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Principais Bactérias de Importância Clínica
As bactérias são organismos unicelulares que podem ser classificados em diferentes grupos, sendo algumas delas patogênicas e capazes de causar uma variedade de infecções e doenças em
seres humanos. Abaixo está uma análise mais detalhada das principais bactérias de importância clínica, com foco nas características, patogenia, epidemiologia, manifestações clínicas e
considerações sobre tratamento.
COCOS GRAM POSITIVOS
1. Staphylococcus spp.
Mais de 30 espécies, sendo que três são agentes importantes em bacteriologia médica: S.aureus, S.epidermidis e
S.saprophyticus;
Cultivados em vários meios de cultura (em aerobiose) Temperatura ideal para o crescimento: 37°C.
Colônias em meio sólido: esféricas, pequenas e pode haver pigmentos;
● Staphylococcus aureus
Características: Bactéria Gram-positiva, esférica, coagulase positiva.
Geralmente hemolítica; Produção das enzimas catalase e coagulase; Fermentação do manitol;
Patogenia: Produz uma variedade de toxinas (exotoxinas), incluindo enterotoxinas e toxinas do choque tóxico. Capaz
de formar biofilmes, facilitando a colonização de dispositivos médicos.
Epidemiologia: Comum em infecções hospitalares e comunitárias. A resistência à meticilina (MRSA) é uma
preocupação significativa.
Manifestações Clínicas: Infecções cutâneas, pneumonia, endocardite, síndrome do choque tóxico, intoxicação
alimentar.
Tratamento: Antibióticos, com a resistência ao tratamento sendo um desafio.
● Staphylococcus epidermidis
Características: Bactéria Gram-positiva, coagulase negativa.
Patogenia: Associada a infecções em dispositivos médicos devido à formação de biofilme.
Epidemiologia: Comum na flora da pele, especialmente em pacientes imunocomprometidos.
Manifestações Clínicas: Infecções associadas a cateteres, próteses e infecções em pacientes com sistema
imunológico comprometido.
Tratamento: Difícil devido à resistência a múltiplos fármacos.
2. Streptococcus spp.
Anaeróbios tolerantes ao oxigênio: crescem em aerobiose, mas não respiram, apenas fermentam.
Envolvidos em várias doenças: faringites, cárie, febre puerperal, erisipela, escarlatina e mesmo septicemias
A capacidade de produzir hemólise é importante na classificação laboratorial:
Beta-hemolticos: hemólise total em torno da colônia (lise dos eritrócitos de carneiro a 5%).
Causam várias doenças: faringites, infecções dos tecidos moles e sérias complicações;
Subclassificadas em grupos, de acordo com diferentes polissacarídeos de parede celular (A a V): As do grupo A, são
as mais importantes na clínica humana (Streptococcus pyogenes); seguidas das do gupo B (S.agalactiae),
envolvidas, principalmente, em meningites, septicemias neonatais e infecções pós parto;
Alfa-hemolíticos: Hemólise parcial em torno da colônia (a hemoglobina dos eritrócitos adquire coloração
esverdeada).
Podem causar pneumonia, meningite ( Streptococcus pneumoniae ) e endocardite subaguda (grupo viridans);
Gama-hemolíticos ou anemolíticos: não fazem hemólise;
● Streptococcus pyogenes (Grupo A)
Características: Bactéria Gram-positiva, em forma de cocos, beta-hemolítica.
Patogenia: Produz várias exotoxinas, enzimas e proteínas que facilitam a invasão e a evitação da resposta imune.
Epidemiologia: Transmissão por contato direto e gotículas respiratórias.
Manifestações Clínicas: Faringite estreptocócica, impetigo, febre reumática, glomerulonefrite pós-infecciosa.
Tratamento: Antibióticos (penicilina é o tratamento de escolha).
● Streptococcus pneumoniae
Características: Bactéria Gram-positiva, diplococo, alfa-hemolítica.
Patogenia: Possui uma cápsula que inibe a fagocitose.
Epidemiologia: Comum em crianças e idosos, transmissão por gotículas respiratórias.
Manifestações Clínicas: Pneumonia, meningite, otite média, sinusite.
Tratamento: Antibióticos, com resistência emergente a penicilinas.
BASTONETES GRAM POSITIVOS
1. Clostridium spp.
● Clostridium difficile
Características: Bactéria Gram-positiva, formadora de esporos.
Patogenia: Produção de toxinas que causam colite.
Epidemiologia: Associada ao uso de antibióticos, comum em ambientes hospitalares.
Manifestações Clínicas: Diarreia associada a antibióticos, colite pseudomembranosa.
Tratamento: Antibióticos específicos (metronidazol ou vancomicina) e medidas de controle de infecção.
● Clostridium tetani
Características: Bactéria Gram-positiva, formadora de esporos, com forma de bastonete.
Patogenia: Produz uma potente neurotoxina chamada tetanospasmina, que interfere na liberação de
neurotransmissores inibitórios, levando a contrações musculares espasmódicas.
Epidemiologia: Ocorre no solo e nas fezes dos animais; a infecção é comum em feridas contaminadas por esporos,
especialmente em condições de baixa oxigenação.
Manifestações Clínicas: Tétano, que se manifesta com espasmos musculares dolorosos, rigidez da mandíbula
(trismo) e dificuldades respiratórias, podendo ser fatal sem tratamento adequado.
Tratamento: Inclui administração de antitoxina tetânica (imunoglobulina), cuidados de suporte, como ventilação
mecânica se necessário, e antibióticos para controlar a infecção. A vacinação com a vacina DTPa (difteria, tétano e
coqueluche) é crucial para prevenção.
● Clostridium botulinum
Características: Bactéria Gram-positiva, formadora de esporos.
Patogenia: Produção de toxina botulínica, que afeta o sistema nervoso.
Epidemiologia: Presente em alimentos mal conservados; risco em conservas caseiras.
Manifestações Clínicas: Botulismo, paralisia flácida.
Tratamento: Antitoxina botulínica e suporte respiratório.
● Clostridium perfringens
Características: Bactéria Gram-positiva, formadora de esporos, anaeróbica, em forma de bastonete.
Patogenia: Produz várias toxinas, incluindo a toxina alfa, que causa lesões nos tecidos e destruição das células
sanguíneas. A rápida multiplicação em condições anaeróbicas contribui para a gravidade das infecções.
Epidemiologia: Comum no ambiente, especialmente em solo e intestinos de animais. Pode ser transmitida por
alimentos contaminados, especialmente carnes e produtos à base de carne mal cozidos.
Manifestações Clínicas:
Infecção alimentar: Diarreia e cólicas abdominais, geralmente autolimitadas.
Gangrena gasosa: Infecção necrosante que ocorre em feridas profundas ou cirurgias, caracterizada por dor intensa,
produção de gás nos tecidos e rápida deterioração do estado do paciente.
Tratamento: Em casos de intoxicação alimentar, o tratamento é principalmente sintomático (hidratação). Para
gangrena gasosa, é necessário desbridamento cirúrgico, tratamento com antibióticos (como penicilina) e, em casos
graves, oxigenoterapia hiperbárica.
2.Listeria monocytogenes
Características: Bactéria Gram-positiva, em forma de bastonete, móvel, e capaz de crescer a temperaturas de
refrigeração (0-45 °C).
Patogenia: L. monocytogenes possui uma notável capacidade de evadir o sistema imunológico, permitindo que se
multiplique dentro das células do hospedeiro. A bactéria utiliza a actina da célula hospedeira para se mover entre as
células, facilitando a disseminação.
Diagnóstico: Isolamento: o microrganismo cresce bem em Ágar sangue e outros meios gerais;
Epidemiologia: Transmissão ocorre principalmente por meio do consumo de alimentos contaminados, especialmente
laticínios não pasteurizados, carnes processadas e vegetais crus. Os grupos de risco incluem gestantes,
recém-nascidos, idosos e indivíduos imunocomprometidos.
Em mulheres grávidas, pode afetar a placenta e o feto, levando ao aborto.
Manifestações Clínicas: A infecção pode variar de leve a grave, manifestando-se como listeriose. Os sintomas
incluem febre, mialgia, e em casos mais graves, meningite, septicemia e aborto espontâneo em gestantes.
Tratamento: A listeriose é tratada com antibióticos, como penicilina ou ampicilina. A terapia deve ser iniciada
prontamente, especialmente em casos de meningite ou infecções em gestantes.
COCOS GRAM NEGATIVOS
1. Neisseria spp.
diplococos Gram-negativos, com morfologia semelhante a rins (riniformes) ou a grãos de feijão ou café;
Duas espécies patogênicasao homem
Sangue e proteínas animais estimulam seu crescimento; atmosfera com 10% de CO2 é ideal para o crescimento.
Possuem resistência natural vancomicina e polimixina;
● Neisseria gonorrhoeae
Características: Bactéria Gram-negativa, diplococo.
Patogenia: Adesão às células epiteliais e evitação da resposta imune.
Epidemiologia: Transmissão sexual.
Manifestações Clínicas: Gonorreia, infecções pélvicas.
Tratamento: Antibióticos (resistência é um problema crescente).
● Neisseria meningitidis
Características: Bactéria Gram-negativa, diplococo, possui cápsula.
Patogenia: Invasão da corrente sanguínea, podendo levar a meningite.
Epidemiologia: Transmissão por gotículas respiratórias; surtos em comunidades fechadas.
Manifestações Clínicas: Meningite meningocócica, septicemia.
Tratamento: Antibióticos, profilaxia em surtos.
BASTONETES GRAM NEGATIVOS
1.Enterobacteriaceae: família das bactéria entéricas (podem ser encontrados na natureza, mas a maioria habita o
intestino de animais e do homem)
Diagnóstico: coprocultura, identificação bioquímica e sorologia de um modo geral.
Prevenção: Manipulação e preparo correto de alimentos, bem como a ingestão de água fervida e filtrada.
2. Escherichia coli
Características: Bactéria Gram-negativa, em forma de bastonete, parte da flora intestinal normal.
Patogenia: Diversos sorotipos patogênicos, como E. coli O157:H7, que produz a toxina Shiga.
Epidemiologia: Transmissão fecal-oral, comum em alimentos contaminados.
Manifestações Clínicas: Diarreia, síndrome hemolítico-urêmica (SHU), infecções do trato urinário.
Tratamento: Hidratação e, em casos de infecção do trato urinário, antibióticos apropriados.
3. Salmonella spp.
Características: Bactéria Gram-negativa, em forma de bastonete, móvel.
Patogenia: Invasão de células do intestino delgado, causando inflamação.
Epidemiologia: Transmissão por alimentos contaminados, especialmente ovos e carne.
Manifestações Clínicas: Salmonelose, febre tifoide, gastroenterite.
Tratamento: Em casos graves, antibióticos podem ser necessários; no entanto, a reidratação é crucial.
A Salmonella Typhi causa a febre tifoide: febre contínua e pode haver hemorragia intestinal, pode ser fatal, se não
tratada;
4. Shigella spp.
Características: Bactéria Gram-negativa, em forma de bastonete.
Patogenia: Baixa dose infecciosa; invasão das células epiteliais intestinais.
Epidemiologia: Transmissão fecal-oral, comum em ambientes com condições sanitárias inadequadas.
Manifestações Clínicas: Disenteria, diarreia sanguinolenta, febre.
Tratamento: Antibióticos em casos graves; a reidratação é essencial.
Devido à invasão e destruição da mucosa, o paciente pode apresentar disenteria de início súbito, espasmos
abdominais seguidos de diarreia e febre, com sangue e muco nas fezes.
Espécies caudadoras: Shigella sonnei, S. boydii, S. flexneri, e S. dysenteriae
Período de incubação: 12 a 48h; Duração da doença: 4-7 dias
Cerca de 2% dos surtos de Doenças Transmitidas por Alimentos/Água em SP são causados por Shigella: cerca de
396 pessoas por ano.
5.Yersinia
Classificação: O gênero Yersinia pertence à família Enterobacteriaceae e inclui várias espécies de importância
clínica, sendo as mais conhecidas Yersinia pestis, Yersinia enterocolitica e Yersinia pseudotuberculosis.
Morfologia: São bactérias Gram-negativas, em forma de bastonete, não formadoras de esporos e móveis em
temperaturas superiores a 30°C. Apresentam uma coloração característica em meios de cultura, como o ágar
MacConkey.
Yersinia enterocolitica e Yersinia pseudotuberculosis são patógenos entéricos que causam infecções
gastrointestinais, invadindo as células intestinais e provocando inflamação.
● Yersinia pestis: Agente etiológico da peste;
Reservatório:roedores silvestres e domésticos;
Transmitida Pela Picada De Pulgas Contaminadas(peste bubônica); e também pessoa-a-pessoa, via inalação direta
de aerossóis de pessoa infectada nos pulmões (peste pneumônica);
Microrganismo Considerado De Alta Letalidade.
● Yersinia enterocolitica:
Causa doenças como conjuntivite e osteomielites, sendo a infecção intestinal, a síndrome mais comum: causa febre
e dor abdominal (semelhante à apendicite por cconta da intensa inflamação no intestino);
Em pacientes debilitados, pode ter disseminação sistêmica, levando o paciente, após a cura da infecção intestinal, a
artrite e outras complicações.
Transmissão:por alimentos contaminados, especialmente carne de porco, e água contaminada.
Manifestações Clínicas
Peste: Yersinia pestis pode causar diferentes formas de peste: peste bubônica (caracterizada por linfonodos
inchados), peste septicêmica (infecção sistêmica) e peste pneumônica (infecção pulmonar). Os sintomas incluem
febre, calafrios, dor muscular e fraqueza.
Yersinose: Infecções causadas por Yersinia enterocolitica e Yersinia pseudotuberculosis se manifestam como
gastroenterite, apresentando diarreia, dor abdominal e febre. A infecção pode levar a complicações, como a síndrome
de pós-infecciosa chamada síndrome de Reiter.
Diagnóstico: O diagnóstico de peste é feito através de culturas de sangue ou secreções de linfonodos. As infecções
por Yersinia enterocolitica são diagnosticadas pela cultura de fezes, onde a presença da bactéria é confirmada.
Vibrio: Bacilos Gram-negativos em formato de vírgula.
● Vibrio cholerae: causadora da cólera;
Doença sem febre ou cólicas, caracterizada por náuseas, vômitos e diarréia profusa, que pode levar à morte por
desidratação;
Relacionada à falta de higiene, já que ocorre pela ingestão de água e alimentps contaminados por fezes;
Período de incubação: de 2 a 3 dias, e a diarreia pode durar até 7 dias.
Diagnóstico: coprocultura inicial em Água peptonada alcalina (APA) e posterior isolamento em meio de cultura
próprio (TCBS), seguido de bioquímica e sorologia.
● Pseudomonas:
Pseudomonas aeruginosa: 70% das infecções por Pseudomonas;
Patógeno oportunista, pode causar várias doenças (infecções localizadas – feridas cirúrgicas, pacientes queimados
e até septicemias)
Resistente a antibióticos e antissépticos: infecções hospitalares;
Isolada pela cultura e identificada com base em provas bioquímicas (não fermenta glicose e é oxidase positiva) e na
capacidade de algumas cepas produzirem um pigmento azul-esverdeado chamado piocianina.
Helicobacter pylori
Características: Bactéria Gram-negativa, microaerofílica, em forma de espiral.
Patogenia: Produz urease, que neutraliza o ácido gástrico, permitindo sua sobrevivência no ambiente ácido do
estômago. Pode causar inflamação crônica e está associada a úlceras pépticas e câncer gástrico.
Epidemiologia: Transmissão fecal-oral ou por via oral-oral, prevalente em populações com condições sanitárias
inadequadas.
Manifestações Clínicas: Gastrite crônica, úlceras gástricas e duodenais, câncer gástrico.
Tratamento: Tratamento de erradicação que geralmente inclui uma combinação de antibióticos (como amoxicilina e
claritromicina) e inibidores da bomba de prótons (IBP) para reduzir a acidez estomacal.
Haemophilus: fastidiosos (exigência de fatores X e/ou V no ágar chocolate) e temperatura ótima de 37°C;
● Haemophilus influenzae é a principal espécie relacionada ao homem:
Causa doenças do trato respiratório (habita a nasofaringe), é ainda a principal causa da meningite precedida de
otite em crianas de 3 meses a 2 anos.
Diagnóstico: Esfregaços corados pelo Gram e cultura precedida de identificação sorolgica do tipo capsular.
Espiroquetas
● Treponema: Treponema pallidum é o principal: sífilis.
Adquirida por contato sexual,essa doença se manifesta como lesões no pênis e trato geniturinário (mais profundo);
Transmissão horizontal e vertical (ultrapassar a barreira placentária).
Não É Cultivável Em Meio De Cultura.
Diagnóstico: Sífilis primária: microscopia de campo escuro ou imunofluorescência da secreção da lesão (cancro
duro); Após este estágio, diagnóstico sorológico (VDRL).
Bacillus anthracis NÃO ESTUDA!
Características: Bactéria Gram-positiva, formadora de esporos.
Patogenia: Produção de toxinas que causam edema e morte celular.
Epidemiologia:Transmissão por inalação de esporos, contato com produtos de origem animal contaminados.
Manifestações Clínicas: Antraz cutâneo, pulmonar e gastrointestinal.
Tratamento: Antibióticos (ciprofloxacino, penicilina).
MICOBACTERIA Mycobacterium
Bastonetes finos aeróbios, não formadores de esporos, variando entre 0,3 a 0,6m por 0,5 a 4,0m;
Não são coradas pelo método GRAM (resistentes à descoração) (Álcool-ácido resistentes-BAAR) devido a presença
de ácido micólico e outros lipídeos complexos em sua parede.
Maioria das espécies é oportunista de imunocomprometidos;
Duas espécies são responsáveis por duas doenças importantes: a Hanseníase e a Tuberculose.
Mycobacterium spp.
● Mycobacterium tuberculosis
Características: Bactéria Gram-positiva, de crescimento lento, com parede celular rica em lipídios.
Patogenia: Evita a fusão do fagossomo com o lisossomo, sobrevivendo dentro de macrófagos.
Epidemiologia: Transmissão por gotículas respiratórias, prevalente em áreas com alta densidade populacional.
Manifestações Clínicas: Tuberculose pulmonar e extrapulmonar.
Tratamento: Terapia combinada de antibióticos por longos períodos.
● Mycobacterium leprae
Características: Bactéria Gram-positiva, causa hanseníase.
Patogenia: Invasão de células do sistema nervoso periférico.
Epidemiologia: Transmissão por contato prolongado; prevalência em áreas tropicais.
Manifestações Clínicas: Lesões cutâneas, neuropatia.
Tratamento: Terapia combinada com rifampicina, dapsona e clofazimina.
Outras Bactérias que não Coram por GRAM
● Mycoplasma:
Tamanho reduzido;
Membrana flexível: sem parede celular!
Podem parasitar células ou viver fora delas;
Podem causar pneumonia
● Chlamydia:
Não cora pelo GRAM, mas é classificada como GRAM
negativa, pela fina camada de peptideoglicano;
Parasita intracelular obrigatório;
Causa uretrite e tracoma (inflamação na conjuntiva);
Causa infertilidade;

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