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8-Férias

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FÉRIAS
As férias possuem o evidente objetivo de proporcionar período mais extenso de descanso ao empregado, de modo a evitar problemas de saúde decorrentes do cansaço excessivo.
O instituto das férias, portanto, apresenta relevância também como medida de saúde e segurança ocupacional.
Há comprovação científica de que, para total restabelecimento das forças físicas e psíquicas da pessoa, é necessário período mais extenso de descanso, como ocorre nas férias.
PERÍODO AQUISITIVO
Para obter direito às férias remuneradas, o empregado deve trabalhar durante o chamado período aquisitivo. O art. 129 da CLT dispõe que o empregado terá direito a férias a cada ano. Assim, o período aquisitivo de férias é de 12 meses de vigência do contrato de trabalho, como estabelece o art. 130 da CLT.
Art. 130 - Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção:
        I - 30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado ao serviço mais de 5 (cinco) vezes; 
        II - 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver tido de 6 (seis) a 14 (quatorze) faltas; 
        III - 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido de 15 (quinze) a 23 (vinte e três) faltas; 
        IV - 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte e quatro) a 32 (trinta e duas) faltas. 
        § 1º - É vedado descontar, do período de férias, as faltas do empregado ao serviço.  
        § 2º - O período das férias será computado, para todos os efeitos, como tempo de serviço.
DURAÇÃO DAS FÉRIAS
Mesmo adquirido o direito às férias remuneradas, resta definir a duração delas, o que é estabelecido pelos incisos do art. 130 da CLT.
Pode-se sistematizar da seguinte forma:
	NÚMERO DE FALTAS
	PERÍODO DE FÉRIAS
	00-05 dias de falta
	30 dias de férias
	06-14 dias de falta
	24 das de férias
	15-23 dias de falta
	18 dias de férias
	24-32 dias de falta
	12 dias de férias
Se o empregado tiver mais de 32 faltas injustificadas, passa a não ter direito a férias.
É vedado descontar, do período de férias, as faltas do empregado ao serviço (art. 130, §1° da CLT).
Como esclarece o §2° do art. 130 da CLT, o período de férias será computado como tempo de serviço.
No caso do empregado que trabalha em regime de tempo parcial há disposição específica no art. 130-A da CLT, com relação ao período de férias. Importante frisar que o empregado contratado sob o regime de tempo parcial que tiver mais de sete faltas injustificadas, ao longo do período aquisitivo, terá o seu período de férias reduzido pela metade.
Art. 130-A.  Na modalidade do regime de tempo parcial, após cada período de doze meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção: 
        I - dezoito dias, para a duração do trabalho semanal superior a vinte e duas horas, até vinte e cinco horas;
        II - dezesseis dias, para a duração do trabalho semanal superior a vinte horas, até vinte e duas horas;
        III - quatorze dias, para a duração do trabalho semanal superior a quinze horas, até vinte horas;
        IV - doze dias, para a duração do trabalho semanal superior a dez horas, até quinze horas;
        V - dez dias, para a duração do trabalho semanal superior a cinco horas, até dez horas;
        VI - oito dias, para a duração do trabalho semanal igual ou inferior a cinco horas. 
Parágrafo único.  O empregado contratado sob o regime de tempo parcial que tiver mais de sete faltas injustificadas ao longo do período aquisitivo terá o seu período de férias reduzido à metade. 
FÉRIAS INDIVIDUAIS E COLETIVAS
As férias podem ser classificadas entre: individuais e coletivas.
As férias individuais, como o próprio nome indica, são aquelas concedidas individualmente, a cada empregado em particular.
As férias coletivas, por sua vez, conforme dispõe o art. 139 da CLT, podem ser concedidas a todos os empregados de uma empresa ou de determinados estabelecimentos ou setores da empresa. Assim, as férias coletivas podem ser de três modalidades específicas:
férias de todos os empregados da empresa;
férias de todos os empregados de determinados estabelecimentos (ou seja, unidades) da empresa;
férias de todos os empregados de determinados setores da empresa.
As férias coletivas poderão ser gozadas em dois períodos anuais, desde que, nenhum deles seja inferior a 10 dias corridos (art. 139, §1° da CLT). Para que as férias sejam concedidas, o empregador deverá comunicar ao órgão local do Ministério do Trabalho, com antecedência mínima de 15 dias, as datas de início e fim das férias, identificando quais os estabelecimentos ou setores abrangidos pela medida (art. 139, §2° da CLT).
De acordo com a Lei Complementar 123, as microempresas e empresas de pequeno porte são dispensadas de comunicar ao Ministério do Trabalho a concessão de férias coletivas.
Os empregados contratados há menos de 12 meses gozarão, na oportunidade, férias proporcionais, iniciando-se, então, novo período aquisitivo. Se as férias coletivas forem concedidas em período superior àquele que o empregado tem direito, os dias restantes devem ser considerados como licença remunerada, pois o risco da atividade é do empregador. Este ao decidir pela concessão de férias coletivas, não pode prejudicar o empregado em seu direito de receber a remuneração.
Art. 139 - Poderão ser concedidas férias coletivas a todos os empregados de uma empresa ou de determinados estabelecimentos ou setores da empresa.
        § 1º - As férias poderão ser gozadas em 2 (dois) períodos anuais desde que nenhum deles seja inferior a 10 (dez) dias corridos. 
        § 2º - Para os fins previstos neste artigo, o empregador comunicará ao órgão local do Ministério do Trabalho, com a antecedência mínima de 15 (quinze) dias, as datas de início e fim das férias, precisando quais os estabelecimentos ou setores abrangidos pela medida.  
        § 3º - Em igual prazo, o empregador enviará cópia da aludida comunicação aos sindicatos representativos da respectiva categoria profissional, e providenciará a afixação de aviso nos locais de trabalho.  
PERÍODO CONCESSIVO
Após a aquisição do direito às férias, elas devem ser concedidas pelo empregador, respeitando o período concessivo, que é de 12 meses seguintes ao término do período aquisitivo.
De acordo com o art. 134 da CLT as férias devem ser concedidas em um só período nos 12 meses subsequentes à data em que o trabalhador tiver adquirido o direito.
Desde que observado o período concessivo, a época da concessão das férias será a que melhor consulte os interesses do empregador (art. 136 da CLT).
Art. 134 - As férias serão concedidas por ato do empregador, em um só período, nos 12 (doze) meses subseqüentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito. 
        § 1º - Somente em casos excepcionais serão as férias concedidas em 2 (dois) períodos, um dos quais não poderá ser inferior a 10 (dez) dias corridos.
        § 2º - Aos menores de 18 (dezoito) anos e aos maiores de 50 (cinqüenta) anos de idade, as férias serão sempre concedidas de uma só vez. 
Art. 136 - A época da concessão das férias será a que melhor consulte os interesses do empregador.    
    § 1º - Os membros de uma família, que trabalharem no mesmo estabelecimento ou empresa, terão direito a gozar férias no mesmo período, se assim o desejarem e se disto não resultar prejuízo para o serviço.
        § 2º - O empregado estudante, menor de 18 (dezoito) anos, terá direito a fazer coincidir suas férias com as férias escolares.
FRACIONAMENTO DAS FÉRIAS
Tanto as férias individuais como as coletivas podem ser concedidas de forma fracionada, em dois períodos. Quanto às individuais este fracionamento pode ocorrer somente em casos excepcionais, restrição essa que não se observa para as férias coletivas.
Com relação à possibilidade excepcional de fracionamento dasférias em dois períodos, a legislação não especifica quais sejam estes casos excepcionais. A doutrina e a jurisprudência têm entendido como “necessidade imperiosa”, em que a ausência do empregado poderá impor danos ou riscos de danos se o trabalho não for realizado, casos de força maior ou caso fortuito.
Portanto, o empregador deverá avaliar criteriosamente cada situação, para verificar se se enquadra como excepcional. Caso opte fazer uso da faculdade legal de fracionamento das férias, deverá documentar-se quanto à causa ensejadora do fracionamento, para fins de apresentação junto à fiscalização trabalhista e mesmo para efeito de defender-se em eventual questionamento judicial.
Ressalte-se que o fracionamento excepcional das férias deve ocorrer dentro do período concessivo, sob pena de pagamento em dobro das férias.
O art. 134 §2° da CLT, exclui a possibilidade do fracionamento das férias quanto aos menores de 18 anos e aos maiores de 50 anos de idade, havendo divergência doutrinária quanto à aplicação desse dispositivo para as férias coletivas. 
COMUNICAÇÃO DAS FÉRIAS
O empregado deve ser comunicado com antecedência quanto à concessão das férias, para que possa se programar para o referido período de descanso e lazer. Nesse sentido, é o teor do art. 135 da CLT.
Art. 135 - A concessão das férias será participada, por escrito, ao empregado, com antecedência de, no mínimo, 30 (trinta) dias. Dessa participação o interessado dará recibo.
        § 1º - O empregado não poderá entrar no gozo das férias sem que apresente ao empregador sua Carteira de Trabalho e Previdência Social, para que nela seja anotada a respectiva concessão. 
        § 2º - A concessão das férias será, igualmente, anotada no livro ou nas fichas de registro dos empregados.
REMUNERAÇÃO DAS FÉRIAS
A Constituição Federal de 1988 passou a estabelecer que o empregado, além da remuneração (art.142 da CLT), também tem direito ao acréscimo de pelo menos 1/3, ao usufruir as férias (art. 7°, inciso XVII).
O pagamento da remuneração das férias deve ser efetuado até dois dias antes do início do respectivo período (art.145 da CLT). O empregado deve dar quitação do pagamento, com indicação do início e do término das férias.
Art. 145 - O pagamento da remuneração das férias e, se for o caso, o do abono referido no art. 143 serão efetuados até 2 (dois) dias antes do início do respectivo período.
Art. 143 - É facultado ao empregado converter 1/3 (um terço) do período de férias a que tiver direito em abono pecuniário, no valor da remuneração que lhe seria devida nos dias correspondentes.
        § 1º - O abono de férias deverá ser requerido até 15 (quinze) dias antes do término do período aquisitivo. 
        § 2º - Tratando-se de férias coletivas, a conversão a que se refere este artigo deverá ser objeto de acordo coletivo entre o empregador e o sindicato representativo da respectiva categoria profissional, independendo de requerimento individual a concessão do abono.      
  § 3o  O disposto neste artigo não se aplica aos empregados sob o regime de tempo parcial.
Quando o salário for pago em forma de comissões, a OJ 181 da SDI-I do TST esclarece que o valor das comissões deve ser monetariamente atualizado para em seguida obter-se a média referente ao período aquisitivo de 12 meses anteriores.
Os adicionais por trabalho extraordinário, noturno, insalubre ou perigoso serão computados no salário que servirá de base ao cálculo da remuneração das férias (art. 142, §5° da CLT). Se, no momento das férias, o empregado não estiver percebendo o mesmo adicional do período aquisitivo, ou quando o valor deste não tiver sido uniforme, será computada a média duodecimal recebida naquele período, após as atualizações das importâncias pagas, mediante incidência dos percentuais dos reajustamentos salariais supervenientes (art. 142, §6° da CLT).
Art. 142 - O empregado perceberá, durante as férias, a remuneração que lhe for devida na data da sua concessão. 
        § 1º - Quando o salário for pago por hora com jornadas variáveis, apurar-se-á a média do período aquisitivo, aplicando-se o valor do salário na data da concessão das férias.
        § 2º - Quando o salário for pago por tarefa tomar-se-á por base a média da produção no período aquisitivo do direito a férias, aplicando-se o valor da remuneração da tarefa na data da concessão das férias.
        § 3º - Quando o salário for pago por percentagem, comissão ou viagem, apurar-se-á a média percebida pelo empregado nos 12 (doze) meses que precederem à concessão das férias
        § 4º - A parte do salário paga em utilidades será computada de acordo com a anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social.
        § 5º - Os adicionais por trabalho extraordinário, noturno, insalubre ou perigoso serão computados no salário que servirá de base ao cálculo da remuneração das férias. 
        § 6º - Se, no momento das férias, o empregado não estiver percebendo o mesmo adicional do período aquisitivo, ou quando o valor deste não tiver sido uniforme será computada a média duodecimal recebida naquele período, após a atualização das importâncias pagas, mediante incidência dos percentuais dos reajustamentos salariais supervenientes.
ABONO PECUNIÁRIO DE FÉRIAS
A CLT, no art. 143, faculta ao empregado converter 1/3 do período de férias a que tiver direito em abono pecuniário, no valor da remuneração que lhe seria devida nos dias correspondentes.
O abono de férias deverá ser requerido até 15 dias antes do término do período aquisitivo (art. 143, §1° da CLT). Assim como o pagamento da remuneração das férias, o abono pecuniário de férias também deve ser efetuado até dois dias antes do início do respectivo período.
FÉRIAS CONCEDIDAS APÓS O PERÍODO CONCESSIVO
O empregador deve conceder as férias no período de 12 meses subsequentes à aquisição do referido direito. O art. 137 da CLT dispõe que o empregador pagará em dobro a respectiva remuneração, quando as férias forem concedidas após esse prazo.
Assim, o empregador, além de ter que conceder as férias com a respectiva remuneração, acrescida do 1/3 constitucional, deverá, ainda, pagar ao empregado a chamada dobra das férias, também com o 1/3 da CF.
No entanto, nem sempre todos os dias de férias são concedidos fora do período concessivo. Pode ocorrer de o período concessivo terminar no dia 10 de fevereiro, mas as férias de 30 dias foram concedidas com início no dia 2 de fevereiro. Nesse caso, do dia 2 ao dia 10, as férias estão dentro do período de concessão. A solução para o referido caso encontra-se na Sumula 81 do TST com a seguinte redação: 
“Férias. Os dias de férias gozados após o período legal de concessão deverão ser remunerados em dobro”. 
Portanto, apenas os dias de férias usufruídos após o período de concessão é que devem ser pagos em dobro.
Obviamente, se as férias não puderam ser concedidas dentro do período de concessão, mas não por culpa ou por causa do empregador, como nos casos em que o empregado ficou afastado por acidente de trabalho ou licença maternidade, não se pode penalizar o empregador de boa-fé, de modo que não incide, no caso, o direito de recebimento das férias em dobro.
Se as férias foram usufruídas dentro do período concessivo, mas a remuneração não foi paga no prazo legal, a dobra das férias passa a ser devida. (ressalte-se de que há entendimento em contrário, não aceitando a dobra, mas tão somente a correção monetária e multa administrativa).
CESSAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO E EFEITO QUANTO ÀS FÉRIAS
Ocorrendo a terminação do contrato de trabalho, as férias adquiridas, mas ainda não gozadas, são sempre devidas, de forma indenizada, com o acréscimo constitucional de 1/3, independentemente do motivo do término do vínculo de emprego. Aliás, se o período concessivo já tiver encerrado quando da extinção contratual, as referidas férias indenizadas com 1/3 são devidas em dobro. Isso é confirmado pelo art. 146 da CLT.
Art. 146- Na cessação do contrato de trabalho, qualquer que seja a sua causa, será devida ao empregado a remuneração simples ou em dobro, conforme o caso, correspondente ao período de férias cujo direito tenha adquirido.
Parágrafo único - Na cessação do contrato de trabalho, após 12 (doze) meses de serviço, o empregado, desde que não haja sido demitido por justa causa, terá direito à remuneração relativa ao período incompleto de férias, de acordo com o art. 130, na proporção de 1/12 (um doze avos) por mês de serviço ou fração superior a 14 (quatorze) dias.
Pode ocorrer situação em que, quando o contrato de trabalho termina, existe período aquisitivo de férias ainda não completo. Trata-se das chamadas férias proporcionais, as quais, quando devidas, também devem ser pagas com o adicional de 1/3 (Súm. 328 do TST).
Para o cálculo das férias proporcionais, utiliza-se o critério previsto no art. 146, parágrafo único, parte final da CLT. Assim, o direito à remuneração relativa ao período incompleto de férias é feito na proporção de 1/12 por mês de serviço ou fração superior a 14 dias.
O empregado que se demite antes de completar o primeiro período aquisitivo das férias, tem direito a férias proporcionais, conforme Súm. 261 do TST.
No tocante ao empregado demitido por justa causa, conforme redação da Súm. 171 do TST c/c art. 146 da CLT, há a exclusão do direito a férias proporcionais.
PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO QUANTO ÀS FÉRIAS
Violado o direito de usufruir as férias ou de receber a remuneração de férias, nasce ao empregado a pretensão de exigir a satisfação do referido direito, que deve ser exercida no prazo prescricional pertinente aos créditos decorrentes da relação de emprego (5 anos).
Após 2 anos do término do contrato de trabalho, ocorre a chamada prescrição bienal total. Assim, no curso do contrato de trabalho, as pretensões devem ser exigidas no prazo prescricional de 5 anos, contados do fim do período concessivo. No caso de extinção do contrato de trabalho, o direito deve ser reclamado dentro de um período de 2 anos, e somente poderão ser requeridos direitos referentes aos 5 anos imediatamente anteriores à propositura da ação.

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