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ORTOPEDIA Conferência 26 – 11/11/14 PATOLOGIAS DO PUNHO E DA MÃO Síndrome compressiva é a compressão da microcirculação vascular do nervo periférico. O nervo responde à compressão com o espessamento e endurecimento do nervo, dando um sintoma de paralisia de parte sensitiva, parte motora ou ambos. OMBRO: síndrome do desfiladeiro torácico, com compressão do plexo braquial. Há parestesia em toda a parte interna do braço ate o 5º dedo. A principal manobra é COTOVELO: Sindrome do tunel cubital (nervo ulnar). Altera a sensibilidade no lado ulnar do antebraço ate o 5 dedo e pode causar a mão do pregador. Fazemos o sinal de Froment Sindrome do Pronador (nervo radial): compressão alta causa uma paralisia motora com queda do punho e incapacidade de extensão do punho. Sindrome do supinador (nervo radial): preservação da extensão do punho e ausência de extensão ativa das MFs Compressão do nervo mediano: incapacidade de realizar a pinça. SINDROMES DO PUNHO: MEDIANO Túnel do Carpo É a síndrome mais comum; mais presente nas mulheres e na menopausa (pela maior captação de edema e formação de tenossinovite). Há 9 tendões que estão sujeitos a esta patologia. O dx é clínico: apresenta parestesia noturna. O tto é conservador. Artrite reumatoide pode causar esta síndrome, DM tambem tem relação junto com hipotireoidismo. Frente a estas alterações deve-se tratar estas condições. O diagnostico é clinico, com parestesia noturna extremamente comum. O tratamento é inicialmente conservador, com alongamento, órtese noturna, exercícios de fortalecimento, gelo local (10 minutos) e deve-se evitar posturas inadequadas. O nervo mediano da a maior parte de sensibilidade. A parte motora é do oponente do polegar e por isso o paciente pode-se apresentar com atrofia da musculatura tenar. Há alteração de parestesia. A compressão alta, na região do pronador, há mais alterações motoras, diferente do túnel do carpo. A indicação cirúrgica é: atrofia tenar e falha no tratamento conservador. Abre-se o túnel do carpo apenas. A eletroneuromiografia é um exame que analisa a contração do músculo ou para avaliação da sensibilidade. É um exame muito controverso, porque é examinador-dependente (pode dar falso-positivo ou falso-negativo), mas tem sido utilizado quando se quer comprovar a compressão do nervo mediano e indicação de tratamento cirúrgico. Não influencia no diagnóstico, pois este é físico e clínico. Diferenciar Compressão do nervo interósseo anterior Incapacidade de flexão da IFD do indicador = pinça polegar/indicador NERVO ULNAR É no canal de Guyon, próximo ao túnel do carpo. É entre o ângulo do hamato e o pisiforme. Há passagem do nervo e artéria ulnar, faz sintoma parecido com a compressão do nervo ulnar no cotovelo, sendo difícil de diagnosticar. Há mão do pregador e alteração na sensibilidade. A diferença da compressão alta com a baixa: quando o nervo é comprimido no cotovelo, não há uma garra tão forte (não inervação dos flexores dos dedos). Na compressão baixa, a garra é mais forte, pois os músculos já foram invervados. Outra diferença é na realização do sinal de Tinel, que é positivo na região de compressão do nervo. O tto inicialmente é conservador, e se evoluir com uma garra no quarto e quinto dedo (incapacidade do nervo inervar a musculatura ...) = mão em pregador característica da lesão do nervo ulnar. Alteração motora é maior que sensitiva. Atrofia muscular intrínseca. Sinal de Froment. Diferenciar Diferença compressão alta = cotovelo; baixa = punho: garra. A diferença da garra da compressão baixa e alta é justamente a anatomia da flexão do nervo ulnar. Se a compressão for no canal de Guyon, teremos uma garra maior. NERVO RADIAL É motor e causa queda do punho na síndrome radial do braço. Na síndrome do túnel radial não há queda do punho. Síndrome de Warternberg: sensibilidade no dorso da mão entre os 3 primeiros dedos é perdida pela compressão do nervo sensitivo. É comum por pulseiras muito apertadas na região do punho. Síndrome do radial no braço Síndrome túnel radial/ síndrome supinador Diferença entre compressão alta e baixa ... Diferença da compressão alta: ... TENOSSINOVITES DOS EXTENSORES Localização Ocorrência Relação com o trabalho – nexo de causalidade da dor com o posto de trabalho do pct; quem tem que fazer esse nexo é o médico do trabalho; não podemos acreditar no pct. Tto conservador – alongamento, fortalecimento da musculatura, uso de órteses no período de dor intensa, etc. “Pulso aberto”: tenossinovite no quarto túnel do extensor; o pct tem a sensação de que algo está fora do lugar. Há dor no punho e quando há compressão do punho há sensação de melhora. Há muitos tendões no retináculo dos extensores, e este é aberto em 6 tuneis no dorso da mão que contem os tendões. Em cada tendão há um revestimento feito por células sinoviais. A região do punho que mais tem células sinoviais é mais propensa a formação de inflamação, chamada tenossinovite. O que mais possui é o quarto túnel, o que possui o extensor comum dos dedos. Este é local com mais sinovite mecânica. Outro lugar comum é o primeiro túnel. Existe muitas vezes relação com trabalhos. Outro local é o túnel do carpo, que apresenta 9 tendões flexores TENOSSINOVITE DE QUERVAIN Realização da manobra de Finkelstein mostra a tenossinovite do primeiro compartimento extensor. O tratamento indicado é o conservador (alongamento, gelo, AINE). Deve-se diferenciar da rizartrose, comum nas mulheres acima de 50 anos, com exame físico ou através da radiografia. A dor é na base do metacarpo. DEDO EM GATILHO Ocorre a tenossinovite no 3º e 4º dedos, sendo mais comum nas mulheres de meia idade. Tem relação com DM e AR. O diagnóstico é clinico e o tratamento é conservador, podendo realizar infiltração com corticoide (ação anti-inflamatória com captação de edema). Há um nódulo nesta região. Na cirurgia há abertura do túnel e é feito no insucesso do tratamento conservador, como nos outros casos. Na criança, pode haver o polegar em gatilho que é congênito e é uma patologia diferente. CISTO SINOVIAL Tem relação com a tenossinovite, causando dor. Tem relação com enfraquecimento da cápsula e formação do pedículo. As pessoas precisam ter predisposição; está relacionado ao excesso de movimento do punho. Na IFD há uma desestruturação formando o cisto e por isso deve-se radiografar. O tto é conservador. Pode-se ter uma resolução espontânea assim como possibilidade de recidiva. O conteúdo do cisto sinovial é o mesmo conteúdo do líquido articular, porém desidratado. Plano B: punção-aspiração do cisto. 50% de chance do cisto voltar. Hoje existe um outro tto cirúrgico, que é a artroscopia. Cisto mucoso Acontece em pessoas de mais idade. Não devemos puncionar, Tem haver com artrose. Se quisermos puncionar, cuidar com a limpeza faz artrite séptica. NECROSSE ASSÉPTICA DO OSSO SEMILUNAR (DOENÇA DE KIENBOCK) A osteonecrose é uma patologia do osso do adulto jovem, não tendo relação com infecção. É uma alteração com causa desconhecida, que possui alterações radiológicas. O osso perde sua vascularização, fica mole e é comprimido pelos outros ossos da mão. Há uma fragmentação, esclerose do osso e colapso do semilunar. Há alteração das articulações causando uma artrose precoce e migração do capitato. O paciente sente dor no centro do carpo, podendo ser confundida com tenossinovite, e rigidez progressiva. Existe uma relação com o tamanho da ulna, sendo a ulna mais baixa em relação com o rádio nestes pacientes, fazendo uma maior compressão do semilunar (Ulna minus). Relação também com vascularização, sendo que a presença de apenas um vaso se correlaciona mais com a doença. Microtraumas também têm relação. O tratamento é conservador ou pode-se fazer a descompressão com nivelamento do rádio/ulna ou encurtamento do capitato. Outros tratamentos: revascularização, artrodese e ressecção dos ossos. DOENÇA DE DUPUYTREN Mais comum no sexo masculino, entre 40-60 anos, mais comum nos brancos (caucasianos).É uma fibrodisplasia do fáscia: na fáscia palmar, plantar e na fáscia do pênis (nada a ver com os tendões; o tendão está íntegro). Isto faz uma retração do fáscia e o dedo fica dobrado. O diagnostico é clinico. Associações com epilepsia, diabetes e ingestão alcoólica. O tratamento é cirúrgico com flexão acima de 30 graus ou quando o paciente não consegue apoiar a mão em uma superfície plana ou qualquer grau da flexão da interfalângica proximal. Qualquer grau de inclinação das interfalângicas tbm é indicação de tto cirúrgico.
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