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Perfuração – aula 6 Coluna de perfuração direcional Objetivo: como compor uma coluna de perfuração com estabilizadores para ganho ou a perda de ângulo. Uma coluna de perfuração é composta de: a) Drill Pipes. b) E mais um conjunto de ferramentas chamado de BHA (bottom hole assembly). O BHA em poço direcional leva em consideração: tendência de ganho ou perda de inclinação, linha neutra, tipo de formação, tipo de broca, parâmetros de perfuração (peso sobre a broca, vazão e rotação). Fonte Perfuração – aula 6 Índice Componentes básicos da coluna de perfuração 1 – Drill Collars; 2 - Hevyweight drillpipes; 3 – Estabilizadores; 4 - Percussor (drilling jar); 5 – Sub com válvulas flutuantes; 6 – Brocas; 6.1 – Exercícios sobre brocas; 7 - Composição de colunas dir. utilizando componentes básicos; 7.1 – Composição para ganhar ângulo; 7.2 – Composição para manter o ângulo; 7.3 – Composição para perder ângulo; Perfuração – aula 6 1 - Drill Collars (comandos) Eles têm as seguintes características: a) Os DC colocam peso sobre a broca. b) Paredes são lisas ou espiraladas. As espiraladas diminuem o risco de prisão da coluna por pressão diferencial; c) O DC não magnético aloja os equipamentos de leitura magnética para medições direcionais. São os non magnetic drill collar – NMDC (MONEL). d) O DC curto (short drill collar), visa permitir menor espaçamento entre os estabilizadores. Perfuração – aula 6 1 – Drill collar Comandos Espiralados Comandos lisos Perfuração – aula 6 2 – Hevyweight Drill pipes (HWDP) Suas principais características são: a) Os HWDP podem ter o mesmo OD dos Drill Pipes, porém espessura menor de parede. b) Utilizados entre os DC e DP para evitar concentração de tensão na passagem de DC para DP, que pode levar o primeiro DP à quebra. c) Os HWDP p/colocar peso sobre a broca seguem regras específicas se o poço for vertical ou de baixa inclinação p/evitar a flambagem da coluna. d) Os esforços cíclicos (tração x compressão) causam quebras por fadiga, uma vez que os HWDP ficam colidindo com a parede do poço. Perfuração – aula 6 2 – Hevyweight Drill pipes (HWDP) Perfuração – aula 6 3 - Estabilizadores São equipamentos com formato específico, desenvolvidos para as seguintes funções: a) Estabilizar a composição de fundo (BHA); b) Controlar o desvio do poço; c) Manter os comandos no centro do poço e evitar e reduzir a vibração lateral; d) Prevenir prisão por diferencial de pressão e o desgaste dos comandos. Perfuração – aula 6 3 – Estabilizadores Perfuração – aula 6 4 – Percussor de perfuração (drilling jar) É um equipamento utilizado para facilitar a retirada da coluna em caso de prisão reduzindo risco de pescaria. Possui dois sentidos de atuação, para cima e para baixo. O jar funciona pela liberação instantânea de uma carga de impacto, O jar pode ser mecânico ou hidráulico. Quando bate para baixo o efeito é parecido com bate estacas. Para cima é como um saca pistão. Para acionar o jar para cima, traciona-se a coluna presa, até o martelo se deslocar e bater contra a extremidade. Coloca-se peso para bater para baixo. Para a atuação do jar é necessário conhecer o peso da coluna abaixo e acima dele. A posição do jar deve seguir orientação do fabricante. Perfuração – aula 6 Perfuração – aula 6 5 – Sub de broca com válvula flutuante (float sub) O Sub de broca que possui uma válvula que permite somente o fluxo do fluido de perfuração no sentido de dentro da coluna para o anular e evita o fluxo reverso, que pode prejudicar os equipamentos de controle direcional e evita também o entupimento dos orifícios da broca. Assim, não permite que fluidos do poço entrem para dentro da coluna através dos orifícios dos jatos da broca. Perfuração – aula 6 6 – Brocas Classificação Sua seleção é função de vários fatores que incluem os tipos de formação a serem atravessadas e a qualidade de limpeza do poço. As brocas são classificadas com partes móveis (roller cone bit) ou não moveis (drag bit). As drag bit são agrupadas em: (a) integral c/ lâminas de ação. (b) diamantes naturais. (c) diamantes artificiais (PDC – polycrystalline diamond compact). (d) TSP – thermally stable polycrystalline). Perfuração – aula 6 6 – Brocas Escolha das brocas As drag tem como princípio de corte o arraste. As de diamantes naturais e artificiais o princípio de corte é o esmerilhamento. As brocas roller com princípio de corte por esmagamento podem cortar uma maior gama de formações se comparadas com a PDC. As brocas PDC (diamantes artificiais) são para sondas de custo diário da perfuração elevado. Possibilitam melhor desempenho em formações uniformes, sejam macias, firmes ou muito duras, não muito abrasivas e não pegajosas, p/evitar o enceramento da broca. As TSP para formações mais duras que geram calor durante o corte. O calor destrói a ligação dos diamantes c/a liga de cobalto das brocas PDC. Perfuração – aula 6 6 – Brocas A tabela no slide seguinte apresenta as condições operacionais que limitam a utilização de brocas tipo roller cone. O código IADC 515 a 517 é recomendado para formações macias, p/ limites máximos e mínimos de peso na broca de 2.000 lb até 6.000 lb por pol de diâmetro da broca, p/rotações entre 50 e 140 rpm. Com peso de 2.000 lb gira-se com 140 rpm. A qualidade de limpeza é dada por: TFA = √ ρ x Q²/(10 858 x ΔPbroca) TFA = total flow area (pol) ρ = peso do fluído de perfuração (lb/gal); Q = vazão (gpm); ΔPbroca = queda de pressão na broca Diâmetro do jato => d (pol/32”) = 32 x √ 4 x TFA/ 3 x ∏ Perfuração – aula 6 6 - Brocas Relação entre a quantidade e o tamanho do jato da broca e o TFA Parâmetros de perfuração de brocas Roller Cone com insertos de carbono- tungstênio Perfuração – aula 6 6.1 - Exercício sobre bocas Exercício 1: determine a quantidade e diâmetros (d) dos jatos da broca sabendo-se; pressão de circulação na sonda é de 3000 psi, a vazão é de 400 gpm, a densidade do fluído 12 lb/gal e assumindo que a perda de carga na broca representa 65% da pressão de circulação. TFA =√ 12 x 400² /(10858 x 0,65 x 3000) = 0,3011 pol² d (pol/32”) = 32 x √ 4 x TFA/ 3 x ∏ = 11,44 (fórmula) Na tabela pg. Anterior, primeira coluna 11,44 fica entre 11/32 e 12/32, pois não há jatos de 11,44/32. Dessa forma pode-se escolher dois jatos de 11/32 e um de 12/32, respectivamente 0,186 + 0,110 = 0,29 (aproximadamente TFA de 0,3). Perfuração – aula 6 7 - Composição de colunas dir. utilizando componentes básicos; As ferramentas básicas para BHA direcional são: a) Hevyweights; b) Drillpipes (dp); c) Drill collars (comandos) d) Estabilizadores. As diferentes posições dos estabilizadores na coluna levam a ganhar inclinação, manter e a perder inclinação. Os tipos básicos de composição direcional e suas funções são: Composição para ganhar ângulo (efeito Fulcrum). Composição para manter ângulo (coluna empacada). Composição para perder ângulo (princípio do pêndulo). 7.1–Composição p/ganhar ângulo (princípio da alavanca) O efeito de ganho de ângulo se baseia no efeito de alavanca promovido pelo estabilizador colocado bem próximo da broca (near- bit stabilizer ou NBS), que a empurra para o lado alto do poço (high side) à medida que o peso do BHA curva gradualmente o comando. Perfuração – aula 6 Perfuração – aula 6 7.1 – Composição para ganhar ângulo (efeito fulcrum) Colunas p/ganho de ângulo com um segundo estabilizador colocado acima para que a taxa de ganho de ângulo possa ser reduzida. Perfuração – aula 6 7.1 – Composição para ganhar ângulo (efeito fulcrum) Alguns fatores que afetam o ganho de ângulo são: a)Peso sobre a broca: o aumento de peso tende a empurrar o ponto de contato da coluna c/a parede dopoço, mais para baixo, fazendo que a taxa de ganho de ângulo aumente mais rapidamente. b) Rotação da coluna: uma alta rotação causa tendência de perfurar em linha reta. Menores rotações aumentam o ganho de ângulo. c) Vazão: altas vazões podem erodir a parede do poço e impedir que o estabilizador near-bit toque o poço, reduzindo o efeito alavanca. Perfuração – aula 6 7.2 – Composição para manter o ângulo (coluna empacada) Baseia-se que 3 estabilizadores em seqüência separados p/pequenas seções de DC rígidos, farão com que a coluna resista diante de uma curva mantendo a tendência retilínea do poço. Este BHA é utilizado para perfurar os trechos em Slant, mantendo dessa forma o ângulo e a inclinação do poço. Perfuração – aula 6 7.2 – Composição para manter o ângulo (coluna empacada) Exemplos de seções típicas para manter o ângulo. Uma alta rotação ajuda a manter a trajetória retilínea. Perfuração – aula 6 7.3 – Composição para perder ângulo (princípio do pêndulo) O BHA para perder ângulo é a não utilização de estabilizador near-bit, ou usá-lo num diâmetro menor que o da broca (under gauge). Assim, a porção do BHA, que vai da broca até o primeiro estabilizador se inclina como um pêndulo, devido ao seu peso próprio, pressionando a broca contra a parte de baixo do poço. Perfuração - aula 6 7.3 – Composição para perder ângulo; Fatores quando se utiliza composição para perda de ângulo são: a) Distância do estabilizador até a broca: a força lateral depende do peso dos DC entre o ponto de contato e a broca. Há um ponto que o estabilizador não terá nenhuma influência se o DC entre ele e a broca tocar na formação. A tabela indica que acima da distância mínima o efeito pendular pode não existir. Perfuração – aula 6 7.3 – Composição para perder ângulo b) Parâmetros de perfuração: utilizar baixo peso sobre a broca para evitar o contato da coluna com o lado baixo do poço que reduz o efeito pêndulo. Depois de atingir o efeito pêndulo pode-se aumentar o peso sobre a broca para obter a taxa de penetração desejada. c) Quanto maior a rotação da coluna maior será a taxa de perda de ângulo, pois nessas condições tendem a mover o ponto de contato para cima, ajudando o efeito pendular. Perfuração – aula 6 7.3 – Composição para perder ângulo: Exemplos de composições de perda de ângulo Perfuração – aula 7 Equipamentos especiais de perfuração direcional Objetivo: familiarizar-se os equipamentos que compõe o BHA para permitir o deslocamento do eixo do poço p/uma direção determinada e com a inclinação planejada. Fonte: livro Perfuração Direcional Perfuração – aula 7 Objetivo: conhecer os equipamentos que ajudam a fazer o poço direcional. 1- Equipamentos especiais de perfuração direcional 1.1 – Motor de fundo (Mud Motor) 1.1.1 – Dump Sub/Dump valve 1.1.2 – Seção de potencia 1.1.3 – Unidade de transmissão 1.1.4 – Seção de rolamento 1.2 – Sistema steerable 1.3 – Sistema rotary steerable 1.4 – Sistema rotary steerable com motor de fundo 1.5 - Turbina 2 – LWD (logging while drilling) MWD (measurement while drilling) 3 – Geosteering. 4- Exercícios Perfuração – aula 7 1.1- Motor de Fundo - MF (Mud Motor) É um motor hidráulico colocado acima da broca, c/rotor metálico helicoidal que gira dentro de um tubo com elastômero, de tal modo que formem cavidades separadas. Assim que o fluído passa a avançar à câmera seguinte faz girar o rotor, esse por estar conectado a broca faz essa girar. A perfuração c/MF ocorre sem o giro da coluna. Inicialmente foram usados para o início do trecho de ganho de inclinação a partir do KOP. Os principais componentes do MF são: a) Dump Sub/ Dump Valve; b) Seção de potencia; c) Seção de transmissão; d) Seção de rolamento. Perfuração – aula 7 1.1 – Motor de fundo Principais componentes do motor de fundo. Perfuração – aula 7 1.1 – Motor de Fundo (MF) 1.1.1 Dump sub/Dump Valve Permitir a entrada de fluido para dentro da coluna de perfuração na descida e de drenagem do mesmo fluído na subida. Quando as bombas estão ligadas a pressão do fluído fecha a mola e o fluxo se dá unicamente por dentro do motor. 1.1.2 Seção de potência A potência do MF é fornecida pelo conjunto rotor e estator. O fluxo do fluído de perfuração ao passar através dessas cavidades fornece giro ao rotor. Perfuração – aula 7 1.1.2 – Seção de potencia (continuação) O rotor tem forma de hélice ou de saca-rolha. Cada passo da hélice é chamado de estágio. Quanto a velocidade de rotação dos motores podem ser baixas, médias e altas. Essa variação se dá de acordo com o passo da hélice e pela alteração do número de lóbulos. A potência e o torque do motor aumentam com o aumento do comprimento da seção de potência do motor. Quanto maior o número de lóbulos maior será o torque e menor a sua velocidade de rotação. Perfuração – aula 7 1.1.2 – Seção de potencia (continuação) Uma seção de potencia maior melhora a eficiência volumétrica sem prejudicar a eficiência mecânica. No entanto, o comprimento é limitado pela dificuldade de manuseio de longas ferramentas na sonda e da necessidade de compor o BHA com outros equipamentos. 1.1.3 – Unidade de Transmissão O motor em forma de hélice tem movimento excêntrico em relação ao eixo da coluna, faz-se uso de duas conexões articuladas (juntas universais), para transformar o movimento helicoidal em movimento rotacional central que alinha as demais ferramentas situadas abaixo. Perfuração – aula 7 1.1.4 – Seção de rolamento A unidade de transmissão é conectada a seção de rolamento pelo eixo de conexão com a broca (drive shaft). A seção de rolamento permite a transmissão do peso para a broca e das cargas laterais provenientes da coluna. As rotações usuais variam de 80 rpm a 360 rpm. No gráfico nota-se que a rotação é quase linearmente proporcional com a vazão de fluídos. O torque é proporcional a queda de pressão através da ferramenta. Dessa forma a pressão na superfície indica a magnitude do torque. Perfuração – aula 7 1.1.4 – Seção de rolamento (continuação) O aumento de peso sobre a broca causa aumento de torque e portanto maior pressão de bombeio. Se o motor parar de girar (stall) que se caracteriza pela pressão mantendo-se constante mesmo quando o peso sobre a broca aumenta. Nesse caso suspende-se a broca e ele voltar a girar e observa-se se a pressão de bombeio volta aos níveis normais. Por isso a constante observação da pressão na superfície é importante quando se opera MF. Alguns diâmetros de motores de fundo e do poço entre parênteses: MF=12” (poço revestido c/36” até 26”), MF=9 5/8”(26 ½” a 12 ¼) , MF=7 ¾”(12 ¼”), MF=6 ½”(9 ½” a 8 ½”) e MF=4 ¾”(5 7/8” a 6 ½”). Perfuração – aula 7 1.1.4 – Seção de rolamento O motor de fundo era conectado abaixo do bent sub. O controle da trajetória do poço era feito em estações a certa distância, com ferramentas simples (magnetic single shots), os resultados nem sempre eram satisfatórios. Desvantagens: a)não permitia o giro da coluna. b) depois de ganhar ângulo a ferramenta era retirada e isso acarretava manobras. c) gerava doglegs localizados. d) não eficiente p/ ganhar ângulo em formações duras ou muito macias. Bent Sub Perfuração – aula 7 1.2 – Sistema steerable (dirigivel) É composto do Motor steerable (evolução do MF) e a uma ferramenta de controle direcional contínua MWD. Os motores steerable já incorporam um bent hosing ajustável (no lugar do bent sub), c/ângulos variando de 1° a 3°. Figura 3.22 e 3.23 Perfuração –aula 7 1.2 – Sistema steerable (dirigível) A perfuração no sistema steerable divide-se em: orientado e rotativo. Módulo orientado, gira-se a mesa rotativa ou o trop drive c/acompanhamento da indicação da tool face, no painel de controle de superfície do MWD,até que a direção deseja ser atingida e desce-se a coluna no poço sem girá-la. Inicia-se então a perfuração pelo motor steerable até que o ganho de ângulo final seja obtido. Perfuração – aula 7 1.2–Sistema steerable (dirigível) Módulo rotativo é iniciado após ter atingido o ângulo desejado, passando a coluna a ser girada (estamos no trecho slant). As vantagens do sistema steerable em relação ao MF, são: •Longos intervalos perfurados s/manobras; •Redução do torque e arraste; •Redução risco de prisão por dif. de pressão, pois a coluna fica parada menos tempo. •Economia de manobras depois do desvio feito. Perfuração –aula 7 1.2– Sistema steerable (dirigivel) Os desafios da perfuração no módulo orientado, são: Pode ocorrer prisão p/pressão diferencial; Aumento das chances de prisão por desmoronamento do poço; Deficiência na limpeza pela tendência de acumular cascalho na parte inferior do poço; A potencia disponível para girar a coluna combinada com a força de fricção para empurrar coluna para baixo, reduz a taxa de penetração (rate of penetration). Perfuração – aula 7 1.2 – Sistema steerable Alternância entre o método rotativo e o orientado geralmente geram poços mais tortuosos. Recentemente motores de altíssimo torque, obtidos pela redução da espessura dos estatores para evitar a fuga de fluídos, ganharam mais eficiência. Com isso pode-se usar brocas PDC mais agressivas, mas o limite continua sendo a capacidade de bombeio das sondas. Perfuração – aula 7 1.2 – Sistema steerable (dirigível) Outro avanço foi o desenvolvimento de brocas de calibre long (long gauge) com motores especialmente desenvolvidos para trabalhar com essas brocas. Com isso se consegue gerar um poço de melhor qualidade, pois com calibre mais longo e menor offset fica reduzida a vibração e o movimento excêntrico da broca. Perfuração – aula 7 1.3 Sistema Rotary Steerable É evolução do sistema anterior e permite que a coluna gire durante todo tempo inclusive nos trechos de ganho de ângulos e alteração da direção. Classifica-se os sistemas rotary steerable em: Push the bit e point the bit. No push the bit, uma força é aplicada contra a parede do poço para se conseguir levar a broca para a trajetória desejada. Esse sistema exige brocas com capacidade de corte lateral. Push the bit Point the bit Perfuração – aula 7 1.3 Sistema Rotary Steerable No sistema push the bit por atuar aplicando esforço lateral contra a parede do poço, o seu melhor desempenho ocorre em formações de dureza média. Formações friáveis são “lavadas” pelo fluido, o diâmetro do poço aumenta e pode faltar apoio na parede do poço para empurrar a coluna. Perfuração – aula 7 1.3 Sistema Rotary Steerable Broca de calibre ativo resultam em poços espiralados que trazem dificuldades para manobras, descidas de revestimentos e completação para controle de areia, gravel packer. Perfuração – aula 7 1.3 Sistema Rotary Steerable No sistema point the bit a broca é deslocada com relação aos resto da coluna. As ferramentas do point the bit tem como desvantagens: •São mais complexas na sua construção. •Aumentam o risco de falha. • Necessitam ter um ponto na coluna de perfuração que não gire durante a perfuração para permitir uma referência quanto ao tool face. Perfuração – aula 7 1.3 Sistema Rotary Steerable Algumas dessas ferramentas (point the bit) são capazes de ajustar o dogleg severity. São chamadas de rotary steerable de DSL ajustável, sem parar a operação. Assim, as não ajustáveis são chamadas de rotary steerable de DSL constante. Um dos inconvenientes dos sistemas steerable continua existindo no rotary steerable de DSL constante, por exemplo: se o máximo DLS da ferramenta for 10°/30m, e deseja 5°/30m, junta-se a ferramenta para atuar em 50%, gerando trechos com DSL 10°/30m, e trechos retos que média representarão 5°/30m. Pode ficar o resultado aceitável, mas os altos DSL, podem trazer dificuldades. As ferramentas de DSL ajustável permitem construir poços com curvaturas constantes e menos alterações bruscas de trajetórias, sendo recomendadas quando se deseja poços com baixa tortuosidade. Perfuração – aula 7 1.4 Sistema rotary steerable com motor de fundo. Para conseguir um poço de grande afastamento, o limite passou a ser a fricção da coluna de perfuração contra as paredes do poço e a capacidade das bombas da sonda de vencer as perdas de carga. Ainda, quando a perda de potencia na broca é resultado do aumento de fricção, leva ao aparecimento de vibrações torcionais Slip Sticks, prejudiciais para a perfuração. Para atingir taxas aceitáveis de perfuração as rotações devem ficar entre 130 e 180 rpm. Mas, isso é próximo do limite da sonda. A solução é combinar motores de fundo e sistemas rotary steerable. Perfuração – aula 7 1.4 Sistema rotary steerable com motor de fundo. Com o uso de motores de fundo aumenta-se a potencia na broca sem majorar o torque na superfície, uma vez que a sonda continuará a fornecer menores rotações a coluna de perfuração. Nesse caso a maior preocupação é a concentração de esforços no motor de fundo devido a longa coluna abaixo deste. Perfuração – aula 7 1.4 Sistema rotary steerable com motor de fundo. Uma maneira de minimizar os esforços no Motor de Fundo é compor o BHA com os mesmos elementos de menor comprimento. Perfuração – aula 7 Evolução até o sistema Rotary Steerable Sytems ano evolução 1960 Bent sub 1970 Sterring Tool 1980 MWD 1990 Steerable motor 2000 Rotary Steerable Systems Perfuração – aula 7 1.5 Turbina As turbinas são motores de fundo mas de concepção totalmente diferente. Similares aos motores de fundo são compostas por seção de potência, onde se encontram o estator/rotor e uma seção de rolamentos. A diferença é que o rotor da turbina é formado por hélices que giram a medida que o fluído passa. Essa força gerada cria grandes forças adicionais sobre os rolamentos que precisam ser balanceados pelo peso sobre a broca, se as condições de perfuração permitirem. Perfuração - aula 7 1.5 Turbinas Algumas utilizações de turbinas são: -Para melhorar o desempenho de poços verticais. -Para reduzir o desgaste dos revestimentos. -Perfurar poço com alta temperatura. -Quando se deseja alta rotação: de 500 a 850 rpm c/turbina de 12 ½”(brocas de 12” a 171/2”. 700 a 1400 rpm c/ turbina de 4 ½” ( com brocas de 5 5/8” a 6 ¾”). Face as melhorias conseguidas pelos conjuntos brocas e motores de fundo fizeram com que as turbinas ficassem restritas a poucas aplicações. Perfuração – aula 7 2–LWD (logging while drilling) MWD (measurement while drilling) LWD: pode conter mais de um tipo de sensor, são: a) Raios Gama. b) Resistividade, para identificar os fluídos contidos nos poros. c) Sônico e de densidade neutrão, que indicam a porosidade. d) Ressonância magnética, indica o tipo de fluído. e) teste de pressão, que faz tomadas de pressão em pontos de interesse. Com o LWD posso passar perfis em locais impossíveis de se descer c/cabo. Perfuração – aula 7 2–LWD (logging while drilling) MWD (measurement while drilling) MWD: no mesmo BHA com o LWD usa-se o MWD, que é a ferramenta responsável pelo registro direcional, que registra: - Inclinação; - Direção; - Tool face; - Temperatura; - Parâmetros magnéticos; •Fotos obtidas por variação de pressão de circulação. •Envia dados por pulsos na lama e também grava na memória. Perfuração – aula 7 3 – Geosteering. Os sistemas direcionais fornecem informações geométricas. A técnica de navegação, geosteering baseia-se na utilização de ferramentas defletoras (motor ou rotary steerable) equipadas com um conjunto LWD, que permite identificar em tempo real os tipos de formação, porosidade e os fluídoscontidos. As ferramentas azimutais (RG, resistividade, densidade, pressão de formação) permitem avaliar de que quadrante do poço veio uma descontinuidade e ajustar a trajetória. Exemplo: deseja-se navegar numa certa camada geológica e perde-se a camada. Precisamos buscá-la por tentativa. Com a ferramenta azimutal é possível perceber se houve a aproximação de uma cama da indesejável e corrigir a trajetória. Perfuração – aula 7 3 – Geosteering. O geosteering apenas não ajuda a corrigir a trajetória mas permite estar com o poço dentro da melhor parte do reservatório. Perfuração – aula 7 3 – Geosteering. Os trabalhos de geosteering necessitam de uma grande integração de equipes (geólogos, geofísicos e engenheiros de petróleo), sendo essas visualizações realizadas em salas especiais, em terra, através de softwares de grande poder de visualização. Outra aplicação do geosteering é a navegação em formações delgadas e muito intercaladas com folhelho e também para poço de grande alcance (ERW). Perfuração – aula 7 3 – Geosteering Comparação da seção geométrica com a seção de geosteering. No sistema geosteering se busca estar dentro da melhor parte do reservatório. Os trabalhos de geosteering evoluíram através de software simples para software com grande poder de visualização. Perfuração – aula 7 3 – Geosteering Sala de visualização da trajetória do poço e onde se encontram as equipes multidisciplinares. Perfuração – aula 7 3 – Geosteering Exemplo de aplicação do soft de visualização 3D para trabalhos de acompanhamento com equipe multidisciplinar. Perfuração – aula 7 4 – Exercícios (sobre outras aulas de direcional) Exercício n° 1. Dado a estação 30, que se encontra em relação a sonda, 341,66 m ao norte e 326,23 m a leste. A profundidade vertical é de 2533,38 m. Calcule as coordenadas da estação 35, de acordo com os dados abaixo, pelo método das médias: Z = 2907,02 m Respostas: N = 524,31 m E = 527,07 m Estação Profundidade medida direção inclinação 30 2856,22 N 45° E 32,5° 31 2911,67 N 46° E 33,75° 32 2982,22 N 47° E 34,25° 33 3078,66 N 48° E 36,50° 34 3298,33 N 49° E 38,25° 35 3318,35 N 50° E 39,75° Perfuração – aula 7 4 – Exercícios (sobre outras aulas de direcional) Exercício n° 2. Num poço c/ inclinação de 30° e direção N25°W, ddeve-se fazer uma correção para se atingir o objetivo. A correção é de 10° a direita. 1) Qual a correção que você proporia mantendo a inclinação. 2) Qual a inclinação que o poço teria se você optar por fazer a correção mais rápida possível? As equações disponíveis são: (1) cos β = cos α1 . cos α2 + sen α1 . sen α2 . cos ∆θ (2) tan ∆θ = (tan β x sen ϒ)/(sen α1 + tan β cos α1 cos ϒ) (3) cos α2= cos α1 cos β - sen α1 sen β cos ϒ Lembrar que β na pag. 185 do livro de perfuração direcional é DL e o giro é o ϒ. Isso é para não confundir pois nos primeiros exercícios na equação 1 usamos o ϒ como DL. Perfuração – aula 7 4 – Exercícios (sobre outras aulas de direcional) Exercício n° 2. 1) Qual a correção que você proporia mantendo a inclinação?. (1) cos β = cos α1 . cos α2 + sen α1 . sen α2 . cos ∆θ cos β = cos 30° . cos 30° + sen 30° . sen 30° . cos 10° = 4,995°=5° Substituindo na equação (3) cos α2= cos α1 cos β - sen α1 sen β sen ϒ cos 30°= cos 30° cos 5° - sen 30° sen 5° cos ϒ => ϒ =94,33 (giro) Qual a inclinação que o poço teria se você optar por fazer a correção mais rápida possível? sen10°= β/30°= β= 5,21° cos10°=α2/30°= α2= 29,54° o ângulo interno é 180-90-10 = 80° ϒ(giro) é o complemento = 180° - 80° = 100° = 30 10 ϒ β Perfuração – aula 7 4 – Exercícios (sobre outras aulas de direcional) Exercício n° 3. Para fazer a correção a ferramenta foi posicionada com o giro do lado alto do poço (tool face) de 170°. Após 2 tubos perfurados (18,2 m) foi tirado uma foto que mostrou a nova inclinação de 24,5° e direção N 70°E. Estime o torque reativo e o DLS da ferramenta defletora. Sabendo-se que a inclinação inicial era de 26° e a direção era N65°E cos β = cos α1 . cos α2 + sen α1 . sen α2 . cos ∆θ cos β = cos 26 . cos 24,5+ sen 26 . sen 24,5. cos (70°-65°) = 2,606 cos α2= cos α1 cos β- sen α1 sen β cos ϒ(pag 185) cos 24,5=cos26 .cos2,206-sen26.sen2,606.cos ϒ cos ϒ =-0,7735 = -39°+(-90°)= -129° Como girou 170 -129 = 41° é o torque reativo. DSL =30 m x 2,606°/18 m = 4,29° 26 ϒ Β=2,606 5 Perfuração – aula 8 Índice 1 – Objetivo: aplicar os Métodos de cálculo e de acompanhamento da trajetória inclusive 3D 1.1 – Introdução; 1.2 – Método da Tangente; 1.3 – Método da Tangente balanceada; 1.4 – Método do ângulo médio; 1.5 – Método do raio de curvatura; 1.6 – Método do Raio Mínimo de curvatura; 2 – Exercício n°1; 3 – Mudança de direção da trajetória. 4 - Aplicação gráfica de Ouija Board 5 – Exercício n°2 Fonte: Livro Perfuração Direcional (existente na biblioteca) Livro Applied Drilling Enginerring (item 8.1) Perfuração 1.1 – Introdução Independente do método de medição direcional, dispomos apenas de: INCLINAÇÃO, DIREÇÃO e as PROFUNDIDADES MEDIDAS desses registros. Assim, para saber a posição do poço, em qualquer profundidade é necessário fazer o cálculo da trajetória. Perfuração 1.1 – Introdução A hipótese básica utilizada nos métodos é que entre os pontos A e B a trajetória é calculada utilizando medições de profundidade (M), inclinação (α) e direção (ε) obtida nesses dois pontos. Dessa forma são conhecidas: M1 = profundidade medida na estação 1 M2 = profundidade medida em 2 α = inclinação em 1 α = inclinação em 2 ε = direção em 1 ε = direção em 2 N1= posição Norte-Sul em 1 E1= posição Leste-oeste em 1 V1=profundidade vertical em 1 A1=afastamento em 1 Perfuração 1.1 – Introdução Os valores a serem calculados são: ΔM = M2 - M1 V2 = V1 + ΔV N2 = N1 + ΔN E2 = E1 + ΔE A2 = A1 + ΔA As variáveis ΔV, ΔN, ΔE e ΔA, são calculadas diferentemente de acordo com o método de cálculo escolhido. O Dogleg Severity entre os pontos 1 e 2 calcula-se em graus/metro assim: DLS= (30xβ)/ΔM ou pela fórmula de Lubinski DLS=(30/ΔM) x 2 arcsen (sen Δα/2)²+(sen Δε/2)²x (senα1) x (senα2) ½ Perfuração 1.2 – Método da Tangente: Esse método usa apenas a direção e a inclinação tomadas na última foto (estação) e assume como o poço sendo tangente a esse ponto. Características: •Segmento AB é aproximado por AB’ paralelo a tangente no ponto B (fig. 4.21). •Ponto “B” é calculado com base na inclinação e na direção medidas nesse ponto. •Método menos preciso. Perfuração 1.2 – Método da Tangente: Os valores a serem calculados são: ΔV = ΔM x cos α2 ΔA = ΔM x sen α2 ΔN = ΔM x sen α2 x cos ε2 ΔE = ΔM x sen α2 x sen ε2 β =arccos (cos α2-α1)–senα1 x sen α2 x (1 –cos “Δε”), onde “Δε” = ε2 – ε1 DLS = β x 30/ ΔM Fig 4.21 Perfuração 1.3 – Método da Tangente balanceada As considerações são: •Divide-se o comprimento entre fotos em dois segmentos iguais(fig 4.22 •O método é similar do ângulo médio, apresentando erros de maiores de cálculo das seções de ganho de ângulo, valores de profundidade verticais maiores e afastamento menores. Perfuração 1.3 – Método da Tangente balanceada Os valores são calculados: ΔN=(ΔM/2) x ((sen(α2) x cos(ԑ2)) + (sen(α1) x cos(ԑ1)) ΔE= (ΔM/2) x (( sen(α2) x sen (ԑ2) + (sen (α1) x sen (ԑ1)) ΔV = (ΔM/2) x (cos (α1) + cos (α2)) ΔA = (ΔM/2) x (sen (α1) + sen (α2)) Perfuração 1.4 – Método do ângulo médio •Inclinação e direção no ponto “B” são iguais à média das inclinações e direções em “A” e “B”. •As projeções dos pontos “A” e “B” são calculadas como as projeções obtidas dos ângulos médios das inclinações e das direções. Perfuração 1.4 – Método do ângulo médio Os valores são calculados: ΔN = ΔM x sen ((α2+ α1)/2) x cos ((ε2+ ε1)/2) ΔE = ΔM x sen ((α2+ α1 )/2) x sen ((ε2 + ε1)/2) ΔV = ΔM x cos ((α2+ α1)/2) ΔA = ΔM x sen ((α2+ α1)/2) Perfuração 1.5 – Método do Raio de curva. As considerações são: •O trecho perfurado AB é tratado como uma curva inscrita sobre uma superfície cilindra com eixo vertical. •As projeções horizontais e verticais são assumidas como sendo arcos de circulo cujos os raios serão função da taxa de ganho de ângulo e da taxa de variação da direção. •Este método fornece valores muito próximos dos apresentados pelo raio mínimo de curvatura. Perfuração 1.5 – Método do Raio de curva Os valores a serem calculados são: ΔN=(180/∏)²xΔMx((cos(α1)-cos(α2))/(α2-α1))x (sen (ԑ2) – sen(ԑ1))/(ԑ2- ԑ1) ΔE=(180/∏)²xΔMx((cos(α1)-cos(α2))/(α2-α1))x((cos(ԑ1)–cos(ԑ2))/(ԑ2-ԑ1) ΔV=((180/∏) xΔMx((sen (α2) –sen(α1))/(α2 – α1) ΔA =((180/∏)²xΔMx((cos (α1) – cos (α2))/(α2 – α1) β =arcos((cos (α2 – α1) – sen (α1) x sen (α2) x (1-cos(ԑ2- ԑ1))) DSL = β x30/ΔM Perfuração 1.6 – Método do mínimo raio de curvatura Este método assume que a trajetória é uma curva suave sobre a superfície de uma esfera, por exemplo, um arco circular. As fotos iniciais e finais de um comprimento da trajetória definem os vetores espaciais que são tangentes à trajetória nesses dois pontos representados pelas fotos. Os vetores são suavizados em uma curvatura através de um fator (F) definido pela curvatura (dogleg) da seção do poço. Os passos para cálculo são: β = cos⁻¹ ((cos(α2 – α1)) – (sen(α1)x sen(α2) x (1-cos(ԑ2-ԑ1)))) F = (2/β(rad) x tan (β (graus)/2) Para β<0,25° ou β< 0,0043633 rad) pode-se assumir F=1 Perfuração 1.6 – Método do mínimo raio de curvatura Perfuração 1.6 – Método do mínimo raio de curvatura Continuação dos passos para cálculo são: ΔN =(ΔM/2) x ((sen(α2) x cos(ԑ2) + (sen(α1) x cos(ԑ1)) x F ΔE =(ΔM/2) x ((sen(α2) x sen(ԑ2) + (sen(α1) x cos(ԑ1)) x F ΔV = (ΔM/2) x (cos(α2)+ cos(α1)) x F ΔA = (ΔM/2) x (sen(α2)+ sen(α1)) x F β (graus)= β (rad) x (180/∏) DLS(graus/30m) = (30/ΔM) x β (graus) Perfuração 2 Exercício: Exercício n°1: com base nos registros direcionais da tabela, calcule a posição do poço de cada foto utilizando os métodos tangencial, tangencial balanceado, ângulo médio, raio de curvatura e mínimo raio de curvatura. Perfuração Exercício n°1 Perfuração Exercício n°1 Perfuração Exercício n°1 Perfuração Exercício n°1 Perfuração Exercício n°1 Perfuração Exercício n°1 Perfuração Exercício n°1: Análise dos resultados Tabela de comparação de resultados Método de cálculo (1000 a 1100 m) PV (m) N/S (m) L/O (m) Tangente 1099,86 4,86 1,94 Tangente balanceada 1099,93 2,43 0,97 Ângulo médio 1099, 96 2,57 0,49 Raio de curvatura 1099,95 2,55 0,49 Mínimo raio de curvatura 1099,95 2,43 0,97 cálculo (1100 a 1200 m) Tangente 1199,31 14,21 6,6 Tangente balanceada 1199, 59 9,54 4,27 Ângulo médio 1199,65 9,73 3,69 Raio de curvatura 1199,63 9,71 3,69 Mínimo raio de curvatura 1199,63 9,54 4,27 Perfuração 3 – Mudança de direção da trajetória Podem ser dois casos: O primeiro é no momento em que se inicia o ganho de ângulo. Nesse instante em que a inclinação do poço é próxima a vertical, a orientação será do tipo magnética cuja referência é o norte magnético. A ferramenta já desce com a orientação de direção para o objetivo. A segunda ocorre quando é necessário fazer correção na trajetória e o poço já tem uma certa inclinação. Nesse caso o lado alto do poço pode ser definido, pois ele sempre aponta para a direção do poço. Nessa situação a orientação da ferramenta é feita através do ângulo da tool face. Esse tipo de orientação recebe o nome de orientação gravitacional. Desse segundo caso, resultam duas situações que são: Perfuração 3 – Mudança de direção da trajetória a) Determinar a nova direção e inclinação após se perfurar certo trecho de poço, utilizando uma ferramenta defletora que produz uma mudança de trajetória β nesse trecho assentado num ângulo ϒ. As equações que dão a direção (Δԑ) e a nova inclinação (α2) são respectivamente: Δԑ = arc tan ((tan(β) x sen(ϒ))/(sen(α1) + tan(β) x cos (α1) x cos(ϒ))) α2 = arc cos (cos(α1) x cos (β) – sen(α1) x sen (β) x cos(ϒ)) b) Determinar o ângulo (ϒ) no qual uma ferramenta que produz uma mudança de trajetória (β) deve ser assentada, para se obter uma nova inclinação e uma nova direção, ambas predefinidas, após a perfuração de um certo trecho de poço. Duas equações utilizadas estão apresentadas no próximo slide. Dog legg Perfuração 3 – Mudança de direção da trajetória ϒ = arc cos ((cos(α1) x cos(β)- cos(α1))/ (sen(α1) x sen (β))) ou ϒ = arc sen ((sen (α2) x sen(Δԑ))/(sen (β))) 4 - Aplicação gráfica de Ouija Board (ver texto Halliburton) Perfuração 3 – Mudança de direção da trajetória. Aplicável para DL menores que 5°. Usa-se uma escala e marca-se o valor de α1. Na mesma escala ao final da reta α1 coloca-se o circulo com o DL. Onde a reta α2 tocar o circulo fica determinado o ângulo de giro da ferramenta a a variação ∆e da direção é o angulo entre α1 e α2. Perfuração 5 – Exercício exercício n° 2 No poço 7-Ch-12D-RS, do campo de Chimarrão o revestimento de 9 5/8” foi descido e cimentado. Correu-se o giroscópio sendo detectada a seguinte posição da sapata do revestimento 9 5/8”. Norte: 342 m Oeste : -76,39 Prof: 2474,59 m As coordenadas do objetivo são Norte: 693,5 m Oeste : -45 m Prof: 3179,35 m Depois de cimentado o revestimento começou-se a perfurar e foram tiradas as seguintes fotos (pag. Seguinte). Perfuração Exercício n° 2 (Registros obtidos por fotos) estação Metros perfurados inclinação Direção 1 27,78 16,5 N 12 W 2 27,48 17 N 12 W 3 27,63 17,5 N 11 W 4 27,77 17,5 N 10 W 5 27,28 17,0 N 11 W 6 27,98 17,5 N 11 W 7 27,32 17,0 N 10 W 8 27,37 17,0 N 9 W 9 27,23 17,0 N 9 W 10 27,32 17,0 N 9 W 11 27,45 17,5 N 10 W 12 26,99 17,5 N 9 W 13 28,01 17,5 N 9 W Perfuração Exercício n° 2 (Lembrando do método do ângulo médio) ΔN = ΔM x sen ((α2+ α1)/2) x cos ((ε2 + ε1)/2) ΔE =∆W = ΔM x sen ((α2+ α1 )/2) x sen ((ε2 + ε1)/2) ΔV = ΔM x cos ((α2+ α1)/2) ΔA = ΔM x sen ((α2+ α1)/2) Na última foto o poço (pág. anterior) acaba de entrar na zona de interesse. 1) Qual a profundidade do topo da zona de interesse? 2) Seguindo com pequenas alterações, o pessoal do direcional esta em dúvida se irá atingir o objetivo. Qual o raio de tolerância nesse caso se considerar que foi atingido o objetivo? 3) Qual a correção que você proporia se o raio de tolerância fosse de no máximo 30 m? Perfuração Exercício n° 2 (em preto os dados e em vermelho os calculados) 1 ∆M 2 Incli. 3 Incli. Méd 4 Direção 5 Direç méd ∆N ∆Msen3.cos5 ∆W ∆Msen3.sen5 ∆Z ∆M.cos3 27,78 16,5 16,25 N 12 W 11,75 7,610 1,583 26,670 27,48 17 16,75 N 12 W 12 7,746 1,646 26,314 27,63 17,5 17,25 N 11 W 11,5 8,028 1,633 26,387 27,77 17,5 17,5 N 10 W 10,5 8,210 1,521 26,487 27,28 17,0 17,25 N 11 W 10,5 7,966 1,404 26,052 27,98 17,5 17,25 N 11 W 11 8,158 1,541 26,721 27,32 17,0 17,25 N 10 W 10,5 7,952 1,545 26,091 27,37 17,0 17,0 N 9 W 9,5 7,850 1,458 26,174 27,23 17,0 17,0 N 9 W 9 7,852 1,313 26,040 27,32 17,0 17,0 N 9 W 9 7,809 1,249 26,126 27,45 17,5 17,25 N 10 W 9,5 8,028 1,343 26,215 26,99 17,5 17,50 N 9 W 9,5 8,004 1,339 26,740 28,01 17,5 17,50 N 9 W 9 8,319 1,317 26,713 total 103,636 18,870 341,73 Perfuração Exercício n° 2 Qual a profundidade do topo da zona de interesse? 2816,32 m. Seguindo com pequenas alterações, o pessoal do direcional esta em dúvida se irá atingir o objetivo. Qual o raio de tolerância nesse caso se considerar que foi atingido o objetivo? Vamos supor que eles chegam no objetivo com inclinação de18,5° e correção angular de 6°. considerações ∆Z ∆N ∆W 1 Avanço nas últimas 13 estações (slide anterior) 341,731 103,636 18,870 2 Início é o final do 9 5/8” 2474,59 342,45 76,39 3 = 1+2 Onde estou? 2816,32 446,08 95,26 4 Objetivo 3179,35 693,50 45,00 5=4-3 Distância do objetivo 363,03 247,42 -50,26 Perfuração Exercício n° 2 Então ∆M ∆M = 363/sen72° = 381,71 ∆M = 363/sen72° = 381,71 1 ∆M 2 Incli. 3 Incli. Méd 4 Direção 5 Direç méd ∆N ∆Msen3.cos5 ∆W ∆Msen3.sen5 ∆Z ∆M.cos3 28,01 17,5 17,50 N 9 W 9 8,319 1,317 26,713 18,5 18,00 6 7,5 18° 363 72° ∆M Incli. Incli. Méd Direção Direç méd ∆Msen3.cos5 ∆Msen3.sen5 ∆M.cos3 381,71 18,5 18,00 6 7,5 116,94 15,39 363,02 ∆Z ∆N ∆W 1 Onde estava? 2816,32 446,08 95,26 2 Quanto avancei? 363,02 116,94 15,94 3=1+2 Onde estou 3179,34 563,03 111,2 4 Objetivo 3179,35 693,50 45,00 5=4-3 término 0,01 m 130,47 66,2 Perfuração Exercício n° 2 2) Seguindo com pequenas alterações, o pessoal do direcional esta em dúvida se irá atingir o objetivo. Qual o raio de tolerância nesse caso se considerar que foi atingido o objetivo? R= 146,30 m 3)Qual a correção que você proporia se o raio de tolerância fosse de no máximo 30 m? Fazer. 130,47 66,2 Geopressões Objetivo: conhecer as pressões de sobrecarga, fratura e poros. 1 – Introdução - conceitos 2 – gradiente de sobrecarga (1 horas); 3 – gradiente de fratura (1 horas); 4 – gradiente de pressão de poros (4 horas); Fonte: Livro (Projeto de poços de Petróleo - existente na biblioteca) Geopressões 1 – Introdução - conceitos Mecânica das rochas: Quando a pressão da lama é mínima, pode ocorrer: a) Ser for < que a pressão de poros (Pp) pode ocorrer Kick; b) Ser for < que a pressão de colapso pode ocorrer, deformação da parede do poço ou desabamento. Quando a pressão da lama é máxima, pode ocorrer: a) Se for > que a pressão de fratura (PF) da rocha pode ocorrer a perda de circulação. Geopressões 1 – Introdução - conceitos a) Geopressões: são pressões e tensões existentes no subsolo. b) Estimativa de geopressões considera: gradiente de sobrecarga, gradiente de pressão de poros, gradiente de colapso e gradiente de fratura. c) Homogêneo: mesma propriedade em qualquer parte. d) NPT=No Production Time (pequenos incidentes como aprisionamento de coluna, instabilidade da parede de poço, perdas de fluido de perfuração, repasse, kick e até blow out que se torna uma catástrofe). e) Gradiente = é a razão entre a pressão e a sua profundidade de atuação em lb/gal ou g/cm³. (“peso de fluido”, “densidade equivalente” ou “peso de fluido equivalente”). Geopressões 1 – Introdução - conceitos Esquema de um fluxo que pode ser seguido para o projeto de um poço. Geopressões 1 – Introdução - conceitos Janela operacional: é a variação permitida para a pressão exercida pelo fluído de perfuração dentro de um poço, de forma a manter a integridade deste, respeitando as pressões de poros, fratura e colapso. Mudweight(MW)<GP(gradiente de poros) haverá influxo da formação para o poço. GP<MW<Colapso há instabilidade na parede de poço. MW>Gradiente de Fratura, perda de fluído para formação. Geopressões 1 – Introdução - conceitos Tensão = Força/Área (lb/in²=psi). Também 1 psi= 6895 Pa Pressão de fluído = pressão do fluido contido no interior de uma rocha que reage de maneira igual em todas as direções. Pressão hidrostática = pressão exercida pelo peso da coluna de um fluído que seja incompressível. Ph= 0,1704 x ρ x h ρ=peso específico da lama em lb/gal h=altura da coluna de fluídos ou profundidade em m. C= 0,1704 = constante para homogeneizar as unidades. Ph = pressão hidrostática em psi. Geopressões 1 – Introdução - conceitos Gradiente de pressão: G=Ph/(CxD) em lb/gal ou peso de fluído equivalente ppg (pound per gallon). C = 0,1704(Ph em psi, profundidade em metros e gradiente em lb/gal) C= 0,0519 (profundidade em ft). D= Profundidade vertical Exercício n°1: um poço vertical com profundidade de 1000 m está preenchido com um fluído de 10 lb/gal e com pressão atmosférica no topo. Qual é o valor do gradiente no fundo do poço. Ph = 0,1704 x 10 lb/gal x 1.000 = 1.704 psi G = 1.704 psi /(0,1704 x 1000) = 10 lb/gal (peso do fluido equivalente). Nós preferimos trabalhar com gradientes pois é mais fácil comparar Geopressões 1 – Introdução - conceitos Exercício n° 2: uma coluna de perfuração vertical com altura de 1.000 m esta preenchida com um fluído de peso específico igual a 10 lb/gal e com pressão de 1200 psi no topo. Qual o valor do gradiente de pressão ? Ph = (0,1704 x 10lb/gal x 1.000) + 1.200psi = 2.904psi G = 2.904psi /(0,1704 x 1000) = 17,4lb/gal ________________________________________________________ Tensão de Overburden(1)=tensão devido ao peso das camadas acima. Tensões horizontais(4) = com dois valores, tensão maior e menor. Pressão de poro(2)=pressão suportada p/fluído dentro da formação. Tensão efetiva(3)=pressão suportada pelo arcabouço da formação. (1) (4) (4) (2) (3) Geopressões 1 – Introdução - conceitos Princípio das tensões efetivas de Terzaghi (1923). A tensão efetiva esta aplicada a matriz da rocha e é igual a tensão total menos a pressão de poros. σ’= σ – Pp onde: σ’=tensão efetiva. σ=tensão total. Pp= pressão de poro. Biot (1955) expandiu o conceito de tensão efetiva ao notar que apenas uma percentual da pressão do fluído contido no espaço poroso era responsável por reduzir as tensões atuantes na matriz da rocha. σ‘ = σ – α x Pp onde α= 1 – Kr/Ks Kr= Módulo de elasticidade da rocha. Ks= Módulo de elasticidade do grão. Geopressões 1 – Introdução - conceitos Pressão do fluído de perfuração na situação de escoamento dinâmico é chamada de ECD. Em termos práticos durante a perfuração a pressão de fluído de perfuração pode ser substituída por uma pressão dinâmica hidrostática equivalente a um fluído de peso específico maior ou de densidade apropriada. Essa densidade é normalmente referida com a densidade equivalente de circulação (Equivalente Circulation Density – ECD). PTF = PH mud + Pan ou ECD = ρ lama + Pan/(CxD) ECD=>em lb/gal Pan = pressão devido a perda de carga no anular. C = constante de conversão de medidas. D = profundidade vertical. PH mud = pressão hidrostática do fluído de perfuração. PTF = pressão total no fundo do poço Geopressões 1 – Introdução - conceitos Exercício n° 3: Um fluído esta sendo bombeado por dentro de uma tubulação de 2,5“ OD e 2,0” ID que esta dentro de outra tubulação de ID = 3”. O fluído retorna à superfície pelo anular formado pelas duas tubulações. As tubulações estão enterradas no solo a uma profundidade de 1.000 m. O fluido bombeado tem densidade de 10 lb/gal e a pressão na bomba na superfície é de 1.200 psi. Qual é o gradiente de pressão dinâmica no fundo do poço (ECD) expresso em lb/gal, sabendo que? a) Perda de carga interna na tubulação de 2” = 300 psi b) Perdas de carga na restrição (broca) colocada a 1.000 m = 700 psi Qual seria o gradiente de pressão estática no fundo? Geopressões 1 – Introdução - conceitos A perda de carga total sentida pela bomba é: Pressão na bomba = perdas de carga no interior da coluna + perdas de carga no anular + perdas de carga em restrições + Pressão atmosférica. Pressão atmosférica = 0 psi Pan=? (perda de carga no anular) 1.200psi = 300psi + Pan + 700psi + 0psi. Pan = 1200psi – 700psi - 300psi = 200psi ECD = ρ lama + Pan/(CxD) ECD = 10 lb/gal + (200/0,1704 x 1000) = 11,2lb/gal Gradiente de pressão estática: G=10 lb/gal. Notar a diferença do gradiente de pressão exercido pelo fluido fluido em fluxo sendo de 11,2 lb/gal e parado é igual a 10 lb/gal Geopressões 1 – Introdução - conceitos Perfis utilizadospara determinar características das rochas: O perfis elétricos são sensores descidos no poço para medir propriedades da formação. No cálculo de geopressões, os perfis mais utilizados são: -Raios gama (litologia); -Caliper; -Sônico (compactação das rochas); -Resistividade (indicador de porosidade) -Densidade; -Neutrônico. -PWD (Pressure while drilling) Geopressões 1 – Introdução - conceitos Dados necessários: Levantamento de dados Densidade das formações Gradiente de pressão de Poros Propriedade mecânica das rochas Tensões in situ Gradiente de pressão de fratura Gradiente de pressão de colapso Geopressões 2 – Gradiente de Sobrecarga ou overburden 2.1 – Tensão de sobrecarga 2.2 - Gradiente de sobrecarga 2.3 - Estimativa pressão sobrecarga 2.4 - Determinação das densidades das formações 2.5 - Influência da profundidade no Gov. Geopressões 2.1–Tensão de sobrecarga Definição: considerando um dado elemento de rocha no subsolo, a tensão de sobrecarga a uma dada profundidade é aquela exercida pelo somatório do peso de todas as camadas sobrepostas a este elemento, conforme a equação: σov = ʃ₀ ρg dD σov = tensão de sobrecarga ou overburden; ρ= massa ou “densidade” das camadas sobrepostas; g = constante gravitacional; Z = profundidade desejada dD = variação da profundidade z Geopressões 2.2–Gradiente de Sobrecarga Podemos definir Gradiente de Sobrecarga (overburden gradient) a uma certa profundidade como a relação: Gov = σov/(C x D) Gov = gradiente de sobrecarga. σov = pressão ou tensão de sobrecarga ou pressão de overburden; D= profundidade vertical; C= constante de conversão de unidades. Geopressões 2.3-Estimativa pressão sobrecarga É definida por 3 parâmetros que são a profundidade, a constante gravitacional e a massa específica. Sendo os 2 primeiros conhecidos. O terceiro parâmetro é a incógnita a ser estimada da pressão de sobrecarga. Na fórmula abaixo estamos desprezando a distância entre a mesa rotativa e a terra ou ao mar, chamado air gap. σov =1,422(ρw Dw+Σ ρbi ΔDi), psi ρw = densidade da água do mar, g/cmᶟ. Dw = lâmina d’água, metros. ρbi=densidade de cada camada da formação, g/cmᶟ. Δdi=intervalo de profundidade, metros. σov= pressão de sobrecarga 0 n Geopressões 2.3-Estimativa pressão sobrecarga: informações disponíveis x indisponíveis. Geopressões 2.4–Determinação das densidades das formações: diretamente obtido por medições (testemunhos e perfil densidade) ou indiretamente por correlações matemáticas. 2.4.1 Por medições (testemunho e perfil densidade) para determinar a densidade das formações. a)Testemunhos: são amostras reais da rocha obtidas de subsuperfície, nos comprimentos de 9, 18 ou 27 metros, analisadas em laboratório, podem fornecer a densidade das formações com auxílio de correlações matemáticas. É uma medição pontual da densidade. b)Perfil densidade: medição direta da densidade (ρb). O cálculo do gradiente se faz utilizando uma fórmula. Mas, os fatores limitantes são: a) normalmente corrido em zona de interesse. b) tem grandes imprecisões em trechos alargados. c) está disponível apenas a partir do revestimento de superfície. Geopressões Exercício n°4: estime o gradiente de sobrecarga quando as densidades são conhecidas, medidas através de perfil densidade. Profundidade vertical final de 3388 metros, LDA=315 m, altura da mesa rotativa em relação ao nível do mar 25 m. Fazer também os gráficos da pressão de sobrecarga e do gradiente de sobrecarga versus profundidade total, isto é, com relação a mesa rotativa. PAFM = profundidade abaixo do solo marinho. Geopressões Exercício n°4 a)Poço é marítimo -> densidade para a água (1,03g/cmᶟ). b)Calcular a pressão de sobrecarga no fundo do mar (poço marítimo). c)Assumir um valor médio de densidade (1,95g/cmᶟ) p/trecho superficial onde não existem dados, até 305m. d)Dividir os trechos rochosos onde as densidades são conhecidas. e)Calcular os incrementos de pressão até a profundidade de interesse. f)Efetuar o somatório das pressões e calcular o gradiente. Geopressões Exercício n° 4 GOV=9832/(0,1704x3388)=17,0 (cuidado 9.832 psi é da soma) Coluna da soma: 461+846=1307 340=25+315 Geopressões Exercício n°4 em gráfico Geopressões 2.4.2– Por correlações matemáticas: estimativas das densidades das formações, quando não se possui o perfil densidade. •Baseados em perfil sônico; •Correlações de Bellotti. Gardner. Miller e Bourgoyne. 2.4.2.1 - Correlação de Bellotti, considera: a)Tempo de transito da formação (perfil sônico) e da matriz da rocha. b)Divide-se entre formações consolidadas (ΔT<100μs/ft) e formações inconsolidadas (ΔT> 100 μs/ft). ρb = 3,28 – Δt/88,95 ..... Para (Δt <100μs/ft); (1) ρb =2,75-2,11x((Δt - Δtma)/(Δt +200)) .... Para (Δt> 100μs/ft) (2) Δtma = tempo de trânsito na matriz (μs/ft) Δt = tempo de trânsito (μs/ft) ρb = densidade da formação em g/cmᶟ. Geopressões 2.4.2–Correlação de Bellotti: Tempo de trânsito típicos de materiais (matriz) e fluidos Materiais e fluidos Tempo de trânsito (μs/ft) Arenito inconsolidado 58,6 Arenito consolidado 52,6 calcário 47,6 Argila/folhelho 167 a 62,5 sal 55 Água salgada 189 óleo 218 Geopressões Exercício n° 5: Calcule o valor da densidade da formação para 1000 m, 2000 m e 3000 m em um poço que foi perfilado com perfil sônico, conhecendo-se os valores dos tempos de trânsito da matriz das rochas perfuradas (usar Bellotti) Dados do perfil: 1000 metros –> Δt = 115 μs/ft , Δtma = 50 μs/ft ; 2000 metros –> Δt = 80 μs/ft , Δtma = 58,8 μs/ft ; 3000 metros –> Δt = 67 μs/ft , Δtma = 62,5 μs/ft . Solução – profundidade – 1000 m Δt > 100 usar fórmula (2) ρb=2,75-2,11x((Δt-Δtma)/(Δt+200))= ρb=2,75-2,11(115-50)/(115+200)=2,31 g/cmᶟ Solução – profundidade – 2000 m Δt< 100, usar fórmula (1) ρb = 3,28 – Δt/88,95 ρb=3,28-80/88,95=2,38 g/cmᶟ. Geopressões 2.4.2.2 - Correlação de Gardner, considera: Ela faz a correlação da densidade com o tempo de trânsito ou com a velocidade do som, de acordo com as fórmulas: ρb = a (V)b ρb = a (10⁶/Δt)b Δt = tempo de trânsito (μs/ft) ρb = densidade total da formação (g/cm³) a = constante empírica (valor usual de 0,23, definido para o Golfo do México) b = expoente empírico (valor usual de 0,25 , definido para o Golfo do México) V = velocidade do som (ft/s) Geopressões Exercício n° 6: Calcule o valor da densidade da formação para 1000 m, 2000 m e 3000 m em um poço que foi perfilado com perfil sônico, utilizando a correlação de Gardner. 1000 metros –> Δt = 115 μs/ft ; 2000 metros –> Δt = 80 μs/ft; 3000 metros –> Δt = 67 μs/ft . Solução – profundidade – 1.000 m -> Δt = 115 μs/ft ρb = a (10⁶/Δt)b = 0,23 (10⁶/115) 0,25 = 2,22 g/cmᶟ Solução – profundidade – 2.000 m -> Δt = 80 μs/ft ρb = a (10⁶/Δt)b = 0,23 (10⁶/80) 0,25 = 2,43 g/cmᶟ Solução – profundidade – 3.000 m -> Δt = 67 μs/ft ρb = a (10⁶/Δt)b = 0,23 (10⁶/67) 0,25 = 2,54 g/cmᶟ Geopressões 2.4.2.2 - Correlação de Gardner, como fazer uma tabela: a) Com Δt calcula-se ρb pela correlação de Gardner b) ρb = a (10⁶/Δt)b para todas as profundidades. c) Tendo-se a densidade, semelhante ao exercício n°4 e usando os termos aplicáveis da formula σov =1,422(ρw Dw+Σ0 n ρbi ΔDi), psi, calcula-se a tensão de sobrecarga e do gradiente de sobrecarga, respectivamente em psi e (lb/gal) para todas as profundidades informadas. d) Desenhar em papel quadriculado (profundidade (m) na vertical x gradiente de sobrecarga em (lb/gal) na horizontal o respectivo gráfico). Existem outras correlações específicas como a de Miller (utiliza porosidade) e o método de Bourgoyne, que constam da bibliografia indicada. Geopressões 2.5–Influência da profundidade no Gov. Gradiente de sobrecarga de poços terrestres é maiorque dos poços marítimos. A LDA quanto maior for, menor será o gradiente de sobrecarga para a mesma profundidade em terra, medida com relação a mesa rotativa. Geopressões 2.5–Influência da profundidade no Gov.: influência da lâmina d’água. A janela operacional fica mais apertada com a profundidade. m m m Geopressões 3 – gradiente de fratura A fratura da formação ao redor do poço se inicia quando as tensões na rocha mudam de compressão para tração e atingem a resistência de tração da rocha. Estimativa do gradiente de fratura, pode ser por métodos diretos, indiretos e correlações. 3.1 Métodos diretos: Teste de absorção Clássico (Leak off Test -LOT); 3.2 Correlações específicas Geopressões 3.1–Teste de absorção Clássico (Leak off Test - LOT); Depois do revestimento descido e cimentado se faz o teste de estanqueidade do revestimento colocando pressão na cabeça e verificando se o revestimento não vaza. Após isso, corta-se o colar e se expõe a formação. O Leak off test consiste em injetar fluido do poço fechado e monitorar a relação entre o volume injetado e a pressão na cabeça. O gradiente de fratura terá seu menor valor na base da sapata, pois ele deve crescer com a profundidade. Geopressões 3.1–Teste de absorção Clássico (Leak off Test - LOT) Ao chegar na pressão de absorção, gráfico ao lado, deve-se calcular a densidade de fluido equivalente na sapata, pela equação a seguir: ρeq= ρmud + PA/(0,1704 x Dcg ) GF = gradiente de fratura = ρeq. ρeq=fluido equivalente na sapata (lb/gal). ρmud= peso do fluído de perfuração usado no teste (lb/gal). PA= pressão de absorção (psi); Dcg=profundidade vertical da sapata; Geopressões 3.1–Teste de absorção Clássico (Leak off Test-LOT): Exercício n°7: Calcule o valor do gradiente de fratura com base no teste de absorção (tabela) realizado num poço com as seguintes características: • Prof. do poço = 3230 m. • Prof da sapata= 3200 m • Densidade do fluído de perf.= 12,4 lb/gal Volume (bbl) Pressão na superficie (psi) 1 310 1,5 460 2 640 2,5 810 3 1000 3,5 1150 4 1350 4,5 1400 5 1450 5,5 1350 Geopressões 3.1–Teste de absorção Clássico (Leak off Test - LOT) Exercício n°7 : a solução é plotar o gráfico volume x pressão. O ponto em que a curva começa a sair da tendência linear defini-se a pressão de absorção. ρeq= ρmud + PA/(0,1704 x Dcg ) ρeq= 12,4+1350/(0,1704x3200) Ρeq=GF=14,9lb/gal Geopressões 3.2 – Correlações específicas Pf = K x (σov – Pp) + Pp Pf = pressão de fratura em psi; K = é o coeficiente de tensão na matriz; σov = pressão de sobrecarga na formação em psi. Pp = pressão de poros da formação em psi. O fator K pode ser obtido com restrições (pois o método não é direto) do gráfico a seguir. Geopressões 3.2 – Correlações específicas Exercício n°8; estimar a pressão de fratura na profundidade de 3000 m, em uma perfuração com profundidade d’água de 1000 m. Utilizar a figura 2.6 e 2.7 na resolução. O Gp=9 lb/gal. Comprimento da coluna litológica : 3000 m – 1000 m = 2000 m σov = entra-se com 2000 e obtém-se 18 lb/gal na fig. 2.6 e K= 0,725 na fig. 2.7. σov = 0,17 x (2000 m x 18 lb/gal+ 1000 m x 8,5 lb/gal)= 7565 psi Pf = K x (σov – Pp) + Pp Pp= 0,17 x 3000 x 9 = 4590 psi Pf = 0,725 x (7565 psi – 4590 psi) + 4590 psi = 6747 psi Geopressões 4 – gradiente de pressão de Poros A determinação do gradiente de pressão de poros é a base do projeto do poço. Quando a pressão exercida pelo peso da coluna hidrostática de lama, fica inferior a pressão de poros, temos: a)Em formações permeáveis: Kick. b)Em formações impermeáveis: instabilidade da parede do poço, ovalização e possível aprisionamento de coluna de perfuração. Geopressões 4 – gradiente de pressão de Poros O estudo da pressão de poros compreende: 4.1- Classificação; 4.2- Mecanismos geradores de pressões anormal; 4.3 - Indicadores de zonas anormalmente pressurizadas; 4.4 - Métodos para estimativa de pressão de poros. Geopressões 4.1 – Classificação: Pressão hidrostática é a pressão exercida pelo peso de uma coluna de fluído, função da altura da coluna e da massa específica do fluído. Pressão de poros normal é a altura medida a partir da profundidade vertical até a atmosfera, considerando a conectividade dos vazios. Anormalmente Baixa Pressão de poros < pressão hidrostática Normal Pressão de poros =Pressão hidrostática Anormalmente alta ou sobrepressão Pressão hidrostática < pressão de poros< 90% da pressão de sobrecarga Alta sobrepressão Pressão de poros>90% pressão de sobrecarga Geopressões 4.1 – Classificação: Pressão de poros anormalmente baixa Pressão de poros NORMAL Pressão de poros anormalmente alta 8,34 lb/gal 9,00 lb/Gal Água com alta salinidade Água doce Geopressões 4.1 – Classificação a)Pressões de poros anormalmente baixas. É raro encontrar zonas com pressões anormalmente baixas. Também durante a perfuração convencional a casos de dificuldade de detecção . Já quando se perfura em campos em produção normalmente eles apresentam pressão de poros baixas, pois estão em fase de depleção. Geopressões 4.1 – Classificação b)Pressões de poros anormalmente altas Encontrados em várias partes do mundo: golfo do México, regiões da Europa, costa da África e Brasil. São zonas perigosas e causadoras de grandes acidentes e muito “No Production Time” (NPT). Geopressões 4.1 – Classificação b)Pressões de poros anormalmente altas No Brasil em vários estados: Amazonas, Pará, Maranhão, Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, e Rio Grande do Sul. Geopressões 4 – Classificação b)Pressões de poros anormalmente altas Encontradas a algumas centenas de metros, tanto em profundidades rasas quanto em grandes profundidades abaixo de 6500 metros. Ocorrem freqüentemente em seqüências de folhelhos/arenitos. Mas, não são incomuns em seções de evaporitos e carbonatos (anidras, calcários e dolomitas). Em formações permeáveis a pressão de poros é medida através de perfis elétricos, testes de formação ou durante a produção e, em alguns casos podem ser estimadas através de métodos indiretos. Em formações consideradas impermeáveis, os folhelhos, não se consegue medir a pressão de poros. Mas, veremos que é nas formações impermeáveis que a pressão de poros é estimada. Geopressões 4.2–Mecanismo geradores de pressão de Poros anormalmente alta Origens das pressões altas, estão relacionados a rocha (permeabilidade da formação), condições de fluxo, tipo de fluído e temperatura e incluem os seguintes MECANISMOS DE GERAÇÃO DE PRESSÕES ALTAS: 4.2.1-> Tensões in situ: Subcompactação. Tectonismos. 4.2.2->Expansão de fluídos devido a: Aumento da temperatura. Água liberada por transformação mineral Geração de hidrocarbonetos. 4.2.3 -> diferenças de densidades (efeito buoyancy). 4.2.4-> transferência lateral de pressão Geopressões 4.2.1 – Tensões in situ: Compactação: Durante o processo de formação dos substratos rochosos (soterramento) ocorreram vários processos diagenéticos. Dentre eles destacam-se, a compactação química e a compactação mecânica, sendo que a ênfase será dada para a compactação mecânica. Compactação mecânica, que não engloba processos químicos, mas sim aspectos físicos como mudança no empacotamento intergranular e deformação ou quebra de grãos individuais. Geopressões 4.2.1 – Tensões in situ : Compactação: Compactação mecânica. Consiste na redução do volume poroso das rochas, com simultâneo escape de fluídos presentes nestes poros, em função do soterramento ao longo do tempo, gerado pelo peso das camadas sobrepostas. O processo de compactação é influenciado por vários fatores, tais como: -Taxa de soterramento;-Permeabilidade da formação; -taxa de redução do espaço poroso; -Facilidade do excesso de fluido ser removido. Geopressões 4.2.1 – Tensões in situ: compactação pode ser NORMAL ou ANORMAL (subcompactação) Pressão de poro Estado inicial Tensão de Overburden Tensão efetiva Geopressões 4.2.1 – Tensões in situ: compactação Normal Estado Final com expulsão Tensão de Overburden Pressão de poros Tensão efetiva Geopressões 4.2.1 – Tensões in situ: compactação Anormal Estado Final sem expulsão Tensão de Overburden Tensão efetiva Pressão de poros Geopressões 4.2.1- Tensões in situ: compactação normal (Rochas Normalmente adensadas). É dita normal quando o fluido contido no espaço poroso escapa a medida que o soterramento prossegue. A compactação NORMAL-> quando ocorre o equilíbrio entre o aumento da σov (peso das camadas sobrepostas) e a redução do espaço poroso com o escape de fluídos. Na compactação normal a pressão dos fluídos no espaço poroso permanece igual à pressão hidrostática gerada pelo fluído. Geopressões 4.2.1-Tensões in situ compactação normal . Redução de porosidade observada em perfis elétricos comparada com profundidade. Perfis sônico (ou tempo de trânsito), resistividade ou densidade. Tendência normal de redução de porosidade x prof. em escala semi-log. O gráfico mostra a tendência normal de redução da porosidade ao longo da profundidade. Geopressões 4.2.1 – Tensões in situ: compactação anormal (subcompactação) Num processo de compactação anormal, não há o equilíbrio entre o escape do fluído a medida que o soterramento avança. Confinado-o no espaço poroso menor que o necessário para armazenar seu volume, assim a pressão de sobrecarga acaba atuando sobre o fluído. O excesso de peso sobre o fluído faz com que a pressão dos fluídos nos poros da rocha fique maior que a pressão hidrostática gerada apenas pelo fluído, indicando assim pressões anormalmente altas. Geopressões 4.2.1 – Tensões in situ: compactação anormal (Subcompactação) Um exemplo de desequilíbrio do processo de compactação é a deposição contínua e rápida de espessas camadas de rochas com baixa permeabilidade, tais como folhelhos e argilas. O fluido trapeado poderá ficar retido nos poros dos folhelhos ou em finas camadas permeáveis de areias, recebendo parte da pressão de sobrecarga. Zonas com altas pressões de sobrecarga devido a subcompactação são normalmente identificadas por valores de porosidade mais altos que os esperados a uma determinada profundidade. Geopressões 4.2.1 - Tensões in situ: compactação anormal (Subcompactação) O perfil sônico ao lado mostra-se bastante linear até a profundidade de 3000 m, indicando um trecho normalmente compactado, com gradiente de poros normal. A partir dessa profundidade o perfil sônico começa a se afastar do comportamento linear indicando um trecho anormalmente pressurizado, com porosidade maior. Geopressões 4.2.1 – Tensões in situ: (Subcompactação x tensão efetiva) Numa compactação normal, o peso das camadas sobrejacentes não atua sobre o fluído, permanecendo esse com a pressão igual a pressão hidrostática. Mas, em termos de pressão efetiva, estamos nos referindo à atuação da pressão de poros sobre a rocha de forma a reduzir a sobrecarga. No caso de compactação normal a pressão de poros atua na rocha de forma a reduzir a carga aplicada e essa atuação é igual a pressão hidrostática. No caso de subcompactação, a pressão de poros atuando sobre a rocha é maior que a pressão hidrostática. Geopressões 4.2.1-Tensões in situ: (Subcompactação x tensão efetiva). Compactação normal σ‘= σ – Pp Pp = PH σa‘ = σ – PH Compactação anormal σ‘= σ – Pp Pp = PH + ΔP σb‘ = σ – PH- ΔP σb‘< σa‘ σ‘= tensão efetiva σ=σov= Tensão total =Overburden Geopressões 4.2.1 – Tensões in situ - tectonismo Se o aumento das tensões tectônicas for muito mais rápido que a dissipação do fluido, pode não ocorrer o equilíbrio, e isso levar a pressões anormalmente altas. 4.2.2-Expansão de fluidos Os principais mecanismos propostos como geradores de pressões anormais devido a expansão de fluidos são: a) Expansão do volume de água devido ao aumento de temperatura; b) Diagênese químicas em argilas (água liberada por transformação mineral). c) Geração e hidrocarbonetos. O processo de mecanismo de expansão de fluidos que mais contribui para aumento da pressão de poros é a geração de hidrocarbonetos. Geopressões 4.2.2 – Expansão de fluidos a) Expansão do volume de água devido ao aumento de temperatura; Estudos mostram um aumento de 8.000 psi causado por aumento do volume de apenas 1,65% devido a um incremento de temperatura da água de 54,4 °C até 93,3°C. No entanto o aumento da pressão de poros devido a expansão do volume de água somente ocorre: Se existir ambiente completamente isolado; Se ocorrer uma variação do volume poroso menor que a variação do volume do fluido; Se ocorrer uma variação de temperatura após o ambiente ter sido isolado. Geopressões 4.2.2 - Expansão de fluidos b) Diagênese químicas em argilas (água liberada por transformação mineral). O conteúdo de água nas argilas no estagio inicial pode chegar até 80%. O estágio inicial da desidratação ocorrer após o sedimento ser depositado. Grandes volumes de água são expulsos. O segundo estágio ao 60°C quando a argila montmorilonita começa a se desidratar e se transformar em argila ilita. A água adsorvida próximo ao argilomineral é a primeira a ser deslocada e se aloja nos poros. Se não puder ser drenada gera pressões anormais. A partir dos 100° C a água estrutural começa a ser liberada para os poros da rocha e devido a sua grande densidade se expande podendo surgir pressões de poros ainda maiores. Geopressões 4.2.2 - Expansão de fluidos Geração de hidrocarbonetos Em ambientes rasos, onde ocorre a Diagênese é raro a existência de um bom selo, o gás normalmente migra e se dissipa na superfície. Gases trapeados podem ser verdadeira ameaça para a perfuração na ausência de BOP. A Catagênese e Metagênese são dados por um processo de craqueamento, sob influência da temperatura. Essas transformações aumentam o número total de moléculas e o volume que elas ocupam. Se esse processo ocorrer em ambiente fechado ou semi fechado por formações selantes a pressão nos poros da rocha irá aumentar. Além disso, menos água consegue ser expelida. E se essa água por decomposição da M.O. ficar saturada com gás, eventualmente pode produzir gás livre, se esse último não conseguir escapar, o peso das camadas superiores poderá atuar sobre ele elevando a sua pressão. Geopressões 4.2.3-Dif. Densidade (efeito buoyancy) A transmissão hidráulica poderá gerar pressões anormais no topo da zona permeável quando acima de um aqüífero o reservatório contiver um fluido menos denso que a água. Exemplo: Note que o gradiente passará de 8,9 lb/gal para 10,6 lb/gal. Se o peso do fluido for 9,5 lb/gal, teremos provavelmente um Kick. Gp= 8,9 lb/gal Gp= 9,3 lb/gal Gas = 2 lb/gal Oleo=6 lb/gal 4000m 4500 m 5000 m Pp 5000 = 0,17 x 5000 x 9,3 = 7924 psi Pp 4500 = 7924–(0,17 x 500 x 6) = 7413psi Gp 4500 = 9,7/lb/gal Pp 4000 = 7413-(0,17 X 500 X 2) = 7243 psi Gp 4000 = 10,6 lb/gal. FOLHELHO Aqüífero Fluido de perfuração = 9,5 lb/gal Gp=10,6 lb/gal Geopressões 4.2.4 -Transferência de pressão. Acontece a posterior. Portanto não é mecanismo primário. Pode ser vista como uma redistribuição de pressão em excesso, geradas por migração de fluidos de zonas com pressões maiores. O movimento do fluido é guiado pelas diferenças de pressão e controlado por um canal conectante, por uma falha ou pela permeabilidade de uma formação inclinada. Geopressões4.2.4 – Transferência de pressão. a) Migração dentro de Formações permeáveis inclinadas. Independente do tipo de fluido a transmissão de pressão dentro das formações inclinadas ocorre por causa do desnível entre a sua base e o seu topo. Estruturas permeáveis inclinadas (arenitos por exemplo) podem ter gradiente de pressão de poros diferente das camadas impermeáveis vizinhas na base ou pela transmissão de pressão para o topo. O efeito centróide é definido como o ponto onde a pressão de poros no folhelho e no arenito imediatamente adjacentes estão em equilíbrio. Geopressões 4.2.4 – Transferência de pressão. Formações inclinadas- exemplo. Note que o gradiente de pressão irá diminuir da locação “A” para a locação “C”. Isto é normal com o aumento da profundidade. Mas no poço “A” a perfuração encontrará o mesmo reservatório do poço “C” numa profundidade menor e com pressão de poros igual a de “C”, pressão anormal para o poço “A” e pressão possivelmente normal para o poço “C”. Geopressões 4.2.4 - Transferência de pressão. For. inclinadas e efeito centroide. Caso a estimativa de pressão de poros não leve em consideração o arenito, estimando os valores apenas no folhelho, será obtida a curva de pressão de poros no folhelho mostrado na figura. Mas, se houver transmissão de pressão no arenito, a pressão de poros ao longo dele será bem diferente, exceto no ponto Centróide, onde estas são coincidentes. A estimativa de pressões na base do folhelho subestima as pressões de poro no arenito acima do centróide. Geopressões 4.2.4 – Transferência de pressão. Formações inclinadas Método de cálculo utilizado para estimativa de gradiente de pressão de poros no arenito inclinado com transmissão de pressão saturado por um único fluido. P topo = P base – 0,1704 (D base-D topo) x ρfl (1) Gp topo = P topo/(0,1704 x D topo) (2) P topo = pressão no topo do arenito (psi); D topo = profundidade do topo do arenito (m); P base = pressão na base do arenito (psi); D base = profundidade da base do arenito ρfl = massa específica do fluido presente no arenito (lb/gal) Gp topo = gradiente de pressão de poros no topo do arenito (lb/gal) Geopressões 4.2.4 - Transferência de pressão. Formações inclinadas – exemplos Comparação da pressão de poros no arenito inclinado e nos folhelhos vizinhos, considerando 3 casos para fluidos presentes no arenito. Note que o Gás devido a menor densidade tem a menor variação de pressão entre a base e o topo. Comparação entre gradientes de pressão. Note que a mais crítica é o caso do gás, que é a situação que implica no maior gradiente de poros. Geopressões 4.2.4 – Transferência de pressão. Formações inclinadas Exercício n°9 A seção sísmica indica a presença de várias lentes de arenitos inclinados contendo óleo e gás com pesos específicos de 6,0 lb/gal e 2,0 lb/gal. É mostrado um poço (A) que confirmou esse fluidos nas profundidades de 2500 m (gás) e 3000 m (óleo). As avaliações indicam pressão normal na extensão do poço (A). Um segundo poço (B) esta sendo programado para a locação. O que se espera encontrar em termos de pressão para arenitos onde serão encontrados gás e óleo, sabendo-se que eles são previstos para serem encontrados na locação (B) nas profundidades de 1500 m e 2000 m. Geopressões 4.2.4 – Transferência de pressão. Formações inclinadas Poço (A) já perfurado. As setas indicam o mesmo arenito encontrado no Poço (A) esta previsto de ser encontrado na perfuração do poço (B), mas em profundidade mais rasa. Geopressões 4.2.4 – Transferência de pressão. Continuação exercício n°9. Considerando que o gradiente de pressão de poros normal encontrado no poço “A” foi de 8,5 lb/gal, devemos aplicar as equações (eq1) e (eq2) para determinar a pressão de poros no topo dos arenitos com gás e como óleo (poço “B”). a) Arenito com óleo: Ptopo= 0,1704x3000x8,5-0,1704(3000-2000)x6=3323 psi Gp=3323/0,1704x2000)=9,8lb/gal b) Arenito com gás: Ptopo= 0,1704x3000x8,5-0,1704(3000-1500)x2=3280 psi Gp=3280/0,1704x1500)= 12,8 lb/gal Geopressões 4.2.4-Transferência de pressão. Canal conectante Trata-se da migração de fluido através de uma falha conectando duas formações de diferentes profundidades e pressões. A falha (se não selante) funcionam como um condutor pelo qual os fluidos contidos migram p/formações superiores. A migração depende do diferencial de pressão entre as camadas (a falha precisa não ser selante). Geopressões 4.2.4 – Transferência de pressão. Canal conectante p/Vazamento de revestimento O fluido da formação mais profunda atinge as zonas mais rasas migrando por fora do revestimento por falha na cimentação. Nota-se que esse fenômeno poderá ser fonte de grandes problemas para poços a serem perfurados na área, uma vez que essas áreas anormais pressurizadas não podem ser previstas. Geopressões 4.3 – Indicação de zonas anormalmente pressurizadas Principais indicadores: 4.3.1 - Taxa de penetração; 4.3.2 -Taxa de penetração normalizada (Expoente “d” e Sigmalog) 4.3.3 - Torque e arraste 4.3.4 -Aspectos dos cascalhos 4.3.5 –Gás no fluido de perfuração. Gás show Gases de conexão Background gás 4.3.6 - Propriedade do fluido de perfuração Resistividade e condutividade Temperatura 4.3.7- Propriedade das Rochas (Sônico e Sísmica) Tempo de trânsito Resistividade densidade Geopressões 4.3.1 – Taxa de penetração A taxa de penetração é a velocidade com que a broca perfura um determinado intervalo. Em trechos normalmente compactados, a porosidade diminui com a profundidade fazendo com que a velocidade da perfuração também se reduza com a profundidade. Então, se uma zona de pressão anormal é atingida -> temos aumento da porosidade -> menor volume de rocha para a broca cortar -> consequente aumento na taxa de penetração. A validade desse argumento deve ser analisada de modo a excluir todos os outros fatores, tais como mudanças de litologia e de parâmetros mecânicos como peso sobre a broca e rotação. Geopressões 4.3.2 - Taxa de penetração normalizada Ou expoente “d” é um modelo que tenta reduzir a influência de outros parâmetros. A sua formulação segue a fórmula: d=(log(ROP/RPM)-log a)/log(WOB/dh) d = expoente de compactação da formação (adimensional). ROP = taxa de penetração (ft/min); RPM = revoluções da broca p/minuto; dh = diâmetro da broca em (pol); a = constante litológica; WOB = peso sobre a broca. Mas, mesmo atenuando os parâmetros de perfuração o valor de “d” é influenciado pelo peso do fluido de perfuração. Tornou-se necessário corrigir o valor do expoente “d”. Geopressões 4.3.2- Expoente “d” corrigido tem o símbolo “dc” e segue a fórmula: dc=d x Gn/ECD. Onde: dc=expoente corrigido d= expoente “d” Gn=gradiente de Pp normal p/área. ECD=densidade equivalente de circulação. Note que a partir de 850 m a curva se afasta para a esquerda, sendo um indicativo de zonal anormalmente pressurizada. O calculo da Pp pode ser feito pelo método de Eaton, a ser visto. Geopressões 4.3.2 – Metodologia do sigmalog; Não será detalhada e é similar a do expoente “dc”, normalização da ROP (taxa de penetração) com relação aos parâmetros de perfuração. Geopressões 4.3.3 – Torque e Arraste. Torque medido na superfície = torque na broca + proveniente da fricção da coluna de perfuração com as paredes do poço. A medida que aumenta a profundidade do poço, aumenta também o contato da coluna com as paredes do poço, conseqüentemente ocorre o incremento gradual no torque. No entanto, se houver incremento exagerado no torque pode haver múltiplas razões, que inclui a redução de diferencial de pressão entre o poço e a formação. Isso afeta o comportamento dos folhelhos de duas maneiras: a) Deformando as argilas,levando a redução de diâmetro do poço. b) Rompendo folhelhos, acumulando cascados lascados ar redor dos estabilizadores. Geopressões 4.3.3 – Torque e Arraste. Por outro lado, em zonas de alta pressão também pode ser identificado por uma redução do torque. O estado plástico das argilas nas formações superficiais pode levar ao encerramento da broca, da mesma forma que as argilas subcompactadas, por possuírem mais água, podendo levar a esse encerramento. Assim, a ocorrência de encerramento na broca a grandes profundidades pode ser indicativo de entrada em zona anormalmente pressurizada. O torque não é um indicador fácil de ser interpretado pois diversos parâmetros podem afetá-lo, como geometria do poço, inclinação e incompatibilidade do fluido de perfuração. Geopressões 4.3.3 – Arraste ou Drag Durante as manobras de retirada de coluna o atrito devido ao arraste da coluna de perfuração com as paredes do poço geram o overpull, isso é peso adicional no gancho, ou seja, maior que o peso da coluna. Durante a perfuração o mesmo atrito pode ser responsável por diminuir o peso que chega na broca. A redução de diâmetro do poço devido a redução do diferencial de pressão poço-formação, pode fazer com que o overpull aumente mais. Nessas condições o arraste da coluna poderá ser um indicativo de entrada em zona de pressão anormalmente alta, com peso de fluido menor que o ideal. Geopressões 4.3.4 – Aspectos dos cascalhos Características perceptíveis: tamanho formato e quantidade; Outras propriedades físicas (cor, textura, fratura); O tamanho e formato dos cascalhos dependem de suas propriedades físicas, tipo e peso do fluido de perfuração, vazão de circulação, geometria do poço, composição da coluna e grau de balanceamento na perfuração do poço. Já a litologia que melhor se adequa e esse tipo de análise são os folhelhos, pois seus cascalhos podem dar melhores avaliações das paredes do poço. Geopressões 4.3.4 – Aspectos dos cascalhos. (A) exemplo de cascalho com aspecto lascado e côncavo pode ser proveniente de zonas anormalmente pressurizadas, resultante de falha por tração. (B) cascalho de zonas desmoronadas, mais espesso e retangular. Não é devido a pressões anormais, resultante de falha por cisalhamento. Geopressões 4.3.4 – Aspectos dos cascalhos. Deve-se observar regularmente o tipo e a quantidade de cascalhos na peneira. Normalmente, quando a pressão da formação está maior que a pressão dentro do poço, a quantidade de cascalho aumenta, e ocasionalmente pode ocorrer ao mesmo tempo o aumento do torque e de pressão de bombeio. Geopressões 4.3.5 – Gás no fluido de perfuração. A incorporação de gás no fluido de perfuração chama-se corte da lama por gás. Esse gás que chega a superfície é registrado pelos detectores de gás, medido em Unidades de Gás Total (UGT), que é uma unidade arbitrária. Na ocorrência de corte por gás, o fluido de perfuração vai se expandindo à medida que chega à superfície, causando diminuição da massa específica nas profundidades mais rasas do poço, geralmente não se observa um decréscimo significativo da pressão hidrostática em poços profundos. Geopressões 4.3.5–Gás no fluido de perfuração. A redução da pressão hidrostática pode ser calculada pela fórmula: ΔP=34,5(ρmud/ρmude-1)log(PH/14,7) ΔP=redução da pressão no pto. considerado. ρmud=massa específica do fluido de perfuração. ρmude=massa específica do fluido cortado na superfície. PH=Pressão hidrostática do fluido de perf. no ponto considerado em psia (pressão absoluta). Geopressões 4.3.5 – Gás no fluido de perfuração. Exercício 10: Estime a redução de pressão no fundo do poço para um fluído de 10,5 lb/gal. Que foi cortado por gás tendo o seu peso na superfície reduzido para 6 lb/gal. Estime a redução para as profundidades de 1000 m e 4000, assumindo que a pressão de poros é de 10,3 lb/gal. ΔP=34,5(ρmud/ρmude-1)log(PH/14,7) a) Para 1000 m PH = 0,1704 X 1000 X 10,5+14,7=1804 psia (pressão absoluta) ΔP=34,5((10,5/6)-1) x log(1804/14,7)=54 psi ρ fundo=10,5 – 54/(0,1704x1000x)=10,2 lb/gal Gp=10,3. Logo Gp>Pfundo poderá haver kick se houver formação permeável a 1000 m. Geopressões 4.3.5 – Continuação do exercício N°10 b)Para 4000 m PH = 0,1704 X 4000 X 10,5+14,7=7172 psia ΔP=34,5(10,5/6-1)log(7172/14,7)=70 psi Pfundo=10,5 – 70/(0,1704x4000)=10,4 lb/gal Gp=10,3. Logo Gp<Pfundo, logo não haverá kick. Conclusão: o corte por gás em poços rasos é mais crítico. Assim, é importante que o gás que foi incorporado ao fluido de perfuração seja removido pelo uso do desgaseificador. Geopressões 4.3.5 – Gás no fluido de perfuração. A quantidade de gás medido no fluido de perfuração na superfície é função de uma série de fatores: 1. Quantidade de hidrocarbonetos presentes na formação perfurada; 2. Características petrofísicas da rocha (porosidade e permeabilidade); 3. Volume de rocha perfurado (diâmetro do poço e taxa de penetração); 4. Diferencial de pressão entre o poço e a formação; 5. Vazão de bombeio; 6. Características do tipo de fluido de perfuração (tipo, viscosidade, solubilidade ao hidrocarboneto); 7. Características dos equipamentos de medição (eficiência do desgaseificador, precisão dos equipamentos, etc.) . Geopressões 4.3.5–Gás no fluido de perfuração. A monitoração e correta interpretação dos dados de gás são fundamentais para a detecção de zonas anormalmente pressurizadas. A análise do gás fornece informações relativas à rocha, ao reservatório, ao grau de balanceio de peso de fluido de perfuração no poço e à pressão de poros. Existem diferentes fontes de gás que são carreados pelo fluido de perfuração. Quando detectados os registros recebem diferentes monenclaturas, e são analisados para serem utilizados como parâmetro indicador de alta pressão. Fontes de gás Registro de gás Gás liberado Background gás Gás produzido Gás show Gás reciclado Gás de conexão Gás de contaminação Gás de manobra Geopressões 4.3.5 – Fontes de Gás Gás liberado-> Se houve diferencial positivo do poço para a formação (GP<MW), somente existirá gás liberado do espaço poroso cortado pelo cilindro da broca (ex:=20 UGT). Gás recliclado->quando o gás não é completamente volatilizado na superfície retorna ao fluido de perfuração e é bombeado novamente ao poço, com um tempo de ciclo de uma circulação (ex: gás liberado=20 UGT + 20 UGT (reciclo após uma circulação)). Gás produzido-> quando a pressão hidrostática do poço esta menor que à pressão da formação. Os registros dos gases são caracterizados maior indicação de unidades no detentor de gás (ex:>100 UGT) Gás de contaminação->oriundos de produtos químicos a base de hidrocarbonetos ou quebra química de aditivos. Geopressões 4.3.5 – Registros de Gás Background Gás: Muitos folhelhos contém gás e fornecem um nível continuo de gás no registro no fluido de perfuração. O nível do Background gás é usualmente pequeno. Um aumento do background gás em relação a zonas normalmente compactadas pode significar a perfuração de zona subcompactada. Tal aumento pode ser explicado por: Formações porosas geralmente com maior quantidade de gás. Aumento da taxa de penetração. Diminuição do diferencial poço-formação UGT P R o f u n d i d a d e Background Gás de conexão Gás Show Geopressões 4.3.5 – Registros de Gás Gás Show-> é o gás da formação detectado no retorno do fluido de perfuração depois de um formação permeável ter sido perfurada. É em níveis mais altos que o background gás. Caso a-> WM>>Gp. Nesse caso o gas show será pequeno e parte será empurrada para dentro da formação. Caso b-> WM>Gp. Nesse caso é o normal de perfuração quando o gás show excede o background gás. Caso c->WM<Gp. Nesse caso o gás showcontinuará a fluir a medida que a perfuração prossegue. P R o f u n d i d a d e a b c formação Geopressões 4.3.5 – Registros de Gás Gás de conexão é o gás da formação que flui para dentro quando as bombas estão desligadas numa conexão. Gás de manobra é o gás que flui causado pelo pistoneio durante a sua retirada. P R o f u n d i d a d e formação Topo do folhelho Topo zona de subcompactação Gas (%) Background gás Gás de conexão Geopressões 4.3.6 – Propriedade dos fluidos de perfuração MW–resistividade/ condutividade A medição da resistividade ou do inverso, a condutividade, p/detectar zonas anormalmente pressurizadas é motivo de grande polêmica. Pois os valores medidos de resistividade de fluidos são afetados por tipo de fluido, tratamento químicos e tipo de formação. Assim, a medição da resistividade é utilizada c/indicador secundário. Quando temos zonas anormalmente pressurizadas espera-se uma diminuição na salinidade total, refletindo na condutividade, pela incorporação de fluidos da formação. CONDUTIVIDADE Geopressões 4.3.6 – Propriedade dos fluidos de perfuração Temperatura da lama Quanto maior a profundidade mais a temperatura aumenta. Na perfuração o fluido tende a retornar do poço com uma temperatura mais elevada do que entrou no poço. Em zonas normais o gradiente geotérmico tende a ser constate. Em zonas anormais de pressão, esse comportamento do gradiente geotérmico não ocorre e os gradientes ficam mais acentuados. Geopressões 4.4 – Quantificação do gradiente de pressão de Poros A quantificação dos gradientes de pressão de poros, embora de grande importância para a engenharia de poços, nem sempre é fácil e precisa. Basicamente os métodos para estimar gradiente de pressão de poros se dividem em: 4.4.1 - Medições diretas realizadas em formações permeáveis; 4.4.2 - Métodos indiretos efetuados em folhelhos. Geopressões 4.4.1 – Medições diretas: Os testes mais comuns para medição de pressões de poros são: Teste de formação (TF, TFR), RFT e FPWD. Todos tem o mesmo princípio, diferindo na forma de coleta da amostra e no tempo de teste. O teste de formação pelo tempo que leva, apesar de útil, não deve ser pensado num teste para obter exclusivamente o gradiente da pressão de poros. O RFT é feito a cabo. Entretanto como TF é feito após perfurar o poço e seu resultado serve para confirmar as estimativas e é de grande utilidade para projeto de outros poços na mesma área, mas tem o inconveniente de serem registros pontuais. O RFT é o mais simples teste e é feito a cabo reduzindo o tempo de sonda parada. Geopressões 4.4.1 - Medições diretas: Os FPWD (Formation Test While Drilling) ou PWD (Formation Pressure While Drilling) são feitos por ferramentas descidas no BHA junto com a coluna de perfuração e fornecem os resultados em tempo real, a medida que se perfura. Planeja-se o FPWD, em locais que se tem dúvidas sobre os valores de pressão de poros. Geopressões 4.4.1 - Medições diretas Uma forma de calibrar os métodos de cálculo da Pp é quando ocorre um kick. Nesse caso poço deve ser fechado e devem ser lidas as pressões estabilizadas que são SIPP e SICP. (SIPP =Shut in Dtill Pipe Pressure) e SICP=Shut in Casing Pressure). Gp = (SIDPP + 0,1704 x ρmud x Dh)/(0,1704 x Dh) Dh = Profundidade do poço (m) SIDPP = Pressão estabilizada dentro da coluna de perfuração (psi) SICP = Pressão estabilizada no anular (psi) ρmud= Peso específico do fluido de perfuração (lb/gal) A equação vale apenas se não existir fluido invasor dentro da coluna de perfuração. Geopressões 4.4.2 – Medições indiretas: Foram desenvolvidos para aplicação em folhelho que são formações argilosas de baixa permeabilidade. Assim os métodos indiretos tem as seguintes características: Se fundamentam em folhelhos/argilas; Utilizam perfil elétrico, dados sísmicos ou parâmetros indicadores de porosidade; Se baseiam no traçado da linha de tendência. Os métodos a serem apresentados são: Razão, Profundidade equivalente e Eaton. Geopressões 4.4.2 – Medições indiretas Traçado da Linha de tendência de compactação normal. Para avaliar pressões anormais associadas à anomalias do processo de compactação, deve-se primeiro identificar o trecho onde a compactação ocorrida foi normal, e isso é feito através do traçado de uma linha de tendência de compactação normal. A compactação é representada pela redução da porosidade com o aumento da profundidade. A curva de tendência é uma função que representa esse comportamento. Usualmente por simplicidade esse função tem sido apresentada como uma reta em gráfico semilogaritimo Geopressões 4.4.2 – Medições indiretas Traçado da Linha de tendência de compactação normal. m = (log (val n) – log (val1))/(D-D1) = (Log(val2)-log(val1))/(D2-D1) m = log(val2/val1)/(D2-D1) Valn= Val1 x 10 val1 e val2 = valores observados no parâmetro indicador e porosidade em que a compactação ocorrida foi normal. D1 e D2= profundidade de val1 e val2. m = coeficiente angular da reta de tendência normal em papel gráfico semilog. D= profundidade de interesse da reta de tendência normal. Val n=valor da reta de tendência normal na profundidade de interesse. m(D-D1) Geopressões 4.4.2 – Medições indiretas Traçado da curva de tendência de compactação normal. O traçado da curva de tendência de compactação normal sobre os pontos do perfil porosidade associados aos folhelhos, no intervalo normalmente compactado. Embora o traçado seja simples é uma etapa muita subjetiva. Geopressões 4.4.2 – Medições indiretas: Parâmetros utilizados Geopressões 4.4.2 – Medições indiretas: Método da Razão Baseia-se na hipótese de que a Pp a certa profundidade é proporcional ao gradiente normal da área. A razão de proporcionalidade é dada entre o valor medido “valo” e o valor da reta de tendência normal de compactação: Gp=Gn(valo/valn)m Gn=grad. de Pp normal (Lb/gal) Gp=gradiente de Pp (Lb/gal) valo=valor observado do parâmetro Valn=valor observado da reta normal m=expoente da área valn valo Reta normal parâmetro profundidade Geopressões 4.4.2 - Medições indiretas: Método da profundidade equivalente. Parte do princípio que os folhelhos localizados em trechos compactados e subcompactados estão sujeitos a mesma tesão efetiva. Analisando os ptos A e B, B está em trecho de compactação normal e A em trecho anormal. Dessa forma a Ppb no ponto B é conhecida e é igual ao gradiente da área. Em A a Ppa pode ser estimada pela reta vertical. Ϭ’va=Ϭ’vb ₀ ₀ Ponto B Ponto A Db Da Geopressões 4.4.2 - Medições indiretas: Método da profundidade equivalente. Dessa forma: Ϭ’va=Ϭova-Ppa e Ϭ’vb=Ϭovb-Ppb Ϭ’va=Ϭ’vb Ppa = Ppb + (Ϭova-Ϭovb) Ϭova=Gova x Da Ϭovb=Govb x Db Ppa = Gpa x Da Ppb = Gpb x Db Gpa=Gova–(Db/Da) x (Govb-Gpb) Gpa = gradiente de poros em A Da= profundidade ₀ ₀ Ponto B Ponto A Db Da Geopressões 4.4.2 – Medições indiretas Método de Eaton O método de Eaton é um dos mais usados na industria do petróleo. Neste método a pressão de poros (Pp) a uma certa profundidade além de ser função da pressão de sobrecarga (Pov) e da pressão de poros normal, da razão entre valor do parâmetro observado e o valor da linha de tendência de compactação normal e do expoente escolhido. Esse expoente utilizado tem como objetivo uma calibração para a área em estudo e também para uma adequação ao tipo de perfil porosidade que esta sendo utilizado. Geopressões 4.4.2 – Medições indiretas Fórmula de EATON aplicada a diferentes perfis: Com base no tempo de transito; Gp= Gov-((Gov-Gn) x (Δtn/Δto)ᶟ) Com base na resistividade; Gp= Gov-((Gov-Gn) x (Ro/Rn)1,2) Com base no expoente dc; Gp= Gov-((Gov-Gn)x (dco/dcn)1,2) Δto=tempo de trânsito observado; Δtn = valor da reta nominal para o tempo de transito; Gov=gradiente de sobrecarga (lb/gal); Gg= gradiente de pressão de poros normal; Ro= resistividade observada; Rn= valor da reta normal para a curva de resistividade Gp= Gradiente de pressão de poros (lb/gal); dco=expoente observado dcn=valor da reta normal para a curva do expoente “dc” Gn = gradiente de pressão de poros normal (lb/gal) Geopressões 4.4.2 – Medições indiretas Como fazer no trabalho usando Eaton: Gp= Gov-((Gov-Gn) x (Δtn/Δto)ᶟ) a) Colocar em papel semi–log a profundidade x Δt; b) No papel semi-log traçar a reta que representa o trend; c) Com a reta (trend) implantada no papel semi-log (prof x Δt) para cada profundidade o ponto Δtn é lido sobre a reta. O Δto é o ponto do tempo de trânsito que pode estar fora ou sobre a reta ou próximo desta. Caso opte cálculo do Δtn, pag 185(Projetos de poços de petróleo), isso não elimina o gráfico. d) Gn = é dado no enunciado. e) Gov = valor já calculado do gradiente de sobrecarga pelo aluno para cada profundidade. e) Calcular o Gp para cada profundidade. g) Lançar os valores de Gp no mesmo gráfico do Gov. Perfuração Índice – Revestimento Objetivo: capacitar os acadêmicos para calcular revestimento para poços de petróleo. 1-Especificação do revestimento 2-Drift 3-Tabela com os esforços que os revestimentos suportam. 4-Funções das Colunas de Revestimento 5-Tipos de colunas de revestimento 6-Ancoragem de revestimento em poço de terra 7-Características básicas de uma coluna de revestimento 8 -Configuração do revestimento x broca 9 -Resistência dos Tubos de Revestimento 9.1 –Tração 9.2 –Pressão interna 9.3 - Colapso 10 -Esforços combinados Fonte: Applied Drilling Engineering Perfuração 1-Especificação do Revestimento a) Fabricação de revestimentos: são fabricados de dois modos: - sem costura; - com costura, sendo esse último raramente utilizado na indústria do petróleo (costura é a solda). a) O revestimento é dimensionar para o local mais crítico, assim utilizar um revestimento em toda extensão da fase pode ficar excessivamente caro, podendo-se numa fase dividir em seções com espessuras diferentes de revestimentos. Normalmente se utiliza no máximo de três secções. b) Adota-se o padrão API para tubos de revestimento. Perfuração 1-Especificação do Revestimento O padrão API para tubos de revestimento é caraterizados pelas seguintes informações para especificar o revestimento. Item Características Exemplo 1.1 Comprimento da seção 500 m 1.2 Diâmetro externo do tubo 9 5/8” 1.3 Peso nominal 40 lb/pé 1.4 Grau do aço N-80 1.5 Tipo de conexão Butress 1.6 Comprimento do tubo RANGE Perfuração 1-Especificação do Revestimento Exercício n° 1: indique a especificação dos revestimentos abaixo: 7” OD; 28 lb/pé; C-75, XL; R-1. 1.1 Comprimento da seção: É o comprimento total de tubos que compõe uma seção com mesma espessura, considerados já enroscados e será maior que esse valor pela superposição do trecho das roscas. Deve–se evitar descer seções menores que 1.000 pés no poço. Exemplo Quais são as caraterísticas? 7” 28 lb/ft C-75 XL R-1 Perfuração 1-Especificação do Revestimento: 1.2 diâmetro externo do tubo = Nominal (OD ou dn) Expresso em polegadas, refere-se ao diâmetro externo do tubo. Para tubos de mesmo diâmetro nominal e espessura da parede diferente, varia-se o diâmetro interno. Os diâmetros mais usados no Brasil são : 30”, 20”, 13 3/8”, 10 ¾”, 9 5/8”, 7”, 5 1/2”. Outros de menor utilização, são: 26”, 18 ¾”, 15”, 11 ¾”, 8 5/8”, 7 5/8”, 6 5/8”, 5” e 4 ½”. Perfuração 1-Especificação do Revestimento: 1.3 Peso Nominal (wn): Indica o peso por unidade de tubo de revestimento, usualmente expresso em lb/pé. O valor leva em consideração o peso das conexões distribuído. Opcionalmente pode ser adotado a espessura do tubo. O API limitou a 12,5 % a tolerância na espessura da parede de tubos de revestimento. Perfuração 1-Especificação do Revestimento: 1.3 Peso Nominal (nominal weight) Para identificação – tubo de 20 pés com conexão. wn (lb/pé)=10,69 . (D(pol)–t) . t(pol)+0,00722x D² (Não na API-10400). D = Diâmetro externo (OD) ou diâmetro nominal t= espessura do revestimento b) Peso do tubo (plain end weight) – peso do tubo sem conexões wpe (lb/pé)=3,4 x A(pol) ou wpe (lb/pé) = 10,69 x (D(pol)–t) x t(pol) c) Peso enroscado (Thread and coupled weight) Peso real de 20 pés com conexões. Perfuração 1-Especificação do Revestimento: 1.4 grau do aço Para atender à variedade de situações existem tubos com diferentes resistências e limitações. Isso é o que significa grau do aço. O API padronizou os graus dos aços com uma letra e um número: H- 40, J-55, K-75, N-80, L-80, C-95 e P-110. A letra não tem significado especial, mas o valor a seguir indica a tensão de escoamento mínima do tubo que deve ser multiplicada por 1.000 psi. Ex: o H-40 tem a tensão de escoamento mínimo de 40.000 psi. Revestimentos não API: X-52, P-105, Q-125, S-135, V-150, são usados na indústria do petróleo. Perfuração 1-Especificação do Revestimento: 1.4 grau do aço - curva tensão x deformação 1-Especificação do Revestimento: 1.4 grau do aço Graus de aços de revestimentos reconhecidos pelo API. É adotado o valor mínimo de σe, para prevenir as variações de fabricação. σe Perfuração Perfuração 1-Especificação do Revestimento: 1.4 grau do aço Nenhum tratamento térmico O tratamento térmico pode ser temperado e revenido. Perfuração 1-Especificação do Revestimento: 1.4 grau do aço Importante para reconhecimento do grau do aço pelo código de cores. Perfuração 1-Especificação do Revestimento: 1.4 grau do aço Perfuração 1-Especificação do Revestimento: 1.5 tipo de conexão Conexões de grandes diâmetros: 1) Resistência ao Dobramento e Tração elevadas; 2) Facilidade de conexão; 3) Baixa estanqueidade. As conexões, em geral, promovem a união, através do enroscamento, entre juntas subseqüentes que serão descidas no poço, devendo ser projetadas para: Resistir a tração e compressão devidos aos esforços de peso próprio e temperatura; Resistir ao vazamento dos fluídos contidos no poço; Resistir aos dobramentos em poços não verticais; Possibilitar a passagem pelo interior dos revestimentos anteriores. Perfuração 1-Especificação do Revestimento: 1.5 tipo de conexão A conexão entre tubos pode ser feita por encaixe ou por enroscamento (integral – luva). O encaixe por conector (Squnch Joint) é utilizada exclusivamente em tubos de grande diâmetro (30”) em perfuração marítima (vedação p/borracha). A API padronizou 3 tipos conexões: a)conexão de 8 fios (perfil em “V”). b)Conexão Buttress (perfil trapezoidal). c)Conexão Extreme-Line (perfil trapezoidal e integral). Perfuração 1-Especificação do Revestimento : 1.5 tipo de conexão Conexão 8 Fios Vantagens: 1. Fácil enroscamento; 2. Custo baixo; 3. Fácil de fabricar. Desvantagens 1. Menor resistência que tubo; 2. Vedação com partículas sólidas na graxa; 3. Perfil da rosca favorece vazamentos com o aumento da tração. Perfuração 1-Especificação do Revestimento: 1.5 Tipos de conexões (Conexão API Spec. 5B) Vantagens: Perfil “trapezoidal” aumenta a resistência; Vedação ainda com partículas sólidas na graxa. Desvantagem Atenção ao torque no aperto de dois revestimentos. Pois o torque excessivo danifica a conexão. Desenho da rosca é trapezoidal permitindo que os dentes façam melhor vedação Perfuração 1-Especificação do Revestimento: 1.5 tipo de conexão (Conexão API Spec 5B) . Vantagens: 1 . Pino e caixa são juntas integradas ao tubo (sem luvas); 2. Vedação metal-metal (graxasó para lubrificação); 3 . OD conexão semelhante OD do tubo, mas ID é menor (cuidado!); 4 . Menor risco de vazamento. Desvantagem: custo caro. Vedação metal x metal. São as conexões mais caras. Perfuração 1-Especificação do Revestimento: 1.5 tipo de conexão visualização dos 3 tipos de rosca. . Perfuração 1-Especificação do Revestimento: 1.5 tipo de conexão (conexões API Spec. 5B) Características dos 3 tipos de conexões API: a) Rosca 8 fios: perfil em “v”, opção de luva curta (short thread and coupled - STC) ou luva longa (Long Thread coupled). Problema: a aplicação de tração favorece o vazamento. b) Buttress – BC ou BTC: perfil trapezoidal – luva regular ou luva especial (SC – Special clearance). A eficiência para evitar vazamentos chega a 100% na maioria dos casos. c) Extreme line – rosca X-Line: Perfil trapezoidal, diferentes das demais por ser integral e com vedação metal-metal. Perfuração 1-Especif. do Revestimento: 1.5 tipo de conexão As conexões API são fabricadas segundo a especificação da Norma API- Spec 5B. A única conexão de revestimento API em uso na Petrobras é a Buttress. Vantagens: facilidade de construção e facilidade de operação. Desvantagens: a vedação se dá apenas pela graxa entre os filetes. Perfuração 1-Especificação do Revestimento: 1.5 tipo de conexão Perfuração 1-Especificação do Revestimento: 1.5 tipo de conexão - Premium Fabricadas segundo especificações particulares dos fabricantes. Ex.: Vam-Top (Vallourec), Supreme-Lx (fabricante Hydrill). Vantagens: resistências superiores aos valores API. Vedação metal- metal fornece maiores resistências ao dobramento e podem ser: a)Regular – diâmetro externo próximo da conexão buttress. Flush – diâmetro externo praticamente igual ao tubo para poços com anular reduzido. Custo adicional(3 a 5 vezes que API). Performance melhor que API. Vários perfis (sem padronização) Vedação e selos secundária com elastômeros. Perfuração 1-Especificação do Revestimento: 1.6 range Range se refere ao padrão de comprimento dos tubos. Perfuração 1-Especificação do Revestimento: diâmetro externo - tabelas Perfuração 1-Especificação do Revestimento: tabelas . Perfuração 1-Especificação do Revestimento: tabelas . t Perfuração 1-Especificação do Revestimento: tabelas . 9 5/8” Perfuração 2-Drift 1.Tolerância de ± 0,75% para OD 2.Tolerância de até 12,5% para espessura t = (OD – ID)/2 3.Mínimo ID de passagem = drift 4.Peso nominal ≈ peso médio de tubo + conexão. OD = diâmetro externo. ID = diâmetro interno. t = espessura (wall tickness) OD ID t Perfuração 2-Drift É o maior diâmetro livre de um tubo para a passagem interna de qualquer ferramenta. Exercício n°2: 7” 23 lb/pé e t= 0,317” ID= 7” – 2 x 0,317” = 6,366” Drift = 6,366” - 1/8” = 6,241” OD drift Comprimento do gabarito < 8 5/8” ID =1/8” 6” 9 5/8” a 133/8” ID=5/32” 12” > 16” ID=3/16” 12” Perfuração 4-Funções das colunas de Revestimentos: Por que utilizar colunas de revestimentos? 1. Prevenir desmoronamento e/ou inchamento das argilas nas paredes do poço; 2. Prevenir contaminação de aqüíferos em poços terrestres; 3. Isolar formações permeáveis; 4. Apoio estrutural para outros tubos de revestimento e para a cabeça de poço; 5. Controle das pressões no poço durante perfuração, produção e intervenção; 6. Permitir a instalação de equipamentos de subsuperfície em poços produtores tal como packer; 7. Aumentar a chance de se atingir a prof. final programada, (Ex: precisa-se de 12 lb/gal para controlar uma formação no fundo mas outra mais rasa fratura com 10 lb/gal. O que fazer? Revestir Perfuração 5-Tipos de colunas de revestimento REVESTIMENTOS FUNÇÃO Condutor Isolamento superficial (solo) Superfície Isolamento de aqüífero; suporte estrutural intermediário Estabilidade das paredes; isolamento de zonas de baixa/alta pressão produção Isolamento da zona produtora; proteção contra vazamento da coluna de produção Liner Isolamento local; é ancorado no revestimento anterior Tie Back Conecta Tie back liner à cabeça do poço Perfuração 5-Tipos de colunas de revestimentos Tubo Condutor É o revestimento assentado a uma pequena profundidade, entre 10 até 50 metros, com finalidade de sustentar sedimentos superficiais não consolidados. Pode ser assentado por cravação, por jateamento (no mar) ou por cimentação em poço perfurado. Os diâmetros típicos são: a)30” b)20” c) 13 3/8”. Perfuração 5-Tipos de colunas de revestimentos Revestimento de Superfície Com comprimento variando na faixa de 100 a 600 metros, tem por finalidade proteger horizontes de água e prevenir desmoronamento de formações inconsolidadas. Serve para apoiar os equipamentos de segurança e os revestimentos subseqüentes, é cimentado em toda sua extensão para evitar flambagem. Seus diâmetros típicos são: a)20” b)16” c) 13 3/8” d)10 3/4” e)9 5/8”. Perfuração 5-Tipos de colunas de revestimentos Revestimento Intermediário Tem a finalidade de isolar e proteger zonas de alta ou baixa pressão, zonas de perda de circulação, formações desmoronáveis, formações portadoras de fluidos corrosivos ou contaminantes de lama. O assentamento é na faixa entre 1.000 e 4.000 metros. É cimentado somente na parte inferior ou, em alguns casos, em algum trecho intermediário. Seus diâmetros típicos são: a)13 3/8” b) 9 5/8” c) 7”. Perfuração 5-Tipos de colunas de revestimentos Revestimento de Produção Tem como finalidade permitir a produção do poço, suportando os equipamentos necessários para tal fim, bem como permitindo o isolamento dos intervalos produtores. O emprego depende da ocorrência de zonas de interesse e tem como diâmetros típicos: a) 9 5/8” b) 7” c) 5 1/2”. Perfuração 5-Tipos de colunas de revestimento Liner: é uma coluna curta de revestimento que é descida e cimentada no poço visando cobrir apenas a parte inferior deste. Seu topo fica ancorado no revestimento anterior e é independente do sistema de cabeça de poço. O uso é crescente devido a sua característica de economia, versatilidade e rapidez. Podendo ser usado em substituição do revestimento intermediário (liner de perfuração) e ao revestimento de produção (liner de produção). Diâmetros típicos: 13 3/8”, 9 5/8”, 7” e 51/2”. Tie Back: é a complementação de uma coluna de liner até a superfície, quando limitações técnicas exigirem a proteção do revestimento anterior. Diâmetros típicos: 13 3/8”, 9 5/8”, 7” e 5 1/2”. Perfuração 5-Tipos de colunas de revestimento – posição no poço Perfuração 6-Ancoragem das colunas de revestimentos em poço de terra. Perfuração 6-Ancoragem das colunas de revestimentos - relação com a ÁRVORE NATAL Perfuração 7-Características básicas de uma coluna de revestimento 1. Estanqueidade; 2. Resistência superior às solicitações; 3. Dimensões compatíveis com os equipamentos a serem utilizados no poço (brocas, packers, revestimentos, etc...); 4. Resistência à corrosão; 5. Fácil conexão. Perfuração 8-Configuração do revestimento x broca B B B B B B B B B B B B B B B B B B BB B B B Perfuração Exercício n°3 de revestimentos Determine o diâmetro dos revestimentos e das brocas para um projeto de poço que esta previsto descer um condutor de 30” até 50 metros, um revestimento de superfície de 20” até 1.100 metros, um revestimento intermediário até 2.050 metros e um liner de 7” até a profundidade final, 2.650 metros, a pedido da produção. Usar a configuração que fornecerá o maior “drift” (linha denominada Padrão) e também usar os diâmetros mais comuns utilizados na Petrobras para facilitar processode compra. Use fluxograma da página anterior. Perfuração Exercício n° 3 solução Brocas revestimento diâmetro 36” ou cravado condutor 30” 26” superfície 20” 17 ½” intermediário 13..” 12 1/4” Intermediário 9..” 8 ½” liner 7” Perfuração 9-Resistência dos revestimentos 1. Tensão axial - tração (a); 2. Pressão interna (b); 3. Pressão externa (colapso) (c). Perfuração 9-Resistência dos revestimentos 9.1- Resistência a tração no Tubo: Rtr (ou Ften) = σe x As Rtr = σe x ∏/4 x (OD² – ID²) lbf (1) Observação dn = OD e d = ID Perfuração 9.1–Tração É a força normal no sentido longitudinal, que tende a esticar uma tubulação, seja essa revestimento ou drill pipe. Pela figura temos: Ften = σE x As σe=mínima tensão de escoamento As=área da seção metálica Ften = ∏/4 x σe x (OD²–ID²) OD = diâmetro externo ID = diâmetro interno empuxo é: (α = 1 - ɣlama /ɣaço) Perfuração 9.1-Tração Resistência a tração no Tubo: Exercício n°4: determinar a profundidade máxima que pode atingir uma coluna de revestimento de 20”OD, K-55, com espessura nominal de parede de 0,635”e peso nominal por pé de 133 lbf/ft, mergulhada num poço cheio de fluido de 10 lb/gal. Usar F.S. = 1,3 e considerar o empuxo. Solução: A tensão limite de escoamento desse tubo é 55.000 psi (ver valor de σe nas tabelas para K-55). E seu ID é de: ID = 20,00 - 2(0,635 ) = 18,730 pol Perfuração 9.1-Tração Exercício n°4 : Assim, a área da seção transversal do tubo é dada por: As = ∏/4 x (20² – 18,73²) = 38,62 in² A tração máxima que o tubo pode suportar (fim do regime elástico) é igual a: Rt = 55.000psi x (38,63 in²)=2.125.00 lbf . α x peso da coluna/pé x prof. máx. x Fator de segurança = 2.125.000 lbf Fator de flutuação: α = 1 – (ɣlama /ɣaço) = 1–10/65=0,846 0,846 x 133lbf/pé x prof(pés)x 1,3 = 2.125.000lbf. => prof = 14.527 pés Perfuração 9.1–Tração Exercício n°5: calcule a força de tração de um revestimento grau do aço K-55 com 20” de diâmetro externo e com espessura de parede de 0,633 “ sendo o peso por pé de 133 lb/ft, s/coef. seg. ID = 20 – 2 x(0,633) = 18,730” A=∏/4 x (20²–18,73²)=38,63 sq in. A tensão de escoamento mínina é 55.000 psi. F = 55.000 X 38,63 = 2.125.000 lbf Resultado pela tabela 7.6 Perfuração 9.2-Pressão interna Resistência à pressão interna (Rpi) no Tubo: Rpi x ID x L = σe x (OD-ID) x L Rpi = (2.σe.t)/ID (só vale para tubos de paredes finas) em psi. API no boletin 5C3 recomenda utilizar para pressão interna a seguinte fórmula RPi = 0,875 x (2.σe.t/OD). O fator 0,875 se aplica para considerar as variações de dimensões. Perfuração 9.2-Pressão interna Exercício n° 6: Considere que houve um vazamento na coluna de produção próximo à superfície. Verifique se haverá falha no revestimento devido ao aumento da pressão interna na superfície. Dados: Rev. 7”OD, N-80, 23 lb/pé Pressão de poros = 7.000 psi Gradiente do gás = 0,45 psi/m Profundidade = 3.000 m F.S. = 1,1 Perfuração 9.2-Pressão interna A pressão interna na superfície é que preciso conhecer. Psup = FS x (Pporos – Phidrostatica “gás”) Para profundidades acima de 3000 metros a Petrobras usa cerca de 2,65 lb/gal como peso do fluido interno Phidrostatica “gás”, (não é o peso de um gás puro). Psup =1,1x(7000–0,17x2,65x3000) Psup = 1,1x(7000-1350)= 6.215 psi RPi =0,875 x (2tσe/OD). Rpi = 0,875 x 2(0,317) x 80000/7” Rpi = 6340 psi Como Rpi > Psup -> OK Perfuração 9.2-Pressão interna Exercício n°7: calcule a pressão interna para tubo OD=20”, K-55, revestimento como espessura de parede de 0,635” e peso de 133 lbf/ft, sem fator de segurança. Fórmula: Rpi=0,875% x (2 x σE x t)/dn. Rpi=0.875% x (2 x 55.000 x 0,635)/20=3056 psi arredondo p/3060 psi Tabela 7.6 Applied Drilling Engineering Perfuração 9.3-Colapso Resistência ao COLAPSO em tubos: Função dos seguintes fatores: -Razão OD/t -Tensão limite de escoamento; -Caraterísticas da curva tensão x deformação -Ovalização; -Tensões residuais; -Excentricidade Principais fatores Perfuração 9.3-Colapso Resistência ao COLAPSO: Da figura temos: σr=((pi.ri²(ro²+r²))–(pe.ro²(r²-ri²)))/(r². (ro²-ri²)) σr= tensão radial e σt(tensão tangencial) σt=((pi.ri²(ro²+r²))– (pe.ro²(ri²+r²)))/(r²(ro²-ri²)) Como a tensão máxima é tangencial assumindo que o tubo só esta sobre efeito de “pe”, então r=ri, pe=pc σt= -2pe.ro²/(t(ro+ri+ri–ri+2t-2t)) Usando σe=σt e reagrupando os termos: Pc = 2 x σe x ((dn/t)-1)/(dn/t)²) Perfuração 9.3-Colapso Resistência ao COLAPSO em tubos: API Bulletin 5C3 apresenta 4 regimes de colapso, que são: 1. Colapso de limite de escoamento 2. Colapso plástico 3. Colapso de transição 4. Colapso elástico (OD/t) Perfuração 9.3-Colapso Resistência ao COLAPSO em tubos: Colapso por Escoamento: a) Baseado no escoamento da fibra interna do tubo. b) Determinado pela equação de Lamé, quando σtangencial = σe e então r=ri. c) Pc = 2 x σe x (OD/t -1)/(OD/t)² Colapso Elástico: a) Independe da tensão de escoamento; b) Baseado na teoria da instabilidade elástica; c) Aplica para tubos de parede fina (OD/t)> ±25. d) Pc = 46,95 x10⁶/((OD/t -1) ² x (OD/t)) Perfuração 9.3-Colapso Resistência ao COLAPSO em tubos: Colapso pela dimensão Plástica: a) Baseado em dados empíricos de 2488 testes. b) Determinado por análise de regressão. c) F1, F2 E F3 são coeficientes empíricos d) Rc = σe x (F1/(OD/t) – F2) – F3 Colapso de Transição: a) Ajuste da curva entre colapso plástico e elástico.; b) F4 e F5 são coeficientes empíricos; c) Aplica para tubos de parede fina (OD/t)> ±25. d) Rc = σe x (F4/(OD/t) – F5) Perfuração 9.3–Colapso escoamento plástico Transição Elastico Grau do aço OD/t OD/t OD/t OD/t H-40 <16,40 16,40 até 27,01 28,02 até 42,64 >42,64 J-55 e K-55 <14,81 14,81 até 25,01 25,02 até 37,25 >37,25 C-75 <13,60 13,60 até 22,91 22,92 até 32,05 >32,05 L-80, N-80 <13,38 13,38 até 22,47 22,48 até 31,02 >31,02 P-110 <12,44 12,44 até 20,41 20,42 até 26,22 >26,22 REGIÃO DE MAIOR OCORRÊNCIA de COLAPSO Perfuração 9.3-Colapso Resistência ao COLAPSO em tubos: coeficientes “F” utilizados nas fórmulas de colapso: (tabela 7.4 Applied Drilling Engineering) Perfuração 9.3-Colapso: Resistência ao COLAPSO em tubos de revestimento, valores de dn/t para determinar o regime de colapso. tabela 7.5 do livro “Applied Drilling Engineering”. Perfuração 9.3-Colapso 1) Para verificar ao Colapso primeiramente calcula-ser a relação: OD/t. Exemplo para tudo de 7” => 7/0,317 = 22,08 2) Com o valor está na faixa das fórmula de colapso “plástico”. 3) Pc =σE x (F1/(dn/t)–F2)–F3 (fatores obtidos na tabela 7.4 Applied Drlling Engineering) 4) Da tabela 7.4 temos: F1 = 3,07; F2 = 0,0667; F3 = 1.955 Pc =σE x (F1/(dn/t) – F2) – F3=> 80.000((3,07/22,08)-0,0667)-1.955 Pc = 3.835,81 psi Esse será a resistência do revestimento ao colapso, se não houver um outro esforço combinado. Perfuração 9.3-Colapso Resistência ao Colapso em tubos: Exercício n°8: considere que houve um vazamento na coluna de produção logo acima do packer. Verifique se haverá falha no revestimento devido ao esvaziamento do revestimento (formação “bebe” o fluido de completação. Dados: • Rev. 7”OD, N-80, 23 lb/pé • Peso da lama = 10 lb/gal • Profundidade do topo do cimento no anular = 2.000 m • F.S. = 1,0 Perfuração 9.3-Colapso Solução: •OD/t = 7/0,317 = 22,08 •colapso plástico •Bull. 5C3 F1 = 3,07; F2 = 0,0667; F3 = 1.955, ou tabela. Rc= 80.000 x (3,071/22,08 – 0,0067) – 1,955 = 3830 psi. •Como o anular vazou, vamos considerar a pressão interna nula. A pressão externa é a ação da lama atrás do revestimento, dada por: Pe = F.S x (0,17 x 10 lb/gal x 2000) Pe = 3400 psi •Como Pe< Rc,então OK Perfuração 10-Esforços combinados A pressão interna, tração e colapso podem agir simultaneamente, levando a um estado triaxial de tensões. Se a Tração e o Colapso agirem juntos, deve-se “corrigir” o limite de escoamento, pois a tração já consumiu uma parte do limite de escoamento, e o limite corrigido é o quando que sobrou do limite de escoamento para colapso. Para corrigir a Tensão de escoamento devido a TRAÇÃO e ao COLAPSO. σe corrigido = (√1-0,75 x (σz/σe)² - 0,5(σz/σe)) x σe σe corrigido = limite de escoamento corrigida pela redução da tensão já usada para a tração. A tensão que sobrou é para resistir ao colapso. σz = tensão axial de tração σe = tensão de escoamento original Obs: os fatores “F” das formulas para cálculo da pressão de colapso, são para os valores originais de σe e não se aplicam para (σe corrigido). Perfuração 10–Esforços combinados Os coeficientes “F” para diferentes valores de limite de escoamento, original, ou seja, quando temos (σe corrigido) são obtidos do API Bull 5 C3, quarta edição, através das fórmulas abaixo. Por conveniência escreve-se σE (corrigido ou efetivo) = Y Assim do API Bull 5 C3 temos: F1 = 2,8762+0,10679 X 10⁻⁵(Y) + 0,21301 x10⁻¹ᵒ(Y)²-0,53132 x10⁻¹⁶(Y)ᶟ F2 = 0,026233 + 0,50609 x10⁻⁶ (Y) F3 = -465,93+0,030867(Y)-0,10483 x 10⁻⁷(Y)²+0,36989 x 10⁻¹ᶟ(Y)ᶟ F4 = 46,95x10⁶(A)/(Y)(B)(C) (A) = (3x(F2/F1)/(2+(F2/F1)))ᶟ (B) = (Y)x((3(F2/F1)/((2+(F2/F1)) – (F2/F1)) (C) =(1 – (3(F2/F1))/(2+(F2/F1)))² F5 = F4(F2/F1). Perfuração 10-Esforços combinados. A tensão axial (tração ou compressão), pressão interna e colapso podem ocorrer simultaneamente levando ao estado triaxial de tensões. Assim, a equação abaixo se aplica ao estado triaxial de esforços combinados e representa uma elipse: σt + pi = ± √1-0,75 σz + pi ² - 0,5 σz + pi (EQUAÇÃO DA ELIPSE) σe σe σe σt = tensão tangencial (ver colapso) pi = pressão interna σz = tensão axial Perfuração 10-Esforços combinados Como a equação anterior representa graficamente uma elipse, podemos obter uma solução de forma gráfica. σe (tensão de escoamento considerada é igual a) = σ(yield) = (tensão mínima) Perfuração 10-Esforços combinados. Exercício n°9: calcular a pressão de colapso de um revestimento 5,5 in, N-80, com espessura de parede igual a 0,476”. O peso é 26 lbf /ft. Determine a pressão de colapso para o revestimento sujeito a uma tensão axial de 40.000 psi e 10.000 psi de pressão interna. Solução 1) dn/t = 5,5/0,476= 11,55 (Colapso pela fórmula do ESCOAMENTO); 2) Pc=2 σe ((dn/t)-1)/(dn/t)²)= 2 x 80000((11,55-1)/11,55²)=12.658 psi. Mas, em serviço 3) (σ z + pi)/σe = (40.000 psi + 10.000 psi)/80.000 psi= 0,625 Usando o valor calculado (na equação da elipse). São obtidos dois valores para : (σt+ pi)/σe = +1,153 ou -0,5284. 4) Pccorri.=Pc x (fator de redução)+pi=12.658x0,5284+10.000=16.684 psi. Os esforços combinados reduziram em 52,84% a capacidade do revestimento de suportar a pressão de colapso. Perfuração 10-Esforços combinados. Exemplo; utilizando a elipse Entra-se com: (σ z + pi)/σe = 0,625 Obtemos o valor =-0,52, para (σt+pi)/σe do problema anterior. Daí continuamos o problema. Perfuração 10-Esforços combinados Exercício n°10: calcular a pressão de colapso para um revestimento de 20-in, K-55, t=0,635, 133 lbf/ft, sujeito a uma força axial de 1.000.000 lbf. Também considere uma pressão interna de 1.000 psi. Da tabela de dados obtenho: ID= 18,730; dn/t=20/0,635= 31,496 (TRANSIÇÃO); As = 38,631 in² σz = 1.000.000 lbf/38,632 in² = 25.886 psi (σz + pi)/ σE = (25.886 +1.000)/55.000 = 0,48883. Pode-se obter o valor na elipse ou pela equação, Perfuração 10-Esforços combinados Continuação do exercício n°10 ; calculando o valor pela equação. σE (corrigido)/σE = √1-0,75 (σz/σE)² - 0,5(σz/σE) σE (corrigido)/σE = √1-0,75 (0,4888)² - 0,5(0,48883) σE (corrigido)/σE = 0,66155 σE (corrigido) = 55.000 psi x 0,66155 = 36.385 psi. 36.385 psi é a tensão de escoamento corrigida (ou a que sobrou para uso no colapso) devido a tração já ter utilizado sua parte. Como D/t=20/0,635=31,49. Aplica-se então a fórmula do colapso para a dimensão de TRANSIÇÃO. Pc = σE (corrigido) x (F4/(dn/t)-F5) mas a tabela 7.4 trás os fatores “F” somente para a situação de “σE = 55.000 psi” e não para 36.385 psi. Perfuração 10-Esforços combinados – continuação exercício n°10 Então, para σE (corrigido)=36.386 psi, temos que calcular F1, F2, F3, F4 e F5, que resultam em F1 =2,941, F2=0,0446, F3=645,1, F4=2,101 , F5=0,0319 (ver o sétimo slide anterior). Pcolapso(corrigido) = 36.385 ((2,101/31,496)-0,0319) = 1267 psi Mas colapso é a pressão externa e a pressão ajuda a aumentar a Pc. Então, podemos corrigir para a situação de serviços pois a “pressão interna”, ajuda: Pc(corrigido) = 1267psi + 1000 psi = 2.267 psi Fatores de segurança p/revestimentos PRESSÃO INTERNA 1,1 COLAPSO 1,0 TRAÇÃO 1,3 Perfuração 10-Esforços combinados Exercício n°11: Determinar a pressão de colapso para o revestimento 11,75”, C-95, 60 lbm/ft, que opera nas condições 10% do seu limite de pressão interna e com 60% da sua carga de tração máxima. Dados: ID=10,772”, t= 0,489”, Pc=3610 psi, Rt=1.644.000 lbf, Pi=8010 psi. F1 = 2,8762+0,10679 X 10⁻⁵(Y) + 0,21301 x10⁻¹ᵒ(Y)²-0,53132 x10⁻¹⁶(Y)ᶟ F2 = 0,026233 + 0,50609 x10⁻⁶ (Y) F3 = -465,93+0,030867(Y)-0,10483 x 10⁻⁷(Y)²+0,36989 x 10⁻¹ᶟ(Y)ᶟ F4 = 46,95x10⁶(A)/(Y)(B)(C) (A) = (3x(F2/F1)/(2+(F2/F1)))ᶟ (B) = (Y)x((3(F2/F1)/((2+(F2/F1)) – (F2/F1)) (C) =(1 – (3(F2/F1))/(2+(F2/F1)))² F5 = F4(F2/F1). Perfuração 10-Esforços combinados Como fazer: 1) Calcular t/OD para saber que tipo de colapso 2) Calcular σz e σE (corrigido); 3) Usando σE (corrigido) calcular os “F” 4) Com os “F” calcular a Pressão de Colapso de acordo com o tipo de colapso. 5) Somar o valor da pressão interna na pressão de colapso. 6) Dividir pelo fator de segurança. Determinar a pressão de colapso para o revestimento 7”, P-110, 26 lbm/ft, que tem 3000 m de comprimento, emerso num fluido de 12 lb/gal (esforços conjugados). Formulário F1 = 2,8762+0,10679 X 10⁻⁵(Y) + 0,21301 x10⁻¹ᵒ(Y)²-0,53132 x10⁻¹⁶(Y)ᶟ F2 = 0,026233 + 0,50609 x10⁻⁶ (Y) F3 = -465,93+0,030867(Y)-0,10483 x 10⁻⁷(Y)²+0,36989 x 10⁻¹ᶟ(Y)ᶟ F4 = 46,95x10⁶(A)/(Y)(B)(C) (A) = (3x(F2/F1)/(2+(F2/F1)))ᶟ (B) = (Y)x((3(F2/F1)/((2+(F2/F1)) – (F2/F1)) (C) =(1 – (3(F2/F1))/(2+(F2/F1)))² F5 = F4(F2/F1). σe (corrigido)/σe = √1-0,75 (σz/σe)² - 0,5(σz/σE) Formas de Colapso Escoamento =>Pc = 2 x σe x ((OD/t) -1)/(OD/t)² Elástico =>Pc = 46,95 x10⁶/(((OD/t) -1) ² x (OD/t)) Plástico =>Pc = σe x (F1/(OD/t) – F2) – F3 Transição => Pc = σe x (F4/(OD/t) – F5) Perfuração Objetivo: utilizar os critérios de assentamento de sapatas dos revestimentos. Índice 1-Critério de assentamento. 2-Revestimentos de zonas superficiais. 3-Revestimento de zonas mais profundas. 4-Critério de assentamento baseado na janela operacional. 5-Critério de assentamento baseado na tolerância ao Kick. 6-Fatores que afetam o assentamento das sapatas. Perfuração 1-Critério de assentamento. Toda companhia de petróleo tem seus próprios critérios de assentamento de sapatas, que são fruto da experiência obtida em suas áreas de atuação. De modo a facilitar o entendimento das metodologias de assentamento de sapatas divide-se o assunto em duas partes: a) Zonas superficiais onde serão assentados o condutor e o revestimento de superfície; b) Zonas mais profundas, que serão cobertas pelos revestimentos intermediários e de produção Perfuração 2-Revestimentos de zonas superficiais. Não existe um critério definido para determinar a profundidade de assentamento do Tubo Condutor. Normalmente em terra ele fica em torno de 20 m e em poços marítimos em trono de 50 m abaixo do fundo do mar. A profundidadedo revestimento de superfície gira em torno de 500 a 600 metros abaixo do fundo do mar. Essa profundidade deve garantir que em caso de Kick com fratura da formação não ocorra um underground blowout. Em campos conhecidos, as empresa aprofundam o revestimento de superfície. A Petrobras em alguns campos de pré-sal vem adotando cerca de 1000 m abaixo do solo oceânico a posição da sapata. No slide seguinte mostra-se o underground blowout quando atinge uma plataforma auto-elevatória. Perfuração 2-Revestimentos de zonas superficiais. Notar o underground blowout iniciando e depois afetando a plataforma auto-elevatória. Perfuração 3-Revestimento de zonas mais profundas. O assentamento de revestimentos mais profundos segue dois critérios a serem apresentados, porém nunca esquecendo a experiência da empresa naquela área. O primeiro critério baseia-se no gradiente de pressão de poros, colapso e fratura, e é o critério de assentamento baseado somente na janela operacional. Ele não leva em consideração a ocorrência de kick. O segundo critério esta baseado na tolerância ao Kick. Perfuração 4-Critério de assentamento baseado somente na janela operacional. São as premissas: a) Limite inferior igual ou maior dos valores entre gradientes de pressão de poros e colapso inferior. b) Limite superior igual ao menor dos valores entre os gradientes de pressão de fratura e colapso superior Perfuração 4-Critério de assentamento baseado somente na janela operacional. 1- traça-se a janela operacional; 2- adotar margem de segurança em relação ao gradiente de poros; 3-o assentamento é feito a partir da profundidade final do poço. Adota-se uma margem de segurança na pressão de poros; 4- traça-se um reta vertical para cima até atingir o limite superior da janela operacional. 5-Nessa profundidade deve ser assentada a sapata. 6- repete-se o procedimento. Perfuração 4-Critério de assentamento baseado na janela operacional. Nesse exemplo foi utilizado como limite inferior, uma margem sobre o gradiente de poros, e como limite superior uma margem sobre o gradiente de fratura. A flecha vertical indica o máximo peso de fluído a ser adotado em cada fase. Um valor muito utilizado para a margem de segurança é 0,5 lb/gal, mais isso é da companhia. Perfuração 4-Critério de assentamento Baseado somente na janela operacional. Aspectos do método: -Não considera tolerância ao Kick; -Independe da geometria do poço; -pode utilizar mais de uma margem de segurança. Perfuração 5-Critério de assentamento baseado na tolerância ao Kick. Num kick ocorrem duas situações de pressão, uma quando o poço estiver condição estática, que é a situação de poço fechado e outra em condição dinâmica, que é a situação de circulação do Kick. Em condições estáticas: as pressões no poço são como em um tubo “U”, onde o interior da coluna representa uma perna do “U” e o anular a outra. Em condições estáticas a pressão a montante dos jatos da broca (interior da coluna) é igual à pressão a jusante deles (espaço anular). Em condições dinâmica: quando circulando o fluido aparecem pressões dinâmicas referentes as perdas de carga por fricção (interior da coluna, linha de choke) e também as perdas de carga localizadas (orifícios da broca e choke). Essas situações fazem com que a pressão interna do poço cresça em relação a pressão estática. Perfuração 5-Critério de assentamento baseado na tolerância ao Kick. Esquema de um poço fechado após o kick. Dh = prof. do poço; ρmud=densidade da lama; Gf= grad. Fratura formação mais fraca; Dfm=prof. Da formação mais fraca; ρk=densidade do fluido invasor; hk=alt. do kick no espaço anular; Gp=grad. Pressão de poros; SIDPP= Shut in Drill Pipe Pressure; SICP=Shut in Casing Pressure. Perfuração 5-Critério de assentamento baseado na tolerância ao Kick. Como a tolerância ao kick tem por base a pressão estática. O poço foi fechado, as pressão SIPP e SICP já se estabilizaram. O fluido invasor será responsável pelo aumento de pressão dentro do poço. A magnitude do aumento de pressão é função da pressão de poros, altura do kick, densidade do fluido invasor e do gradiente de fratura da formação mais fraca. O ponto mais fraco admite-se abaixo da sapata do último revestimento. Perfuração 5-Critério de assentamento baseado na tolerância ao Kick. Exercício n°1: um poço estava sendo perfurado com fluído 10,5 lb/gal, quando ocorreu um kick a 4000m, com altura de 80 metros. Poço foi fechado e a pressão estabilizada no revestimento (SICP) foi de 350 psi. O fluído existente no reservatório já era conhecido e tinha uma massa específica de 1,8 lb/gal. Sabendo-se que o gradiente de fratura da formação mais fraca é 11,5 lb/gal a 3000 m, compare as pressões dentro do poço antes e após o kick, nesta profundidade. a) Pressão na formação mais fraca é dada pela hidrostática do fluído de perfuração: P3000 antes do kick=0,1704 x 10,5 x 3000=5.367,6 psi b) Com o fechamento do poço há aumento de pressão na frente da formação mais fraca. P3000 depois do kick=0,1704 x 10,5 x 3000 + 350 =5.717,6 psi. c) Comparado o valor acima com o gradiente de fratura da formação Pf=0,1704 x 11,5 x 3000 = 5.878,8 psi Não ocorre fratura. Perfuração 5-Critério de assentamento baseado na tolerância ao Kick. Exercício n°1 continuação: d)O mesmo raciocínio pode ser feito a partir do fundo do poço com o cálculo da pressão de poros utilizando SICP. Pp4000 = 350 + 0,1704 x (10,5 x(4000-80)+1,8 x 80)=7388 psi e)P3000 depois do kick=7388-0,1704 x (1,8 x 80 + 10,5(1000-80))= 5717,6 psi é a pressão devida ao Kick na profundidade de 3000 onde a pressão máxima de fratura é de 5878,8 psi. Portanto o poço tolerará ao Kick. Perfuração 5-Critério de assentamento baseado na tolerância ao Kick. Tolerância ao Kick: é definida com a máxima pressão de poros que pode ser admitida, de tal forma que, na ocorrência de um kick, o poço possa ser fechado sem ocorrer fratura da formação mais fraca. Leva em consideração os aspectos: • Ocorrência de um kick e seu volume; • Geometria do poço; • Eficiência da sonda de detectar o kick; • Pressões de poros e fratura das formações. As premissas assumidas para isso são: • Peso do fluido de perfuração utilizado para balancear a Pp. • Kick ocorrendo no fundo do poço; • Poço fechado; • Pressões já estabilizadas. Perfuração 5-Critério de assentamento baseado na tolerância ao Kick. Nesse caso as pressões SIDPP e SICP devem assumir os valores máximos, que são limitados pelo gradiente de fratura da formação. Se isso for ultrapassado haverá perda de fluído para a formação, reduzindo a pressão estática do poço. Pfm max = 0,1704 x Gf x Dfm. Essa mesma pressão pode ser definida da superfície. Pfm max = SICPmax + 0,1704 x ρmud x Dfm. Igualando as duas expressões podemos definir o SICP max. SICP max = 0,1704 x (Gf - ρmud) x Dfm. A partir disso também é possível definir a pressão máxima no fundo. Ptf max = SICPmax + 0,1704 (Dh–hk) +0,1704 x ρk x hk (equação1). A altura do kick pode ser calculada conhecendo-se o volume do kick (Vk) e a capacidade do anular. hk= Vk/(Capacidade do anular). Perfuração 5-Critério de assentamento baseado na tolerância ao Kick. Outra forma de determinar a pressão no fundo é através de um peso específico equivalente denominado de tolerância ao Kick (ρkt). Ptf max = 0,1704 x ρkt x Dh. Com isso podemos deduzir que a tolerância ao Kick é: ρkt = Ptf max /0,1704 x Dh (equação 2). Substituindo SICD max na equação 1 e introduzindo o resultado na equação 2 temos: ρkt= Dfm/Dh(Gf - ρmud)-hk/Dh(ρmud-ρk) + ρmud (equação 3), onde: Dfm= profundidade da formação mais fraca Dh=profundidade do poço Gf=gradiente de fratura da formação mais fraca hk= altura do kick ρk=densidade do fluído invasor ρmud=densidadedo fluido de perfuração Ptf=pressão máxima no fundo do poço Perfuração 5-Critério de assentamento baseado na tolerância ao Kick. Margem de segurança ou de tolerância ao kick diferencial (Δρkt): é definida pelo valor da diferença entre o gradiente de pressão de poros estimado e a tolerância ao Kick, de acordo com a equação: Δρkt= ρkt-Gp Sub =substituindo na equação 3 temos: Δρkt=(Dfm/Dh)(Gf - ρmud) –(hk/Dh)(ρmud-ρk)+ ρmud – GP tolerância ao kick diferencial Mínima (Δρkt mim) ou margem de segurança mínima: é o valor para a qual a perfuração do poço deve ser interrompida para a descida e novo revestimento. Δρk > ou = Δρkt mim Perfuração CIMENTAÇÃO 1 Tipos de cimentação 2. O cimento 3. Aditivos para cimentação 4. Testes de laboratório 5. Equipamentos de cimentação 6. Acessórios de cimentação 7. Cálculos de sistemas de pastas 8. A operação de cimentação . Perfuração Cimentação - primária : Objetivo Preencher o espaço entre o revestimento e a parede do poço logo após a descida do revestimento. Funções Prover o isolamento hidráulico entre as diferentes zonas permeáveis; Suportar a coluna de revestimento; Proteger o revestimento contra fluidos agressivos. Perfuração Cimentação-primária Envolve: Determinar que parte do poço aberto precisa ser cimentado; Seleção do tipo de cimento; Seleção dos equipamentos de cimentação; Determinação da necessidade de colchões espaçadores; Calcular o volume do cimento e dos colchões; Determinar os procedimentos de deslocamento dos fluidos (remoção da lama). Perfuração Cimentação-secundária. Definição:operações emergenciais de cimentação que visam permitir a continuidade das operações. Tipos : Recimentação ou squeeze: destina-se a corrigir a cimentação primária, quando há necessidade. Tampões: para abandono do poço ou para isolamento de zonas inferiores, algumas vezes durante a perfuração pode ser usada no combate de perda de circulação. Coluna de DP +pacher squeeze Perfuração CIMENTAÇÃO 1 Tipos de cimentação 2. O cimento 3. Aditivos para cimentação 4. Testes de laboratório 5. Equipamentos de cimentação 6. Acessórios de cimentação 7. Cálculos de sistemas de pastas 8. A operação de cimentação . Perfuração 2 – Cimento: classificação do cimento Portland por classes, segundo API. As classes mais comuns no Brasil são A e G. Classe Água de mistura (gal/pe) Peso da pasta (lb/gal) Profundidade (pés) BHST- Tempe- ratura (F°) Obs. A 5,2 15,6 0 – 6000 80 – 170 B 5,2 15,6 0 – 6000 80 - 170 Alta resistência à sulfetos C 6,3 14,8 0 - 6000 80 - 170 idem D 4,3 16,4 6000-10000 170 - 260 Moderada resistência à sulfetos E 4,3 16,4 10000-14000 170 - 290 Idem B F 4,5 16,2 10000-16000 230 - 320 Idem D G 5,0 15,8 0 - 8000 80 - 200 Idem D H 4,3 16,4 0 - 80000 80 - 200 Idem D Perfuração 2 - Cimento: Cimento Portland, classe G Definição conforme descrito na norma NBR-9831 da ABNT, de julho de 1993, qual seja: Aglomerante hidráulico obtido pela moagem de clínquer Portland, constituído em sua maior parte por silicatos de cálcio hidráulicos e que apresenta características especiais para uso em poços de petróleo até a profundidade de 2440 m, assim como produzido. A única adição permitida durante a moagem nestes dois tipos de cimento (A e G) é a de gesso. Perfuração 2 – Cimento: fabricação do cimento Matérias-primas. Calcário + argila + (pequena quantidade de ferro e alumínio) 1. Dosagem - Ensaios químicos; 2. Britador primário + moinho de bolas - Pulverização e homogeneização do material – “farinha”; 3. Silos homogeneizadores – Correção da composição e granulométrica da “farinha”. Perfuração 2 – Cimento: fabricação de cimento: Matéria prima => farinha 4. Forno rotativo inclinado (até 1500ºC)– tratamento térmico da farinha – “clínquer”: “Clínquer” – Material pelotizado de granulação variável resultante do tratamento térmico da farinha. Perfuração 2 – Cimento: “clinquer” C3S - Alita - 3CaO.SiO2 - hidratação rápida - resistência inicial – (45- 70% concentração). C2S - Belita - 2CaO.SiO2 - hidratação lenta - resistência final – até (10-35% concentração). C3A - Celita - 3CaO.Al2O3 – hidratação rápida – maior calor de hidratação – até 15% C4AF - Ferrita - 4CaO.Al2O3. Fe2O3 - pouca influência na resistência mecânica – resistência à corrosão. Perfuração 2 – Cimento: fabricação de cimento: Matéria prima => Clínquer 5. Moagem com adição de gesso (3 a 5%) – o gesso (gipsita) serve para impedir a hidratação descontrolada do C3A que causaria a “falsa pega”; 6. Pulverização; 7. Armazenagem. Perfuração 2 – Cimento – Hidratação do cimento Portland Hidratação dos Silicatos 2C3S + 6H => C3S2H3 + 3CH 2C2S + 4H => C3S2H3 + CH C3S2H3 : “gel C–S–H” ou gel de tobermorita – principal aglomerante do cimento endurecido. Taxa de hidratação do C3S é rápida e forma grande quantidade de gel C-S-H => início da pega e resistência compressiva inicial. Perfuração 2 – Cimento – Hidratação do cimento Portland Hidratação dos Aluminatos Apesar da menor quantidade, influencia a reologia da pasta e resistência inicial do cimento endurecido. Hidratação dos Aluminatos não forma gel “protetor”=> hidratação seguiria incontrolada. Controle da hidratação: adição de gesso (3% a 5%) ao Clínquer. Gesso + C3A => mineral etringita precipita na superfície do C3A retardando a hidratação. Perfuração 2 – Cimento – Hidratação do cimento Portland (3) Perfuração 2 – Cimento – Dados relativos a um saco de cimento Propriedades Saco Brasileiro Saco Americano PESO 50 Kg 94 lb VOLUME 33,1 dmᶟ 1 péᶟ VOLUME DE SÓLIDOS (Absolute volume) 15,92 dmᶟ 0,48 peᶟ MASSA ESPECIFICA (absolute density) 3,14 kg/dmᶟ 195,83 lb/pé DENSIDADE RELATIVA (Specific Gravity) 3,14 3,14 Perfuração CIMENTAÇÃO 1 Tipos de cimentação 2. O cimento 3. Aditivos para cimentação 4. Testes de laboratório 5. Equipamentos de cimentação 6. Acessórios de cimentação 7. Cálculos de sistemas de pastas 8. A operação de cimentação . Perfuração 3 - Aditivos para cimentação Denomina-se “aditivos” os produtos e compostos químicos adicionados à pasta de cimento visando sua adequação ao uso previsto; Os aditivos para cimentação podem ser fornecidos em pó ou líquido; Quando em pó sua dosagem é sempre dada em percentagem do peso do cimento – à exceção do sal, cuja dosagem é dada em percentagem do peso da água - enquanto os líquidos são dosados por volume, usualmente em galões/péᶟ ou gpc (galão por pé cúbico), que significa galões de aditivo por péᶟ de cimento. Perfuração 3 – Aditivos para cimentação Principais classes de aditivos: Aceleradores; Retardadores; Estendedores - aditivos de baixo peso. Adensantes; Dispersantes; Redutores de filtrado; Aditivos especiais:materiais de combate a perda de circulação; anti-retrogressão da resistência compressiva e anti-migração de gás. Perfuração 3 – Aditivos - Aceleradores Objetivos: a) aumentar o desenvolvimento de resistência compressiva inicial. b) reduzir o tempo de espessamento; Aditivos: •CaCl2 - mais comum (2 – 4% ); • NaCl – (1-10%) ou (20-25%) acelerador – pode agir como retardador; • Água do mar - pequeno efeito. Recomendações quanto a resistência compressiva: - para suportar o revestimento e isolar zonas: 100 psi; - reiniciar a perfuração: 500 psi; - canhoneio: 500 - 2000 psi; - tampão de desvio: 2500 psi; Perfuração 3 – Aditivos – Retardadores Objetivo: retardar o tempo de espessamento (endurecimento) para permitir o correto posicionamento da pasta de cimento; Aditivos: • Lignossulfonatos e açúcares; •Lignito - mais comum e efetivo; • Salmoura de NaCl saturada; • CMHEC - carbometil hidroxi-etil celulose - retardador e controlador de filtrado. Perfuração 3 – Aditivos - Estendedores Objetivo: reduzir a densidade/aumentar rendimento da pasta de cimento. •Em zonas de baixo gradiente de fratura; •Evitar dano à formação (+ adequado controle de filtrado); •Obter economia (pasta de alto rendimento); Para o cimento classe G - pasta pura - 15,8 lb/gal - Solução: aumentar a proporção de água – problema de água livre, decantação (sólidos suspensos) e diminuição da resistência da pasta. Solução definitiva: aditivos que “absorvam” água. Perfuração 3 – Aditivos – Estendedores Bentonita - mais comum e econômico - pasta de “enchimento”; Silicatos - bastante eficientes - requerem bastante água de mistura. Tende a reduzir o efeito de retardadores e controladores de filtrado; Perlita - material vulcânico de baixo peso - material poroso que absorve bastante água - problemas de quebra e aumento do peso em condições de fundo de poço; Microesferas ocas - baixo peso específico - problemas de quebra e aumento do peso em condições de fundo de poço. N2 - pastas espumadas - parâmetro importante: QUALIDADE DA ESPUMA (peso da pasta) é variável em função da pressão ao longo do poço. Problemas com a permeabilidade da pasta. Perfuração 3 – Aditivos – Estendedores (3) Exercício n°1: pasta de cimento classe A. Determinar o volume de água e rendimento da pasta para um saco de 94 lb. Qual a densidade da pasta obtida? Dados: API: 46% fator água de mistura (classe A). Densidade do cimento: 3.14 Massa de água = 46% x 94 lb = 43;24 lb => em galão, temos: Volume de água = 43,24 (lb) /8,33 (lb/gal) = 5,20 gal. Perfuração 3 – Aditivos - Estendedores (4) Exercício n°1: Rendimento da Pasta => R = Vpasta (péᶟ)/ (péᶟ de cimento) V cimento = 94 (lb)/(3,14 x 8,33 (lb/gal)) ~ 3,6 gal. Rendimento da Pasta => R = Vpasta (péᶟ)/ (péᶟ de cimento) R = (3,6 + 5,2)(gal)/ (péᶟ de cimento) R = 8,8 gal / péᶟ de cimento R = 1,17 péᶟ de pasta / péᶟ de cimento. Densidade da pasta (ρ pasta = Mpasta(lb) / Vpasta(gal)) ρ pasta = (94 (lb)+ (5,2(gal) x 8,33(lb/gal))) / 8,8(gaL) ρ pasta = 15,6 lb/gal. Perfuração 3 – Aditivos - Estendedores (5) Exercício n°2: Pasta de cimento classe A + 3% bentonita. Determinar volume de água e rendimento da pasta para um saco de 94 lb. Qual a densidade da pasta obtida? Dados: -API: 46% fator água de mistura (classe A) + 5,3% para cada 1% de bentonita -Densidade da bentonita: 2,65 -Densidade do cimento: 3,14 Porcentagem de água = 46% + 3 x 5,3% = 61,9% => 0,619 Perfuração 3 – Aditivos - Estendedores (6) Exercício n° 2: Volume de Água 0,619% x 94 lb = 58,186 lb Volume de água = 58,186 lb / (8,33 lb/gal) = 6,98 ~ 7 gal Rendimento da Pasta (R = Vpasta / péᶟ de cimento) Volume de cimento = 94 lb / (3,14 x 8,33) ~ 3,6 gal Volume de bentonita = 0,03 x 94 lb / (2,65 x* 8,33) ~ 0,13 gal Volume da água ~ 7 gal. Perfuração 3 – Aditivos - Estendedores (7) Exercício n°2 Rendimento (R = Vpasta / péᶟ de cimento) R = (3,6 (gal) + 0,13 (gal) +7(gal) ) / pé3 de cimento R = 10,73 gal / pé3 de cimento R = 1,43 pé3 de pasta / pé3 de cimento. Densidade da pasta (ρpasta = M pasta(lb) / Vpasta(gal)) ρ = (94 (lb)+ 0,03 x 94(lb) + (7(gal) x8,33(lb/gal))/10,73(gal) ρ = 14,5 lb/gal. Perfuração 3 – Aditivos - Dispersantes: Objetivo: visa: a) reduzir a viscosidade da pasta (permite o afinamento da mesma) e propiciar melhor vazão de deslocamento (aumento da eficiência de deslocamento); b) Fluxo turbulento em menores vazões de deslocamento; c) Controle da reologia na superfície e à BHCT. Aditivos: - Diversos polímeros; - Maioria dos retardadores e aditivos controladores de filtrado; - Sal de polinaftaleno sulfonato de sódio (PNS). Perfuração 3 – Aditivos - Controladores de filtrado: Objetivo: dos redutores/controladores de filtrado é aumentar a viscosidade da fase líquida da pasta e reduzir a permeabilidade do reboco da pasta O que deseja-se evitar: a perda de fluido da pasta para zonas permeáveis adjacentes que causa: a) Dano à formação; b)Desidratação da pasta e perda de propriedades no deslocamento. Aditivos: geralmente são polímeros, ex.: celulose, álcool polivinílico. Perfuração 3 – Aditivos - Adensantes: Objetivo: aumentar o peso da pasta para controle da pressão de poros da formação. Peso máximo = 20 lb/gal (sérios problemas de reologia, decantação, mistura na superfície, etc.). Alta resistência à compressão devido baixa quantidade de água. Aditivos: - Hematita - densidade = 5,1; - Baritina - Mais comum - densidade = 4,2. Problema: necessita água de mistura - menor peso que pastas com hematita; - Pastas salinas - aumento de até 1 lb/gal. Perfuração 3 – Aditivos – Adensantes (2) Exercício n° 3: Pasta de cimento classe G + baritina. Deseja-se ρpasta = 17,5 lb/gal. Determinar massa de baritina para misturar a um saco de 94 lb. Dados: API: 44% fator água de mistura (classe G) + 2,4 gal/saco de 100 lb de baritina. Densidade da baritina = 4.2 Perfuração 3 – Aditivos - Adensantes: Exercício n°3 Deseja-se: ρpasta = 17,5 lb/gal e o “ρ” da pasta = M pasta / V pasta. Vamos representar “m” como lb de baritina por saco de cimento. Água = 44% x 94 lb = 41,36 lb 41,36/8,33 = 4,96 gal Mpasta=94(lb)+m(lb)+8,33(lb/gal)x(4,96(gal)+0,024(gal)m)=1,2m+135,32 Vpasta=((94(lb)/(3,14x 8,33(lb)/(gal))+(m/(4,2 x 8,33(lb)/(gal)))+(4,96 (gal)+0,024m))= V pasta = (8,56 + m/35+ 0,024m) gal ρ x Volume = massa 17,5 (lb)/(gal)x (8,56 + m/35+ 0,024m)(gal) = (1,2m + 135,32) (lb) 14,28 + 0,5 m + 0,42 m = 1,2 m m=51 (lb) por saco de 94 (lb) de cimento Perfuração 3 – Aditivos para a cimentação Aditivos Especiais Objeto: selar as zonas de perda tais como zonas inconsolidadas e fraturas com material dependente do tipo da perda; Aditivos: materiais de combate a perda semelhante aos utilizados em fluidos de perfuração - preenchimento do espaço poroso como: Casca de nozes, perlita, materiais fibrosos (polímeros inertes como nylon) e floculados (celofane e similares). - “Pasta tixotrópica” - desenvolvimento de alto gel em condições estáticas por um curto período de tempo; -“Pastas leves” - combate - prevenção ou diminuir problema. Perfuração 3 – Aditivos para a cimentação Aditivos Especiais – Agente anti-retrogressão Tendência da perda gradual de resistência da pasta curada em temperaturas (BHST) > 230 °F. Aumento da permeabilidade da pasta curada; Formação de fases instáveis do cimento - Silicato de cálcio hidratado - Alfa silicato dicálcio hidratado Adição de Sílica - 30 - 40% - Usual: 35% para formação de fases estáveis do cimento. - Tobermotita - Truscottlita - Xonolita Perfuração 3 – Aditivos para a cimentação Aditivos Especiais – Agentes Anti-migração de gás Causa 1 => migração pode ser causada por canalização dentro da pasta devido a má remoção da lama ou sedimentação (instabilidade da pasta). Causa 2 =>Indução de fluxo de gás por desequilíbrio hidrostático. Filtrado alto; Redução da hidrostática do cimento durante a hidratação. Redução da hidrostática do cimento durante gelificação (SGS – Static Gel Strength). Solução => aditivos para diminuir a permeabilidade da matriz da pasta (látex) durante gelificação e redutores de filtrado. Perfuração CIMENTAÇÃO 1. Tipos de cimentação 2. O cimento 3. Aditivos para cimentação 4. Testes de laboratório 5. Equipamentos de cimentação 6. Cálculos de sistemas de pastas 7. A operação de cimentação Perfuração 4 – Testes de cimentação Sempre que se realiza uma operação de cimentação, há certas perguntas que são necessárias antes de iniciar o trabalho: A pasta de cimento permaneceráfluida pelo tempo necessário para colocá-la na posição correta? O cimento alcançará uma resistência compressível adequada em um tempo razoável? A pasta de cimento é compatível com a lama presente no poço? A operação causará dano à formação produtora? Para responder a essas perguntas existem alguns testes padrões do API para medir algumas propriedades da pasta de cimento. Esses procedimentos são utilizados ou adequados pelas companhias de petróleo. Perfuração 4 – Testes de cimentação Dados básicos para teste de laboratório e definição da pasta: Geometria do poço: Correta configuração do espaço anular; Dados sobre formações a serem cimentadas: Pressão de poros e pressão de fratura Presença de gás ou sal? Temperatura Fundo do poço; BHST (Bottom Hole Static Temperature); BHCT (Bottom Hole Circulating Temperature); TCCT (Top of Cement´s column Circulating Temperature); Pasta com retardadores deve-se assegurar TCCT>BHCT Perfuração 4 – Testes de cimentação Preparação da pasta Equipamento: Waring Blender 2 rotações: 4.000 e 1.2000 rpm. Mistura da pasta (em geral, 600 ml). - 4000 rpm por 15 s para adição do cimento e aditivos sólidos misturados ao cimento na água de mistura. - 12000 rpm por 35 s para efetiva mistura. Perfuração 4 – Testes de cimentação Preparação da pasta Conceito de água de mistura (água + aditivos) Aditivos - sólidos - podem ser misturados a seco no cimento ou diretamente na água de mistura - líquidos - sempre misturados na água - ordem de adição é importante - informação fornecida pela Companhia de Serviço. Procedimentos específicos – certos tipos de aditivos: por exemplo, esferas ocas de vidro - quebra acentuada no Waring Blender – simular situações especiais de campo (mesma energia de mistura): ex: pré-mistura da pasta e operações de cimentação através de coiled tubing. Perfuração 4 – Testes de cimentação Testes comumente realizados a)Peso específico (balança pressurizada); b)Tempo de espessamento (Consistômetro atmosférico ou Consistômetro pressurizado); c)Perda de fluido (estático ou em agitação (stirred)); d)Reologia; e)Estabilidade da pasta (Teor de água livre e Teste do tubo decantador (BP test)); f)Resistência à compressão (Convencional (Câmara de Cura, Moldes, etc.) e UCA - Ultrasonic Cement Analyser); Perfuração 4 – Testes de cimentação a) Peso específico da pasta Equipamento: Balança pressurizada A pasta é pressurizada por meio de uma seringa, previamente cheia de pasta, para eliminar a influência de bolhas de ar retidas na amostra. Perfuração 4 – Testes de cimentação b) Tempo de espeçamento Conhecido como o tempo de pega (endurecimento) – intervalo de tempo que a pasta pode ser bombeada, nas condições de pressão e temperatura previstas para o poço. É medida em Bearden (Bc) ou em unidades de consistência (Uc). O término do espessamento é quando a pasta atinge 100 Uc, e, foi definido como tempo de bombeio quando a pasta atingir 50 Uc. Equipamento: a)consistômetro Atmosférico - tempo de espessamento em condições de baixa temperatura (pouco usado) - por exemplo, água profunda e revestimento condutor/superfície. Grande uso no processo de homogeneização da pasta para testes de perda de fluido, reologia, água livre, etc. Perfuração 4 – Testes de cimentação b)Tempo de espeçamento(2) Equipamento b)Consistômetro Pressurizado Copo rotativo (150 rpm) com pá estacionária: mede torque (consistência) exercido na pá, a partir da deformação da mola ligada à mesma. Tmax=400°F/Pmax=25.000 psi. Schedule: programação de P e T a que a pasta é submetida até o seu posicionamento final. Perfuração 4 – Testes de cimentação b)Tempo de espeçamento(3) Curva consistométrica típica. O comportamento ideal da pasta de cimento deve ser uma consistência inicial entre 10 e 30 Uc, permanecendo abaixo de 40 Uc por 75% do tempo do teste, com crescimento agudo ao final. A tangente à curva deve ser praticamente vertical quando ao curva atinge a consistência de 100 Uc. Perfuração 4 – Testes de cimentação c) Perda de fluído estático– BTAP O teste de filtrado mede a desidratação da pasta no fundo do poço. A pasta passa pelo consistômetro pressurizado – Schedule P e T pré-definido. Em seguida, ela é transferida para o filtro-prensa onde registra-se a perda de fluidos em 30 min. Tempos inferiores a 30 min pode extrapolar a perda de fluido pela expressão Q30 = (5,447xQt)/(t)½, e tmax=180°F. Filtro –prensa P=1000 psi Peneira 325 mesh sob 60 mesh Perfuração 4 – Testes de cimentação c) Perda de fluído estático – ATAP FILTRO-PRENSA HTHP DP = 1000 psi 1300 psi no topo 300 psi na base (condensador) Tmax= 400 °F CÉLULA PARA MEDIÇÃO DO FILTRADO API DESMONTADA Perfuração 4 – Testes de cimentação d) Relogia Consiste na obtenção das leituras em viscosímetros Fann a partir das quais é feito o estudo do regime de fluxo e do modelo reológico a adotar p/o deslocamento. O viscosímetro é igual ao utilizado em fluidos e mede a tensão de cisalhamento em presença de diversas taxas de deformação em rotações selecionadas (600, 300, 200, 100, 6 e 3 rpm). Fluido de Bingham: VP, LE Potência: n’ e K’ Gi e Gf. Perfuração 4 – Testes de cimentação e)Estabilidade da pasta Problema crítico em poços inclinados - isolamento deficiente e migração de gás. Em proveta de 250 ml, estática, mede-se o teor de água sobrenadante após 2 horas no topo da proveta. Existem provetas inclinada (até 45°) p/uso em poços direcionais. Testes à temperatura ambiente ou Tmax = 180 ºF (banho térmico). O teor de água livre é limitado pelo API em 3,5 ml, o que equivale a uma porcentagem de 1,4% de água, em relação ao peso do cimento. Proveta de 250 ml para medir o teor de água livre Perfuração 4 – Testes de cimentação e)Estabilidade da pasta Teste do tubo decantador - BP test. GRAU DE SEDIMENTAÇÃO. Tubo de 8” de comprimento por 1” de diâmetro. Após pega da pasta, são medidos: a)rebaixamento do topo; b) diferença do peso entre o topo e a base D a amostra. Cilindro de Cobre Bipartido para Teste de Sedimentação Perfuração 4 – Testes de cimentação f)Resistência a compressão Mede o esforço necessário para romper corpos de prova nas condições de fundo do poço. Os corpos moldados em câmara de cura. A cura à pressão atmosférica - banho térmico - Tmax = 150 °F. Schedule - Câmara de cura - Pmax = 3000 psi e Tmax= 400°F. Após cura, a amostra vai p/banho de resfriamento. MOLDE CUBO 2” Perfuração 4 – Testes de cimentação f)Resistência a compressão Aplica carga uniaxial com velocidade controlada até romper e calcula-se então a resistência do corpo-de-prova com base na área real da amostra. Os testes são realizados a tempos padronizados 8, 24, 48 e 72 horas. A resistência à compressão mínima a 8 horas de cura varia de 300 a 1500 psi para o cimento classe G, a depender da natureza da operação. Prensa hidráulica Perfuração 4 – Testes de cimentação f) Resistência a compressão teste UCA Teste não destrutivo, que interpreta o crescimento da resistência à compressão através de atenuação sonora, pela emissão de ondas de ultra-som e análise de sua recepção. Mede o tempo de trânsito de onda ultra-sônica (freqüência alta - VHF) através da pasta em condições simuladas de T e P. Resistência ao longo do tempo - não é um ensaio pontual. UCA – Ultrasonic Cement Analyser Perfuração CIMENTAÇÃO 1. Tipos de cimentação 2. O cimento 3. Aditivos para cimentação 4. Testes de laboratório 5. Equipamentos de cimentação 6. Acessórios de cimentação 7. Cálculos de sistemas de pastas 8. A operação de cimentação Perfuração Acessórios de cimentação Sapata Guia:colocada na extremidade inferior objetiva facilitar a decida do revestimento pelas paredes do poço. Perfuração Acessórios de cimentação Colar de cimentação: redução de diâmetro para o primeiro tampão topar e com pressão romper. O segundo tampão também topará mas não rompe. Perfuração Acessórios de cimentação Tampão ou Plug de topo e de fundo: separam a pasta de cimento do fluido do poço e do colchão de lavagem. Perfuração Acessórios de cimentação Centralizadores: para permitir que o cimento envolva todo o revestimento. Perfuração Acessórios de cimentação Arranhador: para soltar o reboco das paredes do poço. Por reciprocação Perfuração Acessórios de cimentação Colar de estágio: para permitir cimentação em duas etapas. Perfuração Acessórios de cimentação Colar de estágio: para permitir cimentação em duas etapas. Longo intervalo a ser cimentado -cimentação em ETAPAS Economia global da operação (pasta de cimento + tempo de sonda + …); Problemas de fratura da formação - diminuir hidrostática exercida pela pasta de cimento. Perfuração CIMENTAÇÃO 1. Tipos de cimentação 2. O cimento 3. Aditivos para cimentação 4. Testes de laboratório 5. Equipamentos de cimentação 6. Acessórios de cimentação 7. Cálculos de sistemas de pastas 8. A operação de cimentação Perfuração 7. Cálculos de sistemas de pastas - volume •Capacidade - poço aberto (D), revestimento (ID), etc. bbl/m = 0,0031871 D2 pe3/m = 0,0178942 D2 • Capacidade anular - poço aberto vs. revestimento (OD), etc. bbl/m = 0,0031871 (D2-OD2) pe3/m = 0,0178942 (D2-OD2) • Volume da pasta de cimento. – Pasta 1 e Pasta 2. – volume anular - topo do cimento, profundidade da sapata, diâmetro do poço (caliper, excesso) e diâmetro externo do revestimento. – volume interno sapata-colar: distância sapata-colar e ID do revestimento. Perfuração 7. Cálculos de sistemas de pastas – volume Pasta de Cimento - Definições básicas • Concentração de aditivos – sólidos: expresso em %BWOC (by weight of cement), isto é, em relação ao peso do cimento. Exceção : NaCl - %BWOW (by weight of water). •Misturados a seco (por exemplo, sílica). •Misturados na água de mistura (maioria dos aditivos) – líquido: expresso em galões por pe3 de cimento (gpc). • Rendimento da pasta de cimento: Volume da pasta produzido por volume de cimento. Expresso em pe3 de pasta/pe3 de cimento. Perfuração 7. Cálculos de sistemas de pastas – volume Peso da pasta de cimento: Relação entre peso e volume da pasta. Expresso em lb/gal. Fator água-cimento: Relação, em peso, entre a água doce e /ou do mar e o cimento. É expresso em percentual. Fator água de mistura: Ou simplesmente água de mistura. É o volume total de água doce e/ou do mar e os demais aditivos nelas dissolvidos e/ou dispersos por cada pé cúbico de cimento, expresso em galões por pé cúbico de cimento(gpc). Perfuração 7. Cálculos de sistemas de pastas Perfuração 7. Cálculos de sistemas de pastas Sequência para resolver problemas 1. Determinar o volume de pasta 1.1. Pasta 1 e Pasta 2? 1.2. Volume anular: topo do cimento, prof. Sapata, OD do poço; 1.3. Volume interno: distância sapata-colar e ID do revestimento; 2.0. Concentração de aditivos 2.1 sólidos: expressos em % de peso de cimento, exceto NaCl que é em % de peso de água. Misturados a seco (alguns = sílica). Misturados na água (maioria) Líquidos: em galões por pe3 de cimento (gpc). 2.2 Rendimento da pasta. Pé3 de pasta /pe3 de cimento. Perfuração 7. Cálculos de sistemas de pastas Sequência para resolver problemas 3.0 Peso da pasta de cimento. Lb/gal 4.0 Fator água cimento % 5.0 Fator de mistura É o volume total de água e os demais aditivos nele incluído por cada pé3 de cimento 6 – Volume total de materiais É a quantidade de materiais de uma determinada pasta Perfuração Propriedades físicas dos materiais de alguns aditivos Material Peso /saco (lbm/cu ft) densidade Volume absoluto (gal/lb) cimento 94 3,14 0,0382 Baritina 135 4,23 0,0284 Bentonita 60 2,65 0,0453 HALAD - 9 37,2 1,22 0,0131 NaCl 71 2,17 0,0553 Água 62,4 1,00 0,1200 areia 100 2,63 0,0456 sílica 70 2,63 0,0456 DO80LB 0,1017 A-3LB 0,8480 Diesel n°1 51,1 0,82 0,1457 Hematita 193 5,02 0,0239 Terras diatomacias 16,7 2,10 0,0572 Perfuração 7. Cálculos de sistemas de pastas Exercício n°4 Determinar as propriedades da pasta (rendimento, fator água cimento, fator água mistura/cimento) e as quantidades dos produtos utilizados na fabricação de 50 pés3 de pasta de 15,9 lb/gal, usando os seguintes aditivos: Dados: Água doce e agua do mar na mesma quantidade cada 0,1 gpc de D080LB 0,1 gpc de A-3LB 2% de cloreto de sódio 0,3 % de HALAD 35% de sílica Perfuração 7. Cálculos de sistemas de pastas Exercício n°4 Calculo para um saco de cimento de 94 lb : Produto Peso ( lb) Vol absoluto (gal/lb) Volume (gal) cimento 94 Água V % A Água do mar X % A DO80BL 0,1 gpc 0,1000 A -3LB 0,1 gpc 0,1000 NaCl 2% 0,02 A + 0,02 A HALAD 0,3 % 0,3 % x 94 = 0,2820 Silica 35 % 35 % x 94 = 32,9 somatório Perfuração 7. Cálculos de sistemas de pastas Exercício n°4 Cálculo para um saco de cimento de 94 lb Vol.abs. Ex:p/cimento: 94(lb)/(3,14x8,33(lb/gal))/94(lb) =0,0382 Produto 1 -Peso ( lb) 2 - Vol absoluto (gal/lb) 3=1x2 Volume (gal) cimento 94 0,0382 3,5908 Água V % A 0,1200 0,1200A Água do mar X % A 0,1176 0,1176A DO80BL 0,1 gpc 0,1 / 0,1017 = 0,9833 0,1017 0,1000 A -3LB 0,1 gpc 0,1 / 0,0848= 1,1792 0,0848 0,1000 NaCl 2% 0,02 A +0,02 A 0,0553 0,0011A HALAD 0,3 % 0,3 % x 94 = 0,2820 0,0975 0,0275 Silica 35 % 35 % x 94 = 32,9 0,0453 1,4904 somatório gal lb Perfuração 7. Cálculos de sistemas de pastas Exercício n°4 Cálculo para um saco de cimento de 94 lb p = 129,34 + 2,04 A v = 5,3087+0,2387 A A=26,43 lb Produto 1 - Peso ( lb) 2 - Vol absoluto (gal/lb) 3=1x2 Volume (gal) cimento 94 0,0382 3,5908 Água V % A 0,1200 0,1200A Água do mar X % A 0,1176 0,1176A DO80BL 0,1 gpc 0,9833 0,1017 0,1000 A -3LB 0,1 gpc 1,1792 0,0848 0,1000 NaCl 2% 0,02 A + 0,02 A 0,0553 0,0011A HALAD 0,3 % 0,2820 0,0975 0,0275 Silica 35 % 32,9 0,0453 1,4904 somatório p v p/v=15,9 lb/gal Perfuração 7. Cálculos de sistemas de pastas Exercício n°4 ρ=180,5111/11,355= 15,9 (conferido) Fator água cimento FA/C = (26,43+26,43)/94= 56,23% Rend=11,355(gal)/7,4805(gal/pe3)=1,51 pe3pasta/pe3 de cimento A de mistura= 26,43x2+0,9833+1,1792+0,5066+0,2820=55,81 (lb) Fator A de mistura por cimento = 55,81(lb)/94(lb) = 59% Produto 1 -Peso ( lb) 2 - Vol absoluto (gal/lb) 3=1x2 Volume (gal) cimento 94 0,0382 3,5908 Água V % 25,33 0,1200 3,0396 Água do mar X % 25,33 0,1176 2,978 DO80BL 0,1 gpc 0,9833 0,1017 0,1000 A -3LB 0,1 gpc 1,1792 0,0848 0,1000 NaCl 2% 0,5066 0,0553 0,0280 HALAD 0,3 % 0,2820 0,0975 0,0275 Silica 35 % 32,9 0,0453 1,4904 somatório 180,5111 11,355 Perfuração 7. Cálculos de sistemas de pastas Exercício n°4 - Os volumes calculados foram com base em 1 saco de cimento e quanto de pasta rende. Rendimento = 1,51 pés3 de pasta. Para 50 pés3 de pasta, teremos: 50/1,51= 33,11. Todos os produtos devem ser multiplicados por 33,11, para se encontrar a quantidade utilizada. 1 2 3 4 5=2 x 4 6 = 3 x 4 Produto Peso ( lb) Volume (gal) fator Peso de produto p/50 pés3 de pasta Vol. Prod. em gal p/50 pés3 de pasta cimento 94 3,5908 33,11 3112,34 118,89 Água 25,33 3,0396 33,11 838,67 100,55 Ág. do mar 25,332,978 33,11 838,67 98,60 DO80BL 0,9833 0,1000 33,11 32,55 3,31 A -3LB 1,1792 0,1000 33,11 39,04 3,31 NaCl 0,5066 0,0280 33,11 16,77 0,93 HALAD 0,2820 0,0275 33,11 9,33 0,91 Silica 32,9 1,4904 33,11 1089,31 49,34 somatório 180,5111 11,355 5.976,58 (lb) 375,84 (gal) Perfuração 7. Cálculos de sistemas de pastas Exercício n°5. O poço esta no diâmetro de 17 ½” e na profundidade de 810 m. O Revestimento anterior é OD=20” e ID=19”. Profundidade da sapata do revestimento de superfície é de 150 m. Revestimento a ser cimentado é o 13 3/8”, 68 lb/ft, ID= 12,415”, sapata =800 m e colar =780 m. Pasta 1 -> 2 % de bentonita, peso da pasta = 13,2 lb/gal com excesso de 30% e topo = 100 m. Pasta 2 -> pasta pura, 15,8 lb/gal, topo =700 m Vazão de deslocamento= 5 bpm Peso da lama no poço 9 lb/gal. Colchão frontal com 30 bbl de água com peso de 8,33 lb/gal Perfuração 7. Cálculos de sistemas de pastas Exercício n°5: pede-se: 1) fazer o desenho do poço com as pastas 1 e 2 colocadas sem excesso. 2) Calcular o volume das pastas 1 e 2. 3) Volume de água doce das pastas 1 e 2 4) Quantidade de bentonita (lb) 5) Volume de deslocamento (bbl) (é quanto bombeia-se de fluido de perfuração para o tampão de topo parar no colar) 6) Pressão aproximada do anular no fundo do poço quando o colchão chega na sapata. 7) Pressão aproximada do anular no fundo do poço quando pasta 2 chega na sapata. 8) Pressão aproximada do anular no fundo do poço no momento de término da cimentação. 9) Qual o tempo de bombeio da cimentação, mantendo-se 5 bpm? Perfuração 7. Cálculos de sistemas de pastas Exercício n°5. 1) fazer o desenho do poço com as pastas 1 e 2 colocadas sem excesso. Pasta 2 Pasta 1 100 m 810 m 10 m 20 m (780) 80 m (700) 50 m 550 m Perfuração 1.Tipos de cimentação 2. O cimento 3. Aditivos para cimentação 4. Testes de laboratório 5. Equipamentos de cimentação 6. Acessórios de cimentação 7. Cálculos de sistemas de pastas 8. A operação de cimentação Perfuração 8. A operação de cimentação São usuais as seguintes operações com cimento: a) Execução de tampão balanceado; b) Cimentação do revestimento em único estágio; c) Cimentação do revestimento em dois estágios; d) Cimentação sobre bridge plug (o brigde plug é um tampão que se assemelha a um packer, pois tem borracha e garras, mas se difere deste por impedir após assentado a comunicação com a parte do poço abaixo dele. Para ser removido necessita ser cortado com broca); e) Squeezer (ver início da aula). f) Tampão de desvio sobre peixe (visto em perfuração direcional) Perfuração Operação de cimentação – tampão balanceado Na execução do tampão balanceado o peso de cimento deve ficar igual no interior do tubo ao peso do anular. Atingida essa condição a coluna é removida lentamente de dentro da pasta antes da pega. Perfuração Operação de cimentação – revestimento em um estágio A cimentação de um revestimento parte desde a cabeça, bombeando-se o cimento pela linha central. O tampão de fundo sendo empurrado pelo cimento se desloca até o colar flutuante. No final da massa de cimento desce com o tampão de topo. O tampão de fundo ao atingir o colar flutuante para. A pressão é elevada até romper-se, deixando o cimento passar e o tampão de topo para no colocar flutuante. Perfuração Operação de cimentação – revestimento em um estágio A fig. mostra como se faz a cimentação em um estágio com colchão na frente da pasta de cimento. O tampão de topo é de material mais resistente que o tampão de fundo, e por isso não se rompe ao chegar ao colar flutuante. Perfuração Operação de cimentação – revestimento em dois estágio A fig. Mostra como se faz a cimentação de dois estágios de um revestimento. O primeiro estágio é semelhante a operação do slide anterior. Mas acima do topo do cimento do primeiro fica o colar de estágio com camisa deslizante. Essa camisa é aberta para o fluido circular e também o cimento com chegar a esse local. Perfuração Operação de cimentação – revestimento em dois estágio Perfuração Operação de cimentação – de liner. Perfuração Operação de cimentação sobre o brigde plug. Visa garantir que o poço esta tamponado abaixo do Brigde Plug. O Bridge Plug ao ser assentado já impede a comunicação com a parte do poço abaixo dele. A cimentação de um tampão acima do Brigde Plug pode ser por caçamba a cabo que leva o cimento e abre sobre o Brigde Plug ou por coluna, deixando um tampão sobre o Brigde Plug. Com caçamba são efetuadas várias descidas, pois o volume da caçamba é pequeno. Isso garante que no caso do Bridge Plug vier a falhar com o tempo por corrosão ou dano nas borrachas, o poço continuará tamponado pelo cimento. Perfuração CIMENTAÇÃO 1 Tipos de cimentação 2. O cimento 3. Aditivos para cimentação 4. Testes de laboratório 5. Equipamentos de cimentação 6. Acessórios de cimentação 7. Cálculos de sistemas de pastas 8. A operação de cimentação . Perfuração Cimentação - primária : Objetivo Preencher o espaço entre o revestimento e a parede do poço logo após a descida do revestimento. Funções Prover o isolamento hidráulico entre as diferentes zonas permeáveis; Suportar a coluna de revestimento; Proteger o revestimento contra fluidos agressivos. Perfuração Cimentação-primária Envolve: Determinar que parte do poço aberto precisa ser cimentado; Seleção do tipo de cimento; Seleção dos equipamentos de cimentação; Determinação da necessidade de colchões espaçadores; Calcular o volume do cimento e dos colchões; Determinar os procedimentos de deslocamento dos fluidos (remoção da lama). Perfuração Cimentação-secundária. Definição:operações emergenciais de cimentação que visam permitir a continuidade das operações. Tipos : Recimentação ou squeeze: destina-se a corrigir a cimentação primária, quando há necessidade. Tampões: para abandono do poço ou para isolamento de zonas inferiores, algumas vezes durante a perfuração pode ser usada no combate de perda de circulação. Coluna de DP +pacher squeeze Perfuração CIMENTAÇÃO 1 Tipos de cimentação 2. O cimento 3. Aditivos para cimentação 4. Testes de laboratório 5. Equipamentos de cimentação 6. Acessórios de cimentação 7. Cálculos de sistemas de pastas 8. A operação de cimentação . Perfuração 2 – Cimento: classificação do cimento Portland por classes, segundo API. As classes mais comuns no Brasil são A e G. Classe Água de mistura (gal/pe) Peso da pasta (lb/gal) Profundidade (pés) BHST- Tempe- ratura (F°) Obs. A 5,2 15,6 0 – 6000 80 – 170 B 5,2 15,6 0 – 6000 80 - 170 Alta resistência à sulfetos C 6,3 14,8 0 - 6000 80 - 170 idem D 4,3 16,4 6000-10000 170 - 260 Moderada resistência à sulfetos E 4,3 16,4 10000-14000 170 - 290 Idem B F 4,5 16,2 10000-16000 230 - 320 Idem D G 5,0 15,8 0 - 8000 80 - 200 Idem D H 4,3 16,4 0 - 80000 80 - 200 Idem D Perfuração 2 - Cimento: Cimento Portland, classe G Definição conforme descrito na norma NBR-9831 da ABNT, de julho de 1993, qual seja: Aglomerante hidráulico obtido pela moagem de clínquer Portland, constituído em sua maior parte por silicatos de cálcio hidráulicos e que apresenta características especiais para uso em poços de petróleo até a profundidade de 2440 m, assim como produzido. A única adição permitida durante a moagem nestes dois tipos de cimento (A e G) é a de gesso. Perfuração 2 – Cimento: fabricação do cimento Matérias-primas. Calcário + argila + (pequena quantidade de ferro e alumínio) 1. Dosagem - Ensaios químicos; 2. Britador primário + moinho de bolas - Pulverização e homogeneização domaterial – “farinha”; 3. Silos homogeneizadores – Correção da composição e granulométrica da “farinha”. Perfuração 2 – Cimento: fabricação de cimento: Matéria prima => farinha 4. Forno rotativo inclinado (até 1500ºC)– tratamento térmico da farinha – “clínquer”: “Clínquer” – Material pelotizado de granulação variável resultante do tratamento térmico da farinha. Perfuração 2 – Cimento: “clinquer” C3S - Alita - 3CaO.SiO2 - hidratação rápida - resistência inicial – (45- 70% concentração). C2S - Belita - 2CaO.SiO2 - hidratação lenta - resistência final – até (10-35% concentração). C3A - Celita - 3CaO.Al2O3 – hidratação rápida – maior calor de hidratação – até 15% C4AF - Ferrita - 4CaO.Al2O3. Fe2O3 - pouca influência na resistência mecânica – resistência à corrosão. Perfuração 2 – Cimento: fabricação de cimento: Matéria prima => Clínquer 5. Moagem com adição de gesso (3 a 5%) – o gesso (gipsita) serve para impedir a hidratação descontrolada do C3A que causaria a “falsa pega”; 6. Pulverização; 7. Armazenagem. Perfuração 2 – Cimento – Hidratação do cimento Portland Hidratação dos Silicatos 2C3S + 6H => C3S2H3 + 3CH 2C2S + 4H => C3S2H3 + CH C3S2H3 : “gel C–S–H” ou gel de tobermorita – principal aglomerante do cimento endurecido. Taxa de hidratação do C3S é rápida e forma grande quantidade de gel C-S-H => início da pega e resistência compressiva inicial. Perfuração 2 – Cimento – Hidratação do cimento Portland Hidratação dos Aluminatos Apesar da menor quantidade, influencia a reologia da pasta e resistência inicial do cimento endurecido. Hidratação dos Aluminatos não forma gel “protetor”=> hidratação seguiria incontrolada. Controle da hidratação: adição de gesso (3% a 5%) ao Clínquer. Gesso + C3A => mineral etringita precipita na superfície do C3A retardando a hidratação. Perfuração 2 – Cimento – Hidratação do cimento Portland (3) Perfuração 2 – Cimento – Dados relativos a um saco de cimento Propriedades Saco Brasileiro Saco Americano PESO 50 Kg 94 lb VOLUME 33,1 dmᶟ 1 péᶟ VOLUME DE SÓLIDOS (Absolute volume) 15,92 dmᶟ 0,48 peᶟ MASSA ESPECIFICA (absolute density) 3,14 kg/dmᶟ 195,83 lb/pé DENSIDADE RELATIVA (Specific Gravity) 3,14 3,14 Perfuração CIMENTAÇÃO 1 Tipos de cimentação 2. O cimento 3. Aditivos para cimentação 4. Testes de laboratório 5. Equipamentos de cimentação 6. Acessórios de cimentação 7. Cálculos de sistemas de pastas 8. A operação de cimentação . Perfuração 3 - Aditivos para cimentação Denomina-se “aditivos” os produtos e compostos químicos adicionados à pasta de cimento visando sua adequação ao uso previsto; Os aditivos para cimentação podem ser fornecidos em pó ou líquido; Quando em pó sua dosagem é sempre dada em percentagem do peso do cimento – à exceção do sal, cuja dosagem é dada em percentagem do peso da água - enquanto os líquidos são dosados por volume, usualmente em galões/péᶟ ou gpc (galão por pé cúbico), que significa galões de aditivo por péᶟ de cimento. Perfuração 3 – Aditivos para cimentação Principais classes de aditivos: Aceleradores; Retardadores; Estendedores - aditivos de baixo peso. Adensantes; Dispersantes; Redutores de filtrado; Aditivos especiais:materiais de combate a perda de circulação; anti-retrogressão da resistência compressiva e anti-migração de gás. Perfuração 3 – Aditivos - Aceleradores Objetivos: a) aumentar o desenvolvimento de resistência compressiva inicial. b) reduzir o tempo de espessamento; Aditivos: •CaCl2 - mais comum (2 – 4% ); • NaCl – (1-10%) ou (20-25%) acelerador – pode agir como retardador; • Água do mar - pequeno efeito. Recomendações quanto a resistência compressiva: - para suportar o revestimento e isolar zonas: 100 psi; - reiniciar a perfuração: 500 psi; - canhoneio: 500 - 2000 psi; - tampão de desvio: 2500 psi; Perfuração 3 – Aditivos – Retardadores Objetivo: retardar o tempo de espessamento (endurecimento) para permitir o correto posicionamento da pasta de cimento; Aditivos: • Lignossulfonatos e açúcares; • Lignito - mais comum e efetivo; • Salmoura de NaCl saturada; • CMHEC - carbometil hidroxi-etil celulose - retardador e controlador de filtrado. Perfuração 3 – Aditivos - Estendedores Objetivo: reduzir a densidade/aumentar rendimento da pasta de cimento. •Em zonas de baixo gradiente de fratura; •Evitar dano à formação (+ adequado controle de filtrado); •Obter economia (pasta de alto rendimento); Para o cimento classe G - pasta pura - 15,8 lb/gal - Solução: aumentar a proporção de água – problema de água livre, decantação (sólidos suspensos) e diminuição da resistência da pasta. Solução definitiva: aditivos que “absorvam” água. Perfuração 3 – Aditivos – Estendedores Bentonita - mais comum e econômico - pasta de “enchimento”; Silicatos - bastante eficientes - requerem bastante água de mistura. Tende a reduzir o efeito de retardadores e controladores de filtrado; Perlita - material vulcânico de baixo peso - material poroso que absorve bastante água - problemas de quebra e aumento do peso em condições de fundo de poço; Microesferas ocas - baixo peso específico - problemas de quebra e aumento do peso em condições de fundo de poço. N2 - pastas espumadas - parâmetro importante: QUALIDADE DA ESPUMA (peso da pasta) é variável em função da pressão ao longo do poço. Problemas com a permeabilidade da pasta. Perfuração 3 – Aditivos – Estendedores (3) Exercício n°1: pasta de cimento classe A. Determinar o volume de água e rendimento da pasta para um saco de 94 lb. Qual a densidade da pasta obtida? Dados: API: 46% fator água de mistura (classe A). Densidade do cimento: 3.14 Massa de água = 46% x 94 lb = 43;24 lb => em galão, temos: Volume de água = 43,24 (lb) /8,33 (lb/gal) = 5,20 gal. Perfuração 3 – Aditivos - Estendedores (4) Exercício n°1: Rendimento da Pasta => R = Vpasta (péᶟ)/ (péᶟ de cimento) V cimento = 94 (lb)/(3,14 x 8,33 (lb/gal)) ~ 3,6 gal. Rendimento da Pasta => R = Vpasta (péᶟ)/ (péᶟ de cimento) R = (3,6 + 5,2)(gal)/ (péᶟ de cimento) R = 8,8 gal / péᶟ de cimento R = 1,17 péᶟ de pasta / péᶟ de cimento. Densidade da pasta (ρ pasta = Mpasta(lb) / Vpasta(gal)) ρ pasta = (94 (lb)+ (5,2(gal) x 8,33(lb/gal))) / 8,8(gaL) ρ pasta = 15,6 lb/gal. Perfuração 3 – Aditivos - Estendedores (5) Exercício n°2: Pasta de cimento classe A + 3% bentonita. Determinar volume de água e rendimento da pasta para um saco de 94 lb. Qual a densidade da pasta obtida? Dados: -API: 46% fator água de mistura (classe A) + 5,3% para cada 1% de bentonita -Densidade da bentonita: 2,65 -Densidade do cimento: 3,14 Porcentagem de água = 46% + 3 x 5,3% = 61,9% => 0,619 Perfuração 3 – Aditivos - Estendedores (6) Exercício n° 2: Volume de Água 0,619% x 94 lb = 58,186 lb Volume de água = 58,186 lb / (8,33 lb/gal) = 6,98 ~ 7 gal Rendimento da Pasta (R = Vpasta / péᶟ de cimento) Volume de cimento = 94 lb / (3,14 x 8,33) ~ 3,6 gal Volume de bentonita = 0,03 x 94 lb / (2,65 x* 8,33) ~ 0,13 gal Volume da água ~ 7 gal. Perfuração 3 – Aditivos - Estendedores (7) Exercício n°2 Rendimento (R = Vpasta / péᶟ de cimento) R = (3,6 (gal) + 0,13 (gal) +7(gal) ) / pé3 de cimento R = 10,73 gal / pé3 de cimento R = 1,43 pé3 de pasta / pé3 de cimento. Densidade da pasta (ρpasta = M pasta(lb) / Vpasta(gal)) ρ = (94 (lb)+ 0,03 x 94(lb) + (7(gal) x8,33(lb/gal))/10,73(gal) ρ = 14,5 lb/gal. Perfuração 3 – Aditivos - Dispersantes: Objetivo: visa: a) reduzir a viscosidade da pasta (permite o afinamento da mesma) e propiciar melhor vazão de deslocamento (aumento da eficiência de deslocamento); b) Fluxo turbulento em menores vazões de deslocamento; c) Controleda reologia na superfície e à BHCT. Aditivos: - Diversos polímeros; - Maioria dos retardadores e aditivos controladores de filtrado; - Sal de polinaftaleno sulfonato de sódio (PNS). Perfuração 3 – Aditivos - Controladores de filtrado: Objetivo: dos redutores/controladores de filtrado é aumentar a viscosidade da fase líquida da pasta e reduzir a permeabilidade do reboco da pasta O que deseja-se evitar: a perda de fluido da pasta para zonas permeáveis adjacentes que causa: a) Dano à formação; b)Desidratação da pasta e perda de propriedades no deslocamento. Aditivos: geralmente são polímeros, ex.: celulose, álcool polivinílico. Perfuração 3 – Aditivos - Adensantes: Objetivo: aumentar o peso da pasta para controle da pressão de poros da formação. Peso máximo = 20 lb/gal (sérios problemas de reologia, decantação, mistura na superfície, etc.). Alta resistência à compressão devido baixa quantidade de água. Aditivos: - Hematita - densidade = 5,1; - Baritina - Mais comum - densidade = 4,2. Problema: necessita água de mistura - menor peso que pastas com hematita; - Pastas salinas - aumento de até 1 lb/gal. Perfuração 3 – Aditivos – Adensantes (2) Exercício n° 3: Pasta de cimento classe G + baritina. Deseja-se ρpasta = 17,5 lb/gal. Determinar massa de baritina para misturar a um saco de 94 lb. Dados: API: 44% fator água de mistura (classe G) + 2,4 gal/saco de 100 lb de baritina. Densidade da baritina = 4.2 Perfuração 3 – Aditivos - Adensantes: Exercício n°3 Deseja-se: ρpasta = 17,5 lb/gal e o “ρ” da pasta = M pasta / V pasta. Vamos representar “m” como lb de baritina por saco de cimento. Água = 44% x 94 lb = 41,36 lb 41,36/8,33 = 4,96 gal Mpasta=94(lb)+m(lb)+8,33(lb/gal)x(4,96(gal)+0,024(gal)m)=1,2m+135,32 Vpasta=((94(lb)/(3,14x 8,33(lb)/(gal))+(m/(4,2 x 8,33(lb)/(gal)))+(4,96 (gal)+0,024m))= V pasta = (8,56 + m/35+ 0,024m) gal ρ x Volume = massa 17,5 (lb)/(gal)x (8,56 + m/35+ 0,024m)(gal) = (1,2m + 135,32) (lb) 14,28 + 0,5 m + 0,42 m = 1,2 m m=51 (lb) por saco de 94 (lb) de cimento Perfuração 3 – Aditivos para a cimentação Aditivos Especiais Objeto: selar as zonas de perda tais como zonas inconsolidadas e fraturas com material dependente do tipo da perda; Aditivos: materiais de combate a perda semelhante aos utilizados em fluidos de perfuração - preenchimento do espaço poroso como: Casca de nozes, perlita, materiais fibrosos (polímeros inertes como nylon) e floculados (celofane e similares). - “Pasta tixotrópica” - desenvolvimento de alto gel em condições estáticas por um curto período de tempo; -“Pastas leves” - combate - prevenção ou diminuir problema. Perfuração 3 – Aditivos para a cimentação Aditivos Especiais – Agente anti-retrogressão Tendência da perda gradual de resistência da pasta curada em temperaturas (BHST) > 230 °F. Aumento da permeabilidade da pasta curada; Formação de fases instáveis do cimento - Silicato de cálcio hidratado - Alfa silicato dicálcio hidratado Adição de Sílica - 30 - 40% - Usual: 35% para formação de fases estáveis do cimento. - Tobermotita - Truscottlita - Xonolita Perfuração 3 – Aditivos para a cimentação Aditivos Especiais – Agentes Anti-migração de gás Causa 1 => migração pode ser causada por canalização dentro da pasta devido a má remoção da lama ou sedimentação (instabilidade da pasta). Causa 2 =>Indução de fluxo de gás por desequilíbrio hidrostático. Filtrado alto; Redução da hidrostática do cimento durante a hidratação. Redução da hidrostática do cimento durante gelificação (SGS – Static Gel Strength). Solução => aditivos para diminuir a permeabilidade da matriz da pasta (látex) durante gelificação e redutores de filtrado. Perfuração CIMENTAÇÃO 1. Tipos de cimentação 2. O cimento 3. Aditivos para cimentação 4. Testes de laboratório 5. Equipamentos de cimentação 6. Cálculos de sistemas de pastas 7. A operação de cimentação Perfuração 4 – Testes de cimentação Sempre que se realiza uma operação de cimentação, há certas perguntas que são necessárias antes de iniciar o trabalho: A pasta de cimento permanecerá fluida pelo tempo necessário para colocá-la na posição correta? O cimento alcançará uma resistência compressível adequada em um tempo razoável? A pasta de cimento é compatível com a lama presente no poço? A operação causará dano à formação produtora? Para responder a essas perguntas existem alguns testes padrões do API para medir algumas propriedades da pasta de cimento. Esses procedimentos são utilizados ou adequados pelas companhias de petróleo. Perfuração 4 – Testes de cimentação Dados básicos para teste de laboratório e definição da pasta: Geometria do poço: Correta configuração do espaço anular; Dados sobre formações a serem cimentadas: Pressão de poros e pressão de fratura Presença de gás ou sal? Temperatura Fundo do poço; BHST (Bottom Hole Static Temperature); BHCT (Bottom Hole Circulating Temperature); TCCT (Top of Cement´s column Circulating Temperature); Pasta com retardadores deve-se assegurar TCCT>BHCT Perfuração 4 – Testes de cimentação Preparação da pasta Equipamento: Waring Blender 2 rotações: 4.000 e 1.2000 rpm. Mistura da pasta (em geral, 600 ml). - 4000 rpm por 15 s para adição do cimento e aditivos sólidos misturados ao cimento na água de mistura. - 12000 rpm por 35 s para efetiva mistura. Perfuração 4 – Testes de cimentação Preparação da pasta Conceito de água de mistura (água + aditivos) Aditivos - sólidos - podem ser misturados a seco no cimento ou diretamente na água de mistura - líquidos - sempre misturados na água - ordem de adição é importante - informação fornecida pela Companhia de Serviço. Procedimentos específicos – certos tipos de aditivos: por exemplo, esferas ocas de vidro - quebra acentuada no Waring Blender – simular situações especiais de campo (mesma energia de mistura): ex: pré-mistura da pasta e operações de cimentação através de coiled tubing. Perfuração 4 – Testes de cimentação Testes comumente realizados a)Peso específico (balança pressurizada); b)Tempo de espessamento (Consistômetro atmosférico ou Consistômetro pressurizado); c)Perda de fluido (estático ou em agitação (stirred)); d)Reologia; e)Estabilidade da pasta (Teor de água livre e Teste do tubo decantador (BP test)); f)Resistência à compressão (Convencional (Câmara de Cura, Moldes, etc.) e UCA - Ultrasonic Cement Analyser); Perfuração 4 – Testes de cimentação a) Peso específico da pasta Equipamento: Balança pressurizada A pasta é pressurizada por meio de uma seringa, previamente cheia de pasta, para eliminar a influência de bolhas de ar retidas na amostra. Perfuração 4 – Testes de cimentação b) Tempo de espeçamento Conhecido como o tempo de pega (endurecimento) – intervalo de tempo que a pasta pode ser bombeada, nas condições de pressão e temperatura previstas para o poço. É medida em Bearden (Bc) ou em unidades de consistência (Uc). O término do espessamento é quando a pasta atinge 100 Uc, e, foi definido como tempo de bombeio quando a pasta atingir 50 Uc. Equipamento: a)consistômetro Atmosférico - tempo de espessamento em condições de baixa temperatura (pouco usado) - por exemplo, água profunda e revestimento condutor/superfície. Grande uso no processo de homogeneização da pasta para testes de perda de fluido, reologia, água livre, etc. Perfuração 4 – Testes de cimentação b)Tempo de espeçamento(2) Equipamento b)Consistômetro Pressurizado Copo rotativo (150 rpm) com pá estacionária: mede torque (consistência) exercido na pá, a partir da deformação da mola ligada à mesma. Tmax=400°F/Pmax=25.000 psi. Schedule: programação de P e T a que a pasta é submetida até o seuposicionamento final. Perfuração 4 – Testes de cimentação b)Tempo de espeçamento(3) Curva consistométrica típica. O comportamento ideal da pasta de cimento deve ser uma consistência inicial entre 10 e 30 Uc, permanecendo abaixo de 40 Uc por 75% do tempo do teste, com crescimento agudo ao final. A tangente à curva deve ser praticamente vertical quando ao curva atinge a consistência de 100 Uc. Perfuração 4 – Testes de cimentação c) Perda de fluído estático– BTAP O teste de filtrado mede a desidratação da pasta no fundo do poço. A pasta passa pelo consistômetro pressurizado – Schedule P e T pré-definido. Em seguida, ela é transferida para o filtro-prensa onde registra-se a perda de fluidos em 30 min. Tempos inferiores a 30 min pode extrapolar a perda de fluido pela expressão Q30 = (5,447xQt)/(t)½, e tmax=180°F. Filtro –prensa P=1000 psi Peneira 325 mesh sob 60 mesh Perfuração 4 – Testes de cimentação c) Perda de fluído estático – ATAP FILTRO-PRENSA HTHP DP = 1000 psi 1300 psi no topo 300 psi na base (condensador) Tmax= 400 °F CÉLULA PARA MEDIÇÃO DO FILTRADO API DESMONTADA Perfuração 4 – Testes de cimentação d) Relogia Consiste na obtenção das leituras em viscosímetros Fann a partir das quais é feito o estudo do regime de fluxo e do modelo reológico a adotar p/o deslocamento. O viscosímetro é igual ao utilizado em fluidos e mede a tensão de cisalhamento em presença de diversas taxas de deformação em rotações selecionadas (600, 300, 200, 100, 6 e 3 rpm). Fluido de Bingham: VP, LE Potência: n’ e K’ Gi e Gf. Perfuração 4 – Testes de cimentação e)Estabilidade da pasta Problema crítico em poços inclinados - isolamento deficiente e migração de gás. Em proveta de 250 ml, estática, mede-se o teor de água sobrenadante após 2 horas no topo da proveta. Existem provetas inclinada (até 45°) p/uso em poços direcionais. Testes à temperatura ambiente ou Tmax = 180 ºF (banho térmico). O teor de água livre é limitado pelo API em 3,5 ml, o que equivale a uma porcentagem de 1,4% de água, em relação ao peso do cimento. Proveta de 250 ml para medir o teor de água livre Perfuração 4 – Testes de cimentação e)Estabilidade da pasta Teste do tubo decantador - BP test. GRAU DE SEDIMENTAÇÃO. Tubo de 8” de comprimento por 1” de diâmetro. Após pega da pasta, são medidos: a)rebaixamento do topo; b) diferença do peso entre o topo e a base D a amostra. Cilindro de Cobre Bipartido para Teste de Sedimentação Perfuração 4 – Testes de cimentação f)Resistência a compressão Mede o esforço necessário para romper corpos de prova nas condições de fundo do poço. Os corpos moldados em câmara de cura. A cura à pressão atmosférica - banho térmico - Tmax = 150 °F. Schedule - Câmara de cura - Pmax = 3000 psi e Tmax= 400°F. Após cura, a amostra vai p/banho de resfriamento. MOLDE CUBO 2” Perfuração 4 – Testes de cimentação f)Resistência a compressão Aplica carga uniaxial com velocidade controlada até romper e calcula-se então a resistência do corpo-de-prova com base na área real da amostra. Os testes são realizados a tempos padronizados 8, 24, 48 e 72 horas. A resistência à compressão mínima a 8 horas de cura varia de 300 a 1500 psi para o cimento classe G, a depender da natureza da operação. Prensa hidráulica Perfuração 4 – Testes de cimentação f) Resistência a compressão teste UCA Teste não destrutivo, que interpreta o crescimento da resistência à compressão através de atenuação sonora, pela emissão de ondas de ultra-som e análise de sua recepção. Mede o tempo de trânsito de onda ultra-sônica (freqüência alta - VHF) através da pasta em condições simuladas de T e P. Resistência ao longo do tempo - não é um ensaio pontual. UCA – Ultrasonic Cement Analyser Perfuração CIMENTAÇÃO 1. Tipos de cimentação 2. O cimento 3. Aditivos para cimentação 4. Testes de laboratório 5. Equipamentos de cimentação 6. Acessórios de cimentação 7. Cálculos de sistemas de pastas 8. A operação de cimentação Perfuração Acessórios de cimentação Sapata Guia: colocada na extremidade inferior objetiva facilitar a decida do revestimento pelas paredes do poço. Perfuração Acessórios de cimentação Colar de cimentação: redução de diâmetro para o primeiro tampão topar e com pressão romper. O segundo tampão também topará mas não rompe. Perfuração Acessórios de cimentação Tampão ou Plug de topo e de fundo: separam a pasta de cimento do fluido do poço e do colchão de lavagem. Perfuração Acessórios de cimentação Centralizadores: para permitir que o cimento envolva todo o revestimento. Perfuração Acessórios de cimentação Arranhador: para soltar o reboco das paredes do poço. Por reciprocação Perfuração Acessórios de cimentação Colar de estágio: para permitir cimentação em duas etapas. Perfuração Acessórios de cimentação Colar de estágio: para permitir cimentação em duas etapas. Longo intervalo a ser cimentado -cimentação em ETAPAS Economia global da operação (pasta de cimento + tempo de sonda + …); Problemas de fratura da formação - diminuir hidrostática exercida pela pasta de cimento. Perfuração CIMENTAÇÃO 1. Tipos de cimentação 2. O cimento 3. Aditivos para cimentação 4. Testes de laboratório 5. Equipamentos de cimentação 6. Acessórios de cimentação 7. Cálculos de sistemas de pastas 8. A operação de cimentação Perfuração 7. Cálculos de sistemas de pastas - volume •Capacidade - poço aberto (D), revestimento (ID), etc. bbl/m = 0,0031871 D2 pe3/m = 0,0178942 D2 • Capacidade anular - poço aberto vs. revestimento (OD), etc. bbl/m = 0,0031871 (D2-OD2) pe3/m = 0,0178942 (D2-OD2) • Volume da pasta de cimento. – Pasta 1 e Pasta 2. – volume anular - topo do cimento, profundidade da sapata, diâmetro do poço (caliper, excesso) e diâmetro externo do revestimento. – volume interno sapata-colar: distância sapata-colar e ID do revestimento. Perfuração 7. Cálculos de sistemas de pastas – volume Pasta de Cimento - Definições básicas • Concentração de aditivos – sólidos: expresso em %BWOC (by weight of cement), isto é, em relação ao peso do cimento. Exceção : NaCl - %BWOW (by weight of water). •Misturados a seco (por exemplo, sílica). •Misturados na água de mistura (maioria dos aditivos) – líquido: expresso em galões por pe3 de cimento (gpc). • Rendimento da pasta de cimento: Volume da pasta produzido por volume de cimento. Expresso em pe3 de pasta/pe3 de cimento. Perfuração 7. Cálculos de sistemas de pastas – volume Peso da pasta de cimento: Relação entre peso e volume da pasta. Expresso em lb/gal. Fator água-cimento: Relação, em peso, entre a água doce e /ou do mar e o cimento. É expresso em percentual. Fator água de mistura: Ou simplesmente água de mistura. É o volume total de água doce e/ou do mar e os demais aditivos nelas dissolvidos e/ou dispersos por cada pé cúbico de cimento, expresso em galões por pé cúbico de cimento(gpc). Perfuração 7. Cálculos de sistemas de pastas Perfuração 7. Cálculos de sistemas de pastas Sequência para resolver problemas 1. Determinar o volume de pasta 1.1. Pasta 1 e Pasta 2? 1.2. Volume anular: topo do cimento, prof. Sapata, OD do poço; 1.3. Volume interno: distância sapata-colar e ID do revestimento; 2.0. Concentração de aditivos 2.1 sólidos: expressos em % de peso de cimento, exceto NaCl que é em % de peso de água. Misturados a seco (alguns = sílica). Misturados na água (maioria) Líquidos: em galões por pe3 de cimento (gpc). 2.2 Rendimento da pasta. Pé3 de pasta /pe3 de cimento. Perfuração 7. Cálculos de sistemas de pastas Sequência para resolver problemas 3.0 Peso da pastade cimento. Lb/gal 4.0 Fator água cimento % 5.0 Fator de mistura É o volume total de água e os demais aditivos nele incluído por cada pé3 de cimento 6 – Volume total de materiais É a quantidade de materiais de uma determinada pasta Perfuração Propriedades físicas dos materiais de alguns aditivos Material Peso /saco (lbm/cu ft) densidade Volume absoluto (gal/lb) cimento 94 3,14 0,0382 Baritina 135 4,23 0,0284 Bentonita 60 2,65 0,0453 HALAD - 9 37,2 1,22 0,0131 NaCl 71 2,17 0,0553 Água 62,4 1,00 0,1200 areia 100 2,63 0,0456 sílica 70 2,63 0,0456 DO80LB 0,1017 A-3LB 0,8480 Diesel n°1 51,1 0,82 0,1457 Hematita 193 5,02 0,0239 Terras diatomacias 16,7 2,10 0,0572 Perfuração 7. Cálculos de sistemas de pastas Exercício n°4 Determinar as propriedades da pasta (rendimento, fator água cimento, fator água mistura/cimento) e as quantidades dos produtos utilizados na fabricação de 50 pés3 de pasta de 15,9 lb/gal, usando os seguintes aditivos: Dados: Água doce e agua do mar na mesma quantidade cada 0,1 gpc de D080LB 0,1 gpc de A-3LB 2% de cloreto de sódio 0,3 % de HALAD 35% de sílica Perfuração 7. Cálculos de sistemas de pastas Exercício n°4 Calculo para um saco de cimento de 94 lb : Produto Peso ( lb) Vol absoluto (gal/lb) Volume (gal) cimento 94 Água V % A Água do mar X % A DO80BL 0,1 gpc 0,1000 A -3LB 0,1 gpc 0,1000 NaCl 2% 0,02 A + 0,02 A HALAD 0,3 % 0,3 % x 94 = 0,2820 Silica 35 % 35 % x 94 = 32,9 somatório Perfuração 7. Cálculos de sistemas de pastas Exercício n°4 Cálculo para um saco de cimento de 94 lb Vol.abs. Ex:p/cimento: 94(lb)/(3,14x8,33(lb/gal))/94(lb) =0,0382 Produto 1 -Peso ( lb) 2 - Vol absoluto (gal/lb) 3=1x2 Volume (gal) cimento 94 0,0382 3,5908 Água V % A 0,1200 0,1200A Água do mar X % A 0,1176 0,1176A DO80BL 0,1 gpc 0,1 / 0,1017 = 0,9833 0,1017 0,1000 A -3LB 0,1 gpc 0,1 / 0,0848= 1,1792 0,0848 0,1000 NaCl 2% 0,02 A +0,02 A 0,0553 0,0011A HALAD 0,3 % 0,3 % x 94 = 0,2820 0,0975 0,0275 Silica 35 % 35 % x 94 = 32,9 0,0453 1,4904 somatório gal lb Perfuração 7. Cálculos de sistemas de pastas Exercício n°4 Cálculo para um saco de cimento de 94 lb p = 129,34 + 2,04 A v = 5,3087+0,2387 A A=26,43 lb Produto 1 - Peso ( lb) 2 - Vol absoluto (gal/lb) 3=1x2 Volume (gal) cimento 94 0,0382 3,5908 Água V % A 0,1200 0,1200A Água do mar X % A 0,1176 0,1176A DO80BL 0,1 gpc 0,9833 0,1017 0,1000 A -3LB 0,1 gpc 1,1792 0,0848 0,1000 NaCl 2% 0,02 A + 0,02 A 0,0553 0,0011A HALAD 0,3 % 0,2820 0,0975 0,0275 Silica 35 % 32,9 0,0453 1,4904 somatório p v p/v=15,9 lb/gal Perfuração 7. Cálculos de sistemas de pastas Exercício n°4 ρ=180,5111/11,355= 15,9 (conferido) Fator água cimento FA/C = (26,43+26,43)/94= 56,23% Rend=11,355(gal)/7,4805(gal/pe3)=1,51 pe3pasta/pe3 de cimento A de mistura= 26,43x2+0,9833+1,1792+0,5066+0,2820=55,81 (lb) Fator A de mistura por cimento = 55,81(lb)/94(lb) = 59% Produto 1 -Peso ( lb) 2 - Vol absoluto (gal/lb) 3=1x2 Volume (gal) cimento 94 0,0382 3,5908 Água V % 25,33 0,1200 3,0396 Água do mar X % 25,33 0,1176 2,978 DO80BL 0,1 gpc 0,9833 0,1017 0,1000 A -3LB 0,1 gpc 1,1792 0,0848 0,1000 NaCl 2% 0,5066 0,0553 0,0280 HALAD 0,3 % 0,2820 0,0975 0,0275 Silica 35 % 32,9 0,0453 1,4904 somatório 180,5111 11,355 Perfuração 7. Cálculos de sistemas de pastas Exercício n°4 - Os volumes calculados foram com base em 1 saco de cimento e quanto de pasta rende. Rendimento = 1,51 pés3 de pasta. Para 50 pés3 de pasta, teremos: 50/1,51= 33,11. Todos os produtos devem ser multiplicados por 33,11, para se encontrar a quantidade utilizada. 1 2 3 4 5=2 x 4 6 = 3 x 4 Produto Peso ( lb) Volume (gal) fator Peso de produto p/50 pés3 de pasta Vol. Prod. em gal p/50 pés3 de pasta cimento 94 3,5908 33,11 3112,34 118,89 Água 25,33 3,0396 33,11 838,67 100,55 Ág. do mar 25,33 2,978 33,11 838,67 98,60 DO80BL 0,9833 0,1000 33,11 32,55 3,31 A -3LB 1,1792 0,1000 33,11 39,04 3,31 NaCl 0,5066 0,0280 33,11 16,77 0,93 HALAD 0,2820 0,0275 33,11 9,33 0,91 Silica 32,9 1,4904 33,11 1089,31 49,34 somatório 180,5111 11,355 5.976,58 (lb) 375,84 (gal) Perfuração 7. Cálculos de sistemas de pastas Exercício n°5. O poço esta no diâmetro de 17 ½” e na profundidade de 810 m. O Revestimento anterior é OD=20” e ID=19”. Profundidade da sapata do revestimento de superfície é de 150 m. Revestimento a ser cimentado é o 13 3/8”, 68 lb/ft, ID= 12,415”, sapata =800 m e colar =780 m. Pasta 1 -> 2 % de bentonita, peso da pasta = 13,2 lb/gal com excesso de 30% e topo = 100 m. Pasta 2 -> pasta pura, 15,8 lb/gal, topo =700 m Vazão de deslocamento= 5 bpm Peso da lama no poço 9 lb/gal. Colchão frontal com 30 bbl de água com peso de 8,33 lb/gal Perfuração 7. Cálculos de sistemas de pastas Exercício n°5: pede-se: 1) fazer o desenho do poço com as pastas 1 e 2 colocadas sem excesso. 2) Calcular o volume das pastas 1 e 2. 3) Volume de água doce das pastas 1 e 2 4) Quantidade de bentonita (lb) 5) Volume de deslocamento (bbl) (é quanto bombeia-se de fluido de perfuração para o tampão de topo parar no colar) 6) Pressão aproximada do anular no fundo do poço quando o colchão chega na sapata. 7) Pressão aproximada do anular no fundo do poço quando pasta 2 chega na sapata. 8) Pressão aproximada do anular no fundo do poço no momento de término da cimentação. 9) Qual o tempo de bombeio da cimentação, mantendo-se 5 bpm? Perfuração 7. Cálculos de sistemas de pastas Exercício n°5. 1) fazer o desenho do poço com as pastas 1 e 2 colocadas sem excesso. Pasta 2 Pasta 1 100 m 810 m 10 m 20 m (780) 80 m (700) 50 m 550 m Perfuração 1.Tipos de cimentação 2. O cimento 3. Aditivos para cimentação 4. Testes de laboratório 5. Equipamentos de cimentação 6. Acessórios de cimentação 7. Cálculos de sistemas de pastas 8. A operação de cimentação Perfuração 8. A operação de cimentação São usuais as seguintes operações com cimento: a) Execução de tampão balanceado; b) Cimentação do revestimento em único estágio; c) Cimentação do revestimento em dois estágios; d) Cimentação sobre bridge plug (o brigde plug é um tampão que se assemelha a um packer, pois tem borracha e garras, mas se difere deste por impedir após assentado a comunicação com a parte do poço abaixo dele. Para ser removido necessita ser cortado com broca); e) Squeezer (ver início da aula). f) Tampão de desvio sobre peixe (visto em perfuração direcional) Perfuração Operação de cimentação – tampão balanceado Na execução do tampão balanceado o peso de cimento deve ficar igual no interior do tubo ao peso do anular. Atingida essa condição a coluna é removida lentamente de dentro da pasta antes da pega. Perfuração Operação de cimentação – revestimento em um estágio A cimentação de um revestimento parte desde a cabeça, bombeando-se o cimento pela linha central. O tampão de fundo sendo empurrado pelo cimento se desloca até o colar flutuante. No final da massa de cimento desce com o tampão de topo. O tampão de fundo ao atingir o colar flutuante para. A pressão é elevada até romper-se, deixando o cimento passar e o tampão de topo para no colocar flutuante. Perfuração Operação de cimentação – revestimento em um estágio A fig. mostra como se faz a cimentação em um estágio com colchão na frente da pasta de cimento. O tampão de topo é de material mais resistente que o tampão de fundo, e por isso não se rompe ao chegarao colar flutuante. Perfuração Operação de cimentação – revestimento em dois estágio A fig. Mostra como se faz a cimentação de dois estágios de um revestimento. O primeiro estágio é semelhante a operação do slide anterior. Mas acima do topo do cimento do primeiro fica o colar de estágio com camisa deslizante. Essa camisa é aberta para o fluido circular e também o cimento com chegar a esse local. Perfuração Operação de cimentação – revestimento em dois estágio Perfuração Operação de cimentação – de liner. Perfuração Operação de cimentação sobre o brigde plug. Visa garantir que o poço esta tamponado abaixo do Brigde Plug. O Bridge Plug ao ser assentado já impede a comunicação com a parte do poço abaixo dele. A cimentação de um tampão acima do Brigde Plug pode ser por caçamba a cabo que leva o cimento e abre sobre o Brigde Plug ou por coluna, deixando um tampão sobre o Brigde Plug. Com caçamba são efetuadas várias descidas, pois o volume da caçamba é pequeno. Isso garante que no caso do Bridge Plug vier a falhar com o tempo por corrosão ou dano nas borrachas, o poço continuará tamponado pelo cimento. BROCAS BROCAS - INDICE Objetivo: Conhecer os principais tipos de brocas; Saber o código IADC das brocas; Saber o código IADC de retirada de brocas. 1 – Geral; 2 – Brocas c/partes móveis; 2.1 – Classificação IADC; 3 – Brocas integrais; 3.1 – Classificação IACD; 3.2 – Caraterísticas – jatos; 3.3 – Alguma prática; 4 – Código IADC de retirada das brocas; 5 – Conclusão. Fonte: Apostila broca livro. Livro perfuração direcional. Livro Applied Drilling Engeneering. BROCAS 1 – Tipos de Brocas: a definição dos tipos de brocas na perfuração, depende das propriedades da formação, tais como: dureza, resistência e abrasão. Brocas S/partes móveis ou integrais Com partes móveis •Drag •Diamantes naturais •Diamantes artificiais •c/impregnação •Não selada •Journal •Dentes de aço •Insertos BROCAS 1 – Tipos de Brocas - diferenças entres os 2 tipos de brocas Brocas sem partes móveis. O mecanismo de corte é como o arado passando sobre o solo. Forma sulcos, assim a formação é removida pela ação de cisalhamento da broca. Destacam-se as brocas de diamantes naturais, artificiais e as impregnadas. As brocas de diamantes perfuram a rocha por esmerilhamento riscando o fundo do poço. Brocas com partes móveis. As brocas de cones quebram a rocha por compressão (esmagamento) ou por arraste. BROCAS 1 – Tipos de brocas – as diferenças entres os tipos de brocas são demonstrados pelas ações das brocas quebrando a rocha por cisalhamento, por compressão e ou por esmerilhamento. BROCAS 1 - Durabilidade das Brocas: isso se deve a evolução da tecnológica e dos materiais. Alguns fabricantes: Baker Hughes, Smith, Cristensen, Secuirity e Reed/Hycalog BROCAS 1 - Histórico da evolução das Brocas DATA INOVAÇÃO 1909 Broca com 2 cones 1924 Fileira de dentes interpostas 1932 Rolamentos com roletes 1946 jatos 1951 Carbureto de tungstênio 1959 Rolamento selado 1970 Rolamento Journal 1980 Brocas PDC BROCAS Principais temas 1 – Geral 2 – Brocas com partes móveis; 2.1 – Classificação IADC; 3 – Brocas integrais (Características); 3.1 – Classificação IACD; 3.2 – Caraterísticas – jatos; 3.3 – Alguma prática; 4 – Código IADC de retirada das brocas; 5 – Conclusão. BROCAS 2 - Brocas com partes móveis – características. As brocas com cones podem ser divididas por estruturas cortantes em: Dentes de Aço; Insertos. Dentes de aço: Os elementos cortantes ficam em fileiras circunferenciais de dentes interpostos entre fileiras dos dentes adjacentes. Os dentes podem ser de aço, fresados no próprio cone, ou insertos de carburetos de tungstênio, prensados em orifícios abertos na superfície do cone. BROCAS 2 - Brocas com partes móveis - caraterísticas Exemplo de brocas tricônicas com dentes de aço: BROCAS 2 - Brocas c/partes móveis – caraterísticas As brocas com cones cortantes quebram a rocha por compressão podem ter 1, 2, 3 ou 4 cones. Na perfuração de poços de petróleo a mais utilizada é a broca tricônicas. Brocas de 1 cone são para poços de diâmetro pequenos. 1 cone 2 cones 3 cones BROCAS 2 – Brocas com partes móveis – Brocas de Cone Estrutura Cortante: A ação das brocas tricônicas para formações duras é essencialmente de esmagamento. Os dentes da broca recebem tratamento metalúrgico de endurecimento que acarreta um desgaste por lascamento mantendo-o afiado. A ação das brocas de cone nas formações moles além do efeito do esmagamento adiciona-se a ação por raspagem que se consegue pelo offset do cone (ver próximo slide), isso é o afastamento lateral do eixo do cone em relação ao eixo da broca. Quanto maior o offset, maior será a tendência do cone raspar o fundo do poço. Offset = é o afastamento lateral do eixo do cone com o exixo da broca BROCAS 2 – Brocas com partes móveis – Brocas de Cone Estrutura Cortante: efeito de raspagem é conseguido pelo tamanho do offset. As brocas c/partes móveis c/offset elevados são adequadas para formações moles. As de offset nulo rolam. BROCAS 2 – Brocas c/partes móveis Estrutura Cortante: nas brocas com cones o rendimento é influenciado pelo tamanho dos dentes/insertos. Broca com dentes grandes e poucos são p/formações moles. Em formações duras esse tipo de cortante tende a falhar. Assim usa-se dentes em grande número e menores. BROCAS 2 – Brocas com partes móveis Estrutura Cortante:: os insetos são sintetizados por partículas de carbureto de tungstênio com cobalto. Os insertos de carbureto de tungstênio são bastante resistentes ao desgaste, mas não quanto a quebra, devendo haver cuidado na descida da broca para ela não topar. BROCAS 2 – Brocas com partes móveis Estrutura Cortante: segue na figura ao lado os tipos de insertos para brocas c/partes móveis. BROCAS 2 – Brocas com partes móveis Estrutura Cortante: como as brocas são constituídas de cone preso numa perna da broca de tal forma que o cone gire em relação a perna, essas pernas são soldadas no corpo da broca, para permitir o cone girar no mancal da broca, cuja junção pode ser feita por roletes ou no próprio mancal. Para o cone não sair da broca ele é preso através de esferas ou anéis de retenção. BROCAS 2 – Brocas com partes móveis Rolamentos São 3 1-Rolamento aberto: um rolamento externo de roletes, um rolamento intermediário de esferas e um interno de fricção. Os roletes transmitem a maior parcela do peso aplicado sobre a broca e se desgastam primeiro. As esfera intermediárias prendem o cone à broca. O rolamento interno recebe os esforços axiais do cone. Nesse caso os rolamentos são lubrificados pelo fluído de perfuração. BROCAS 2 – Brocas com partes móveis Rolamentos 2-Rolamento fechado: nesse caso não há contato com o fluído de perfuração. O sistema usa graxa limpa existente num reservatório selado e provido de um sistema de compensação de pressões. Esse sistema mantém a pressão da graxa igual a pressão hidrostática do fluído no fundo do poço. BROCAS 2 – Brocas com partes móveis: -> Rolamentos 3-Rolamento Journal ou por fricção: nesse tipo de rolamento o cone gira em contato direto com o pino da perna da broca. A deposição de uma camada de prata na área de transmissão do peso sobre a broca tornam essa broca cara. Mas tem melhor performance de tempo de broca no fundo. Usa selo metal-metal ou o-ring. BROCAS 2 – Brocas com partes móveis: -> Rolamentos Tipos de selos para o rolamento Jornal podem ser com anel de borracha (o-ring) ou metal-metal, sendo esses mais resistentes. BROCAS 2 - Brocas com partes móveis Corpo da broca Além do reservatóriode graxa, temos: conexão, pernas e canais. Conexão c/coluna: rosca pino na bitola da broca que variam conforme o diâmetro da broca. Pernas da Broca: São 3 elementos soldados para formar a broca, como deposição de material duro nas abas de calibre para aumentar a resistência a abrasão. Canais de fluxo: local de passagem do fluido que terminam nos jatos colocados entre cones. Os jatos podem ter seus diâmetros alterados p/atender as condições hidráulicas. BROCAS 2.1 - Classificação IADC para Brocas tricônicas Código com 4 posições: O primeiro código(N=numero) indica o tipo de estrutura cortante da broca e para qual formação ela é projetada perfurar. Número 1-8 Número 1-4 Número 1-9 Letra opcional N N N L(opcional) Formação exemplo Dentes de aço Insertos Mole Folhelho e calcários moles 1 4 Media Folhelhos, arenitos e calcários médios 2 5 Dura Calcários e dolomitas duras 3 6 Muito dura Arenito, calcário e dolomitas duras 7 Abrasiva Granito e silex 8 BROCAS 2.1 - Classificação IADC para Brocas de cones O segundo código(N) varia de 1 até 4, indica a graduação da dureza, dentro de uma mesma classe de dureza, dado pelo primeiro digito. É indicado 1 para formações mais moles dessa classe e 4 para as mais duras. Assim, uma broca 1-4 é de dente de aço para formação mole quase chagando a média. A 2-1 é para formação média, mas da mais mole da classe. O terceiro código(N) que varia de 1 até 7 e é para o tipo de rolamento e se há alguma proteção para no calibre da broca. 1 2 3 4 5 6 7 rolamento aberto Aberto refrigerado a ar aberto selado selado Journal ou mancal Journal ou mancal proteção não Não sim Não sim não sim BROCAS 2.1 - Classificação IADC para Brocas de cones O quarto código(L) indica alguma características especial da broca, indicada pelo fabricante. código Função especial A Para perfuração a ar B Selo de rolamento para alta rpm C Jato central D Melhor controle de direcional E Jato com extensão X Inserto tipo cinzel A Para perfurar a ar G Proteção no calibre j Jatos no lugar do cone R Soldas reforçadas M Para aplicação com motores de fundo H Aplicações em poços horizontais R, T, W,Y, Z Outras caraterísticas BROCAS 2.1 - Exemplos de classificação IADC para brocas de cones BROCAS 2.1 - Classificação IADC para Brocas de cones Exercício n°1: Descreva a broca para cada código IADC para brocas tricônicas abaixo: 1-2-1-E 5-3-7 2-1-2 6-1-5 BROCAS 2.1 - Class. IADC – dureza das rochas – p/dureza das rochas Deere e Miller propuseram a seguinte classificação baseada na resistência compressiva em teste uniaxial. O que é teste uniaxial e resistência compressiva? o CLASSE DESCRIÇÃO Resistência uniaxial compressiva EXEMPLOS A Extremamente dura > 32000 psi Quartzo, basalto, diabásio B dura 16000 – 32000 psi Arenito, folhelhos duros e dolomitas C média 8000 – 16000 psi Folhelhos e arenitos porosos D Mole 4000 – 8000 psi Arenitos friáveis E Extremamente mole < 4000 psi Rochas alteradas química e fisicamente BROCAS 2.1 - Class. IACD dureza das rochas – A classificação baseada na relação entre o modulo de Young e a resistência compressiva. Et 50 = modulo de Young medido a 50% da tensão compressiva. As rochas seriam classificadas dessa forma usando as duas tabelas (slide anterior e esse). Por exemplo: DM = mole e média. AH = Extremamente dura e Alta CLASSE DESCRIÇÃO RAZÃO Et 50/σult H Alta > 500 M Média 200 – 500 L Baixa < 200 BROCAS Principais temas 1 – Geral 2 – Brocas c/partes móveis; 2.1 – Classificação IADC; 3 – Brocas integrais (Características); 3.1 – Classificação IACD; 3.2 – Caraterísticas – jatos; 3.3 – Alguma prática; 4 – Código IADC de retirada das brocas; 5 – Conclusão. BROCAS 3 - Brocas integrais Elas se dividem em brocas, Draga, Impregnada, Diamante Natural e Diamante artificial. BROCAS 3 - Brocas integrais Diamantes naturais: o método de fabricação mais comum é a colocação dos diamantes naturais numa forma oca que é o molde da broca. Adiciona-se carbureto de tungstênio e depois um liga de cobre na temperatura de 1050 a 1170°C. Quando a broca é operada apropriadamente somente os diamantes tocam na rocha. O fluido de perfuração passa pelo orifício no centro da broca e pelos sulcos moldados em sua face. BROCAS 3 - Brocas integrais Diamantes artificiais (PDC) Caracterizada por uma camada fina de diamantes sintéticos de 0,5 mm, assentada sobre uma placa de carbureto de tungstênio num processo de alta temperatura e pressão. O cortador é formado pelo compacto de diamantes com corpo de carbureto. São 2 tipos de brocas PDC: a) Corpo de aço. b) Corpo de carbureto de tungstênio. Nas de corpo de aço os diamantes são prensados em furos feitos no corpo da broca. Nas de carbureto são menores e soldados no corpo da broca. As brocas PDC podem ter jatos fixos ou intercambiáveis. O número de jatos é variado, de 3 a 8. Algumas brocas PDC não apresentam jatos, sim canais de fluxo abertos no corpo da BROCAS 3 - Brocas Integrais Diamantes artificiais (PDC) A camada de diamantes PDC é termicamente estável até 700°C, que temperatura inferior alcançada no processo de formação da matriz. BROCAS 3 - Brocas Integrais Diamantes artificiais (PDC) - Exemplos BROCAS 3 - Brocas Integrais - TSP (Termally Stable Polycrystalline) Desenvolvidas c/cortadores de diamantes estáveis termicamente, indicadas para perfuração de rochas muito duras ou muito abrasivas, substituindo as brocas PDC. Em alguns casos em brocas PDC são usados também cortadores TSP. BROCAS 3 – Bocas integrais – Brocas Impregnadas. Broca usada para arrastar no fundo do poço, com insertos, que são impregnados de diamantes, são conhecidas como brocas impregnadas. . BROCAS 3 - Brocas Integrais-Especiais. Para alargar o poço é a broca excêntrica, que ao girar perfura um poço maior que o seu diâmetro. Para alargar mais o poço foram criadas as brocas bicêntricas. Outro tipo de alargador é a broca expansível. Ela abre por pressão hidráulica e fecha por uma mola interna quando a pressão é removida. BROCAS 3 – Broca híbridas Uma broca que substitui a PDC em formações duras e abrasivas é a broca híbrida, que tem duas estruturas de corte. Uma com cortadores PDC e outra c/insertos de carbureto de tungstênio c/diamantes impregnados. Quando a parte PDC em contato com formação se desgasta, atuam os diamantes. BROCAS 3.1 – Nova Classificação IADC para Brocas Integrais Código com 4 posições: O primeiro código (letra) indicando o material do corpo da broca. letra Número 1-8 Número 1-4 Número 1-4 N N N N M Corpo Matriz S Corpo de aço BROCAS 3.1 – Nova classificação IADC para Brocas INTEGRAIS Segundo código indica densidade p/as brocas PDC(1-4) ou tamanho dos cortadores para as brocas de diamantes naturais ou TSP (6-8). Obs: ppq = 3 ppq = 3 pedras por quilate. O terceiro código indica o tipo de cortador Brocas PDC, mosaico ou híbrida Broca de diamantes naturais e TSP 1 1 a 30 cortadores de ½” 2 31 a 40 cortadores de ½” 6 Pedras acima de 3 pedras para se ter um quilate 3 41 a 50 cortadores de ½” 7 Pedras de 3 a 7 para se ter 1 quilate 4 > 50 cortadores de ½” 8 Pedras menores que 7 ppq Brocas PDC, mosaico ou híbrida Broca de diamantes naturais e TSP 1 Cortado > 1” (25mm) 1 Diamantes naturais 2 Cortador entre 0,51” a 1”(14 a 25mm) 2 Cortadores TSP 3 Cortador entre 0,33” a 0,5”(8 a 14mm) 3 Híbrida TSP + diversos 4 Cortador menor que 0,33” ou 8mm 4 Broca impregnada BROCAS 3.1 – Novaclassificação IADC para Brocas INTEGRAIS Quarto caractere indica o perfil da broca. Esse código não é muito utilizado para comparação entre brocas, já que brocas com o mesmo código IADC podem ter comportamentos diferentes na mesma formação, seja em taxa de penetração ou tempo de fundo. Válidos para as brocas integrais 1 - Perfil raso para brocas TSP e diamantes naturais ou ainda broca de pás ou fishtail com cortadores PDC 2 - Perfil curto 3 - Perfil médio 4 - Perfil longo BROCAS 3.1 – Classificação IADC “Blades” são aletas BROCAS 3.1 – Nova classificação IADC: Exemplos BROCAS Exercício n°2: descreva a broca para cada código IADC para brocas integrais abaixo. M–3-2-3 S-3-2-3 M-7-1-2 BROCAS 3.2 - Caraterísticas - Jatos. Existem várias maneiras do fluído sair do interior da coluna, uma delas é por rasgos no corpo da broca, bastante comum em brocas de diamantes naturais e TSP. Outra forma é através de furos os quais podem ter aberturas fixas ou variáveis. BROCAS 3.2 - Caraterísticas - Jatos. Um parâmetro que afeta o jato é a taxa de limpeza (TFA), e a potência gasta pelos jatos da broca em relação a área do poço (HSI – Horse Power per Square inch). BROCAS 3.3 - Alguma prática A tabela no slide seguinte apresenta as condições operacionais que limitam a utilização de brocas tipo roller cone. O código IADC 515 a 517 é recomendado para formações macias, p/ limites máximos e mínimos de peso na broca de 2.000 lb até 6.000 lb por pol de diâmetro da broca, p/rotações entre 50 e 140 rpm. A qualidade de limpeza é dada por: TFA = √ ρ x Q²/(10 858 x ΔPbroca) TFA = total flow area (pol²) ρ = peso do fluído de perfuração (lb/gal); Q = vazão (gpm); ΔPbroca = queda de pressão na broca (psi) Diâmetro do jato => d (pol/32”) = 32 x √ 4 x TFA/ 3 x ∏ BROCAS Parâmetros de perfuração de brocas Roller Cone com insertos de carbono- tungstênio Exercício 3 Notar que o peso é por pol. de diâmetro de broca. BROCAS Exercício 3: determine a quantidade e diâmetros (d) dos jatos da broca sabendo-se; pressão de circulação na sonda é de 3000 psi, a vazão é de 400 gpm, a densidade do fluído 12 lb/gal e assumindo que a perda de carga na broca representa 65% da pressão de circulação. TFA =√ 12 x 400² /(10858 x 0,65 x 3000) = 0,3011 pol² d (pol/32”) = 32 x √ 4 x TFA/ 3 x ∏ = d (11,44/32”) Na tabela página anterior, temos que o valor 11,44 fica entre o valor de 11/32 e 12/32, pois não há jatos de 11,44/32. Dessa forma pode- se escolher dois jatos de 11/32 e um de 12/32, respectivamente 0,186 + 0,110 = 0,29 (aproximadamente TFA de 0,3). BROCAS 3.3 - Alguma prática Dados para brocas de diamantes. Em brocas PDC deve-se ter o HSI>4 Taxa de penetração Potência (HSI) 1 -2 pés/h 1 – 1,5 Hp/pol² 2 – 4 pés/h 1,5 - 2 Hp/pol² 4 – 6 pés/h 2 - 2,5 Hp/pol² 6 – 10 pés/h 2,5 - 3 Hp/pol² > 10 pés/h 3 - 3,5 Hp/pol² BROCAS 3.3 - Alguma prática. Cálculo da potência Fórmulas Δp (psi) = (ρ (lb/gal) x Q² (gpm))/(10858 x Aj² (pol) ²) Pot(Hp) = (Q (gpm) x Δp (psi))/(1714) (Hp/square inch) Aj = N x π/4 x (diâmetro do jato/32)² : N= numero de jatos. TFA = soma da área dos jatos (pol²) Exercício n°4: Qual o HSI ((Hp/square inch) de uma broca que perfura com os seguintes parâmetros: PSB = 20k lbf = 20.000 lbf Rotação = 120 rpm Poço = 8 ½” Vazão de circulação = 55 gpm Pressão de bombeio = 2900 psi TFA = 5 jatos de 16 ρ fluido = 10 lb/gal BROCAS Exercício n° 4 Cálculo das áreas A jato = 5 x π/4 x (16/32)² = 0,982 pol² = TFA A exposta da broca = 3,1416/4 x 8,5² = 56,7 pol² Cálculo da perda de pressão na broca: Δp (psi) = (ρ (lb/gal) x Q² (gpm))/(10858 x Aj² (pol) ²) Δp (psi)=(10 lb/gal x 550² gpm)/(10858 x (0,982)²)= 289 psi Cálculo da potencia requerida para essa perda de carga? Pot(Hp) = (Q (gpm) x Δp (psi))/(1714) (Hp/square inch) Pot(Hp) = (550 x 289)/1714 = 92,7 Hp HSI = 92,7 Hp/56,7pol² = 1,64 Hp/pol² BROCAS BROCAS - INDICE 1 – Geral 2 – Brocas c/partes móveis; 2.1 – Classificação IADC; 3 – Brocas integrais (Características); 3.1 – Classificação IACD; 3.2 – Caraterísticas – jatos; 3.3 – Alguma prática; 4 – Código IADC de retirada das brocas; 5 – Conclusão. BROCAS 4 - Código IADC (Internartional Association of Drilling Contractors) para desgaste Tem o objetivo de preservar as in formações de como a broca saiu do poço. Como o conjunto dos parâmetros nela utilizados permite o aprimoramento da escolha mais eficiente de brocas, bem como os melhores parâmetros a serem utilizados. O código é composto de 8 campos N N LL A A N LL LL Desgaste da estrutura interna Desgaste estrutura externa Desgaste principal Localização do desgaste Condição do rolamento Calibre Desgaste secundário Motivo da retirada BROCAS 4-Código IADC para desgaste: Os dois primeiros campos são usados para descrever a estrutura cortante, é um número de 0 a 8, sendo 0 para a broca nova e 8 para uma broca com a estrutura cortante totalmente destruída. O primeiro é para a parte interna (2/3 de dentro) e o segundo para a externa (o 1/3 restante). O terceiro campo são duas letras, que é para o desgaste principal, o que mais chama atenção. O quarto campo é o código alfa-numérico para localizar onde ocorreu o desgaste (em brocas com cones deve-se especificar o cone. O cone número 1 é o corta a parte central do poço). Diâmetro da broca 1/3 da broca em azul 2/3 da broca a partir do centro em preto BROCAS 4-Código IADC para desgaste: O quarto campo para brocas integrais, utilizar uma letra para descrever o local, sendo “C” o cone, isso é a parte central da broca. “N” o nariz, é a parte mais afastada da broca e G o calibre, é a parte reta que mantém o diâmetro do poço. CÓDIGO LOCAL 1,2,3,4 ... Bocas de cones: código do cone I, M, E Brocas de cone:”I” fileira interna, “M” fileira do meio, “E” fileira externa T Qualquer tipo de broca: toda a área C, N, P, O, G Brocas integrais: “C” Cone, “N” nariz, “P” pescoço, “O” ombro, “G” Calibre BROCAS 4-Código IADC para desgaste: quinto campo também é alfa-numérico p/indicar o desgaste do rolamento. Sendo 0 para rolamento novo e 8 para rolamento totalmente desgastado. Para rolamento fechado ou mancal, cuja vida útil está relacionada ao selo, utiliza-se “E” para selos efetivos e “F” para selo falho. Para brocas integrais que não possuem rolamentos usa-se a letra D. BROCAS 4-Código IADC para desgaste: O sexto campo é para registrar o desgaste no diâmetro da broca. Ele é expresso em x/16”. Usa-se um gabarito p/cada diâmetro de broca. P/as brocas tricônicas encosta-se o gabarito em dois cones e mede- se a folga do terceiro, Multiplica-se essa folga por 2/3 para compensar o erro. Ex: se a folga entre o gabarito e a broca encostado em dois cones foi de 0,5“. Então o calibre será: 0,5 x 2/3 = 0,33, assim devemos informar 5, pois 5/16 = 0,31 no campo calibre. BROCAS 4-Código IADC para desgaste: O sétimo campo é para outro desgaste que se queira registrar e usa os mesmos códigos do campo três. código significado CP Cone perdido, indicar qual o cone no digito 4 CQ Cone quebrado, indicar qual cone no digito 4 CT Cone trincado, indicar qual cone no digito 4 CI Cone com interferência CE Cone erodido CD Cone com desgaste descentralizado CA Cone com calibre arredondado DT Cone por desgaste por testemunho IE Inseto erodido IQ Inserto ou cortadores quebrados IL Insertos ou cortadores lascados BROCAS 4-Código IADC para desgaste: (continuação do campo 7) código significado ID Insertos ou cortadores desgastados IG Insertos ou cortadores girados IP Insertos ou cortadores perdidos DQ Dentes quebrados DL Dente lascado DDDentes desgastados DP Desgaste plano nos dentes JP Jato perdido JO Jato obstruído BE Bocal do jato erodido AQ Aba da perna quebrada AD Aba da perna desgastada PQ Perna quebrada BROCAS 4-Código IADC para desgaste (continuação do campo 7) código significado PE Perna empenada MF Marca de ferro MA Marca em forma de anel EG Desgaste por engrenagem WO Wash out da broca TT Trinca no inserto ou desintegração do cortador por temperatura NC Nenhuma caraterística EN Desgaste por enceramento RR Broca reutilizável BROCAS 4-Código IADC para desgaste - Exemplos BROCAS 4-Código IADC para desgaste - Exemplos BROCAS 4-Código IADC para desgaste O campo oito são duas letras para registra o motivo da retirada. Esse campo é importante na hora da escolha da broca, pois a análise sobre os efeitos dos parâmetros sobre a broca só tem validade quando a causa da retirada foi resultado de performance da broca e não de algo externo, como por exemplo, retirada da broca para testemunhar. código Significado TP Queda na taxa de penetração TO Torque excessivo CM Aumento do custo métrico MF Mudança de formação JO Jato obstruído BROCAS 4-Código IADC para desgaste (continuação do campo 8) código Significado EN Broca encerada BF Por tempo e broca no fundo DU Por dúvida TE Para testemunhar TF Para teste de formação PE Para perfilar PF Profundidade final do poço FO foto MB Mudança de BHA MP Mudança de projeto dom poço CL Para condicionar a lama FM Falha no motor de fundo FF Falha de ferramenta de fundo BROCAS 4-Código IADC para desgaste continuação do campo 8) Algumas potencias causas: EM (hidráulica pobre, perfuração de formação muito plástica, perfuração sem ligar a bomba) IQ (trabalhou sobre ferro, broca atingiu batente na manobra ou bateu no fundo do poço, peso ou rpm em excesso, formação muito dura para a broca selecionada) código Significado FC Falha da coluna (quebra e outros) RS Reparo da sonda QP Queda de pressão PP Problemas no poço AM Aguardando condições meteorológicas. BROCAS 4-Código IADC para desgaste Algumas potencias causas do desgaste identificado: DP -> causado p/(peso muito baixo e alta rotação, horas excessivas, formação abrasiva). IQ -> causado p/(trabalhou sobre ferro, broca atingiu batente na manobra ou bateu no fundo do poço, peso ou rpm em excesso, formação muito dura para a broca selecionada). CT -> causado p/(ferro no poço, queda de coluna, presença de H2S, superaquecimento da broca). IL ->causado p/(impacto devido condições inadequadas, interferência dos cones por deformação nas pernas, lixo no poço, rpm em excessivo). BROCAS 4-Código IADC para desgaste Desgaste de 5/8 (62,5 % da vida útil) Desgaste externo de 6/8(75% da vida útil) Desgaste principal nos insertos Em toda a área N N LL A A N LL LL Desgaste da estrutura interna Desgaste estrutura externa Desgaste principal Localização do desgaste Condição do rolamento Calibre Desgaste secundário Motivo da retirada BROCAS 4-Código IADC para desgaste - exemplos N N LL A A N LL LL Desgaste da estrutura interna Desgaste estrutura externa Desgaste principal Localização do desgaste Condição do rolamento Calibre Desgaste secundário Motivo da retirada BROCAS 4-Código IADC para desgaste – Exercício n°5 1) Indique quais brocas foram utilizadas conforme código IADC, e também que tipo de desgaste que ocorreu. Isso deve ser respondido para os números N = 1, 5, 10 e 13 BROCAS 4-Código IADC para desgaste – Exercício n°5 (continuação) 2) O que é PSB? 3) O que é TBF? 4) Qual a broca que teve melhor taxa de penetração (ROP)? 6) O que significa ROP, em inglês? 7) Qual a broca que teve a pior ROP? 8) Interprete informando o que significa cada coluna da linha 5 da tabela? 9) O que é IADC? 10) Quais brocas foram utilizadas nas diversas linhas: foram de parte móveis ou sem partes móveis (especifique a linha)? 11) Considerando que as brocas utilizadas estão corretas, como você classifica a resistência da rocha (mole, média, dura) nas linhas 2 e 3 comparada com as linhas 4 e 5? 12) Qual a broca que mais dura? 13) Qual a broca que perfura maior metragem? BROCAS 4-Código IADC para desgaste – Exercício n°6: Descreva a broca para cada código IADC de retirada da broca abaixo: 4-5-IL-N-D-4-NC-FM 7-3-DQ-I-7-3-DP-TP 2-1-CP-1-E-0-IL-PP 3-2-IP-T-E-1-NC-PF BROCAS BROCAS - INDICE 1 – Geral 2 – Brocas c/partes móveis; 2.1 – Classificação IADC; 3 – Brocas integrais (Características); 3.1 – Classificação IACD; 3.2 – Caraterísticas – jatos; 3.3 – Alguma prática; 4 – Código IADC de retirada das brocas; 5 – Conclusão. BROCAS 5–Conclusão Broca c/dentes de aço: - Formações iniciais; - Formações moles; - Formações com nódulos; - Colares, tampões de cimento e sapata. Broca c/Insertos: -Formações médias e muito duras; -Formações abrasivas, proteção do calibre. Brocas PDC: -Formações plásticas (Folhelho e Sal) Brocas Diamantes: Formações extremamente duras ou abrasivas BROCAS 5-Conclusão Exemplo de como a Petrobras controla e trabalha com brocas. Cada companhia tem seu procedimento. Relbroca -> banco de dados técnico da Petrobras informado pelas sondas, registrando os parâmetros com objetivo de permitir gerar uma curva que ajuda a determinar o momento correto da retirada da broca. Regbroca -> banco de dados da Petrobras com cerca de 9000 registros de brocas abrangendo as bacias de Campos, Santos, Espírito Santo, Pelotas e Bahia. É composto de módulo de projeto, modulo de acompanhamento e outros aplicativos. E gera índices de custo métrico. BROCAS Exercício n°7: 1) O que caracteriza uma broca tricônica? 2) De alguns exemplos de brocas integrais? 3) A broca saiu do poço com a seguinte classificação de desgaste 2-8-IQ-E-D-1-IL-TP. Saberia informar que tipo de broca é essa sem tê-la visto. Exercício n°8: uma broca PDC perfura com uma taxa de 12 m/h. Sabendo-se que a rotação é de 100 rpm, estime a penetração do compacto na formação? Dados: ROP= taxa de penetração. N = rotação da broca e ∂ = Penetração do compacto ∂ =ROP/N = 12 (m/h)/(100rpm x 60 min) = 2mm BROCAS 5-Conclusão Programa de brocas O programa de brocas é determinado pelos dados dos poços de correlação, que apresentam as mesmas formações, pelos dados do fabricante da broca e pelos perfis geológicos. Na comparação das brocas é utilizado o custo métrico. Quando o custo métrico começa a aumentar é da necessidade de substituição da broca. Outros parâmetros também são analisados (torque na mesa rotativa e taxa de penetração). Cm = (CB + CH x (tp +tm))/Mp Cm = custo métrico CB = custo das brocas CH = custo horário da sonda de perfuração tp = tempo gasto perfurando tm = tempo gasto manobrando Mp = intervalo perfurado