade de 20 a 30 cm.
Espaçamento – depende de uma série de fatores: cultivar a ser plantada, equipamentos a serem utilizados, topografia da área e fertilidade do solo, entre outros. Os espaçamentos convencionais (abaixo de 2500 plantas/ha) variam de 1.5 a 2,5 m entre plantas e 3,0 a 4,0 m entre linhas.
Coveamento – deve ser feito manual ou mecanicamente nas dimensões de 40 x 40 x 40cm, separando-se a terra mais fértil retirada da cova para misturar com adubo no momento do plantio das mudas.
Plantio das mudas – deve ser realizado no período chuvoso com mudas de quatro a seis pares de folhas aclimatadas ao sol. É importante o uso de cobertura morta em volta da muda para manter a umidade do solo e reduzir a competição com ervas daninhas.
CULTURAS INTERCALARES E ARBORIZAÇÃO
A cultura intercalar é importante como fonte adicional de rendas durante os dois primeiros anos de formação ou de renovação do cafezal. Culturas intercalares mais indicadas: feijão, milho, soja, amendoim, arroz, abacaxi, batata doce e hortaliças. O número de linhas de culturas intercalares por rua de café depende da cultura a ser feita e do espaçamento do cafezal. É imprescindível a adubação tanto da cultura intercalar como do cafezal.
A arborização ou sombreamento tem a função de atenuar os extremos climáticos no cafezal. O excesso de sombra reduz drasticamente a produção, por isso o sombreamento deve ser ralo visando cobrir no máximo 1/3 da superfície do terreno. Para árvore de grande porte os espaçamentos devem ser aproximadamente de 30 x 30 m.
Cafeeiros sob sombreamento de essências florestais da Mata Atlântica
A consorciação de café com outras culturas perenes como no caso da seringueira, coco e abacateiro tem trazido benefícios no aumento da renda total do produtor quando realizada tecnicamente.
Consorciação de café com seringueira
TRATOS CULTURAIS
Controle de ervas daninhas – pode ser feito através de capinas manuais, mecânicas, químicas (herbicidas) ou uma associação entre estas. O método de controle vai depender da topografia, tipo de solo, tamanho da lavoura, espaçamento, custos dos herbicidas, entre outros.
Adubação - tanto no plantio como nos anos subsequentes deverá ser realizada de acordo com análise química de solo para orientar adequadamente a calagem e a adubação. Entretanto, informações obtidas durante anos em solos de baixa fertilidade sugerem as seguintes recomendações práticas:
Adubação na cova – 150 a 200 g de superfosfato simples, 200 a 300 g de calcário dolomítico, 25 g cloreto de potássio, 5 a 10 litros de esterco de curral ou 3 a 5 litros de esterco de galinha.
Adubação de cobertura – realizar no período chuvoso. O intervalo entre uma adubação e outra deve ser de 45 a 60 dias. Aplicar anualmente as seguintes doses por cova de plantio.
1º ano
- 5 g N – 3 vezes, aos 2, 4 e 6 meses do plantio. - 10 g N e 10 g K2O – 2 vezes, aos 9 e 12 meses após o plantio.
2º ano
- 15 g N, 4 g P2O5 e 15 g K2O – 4 vezes (junho/julho – setembro – novembro - janeiro/ fevereiro).
3º ano
- 30 g N e 35 g de K2O – 4 vezes (junho a fevereiro). - 45 g de P2O5 – 1 vez, junto com a primeira aplicação de N e K2O.
Adubação Foliar – realizar duas a três vezes ao ano para corrigir deficiências de micronutrientes. Deverá ser, sempre, realizada de acordo os resultados anuais de análises de solo e folha.
Pragas – o cafeeiro é atacado por várias pragas, sendo as mais limitantes as seguintes: Broca do café (Hipothenemus hampei), prejudicial em todos estágios do fruto. O controle químico é feito com Endosulfan. Bicho Mineiro (Perileucoptera coffeella): é a mais prejudicial depois da Broca, causa drásticas desfolhas em viveiro de mudas e nas lavouras. O controle é realizado com inseticidas fosforados e piretróides. Cochonilhas: ataca principalmente viveiros. Controle com inseticidas fosforados. Nematóides: causam ataque, normalmente, em reboleiras com redução da produção e morte de plantas. É de difícil erradicação. Utilizar medidas preventivas utilizando mudas de boa procedência e evitar plantios em locais infestados onde anteriormente haviam plantações de café.
Doenças – muitas doenças incidem sobre o cafeeiro nas fases de viveiro e campo. A ferrugem causada pela Hemileia vastatrix é a mais grave. O controle químico é feito com aplicação de fungicidas cúpricos. Cercosporiose também conhecida por Mancha de olho pardo causa desfolha em plantações e viveiros. Controle preventivo: evitar viveiros em locais úmidos e utilizar substratos ricos na formação das mudas. Controle químico: com fungicidas cúpricos. Rizoctoniose, conhecida por doença do “tombamento” é comum em viveiros. Controle preventivo: evitar sua formação em locais com alta umidade e muito sombreados. Controle químico com fungicidas cúpricos.
Lesões do ataque de ferrugem
Poda – é umaprática que requer muitos cuidados. É utilizada para corrigir o fechamento do cafezal, o qual provoca queda de produção, dificulta os tratos culturais e colheita. É também importante na eliminação de ramos pouco produtivos. A poda pode ser: de formação (2º a 3º ano), produção (a partir dos 3 anos) e poda de renovação (recepa da parte aérea da planta a uma altura de 20 a 40 cm do solo). 
COLHEITA E BENEFICIAMENTO
Colheita – deve ser iniciada quando a maior parte dos frutos estiverem maduros. Em geral, quando se tem 70% dos mesmos na fase denominada de cereja. O café verde causa prejuízo quanto ao tipo e qualidade da bebida e interfere no valor do produto. A colheita no país é feita praticamente por derriça no pano ou no chão.
Produção – rendimento do café Conilon (sacos beneficiados/ha) em lavouras bem conduzidas:
2º ano - 8 scs 
3º ano - 25 scs
4º ano – 40 scs 
5º ano – 60 scs.
Beneficiamento – a secagem pode ser feita em terreiros ou com auxílio de secadores. A massa de café durante a secagem não deve alcançar temperatura superior a 45º C. A umidade ideal para armazenamento é de 13%.
 
CARACTERIZAÇÃO DO campo de estagio inStituição, clima, solo, agronégocio.
INSTITUIÇÃO DE ESTÁGIO
 O Estágio Supervisionado aconteceu no Assentamento Chico Mendes, abaixo segue a caraterização dos lugares e a importância de cada um.
Nome da Empresa: Assentamento Chico Mendes.
Ramo da Empresa: Conservação do Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Sistemas Agroflorestais, Agricultura Familiar e Agroecologia.
Responsável legal: Antônio Martins Souza
Supervisor de Estágio: Jeanderson Souza
Breve histórico do local de estagio: Localizado em Porto Seguro, extremo sul da Bahia, o assentamento Chico Mendes II vive a época da colheita cafeeira. Mesmo com a estiagem severa, os agricultores esperam atingir 8 mil sacas de 60 quilos do grão. Em 2012, foram colhidas 10 mil sacas do produto tipo conilon in natura. A expectativa das 35 famílias produtoras de café é de crescimento. Em 2014, esperam uma safra de 14 mil sacos do produto in natura.
 
O presidente da associação do Chico Mendes II, Antônio Martins Souza, explica que esse aumento para o próximo ano se dará porque novos cafezais entrarão em produção nos 120 hectares dedicados à cultura. Para ele, os bons resultados são devido à organização das famílias e à aplicação correta dos créditos.
 
O engenheiro agrônomo da Assessoria Técnica do Incra, Tony Fagundes, informa que foram iniciados os estudos para a elaboração do Plano de Recuperação do Assentamento (PRA), que poderá sanar diferenças entre as famílias que optaram pelo cultivo de café e as que adotaram outras culturas.
Criado em 2001, o Chico Mendes II possui 65 famílias numa área de 858,2 hectares. Desse total, são potencialmente agricultáveis 328,4 hectares, divididos entre culturas variadas.
DESCRIÇÃO DO CLIMA, SOLO E AGRONEGÓCIO
Boa parte do "sucesso" da atividade no sul baiano é creditada à boa luminosidade, à topografia da região e ao clima favorável, com chuvas regulares. João Lopes Araújo, presidente da Assocafé, acrescenta que os preços atrativos do café conilon nos últimos três anos também incentivaram novos projetos de cultivo. A maior parte desses novos plantios é tocada por produtores capixabas que já não tinham áreas disponíveis e adequadas para a expansão da atividade no Espírito Santo, o maior produtor nacional de conilon e o segundo maior produtor de café do país.
Já Assocafé avalia que o crescimento do conilon na Bahia foi impulsionado pela grande demanda do produto por parte da indústria brasileira e também do exterior, que usa os grãos nas misturas com o café arábica, considerado mais nobre.
Apesar do avanço dos últimos anos, alguns produtores consideram que essa expansão pode perder força em função da falta de mão de obra e de mecanização e da rentabilidade menos atrativa.
Para o extremo sul da Bahia, a Conab projeta área de 24.179 hectares e produção de 769,5 mil sacas em 2014/15, com produtividade média de 31,83 sacas por hectare, ante 32,81 sacas no Espírito Santo.
Com todos esses cuidados, o custo médio da produção no sul da Bahia está em torno de R$ 200 a saca, conforme Cangussu, enquanto o produto é comercializado por entre R$ 235 e R$ 240 a saca.
Essa rentabilidade não tão atrativa é um fator de desestímulo para a expansão da produção no sul da Bahia, segundo Rodrigo Silva Ernani, classificador de café da Cafenorte, uma das maiores empresas da região. A companhia tem produção de conilon no sul da Bahia e uma exportadora no Espírito Santo para comercializar café.
Uma das pioneiras a chegar ao extremo sul da Bahia, há 30 anos, no município de Itamaraju, a Cafenorte já teve 6 milhões de pés de café na região e atualmente tem 4 milhões de pés (1.800 hectares), segundo Ernani.
Nesta safra 2014/15, devem ser colhidas nessa área 61 mil sacas, acima das cerca de 55 mil do ciclo anterior, prejudicado pela seca. Ernani estima que a área de café conilon no sul baiano não será ampliada significativamente também por falta de mão de obra.
Normalmente, a colheita se inicia em abril e maio. Além disso, o produtor tem investido em conilon de alta qualidade, obtido a partir de processos controlados de secagem em silos.
. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
 No campo de estágio as atividades, o estagiário acompanhou as atividades junto aos agricultores aprendendo na prática o manejo e os princípios do cultivo do café.
 
Convivendo o período do estágio em cada localidade junto aos agentes multiplicadores, ou seja, aqueles agricultores considerados líderes de suas localidades.
Houve a participação em diversas reuniões informativas entre os agricultores onde foram discutidos assuntos para as melhorias do sistema de produção, uso de novas técnicas principalmente para melhorar a colheita. O escolhido território apresenta uma área de multicultura, mas a temática escolhida para acompanhamento direto no estágio foi o café.
 A grande diversidade de produtos e origem das diversas famílias houve uma enorme grande troca de experiência com extensão rural, em todas as conversas com o agricultor, as trocas de conhecimento dos seus anseios e compartilhando dos seus objetivos na melhora do seu sistema. 
As principais atividades desenvolvidas foram:
Formação de mudas;
 Planejamento e implantação (preparo do solo, conservação do solo, sistema de plantio, espaçamento, subsolagem, calagem e gessagem, aração, gradagem e nivelamento, construção de terraços, alinhamento e abertura dos sulcos, marcação dos sulcos, adubação de sulcos);
 Plantio, irrigação adubação de formação e adubação de produção, carpa, roçagem, capina química (herbicida), pulverização, tratos culturais (podas, desbastes, desbrotas, manejo integrado de pragas);
Colheita (planejamento, organização, transporte). 
Participando de podas com o objetivo de manejar a luminosidade nota-se o quanto é complexo as várias interações de diversas plantas e o conhecimento particular de suas exigências de luminosidades e seu esperado porte. 
 Essa é uma das diversas experiências e suas particularidades no período em que o estágio foi realizado.
cONSIDERAÇÕES FINAIS
O Estágio Curricular Supervisionado, sem dúvida, é de suma importância para a formação como Técnico em Agropecuária, uma vez que, através do estágio pude colocar em prática todas as atividades que antes só conhecia pela teoria, e assim, tornar-me conhecedor de como desempenhar o meu papel profissional.
	 A satisfação diante da experiência de estágio no Assentamento Chico Mendes, permitiu desenvolver ainda mais a aptidão, admiração e claro o respeito da reforma agrária no Brasil e das dificuldades e satisfações encontradas por parte de executores de projetos ambientais em nossa região.
	Com os trabalhos realizados no decorrer das horas de estágio percebe-se que os conhecimentos adquiridos no Assentamento permearãoo futuro profissional e desenvolveram a extrema importância para consegui um mundo cada vez melhor, pois vivemos uma realidade que mostra a importância da Gestão de recursos naturais e a eminência da escassez.
REFRÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA
AVELLAR, A. O.; FREITAS; J. V. S. Transformações na cafeicultura capixaba e o papel do Incaper. In: Villaschi (org.) Elementos da economia capixaba e trajetórias de seu desenvolvimento. Editora Flor&Cultura, Vitória, 2011, cap.7, p. 161-181.
AVELLAR, Arthur Olympio. Sistema Setorial de Inovação: Aplicação do Conceito a Produção de Café Conilon no Estado do Espírito Santo. Artigo Disponível em: http://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/4082/1/SistemaSetorialInovacao.pdf. Acesso em: 01 de março de 2015.
BORTOLIN, Bárbara. Café: a questão do blend. Inovação Uniemp, Campinas,v.1, n.3, dez. 2005. Disponível em: <http://inovacao.scielo.br/scielo.php?script=sci_
Arttext&pid=S1808-23942005000300025&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 24 março de 2015.
EMBRAPA – EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA, 2009.Cultivo dos Cafeeiros Conilon e Robusta para Rondônia. Sistemas de Produção, n.33.Disponível em:<http://www.cpafro.embrapa.br/media/arquivos/ publicacoes/sp33_cafe.pdf>. Acesso em: 15 dezembro 2014.
FASIO, L. H.; SILVA, A. E. S. Importância econômica e social do café Conilon. In: FERRÃO, R. G.; FONSECA, A. F. A.; BRAGANÇA, S. M.; FERRÃO, M. A. G.; HUNTER, L. H. (eds.). Café Conilon. Vitória: Incaper, 2007. cap. 1, p. 37-52
FERREIRA, G.F.P. Avaliação da qualidade física, química, sensorial e da composição fúngica de grãos de cafés beneficiados. Vitória da Conquista - BA: UESB, 2010. 119p. (Dissertação – Mestrado em Agronomia, Área de Concentração em Fitotecnia).
FERREIRA, G. F. P.; AMORIM, C. H. F.; COSTA, H. A.; PONTE, C. M. A. Avaliação da Fertilidade do Solo em Lavouras Cafeeiras no Município de Barra do Choça – Bahia. Artigo Disponível em: http://www.sapc.embrapa.br/arquivos/consorcio/spcb_anais/simposio7/121.pdfAcesso em: 10 de abril de 2015.
FERREIRA Carine. Extremo Sul Baiano Torna-Se Novo Polo De Produção De Café Robusta. Artigo Disponível em: http://www.canaldoprodutor.com.br/comunicacao/noticias/extremo-sul-baiano-torna-se-novo-polo-de-producao-de-cafe-robusta. Acesso em:10 de abril de 2015.
MAPA - MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO. Disponível em: <http://www.agricultura.gov.br/vegetal/culturas/cafe>. Acesso em: 20 março 2015.
MATIELLO, J.B. Diagnóstico da cafeicultura Baiana. Salvador: SEAGRI, 2000. 24p
NASSER, Patrícia. Café do Brasil: Bahia (Robusta). Disponível em: 
http://www.mexidodeideias.com.br/index.php/mundo-do-cafe/cafe-do-brasil-bahia-robusta/. Acesso em 14 de abril de 2015.
OLIVEIRA, I. P., OLIVEIRA, L. C., MOURA, C. S. F. T. Cultivo do café: fases do desenvolvimento e algumas técnicas de manejo. Artigo Disponível em: http://revista.fmb.edu.br/index.php/fmb/article/viewFile/65/58. Acesso em: 10 de abril de 2015.
SANTOS, Perivaldo Mariano. Café. Artigo Disponível em: http://www.ceplac.gov.br/radar/cafe.htm Acesso em: 10 de abril de 2015.
SANTANA, Ceilla Mirian Paiva. Qualidade Microbiológica e Avaliação das Informações Contidas em Rótulos de Café Torrado e Moído Comercializados na Chapada Diamantina e em Vitória da Conquista. Artigo Disponível em: http://www2.uesb.br/especializacao/gestao-cafe/wp-content/uploads/2014/07/Ceilla-Mirian-Paiva.pdf. Acesso em: 14 de março de 2015.
.
ANEXO
		
 
 
�
�
 
MOVIMENTO DOS TRABLHADORES RURAIS SEM TERRA- MST
SUPERINTENDÊNCIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL-SUPROF
CENTRO TERRITORIAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL COSTA DO DESCOBRIMENTO – CETEP II
INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA – AGRÁRIA- ASSOCIAÇÃO DOS PEQUENOS PRODUTORES RURAIS ASSENTAMENTO CHICO MENDES
JEAN PERIGOLO SANTOS
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO
PORTO SEGURO - BA
2015
 JEAN PERIGOLO SANTOS
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO
Relatório de Estágio Supervisionado, do curso Técnico em Agropecuária apresentado à Superintendência de Educação Profissional-SUPROF, Centro Territorial de Educação Profissional Costa do Descobrimento – CETEP II, Instituto Nacional de Colonização e Reforma – Agrária- Associação dos Pequenos Produtores Rurais Assentamento Chico Mendes como requisito parcial para a obtenção de graduação na disciplina Estágio Supervisionado.
Orientador e Professor: Jeanderson Souza.
PORTO SEGURO -BA
2015
Pé de café Conilon
Fonte: próprio pesquisador 
Pé de café Conilon
Fonte: próprio pesquisador 
Pé de café Conilon
Fonte: próprio pesquisador 
Pé de café Conilon
Fonte: próprio pesquisador 
Secador de Café Conilon
Fonte: Próprio Pesquisador
Limpeza do Pé de Café Conilon
Fonte: Próprio Pesquisador
Manejo de Máquinas Agrícolas
Fonte: Próprio Pesquisador 
IN MEMORIAN VALDIR BREDOFF 1987
 ┼ 2015

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