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Atletismo: Provas de Obstáculos e Revezamentos

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da barreira), até chegar ao mesmo nível da pista, o que significa que 
quanto mais longe o atleta conseguir saltar, menos água como pressão 
contrária terá que enfrentar nos pés e tornozelos, o que dá vantagens aos 
melhores saltadores entre os corredores.
Para melhor transpor o fosso d’ água, ao se aproximar a uns 15 ou 
20 metros dele, o atleta deve acelerar sua corrida e efetuar o impulso com 
a perna mais forte no momento da abordagem. Executando o impulso, 
a perna de ataque vai flexionada sobre o obstáculo, em seguida, com 
um impulso forte, o corredor procura ultrapassar o fosso e continuar sua 
corrida com a menor perda de tempo possível.
Nessa prova, o corredor deve empregar uma corrida semelhante às 
provas de meio fundo e fundo, ou seja, uma corrida regular sobre todo o 
percurso, mantendo um desenvolvimento uniforme entre os obstáculos. 
Outro fator importante para o corredor dessa modalidade, é saber 
atacar os obstáculos com ambas as pernas, e com um pouco mais de altura, 
como margem de segurança. Ao fazer a aproximação de cada obstáculo, é 
preciso acelerar a corrida e fazer a passagem na mesma aceleração, o que 
irá facilitar a não diminuir o ritmo empregado para a distância.
IMPORTANTE
A passagem do obstáculo poderá ser feita com o apoio de um dos pés sobre ele;
Utilizar a técnica da passagem da barreira, tomando cuidado para não esbarrar no obstáculo.
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SEÇÃO 2
REVEZAMENTOS 4X100 E 4X400 METROS
Meu companheiro de corrida chegou o momento de literalmente 
passarmos o bastão. Estamos iniciando o estudo das provas em que o 
atletismo deixa de ser uma atividade individual e passa a ser executado 
com a ajuda direta de outros corredores. 
Na prova de revezamento, a técnica da corrida é a mesma vista 
anteriormente, a particularidade desta prova está na passagem do bastão 
de um atleta para o outro.
Nesta unidade, você perceberá que dentre as várias razões que 
tornou as provas de revezamento uma verdadeira atração nas competições 
de atletismo, além da forte emoção que provoca nos espectadores e 
competidores, é o fato de se tratar da única prova da modalidade que é 
constituída por uma equipe, na qual o fator coletivo é fundamental, cujos 
resultados dependem do perfeito entrosamento entre os quatro elementos 
que compõem a equipe.
Então, pegue o bastão, arrume o bloco de partida, concentre-se, 
preste atenção no árbitro: “AS SUAS MARCAS” ... “PRONTOS”....
CORRIDAS DE REVEZAMENTO
A corrida de revezamento do atletismo é disputada entre equipes, 
as quais mantém seus corredores em posições pré-estabelecidas dentro 
da pista, chamadas de Zona de Passagem. 
Cada corredor é responsável por percorrer um determinado trajeto 
da prova, segurando o bastão, que deverá ser entregue para os outros 
corredores de sua equipe. A passagem do bastão não pode ser realizada 
em qualquer lugar da pista, deve ser feita dentro da zona de passagem, 
espaço de vinte metros que está demarcado na pista. 
Nas competições de atletismo, a prova de revezamento 4x100 metros, 
é a que mais empolga o público, pois a passagem do bastão é um momento 
de grande nervosismo (para os atletas e torcedores), dependendo deste 
fundamento o êxito da equipe, por isso, é de extrema importância o seu 
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treinamento, que normalmente é bastante interessante para os iniciantes 
e para os colegiais.
O BASTÃO
Há várias maneiras de segurar o bastão no momento da partida. O 
mais importante é segurá-lo bem firme, próximo ao centro, pois algumas 
vezes, o atleta está preocupado com a passagem que irá fazer e o segura 
na ponta, só que no momento da saída realiza uma alavanca fazendo com 
que o bastão toque no chão e caia de sua mão. 
O bastão não deve ter a superfície muito lisa, e seu acabamento deve 
ser natural, para que não fique escorregadio. Pode ser confeccionado de 
madeira ou metal e ser de forma cilíndrica: o comprimento não deve ser 
superior a 30 cm, nem inferior a 28 cm, não deve pesar menos de 50 
gramas.
VOCÊ SABIA QUE EXISTEM DUAS FORMAS BÁSICAS DE PASSAGEM DO BASTÃO?
PASSAGEM VISUAL 
Utilizada fundamentalmente no revezamento 4x400, visto que o 
atleta que vai passar o bastão vem cansado e descoordenado e o que está 
esperando, algumas vezes, precisa praticamente tomar o bastão da sua 
mão, virar e sair correndo. Neste ultimo processo, a certeza da passagem 
do bastão é muito mais importante do que a velocidade.
Na passagem visual, o atleta que está esperando o bastão, olha 
constantemente para o atleta que está chegando, até o momento da 
passagem. O atleta que está esperando deverá estar posicionando na 
parte externa da raia, enquanto o que se aproxima mantém sua posição 
na parte interna da raia, de maneira que um não obstrua a passagem do 
outro. 
O braço esquerdo do atleta que irá receber o bastão deverá estar 
estendido para trás, na altura do ombro, com a palma para cima, dedos 
unidos e polegar afastado, oferecendo um bom alvo para o atleta que se 
aproxima poder colocar o bastão na palma de sua mão. Assim que o atleta 
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recebe o bastão com a mão esquerda, deverá trocá-lo para a mão direita.
 Na passagem visual, a maior responsabilidade é do corredor que 
está esperando; Logicamente, não devemos chegar a ponto de determinar 
a responsabilidade deste ou daquele corredor. É necessário, contudo, que 
haja um trabalho de equipe perfeito, com igualdade de responsabilidade 
de todos os atletas componentes da equipe de revezamento. 
No entanto, é importante lembrar que a responsabilidade do 
atleta que se aproxima é correr até o final da zona de passagem e não 
simplesmente relaxar quando chega ao início da zona. 
No revezamento 4x400 metros, a primeira volta bem como o 
inicio da segunda (até o fim da primeira curva – 100 metros), devem ser 
corridos inteiramente raiados. A partir deste momento, a pista terá duas 
bandeirinhas que servirão de referência para que os atletas corram em 
raias livre.
PASSAGEM NÃO VISUAL
No revezamento 4x100 metros, as passagens devem ser feitas de 
forma mais veloz, por isso, são executadas às cegas. Nesta passagem, 
o atleta que se aproxima emite um comando verbal para o que está 
esperando, indicando que este deve posicionar a mão para receber 
o bastão. Normalmente esse comando é uma palavra ou som agudo 
(exemplo: foi)
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Existem pelo menos quatro estilos de passagem não visual e 
inúmeras variações ou adaptações. Vamos conhecer as mais 
utilizadas historicamente. 
Olímpico ou americano• : é um antigo processo de passagem que 
surgiu por volta de 1932 e foi usado pelas equipes americanas 
até a bem pouco tempo. Consiste em apoiar as mãos, com as 
pontas dos dedos na altura da cintura. O polegar deve estar 
aberto, a palma da mão voltada para cima e o cotovelo projetado 
para fora.
Olímpico com variação• : Nada mais é do que uma mudança 
na posição da mão: o polegar aberto fica apoiado no quadril, 
os demais dedos unidos e a palma da mão voltada para trás. 
O cotovelo obedece praticamente à mesma posição técnica 
anterior.
Francês• : o braço é estendido para trás, executando uma torção 
da mão, de forma que a palma da mão fique voltada para fora e 
para cima. O dedo polegar fica aberto, em relação aos demais 
dedos.Alemão• : é quase idêntico ao anterior, diferenciando-se apenas 
na posição do braço, que fica estendido mais naturalmente para 
trás, palma da mão ligeiramente voltada para baixo, polegar 
bem aberto e demais dedos abertos.
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VANTAGENS E DESVANTAGENS
Qualquer um dos processos tem as suas vantagens e desvantagens. 
O processo americano e francês em que a palma da mão é voltada para 
cima, apresenta a desvantagem de ter o bastão colocado através de um 
movimento de cima para baixo, o que deixa de ser um movimento natural 
da corrida. Entretanto, apresenta a vantagem de oferecer maior segurança 
na passagem, pois a possibilidade de queda do bastão é mínima.
Na técnica em que a mão é fixada no quadril (americano e variação), 
é exigida uma aproximação muito grande dos corredores, o que é uma 
desvantagem, pois pode ocasionar atropelos e acidentes.
Com exceção da técnica francesa, em todos os outros processos, após 
o recebimento do bastão, o atleta deverá passá-lo para mão esquerda, o 
que também pode ser considerado uma desvantagem.
Atualmente as melhores equipes de revezamento do mundo evitam 
a troca de bastão de mãos, visto que o risco de queda é grande e, ainda, 
porque, durante a fração de tempo que este movimento consome, o atleta 
não pode continuar acelerando, nem mesmo manter a velocidade já 
adquirida.
A técnica alemã é a que mais vantagens oferece, porém não é a 
mais segura. 
PASSAGEM PROPRIAMENTE DITA
O número de passadas, pés ou metros que determina o momento da 
passagem, depende do local onde sai o corredor que vai receber o bastão 
e da velocidade dos dois corredores que executam a troca. Se o primeiro 
corredor for mais veloz que o segundo, a distância de saída deverá ser 
maior que o normal. 
Os principiantes necessitam marcas menores, mas toda a atenção 
deve ser tomada para evitar que o corredor que vai passar o bastão tenha 
de diminuir sua velocidade, para não ultrapassar o corredor que vai 
recebê-lo.
O atleta que se aproxima deve manter o mesmo ritmo de corrida 
e não tentar se curvar nem alcançar o atleta para quem está passando o 
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bastão. O atleta que está esperando o bastão deve posicionar-se na zona 
de aceleração (10 metros antes do início da zona de passagem), assim que 
o atleta se aproxima e alcança a marca que está a cerca de seis metros 
e meio da zona de aceleração, o atleta que estava aguardando começa a 
correr.
Normalmente as melhores equipes do mundo usam marca de 30 
a 32 pés. O ponto de referência ou marca para a saída do corredor que 
vai receber o bastão pode ser até dez metros atrás da linha da zona de 
passagem e é feita com um risco no chão nas pistas de terra e nas pistas 
sintéticas utiliza-se fita adesiva, não sendo permitindo colocar qualquer 
objeto para servir de referência.
È fundamental que o atleta que vai correr na curva, venha por dentro 
da raia, conseqüentemente deverá segurar o bastão com a mão direita, 
para que possa passá-lo para a mão esquerda dos atletas que correm na 
reta. Vale salientar que o bastão não deve ser trocado de mão.
DETALHES TÉCNICOS DA PROVA 4X100 METROS
O recebimento do bastão é feito sempre “às cegas”, isto é, o • 
recebedor não olha para trás.
Tanto o entregador, como o recebedor, só deverão estender o • 
braço no momento exato de entregar e receber o bastão.
Na passagem por baixo, com troca de mão, o recebedor posiciona-• 
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se e corre do lado interno da raia, enquanto o entregador 
aproxima-se pelo centro da mesma.
Na passagem sem troca de mão, deve-se ter a seguinte situação: • 
o primeiro e o terceiro corredores têm o bastão na mão direita, 
enquanto o segundo e o quarto têm o bastão na mão esquerda. 
Assim, o primeiro e o terceiro corredores por desenvolverem 
percurso em curva correm próximo ao lado interno da raia e 
o segundo e o quarto corredores, posicionam-se e correm no 
centro da raia.
A passagem do bastão deve ser feita no último terço da zona de • 
passagem.
ERROS MAIS FREQUENTES POSSIBILIDADES DE 
CORREÇÕES
Quem vai receber o bastão sai 
antecipadamente.
Colocar a marca visual para 
saída mais próxima da zona de 
passagem do bastão.
Quem vai receber o bastão parte 
tarde demais, de forma que os 
dois corredores quase se chocam.
Colocar a marca visual para 
saída mais afastada da zona de 
passagem.
Posicionamento de quem vai 
receber o bastão não está correta 
(pés voltados para os lados, 
quadril torcido...).
Treinamento formal do 
posicionamento, com o auxílio 
de um companheiro que irá 
corrigindo-o.
Os braços não estão posicionados 
adequadamente no momento de 
receber e passar o bastão, o que 
causa uma interrupção no ritmo 
da corrida.
Realizar repetidas vezes a 
passagem do bastão, começando 
parado e ir aumentando o ritmo da 
corrida a medida que o recebedor 
conseguir atingir a posição correta 
dos braços.
O bastão é mudado para a mão 
esquerda somente no último 
momento antes da passagem para 
o companheiro.
Conscientizar o aluno sobre as 
conseqüências desta atitude, que 
atrapalha o ritmo da corrida, além 
do perigo do esquecimento e/ou 
possível queda do bastão.
Agora que você já entendeu como funciona esta prova é preciso 
compreender os fatores que interferem na escalação da sua equipe.
Uma série de fatores deve ser considerada para que se determine a 
disposição dos corredores para a corrida de revezamento:
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O atleta de partida mais rápida pode ser colocado como primeiro, • 
pois é o único que emprega saída baixa;
Os atletas mais velozes normalmente são colocados em primeiro • 
e quarto lugares, sendo o mais veloz responsável em fechar o 
revezamento;
O mais combativo é colocado em terceiro, para recuperar o • 
terreno por ventura perdido pelos dois primeiros;
Os melhores corredores de curva, devem ocupar as posições • 
1 e 3;
Os que têm mais habilidades na passagem do bastão devem • 
ocupar as posições 2 e 3, pois o homem que abre o revezamento 
só passa o bastão e o que fecha só recebe.
Outros fatores devem ser observados de acordo com o cotidiano de 
treinamento e, por isso, dependem da definição do técnico. Entretanto, 
se for considerado como fator principal a velocidade dos corredores, a 
disposição normal para o revezamento seria a seguinte: o mais veloz seria 
o quarto homem, o imediatamente abaixo seria o primeiro, o mais lento 
seria o segundo e o intermediário seria o terceiro.
CONHECENDO UM POUCO DAS REGRAS 
O bastão deve ser carregado na mão. Se ele cair, o corredor pode • 
sair de sua raia para recuperá-lo desde que isso não diminua a 
distância percorrida.
As equipes podem ser desclassificadas pelas seguintes • 
razões: perda do bastão; troca de bastão realizada de modo 
impróprio; duas falsas largadas; alcançar outro competidor 
inadequadamente; impedir que outro competidor passe e bloqueá-
lo propositadamente; cruzar o percurso inadequadamente ou de 
qualquer outra maneira interferir com o outro competidor. 
Na modalidade 4 x 400 m, os corredores podem sair de suas • 
raias dentro dos seguintes parâmetros: o primeiro corredor 
deve permanecer em sua raia, o segundo corredor pode passar 
para a parte interna após a primeira curva. O terceiro e quarto 
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corredores, sob a orientaçãode um oficial, se posicionam a 
partir da raia 1 para fora, na ordem de suas equipes quando 
os corredores que estão chegando se encontram a meia curva 
de distância. Se essa ordem se alterar nos próximos 200 m, os 
corredores que estão esperando devem permanecer em suas 
raias designadas.
Após passar o bastão, os corredores que chegam devem • 
permanecer em suas raias após a passagem do bastão. Isso 
diminui qualquer obstrução que poderia ser causada às outras 
equipes. 
REVEZAMENTO 4 X 400 METROS
É uma prova olímpica do atletismo, disputada entre equipes. A 
prova foi introduzida para os homens nos Jogos Olímpicos de Verão de 
1912, em Estocolmo, e para as mulheres nos Jogos Olímpicos de 1972 em 
Munique.
A prova é subdividida em quatro percursos, que deve ser executado 
por quatro atletas diferentes da mesma equipe, que percorrerão 
individualmente a distância média 400 metros rasos.
Historicamente, esta prova tem sido dominada pelos Estados Unidos, 
principalmente no masculino, por ser o país que possui os melhores atletas 
de 400m da História. No feminino, houve uma forte disputa na época da 
Guerra Fria entre os EUA e os países do bloco comunista, mas hoje, os 
americanos dominam também a versão feminina.
Embora não seja sua especialidade, o Brasil já teve uma grande 
equipe de 4x400m masculina, que contava com Eronilde Araújo, grande 
corredor de 400m com barreiras, e Sanderlei Parrela, forte competidor 
dos 400m. Ambos são até hoje detentores dos recordes sul-americanos de 
suas respectivas provas. Nessa época, o Brasil obteve o 5° melhor tempo 
do mundo nesta prova, no Pan-Americano de Winnipeg.
De acordo com os dados da IAAF, consultados em 02 de novembro 
de 2009, os melhores resultados na prova do revezamento 4 X 400 metros 
masculino, são:
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UNIDADE 3
Nº TEMPO ATLETA NACIONALIDADE DATA LUGAR
1. 2.54.29 Valmon, 
Watts, 
Reynolds, 
Johnson
 Estados Unidos 22 de 
agosto 
de 1993
Stuttgart
2. 2.56.60 Thomas, 
Baulch, 
Richardson, 
Black
 Reino Unido 3 de 
agosto 
de 1996
Atlanta
3. 2.56.75 McDonald,H
aughton,McF
arlane,Clarke
Jamaica 10 de 
agosto 
de 1997
Atenas
4. 2.57.32 McKinney, 
Moncur, 
Williams, 
Brown
Bahamas 14 de 
agosto 
de 2005
Helsinque
5. 2.58.00 Rysiukiewicz, 
Czubak, 
Haczek, 
Mackowiak
 Polónia 22 de 
julho de 
1998
Uniondale
6. 2.58.06 Dyldin, 
Frolov, 
Kokorin, 
Alekseyev
Rússia 23 de 
agosto 
de 2008
Beijing
7. 2.58.40 Araújo, Silva, 
Santos, 
Parrela
 Brasil 30 de 
julho de 
1999
Winnipeg
Criado por Miguel A. Freitas Jr.
DETALHES TÉCNICOS DA PROVA 4X400 METROS
O recebimento do bastão é visual.• 
O momento e a velocidade da corrida do recebedor são • 
determinados pela posição e velocidade de chegada do 
entregador.
A passagem do bastão é feita da mão direita do entregador para • 
a esquerda do recebedor.
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UNIDADE 3
SUGESTÕES DE ATIVIDADES PRÁTICAS 
A turma é dividida em dois grupos A e B. Cada grupo será 1. 
subdivido em mais dois, A1 e B1; A2 e B2. Cada grupo ficará 
de frente para a sua própria equipe. O primeiro aluno da 
fila estará segurando o bastão, ao sinal do professor ele 
deverá correr até a outra extremidade e entregá-lo para o 
companheiro da frente e assim sucessivamente. Vencerá a 
equipe que terminar primeiro.
Dividir os alunos em equipes, distribuí-los ao redor da quadra 2. 
a uma distância de quinze metros um do outro. Disputar o 
revezamento fazendo a passagem do bastão, vencendo a 
equipe que primeiro cruzar a linha de chegada.
De acordo com o tamanho da turma, deve-se formar um ou mais círculos. Os alunos um atrás 3. 
do outro, devem manter uma distância de um metro entre si. Inicialmente andando, ao sinal do 
professor quem está sem o bastão coloca a mão esquerda para trás e quem estava segurando 
o bastão pela mão direita, deverá realizar a passagem. (aumentar a velocidade à medida que os 
alunos consigam executar a atividade)
Os alunos são divididos em duplas e correm lentamente pela quadra, em linha reta. Deve-se 4. 
manter a distância de dois a três metros entre si. Ao sinal do professor, os alunos de trás devem 
acelerar e fazer a passagem do bastão, passando à frente do seu colega. A um novo sinal o 
exercício deve ser repetido.
No lugar, em colunas, pernas em afastamento ântero-posterior, executar a movimentação da 5. 
corrida com os braços. O último aluno da coluna deve segurar o bastão, ao sinal do professor deve 
passá-lo ao companheiro da sua frente. Isto será repetido até que o bastão chegue ao primeiro da 
fila, momento em que todos farão meia volta e reiniciarão a atividade.
Repetir a atividade anterior, mas todos devem estar andando.6. 
Repetir a atividade anterior, mas todos devem realizar uma corrida lenta. Ao invés de fazer meia 7. 
volta, o primeiro da fila quando receber o bastão deverá deixá-lo no solo para que o último da fila 
apanhe-o e continue o exercício.
Em duplas em pé, separados um do outro por uma distância de 15 metros. O primeiro se desloca 8. 
em direção ao que está parado em um ponto determinado, este sairá correndo quando o portador 
do bastão se aproximar. Quando estiverem próximos devem executar a passagem.
Equipes de quatro alunos, em um espaço de 60 metros, realizar passagens sucessivas em 9. 
velocidade.
Separar em equipes de maneira que as forças estejam equilibradas, os alunos serão distribuídos em 10. 
um espaço reto, ficando aproximadamente a 15 metros do seu companheiro de equipe. Ao sinal do 
professor, o aluno que está com o bastão deverá correr o mais rápido possível, entregando o bastão 
para quem está na sua frente e assim sucessivamente. Vence a equipe que terminar primeiro.
Repetir a atividade anterior, mas que agora deverá ser executada em uma pista circular.11. 
Na pista, realizar a passagem do bastão em distâncias menores que a oficial.12. 
Realizar a passagem do bastão em situação similar a da competição, procurando observar a 13. 
ocorrência dos erros mais comuns.
8. Em duplas em pé, separados um do outro por uma distânciaia de 15 metros. O primeiro se deslocaloca 
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UNIDADE 3
Numa primeira abordagem da corrida com barreiras, podemos identificar se tratar de uma prova 
extremamente técnica, o que vai exigir do professor uma atenção redobrada na iniciação do aluno/
atleta. 
Para não tornar a modalidade difícil de ser praticada, julgamos importante que seja trabalhado 
a técnica que lhe foi apresentado nesse módulo, em um primeiro momento utilizando-se de formas 
lúdicas, tornando assim o aprendizado mais fácil e prazeroso.
A medida que a técnica do aluno vai sendo lapidada, a necessidade da execução correta dos 
gestos técnicos e até mesmo o nível de dificuldade dos exercícios, vai se fazendo necessário para que 
ele continue sentido-se desafiado. 
Sugerimos que o professor utilize toda a sua criatividade para fazer adaptações que julgar 
necessárias, objetivando que alturas e distâncias sejam facilitadas em uma primeira fase da iniciação, 
e até mesmo adaptações com relação à modalidade e o ambiente escolar. Enfatizamos que para 
obter resultados satisfatórios, o aprendizado deve acontecer em uma progressão pedagógica e 
individualizada, onde o aluno tenha prazer e não medo em transpor os obstáculos.
Você também teve a oportunidade de verificar que a corrida de revezamento é marcada pelo 
trabalho em equipe, que é formada por 4 corredores. Esta prova é executada por homens e mulheres, 
que correm a distânciade 400 metros (4X100) e 1600 metros (4X400).
O professor tem um trabalho fundamental para a aprendizagem e aprimoramento da técnica, 
devendo trabalhar os diferentes estilos de passagem do bastão, para que esta atitude se torne o mais 
natural possível, no momento de execução na prova, o que resultará em ganhos consideráveis para a 
equipe.
Outro fator que o professor deve observar é a característica de cada atleta, a qual irá determinar 
a posição que o atleta irá ocupar na equipe, levando-se em consideração a sua possibilidade de maior 
rendimento na prova. 
Tendo a prova de 110 metros como referência. Elabore um exercício para corrigir o número de 1. 
passadas, no percurso entre barreiras.
Crie uma atividade lúdica para ser aplicada na iniciação do atletismo, objetivando o aprendizado 2. 
da passagem do bastão.
Monte uma atividade coletiva que objetive trabalhar com a velocidade de reação dos alunos.3.

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