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6-Jornada de Trabalho

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JORNADA DE TRABALHO OU DURAÇÃO DO TRABALHO
O tempo de permanência do empregado à disposição do empregador sempre foi motivo de preocupação, devendo ser destacado que não são poucas as notícias de trabalhadores sujeitos a jornadas de 12, 14 e até 16 horas até fins do Século XIX.
A Constituição Federal de 1988, no art. 7°, inciso XIII, fixou a jornada em oito horas diárias e 44 semanais, facultando a compensação de horários ou a redução de jornada, mediante acordo ou convenção coletiva.
A CLT também fixa no art. 58 a jornada diária em oito horas.
Não obstante, o TST, por meio de sucessivos julgados, tem admitido a escala de revezamento que fixa a jornada na modalidade de 12 x 36 horas, desde que seja estabelecida por convenção ou acordo coletivo de trabalho.
TIPOS DE JORNADA
a) - Quanto ao período do dia em que é prestada, a jornada será:
diurna: quando entre 5 e 22 horas, nos centros urbanos;
noturna: quando entre 22 e 5 horas do dia seguinte, e suas prorrogações, nos centros urbanos;
mista: quando transcorre tanto no período diurno quanto no noturno (uma jornada das 18 h às 24 h, por exemplo);
em revezamento: quando num período há trabalho durante o dia, em outro o trabalho é prestado à noite.
O trabalhador rural tem critério diferente quanto ao período da jornada: é considerado noturno o trabalho realizado entre as 21 h de um dia e as 5 h do outro, na lavoura, e entre as 20 h de um dia e as 4 h do outro, na pecuária.
TURNOS ININTERRUPTOS DE REVEZAMENTO
No turno ininterrupto de revezamento, os trabalhadores são escalados para prestar serviços em diferentes períodos de trabalho (manhã, tarde, noite) em forma de rodízio. Isso altera seu relógio biológico e, então, só poderá trabalhar 6 horas diárias.
Quanto aos trabalhadores que laboram em turnos ininterruptos de revezamento, a Constituição Federal de 1988, no art. 7°, inciso XIV, disciplinou que: 
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva; 
Vale destacar que o TST editou, recentemente, a OJ 360 estabelecendo o seguinte:
Nº. 360 TURNO ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO. DOIS TURNOS. HORÁRIO DIURNO E NOTURNO. CARACTERIZAÇÃO (DJ 14.03.2008) 
Faz jus à jornada especial prevista no art. 7º, XIV, da CF/1988 o trabalhador que exerce suas atividades em sistema de alternância de turnos, ainda que em dois turnos de trabalho, que compreendam, no todo ou em parte, o horário diurno e o noturno, pois submetido à alternância de horário prejudicial à saúde, sendo irrelevante que a atividade da empresa se desenvolva de forma ininterrupta. 
O horário noturno é das 22 horas às 5 horas da manhã (art. 73, § 2° da CLT).
Desta forma, de acordo com a OJ 360, se o empregado trabalhar, em pelo menos dois turnos, alternando seu horário entre diurno e noturno, esta atividade será considerada penosa, e sua jornada diária será de 6 horas, admitindo-se jornada de 8 horas se houver negociação coletiva (ACT ou CCT).
JORNADAS EXTRAORDINÁRIAS
Toda vez que o empregado prestar serviços ou permanecer à disposição do empregador após esgotar-se a jornada normal de trabalho haverá trabalho extraordinário, que deverá ser remunerado com o adicional de, no mínimo, 50% superior ao da hora normal (CF/88, art. 7°, XVI, c/c o art. 59, § 1° da CLT).
FORMAS DE PRORROGAÇÃO DA JORNADA DE TRABALHO
	
De acordo com o art. 59 da CLT, “a duração normal do trabalho poderá ser acrescido de horas suplementares, em número não excedente de duas, mediante acordo escrito entre empregador e empregado, ou mediante contrato coletivo de trabalho”.
a) - acordo de prorrogação de horas: 
	
O acordo de prorrogação de horas implica para o empregado a obrigatoriedade de fazer horas extras quando requisitado, por até 2 horas diárias, as quais deverão ser remuneradas com o adicional de no mínimo 50%. 
	
Este acordo deve ser obrigatoriamente escrito. Se for individual, basta um documento assinado pelo empregado expressando sua concordância em fazer horas extras. Se for coletivo, realizado com a intermediação da entidade sindical, tomará a forma de acordo ou convenção coletiva.
	
Celebrado o acordo, pode o empregado ser requisitado para trabalhar duas horas extras diariamente. Poderá ser solicitada a realização de número menor ou, ainda, não ser solicitada a prestação de horas extras todos os dias, ou mesmo não o ser em dia algum. A faculdade é para o empregador, este é quem sabe sobre a necessidade ou não de trabalho extraordinário.
	
Em regra, pode-se afirmar que o acordo de prorrogação de horas é cabível para todo empregado. Há, porém, certos trabalhadores que são proibidos de realizar horas extras, e, por via de conseqüência, não podem celebrar acordo de prorrogação de horas. São eles:
empregado menor de 18 anos de idade (art. 413 da CLT), salvo na hipótese de compensação ou de força maior.;
empregado cabineiro de elevadores (lei nº 3.270, de 1957);
bancário: a CLT só permite ao bancário fazer horas extras excepcionalmente, o que veda seja ajustado acordo de prorrogação de horas para esse trabalhador, pois mediante tal pacto passaria a ser possibilitada a exigência habitual de prorrogação da duração diária de trabalho (art. 225 da CLT).
	
O acordo de prorrogação de horas pode ser desfeito pelos mesmos meios mediante os quais se constituiu, ou seja, deverá ser firmado um distrato, ato bilateral, e que deve ser expresso.
b) - acordo de compensação de horas:
Havendo acordo de compensação de jornadas (banco de horas), que deve ser disciplinado por convenção ou acordo coletivo de trabalho, o excesso de horas laborado em um dia será compensado pela correspondente diminuição em outro dia. A compensação será feita de forma que não exceda, no período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de 10 horas diárias. 
O Ministério do Trabalho não tem aceitado a compensação negativa, onde primeiro o empregado deixa de trabalhar e depois trabalha a mais para compensar.
A maioria dos doutrinadores brasileiros admite a possibilidade de haver acordo individual para a compensação de jornada, desde que, relacionada com a compensação semanal, quando, em geral, o trabalhador labora uma hora a mais de segunda a quinta-feira, não laborando aos sábados, perfazendo, assim, a jornada de 44 horas semanais. Entendem que desta forma, há um benefício ao empregado que não trabalha aos sábados.
Nesta esteira, as demais hipóteses de compensação de jornada, em especial o denominado banco de horas, em que a compensação pode ser feita num período de até 1 ano, dependem de intervenção sindical, por meio da assinatura de convenção ou acordo coletivo de trabalho, evitando-se, assim, qualquer pressão patronal no sentido de compelir o obreiro a se submeter à compensação de jornada.
Na hipótese de rescisão de contrato de trabalho sem que tenha havido a compensação integral da jornada extraordinária, o trabalhador terá direito ao pagamento das horas extras não compensadas (art. 59, § 3° da CLT).
* Se a CCT/ACT vale por 1 ano, e a hora extra é prestada depois de 8 meses, só terá mais 4 meses para compensar. Se o CCT/ACT for prorrogado, terá até o limite de 1 ano a partir da prestação da hora extra. Se não houver renovação as horas extras deverão ser pagas nomês do término do ACT/CCT.
c) - horas extras no caso de força maior art. 61 da CLT
Prorrogação em caso de força maior, como por exemplo, no caso de acidente ocorrido na linha férrea, em que os empregados ferroviários teriam que laborar em jornada extraordinária para socorrer as vítimas e liberar as ferrovias. Em caso de força maior, a prorrogação será sem limite de horas, ou seja, a jornada será estendida pelo número de horas necessárias, sempre com adicional de 50%.
d) - horas extras para conclusão de serviços inadiáveis: art. 61, CLT.
Prorrogação para atender a realização ou conclusão de serviçosinadiáveis ou cuja execução possa causar prejuízo manifesto, será admitida até o limite de 12 horas, ou seja, 8 horas de trabalho e quatro de horas extras com adicional de 50%. 
Serviços inadiáveis são os que devem ser concluídos na mesma jornada de trabalho, não podendo ficar para o dia seguinte sem acarretar prejuízos ao empregador. Não porque assim o pretenda o empresário, mas como decorrência da sua própria natureza, que não permite sejam abandonados inconclusos pelo só fato de haver terminado a jornada normal de trabalho. Nessas situações, também, dispõe a empresa de regras mais flexíveis para a imposição do cumprimento de horas extras, não se exigindo a prévia formação de ajuste entre empregador e empregado. Ocorrida a situação excepcional, o empregador tem o poder de exigir de seus empregados a realização do serviço suplementar.
e) - horas extras para reposição de paralisações: art. 61, § 3º da CLT.
Prorrogação em face de causas acidentais ou força maior, nos termos do art. 61, § 3° da CLT: sempre que, em função disso ocorrer a interrupção do trabalho em virtude da impossibilidade de sua realização, quando a empresa voltar à atividade os trabalhadores poderão ser compelidos a laborar extraordinariamente em até 2 horas diárias (50%) durante o tempo necessário para a recuperação do tempo perdido, em período não superior a 45 dias por ano. É necessário, nesse caso, a prévia autorização do Ministério do Trabalho. 
CONTROLE DE JORNADA
As empresas que possuem mais de 10 empregados são obrigadas a manter controle da jornada dos obreiros em registro mecânico, manual ou eletrônico (art. 74, § 2° da CLT). Caso o juiz determine a exibição em juízo dos controles de frequência e a empresa não os apresente, importará na presunção relativa de veracidade da jornada de trabalho apontada pelo reclamante na petição inicial, conforme demonstrado na Súmula 338 do TST: 
Determinação Judicial - Registros de Horário - Ônus da Prova
I - É ônus do empregador que conta com mais de 10 (dez) empregados o registro da jornada de trabalho na forma do art. 74, § 2º, da CLT. A não-apresentação injustificada dos controles de freqüência gera presunção relativa de veracidade da jornada de trabalho, a qual pode ser elidida por prova em contrário. 
II - A presunção de veracidade da jornada de trabalho, ainda que prevista em instrumento normativo, pode ser elidida por prova em contrário. 
III - Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e saída uniformes são inválidos como meio de prova, invertendo-se o ônus da prova, relativo às horas extras, que passa a ser do empregador, prevalecendo a jornada da inicial se dele não se desincumbir. 
EMPREGADOS EXCLUÍDOS DO CONTROLE DE JORNADA
Os empregados que exercem atividade externa incompatível com a fixação do horário de trabalho e os gerentes, diretores, que exerçam cargo de confiança, de mando, comando, gestão, dentro da empresa, são excluídos do controle de jornada de trabalho, nos termos do art. 62 da CLT.
Podemos incluir como trabalhadores que realizam atividade externa incompatível com a fixação de jornada os vendedores, viajantes ou pracistas, os motorista de ônibus, de caminhão, que fazem viagens para outros municípios ou estados, os vendedores propagandistas etc.
Em relação aos trabalhadores que realizam atividades externas incompatíveis com a fixação da jornada, tal situação deve ser anotada na CTPS e no livro ou ficha de registro de empregados.
Também os trabalhadores que exerçam cargo de confiança, de gerência, com poderes de mando, comando e gestão na empresa, desde que percebam um padrão mais elevado de vencimentos do que os demais obreiros (percebendo gratificações nunca inferior a 40% do salário efetivo), estarão excluídos do controle de jornada, não sendo devidas as horas extras eventualmente prestadas.
INTERVALOS INTERJORNADAS E INTRAJORNADAS
	
A lei obriga a concessão de intervalos ao empregado, com vistas a que esse possa se alimentar, descansar, restaurando as energias do corpo.
	
a) - INTERVALOS INTERJORNADAS: art. 66 da CLT
	
Entre duas jornadas de trabalho deve haver um intervalo mínimo de 11 horas, não podendo o empregado assumir o serviço em um dia sem antes ver respeitado esse descanso em relação ao fim do trabalho do dia anterior.
	
A contagem das 11 horas inicia-se no momento em que o empregado efetivamente cessa seu trabalho, seja de serviço normal ou de suplementar.
	
Além do descanso mínimo de 11 horas entre duas jornadas, será assegurado a todo empregado um descanso semanal de 24 horas consecutivas. Assim, se o empregado trabalha de segunda a sábado, há necessidade de que as 11 h de intervalo interjornada sejam, somadas com as 24 h do descanso semanal remunerado, correspondendo a 35 h de descanso.
Vale mencionar que o TST editou a OJ 355, estabelecendo que as horas que forem subtraídas do intervalo interjornada serão pagas como horas extras, ou seja, a hora normal acrescida do adicional de 50%.
b) - INTERVALOS INTRAJORNADA: art. 71 da CLT.
	
A CLT obriga a concessão dos seguintes intervalos intrajornada (art. 71, §2º):
de 15 minutos, quando o trabalho é prestado por mais de 4 horas e até 6 horas;
de 1 a 2 horas, nas jornadas excedentes de 6 horas.
	
Em regra os intervalos não são remunerados, salvo naqueles casos expressamente previstos em lei, como os intervalos de 10 minutos a cada 90 minutos de serviço do pessoal que trabalha com mecanografia (CLT, art. 72).
	
Sempre que não concedido o intervalo, serão duas as sanções ao empregador:
pagamento do período como hora extra, com adicional de, no mínimo, 50%;
multa administrativa, aplicada pela fiscalização do trabalho.
	
Excepcionalmente, nas jornadas excedentes de 6 horas, o limite mínimo de 1 hora para repouso ou refeição poderá ser reduzido por ato administrativo do Ministro do Trabalho, quando verificar que o estabelecimento atende integralmente às exigências concernentes à organização dos refeitórios e desde que os empregados não estejam em regime de horas extras. O Ministério do Trabalho tem reduzido esse intervalo para até 30 minutos, em jornadas diurnas; e, nos períodos noturnos para até 40 minutos.	
TRABALHO NOTURNO
Sobre o trabalho noturno, cabe destacar a Súmula 60 do TST: 
Adicional Noturno - Salário
I - O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o salário do empregado para todos os efeitos.
II - Cumprida integralmente a jornada no período noturno e prorrogada esta, devido é também o adicional quanto às horas prorrogadas.
a) Trabalhador Urbano: 	Considera-se trabalho noturno aquele realizado entre as 22 horas de um dia e as 5 horas do dia seguinte.
	
O trabalho noturno enseja o pagamento de um adicional de, no mínimo, 20 % sobre o valor da hora diurna do empregado.
	
Se o adicional do trabalho noturno for pago com habitualidade, integra o salário para todos os fins, como férias, 13º salário, aviso prévio, descanso semanal remunerado, FGTS, etc.
	
A duração da hora noturna é reduzida, correspondendo a 52 minutos e 30 segundos. Assim, a cada período trabalhado de 52 min. e 30 seg., conta-se 1 hora de trabalho.
	
O adicional do trabalho noturno não cria direito adquirido. Logo, se o empregado trabalhava no período noturno e passa a trabalhar no período diurno, perde o direito ao adicional noturno, pois deixa de existir seu fato gerador, que era trabalho executado à noite. 
b) - Trabalhador Rural: 	Considera-se trabalho noturno o executado entre as 21 horas de um dia e as 5 h do outro, na lavoura; e, entre as 20 horas de um dia e as 4 h do dia seguinte, na pecuária.
O adicional noturno devido ao empregado rural é de 25%. 	
A hora noturna do rural não sofre nenhuma redução, ou seja, é de 60 minutos.
DESCANSO SEMANAL REMUNERADO
a) Conceito: Descanso Semanal Remunerado (DSR) é o período de 24 horas consecutivas na semana em que oempregado, embora percebendo remuneração, deixa de prestar serviços ao empregador. 
	
O trabalhador faz jus ao repouso, como o nome explicita, uma vez por semana, de preferência aos domingos. Os feriados, embora evidentemente não sejam semanais, configuram, também, hipóteses de descanso remunerado do trabalhador.
b) Condições para a Manutenção da Remuneração do DSR:
	
É condição para a manutenção da remuneração do repouso semanal a freqüência integral (assiduidade e pontualidade) do empregado durante a semana, entendida esta como o período de segunda-feira a sábado, anterior à semana em que recair o dia do repouso semanal.
	
Se não foi cumprido integralmente o trabalho na semana anterior, o empregado perde o direito à remuneração do descanso, mas conserva o direito ao repouso.
c) Substituição do Repouso por Pagamento
	
Não permite a lei que o empregado deixe de ter descanso semanal, ainda que recebendo pagamento substitutivo da falta de descanso.
	
Apenas nos feriados, dias nos quais também é garantido o repouso remunerado, e nas empresas em que pelas exigências técnicas não for possível dar o descanso aos domingos, a lei permite a conversão do descanso em pagamento. O pagamento deverá ser feito em dobro, não sendo devido esse pagamento dobrado se o empregador conceder a folga em outro dia (TST, Enunciado nº 146).
HORAS IN ITINERE
Em relação às denominadas horas in itinere, que significa o tempo correspondente à ida e volta da residência do obreiro ao local de trabalho e vice-versa, em transporte fornecido pelo empregador, o § 2° do art. 58 da CLT, esclarece que:
§ 2o O tempo despendido pelo empregado até o local de trabalho e para o seu retorno, por qualquer meio de transporte, não será computado na jornada de trabalho, salvo quando, tratando-se de local de difícil acesso ou não servido por transporte público, o empregador fornecer a condução.
Neste contexto, dois requisitos são levados em consideração para que o tempo de deslocamento casa/trabalho/casa integre a jornada diária do obreiro:
o local tem de ser de difícil acesso ou não servido por transporte público regular.
O empregador tem que fornecer a condução.
A mera insuficiência de transporte público não enseja o pagamento de horas in itinere. No entanto, se houver transporte público regular em parte do trajeto percorrido em condução da empresa, as horas in itinere remuneradas limitam-se ao trecho não alcançado pelo transporte público.
Por sua vez, o fato de o empregador cobrar parcialmente, ou não, importância pelo transporte fornecido, para local de difícil acesso ou não servido por transporte regular, não afasta o direito à percepção das horas in itinere.
Sobre horas in itinere cabe destacar o teor da Súmula 90 do TST:
Condução Fornecida pelo Empregador - Jornada de Trabalho
I - O tempo despendido pelo empregado, em condução fornecida pelo empregador, até o local de trabalho de difícil acesso ou não servido por transporte regular público, e para o seu retorno, é computável na jornada de trabalho.
II - A incompatibilidade entre os horários de início e término da jornada do empregado e os do transporte público regular é circunstância que também gera o direito às horas "in itinere". 
III - A mera insuficiência de transporte público não enseja o pagamento de horas "in itinere". 
IV - Se houver transporte público regular em parte do trajeto percorrido em condução da empresa, as horas "in itinere" remuneradas limitam-se ao trecho não alcançado pelo transporte público. 
V - Considerando que as horas "in itinere" são computáveis na jornada de trabalho, o tempo que extrapola a jornada legal é considerado como extraordinário e sobre ele deve incidir o adicional respectivo. 
TRABALHO EM REGIME DE TEMPO PARCIAL
O trabalho em regime de tempo parcial não excederá de 25 horas semanais, com salário proporcional à jornada laborada, sendo que a adoção para os empregados já contratados pelo regime integral somente poderá ocorrer mediante autorização contida em convenção ou acordo coletivo de trabalho, e opção manifestada por cada empregado do estabelecimento.
Os empregados contratados na modalidade de regime de tempo parcial não poderão prestar horas extras (art. 59, § 4° da CLT), nem poderão converter um terço de férias em abono pecuniário (art. 143, § 3° da CLT).
As férias dos trabalhadores contratados sob a modalidade de tempo parcial serão diferenciadas dos trabalhadores em regime integral, estando disciplinada no art. 130-A da CLT, sendo no mínimo de 8 dias (para a duração de trabalho semanal igual ou inferior a cinco horas) e no máximo 18 dias (para a duração do trabalho semanal superior a 22 horas até 25 horas).
Vale destacar, por último a OJ 358 TST:
"358. Salário mínimo e piso salarial proporcional à jornada reduzida. Possibilidade. Havendo contratação para cumprimento de jornada reduzida, inferior à previsão constitucional de oito horas diárias ou quarenta e quatro semanais, é lícito o pagamento do piso salarial ou do salário mínimo proporcional ao tempo trabalhado".

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