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WEB AULA 1 E 2 DIREITO EMPRESARIAL

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Prévia do material em texto

Apresentação da disciplina:
	Sejam todos e todas bem-vindos à disciplina de Direito Empresarial.
Ela objetiva fornecer condições de vocês interpretarem as normas do Direito para desenvolvimento nas atividades profissionais; a conhecerem os conceitos básicos do Direito Empresarial a serem aplicados no exercício de sua profissão.
Além disso, espera-se que ao final vocês possam identificar a importância do Direito para sua formação profissional, cultural, bem como para o seu meio; que consigam estabelecer uma visão prática destas normas, para que no futuro, quando vierem a precisar, saibam dar os primeiros passos na solução de problemas referentes à sua área.
	Objetivos:
	Interpretar normas do Direito para desenvolvimento nas atividades profissionais;
Conhecer os conceitos básicos do Direito Empresarial a serem aplicados no exercício de sua profissão;
Reconhecer a importância do Direito para sua formação profissional e cultural;
Compreender a importância do Direito Empresarial em seu meio e estabelecer uma visão prática destas normas, para que no futuro, quando vier a precisar, saiba dar os primeiros passos na solução de problemas referentes a sua área.
	Conteúdo Programático:
	UNIDADE I – O EMPRESÁRIO
Noções preliminares sobre a Teoria da Empresa.
Personalidade, Capacidade e Incapacidade Jurídica.
Sociedades Empresárias e não empresárias (sociedades simples).
Obrigações dos Empresários.
Estabelecimento Empresarial.
Contrato social.
UNIDADE II – TÍTULOS DE CRÉDITO
Conceito e noções preliminares.
Classificação.
Aceite. Endosso. Aval e Ação Cambial.
Protesto e Ações Judiciais.
Cheque.
Nota Promissória.
Duplicata.
UNIDADE III - DIREITO DAS RELAÇÕES DE CONSUMO
O Código de Defesa do Consumidor – C.D.C.
Conceitos e Direitos básicos do Consumidor.
Fornecedores e Consumidor Final.
Responsabilidade por Fato e por Vício do Produto ou do Serviço;
Prescrição, Publicidade e Práticas Abusivas no C.D.C.;
Contratos. Sanções. Tópicos gerais sobre o Código de Defesa do Consumidor.
UNIDADE IV – FALÊNCIA E RECUPERAÇÃO DE EMPRESAS
Conceituações.
Falência e seus requisitos. Legitimados ativos e passivos.
Responsabilidade pessoal. Classificação dos créditos.
Recuperação Extrajudicial e Judicial de Empresas.
Requisitos e procedimentos.
	Metodologia:
	Os conteúdos programáticos ofertados nessa disciplina serão desenvolvidos  por meio das Tele-Aulas de forma expositiva e interativa (chat – tira dúvidas em tempo real), Aula Atividade por Chat para aprofundamento e reflexão e Web Aulas que estarão disponíveis no Ambiente Colaborar, compostas de conteúdos de aprofundamento, reflexão e atividades de aplicação dos conteúdos e avaliação. Serão também realizadas atividades de acompanhamento tutorial, participação em Fórum, atividades práticas e estudos independentes (auto estudo) além do Material do Impresso por disciplina.
	Avaliação Prevista:
	O sistema de avaliação da disciplina compreende em assistir a tele-aula, participação no fórum, produção de texto/trabalho no portfólio,  realização de duas avaliações virtuais, uma avaliação presencial  embasada em todo o material didático,  tele-aula e web aula da disciplina.
WEBAULA 1
Unidade 1 – Personalidade, Capacidade e Incapacidade Jurídica; Proibidos e Impedidos de compor um empresário.
 
Olá. Seja bem-vindo. Esta é nossa aula web de abertura do conteúdo empresarial.
E começo com duas perguntas com sentidos ambíguos: Você é capaz? Você tem personalidade? A resposta deve ser sim para ambos os questionamentos pelas razões que você verá a seguir.
A personalidade (exteriorização da pessoa humana em sociedade) começa com o nascimento com vida. Mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro. Portanto, toda ser humano vivo tem personalidade (uma vez tida nunca mais em vida pode ser perdida), podendo assim ser chamado de pessoa.
Assim, mesmo o feto pode herdar e agir em sociedade (por óbvio que devidamente representado por seus genitores), porém, tais atos somente serão válidos se houver o nascimento com vida.
Por sua vez, a capacidade civil, advinda da personalidade, é a aptidão para adquirir e exercer direitos, para se relacionar em sociedade. Ela pode ser capacidade de Direito (ou Gozo – que é uma atribuição contida para prática de atos) ou então capacidade de Fato (ou Exercício – que é a liberdade e autonomia para celebrar atos em sociedade).
	Trago abaixo um link para interesse produção técnica a respeito da personalidade, da capacidade e das pessoas (físicas e jurídicas). Leia o texto e depois retorno para continuarmos. Te espero!
http://saberdireito.wordpress.com/2008/12/10/legitimidade-x-capacidade/
Diante da pluralidade das informações, vamos à próxima página desta web aula!
Dando sequencia, quanto à capacidade e incapacidade jurídica, pode-se afirmar que todo ser humano vivo, uma vez tendo personalidade, também terá a capacidade de Gozo (ou de Direito).
Além disso, quando alguém puder agir em sociedade (contratar, comprar, vender, doar, negociar, etc.) individualmente, também terá a capacidade de Fato (ou se Exercício).
Quem não é capaz pode-se afirmar que é incapaz (absoluta ou relativamente – como visto no artigo retro citado). Sendo assim, uma vez cessada a incapacidade (pelo fim da menoridade ou pelo encerramento de alguma causa biológica ou física), haverá uma pessoa independente.
O art. 5º do Código Civil (lei 10.406/2002) é expresso ao determinar em quais situações a menoridade acaba, veja:
	Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;
II - pelo casamento;
III - pelo exercício de emprego público efetivo;
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria. 
Como afirmei acima, certamente a sua resposta às duas perguntas (sobre personalidade e capacidade) seriam “sim”, não é mesmo?
Em complemento ao conteúdo acima e trazendo uma antiga discussão, para aquele que quiser um complemento sobre a maioridade no Estatuto da Criança e do Adolescente, assista ao vídeo a seguir.
http://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/5170/Maioridade-do-Estatuto-da-Crianca-e-do-Adolescente
http://www.jusbrasil.com.br/noticias/1521138/comissao-discute-estatuto-da-crianca-e-do-adolescente-e-maioridade
Na página seguinte dessa web aula você terá alguns apontamentos sobre pessoa física e pessoa jurídica.
Complementando o conteúdo da aula anterior, você deve ter percebido um trecho no vídeo que fala da desconsideração da pessoa jurídica. É uma situação em que determinado juiz diante de um processo pode ignorar a existência da pessoa jurídica (que é distinta de seus membros – sócios ou acionistas.
Destaca-se inclusive que, regra geral, desconsidera-se as responsabilidades, direitos e obrigações individuais da pessoa jurídica e então se invade o patrimônio pessoal do membro/agente infrator que tenha lesado terceiros (trabalhadores, consumidores, meio ambiente, a sociedade como um todo, etc).
Isso tudo acontece porque, ao identificar a má-fé de pessoas físicas, não pode o Direito permitir que elas se “escondam” atrás da existência autônoma das pessoas jurídicas, pois, caso contrário, isso faria com que outros cidadãos fossem lesados (já que nunca receberiam por um eventual golpe sofrido caso a pessoa jurídica, por exemplo, simplesmente deixasse de ter atividades).
	Para avançar nesse conhecimento, leia dois dos vários artigos sobre a Desconsideração:
Código Civil.
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade,ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.
Código de Defesa e Proteção do Consumidor.
Art. 28 - O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade quando, em detrimento do consumidor, houver abuso de direito, excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social. A desconsideração também será efetivada quando houver falência, estado de insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica provocados por má administração. 
	Para que você possa estar mais preparado(a) sobre o assunto da desconsideração é fundamental que leia o seguinte artigo doutrinário:
http://www.boletimjuridico.com.br/doutrina/texto.asp?id=830 
Depois da leitura, não se esqueça de ir ao Fórum e proceder com suas postagens conforme comentei no final da página anterior dessa aula web.
Já que você absorveu os conhecimentos anteriores, podemos avançar um pouco mais para tratar de algo importante: Quem pode compor um empresário, isso é, quem é permitido/autorizado figurar como sócio em sociedade empresária ou então como proprietário de empresário individual?
Certamente não podem ser todas as pessoas, razão pela qual a legislação fez algumas seleções/opções, criando assim um requisito principal que é a capacidade jurídica (como visto acima), ou seja, somente pode compor um empresário aquele que estiver em pleno exercício de seus direitos (capacidade de fato ou exercício).
	Observe que regra geral o problema é ser administrador de um empresário e não necessariamente ser sócio ou acionista, pois isso é permitido a todos. Sendo assim, as exceções à exigência acima (capacidade plena) são para a prática da administração (labor) empresarial.  
	Quer saber quais são as exceções? Então analise os sites com pequeninos textos (perguntas e respostas) que indico abaixo:
http://www.advogadocuritiba.com.br/seu-direito/Simples-nacional-menor-de-idade.asp?c=4425
http://www.advogadocuritiba.com.br/seu-direito/uma-pessoa-juridica-pode-ser-socia-de-uma-outra-empresa-juridica.asp?c=4225
http://www.advogadocuritiba.com.br/seu-direito/Quem-pode-ser-empresario.asp?c=3481
http://www.advogadocuritiba.com.br/seu-direito/Capacidade-de-Empresario-Individual.asp?c=433
http://www.direitosimplificado.com/materias/12032011_Sociedades_Empresarias.htm
Além do acima exposto, se por algumas das várias possibilidades um menor de 18 anos se torne emancipado, não haverá qualquer problema para ele ser um sócio administrador ou então titular de um Empresário Individual (antes chamado de Firma Individual).
Há ainda a possibilidade de um menor de 16 anos receber um empresário (popularmente se diz empresa) por herança ou doação, quando então passará a ser titular de ações ou quotas, compondo assim um empresário (mas não poderá administrar), porém, será representado por um responsável. Entre 16 e 18 anos poderá ser sócio, porém, deverá estar assistido (acompanhado) por um responsável jurídico (pais, por exemplo).
Esta é a previsão legal sobre o assunto. Na próxima página dessa aula web você verá quem está impedido de ser administrador empresarial, seja como sócio ou não.
Quanto aos impedimentos, anote aí quais são os principais:
1. O Brasileiro naturalizado há menos de 10 anos, em empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e imagens;
2. Cônjuges (casados) não podem ser sócios entre si, ou com terceiros, os cônjuges casados em regime de comunhão universal de bens ou de separação obrigatória; 
3. Médico para o exercício simultâneo da farmácia; 
4. Farmacêutico para o exercício simultâneo da medicina; 
5. Condenado a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos, ou por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato, ou contra a economia popular, contra o sistema financeiro nacional contra as normas de defesa da concorrência, contra relações de consumo, a fé pública ou a propriedade, enquanto perduraram os efeitos da condenação;
E então, está surpreso? Realmente são várias as situações que alguém, mesmo sendo capaz, está impedido de exercer a atividade de sócio como administrador, mas não são apenas estas, pois existem outras hipóteses. Veja só:
1. O cônsul, no seu distrito, salvo o não remunerado; 
2. O funcionário público federal civil ou militar da ativa. Em relação ao funcionário estadual e municipal, observar as respectivas legislações; 
3. O Chefe do Poder Executivo, federal, estadual ou municipal; 
4. O magistrado; 
5. Os membros do Ministério Público da União, que compreende: Ministério Público Federal; Ministério Público do Trabalho; Ministério Público Militar; Ministério Público do Distrito Federal e Territórios; 
6. Os membros do Ministério Público dos Estados, conforme a Constituição respectiva; 
7. O falido, enquanto não for legalmente reabilitado.
	Para informações complementares sobre o assunto vá aos sítios eletrônicos adiante informados e faça um estudo minucioso. Tenho certeza que você terá grandes aprendizados:
http://www.portaldoempreendedor.gov.br/empresario-individual/requisitos-e-impedimentos-pessoais
http://www.jurisway.org.br/v2/cursoonline.asp?id_curso=811&id_titulo=10260&pagina=9
Com isso, chegamos ao fim desta primeira parte da unidade I. Parabéns!
Aguardo você para juntos nos dedicarmos aos próximos e também interessantíssimos assuntos da próxima web aula.
QUESTÕES PARA REFLEXÃO:
1. Diante dos custos para utilização dos cartões de crédito ou débito, como fazer para aprimorar o comércio sem utilização de dinheiro em mãos? É possível? É confiável e seguro pagar com dinheiro ou cheque?
2. A desconsideração da pessoa jurídica é algo mais para o “bom” (eficaz, eficiente, etc) ou para o “mau” no sistema jurídico brasileiro? Como tal tema repercute no dia-a-dia empresarial?
GLOSSÁRIO:
Empresário: Titular de direitos e obrigações e não se confunde com a pessoa física ou jurídica que componha o seu quadro dos sócios.
Empresário Individual: Pessoa física equiparada a pessoa jurídica e que exerce individualmente a atividade empresarial.
Sociedade empresária: Duas ou mais pessoas (físicas ou jurídicas) que se unem para praticar uma atividade empresarial e que podem assumir algum dos formatos existentes (Sociedade Limitada; Anônima; em Comandita; etc).
PARA SABER MAIS:
Autor não identificado. Títulos de Crédito.  Disponível em: <http://www.jurisway.org.br/v2/cursosentrar.asp?id_curso=756>. Acesso em: 23 jan.2009
LFG. Material de Apoio. Direito Civil. Parte Geral. Disponível em < http://ww3.lfg.com.br/material/pablo/intreg_13e140202_dcivil_domiciliocivilepessoajuridica_Pablo.pdf. >. Acesso em 19 mar. 2014.
TOMAZETTE, Marlon. A desconsideração da personalidade jurídica: a teoria, o CDC e o novo Código Civil. Jus Navigandi, Teresina, ano 6, n. 58, ago. 2002. Disponível em: < http://direitocomercial.com/?cat=16 >. Acesso em: 19 mar. 2014.
APROFUNDANDO O CONHECIMENTO:
COELHO, Fábio Ulhoa. Manual de direito comercial: direito de empresa. 21. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. 520p.
VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito civil. 8.ed. São Paulo: Atlas, 2008. v. 1. 610p. 
Unidade 1 – Notas Promissórias, Duplicatas e Outras Modalidades Negociais
 
E então, o que achou sobre a aula web anterior?
Caso não tenha tido uma compreensão total, me envie um e-mail e irei auxiliar no que for preciso. Ok?
Sendo assim, vamos dar continuidade e agora estudar assuntos envolvendo títulos de crédito. Você se lembra do que isso se trata?
A fim de rememorar o tema, assista ao vídeo através do link abaixo informado e depois retorne. Estou lhe esperando!
Peço agora que veja o pequeno vídeo a seguir:
Talvez um dos mais conhecidos títulos de crédito seja o cheque, pois ainda hoje é muito utilizado. Inclusive ele tem recebido uma atenção especial nos últimosmeses já que a taxa de administração dos cartões de crédito/débito às vezes inviabiliza o negócio para o vendedor. Mas fique atento, porque há algumas situações ilegais nisso. Veja no vídeo:
http://portal.rpc.com.br/jl/edicaododia/conteudo.phtml?id=914002
 
http://www.igf.com.br/aprende/dicas/dicasResp.aspx?dica_Id=4322
Um outro vídeo interessante e que trata de muitas questões envolvendo o cheque é o trazido a seguir.
Obs: Apenas um complemento ao vídeo: o prazo para Apresentação/Depósito de um cheque regra geral é de 30 dias. Porém, se o cheque for emitido fora da cidade (cheque de outra praça) onde fica agência do correntista, então o prazo subirá para 60 dias. Todavia, no prazo prescricional os bancos também tentam compensar cheques eventualmente depositados.
http://www.conjur.com.br/2006-jun-28/emissao_premeditada_cheque_fundo_estelionato
http://jus.com.br/revista/texto/3104/a-desconsideracao-da-personalidade-juridica
http://www.mp.ba.gov.br/atuacao/criminal/material/o_cheque_pre_datado_e_o_direito_penal.pdf
Com isso você já está pronto para avançar à próxima página dessa aula web, agora a respeito das notas promissórias.
Aqui trataremos de algo importante, mas não tão usado como o cheque: A Nota Promissória.
Como o próprio nome diz, ela é uma PROMESSA DE PAGAMENTO. Desta forma, por ser promessa, o seu inadimplemento jamais configurará o crime de estelionato (igualmente acontece no cheque pós-datado).
Uma de suas grandes vantagens em relação ao cheque é que ela prescreve em 3 (três) anos. Sendo assim, depois de não paga, você ainda tem o referido prazo para mover uma ação de execução (podendo inclusive penhorar bens do devedor, levar a leilão, etc).
Por outro lado, uma das desvantagens é que a promissória não pode ser apresentada em banco para desconto, mas somente direto com o devedor. Com isso, este não sofre maiores problemas caso não pague (ao contrário do cheque, onde o inadimplente pode ter a conta bancária bloqueada/cancelada e ainda seu nome pode ser inscrito no CCF – Cadastro de Cheque sem Fundo do Banco Central do Brasil).
	Faça o seguinte agora, através do link abaixo vá ao item 3 do artigo doutrinário citado e analise quais são os requisitos legais para que uma nota promissória seja entendida como válida.
 http://www.jurisway.org.br/v2/cursosentrar.asp?id_curso=756
Depois de você adquirir estes conhecimentos, ficará mais fácil compreender o conceito da Promissória, qual seja: “A nota promissória é uma promessa do subscritor de pagar a quantia determinada ao tomador, ou à pessoa a quem esse transferir o título”. (Coelho, 2008, p.433)
Depois de ler o próximo conteúdo dessa aula web que tal passar lá no Fórum e se manifestar sobre o assunto? 
Olá.
Dando continuidade sobre o assunto da Nota Promissória, para que você possa visualizar melhor, abaixo trago um exemplo de nota promissória:
É interessante destacar em relação à Promissória que seu modelo é livre (ao contrário do cheque que segue o padrão determinado pelo Banco Central). Nada obstante, não pode faltar o preenchimento dos requisitos que você leu no texto indicado na página anterior dessa aula web.
Além disso, a Promissória é considerada um título não causal no que se refere à sua emissão. Explicando melhor, ela existe sem a necessidade de se identificar a sua causa.
Ao contrário do mencionado no parágrafo anterior ocorre com as duplicatas que não tenham sido aceitas (confirmadas) pelo devedor, quando então o credor deverá para exercer seus direitos (cobrança, protesto, etc) provar através de uma nota fiscal e recibo de entrega do produto ou prestação de serviços que a duplicata tem causa em alguma relação comercial.
Então, está pensando sobre o que é uma duplicata?
Faça o seguinte, abra o livro no qual a disciplina se encontra e localize o item que trata das Duplicatas, lá você encontrará a citação que fizemos (Coelho, 2008, p. 459) sobre o conceito desse título de crédito.
	Iniciando este nosso novo encontro, faça o seguinte: Através do link abaixo, leia o item “Apresentação” deste texto doutrinário indicado sobre as Duplicatas. Logo após retorne para continuarmos.
http://www.protestosbc.com.br/cartorio/titulos.asp?titulo=duplicata
Você deve ter percebido que a Duplicata é documento emitido após uma negociação comercial, motivo pelo qual deve (regra geral) estar acompanhada na Nota Fiscal e Recibo de entrega do produto ou prestação dos serviços. Tal exigência somente não acontecerá se houve o Aceite (anuência/concordância do devedor em relação ao conteúdo da duplicata).
	Para aprofundar os conhecimentos, vá ao mesmo link acima citado sobre as duplicatas e continue a leitura, eis que você identificará uma abordagem sobre a duplicata mercantil, bem como a respeito dos requisitos para sua validade. Vale destacar que o artigo doutrinário traz ainda um modelo de Duplicata. Depois retorne para continuarmos.
http://www.irib.org.br/html/biblioteca/biblioteca-detalhe.php?obr=58
A Duplicata é um título de crédito intimamente ligado ao dia-a-dia comercial, sendo assim muito utilizada pelos comerciantes para documentar a dívida de seus clientes advinda da venda de produtos ou prestação de serviços.
Responde para mim uma coisa: E aqueles boletos bancários que todos nós recebemos para pagamento de contas/faturas, são também duplicatas?
Vá então ao link abaixo e veja a resposta. Este texto indicado também trata do protesto dos Boletos Bancários, motivo pelo qual igualmente indico para visualização o segundo link a seguir, por ser imprescindível haja vista estar muito bem escrito, e ainda um vídeo interessante sobre o assunto:
Íntegra:
http://www.cosif.com.br/publica.asp?arquivo=20090318duplicata-boleto
http://www.migalhas.com.br/mostra_noticia_articuladas.aspx?cod=117412
http://jus.com.br/revista/texto/11728/protesto-por-indicacao-e-o-procedimento-executivo-da-duplicata-nao-aceita
	Introdução e itens 2 e 3: 
http://www.uj.com.br/publicacoes/doutrinas/2665/LEGALIDADE_DO_PROTESTO_DE_BOLETO_BANCARIO
Veja também o vídeo encontrado no seguinte link:
http://ead01.virtual.pucminas.br/videoconferencia/VC_panorama_cursos/duplicata_e_boleto_bancario_por_uma_necessaria_distincao.htm
Obs ao aluno quanto ao vídeo: toda a gravação indicada é muito interessante para uma amplitude do conhecimento. Todavia, você pode acessar diretamente os minutos (15’04” a 17’47”; 35’28” a 39’05”) sobre este assunto específico do protesto.
 
	Com a análise do Vídeo e dos artigos mencionados, você deve ter tido a compreensão total sobre o assunto, podendo retirar as conclusões a respeito. Agora, peço que você vá ao Fórum e faça sua postagem sobre a possibilidade ou não do protesto dos boletos bancários. Aguardo sua manifestação.
http://www.aldemario.adv.br/53.pdf 
Dando continuidade, você encontrará nesta página e na seguinte uma abordagem sobre Outras Modalidades Negociais, como a Faturização (ou Factoring), o Contrato de Conta Corrente, bem como a respeito dos Cartões de Crédito/Débito.
Quanto à Faturização ou Factoring, tem-se que seu conceito é: “prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestações de serviços (factoring).” (SEBRAE, O que é factoring? 2004. Disponível em: <http://www.pa.sebrae.com.br/sessoes/pse/tdn/tdn_fac_oque.asp>. Acesso em: 21 jan. 2009).
A definição acima é também encontrada no art. 28 da lei nº 8981/95, que, como você sabe, pode ser encontrada no sítio eletrônico http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/_Lei-Ordinaria.htm
Importante também destacar que uma empresa de Factoring não empresta ou capta dinheiro no mercado (ex: conta poupança ou corrente), porque estes são serviços bancários (SEBRAE – link acima informado).
A Faturização é caracterizada pela atividade de comprar créditos/direitos de outras empresas (pessoas jurídicas), assumindo assim os riscos de uma eventualinadimplência.
	Vá ao link abaixo e veja o pequeno texto sobre a diferença entre Factoring e o Sistema Bancário.
http://www.pa.sebrae.com.br/sessoes/pse/tdn/tdn_fac_dif.asp 
Atualmente, há um crescimento significativo das empresas de Faturização no Brasil, motivo pelo qual é importante você ter bom conhecimento a respeito.
Estou à disposição!
Para finalizar esta web aula, trago para você algumas informações a respeito da Conta Corrente e dos Cartões de Crédito/Débito.
No que se refere à Conta Corrente, tem-se que esta e do cotidiano dos cidadãos, eis que grande parte utiliza o sistema bancário para suas operações financeiras.
Basicamente em um contrato de conta corrente uma entidade bancária assume a obrigação de operar e movimentar uma conta conforme as ordens dadas pelo correntista (pagamento, depósito, crédito, débito, emissão de cheques, serviços de conta garantida – similar ao cheque especial, etc). Logicamente que alguns destes serviços exigem contrato especifico, mas todos eles estão ligados à existência da conta corrente.
	Para que você tenha outras informações a respeito, vá aos links abaixo e faça uma leitura rápida. Estou lhe aguardando para prosseguirmos! 
http://www.artigos.com/artigos/sociais/direito/contrato-de-conta-corrente-e-contrato-de-conta-salario:-disticao-basica-1399/artigo/
Modelo de Contrato de Conta Corrente:
http://www.unibanco.com.br/vste/arq/publicacao/_exc/_hom/contrato_conta_corrente.pdf
Para finalizar essa parte, fique atento à melhor forma para encerrar uma conta corrente. Para tanto, trago o texto do link abaixo: http://portaldoconsumidor.wordpress.com/2013/02/22/saiba-como-encerrar-sua-conta-corrente-corretamente-para-evitar-dores-de-cabeca/
No que se refere aos cartões, o de crédito/débito também se tornou algo bem comum. Porém, eles não podem ser confundidos com os cartões de afinidade (operados e entregues por entidades não lucrativas ou de outras espécies de empresários). No seguinte link você pode encontrar a diferença entre os vários tipos de cartões: http://www.igf.com.br/aprende/dicas/dicasResp.aspx?dica_Id=6032
Basicamente, os cartões de débito substituem as cédulas de dinheiro, já que no ato da compra o dinheiro sai imediatamente da sua conta bancária (que atualmente pode ser uma conta poupança ou corrente). Já na utilização do cartões de crédito, você assume com o banco uma obrigação de devolver o dinheiro que ele lhe empresa no ato da compra, pois você somente pagará pela compra que fez em uma data futura (pré-definida) e normalmente sem juros até o dia combinado, após, caso não haja pagamento integral, os juros geralmente são bem elevados.
	Para obter mais informações acesso o seguinte site (obs: dentro deste link há diversos outros com complementos interessantes):
http://www.financaspraticas.com.br/323508-Cart%C3%B5es-de-cr%C3%A9dito-X-Cart%C3%B5es-de-d%C3%A9bito.note.aspx
Concluindo, indico para você três pequenos vídeos com perguntas e respostas práticas a respeito dos cartões e um último com uma reportagem sobre como se livrar dos cartões quando eles te atormentam:
Quem paga a dívida do cartão depois da morte do titular?(http://tvuol.uol.com.br/permalink/?view/id=quem-paga-a-divida-do-cartao-depois-da-morte-do-titular-040272E0B18366/user=1575mnadmj5c/date=2008-02-07&&list/type=search/q=cartão crédito/)
Um banco pode bloquear cartão e encerrar conta sem motivo? (http://tvuol.uol.com.br/permalink/?view/id=um-banco-pode-bloquear-cartao-e-encerrar-conta-sem-motivo-040260C4B93326/user=1575mnadmj5c/date=2007-10-10&&list/type=search/q=cartão débito/)
Fatura que segue chegando em crédito cancelado. O que fazer? (http://tvuol.uol.com.br/permalink/?view/id=fatura-que-segue-chegando-em-credito-cancelado-o-que-fazer-04026CC0B98307/user=1575mnadmj5c/date=2008-07-08&&list/type=search/q=fatura crédito cancelado/)
QUESTÕES PARA REFLEXÃO:
1. Diante da atual situação da econômica e da massificação da utilização dos cartões, como você vê o futuro do cheque no Brasil?
2. Quais os requisitos para uma nota promissória e qual(is) as principais vantagens e desvantagens em relação ao cheque?
GLOSSÁRIO:
Cheque pós-datado: Popularmente conhecido por cheque pré-datado.
Prazo prescricional do cheque: 6 meses mais o prazo para apresentação (30 ou 60 dias – conforme a praça de compensação e de emissão do título).
Inadimplemento: Não pagamento
PARA SABER MAIS:
QUEIROZ, Ricardo Canguçu Barroso de. Teoria geral sobre os títulos de crédito. Disponível em: <http://www.advogado.adv.br/artigos/2000/barroso/teortitcredito.htm>. Acesso em: 17 jan. 2009
Autor não informado. Títulos de crédito. Disponível em: <http://www.dulliusekohn.com/au2.doc>. Acesso em: 17 jan. 2009
APROFUNDANDO O CONHECIMENTO:
BERTOLDI, Marcelo Marco.; RIBEIRO, Márcia Carla Pereira. Curso avançado de direito comercial. 4.ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2008.
COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de direito comercial. 12. ed. São Paulo: Saraiva, 2008.
HERKENHOFF, Henrique Geaquinto (Org.). Direito de empresas (Direito Civil). São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2008.
WEBAULA 2
Unidade 2 – Contratos, Práticas Abusivas e as Relações de Consumo
 
Olá, seja bem-vindo a esta nova unidade de estudo da aula web. Aqui você terá acesso singular (distinto) sobre as relações de consumo e os contratos e práticas abusivas.
Para iniciar, você sabe o que é um contrato?
Basicamente, é um trato (acordo) com alguém a fim de se estabelecer direitos e/ou obrigações. É através dos contratos que pessoas passam a ter responsabilidades e, se for escrito, materializa-se o pacto e as condições feitas verbalmente pelos contratantes.
Além disso, você já se perguntou o que é consumismo e a diferença para com o consumerismo – terminologia utilizada diante de relações de consumo?
Neste caso, além dos apontamentos sobre a diferença entre os dois termos acima, o link a seguir apontado também traz a importância do comportamento consciente do consumidor.
Faça um acompanhamento do vídeo (programa do rádio) e reflita sobre o assunto:
E aí? Está mais esclarecido sobre os assuntos?
Então vamos prosseguir!
Falamos acima que um contrato escrito materializa direitos e obrigações. Mas será que sempre este documento formal vai obrigar o consumidor a cumpri-lo?
	Para saber a resposta a isto, bem como outras considerações importantes, analise o contido nos artigos 46 a 48 da lei 8078/90 (C.D.C. – Código de Defesa e Proteção do Consumidor) no seguinte link:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8078.htm 
Então, como você analisou os artigos de lei acima indicados?
Manifeste sua opinião em nosso Fórum. Aguardo você!
Até nosso próximo conteúdo da web aula!
Agora continuaremos a analisar a vinculação do consumidor ao contrato, isso é, será que ele pode, por sua livre e unilateral vontade, simplesmente desistir do contrato (seja de produtos ou serviços) e nem ter que pagar multa em virtude da rescisão?
Sim é possível em duas situações:
	1º - Compra fora do estabelecimento comercial. Por exemplo: através da internet; por telefone; por vendedores externos; etc. Abaixo o que o C.D.C. diz sobre o assunto:
Art. 49. O consumidor pode desistir do contrato, no prazo de 7 dias a contar de sua assinatura ou do ato de recebimento do produto ou serviço, sempre que a contratação de fornecimento de produtos e serviços ocorrer fora do estabelecimento comercial, especialmente por telefone ou a domicílio.
Parágrafo único. Se o consumidor exercitar o direito de arrependimento previsto neste artigo, os valores eventualmente pagos, a qualquer título, durante o prazo de reflexão, serão devolvidos, de imediato, monetariamente atualizados.
2º - Vício insanável ou não corrigido do produto ou serviço. Quando o responsável pelo conserto de algum vício (defeito de qualidade ou quantidade) não devolver o produto arrumado ou prestar o serviço eficientemente no prazo de 30 dias ou outro (mínimo de 7 e máximo de 180).
Assim diz a lei 8078/90:
SEÇÃO III
Da Responsabilidade por Vício do Produto e do ServiçoArt. 18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade...
§ 1° Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, pode o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha:
I - a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso;
II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos;
III - o abatimento proporcional do preço.
Veja o vídeo a seguir indicado sobre o assunto acima:
 
https://www.youtube.com/watch?v=8gjTrcCoPlA
	Para complemento das informações acima, analise detalhadamente também os artigos 19 e 20 do C.D.C. e se atente que nestes casos (se não se encaixar na previsão do art.18) nem será preciso aguardar os 30 dias para conserto do produto ou nova realização dos serviços.
C.D.C.: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8078.htm.
Além disso, não se esqueça que é possível rescindir qualquer contrato, mas pode haver certa multa para tanto. Abaixo trago alguns vídeos para você refletir sobre o assunto. Bom estudo e até a próxima página dessa web aula.
Olá, vamos prosseguir no estudo do direito contratual nas relações de consumo?
Precisamos complementar o conhecimento a respeito dos contratos nas relações de consumo. Sendo assim, me diz uma coisa: você já ouviu falar em contratos de adesão?
Eu tenho certeza que você já deve ter lido um ou até mesmo assinado – o que é bem provável. Isto pois, contratos de adesão são todos aqueles em que você não consegue discutir adequadamente as cláusulas contratuais (Ex: Contratos bancários e de financiamento; etc).
Vá ao seguinte link e tenha outras informações interessantes sobre o assunto:
Um dos pontos mais importantes sobre os contratos de adesão é o disposto no parágrafo quarto do art. 54 do C.D.C., a saber:
	Art. 54. Contrato de adesão é aquele cujas cláusulas tenham sido aprovadas pela autoridade competente ou estabelecidas unilateralmente pelo fornecedor de produtos ou serviços, sem que o consumidor possa discutir ou modificar substancialmente seu conteúdo. 
 [...]
§ 4° As cláusulas que implicarem limitação de direito do consumidor deverão ser redigidas com destaque, permitindo sua imediata e fácil compreensão.
Com isso, ou se dá destaque às obrigações do consumidor, ou elas não serão válidas para este. Isto pois, além dessa determinação legal, não se esqueçam do art. 47 que garante ao consumidor que as cláusulas contratuais serão interpretadas de maneira mais favorável a ele.
Ok? Vamos prosseguir?
Além disso tudo, não se pode esquecer que a garantia (prazo em que o fornecedor – responsável pelo produto) é também um contrato. Há duas formas de garantia: Legal (estabelecida pela legislação – art. 26 do C.D.C.) e a Contratual (pactuado entre consumidor e fornecedor). Mas as duas se complementam ou uma está inserida dentro da outra?
	A resposta você pode encontrar no art. 50 do C.D.C.. Não deixe de analisar também o parágrafo único deste mesmo artigo e também o art. 74, também no C.D.C. (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8078.htm).
Até mais!
Você sabe o que são cláusulas abusivas? Sabia que o C.D.C. já estabelece previamente algumas em seu art. 51?
E mais, por serem contrárias à legislação essas cláusulas abusivas são consideradas nulas, ou seja, sem qualquer efeito (nem favorável e nem prejudicial) para quaisquer das partes contratantes.
Vamos conhecê-las então? Vejamos algumas delas:
	[...]
III - transfiram responsabilidades a terceiros;
[...]
X - permitam ao fornecedor, direta ou indiretamente, variação do preço de maneira unilateral;
XI - autorizem o fornecedor a cancelar o contrato unilateralmente, sem que igual direito seja conferido ao consumidor;
[...] 
Para conferir outras cláusulas abusivas vá ao C.D.C. (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8078.htm) e leia atentamente os incisos I a XVI do art. 51 e depois retorne para continuarmos.
Quanto aos contratos que envolvam produtos ou serviços mediante outorga de crédito ou financiamento, é fundamental também saber que o fornecedor deve (OBRIGAÇÃO) ser claro e informar prévia e adequadamente quanto a:
	[...]
I - preço do produto ou serviço em moeda corrente nacional;
II - montante dos juros de mora e da taxa efetiva anual de juros;
III - acréscimos legalmente previstos;
IV - número e periodicidade das prestações;
V - soma total a pagar, com e sem financiamento.
O não cumprimento destas obrigações pode gerar multa a ser imposta pelo Procon ou até mesmo descaracterizar uma obrigação do consumidor.
Por fim, cabe destacar duas regras importantes nos contratos de relações de consumo:
	Art. 52: [...]
§1º. As multas de mora decorrentes do inadimplemento de obrigações no seu termo não poderão ser superiores a dois por cento do valor da prestação. 
§2º. É assegurado ao consumidor a liquidação antecipada do débito, total ou parcialmente, mediante redução proporcional dos juros e demais acréscimos. 
Sabedor disso tudo, você já está capacitado para realizar bons negócios futuramente e também para exercer adequadamente seus direitos enquanto cidadão e consumidor.
Olá, nesta nova página você vai confirmar que a proteção do consumidor não se dá apenas nos contrato. Afinal, os abusos dos vendedores/fornecedores são bem comuns diante da ânsia deles em aumentar as vendas.
Para iniciar, dê uma olhada nos dois vídeos a seguir indicados:
http://storage.mais.uol.com.br/embed.swf?path=/3/74/72/&id=134647&host=http://st0.mais.uol.com.br&mediaId=empresa-esconde-preco-dos-produtos-o-que-posso-fazer-04023472E0915326&start_loading=true&start_paused=false&show_related=false&embed=false
 
Por acaso, sobre condutas abusivas, você pensou sobre as ligações de telemarketing que recebe várias vezes na semana? Então, veja a interessante matéria sobre o assunto refletindo sobre o seguinte vídeo:
http://storage.mais.uol.com.br/embed.swf?path=/3/23/3E/&id=101237&host=http://st0.mais.uol.com.br&mediaId=sp-as-ligacoes-de-telemarketing-poderao-ser-bloqueadas-0402336EE0B11326&start_loading=true&start_paused=false&show_related=false&embed=false
Pois é amigo(a), abusos contra os consumidores são cotidianos em todo o país. Em decorrência disso, o CDC em seu art. 39 estabelece práticas já antecipadamente consideradas abusivas. Vejamos algumas delas:
	Venda casada:
I - condicionar o fornecimento de produto ou de serviço ao fornecimento de outro produto ou serviço, bem como, sem justa causa, a limites quantitativos;
Amostra grátis.
III - enviar ou entregar ao consumidor, sem solicitação prévia, qualquer produto, ou fornecer qualquer serviço;
Abuso de crianças, deficientes, idosos, pessoas sem conhecimento, etc.
IV - prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do consumidor, tendo em vista sua idade, saúde, conhecimento ou condição social, para impingir-lhe seus produtos ou serviços;
Além dessas, quais sejam:
II - recusar atendimento às demandas dos consumidores, na exata medida de suas disponibilidades de estoque, e, ainda, de conformidade com os usos e costumes;
V - exigir do consumidor vantagem manifestamente excessiva;
Inexistência de orçamento ou autorização do consumidor
VI - executar serviços sem a prévia elaboração de orçamento e autorização expressa do consumidor, ressalvadas as decorrentes de práticas anteriores entre as partes;
VII - repassar informação depreciativa, referente a ato praticado pelo consumidor no exercício de seus direitos;
VIII - colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou serviço em desacordo com as normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou, se normas específicas não existirem, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas ou outra entidade credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Conmetro);
IX - recusar a venda de bens ou a prestação de serviços, diretamente a quem se disponha a adquiri-los mediante pronto pagamento, ressalvados os casos de intermediação reguladosem leis especiais; 
X - elevar sem justa causa o preço de produtos ou serviços.
Este é um rol (lista) meramente exemplificativa, isso é, outras práticas abusivas podem existir, eis que qualquer conduta que ferir os direitos dos consumidores e dos cidadãos será considerada prática ilegal e, assim, reprimida pelo Direito.
Até mais!
Chegamos ao último conteúdo dessa subunidade e você terá agora um conteúdo sobre as considerações gerais sobre as relações de consumo. Quer dizer, como funcionam e quais são as regras gerais aplicadas aos consumidores e fornecedores.
De início, veja a importância do CDC no dia-a-dia das pessoas, bem como a referência aos 18 anos do código no rápido vídeo a seguir:
Os dois vídeos a seguir trazidos são interessantes porque tratam a respeito do Direito em Sociedade e, especialmente, sobre os Direitos Básicos dos Consumidores e outras previsões do C.D.C.. Quero que você preste bastante atenção e reflita sobre o conteúdo, e, depois, faça suas considerações em nosso Fórum.
 
O que não se pode deixar de destacar é que todo o conteúdo do C.D.C. é composto por normas de ordem pública, isso é, normas de cumprimento obrigatório por todos os envolvidos na relação de consumo. Desta forma, por ser impositiva a legislação (conforme artigo 1º), não há como o consumidor abrir mão dos direitos expressamente previstos.
Inclusive em um processo o juiz DEVE julgar conforme o C.D.C. sempre que estiver diante de uma relação de consumo e que não houver uma norma superior (por exemplo, uma regra constitucional) que trate de forma diferente do assunto debatido.
Para finalizar, é preciso reforçar que um dos principais direitos do C.D.C. é o da INFORMAÇÃO, como expressamente afirmar o art. 6º,
	Art. 6º São direitos básicos do consumidor:
[...]
III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade e preço, bem como sobre os riscos que apresentem; 
Afinal, toda vez que faltar informação, o consumidor não será penalizado, responsabilizado ou ficará no prejuízo, mas sim o responsável pelo produto ou serviço que não atender às exigências consumeristas.
Aproveite a oportunidade e verifique alguns outros direitos básicos dos consumidores no art.4º do C.D.C. (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8078.htm). Tenha sempre em fácil acesso as normas dessa lei 8078/90 e use-as com habitualidade, pois assim se construirá um comércio e um país mais justo e respeitoso.
QUESTÕES PARA REFLEXÃO:
1. Como você entende a importância do C.D.C. para o comércio no Brasil?
2. No seu entendimento, o que pode ser melhorado em relação às normas previstas no C.D.C.?
GLOSSÁRIO:
Consumerista: Termo utilizado para se referir a algo sobre as relações de consumo.
Consumidor: é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo.
Fornecedor: é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.
Serviço: é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista.
Produto: é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial
PARA SABER MAIS:
BRASIL. Lei nº 8.078, de 11 setembro de 1990. Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 12 set. 1990. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8078.htm>. Acesso em: 20 jan. 2009.
BRASIL. PORTAL DO CONSUMIDOR. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Disponível em <http://www.portaldoconsumidor.gov.br/>. Acesso em: 12 jan. 2009
JURISWAY. Consumidor Brasil. Disponível em: <http://www.consumidorbrasil.com.br/>. Acesso em: 16 jan. 2009.
APROFUNDANDO O CONHECIMENTO:
GRINOVER, Ada Pellegrini et al. Código brasileiro de defesa do consumidor: comentado pelos autores do anteprojeto. 8. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2004.
BENJAMIN, Antonio Herman de Vasconcellos; MIRAGEM, Bruno Nubens Barbosa; MARQUES, Claudia Lima. Comentários ao Código de Defesa do Consumidor. 2ª ed. São Paulo: RT, 2005.
WEBAULA 2
Unidade 2 – Recuperação Extrajudicial de Empresas
 
Você já pensou no que significa o termo (palavra) RECUPERAR?
Pois bem, muitas vezes a compreensão de um determinado tema encontra um grande facilitador no entendimento das palavras. Você não concorda?
Por exemplo, quem nunca ouviu falar nas cidades de Belo Horizonte, Praia Grande ou Buenos Aires?
	 
	 
Preste atenção nas palavras sem ligá-las às cidades e verá que o nome de algo pode lhe mostrar muito de si mesmo.
Por conta disso, recuperação é a tentativa de restabelecer, reerguer uma coisa ou uma pessoa. No caso, trata-se de uma recuperação extrajudicial, isso é, extra (fora) do Judiciário brasileiro.
	Agora faça uma pequena pausa na leitura e reflita sobre o vídeo a seguir. Ele não é recente, mas explica o conteúdo e o espírito da atual legislação (à época do vídeo ainda em tramitação no Congresso Nacional):
De posse dessas informações, vamos prosseguir.
Sabendo o que é recuperação extrajudicial, completa-se pelo conhecimento sobre o que é Empresa – o que você já sabe (pelo material didático e pelas tele-aulas) que significa a atividade econômica em desenvolvimento.
Não é mais fácil assim? Por acaso você se lembrou da tal da Concordata? Mas saiba que isso nada tem que ver com a Recuperação de empresas, pois a concordata não existe mais em nossa legislação. Não se preocupe, afinal, a legislação sobre o assunto é nova.
Concordata era um meio de paralisar o pagamento de todas (ou da maioria) das dívidas, mas acabou sendo utilizada também por estelionatários que deterioraram o instrumento jurídico (um meio através do qual os cidadãos podem se proteger e agir) – o que fez cair em descrédito tal previsão legal.
Além disso, foi surgindo uma nova idéia, a de que as empresas geram grande repercussão social em seu dia-a-dia (pelos funcionários, programas sociais, ambientais, no quesito de movimento a economia, tributos, etc). Em decorrência disso, não poderiam simplesmente ser fechadas (declaradas falidas).
Eis então que surgem os modernos princípios do Direito Empresarial: o da Preservação das Empresas e o da Função Social da Empresa, mas esse é o próximo assunto dessa web aula.
Ficou curioso em saber mais sobre os princípios mencionados na página anterior? Então vamos lá.
Os princípios da Preservação e o da Função Social da Empresa são o reconhecimento da importância singular da empresa (atividade) econômica para com nossa atual sociedade. Sendo assim, não é qualquer problema ou dívida que levará automaticamente à quebra (falência).
Importante também destacar as palavras de Gladston Mamede ao refletir que recuperação não é salvo-conduto (remédio geral e eficaz) para o empresário ou a sociedade. Afinal, pode haver decisão que lhe seja contrária, mas benéfica à empresa (atividade).
Ademais, recuperar não é moratória (antiga concordata), mas sim um meio de tentar extirpar as causas dos problemas, reerguendo e reorganizando a empresa.
Mais do que esclarecedoras são as palavras de NONES sobre o princípio da preservação da empresa, veja só:
	“...a preservação da atividade empresarial, elevada à condição de princípio concretizante das funções econômica e social da empresa, abrange tanto o interesse individual dos sócios e da sociedade empresária quanto o interesse coletivo dos membros que compõem a Sociedade Civil. Contudo, ante o que foi exposto, sua interpretação deve harmonizar o interesse social (de caráterpúblico) e o interesse individual (de caráter privado), e, sem ferir os legítimos direitos individuais, sua prevalência deve dirigir-se, em regra, a favor do interesse geral da Sociedade e do Estado.” (Nones, 2008). 
Em muito bem escrito artigo sobre o princípio da função social da empresa, TOKARS assim se manifesta:
	“...a empresa gera interesse social, ainda que não esteja obrigada ao cumprimento da alegada função social. O fato de existir a empresa gera benefícios à sociedade: empregos são criados, tributos são recolhidos, incentiva-se a inovação, incrementa-se a concorrência (e a conseqüência busca pela eficiência).” (Tokars, 2008) 
E aí, o que você pensa a respeito?
	Diante da mais do que falada crise mundial, você já percebeu que atualmente os governos do mundo todo estão intervindo nas empresas e injetando dinheiro (especialmente nos bancos) para que elas continuem em atividade e se recuperem? Que se fala em meios e instrumentos jurídicos, econômicos, etc, como tentativas de proibir demissões?
	 
	 
	Sendo assim, você deve ter notado que Recuperação e Intervenção Pública na atividade Privada é assunto contemporâneo e cotidiano à realidade do mundo atual. Então vamos seguir!
Para iniciar e você já se integrar ao conteúdo, leia os seguintes trechos literários:
Páginas 44 a 68 do seguinte artigo:
COSTA JUNIOR, José Vinicius Bicalho. O princípio da preservação da empresa e o instituto da recuperação extrajudicial no direito brasileiro: A responsabilidade social do empresário. 2007. Disponível em: <http://www.mcampos.br/posgraduacao/mestrado/dissertacoes/2011/joseviniciusprincipiodapresevacaoempresainstituto.pdf>. Acesso em: 19 jan. 2009.
Íntegra do seguinte artigo:
LIMA. Mauricio G. do Nascimento R. Paradigmas constitucionais do patrimônio mínimo: uma abordagem sistêmica da função social da pessoa jurídica ante os procedimentos expropriatórios do Estado. Disponível em: <http://www.investidura.com.br/biblioteca-juridica/artigos/direito-constitucional/591-paradigmas-constitucionais-do-patrimonio-minimo-uma-abordagem-sistemica-da-funcao-social-da-pessoa-juridica-ante-os-procedimentos-expropriatorios-do-estado.html>. Acesso em: 15 jan. 2009.
Gostou do conteúdo? Conseguiu uma melhor compreensão sobre o assunto?
De posse dos conhecimentos extraídos dos links acima apontados, você deve ter identificado a distinta explicação do autor Jorge Lobo (citado por Costa Junior) sobre a Recuperação Extrajudicial de Empresas. Vale a pena lembrar novamente:
	O acordo pré-concursal tem natureza contratual, pois se aperfeiçoa pelo mútuo consenso das partes, não os impulsionando qualquer coação estatal, mas tão somente o propósito de compor, da melhor maneira possível para todos, o conflito real ou potencial de interesses entre o devedor e seus credores e, até mesmo, de credores entre si, preservando-se, ademais, o interesse social, através da manutenção das atividades empresariais. (Lobo apud Costa Junior, 2007)
Fale-se em acordo justamente porque a transação extrajudicial tem, principalmente, a anuência/aprovação dos credores, não existindo necessariamente a participação do Estado através do Judiciário.
	Sobre esse acordo é fundamental destacar dois pontos:
1. Informalidade na fase preambular; 
2. Em regra, a transação extrajudicial não gera efeitos para credores que não anuírem.
Fase preambular? Você deve estar se perguntando: o que é isso?
A Fase Preambular é a denominação dada por Waldo Fazzio Jr no que se refere à etapa extrajudicial do acordo, caracterizado pela livre pactuação, isso é, informalidade. Por sua vez, para que tenha efeitos mais amplos, esse acordo extrajudicial pode ser homologado judicialmente, que é a Fase Final.
Veja o que diz o caput do art. 163 da lei 11.101/2005 (Lei de falência e recuperação de empresas):
	Art. 163. O devedor poderá, também, requerer a homologação de plano de recuperação extrajudicial que obriga a todos os credores por ele abrangidos, desde que assinado por credores que representem mais de 3/5 (três quintos) de todos os créditos de cada espécie por ele abrangidos. 
Portanto, se houver apenas a fase preambular, não deixará de ser válido o acordo, mas terá efeitos apenas para aqueles que assinaram/anuíram. Caso se peça a homologação judicial do plano extrajudicial, e se tiver sido preenchido o quorum de 3/5, então gerará efeitos para outros credores da mesma espécie.
E aí? Está fácil ou difícil até agora?
Fácil, certo?
Afinal, a recuperação extrajudicial é simples mesmo. Já na próxima página dessa web aula trarei alguns apontamentos a mais, igualmente fáceis.
Dando continuidade à aula anterior.
É preciso agora esclarecer alguns detalhes. Vamos lá!
Plano de Recuperação: é o acordo materializado em um documento jurídico (por exemplo, um contrato ou termo de ajustamento de condutas). Nele estão contidas as novas regras que devem ser seguidas pelo devedor (empresário que não anda bem com os negócios ou então que prevê dificuldades em período próximo) e também pelos credores conforme as regras que colocamos na página imediatamente anterior.
Espécies de Créditos: São as faixas de classificação dos credores e dos créditos. Estes patamares são levados em consideração para a ordem de distribuição do créditos em caso de falência, bem como para se estabelecer os quoruns conforme acima informado.
	Faça o seguinte para analisar detalhadamente a seqüência dessas espécies: Vá ao sítio eletrônico a seguir indicado e leia atentamente o art. 83 da Lei de Falência e Recuperação de Empresas.
Site: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11101.htm
Créditos excluídos da Recuperação Extrajudicial: Conforme dispõe o art. 161 da Lei que você acabou de ler, não podem compor o plano de recuperação extrajudicial os créditos de natureza tributária, derivados da legislação do trabalho ou decorrentes de acidente de trabalho. Por conta disso, o acordo (mesmo que homologado judicialmente) não gera efeitos para estes grupos.
	Para compreender melhor como a recuperação pode ser ótima para uma empresa e para os empresários envolvidos, confira a reportagem encontrada no seguinte sítio eletrônico: 
http://www.piniweb.com.br/construcao/gestao/recuperacao-extrajudicial-evita-falencia-da-moura-schwark-102424-1.asp 
Você já se perguntou quem pode ser beneficiário do que está contido na legislação no que se refere à recuperação extrajudicial?
	Bem, para homologação judicial ou então para a Recuperação Judicial, são exigidos os seguintes requisitos:
a) Preenchimento das exigências contidas nos artigos 48;  161, §3º; 162; 163, §6º, da LFR:
b) Empresário regular há mais de 2 anos;
c) Não ser falido ou as obrigações estiverem extintas;
d) 2 anos sem obtenção de Recuperação ou pendência de recuperação extrajudicial.
e) 8 anos sem recuperação judicial se for ME ou EPP;
f) No processo, comprovar: Exposição da situação patrimonial; Demonstração contábeis com todas as informações e resultados do último exercício; Relação completa e detalhada de todos os credores e seus créditos; Trazer o Plano de Recuperação Extrajudicial. 
Algumas outras dicas importantes para você memorizar e guardar:
	• Não é necessária a homologação judicial se todos os credores assinarem o plano de recuperação extrajudicial. 
• Enquanto não houver a homologação judicial, a recuperação extrajudicial é mero acordo e não pode atingir/prejudicar credores não anuentes.
• Após homologação, se houver a assinatura de 3/5 dos créditos da espécie (patamar/classe do art. 83) envolvida no plano, haverá a obrigação de todos os credores neste inseridos (credores da espécie que ficam sujeitos ao plano) de cumprimento do mesmo.
Outro site com um bom trabalho sobre o assunto e que traz perguntas e respostas é o que indico para você como leitura: http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=4706
Chegando a este momento, na página seguinte dessa aula web vamos analisar os problemas, críticas e elogios à LFR. Aguardo você!
Depois deste extenso curso sobrerecuperação extrajudicial de empresas, certamente você já deve ter pensado a respeito de vários elogios, bem como dúvidas ou críticas à atual legislação. E isso é bem normal, já que o Direito é um constante evoluir (juntamente com a sociedade).
Sendo assim, quanto à recuperação extrajudicial de empresas, tem sido comum as seguintes reflexões:
	Críticas:
“Seria melhor que o texto [da LFR] começasse falando da recuperação extrajudicial, da recuperação judicial e da falência nessa ordem, pois o primeiro caminho para se tentar solucionar as dificuldades econômicas e financeiras do devedor seria a recuperação extrajudicial e não a recuperação judicial.” (Fonte:http://jus.com.br/revista/texto/6382/a-nova-lei-de-recuperacao-de-empresas-e-falencias).
Quanto ao procedimento judicial (especialmente a recuperação judicial): “A preparação do pedido judicial e dos documentos não é simples, as custas processuais e de advogado não são pequenas, a morosidade do procedimento judicial também influi negativamente, aliados ao fato da incompatibilidade insuperável do procedimento burocrático estatal com a agilidade negocial e administrativa exigida para tais casos.” (Fonte:http://www.profmcd.com.br/html_empresas/recuperacao_extrajudicial_vs_recuperacao_judicial_de_empresas.html)
  
	Elogios:
“A nova lei de falência, nº 11.101/05, instituiu a Recuperação de Empresas em substituição às Concordatas. Tanto o instituto da Concordata quanto o da Recuperação visam a reorganização econômica da empresa para preservação da unidade produtiva.” (Fonte: http://www.profmcd.com.br/html_empresas/recuperacao_extrajudicial_vs_recuperacao_judicial_de_empresas.html)
“A recuperação extrajudicial propicia uma nova solução em que o devedor negocia diretamente com os credores e o plano de recuperação vai para a Justiça apenas para ser homologado. É um procedimento muito mais rápido e financeiramente atrativo do que a recuperação judicial.” (Fonte: http://www.impaccto.com.br/modules/mastop_publish/?tac=Recupera%E7%E3o_Extra_Judicial)
“...vantagens da Recuperação Extrajudicial tais como: a) Reuniões envolvendo as partes mais informais e técnicas; b) Agilidade nas negociações e nos Acordos;
c) Participação de pessoal técnico mais capacitado para discussões negociais; d) Diminuição de custos; e) Não interferência negocial de administrador judicial.” (Fonte: http://www.oabsorocaba.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=262&Itemid=38)
“A grande vantagem da recuperação extrajudicial é que não precisa de unanimidade entre os credores. "Se três quintos dos credores assinarem o plano, os demais são obrigados a aceitá-lo”, explica. Uma das vantagens da recuperação é que as despesas são menores. Outra vantagem  deve-se ao fato de ser uma solução menos burocrática, mais rápida, amigável e que promove uma maior proximidade entre o devedor e os credores.” (Fonte: http://www.impaccto.com.br/modules/mastop_publish/?tac=Recupera%E7%E3o_Extra_Judicial) 
E você, quais críticas e elogios têm sobre a recuperação de empresas? Após estudar e refletir, poste sua reflexão em nosso Fórum. Estou te aguardando lá!
QUESTÕES PARA REFLEXÃO:
1. Todas as empresas são sujeitas à recuperação, mesmo aquelas cuja atividade não interessam tanto à sociedade ou às vezes até a reprimirem?
2. A Função Social da Empresa e os benefícios que conseguem diante de uma recuperação não autorizaria (num futuro imaginário e mais caótico para as empresas e para as finanças do país) o governo em situações normais (ou anormais também) a pensar que tem direito de interferir na administração ou propriedade dessa empresa?
3. O que é a recuperação extrajudicial de empresas e quais seus benefícios diante da recuperação judicial ou do processo de falência?
GLOSSÁRIO:
Caput: Significa cabeça, que numa lei é o parágrafo inicial de determinado artigo.
Homologar: Chancelar, concodar, dar o ok!
Transação: Nada mais é do que um Pacto/Acordo.
PARA SABER MAIS:
HOOG, Wilson Alberto Zappa. A recuperação judicial e extrajudicial da empresa.
NONES. Nelson. Sobre o princípio da preservação da empresa. On the principle of company preservation. 2008. Disponível em: <http://proxy.furb.br/ojs/index.php/juridica/article/viewFile/841/661>. Acesso em: 20 jan. 2009.
TOKARS, Fabio. Função (ou interesse?) social da empresa. 2008. Disponível em: <http://www.parana-online.com.br/colunistas/277/59358/>. Acesso em: 18 jan. 2009.
APROFUNDANDO O CONHECIMENTO:
BERTOLDI, Marcelo Marco.; RIBEIRO, Márcia Carla Pereira. Curso avançado de direito comercial. 4.ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2008.
BRASIL. Lei nº 11.101, de 09 fev. 2005. Regula a recuperação judicial, a extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 09 fev. 2005. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11101.htm>. Acesso em: 14 jan. 2009.
COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de direito comercial. 12. ed. São Paulo: Saraiva, 2008.
MAMEDE, Gladson. Manual de direito empresarial. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2007.

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