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Fórum - LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA 
RESUMO AULA 1- DIREITO TRIBUTÁRIO E DIREITO FINANCEIRO
O Direito Financeiro é o ramo do direito público que disciplina a receita tributária, a receita pública e a despesa pública (Direito Fiscal e Orçamentário).
O Direito Tributário é o segmento do Direito Financeiro que decide como serão cobrados os tributos dos cidadãos para gerar receita para o estado.
As receitas do Estado derivam de atividades econômico-privadas dos entes públicos, de monopólios, de empréstimos, e principalmente da imposição tributária.
A Receita Pública é a soma de ingressos, impostos, taxas, contribuições e outras fontes de recursos arrecadados para atender às Despesas Públicas.
Para obter os recursos necessários, o Estado utiliza do seu poder soberano, ou seja, o direito de tributar pelo qual pode fazer derivar para seus cofres uma parcela do patrimônio das pessoas sujeitas a sua administração, originando as Receitas Derivadas.
Mas, não é só de receitas derivadas que sobrevive o Estado para suprir uma demanda em relação às despesas públicas, ele também utiliza Receitas Originárias, provenientes do patrimônio do Estado, através de aluguéis, vendas, leilões etc. 
A Despesa Pública nada mais é que a utilização de dinheiro do erário público para objetivos públicos. A despesa pública classifica-se em: 
Despesa Corrente - despesa pública usável para manter serviços anteriormente instituídos e, por isso, é despesa corrente sob o título de despesa de custeio; e
Despesas de Capital - despesa pública de investimentos para execução de obras, inversões financeiras para aquisição de imóveis, etc.
AULA 2- DIREITO CONSTITUCIONAL TRIBUTÁRIO E HERMENÊUTICA TRIBUTÁRIA
Competência Tributária pode ser definida como o poder, atribuído pela Constituição Federal, observadas as normas gerais de Direito Tributário, de instituir, cobrar e fiscalizar o tributo, compreendendo a competência legislativa, administrativa e judicante. Espécies de Competência Tributária: Privativa; Comum; Especial; Residual; Extraordinária; e Cumulativa.
Princípios Constitucionais Tributários:
Princípio da legalidade - encontrada sob o título "Dos direitos e garantias fundamentais", firmando-se, assim, como cláusula pétrea (Artigo 60, § 4º, da Constituição Federal);
Princípio da isonomia - esse princípio é corolário do princípio geral de que todos são iguais perante a lei, sem qualquer distinção, conforme disposto no Artigo 5º da Carta Política;
Princípio da irretroatividade e da anterioridade - decorre dos princípios gerais que estatuem que "a lei não retroage, exceto para beneficiar" e que "a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada" (Artigo 5º, XXXVI, CF). Já o princípio da anterioridade tem o escopo de assegurar a previsibilidade das normas tributárias; e
Princípio da vedação do efeito confiscatório, da imunidade e isenção tributária - o que se pretende com esse imposto é atender ao preceito constitucional do fim social da propriedade (Artigo 5º, XXIII, CF), de modo a compelir o proprietário de terras rurais improdutivas torná-las produtivas socialmente. De acordo com o Artigo 175 do CTN a isenção é modalidade de exclusão do crédito tributário e pode ser concedida a qualquer tributo (imposto, taxa, contribuição de melhoria etc.), ao contrário da imunidade que está adstrita aos impostos.
Características da competência tributária: Inalterabilidade; Indelegabilidade e Irrenunciabilidade; Incaducabilidade; Facultatividade; e Privatividade.
O legislador tem o poder discricionário para determinar o termo inicial da vigência de uma lei. O período de tempo transcorrido entre a publicação de uma lei e o marco inicial da sua vigência é chamado de vacation legis. Este lapso somente não ocorrerá caso a lei entre em vigor na data de sua publicação.
A aplicação da lei deve respeitar, no geral, o princípio da irretroatividade. Aplica-se, normalmente, a lei no que se concerne aos fatos futuros (princípio da irretroatividade da lei) e aos pendentes, assim compreendidos como aqueles cuja ocorrência tenha se iniciado, mas não tenha se completado, conforme Artigo 105 e 116 do CTN.
A integração da legislação tributária, por sua vez, consiste em não se permitir que nenhum evento do mundo real não se inclua nas previsões legais.
AULA 3- TEORIA GERAL DO DIREITO TRIBUTÁRIO	
Com base na teoria geral das obrigações, entende-se que a Obrigação Tributária constitui-se em dois tipos de obrigação:
Obrigação Principal – dar dinheiro ao poder público
Obrigação Acessória – fazer e ñ fazer – fazer a emissão de uma nota fiscal, ñ emitir nota fiscal.
Não podemos confundir obrigação tributária com crédito tributário. A Obrigação Tributária é o primeiro momento da relação tributária. Já o Crédito Tributário decorre da Obrigação Tributária e tem a mesma natureza desta, surge com o lançamento, que confere à relação tributária liquidez e certeza.
Os responsáveis tributários são: Sucessão Imobiliária; Sucessão Causa Mortis; Sucessão Comercial (Artigo 132 do CTN); e Responsabilidade de Terceiros.
Hipótese de incidência é a situação, prevista em lei, que gera a relação jurídico-tributária. O fato gerador é o momento de concretude da hipótese de incidência, ou seja, é a hipótese de incidência materializada, ocorrida, concretizada.
O fato gerador é elemento definidor da lei a ser aplicada no momento da ocorrência do fato, em abono ao Princípio da Irretroatividade Tributária (art. 144, CTN c.c art. 150, III, "a", CF).
São elementos da obrigação tributária sujeito ativo, sujeito passivo, objeto e causa (ou partes, prestação e vínculo jurídico) – art. 113 do CTN.
A dispensa do pagamento da obrigação principal não desobriga o contribuinte ao cumprimento das obrigações acessórias a que foi compelido pela legislação tributária (art. 122, CTN). Nesse caso, o legislador deverá indicar as pessoas que serão responsáveis pelo cumprimento das obrigações acessórias, conforme os interesses da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.
Dispõe o art. 113, §3º, CTN: "A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária".
O tributo só pode ser pago em dinheiro corrente. Com a expressão “ou cujo valor nela se possa exprimir”, quer a lei dizer que, em circunstâncias extraordinárias, previstas em lei, é possível que o Fisco aceite a satisfação da obrigação tributária com a entrega de bens, cujo valor possa ser convertido em moeda.
O tributo não é multa. O Estado tributa para atingir seus fins, e a multa visa desestimular os infratores.
A tributação no Brasil só pode ser desenvolvida pelo Estado: União; Estados-Membros; Municípios; e DF.
A criação dos tributos depende de lei, logo, só quem legisla pode tributar e só quem pode legislar são as pessoas políticas.
Os tributos são classificados em: Impostos; Taxas; Empréstimos Compulsórios; Contribuições especiais (ou Parafiscais); e Contribuição de Melhoria.
Aula 4: Direito Tributário: Conceito e Classificação de Tributos
Tributo é uma prestação em dinheiro e obrigatória que não constitui sanção de ato ilícito instituído em lei e cobrado mediante atividade administrativa plenamente vinculada. Em regra, um tributo é cobrado através de lei ordinária, seja federal, estadual ou municipal.  Decretos e portarias nunca poderão criar tributos. É cobrado mediante atividade administrativa plenamente vinculada. O poder de tributar é de competência do Estado e somente ele poderá cobrar tributos. 
A Constituição Federal cita cinco espécies tributárias, são elas: 
Taxa - é um tributo vinculado, porque há uma contraprestação do Estado específica, sua cobrança é feita justamente: pela prestação do serviço estatal específico e divisível; ou pelo regular poder de polícia;
 Contribuição de Melhoria - Este tributo é cobrado para custear obras públicas de que decorra valorização imobiliária;
Imposto - O Imposto é um tributo não vinculadopelo fato de sua cobrança ser feita independente de uma contraprestação específica do Estado. Existe apenas para gerar riqueza (Artigo 167, IV, Constituição Federal);
Empréstimo Compulsório - é um tributo de competência exclusiva da União e poderá ser instituído em casos de: enchente, guerra externa ou sua eminência, investimento público urgente e relevante e
Contribuições parafiscais (ou especiais) - são tributos que, em princípio, compete exclusivamente à União. 
Função dos tributos:	
Tributo Fiscal é aquele criado como uma única finalidade: arrecadação.
Tributo Para fiscal é aquele tributo cobrado para cobrir despesas de determinadas atividades estatais.
Tributo Extrafiscal é aquele cuja principal finalidade é equilibrar a economia, pois o Estado não tem como objetivo principal a arrecadação, mas sim o equilíbrio econômico.
No fórum de discussão você deve trazer seu parecer acerca dos conceitos trazidos.
O Poder Público, como qualquer particular, precisa cumprir metas, objetivos e finalidades e necessita de recursos financeiros para a realização desses objetivos. 
Por isso, este assunto está interligado a todas as questões referentes à atividade financeira do Estado, o qual será responsável pela arrecadação e aplicação desses recursos, bem como saber gerenciar todo o orçamento.
Ao final desta aula, você será capaz de:
• identificar os tributos no Sistema Tributário Brasileiro;
• verificar as espécies de tributos;
• reconhecer a natureza jurídica dos tributos.
É um tributo que pode ser cobrado em razão do exercício efetivo do poder de polícia (poder da administração de limitar e disciplinar direito, interesse ou liberdade) e, ainda, pela utilização efetiva ou potencial de serviços públicos prestados ou colocados a sua disposição.
Serviços efetivamente: Quando o serviço for realmente utilizado pelo contribuinte a qualquer título.
Serviços potencialmente O fato de o serviço estar à mera disposição do contribuinte, mesmo que não tenha sido  utilizado pelo mesmo, já enseja cobrança da taxa, como por exemplo, a taxa de incêndio. O fato de o serviço estar à mera disposição do contribuinte, mesmo que não tenha sido  utilizado pelo mesmo, já enseja cobrança da taxa, como por exemplo, a taxa de incêndio.
Serviços específicos Quando os serviços puderem ser destacados  em unidades autônomas. 
O pagamento deste tipo de taxa é vinculado a uma atividade administrativa específica.
Serviços divisíveis Quando cada contribuinte puder utilizar o serviço separadamente e, este uso, também puder ser apurado.
A Contribuição de Melhoria é um tributo vinculado a uma contraprestação do Estado pela valorização de um imóvel em razão de uma obra pública.
Ou seja, se a Administração pública faz uma obra e, como consequência, o imóvel passa a ter um maior valor de mercado, o poder público, respeitando os limites da constituição federal e do código tributário nacional, pode cobrar pela mesma.
É um tributo cujo fato gerador da obrigação de pagar é uma situação independe de qualquer atividade estatal específica em relação ao contribuinte. 
O que se arrecada com o tributo é usado para fazer frente às despesas gerais, como por exemplo: 
• pagamento de servidores;
• construção de escolas, estradas e hospitais.
O benefício não é individual, mas para toda a comunidade. E a constituição federal é quem diz quais são os impostos e quem tem a competência para instituí-los e cobrá-los.
Atualmente, são permitidas as cobranças dos impostos de acordo com os termos dos Artigos 153, 155 e 156, da Constituição Federal.
Ou seja, a União, nos casos excepcionais citados, poderá obrigar a população ou parte dela a emprestar-lhe dinheiro com a promessa de devolvê-lo após o período determinado.
Estão subdivididas em três espécies, clique em cada uma para ver exemplos.
Contribuição Social
Programa de Integração Social - PIS. 
Apesar de ser de competência exclusiva da União, existe previsão constitucional para que os Estados o DF e os Municípios possam instituir contribuições sociais.
Contribuição de intervenção no domínio econômico
Contribuição para controle de produção de açúcar, café, laranja etc.
Contribuição de interesse de categorias profissionais ou econômicas
Contribuições para a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Os tributos podem ser instituídos pela União, Estados, Municípios e o Distrito Federal podem, por lei, instituir os tributos de sua competência. 
Essa competência é dada pela Constituição Federal.
Com base no conceito de tributo, determinado pelo Artigo 3º do CTN, pode-se analisar o tributo em etapas:
Prestação Pecuniária Compulsória: Prestação em dar dinheiro de forma obrigatória, de pagar.
Em moeda corrente ou cujo valor nela se possa exprimir: Tal obrigação deve ser feita em dinheiro.
Que não constitua sanção de ato ilícito: Tributo não é multa, visto que sanção de ato ilícito é multa, ou seja, penalidade pecuniária e não tributo.
Instituído por lei: Apenas a norma LEI poderá exigir um tributo, ou seja, somente por determinação da lei com base nos Artigos 150, I da Constituição Federal e do Artigo 97, do CTN.
O Estado ao arrecadar os tributos determina sobre as finalidades a serem designadas.
Conforme já visto, a natureza jurídica do tributo, prevista no Artigo 4º do CTN, constitui obrigação determinada por lei, por isso, não há tributo sem que lei o decrete, definindo-lhe o fato gerador e a obrigação fiscal.
Será o fato gerador o responsável pela caracterização do tributo, bem como definir se é taxa, imposto ou contribuição de melhoria. 
Aula 5: Legislação Tributária
A legislação tributária é o conjunto de normas jurídicas que instituem e dispõem sobre tributos em todos os seus aspectos. Os tributos, por exigência constitucional não podem ser criados senão por lei. Já os decretos, portarias e outros dispositivos normativos são também fonte importante do Direito Tributário, uma vez que aspectos secundários da relação tributária, tais como regulamentação de lançamento e quitação de impostos, podem ser normatizados por estes instrumentos.
Legislação Tributária compreende as leis, os tratados, as convenções internacionais, os decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas.
É importante saber que:
• a criação de um tributo, com base no princípio da legalidade, somente poderá ser feita pela lei, bem como sua extinção. Lei ordinária federal, municipal ou estadual;
 • o aumento ou a redução de um tributo somente serão possíveis através de lei. Por exemplo, se a União for aumentar o IR (Imposto de Renda), necessita de uma lei ordinária federal, aprovada pelo Congresso Nacional;
• o fato gerador da obrigação tributária principal também será feito por lei, já é a situação jurídica que, se praticada, acarretará uma obrigação fiscal, seja principal ou acessória. Por exemplo, se uma pessoa tiver um carro terá que pagar o IPVA, porque existe uma lei ordinária do Estado estabelecendo que esta situação é um fato gerador para o pagamento do tributo devido, identificando o sujeito e a matéria tributável;
• a base de cálculo e alíquota somente poderão ser fixadas por lei.
Sobre a vigência da Legislação Tributária – Artigos 101-104 do CTN
Uma regra jurídica existe quando editada por fonte de direito reconhecida pelo sistema jurídico. A regra que entrou no plano da existência "é". Existindo, pode ser: Valida - se obedecidas as condições formais (órgão competente) e materiais (ratione materiae) de sua produção e consequente integração no sistema; ou Inválida - caso contrário, contudo, a regra inválida existe e produz eficácia.
Vigência ou eficácia jurídica: é qualidade da regra jurídica (que existe é válida ou inválida) e que está apta a produzir efeitos jurídicos.
Sobre a aplicação e integração da Legislação Tributária – Artigos 107 a 112 do CTN
Interpretação: o intérprete visa estabelecer premissas para o processode aplicação da norma com recursos na argumentação retórica dentro do sentido possível do texto.
Integração: o operador do direito se vale de argumento de ordem lógica, como a analogia a contrário, bem como os previstos no artigo 108 do CTN, sob uma perspectiva que está fora da possibilidade expressiva do texto da norma.
• identificar as normas do Sistema Tributário;
• verificar as principais diferenças entre leis, decretos, portarias, tratados, convenções e acordos internacionais;
• reconhecer que a expressão “
Você deve estar se perguntando: eu já estudei Legislação Tributária nas unidades anteriores? Sim, mas de forma ampla para o seu entendimento em relação ao Sistema Tributário Nacional, uma visão geral e complexa, misturando termos legais e os princípios.
Nesta aula você entenderá, passo a passo, as normas que envolvem o Ordenamento Financeiro do Estado, ou seja, se o Poder Público pode instituir tributos, aumentar, extinguir, excluir, suspender, conceder imunidades, facilitar a livre concorrência etc. – tudo isso tem como base a lei.
Ao final desta aula, você será capaz de:
Legislação é o conjunto de normas que regula determinado ramo do direito. 
O CTN regula a Legislação Tributária nos Artigos 96 e 100.
O Artigo 96 do CNT não específica qual o tipo de lei, então a interpretação pode estender as leis complementares, ordinárias e delegadas, mas a maioria dos tributos no Brasil são cobrados mediante lei ordinária.
Entretanto, existem exceções determinadas pela Constituição Federal (Artigos 154, I e 148), com base no Artigo 97, que pode-se entender como um dos artigos mais importantes do CTN, visto que traz a obrigatoriedade em relação ao jurídico-tributário a serem tratadas apenas pela norma lei. Esse artigo deve ser interpretado juntamente com o Artigo 150, I da Constituição Federal.
A LICCB (Lei de Introdução ao Código Civil Brasileiro), Decreto-lei 4.657 de 4/09/1942, lei de Ordem Pública aplicável a todos os ramos do direito, é a regra geral aplicada ao direito tributário por força do Artigo 101 do CTN, ressalvados em especial, os Artigos 103 e 104 do CTN.
Clique nos itens e acompanhe alguns Artigos importantes da LICCB.
Artigo 1º
Salvo disposição em contrário, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada.
Artigo 2º
Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue, § 1º. A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior, § 2º. A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga (salvo se houver incompatibilidade) nem a modifica a lei anterior, § 3º. Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência.
Um exemplo que pudesse melhor elucidar o § 3º da LICCB seria: Lei municipal (A) fixando alíquota de ISS em 2% é revogada por outra lei (B) que majora a alíquota para 5%. Caso a lei (B) seja revogada por uma outra lei (C), e a (C) nada disponha sobre o tema, a lei (A) que fixava a alíquota em 2% não voltará a ter vigência, criando-se assim uma ausência de alíquota para se exigir o ISS dos contribuintes por que não ocorreu o efeito repristinatório, que só existe quando expressamente previsto em um diploma legal.
Artigo 3º
Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece.
Artigo 4º
Salvo disposição em contrário, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada.
Artigo 5º
Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum.
Artigo 6º
A lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada.
O Artigo 2º da LICCB trata dos critérios normativos para soluções de antinomias aparentes.
Critério Hierárquico 
Baseado na superioridade de uma fonte de produção jurídica sobre outras. Uma lei de superior hierarquia revoga a lei de inferior hierarquia. 
Em caso de conflito entre normas de diferentes níveis, a de nível mais alto, qualquer que seja a ordem cronológica, terá prevalência em relação à de nível mais baixo.
Critério Cronológico
Se duas normas forem conflitantes, e do mesmo nível ou escalão, prevalecerá a que foi editada por último.
Critério da Especialidade 
Uma norma é especial se contém todos os elementos típicos da norma geral e mais alguns denominados especializantes. 
A norma especial acresce um elemento próprio à descrição legal do tipo previsto na norma geral. 
O tipo geral está contido no especial, ou seja, a norma especial contém todos os elementos da geral, mais um, que é a diferença específica. 
É necessária sempre a presença da incompatibilidade para haver a revogação.
Sobre a existência da regra jurídica
Além da vigência, pode-se também falar do conceito de existência da regra jurídica. 
Eficácia social ou efetividade: é a repercussão dos efeitos normativos ocorridos no mundo real, na ordem dos fatos sociais, por força da incidência que produz efeito na realidade.
Sobre a aplicação da Legislação Tributária – Artigos 105 e 106 do CTN
A lei nova que tenha reduzido a alíquota de certo tributo, só se aplica para o futuro, sendo vedada aplicá-la ao passado, exceto se houver expressa previsão legal no corpo da mesma. 
Já nos casos de sanções tributárias o CTN em seu Artigo 106, II, "c", manda aplicar retroativamente a lei nova, quando mais favorável ao acusado do que a lei vigente à época da ocorrência do fato, prevalece assim, a lei mais branda ou lex mitior na dicção de Luciano Amaro. É a chamada retroatividade benigna em matéria de infrações.
No RE 407190/RS, do Ministro Marco Aurélio, julgado em 27.10.2004, o STF entendeu que a retroação benigna em matéria de infrações não pode sofrer limitação temporal por lei ordinária como tentou o INSS através da Lei nº 9.528/97 que deu nova redação ao Artigo 35 da Lei nº 8.212/91.
Sobre a Aula 06 - Fato Gerador e Sujeito Passivo
Fato Gerador - É a ocorrência de um fato concretamente, é o acontecimento do fato. É um fato praticado por alguém (sujeito passivo), que irá gerar, uma obrigação tributária (principal ou acessória). Ele é necessário porque, quando não há fato gerador, não haverá obrigação tributária. 
Fatos geradores podem ser: Simples, Complexos, Instantâneos e Periódicos.
Elementos que compõem um fato gerador: Lei; Situação jurídica; Sujeitos passivos e Sujeitos ativos.
Aspectos do fato gerador: Material, Pessoal, Temporal, Espacial e Valorativo.
Situações do fato gerador: De fato e De direito.
Sujeito Passivo
O CTN diz que há dois sujeitos passivos, o da obrigação acessória e o da obrigação principal que se divide em direto e indireto, ou seja, o contribuinte e o responsável. A obrigação tributária principal e/ou acessória é dever do sujeito passivo igualmente como o crédito tributário é direito do sujeito ativo, nascendo assim a semelhança jurídica tributária entre estes dois sujeitos.
Sobre a Aula 07 - Crédito Tributário, Lançamento, Hipótese de suspensão do Crédito Tributário
Crédito Tributário - Quantia devida a título de tributo. É o objeto da obrigação jurídica tributária. Geralmente, o crédito tributário não pode ser voluntariamente pago pelo contribuinte e nem exigido pela Fazenda Pública. Deve ser quitado por meio do lançamento. 
Com o Lançamento a obrigação jurídica tributária que já existia, mas é ilíquida e incerta, passa a ser líquida e certa, exigível em data e prazo predeterminado.
Uma vez composto o crédito, a autoridade não pode dispensá-lo sem autorização legal, sob pena de responsabilidade funcional.
O crédito tributário regularmente formado somente pode ser em hipótese suspenso ou excluído, nos casos previstos em Lei sob pena de responsabilidade funcional na forma da Lei,a sua efetivação ou as respectivas garantias, segundo o CTN.
Sobre a Aula 08 - Extinção do Crédito Tributário
A Extinção do crédito tributário é qualquer ato ou fato jurídico que faça desaparecer a obrigação respectiva, desde que prevista em lei.
A extinção do crédito tributário ocorre nas seguintes modalidades: Pagamento do crédito tributário; Compensação; Transação; Remissão; Decadência; Prescrição; Pela conversão do depósito em renda; Com o pagamento antecipado e a homologação do pagamento; Com a consignação em pagamento; Com a decisão administrava favorável ao sujeito passivo de caráter irreformável; Com a decisão judicial passada em julgado; e Dação em pagamento em bens imóveis.
Sobre a Aula 09 – Exclusão do Crédito Tributário
Exclusão do Crédito Tributário é a retirada da existência de um débito fiscal que seria devido. E quando ocorre, não modificará a obrigação acessória. Existem duas modalidades de exclusão:
Isenção - é uma exceção à regra tributária, onde o sujeito passivo precisaria pagar, mas foi perdoado. Poderá ser dada em caráter geral ou condicional. Podendo ser classificada quanto a: Forma; Natureza; Tempo ou Lugar.
Anistia - Significa esquecimento, absolvição ou graça, onde há o perdão das penalidades pecuniárias. A anistia poderá ser dada em caráter geral ou limitadamente.
Sobre a Aula 10 – Processo Administrativo Fiscal
O Processo Administrativo Fiscal, assume o caráter jurídico de forma de controle do ato administrativo e aplicação de penas por descumprimento da obrigação. O direito ao processo administrativo fiscal está garantido a todos, independentemente do pagamento de taxas.
Processo Tributário – é o conjunto de ações administrativas e judiciais, com a finalidade de apurar a obrigação tributária ou descumprimento desta, para impedir controvérsias entre Fisco e Contribuintes. É dividido em duas modalidades: 
Processo Administrativo - sua finalidade é resolver as possíveis divergências entre o Fisco e o Contribuinte.
Processo judicial - Em processo judicial ou administrativo são garantidos o contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes.

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