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aula 3 teoria tridimensional juspositivismoe naturalismo

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Relações entre direito e moral
•Teoria do Mínimo Ético 
Georg Jellinek (1851-1911)
–Direito corresponde ao mínimo de regras morais necessárias para a sobrevivência da sociedade.
•Embora a moral seja cumprida de modo espontâneo, há a possibilidade de violação.
•As regras morais mais importantes, se violadas, prejudicariam a manutenção da sociedade.
•O direitos se subordina à moral, sendo o campo da Moral mais amplo que o campo do Direito.
–Críticas:
•Normas jurídicas amorais – indiferentes à moral
•Normas jurídicas imorais – contrárias à moral
Relações entre direito e moral
Teoria da Separação entre o Direito e a Moral
•Thomasius (1655-1728)
–As regras morais referem-se ao comportamento humano na esfera íntima e as regras jurídicas referem-se ao comportamento humano exteriorizado
•Críticas:
–Moral social
–Regras jurídicas preocupadas com a esfera íntima (ex. Dolo, culpa)
Relações entre direito e moral
Teoria da Separação entre o Direito e a 
Moral
Hans Kelsen (1881-1973)
–Não há qualquer ponto de contato necessário entre o Direito e a Moral
–Existem várias morais em uma mesma sociedade (relatividade da Moral)
•Se o direito deve seguir uma moral, qual delas será 
seguida?
–O Direito é o conjunto de regras que consegue impor-se socialmente com maior eficácia
•Pode ser julgado pelas morais sociais, mas isso não 
interfere no seu funcionamento.
Relações entre direito e moral
Teoria dos “círculos secantes”
•Claude du Pasquier
–Existem regras jurídicas que coincidem com as regras morais
–Por outro lado, há regras morais e regras jurídicas independentes.
A História do Pensamento Jurídico 
- A ideia do Direito Natural: O Jusnaturalismo. 
- O Positivismo Jurídico. 
- O Normativismo jurídico. 
- O Pós- Positivismo e a crítica à Teoria Pura do Direito de Kelsen. 
- Miguel Reale e a estrutura tridimensional do Direito.
Direito natural
jusnaturalismo
Direito natural é a permanente aspiração de justiça que acompanha o homem. A ideia do Direito Natural é o eixo em torno do qual gira toda a Filosofia do Direito. O jusfilósofo ou é partidário do jusnaturalismo ou do positivismo.
Chama-se jusnaturalismo a corrente de pensamento que reúne todas as ideias que surgiram no correr da história, em torno do Direito Natural, sob diferentes orientações.
A corrente jusnaturalista, trabalha no sentido de que além do Direito escrito, há uma outra ordem, superior aquela e que é a expressão do Direito justo.
Parte do pressuposto de que todo ser é dotado de uma natureza e de um fim. O adjetivo natural, agregado a palavra direito, indica que a ordem de princípios não é criada pelo homem e que expressa algo espontâneo, revelado pela própria natureza.
Como destinatário do direito natural o legislador deve ser, ao mesmo tempo, um observador dos fatos sociais e um analista da natureza humana. Para que as leis e os códigos atinjam a realização da justiça – causa final do Direito – é indispensável que se apóiem nos princípios do Direito Natural. A partir do momento em que o legislador se desvincular da ordem natural, estará criando uma ordem jurídica ilegítima. O divórcio entre o Direito Positivo e o Natural gera as chamadas leis injustas, que negam ao homem o que lhe é devido.
O jusnaturalismo atual concebe o Direito Natural apenas como um conjunto de amplos princípios, a partir dos quais o legislador deverá compor a ordem jurídica. Os princípios mais apontados referem-se ao direito a vida, a liberdade, a participação na vida social, a união entre os seres para a criação, e a igualdade de oportunidades.
Características:
Eterno, imutável e universal.
Enquanto que jusnaturalismo entende-se pela imensa corrente de juristas-filósofos que consagram aqueles princípios de proteção a dignidade do homem, a chamada Escola do Direito Natural compreende apenas a fase compreendida entre os séculos XVI e XVIII. 
Princípios básicos: a natureza humana como fundamento do Direito, o estado de natureza como suposto racional para explicar a sociedade, o contrato social e os direitos naturais.
A moderna concepção jusnaturalista reconhece o Direito Natural com um conjunto de princípios e não mais um Direito Natural normativo e sistematizador. A função moderna do Direito Natural é traçar as linhas dominantes de proteção ao homem, para que este tenha as condições básicas para realizar todo o seu potencial para o bem.
Augusto Comte é considerado o fundador dessa corrente filosófica.
O positivismo jurídico, fiel aos princípios do positivismo filosófico, rejeita todos os elementos de abstração na área do Direito, a começar pela ideia do Direito natural. O positivismo despreza os juízos de valor, para se apegar apenas aos fenômenos observáveis. Para essa corrente de pensamento o objeto da Ciência do Direito tem por missão estudar as normas que compõem a ordem jurídica vigente.
O POSITIVISMO JURÍDICO
Para o positivismo jurídico só existe uma ordem jurídica: a comandada pelo Estado e que é soberana. Para o positivista a lei assume a condição de único valor.
O positivismo jurídico é uma doutrina que não satisfaz as exigências sociais de justiça. Se, de um lado, favorece o valor segurança, por outro, ao defender a filiação do Direito a determinações do Estado, mostra-se alheio a sorte dos homens. O Direito não se compõem exclusivamente de normas, como pretende essa corrente. As regras jurídicas têm sempre um significado, um sentido, um valor a realizar.
Crítica
A Teoria Pura do Direito de Hans Kelsen traduz a expressão do Direito a um só um elemento: norma jurídica.
Pirâmide normativa hierarquizada.
O normativismo jurídico
Nascimento: Em Praga em 1881 no Império Austro Húngaro e foi criado em Viena.
Nacionalidade: judia e por isso sofreu perseguição do Nazismo;
Exilou-se nos EUA , lecionou na Universidade de Berkeley onde faleceu em 1973.
HANS KELSEN - VIDA	
Principais formações
 - Matemático
 - Filosofo
 - Sociólogo
 - Jurista
HANS KELSEN - VIDA
Realizações
Foi um dos principais responsáveis pela redação da constituição da Áustria;
 Foi magistrado por nove anos na corte Constitucional da Áustria;
Concentrou suas pesquisas na Teoria Positivista centrada na legislação, concebendo o Estado como uma ordem coercitiva na condição humana;
HANS KELSEN - VIDA	
	
 - Publicou varias obras como:
 1 – Teoria Geral do Direito e do Estado;
 2 – Teoria Geral das Armas.
Principal Obra
 - Teoria Pura do Direito
HANS KELSEN -VIDA	
 - Concepções de Direito Segundo Kelsen
Concebe tanto o Direito quanto o Estado como uma ordem coercitiva da conduta humana. 
 - Define o Estado como uma ordem jurídica centralizada limitada no seu domínio espacial e temporal de vigência soberano ou imediato ao direito internacional o que é eficaz.
HANS KELSEN – VIDA	
Justiça - Concepção Kelsiana
Justiça = Felicidade
Conceito
Justiça seria o que é aceito pela sociedade.
“É nosso sentimento, nossa vontade e não nossa razão, é o elemento emocional e não o racional de nossa atividade consciente que soluciona o conflito”.
IDEIA DE JUSTICA – HANS KELSEN	
Teoria da Norma Jurídica
 - Estrutura da norma Jurídica;
 - Validade e Eficácia
 - Sanção
 - A questão das Lacunas
 - A questão das antimoniais
TEORIA PURA DO DIREITO
Teoria Pura do Direito
 A Teoria Pura do Direito refere-se ao direito positivo, institucionalizado pelo Estado, de ordem jurídica e obrigatório em determinado lugar e tempo. Os apoiantes desta filosofia defendem que não existe necessariamente uma relação entre direito,moral e justiça, visto que as noções de justiça e moral são dinâmicas e não universais, cabendo ao Estado, dentro de limites materiais e formais, como detentor legítimo do uso da força, determinar as normas de conduta válidas.
 O principal objetivo da Teoria Pura do Direito' era estabelecer a ciência do direito como uma ciência autônoma, independente de outras áreas do conhecimento.
 
 Esta teoria se pretende pura
porque assume como postulado metodológico fundamental de não fazer quaisquer considerações que não sejam estritamente jurídicas, nem tomar nada como objeto de estudo senão as normas jurídicas. 
JUSTICA, COMO ENTEDE-LA ?
Para Kelsen , a justiça é como a felicidade social. Uma explicação que seria quase matemática se o sentido da palavra felicidade não fosse tão complexo quanto o de justiça. Desta maneira, deve-se, portanto, perquirir o sentido da palavra felicidade, pois, o que pode ser a felicidade de alguns, pode, também, ser a infelicidade de muitos outros, o que torna o termo felicidade um tanto quanto subjetivo.
A TEORIA TRIDIMENSIONAL DO DIREITO
SEGUNDO
MIGUEL REALE
Miguel Reale nasceu no interior de São Paulo, em São Bento do Sapucaí, em 6 de novembro de 1910 e faleceu aos 95 anos em São Paulo no dia 14 de abril de 2006. Formado pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, na juventude tornou-se um dos líderes do integralismo no Brasil, para depois tornar-se um dos principais liberais sociais do país. 
 
QUEM FOI MIGUEL REALE
Dentre as contribuições de Miguel Reale para a teoria geral do direito, a que lhe atribuiu maior prestígio foi a teoria tridimensional do direito em que o autor buscou integrar três concepções de direito: 
a sociológica (associada aos fatos e à eficácia do direito), 
a axiológica (associada aos valores e aos fundamentos do direito) e
 a normativa (associada às normas e à vigência do direito). 
Os modelos jurídicos analisados por Reale temos os seguintes: os modelos jurídicos legais, o modelo jurídico costumeiro, os modelos jurisdicionais e os modelos jurídicos negociais.
Os modelos jurídicos legais (modelos legislativos) dizem respeito às leis, aos decretos legislativos e resoluções.
A lei aí é entendida tanto numa acepção ampla como numa acepção restrita. Característica desse modelo jurídico é a sua generalidade e universalidade, isto é, um modelo de irradiação erga omnes. 
No que tange ao modelo jurídico costumeiro, Reale alerta que seria “uma visão apequenada e errônea” considerar as normas consuetudinárias não suscetíveis de serem tomadas enquanto modelo jurídico tão-somente porque vinculadas a particulares usos e costumes. 
É principalmente na seara do Direito Econômico que os usos e costumes mais alimentam os modelos jurídicos.
Na atividade econômica cotidiana resultam as mais ricas práticas mercantis, o que ocasiona o aparecimento de inúmeros ajustes e compromissos entre seus parceiros. 
Em relação aos modelos jurisdicionais, Miguel Reale  faz questão de sublinhar a sua relevância para o “mundo normativo”, e ressalta que paradoxalmente “sejam poucos os estudos sobre o conceito de jurisdição como fonte reveladora de normas jurídicas”. 
Teoria Tridimensional do Direito 
FATO 
Matar alguém
VALOR
Não é bom Matar
*Toda pessoa tem direito a vida
*Qualidade inerente à pessoa humana
NORMA
Matar alguém = CRIME
Art. 121 do Código Penal
		 Os FATOS que modificam a sociedade, sejam eles, políticos, econômicos, religiosos ou sociais, trazem à baila a consciência de novos VALORES. Esses, por sua vez, trazem para o seio da sociedade novas formas de relacionamentos e transformações na estrutura da família, das relações de trabalho e até mesmo, na estrutura organizacional do Estado. Dessas mudanças surgem as NORMAS.
Teoria Tridimensional do Direito

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