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Infecção no Sítio Cirúrgico Uberaba/MG 2015 Universidade de Uberaba Disciplina: Clínica Cirúrgica Docente: Débora Aline Patrolina Fernanda Medeiros Marise Antunes Michele S. Alves Silvia dos Santos Introdução Grande parte das infecções são decorrentes de tratamentos invasivos que funcionam como uma porta de entrada para bactérias Infecção Hospitalar: Qualquer infecção adquirida após a internação do paciente e que se manifesta durante a internação ou mesmo após a alta hospitalar (MS, Portaria nº930 de 27 de agosto/1992) www.google.imagens.com.br Introdução Infecção de Sítio Cirúrgico (ISC): São aquelas que ocorrem como complicação de uma cirurgia, comprometendo a incisão, tecidos, órgãos ou cavidades manipuladas Podem ser diagnosticadas entre 30 dias a 1 ano após a cirurgia, dependendo do procedimento e da presença ou não de prótese www.google.imagens.com.br Epidemiologia 15% do total das infecções adquiridas durante a assistência à saúde A terceira complicação infecciosa mais frequente adquirida no ambiente hospitalar As ISC representam: Morbidade Mortalidade Aumento com os gastos hospitalares Problema de Saúde Pública: Por Que Prevenir ? Impacto de ISC em um Estudo Prospectivo Caso-controle com 22.742 Pacientes Submetidos a Procedimentos Cirúrgicos: (Kirkland et al, 2009) As ISC Podem Ser Classificadas (ANVISA, 2009) Risco Cirúrgico Fatores de risco para ISC relacionado ao: É toda possibilidade de perigo ou dano que ocorre com um paciente em decorrência de diferentes fatores que possam afetá-lo no pré, trans ou pós operatório www.google.imagens.com.br Período Pré-operatório Período Intra-operatório Paciente RISCOS RELACIONADOS AO PERÍODO PRÉ-OPERATÓRIO Internação A internação prolongada predispõe o paciente a um maior contato com a flora bacteriana do hospital por isso recomenda-se que o paciente seja internado o mais próximo possível da realização da cirurgia. Procedimentos não invasivos O banho pré-operatório, algumas horas ante da cirurgia, contribui para diminuir as taxas de infecções do sítio cirúrgico. A tricotomia realizada na noite anterior à operação pode elevar significa mente o risco de infecções. Riscos relacionado ao período intraoperatório Para evitar a incisão do sítio cirúrgico, recomenda-se limpar a região da incisão cirúrgica antes da realizar a preparação antisséptica da pele removendo contaminações grosseiras. 7 Fatores de Risco para ISC * Passíveis de intervenção (POSSARI, 2011) Os microrganismos mais frequentemente isolados nas ISC são os que compõem a microbiota da pele e do sítio manipulado Cocos Gram presentes na pele: Staphylococcus coagulase negativa e Staphylococcus aureus Bactérias Gram-negativas e anaeróbias www.google.imagens.com.br Cocos Gram presentes na pele: Staphylococcus coagulase negativa e Staphylococcus aureus são os agentes mais comuns em cirurgias limpas e as bactérias Gram-negativas e anaeróbias 9 Agentes Etiológicos e Possíveis Fontes de Contaminação Podem ser provenientes: Próprio paciente Equipe cirúrgica ou ambiente Material não estéril Tempo cirúrgico Técnica utilizada www.google.imagens.com.br Duração Procedimento Cirúrgico Acarreta risco de ISC devido: Aumento do nº de MO que podem contaminar a ferida Aumento da destruição dos tecidos pelo tempo de manipulação Aumento do período em que o tecido é privado de sistema de defesa Maior tempo sob efeito de anestesia e VM Hipotermia por grande quantidade de infusões Exposição de incisão cirúrgica ao ambiente frio da sala MO= microrganismos VM= ventilação mecânica 11 Classificação das Feridas Cirúrgicas Quanto ao seu Potencial de Contaminação (POSSARI, 2011) Classificação das Feridas Cirúrgicas Quanto ao seu Potencial de Contaminação (POSSARI, 2011) As Infecções do Sítio Cirúrgico Consequências: Prolonga tempo de internação Necessidade de utilização de antimicrobianos Prolonga afastamento do trabalho Danos permanentes à saúde www.google.imagens.com.br Sinais e Sintomas das ISC Superficial: presença de secreção purulenta, cultura positiva de fluídos ou tecidos, dor, hiperemia, edema ou calor local Incisional profunda: febre de 38ºC, dor localizada, rubor e presença de abscessos Órgãos ou espaços profundos: drenagem purulenta, cultura positiva de fluído ou tecido e abscessos. www.google.imagens.com.br Paramentação Do Centro Cirúrgico Paramentação no intra operatório Protege a área a ser operada da flora liberada pela equipe cirúrgica e esta da exposição às secreções do paciente Aventais Máscara Propés Gorro Luvas Cirúrgicas Luvas de Procedimento www.google.imagens.com.br No intra-operatório a equipe cirúrgica deve estar atenta para a importância do uso adequado da paramentação com objetivo de proteger aárea a ser operada da flora liberada pela equipe cirúrgica e esta da exposição às secreções dos pacientes. 16 Cuidados Pós Operatórios da Incisão Proteger a ferida com curativo estéril por 24-48h pós-operatório Lavar as mãos antes e depois da troca de curativos Realizar a troca de curativo de maneira asséptica Educar e orientar o paciente e familiares quanto aos cuidados com a incisão cirúrgica Verificar sinais flogísticos no sítio de inserção www.google.imagens.com.br 17 Controle Laboratorial e Complementar Glicemia Tempo de sangramento e coagulação sanguínea Radiológico Teste de função hepática Eletrocardiográfico É importante a realização de exames laboratoriais para evitar complicações trans e pó-operatória Exames: www.google.imagens.com.br Radiológico para pacientes com asma, bronquite e enfisema pulmonar 18 Prevenção das ISC Preparo da pele do paciente: Utilizar solução antisséptica apropriada Aplicá-lo com movimentos concêntricos do centro para a periferia Banho pré-operatório As medidas de prevenção têm como foco os fatores de risco modificáveis www.google.imagens.com.br Prevenção das ISC Preparo da pele da equipe cirúrgica: Remover adornos antes de iniciar a degermação ou antissepsia cirúrgica Realizar lavagem das mãos com técnica asséptica Manter unhas curtas e remover sujidade presente Após a aplicação do produto alcoólico aguardar que as mãos e os antebraços estejam secos antes da colocação das luvas www.google.imagens.com.br Cuidado da equipe •Esclarecer dúvidas • Uniformes limpos; • Unhas curtas e limpas; • Lavar antebraços e mãos de forma correta; • Oferecer ambiente limpo; •Observar sinais iniciais de infecção. • Retirada de objetos como: prótese dentária, anéis, pulseiras, brincos, relógio e outros. 20 Prevenção das ISC Remoção adequada dos pelos: Realizar tricotomia somente se necessária e imediatamente antes do ato cirúrgico com tricotomizador Não usar lâminas de barbear ou lâminas de bisturi Administrar o antibiótico somente quando indicado e no momento adequado Profilaxia antimicrobiana adequada: www.google.imagens.com.br O uso prévio de antimicrobianos altera a flora do paciente e contribui para o aumento das taxas de ISC 21 Prevenção das ISC Cuidados com o ambiente e estrutura: Manter a ventilação na sala cirúrgica com pressão positiva em relação ao corredor e áreas adjacentes Manter a porta da sala fechada Limitar o número de pessoas na sala cirúrgica Esterilizar todo o instrumental cirúrgico Não utilizar a esterilização flash como rotina ou alternativa para a redução do tempo www.google.imagens.com.br 22 Prevenção das ISC Cuidados com o ambiente e estrutura: Realizar limpeza terminal na última cirurgia do dia Limpeza e desinfecção concorrente entre procedimentos Rigor na paramentação cirúrgica Higienizar as mãos antes e após manuseio de feridas Utilizar técnica asséptica para a execução do curativo Utilizar luvas estéreis e produtos estéreis no contato com as feridas www.google.imagens.com.br 23 A prevenção de ISC começa antes mesmo da realização de cirurgias. São medidas que devem ser realizadas por toda equipe de profissionais da saúde no pré-operatório. Passa pelo período transoperatório com a manutenção constante de técnicas assépticas chegando ao pós-operatório com a realização correta de curativos, manutenção adequada de drenos, dentre outras medidas www.google.imagens.com.br “Uma infecção pode representar apenas uma taxa de 1% para o cirurgião, mas 100% de sofrimento para quem a contraiu” (J.C. Goligher) www.google.imagens.com.br Gerência Geral de Tecnologia em Serviços de Saúde e Gerência de Investigação e Prevenção das Infecções e dos Eventos Adversos. SÍTIO CIRÚRGICO: Critérios Nacionais de Infecções relacionadas à assistência à saúde. ANVISA, março 2009 GRINBAUM, RS et al. Prevenção de Infecção de Sítio Cirúrgico. 3ª edição revisada e ampliada. APECIH, 2009. 120p. POSSARI, J.F. Centro Cirúrguci: planejamento, organização e gestão. 5ª ed. São Paulo, 2011 Referência Bibliográfica
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