Aula 10-Ascaridíase

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Ascaris lumbricoides 
Ascaridíase 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Ascaris lumbricoides: Ascaridíase 
Introdução 
• Filo: Nematoda 
 
• Família: Ascarididae 
 
• Subfamília: Ascaridinae 
 
• Gênero: Ascaris 
 
• Espécies: Ascaris lumbricoides 
 Ascaris suum 
 
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METAZOÁRIOS 
Platelmintos Nematóides 
Vermes achatados dorsoventralmente 
Apresentam simetria bilateral 
Corpo constituído por três camadas: 
1. Epiderme uniestratificada 
2. Duas camadas musculares (a primeira 
composta por músculos circulares e a segunda 
por músculos longitudinais)_Proteção, 
locomoção e como esqueleto 
São animais triblásticos (3 tecidos) 
- ectoderme, mesoderme e endoderme 
Protostômios (simetria lateral) 
Pseudocelomados (mesoderme) 
Exibem simetria bilateral 
Corpo cilíndrico, alongado e não 
segmentado 
Sistemas circulatório e respiratório ausentes Sistemas circulatório e respiratório ausentes 
Sistema digestivo (incompleto ou ausente) Possuem sistema digestivo completo 
Sistema nervoso central que é formado por um anel 
nervoso, ligado a cordões longitudinais ou por um par 
de gânglios cerebróides 
Sistema nervoso parcialmente 
centralizado, com anel nervoso ao 
redor da faringe 
Sistema excretor composto por células-flama (ou 
solenócitos, ou protonefrídios) - eliminam os 
excretas para a superfície corpórea 
Sistema excretor composto por dois 
canais longitudinais 
Sistema reprodutor 
Geralmente são hermafroditas monóicos sendo que 
alguns se reproduzem por partenogênese 
Sistema reprodutor 
Geralmente são dióicos sendo que alguns se 
reproduzem por partenogênese 
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Nematóides parasitas do homem 
• Camadas de um 
nematóide: 
– Cutícula 
• Córtex 
• Matriz 
• Estrato fibroso 
– Hipoderme 
• Sincicial / celular 
• Cordões longitudinais 
– Musculatura 
• Sentido longitudinal 
– Pseudoceloma 
• Líquido sob pressão 
• Esqueleto hidrostático 
– Locomoção 
– Distribuição gasosa e 
de nutrientes 
– Aparelho digestivo 
• Boca apical, ânus 
subterminal 
• Estomodeu (boca), 
intestino médio, 
proctodeu (posterior) 
 
1mm a 1m 
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Cutícula, hipoderme e célula muscular 
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Nutrição e metabolismo 
• Luz dos tubos digestivos 
• Fixam-se na mucosas dos tubos 
• Penetração parcial na mucosa 
• Nos tecidos do hospedeiro 
 
• Reservas energéticas 
• Aerobiose 
• Distribuição gasosa e de nutrientes 
 
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Grande importância médico-veterinária 
• Ascaris lumbricoides 
– Parasitam o intestino delgado de humanos; 
• Ascaris suum 
– Parasitam o intestino delgado de suínos; 
 
• A mais frequente e cosmopolita helmintíase humana 
• Popularmente conhecidos como 
– lombriga ou bicha 
 
• Causam: Ascaridíase 
 
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Ascaris lumbricoides 
• Encontrado em quase todos os países do 
mundo; 
 
• Depende: 
– Condições climáticas e ambientais; 
– Grau de desenvolvimento socioeconômico da 
população; 
 
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• Prevalência em aproximadamente 60% da 
população brasileira; 
 
 
• Mesmo com as campanhas nas escolas a 
parasitemia ainda é alta; 
 
 
• Prevalece em menores de 12 anos. 
 
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Morfologia 
• Deve observar as fases evolutivas de seu ciclo biológico: 
macho, fêmea e ovo. 
• Formas adultas: Longas, robustas, cilíndricas, extremidades 
afiladas 
 
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Verme adulto 
 
A extremidade posterior das 
fêmeas é quase reta, enquanto a dos 
machos é enrolada ventralmente em 
espiral. 
Ascaris lumbricoides: 
A, fêmea; B, macho 
Morfologia 
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Morfologia 
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• Machos: 
– 20 - 30cm de comprimento; 
– Cor leitosa; 
– Ducto espermático 
– Canal ejaculador 
– Presença de glândulas prostáticas 
– Reto próximo a porção posterior; 
– Boca ou vestíbulo bucal na extremidade anterior com 
serrilha de dentículos; 
– Testículo filiforme; 
– 2 epículos (órgãos acessórios da cópula); 
– Porção posterior encurvada para face ventral; 
 
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• Fêmeas: 
– 30 - 40cm de comprimento; 
– Mais robustas que os machos; 
– Cor, boca, aparelho digestivo semelhante aos 
machos; 
– 2 ovários filiformes enovelados continuam como 
ovidutos; 
– 2 úteros se unem em uma vagina anterior; 
– Extremidade posterior é retilínea. 
– Uma fêmea produz cerca de 200.000 ovos por dia. 
 
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Extremidade anterior de Ascaris lumbricoides. Encontram-se em torno da 
boca três lábios providos de papilas sensoriais. 
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Sistema nervoso e órgãos do sentido 
 
• Anel nervoso ao redor do esôfago 
– feixes nervosos longitudinais 
partem em direção anterior e 
posterior 
 
• Quimiorreceptores 
– Anfídeos (orifício bucal) 
– Fasmídeos (região caudal) 
 
• Sensores táteis 
 
• Papilas sensoriais 
– Deirídeos (em torno da cloaca) - 
Papilas genitais 
Anel nervoso 
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Locomoção 
• Esqueleto hidrostático 
– Cutícula resistente e elástica 
– Líquido celômico sob pressão 
– Fibras musculares longitudinais 
 
– Movimento ondulatório dorsoventral 
• (progressão por reptação/rastejar) 
 
Contração músculo ou região 
 
Aumento da pressão do líquido 
 
Distensão das regiões com tônus normal 
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Ovos 
• Membrana interna, 
quitinosa, externa 
 
• Célula-ovo, embrião ou 
larva 
 
• Eclosão do ovo: 
– Temperatura e umidade 
adequadas 
 
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Fisiologia dos Ascaris 
- Os vermes localizam-se, em geral, nas 
alças jejunais (90%); o resto no íleo. 
 
- Raramente migram para o duodeno, 
estômago ou outros lugares. Mas, 
crianças muito parasitadas podem 
eliminar alguns pela boca ou pelas 
narinas. 
 
- Os áscaris mantêm-se em atividade 
constante, movendo-se quase sempre 
contra a corrente peristáltica. 
 
- No ID, se nutrem de materiais semi-
digeridos ou outros, dispondo para isso 
de todas as enzimas necessárias. 
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Fisiologia dos Ascaris 
- As fêmeas devem ser fecundadas várias vezes. Elas 
acumulam os espermatozóides amebóides (sem flagelos) 
no útero ou começo do oviduto, onde são fertilizados os 
óvulos ao passarem. 
O ovo, visto em microscopia de varredura. 
21 
Ovos férteis (A) 
-Ovais ou quase esféricos e medem 
em torno de 60 x 45 µm. 
 
-Delgada casca interna, impermeável; 
outra média, quitinosa; e a mais 
externa é albuminosa, espessa e com 
rugosidades grosseiras. 
 
-Massa de células germinativas 
 
Ovos férteis embrionados (B) 
-Embrionam-se no solo em 2 
semanas (entre 20 e 30ºC) e se 
tornaminfectantes dentro de outra 
semana. 
 
-Podem permanecer aí infectantes 
durante um ou mais anos. 
-São abundantes no chão do 
peridomicílio poluído com fezes 
humanas. 
Ovos inférteis (C) 
- Quando isoladas ou mais numerosas que os machos, as 
fêmeas podem por ovos inférteis, mais alongados, que não 
embrionam. 
Fisiologia dos Ascaris 
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Ovos férteis não embrionados liberados nas fezes 
Após 2 semanas no ambiente, formação de L1 
Após 1 semana, formação de L2 
(no interior do ovo) 
Ingestão do ovos: atravessam todo o trato 
digestivo e as larvas (L2) eclodem no intestino 
delgado 
Requer oxigênio 
Se torna infectante, por um ou 
mais anos 
Fatores ou estímulos fornecidos 
pelo próprio hospedeiro: 
- Agentes redutores, pH, 
temperatura, sais e [CO2], cuja 
ausência inviabiliza a eclosão. 
Desenvolvimento do ovo 
Ciclo de vida 
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A larva L2 invade a mucosa intestinal e penetra na 
circulação sanguínea ou linfática 
As larvas chegam ao coração direito e são levadas ao 
pulmão 
Nos capilares pulmonares, sofrem a segunda muda: L3 
L3 penetram os alvéolos pulmonares e sofrem a 
terceira muda: L4 
Desenvolvimento da larva no hospedeiro 
L4 chegam aos bronquíolos, são arrastados para a 
laringe, onde são deglutidos e alcançam passivamente 
o estômago e o intestino 
CICLO DE LOSS 
No intestino se transformam em 
adultos jovens (L5), se tornam 
adultos, ocorre fecundação e a 
fêmea inicia a oviposição. 
Duração do ciclo ovo a ovo: 
mínimo de 2 meses 
Ciclo de vida 
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Ciclo de Loss (monoxeno) 
Penetração (mucosa ou pele) 
 
Circulação sangüínea 
 
Coração 
 
Artéria pulmonar 
 
Pulmão 
 
Arrastadas pelas secreções 
 
Deglutidas 
 
Tubo digestivo 
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As ecdises nos estádios larvais 
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L2 
L3 
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A: ovo recém-eliminado. B: Ovo embrionado no meio exterior. C: Ovo infértil. D: Eclosão 
da larva infestante no tudo digestivo do hospedeiro. E: Larva isolada do pulmão. 
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Relações Parasito-hospedeiro 
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Patogênese 
• Migram contra o peristaltismo 
• Acúmulo de novelos 
 
• Subnutrição agrava-se com a infecção (hiper-infecção) 
 
• Acúmulo em novelos 
– Obstrução instestinal 
– Peritonite (casos fatais) 
 
• Outras localizações 
– Boca e nariz (hiperinfecção) 
– Fígado, apêndice, traquéia, vias biliares, canal pancreático (obstrução 
leva a pancreatite quase sempre fatal), ouvido, canal lacrimal 
 
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Patogênese 
• 1 em 6 pacientes 
• No pulmão 
– 1, 2 e 3o. estádios larvais 
• Síndrome de Loeffler acentuada 
• Bronquite e pneumonia 
• Casos fatais em crianças, alto parasitismo 
• Localizações atípicas (fígado) 
 
• Na luz intestinal 
– Assintomático ou oligossintomático 
• Desconforto abdominal 
• Cólicas, dor epigástrica, má digestão, náuseas e vômitos, perda de 
apetite e emagrecimento 
• Sensação de coceira no nariz 
• Irritabilidade, sono intranqüilo, ranger dentes a noite 
 
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Infectividade e Resistência 
• Inflamação contra as larvas; 
• Fígado (reação inflamatória fraca); 
• Pulmões (inflamação intensa). 
 
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Infectividade e Resistência 
• Larvas L3 e L4 
– Migração nos tecidos 
– Intensa reação (altamente 
antigênicas) 
– Produção de anticorpos; 
 
• Larvas L5 
– ↓ atividade antigênica = 
anticorpos não funcionais 
 
 
 
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Patologia e Sintomatologia 
• 1 a cada 6 indivíduos infectados apresentam 
sintomas; 
 
• Ação patogênica: 
– Migração das larvas; 
– Vermes adultos em habitat definitivo; 
– Vermes adultos em locais incomuns 
• áscaris ectópico 
 
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Patologia e Sintomatologia 
• O grau das lesões vai depender: 
– Do número de larvas; 
– Do tecido em que as larvas se encontram; 
– Da sensibilidade do hospedeiro. 
 
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Poucas 
Larvas 
Paciente não 
hipersensível 
Não ocorrem 
alterações 
hepáticas 
Reação 
pulmonar leve 
Patologia e Sintomatologia 
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Patologia e Sintomatologia 
Infecção 
Intensa 
Reação 
pulmonar 
intensa 
Lesões 
traumáticas 
no fígado 
Migração 
das larvas 
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Patologia e Sintomatologia 
• Crianças 
– Síndrome de Loeffler. 
• Ciclo pulmonar 
• febre, tosse, eosinofilia 
sanguínea acentuada 
 
 
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Patologia e Sintomatologia 
• Verme adulto, luz do intestino delgado; 
– Parasitismo sem sintomas; 
– Descobertos quando expulsos nas fezes. 
 
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Patologia e Sintomatologia 
• Quando ocorrem sintomas são: 
• desconforto abdominal 
• dor epigástrica 
• má digestão 
• náuseas 
• perda de apetite 
• emagrecimento 
• sensação de coceira no nariz 
• irritabilidade 
 
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População mais exposta ao risco: 
• Famílias de baixa renda; 
• Crianças subnutridas; 
• Gestantes e crianças de zonas rurais e favelas. 
 
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Outras complicações 
• Espasmos; 
• Obstrução intestinal; 
• Peritonite; 
• Morte. 
 
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Eliminação dos vermes pela 
boca e nariz 
• Infecções intensas; 
 
• Irritação dos vermes por 
alimentos; 
 
• Irritação dos vermes por drogas 
(antihelmínticos); 
 
• Vômito. 
 
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O verme pode causar ainda 
• Apendicite aguda 
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O verme pode causar ainda 
• Colecistite/colelitíase. 
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O verme pode causar ainda 
• Pancreatite aguda; 
• Otites; 
• Obstrução do canal lacrimal; 
 
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• Ascaridíase humana é pouco sintomática e por 
isso difícil de ser diagnosticada em exame clínico; 
 
• A gravidade da doença é determinada pelo 
número de vermes que infectam cada pessoa. 
Diagnóstico clínico 
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Diagnóstico laboratorial 
• Pesquisa de ovos nas fezes; 
– Método de Kato modificado por Katz é bastante 
eficiente e recomendado pela OMS para inquérito 
epidemiológico. 
 
• Expulsão das larvas pelos ânus ou narinas 
• Radiografia dos intestinos 
• Métodos imunológicos 
 
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Tratamento 
Ascaris lumbricoides em 
associação com outros 
vermes 
O tratamento de Ascaris 
lumbricoides é prioritário 
Irritação das larvas pelas drogas: 
maior risco de localizações ectópicas 
(inclusive SNC  grave) 
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Tratamento 
• Utilização de benzimidazóis altamente eficientes 
contra o Ascaris lumbricoides; 
 
• A OMS recomenda a utilização de quatro drogas: 
albendazol, mebendazol, levamisol e pamoato de 
pirantel. 
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Tratamento 
• Albendazol: é um composto dos benzimidazóis 
com um amplo espectro antiparasitário, 
principalmente para o Ascaris ssp; 
 
• Encontrado em comprimidos de 200 e 400 mg e 
suspensão oral de 100mg/5 ml; 
 
• A dose única de 400 mg é altamente eficaz contra 
ascaridíase. 
 
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Tratamento 
• Mebendazol: outro derivado dos benzimidazóis 
com ampla atividade anti-helmintica; 
 
• Encontrado em comprimidos de 100 e 500 mg e 
em suspensão oral de 100 mg/5ml; 
 
• A dose única de 500 mg mostrou alta efetividade 
contra ascaridíase. 
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Tratamento 
• Levamisol: tem boa eficácia contra Ascaris 
lumbricóides; 
 
• Encontrada em comprimidos de 40 mg e 
administrado em dose única de 2,5 mg/kg; 
 
• Não apresenta capacidade ovicida, mas ao 
contrário, observa-se uma atividade estimulatória 
do desenvolvimento embrionário. 
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Tratamento 
• Pamoato de pirantil: derivado da pirimidina, é 
efetiva contra ascaridíase e ancilostomídeos; 
 
• Comprimidos de 250 mg serão administrados em 
dose única oral de 10 mg/kg. 
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Tratamento 
Anti-helmintícos Ação 
Pirantel Bloqueia a atividade neuromuscular, com produção de paralisia 
do helminto 
Mebendazol Age sobre as tubulinas causando o desaparecimento dos 
microtúbulos celulares 
Bloqueio dos transporte de grânulos de secreção e a 
movimentação das organelas, nas células epiteliais do intestino 
dos nematóides 
Levamisol Mesmo grupo do mebendazol 
Piperazina Antagonista do ácido gama-aminobutírico (GABA), que se 
encontra amplamente distribuído nas junções neuromusculares 
dos nematóides, onde funciona como um dos neurotransmissores 
Paralisia flácida dos vermes 
Expulsão passiva 
Antiespasmódicos - 
Amplictil 
Desobstrução intestinal quimioterápica 
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Tratamento complementar 
• Uso de plantas anti- helmínticas; 
 
• Apresentam vantagens devido aos poucos 
efeitos colaterais, baixos níveis de toxicidade, 
que indicam segurança em seu uso; 
 
• Outras vantagens são o baixo custo e o fácil 
acesso, sendo, as vezes, a única opção de 
tratamento em regiões pobres. 
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Epidemiologia 
• O Ascaris lumbricoides é o 
helminto mais frequente 
nos países pobres; 
 
• Distribuídos por mais de 
150 países e territórios, 
atinge cerca de 70% a 90% 
das crianças na faixa etária 
de 1 a 12 anos. 
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• A maior parte das infecções ocorre na Ásia, 
seguida pela África e América Latina. 
 
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• Tem prevalência alta onde o clima é úmido e quente. Além de 
áreas desprovidas de saneamento e com alta densidade 
populacional. 
 
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Fatores interferentes 
• Grande quantidade de ovos produzidos e 
eliminados pela fêmea; 
 
• Viabilidade do ovo infectante por mais de um 
ano; 
 
• Concentração de indivíduos vivendo em 
condições precárias de saneamento básico. 
 
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• Grande número de ovos no peridomicílio; 
 
• Temperatura e umidade com médias anuais elevadas. 
 
 
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• A faixa etária mais prevalente é de 1 a 12 anos. O que colabora para 
esse dado é o contato entre crianças portadores e crianças 
suscetíveis no peridomicílio ou na escola, aliado ao fato de suas 
brincadeiras sempre estarem relacionadas com o solo e o hábito de 
levarem a mão suja à boca. 
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• O crescimento desordenado da população, em áreas 
muitas vezes desprovidas de saneamento básico, 
juntamente com o baixo poder econômico, educacional e 
hábitos pouco higiênicos, são relevantes e merecem 
destaque. 
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• Repetidos tratamentos em 
massa dos habitantes de 
áreas endêmicas com 
drogas ovicidas. 
 
• Tratamento das fezes 
humanas que 
eventualmente, possam 
ser utilizadas como 
fertilizantes . 
 
Controle 
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• Saneamento básico; 
 
• Educação para saúde.