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DPC III - roteiro 2

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PONTÍFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS
ESCOLA DE DIREITO E RELAÇÕES INTERNACIONAIS 
CURSO DE DIREITO
DIREITO PROCESSUAL CIVIL III (JUR 3313)
PROFa. Ms. CAROLINA CHAVES SOARES
Email: carolchaves10@gmail.com
APONTAMENTOS DE AULA 2�
3 – PARTES NA EXECUÇÃO
3.1) Legitimidade ativa (art. 778 NCPC)
A parte que figura no polo ativo da execução denomina-se exequente. Em regra, é o credor da obrigação e está indicado no título executivo.
O § 1º do art. 778 do NCPC trata dos casos em que há sucessão de partes.
Atenção: conforme o § 2º, a sucessão de partes, no processo de execução, independe de consentimento do executado.
Cessionário: 
- a cessão de crédito é tratada nos arts. 286 a 298 CC. Por meio dela, o credor originário transmite total ou parcialmente o seu crédito a um terceiro.
Sub-rogado:
- a sub-rogação é disciplinada nos arts. 346 a 351, CC. Nesse caso, a dívida é paga por um terceiro, caso em que sai o credor originário e ingressa o novo credor. 
3.2) Legitimidade passiva (art. 779 NCPC)
A parte que figura no polo passivo da execução denomina-se executado. Em regra, é o devedor da obrigação e está indicado no título executivo.
Quanto ao inciso II (legitimidade passiva no caso de falecimento do devedor), atenção aos artigos 1792 CC e 796 NCPC.
DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE. INEXISTÊNCIA. COBRANÇA DE DÍVIDA DIVISÍVEL DO AUTOR DA HERANÇA. EXECUÇÃO MANEJADA APÓS A PARTILHA. ULTIMADA A PARTILHA, CADA HERDEIRO RESPONDE PELAS DÍVIDAS DO FALECIDO NA PROPORÇÃO DA PARTE QUE LHE COUBE NA HERANÇA, E NÃO NECESSARIAMENTE NO LIMITE DE SEU QUINHÃO HEREDITÁRIO. ADOÇÃO DE CONDUTA CONTRADITÓRIA PELA PARTE. INADMISSIBILIDADE.
1. Com a abertura da sucessão, há a formação de um condomínio necessário, que somente é dissolvido com a partilha, estabelecendo o quinhão hereditário de cada beneficiário, no tocante ao acervo transmitido.
2. A herança é constituída pelo acervo patrimonial e dívidas (obrigações) deixadas por seu autor. Aos credores do autor da herança, é facultada, antes da partilha dos bens transmitidos, a habilitação de seus créditos no juízo do inventário ou o ajuizamento de ação em face do espólio.
3. Ultimada a partilha, o acervo outrora indiviso, constituído pelos bens que pertenciam ao de cujus, transmitidos com o seu falecimento, estará discriminado e especificado, de modo que só caberá ação em face dos beneficiários da herança, que, em todo caso, responderão até o limite de seus quinhões.
4. A teor do art. 1.997, caput, do CC c/c o art. 597 do CPC [correspondente ao art. 796 do novo CPC], feita a partilha, cada herdeiro responde pelas dívidas do falecido dentro das forças da herança e na proporção da parte que lhe coube, e não necessariamente no limite de seu quinhão hereditário. Dessarte, após a partilha, não há cogitar em solidariedade entre os herdeiros de dívidas divisíveis, por isso caberá ao credor executar os herdeiros pro rata, observando a proporção da parte que coube (quinhão), no tocante ao acervo partilhado.
5. Recurso especial não provido.
(REsp 1367942/SP, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 21/05/2015, DJe 11/06/2015)
SEGUE ABAIXO A EXPLICAÇÃO DO SITE DIZER O DIREITO PARA ESSE JULGADO.
Imagine a seguinte situação hipotética: 
João faleceu e deixou como únicos herdeiros seus cinco filhos. O patrimônio deixado por João foi equivalente a R$ 1 milhão, tendo cada filho herdado a quota parte de 20% desse valor, ou seja, R$ 200 mil. Depois de ter sido feito o inventário e a partilha dos bens, apareceu Mário com uma nota promissória assinada por João na qual este se comprometia a pagar R$ 500 mil. Em outras palavras, Mário possui um título executivo assinado por João. 
Se Mário tivesse aparecido antes da partilha ele poderia se habilitar no inventário para receber a quantia? SIM. Assim que a pessoa morre, surge a herança, que é transmitida aos herdeiros (art. 1.784 do CC). A herança é formada pelo acervo patrimonial e pelas dívidas (obrigações) deixadas pelo falecido. Os credores do autor da herança têm a faculdade de, antes da partilha dos bens transmitidos, habilitar seus créditos no juízo do inventário ou, então, de ajuizarem ações de cobrança contra o espólio. A habilitação de crédito pode ensejar o pagamento da dívida no próprio processo de inventário ou, se surgir discordância entre os sucessores, o juiz poderá determinar a reserva de bens para garantir o eventual pagamento da obrigação (art. 1.997, § 1º) e o credor terá que ajuizar ação própria autônoma contra o espólio. 
E no caso de já ter sido feita a partilha? Em nosso exemplo, Mário poderá executar o título? Contra quem será proposta a execução? SIM. Mesmo já tendo ocorrido a partilha, ainda assim ele poderá ajuizar execução de título extrajudicial. Como não existe mais espólio, essa ação será proposta contra os herdeiros do morto. Isso está previsto no Código Civil, no art. 1.997. 
Mas os herdeiros irão responder por uma dívida que não era deles (e sim do morto)? SIM. Os herdeiros irão responder pela dívida, mas esta responsabilidade é intra vires hereditatis, ou seja, é proporcional à parte que lhe coube. Há, portanto, uma responsabilidade patrimonial limitada. Além dos dispositivos acima citados, isso fica também claro pela leitura da 1ª parte do art. 1.792 do CC.
Mesmo sendo a dívida divisível (ex: em dinheiro), o credor poderá ajuizar a ação contra um só herdeiro cobrando o débito todo? Mário poderá propor a execução contra apenas alguns dos filhos cobrando a dívida toda? NÃO. Em execução de dívida divisível do autor da herança ajuizada após a partilha, cada herdeiro beneficiado pela sucessão responde na proporção da parte que lhes coube na herança. Após a partilha, não há que se falar em solidariedade entre os herdeiros de dívidas divisíveis, motivo pelo qual caberá ao credor executar os herdeiros pro rata, observando a proporção da parte que lhes coube (quinhão) no tocante ao acervo partilhado. Assim, em nosso exemplo, Mário teria que ingressar com a execução contra os cinco herdeiros e cada um responderia por 20% da dívida (proporcional à parte que coube a cada um). Logo, como a dívida total é R$ 500 mil, cada herdeiro somente poderia ser condenado a pagar, no máximo, R$ 100 mil.
Atenção à súmula 268 do STJ: “o fiador que não integrou a relação processual na ação de despejo não responde pela execução do julgado”.
3.3) Cumulação de execuções (art. 780 NCPC)
Requisitos:
- identidade de partes (mesmos credor e devedor),
- competência do juízo,
- identidade do procedimento executivo.
Os títulos podem ser diferentes.
Atenção: a execução fundada em título extrajudicial tem procedimento diferente da fundada em título judicial. Logo, não podem ser cumuladas.
4 – JUÍZO COMPETENTE PARA A EXECUÇÃO
4.1) Título executivo judicial (art. 516 NCPC)
a) competência executiva dos tribunais
A atuação dos tribunais pode ser originária ou recursal. 
A competência executiva dos tribunais é exclusivamente para a execução de suas decisões nas ações originárias (competência funcional – absoluta).
b) competência executiva do juízo que decidiu a causa em 1º grau
A competência para a execução será do juízo que decidiu a causa em 1º grau de jurisdição.
c) competência executiva para sentença penal condenatória, sentença arbitral, sentença estrangeira e acórdão proferido por Tribunal Marítimo
Deve-se analisar qual é o juízo cível competente, identificado através das regras de competência para a ação de conhecimento (exemplo: artigos 53, III, d, IV e V, NCPC).
Atenção, no caso de sentença estrangeira, a competência material é da justiça federal de 1º grau (art. 109, X, CF).
d) Regra dos foros concorrentes 
Excetuada a competência originária dos tribunais, o cumprimento de sentença pode ocorrer em juízos diversos dos previstos no NCPC, à escolha do exequente. O fundamento dessa regra é facilitara prática dos atos executivos. 
Assim, o cumprimento de sentença poderá ocorrer:
- conforme as regras dos incisos II e III do art. 516 NCPC,
- no juízo do atual domicílio do executado,
- no juízo do local onde se encontrem os bens sujeitos à execução,
- no juízo do local onde deva ser executada a obrigação de fazer ou de não fazer.
Para que o foro seja alterado, o exequente deve fazer a solicitação ao juízo de origem.
4.2) Título executivo extrajudicial (arts. 781 e 782 NCPC)
O artigo 781 estabelece diversos critérios para definição do juízo competente para a execução fundada em título executivo extrajudicial.
Quanto aos atos executivos, como regra serão cumpridos pelo oficial de justiça:
- o oficial de justiça de uma comarca pode praticar atos executivos em comarca diversa, desde que seja contígua, de fácil comunicação ou da mesma região metropolitana,
- havendo necessidade de força policial, essa deve ser requisitada pelo juiz,
- o nome do executado pode ser incluído em cadastros de inadimplentes, por ordem judicial.
5 – RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL – arts. 789 a 796 NCPC
Responsabilidade patrimonial:
- primária: recai sobre os bens do devedor,
- secundária: incide sobre bens de terceiro não obrigado.
Análise do art. 790 NCPC:
Inc. I:
- sucessor a título singular: aquele que adquiriu a coisa litigiosa no curso do processo,
- ação reipersecutória: ação em que se busca a entrega/ restituição de coisa que está em poder de terceiro (ex.: ação de despejo).
Inc. II:
- em regra, as sociedades têm personalidade jurídica própria e o sócio não responde pelas obrigações por ela assumidas,
- exemplos de responsabilidade do sócio: arts. 50, 990, 1039, 1045 do Código Civil; arts. 134, VII, e 135, III, do Código Tributário Nacional,
- observar o art. 795 NCPC. 
Inc. III:
- obviamente, o fato de os bens do devedor estarem em poder de terceiros não constitui obstáculo à execução. 
Inc. IV:
- se a dívida é pessoal, somente os bens do cônjuge devedor respondem pela execução. Entretanto, tratando-se de dívida contraída em benefício da família, todos os bens do cônjuge ou do companheiro respondem pela dívida,
- exemplos: art. 1643, 1644, 1663 e 1664 CC.
Incs. V e VI:
	FRAUDE CONTRA CREDORES
	FRAUDE À EXECUÇÃO
	O patrimônio do devedor não é suficiente para cumprimento de suas obrigações. 
	Direito Civil – arts. 158 a 165 CC.
	Direito processual civil – art 792 NCPC. 
	É um vício do negócio jurídico.
	Configura ato atentatório à dignidade da justiça.
	É reconhecida por meio de ação pauliana.
	É reconhecida na própria execução.
	E causa de anulação do negócio jurídico – art. 171, II, CC.
	É causa de ineficácia do ato de alienação em relação ao exequente.
	
	Quando o credor averba no registro público a pendência de uma ação fundada em direito real ou com pretensão reipersecutória, ou a pendência de uma execução, ou alguma constrição judicial, há presunção absoluta que a alienação é fraudulenta.
Se o bem alienado não é sujeito a registro, transfere-se ao terceiro adquirente o ônus de provar sua boa-fé, mediante a apresentação de certidões.
Na desconsideração da personalidade jurídica, a fraude à execução se considera a partir da citação da pessoa jurídica.
Inc. VII:
- com a desconsideração da personalidade jurídica, aqueles que foram considerados responsáveis terão seu patrimônio atingido.
Execução no caso de o executado estar numa relação de direito de superfície - art. 791 NCPC,
- o direito de superfície é previsto no CC e no Estatuto das Cidades,
- no CC, o proprietário concede a outrem o direito de construir ou de plantar em seu terreno, por tempo determinado, mediante escritura pública registrada no Cartório de Registro de Imóveis,
- superficiário: quem está sobre o imóvel,
- se o executado é o proprietário, a execução recai sobre o terreno,
- se o executado é o superficiário, a execução recai sobre a construção ou a plantação.
Art. 793 NCPC (direito de retenção): 
- o credor só pode executar outros bens depois de excutir o bem retido,
- exemplos do direito de retenção: depositário (arts. 643 e 644 do CC), mandatário (arts. 664 e 681, CC), locatário (art. 35 da Lei 8.245/91), hospedeiro (arts. 647, I e 649, CC) e credor pignoratício (art. 1433, I e II, CC).
Art. 794 NCPC (execução do fiador):
- o fiador somente terá benefício de ordem se o devedor tiver bens situados na mesma comarca (já havia essa previsão no art. 827, p. único, CC).
Art. 796 NCPC: responsabilidade do espólio e herdeiros. 
6 - LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA – arts. 509 a 512 NCPC
6.1) Introdução 
Em regra, o autor, quando elabora a petição inicial, é obrigado a fazer um pedido determinado (líquido). Feito pedido líquido, o juiz tem o dever legal de proferir sentença líquida. Assim, em regra, as sentenças serão líquidas. 
O NCPC somente permite que a sentença seja ilíquida nos casos previstos no art. 941.
Somente os títulos executivos judiciais podem ser liquidados (liquidação de sentença). No caso de título executivo extrajudicial, se a obrigação for ilíquida, não há executabilidade.
6.2) Finalidade
A liquidação tem como objetivo determinar o quantum debeatur, ou seja, fixar o valor da obrigação genericamente contida na sentença. 
Ela antecede à execução, pois, para se requerer o cumprimento de sentença, é necessário que a obrigação seja certa, líquida e exigível.
6.3) Espécies de liquidação
Atenção: conforme art. 509, § 2º, do NCPC, se o cálculo do valor da condenação depender apenas de cálculo aritmético, não haverá liquidação de sentença. O credor pede o cumprimento da sentença, apresentando esses cálculos.
a) Liquidação por arbitramento – arts. 509, I, e 510 NCPC
A liquidação será feita por arbitramento sempre que a determinação do valor depender de conhecimento técnico ou de perícia.
Exemplos: cálculo de desvalorização de veículo acidentado, lucros cessantes por inatividade de pessoa, perda parcial de capacidade laborativa, etc.
b) Liquidação pelo procedimento comum – arts. 509, II, e 511 NCPC
A liquidação por artigos é cabível sempre que para determinar o valor devido for necessária a alegação e prova de fato novo.
Fato novo: fato que não foi analisado e decidido durante o processo e é imprescindível para apurar-se o valor da condenação. Ex.: cálculo de valor de danos já reconhecidos como existentes na sentença.
6.4) Regras da liquidação de sentença
Sentença com parte líquida e parte ilíquida: quanto à parte líquida, o credor pede o cumprimento da sentença; quanto à ilíquida, ele procede à liquidação em autos em apenso (art. 509, § 1º, NCPC).
Não é possível, em fase de liquidação, discutir de novo a lide ou modificar a sentença (art. 509, § 3º, NCPC).
A liquidação pode ser efetuada após o trânsito em julgado da sentença ou também na pendência de recurso, chamada de liquidação provisória (art. 512 NCPC).
Tanto o credor quanto o devedor têm legitimidade para requerer a liquidação: 
- art. 509, caput, parte final, NCPC,
- o credor tem o direito de receber o que lhe é devido,
- o devedor tem o direito de pagar.
O juízo que profere a sentença faz sua liquidação.
7 – CUMPRIMENTO DEFINITIVO DE SENTENÇA QUE RECONHEÇA OBRIGAÇÃO DE PAGAR QUANTIA CERTA – arts. 523 a 527 NCPC
Há cumprimento definitivo quando a sentença já transitou em julgado.
a) Requerimento de cumprimento – art. 524 NCPC
Após o trânsito em julgado, o exequente deve requerer o cumprimento de sentença (art. 513, § 1º, NCPC), o qual deverá conter:
- nome completo do exequente e do executado, bem como CPF ou CNPJ,
- indicação de bens passíveis de penhora, sempre que possível.
A petição também deve ser instruída com o demonstrativo atualizado do crédito, que indicará:
- o índice de correção monetária e seus termos inicial e final,
- a taxa de juros aplicada e seus termos inicial e final,- a periodicidade da capitalização de juros, quando for o caso,
- os descontos obrigatórios realizados, quando for caso.
b) Intimação do executado
O juiz determina a intimação do executado para pagar o débito no prazo de 15 dias – art. 523 NCPC.
A intimação do executado para cumprir a sentença é regulada pelo art. 513 NCPC:
- se o executado tem advogado constituído nos autos, ele será intimado mediante publicação no Diário da Justiça;
- se o executado está representado pela Defensoria Pública ou não tem procurador nos autos, ele é intimado por carta com aviso de recebimento (AR),
- se o executado é empresa pública ou privada, sem advogado nos autos, será intimado por meio eletrônico (art. 246, § 1º, NCPC),
- se, na fase de conhecimento, o executado tiver sido citado por edital e tiver sido revel, também será intimado por edital.
Se o executado ou seu advogado mudam de endereço sem comunicar ao juízo, presumem-se válidas as intimações realizadas (art. 513, § 3º, NCPC).
Se após o trânsito em julgado da sentença, o credor demorar mais de um ano para requerer o cumprimento de sentença, o devedor terá que ser intimado por meio de carta com aviso de recebimento (art. 513, § 4º, NCPC). 
Atenção: a prescrição da pretensão executiva ocorre no mesmo prazo de prescrição da pretensão de conhecimento (sum. 150 STF).
O art. 513, § 5º, NCPC, reforça tema já estudado quando do estudo da legitimidade passiva na execução: o fiador, o coobrigado ou o corresponsável que não participou da fase de conhecimento não pode figurar como executado no cumprimento da sentença.
d) Não pagamento do débito no prazo legal
Não havendo o pagamento em 15 dias, há o acréscimo da multa de 10% ao valor do débito, além de honorários de sucumbência, relativos à fase de cumprimento, também de 10% - art. 523, § 1º, NCPC.
Se o pagamento for parcial, a multa e os honorários incidem sobre o restante que não foi pago - art. 523, § 2º, NCPC. 
Na sequência, expede-se mandado para penhora e avaliação de bens do executado, que, após, serão expropriados - art. 523, § 3º, NCPC.
e) Pagamento espontâneo pelo executado – art. 526 NCPC
Antes de o vencedor requerer o cumprimento da sentença, o vencido pode comparecer em juízo e pagar o valor que entende devido, apresentando memória de cálculo.
Se o vencedor concordar com o valor pago, ele levanta o depósito e o processo é extinto.
Se o vencedor discordar do valor pago, ele pode levantar a parte incontroversa. Concluindo o juízo que o depósito realmente foi insuficiente, haverá incidência da multa de 10% e dos honorários de 10% sobre o valor não pago, prosseguindo-se o processo com a penhora e a expropriação.
 
� Atenção: essa não é uma apostila para estudo. O estudo do Direito Processual Civil deve ser feito por meio de livros. Esses apontamentos servem apenas para que o aluno acompanhe as aulas.

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