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Relação entre o Direito e a Moral
Direito e Moral constituem dois diferentes conceitos, mas não estão separados. Sobre o assunto, muitas são as teorias.
Miguel Reale afirma: 
“Dizer que o Direito representa apenas o mínimo de Moral declarado obrigatório para que a sociedade possa sobreviver. Como nem todos podem ou querem realizar de maneira espontânea as obrigações morais, é indispensável armar de força certos preceitos éticos, para que a sociedade não soçobre. ” (2002, p. 42)
Ambos são instrumentos de controle social.
Direito: Conjunto de normas, postas pela sociedade e pelo Estado, a fim de prevenir, compor e, em última instância, punir os conflitos de interesses.
Moral: Conjunto de práticas, costumes e padrões de conduta formadores da ambiência ética. Trata-se de algo que varia no tempo e no espaço, porquanto cada povo possui sua moral, que evolui no curso da história, consagrando novos modos de agir e pensar.
O Direito, apesar de acolher alguns preceitos morais fundamentais, garantidos com sanções eficazes, aplicáveis por órgãos institucionais, tem campo mais vasto que a Moral, pois disciplina também matéria técnica e econômica indiferente à Moral.
O dever moral não é exigível por ninguém, reduzindo-se a dever de consciência, ao tu deves, enquanto o dever jurídico deve ser observado sob pena de o devedor sofrer os efeitos da sanção organizada, aplicável pelos órgãos especializados da sociedade. 
Desse modo, no Direito, o dever é exigível, enquanto na moral, não.
	DIREITO
	MORAL
	Valores = normas = sanções
	Aperfeiçoamento do homem
	Coerção
	É incoercível
	Visa evitar que se lese ou prejudique a outrem
	Visa à abstenção do mal e a prática do bem
	Dirige-se ao momento externo, físico (ato exteriorizado) – A ação é determinante
	Dirige-se ao momento interno, psíquico – Intenção do indivíduo
	Bilateral
	Unilateral
	Impõe deveres e confere direitos
	Impõe deveres
	Heterônomo
	Autônomo
A Moral é histórica e acompanha o devir no mundo da vida, como modo de comportamento específico do homem em determinada época.
Ao longo da história, Direito e Moral se aproximaram e se afastaram conceitualmente, em razão de diferentes correntes de pensamento.
MORAL: Valores existentes na sociedade (PRÁTICA). Conjunto de práticas, costumes e padrões de conduta, formadores da ambiência ética.
AMORAL: Aquilo que não possui um senso moral, que não contém aspecto moral.
IMORAL: O que vai contra a moral. 
ÉTICA: Ciência que estuda os valores moais. Busca entender o funcionamento dos valores -> modo de ser.
Ética e Moral em Kant
Kant, na Fundamentação da Metafísica dos Costumes, reconheceu, pela primeira vez em uma ética filosófica, que todo ser racional possui um valor absoluto.
Mesmo sendo finito e limitado, Kant ressalvou que o ser humano possui o privilégio de reger-se por leis assumidas livremente por sua própria razão.
Racionalidade Moral “O homem, na sua razão, descobre os valores e tem a sua moral.”
Estar livre para escolher e agir é o que caracteriza o ser humano, o que o filósofo denomina de autonomia moral. 
Para Kant, imperativo categórico é o dever de toda pessoa agir conforme os princípios que ela quer que todos os seres humanos sigam, que ela quer que sejam “lei da natureza humana”.
Ação humana = homem livre = IMPERATIVO CATEGÓRICO (Valores descobertos por sua razão).
A influência da Moral no Direito
Os campos da Moral e do Direito entrelaçam-se e interpenetram-se de diversas maneiras. As normas morais tendem a se converter em normas jurídicas, como aconteceu, por exemplo, com o dever do pai de cuidar do filho, e com a indenização por acidente de trabalho. 
No entanto, ainda não há uma norma jurídica específica que prescreva que o pai deve ter afeto pelo filho.
Direito e Moral são instrumentos de controle social que pertencem ao campo da ética e que não se excluem.
O Direito é um dos instrumentos de controle social, cujo principal objetivo é o estabelecimento de normas de conduta visando prevenir o conflito e viabilizar a existência em sociedade, trazendo paz, segurança e justiça.
Teoria dos Círculos Secantes: Direito e Moral estão separados, mas tem pontos em comum.
Ordenamento Jurídico pode ser considerado como a organização e o disciplinamento da sociedade realizados por intermédio do Direito, ou seja, concretizados por meio de normas exclusivamente jurídicas.
AULA 03 – ESCOLAS DO PENSAMENTO JURÍDICO
Conceito de Direito Natural
Direoto justo por natureza, que independe da vontade do legislador, sendo derivado da natureza humana (jusnaturalismo) ou dos princípios da razão (jusracionalismo) e sempre presente na consciência dos homens.
SUPERIOR AO DIREITO POSITIVO, ABSOLUTO E UNIVERSAL, ORDEM SOBRENATURAL, ASSOCIADA À PRÓPRIA EXISTÊNCIA HUMANA.
Uma leitura moral a respeito do direito
Partem do princípio da existência de apenas um Direito
São orientados por princípios e valores supremos, que dão sistematicidade e coesão ao conjunto das regras e diretrizes de ordem moral estabelecidas
A lei que contraria preceitos do Direito Natural não é válida
Idade Média: Leis Divinas
Fase Racionalista: Provém da razão humana -> o homem faz suas escolhas 
JUSNATURALISMO: Escola do Direito Natural.
Declínio do Direito Natural
No Séc. XIX começou uma separação rigorosa entre o Direito e a Moral. Surge o Positivismo Jurídico.
O Positivismo Jurídico
Surge na Idade Moderna, a partir de uma preocupação em investir na sistematização e na racionalização do direito, negando a importância do caso a caso, a começar pela ideia do Direito Natural, que seria cheio de questões de ordem moral, que impediam a criação de um direito impessoal e igual para todos.
Na visão positivista, a Ciência do Direito tem por missão estudar a correlação entre as normas que compõem a ordem jurídica vigente. Em relação à Justiça, a atitude do Positivismo Jurídico é a de um ceticismo absoluto.
Sistematização e formalização do Direito -> organização por escrito
Código de Napoleão 1804 -> TODAS AS RESPOSTAS ESTÃO NO CÓDIGO
NÃO SE FAZ JUÍZO DE VALOR DO CONTEÚDO DA LEI -> não há importância 
O Direito é a vontade do legislador = LEI = segurança jurídica
Direito Positivo = regimes totalitários
Correntes do Positivismo Jurídico
1. Escola Histórica Do Direito
ALEMANHA -> Contra a codificação (Savigny critica a codificação / positivismo)
Opunha-se à codificação e à Teoria do Direito Natural e defendia a formação e transformação espontânea do direito, marcado pelo “espírito do povo” (Volksgeist).
DIREITO = COSTUMES E HISTÓRIA DE UM POVO
2. Escola da Exegese – Revolução Francesa 1789 – Liberdade, igualdade e fraternidade.
Código: documento completo de toda a disciplina jurídica de uma certa área do direito. O fim de outras fontes históricas do direito, tais como Direito Romano, Direito Costumeiro e o Direito Natural. (Código de Napoleão 1804)
DIREITO = CÓDIGO = TODAS AS RESPOSTAS
Função mecânica dos juristas = espírito da lei.
Problema: LACUNAS – Não haviam TODAS as respostas no código.
3. Pandectismo Jurídico (Jurisprudência Conceitual) 
Influência do POSITIVISMO. Fiel à tradição germânica. Estudo do Direito Romano.
Perfil doutrinário: estudo resulta nos livros de DIREITO. 
Resolver as questões jurídicas de preferência mediante conceitos e categorias da própria Ciência do Direito.
Diferença fundamental entre essas escolas: a Escola francesa era codicista.
A Escola Histórica (alemã) era de perfil doutrinário, representada por grandes juristas, que tiveram um protagonismo no processo de unificação jurídica e na construção institucional do Estado alemão de Otto Bismarck.
O Pandectismo defendia a imperatividade dos conceitos jurídicos, construídos a partir do estudo das Instituições do Direito Romano, mescladas com a tradição doutrinária germânica.
Apesar de ter sido uma tendência hegemônica (majoritária) no pensamento jurídico do Século XIX, o positivismo jurídico experimentou uma profunda crise, motivada por diferentes fatores, na transição parao Século XX.
Normativismo Jurídico
Foco na norma jurídica e na sua relação com as demais normas, que formam uma estrutura denominada de ordenamento jurídico.
Pontos principais da Teoria Pura do Direito (Normativismo Kelseniano)
Kelsen priorizava o aspecto estrutural do ordenamento jurídico e a correlação entre suas normas, independentemente de concepções ideológicas e de regimes políticos. (Conteúdo não é importante)
Kelsen – jurista, reafirma o Positivismo, DIREITO MORAL.
Pureza metodológica de uma Ciência “Pura” do Direito;
Não considera os aspectos políticos, sociológicos, históricos: nada influencia o Direito.
Norma Fundamental é a matriz do ordenamento jurídico, o pressuposto de validade de todas as normas do ordenamento. Não é norma jurídica, no sentido próprio do termo, uma vez que está acima da pirâmide.
Norma Fundamental = autoridade do Estado = ordenamento jurídico = unidade do Direito.
Caráter hierárquico e de autorreprodução do Direito.
Normas = vontade política do Estado = Direito Positivo
Discricionariedade judicial: Atributo que o juiz possui de decidir o processo a partir do exame das provas nele produzidas, com base na legislação em vigor.
Pirâmide de Kelsen **
Críticas: Utilização pelos regimes totalitários, limitação do objeto da Ciência do Direito, críticas à Norma Fundamental, falta de Direito oponível ao Estado.
Culturalismo Jurídico
Mais moderno, mais aceito. 
Reúne o melhor de cada escola.
A Cultura: Exige método de conhecimento diverso do empregado nas ciências físico-naturais, como objetivação de valores ou sentidos.
O Direito: Pertence ao reino da cultura e não ao da natureza, sendo constituído a partir da experiência histórica das sociedades.
A Teoria Tridimensional de Miguel Reale
A melhor sistematização da visão culturalista sobre o Direito. Para Reale, toda experiência jurídica pressupõe a correlação entre os 3 elementos em destaque no quadro a seguir:
	
	Teoria Tridimensional
	Teoria Tridimensional
	Teoria Tridimensional
	Fato
	Dado da realidade (sociedade)
	Sociologismo/Realismo
	Sociologia Jurídica
	Valor
	Elemento de natureza moral (justiça)
	Jusnaturalismo
	Filosofia Jurídica
	Norma
	Elemento regulador (lei)
	Positivismo/Normativismo
	Dogmática
*Não há hierarquia, não se pode separá-los, NENHUM É PREDOMINANTE.
* Experiência jurídica = FATO, VALOR E NORMA
A Teoria Tridimensional do Direito é uma importante base metodológica para a Ciência do Direito Contemporânea.
AULA 04
Direito Natural
- Superior ao direito positivo, como sendo absoluto e universal por corresponder à natureza humana.
- Consiste na permanente aspiração de justiça que acompanha o ser humano.
Para a corrente jusnaturalismo (jus = direito), além do direito escrito (positivo), há uma ordem superior que é a do direito justo.
O Jusnaturalismo atual idealiza o direito natural como um conjunto de amplos princípios, a partir dos quais o legislador deverá compor a ordem jurídica. 
Os princípios mais apontados referem-se:
Ao direito à vida
À liberdade
À participação na vida social
À igualdade de oportunidades
O Direito Natural não é escrito, não é criado pela sociedade, nem é formulado pelo Estado. É um Direito espontâneo, que se origina da própria natureza social do homem e que é revelado pela conjugação de experiência e razão. É constituído por um conjunto de princípios, e não de regras, de caráter universal, eterno e imutável. 
CARACTERÍSTICAS ATUAIS:
UNIVERSALIDADE
IMUTABILIDADE
INDEBILIDADE – Não podem ser destruídos
OBRIGATORIEDADE – Mesmo que não presente na lei
VALIDEZ – Conteúdo
ETERNO
IRRENUNCIABILIDADE
UNIDADE
NECESSIDADE – É necessário observar estes princípios
Direito Positivo
O Direito Positivo é assim denominado porque é o que provém diretamente do Estado.
Do latim jus positum: imposto, que se impõe, vem a ser também, a base da unidade do sistema jurídico nacional.
Diferenças entre o Direito Natural e o Direito Positivo
Direito Natural
É aquilo em que nossa consciência acredita
Ordenamento jurídico em vigor em um determinado país e em uma determinada época
Direito Positivo
Leis que temos que obedecer, porque foram impostas pela sociedade
Ordenamento ideal, correspondente a uma justiça superior e suprema
	DIREITO POSITIVO
	DIREITO NATURAL
	Temporal: existe em determinada época
	Atemporal
	Vigência: observância pela sociedade e aplicação pelo Estado
	Independe de vigência
	Formal: depende de formalidades para sua existência
	Informal
	Hierárquico: ordem de importância estabelecida entre as regras
	Não hierárquico
	Dimensão espacial: vigência em local definido
	Independe de local
	Criado pelo homem: fruto da vontade do homem
	Emerge espontaneamente da sociedade
	Escrito: códigos, leis, jurisprudência
	Não escrito
	Mutável: mediante a vontade humana
	Imutável
Ponto de vista positivista:
Para os positivistas: “Não há mais Direito que o Direito Positivo”. 
Tomando atitude intransigente perante o Direito Natural, o positivismo jurídico se satisfaz plenamente com o ser do Direito Positivo, sem refletir sobre a forma ideal do Direito, sobre o Dever-Ser jurídico. 
Assim, para o positivista, a lei é em si o único valor.
A lei não pode conter todo o jus. A lei, sem condicionantes valorativos, é uma arma para o bem ou para o mal. 
Direito Substantivo e Direito Adjetivo
O Direito Substantivo (Material) é o conjunto de normas (criadas pelo Estado) que regulamentam os acontecimentos sociais, e que constitui o chamado Direito Material. Ex.: Códigos civil, penal, empresarial.
O Direito Adjetivo (Processual) consiste nas regras que regulam a existência dos processos, bem como o modo destes se iniciarem, se desenvolverem e terminarem. Garante o cumprimento das normas do DIREITO MATERIAL. Instrumento de viabilização do acesso ao Poder Judiciário. 
Direito Objetivo é composto pelas normas jurídicas, as leis, que devem ser obedecidas rigorosamente por todos os seres humanos que vivem na sociedade que adota essas leis. O seu descumprimento, dá origem a sanções. 
Abrange direito positivo, direito material, direito natural, direito processual.
Direito Objetivo = ordenamento jurídico = normas + costumes + vontades das partes. 
Direito Subjetivo, facultas agendi (faculdade de agir) é o poder de exigir uma determinada conduta de outrem, conferido pelo Direito Objetivo, pela norma jurídica.
Direito Público e Privado
Critérios de Distinção
O primeiro é o critério do conteúdo (objeto da relação jurídica). Nesse critério, quando prevalece o interesse geral, o Direito é público, quando prevalece o particular, o Direito é privado. 
Assim, se a relação é de coordenação (partes envolvidas no mesmo patamar), trata-se, em regra, de Direito Privado.
Se a relação é de subordinação, trata-se, em regra, de Direito Público. 
O Estado é o Subordinante (em regra) e a Outra Parte é o Subordinado.
Direito Público e Direito Privado e suas Teorias
Teoria Monista:
A existência de somente um Direito. Existência exclusiva do Direito Privado (Rosmini e Ravà).
Sempre foi o único durante séculos e seu nível de aperfeiçoamento não foi atingido ainda pelo Direito Público.
Teorias Dualistas:
Dois DIREITOS SEPARADOS: - Público - Privado
Teoria do Interesse em jogo:
Depende do interesse público ou particular.
Teoria do Fim:
Finalidade pública ou particular.
Teoria do Titular da Ação:
Quando a iniciativa da ação for do Estado, teremos o Direito Público, quando for do particular, teremos o Direito Privado.
Teorias Trialistas
Além do Direito Público e Privado, admitem alguns estudiosos, um terceiro gênero, chamado por alguns de Direito Misto e por outros de Direito Social Misto.
A Superação da Dicotomia do Direito Público e do Direito Privado
A clássica bipartição romana do direito em público e privado não corresponde mais à realidade jurídica e não atende mais à complexidade das relações da sociedade moderna.
Essa clássica distinção, na vida prática, não tem a importância que alguns juristaspretendem dar, pois o Direito deve ser entendido como um todo.
Direito Interno e Internacional
Monista
Alternativa ao dualismo. Argumentam que o Direito internacional e o Direito interno são noções de uma só ordem jurídica e, neste caso, havendo um só ordenamento, haveria uma norma hierarquicamente superior a todas as demais regulando este único ordenamento. Apresenta duas versões: a que defende a preferência do Direito interno, e, outra, a precedência do Direito internacional.
Dualista
Os dualistas defendem que o Direito Internacional e o Direito interno são concepções distintas, à medida que se encontram baseados em duas ordens: a interna e a externa. (Heinrich Triepel, 1899)
Direito Positivo Interno
Privado
Direito Civil
Direito Empresarial
Público
Direito Constitucional
Direito Administrativo
Direito Financeiro e Tributário
Direito Processual
Direito Penal
Direito Eleitoral
Direito Militar
Novos Direitos
Direito do Trabalho
Direito Previdenciário
Direito Econômico
Direito do Consumidor
Direito Ambiental
Ramos do Direito Público e do Privado
Direito Constitucional
Direito Financeiro
Direito Tributário
Direito Administrativo
Direito Internacional
Direito Ambiental
Direito Penal
Direito Processual etc.
Direito Civil
Direito Empresarial
Direito do Trabalho
Direito do Consumidor
Direito da Criança e do Adolescente
AULA 05 – TEORIA DA NORMA
CONCEITO DE NORMA JURÍDICA
A norma jurídica é um comando, um imperativo dirigido às ações dos indivíduos e das pessoas jurídicas e demais entes. É uma regra de conduta social; sua finalidade é regular as atividades dos sujeitos em suas relações sociais. A Norma Jurídica imputa certa ação ou comportamento a alguém, que é seu destinatário.
Ao se dirigir ao destinatário, a Norma Jurídica proíbe e obriga, onde aquele que deve cumprir estará diante de:
Uma proibição (ex: Proibido fumar neste estabelecimento.); ou
Uma obrigação (ex: Obrigatório o uso de crachá para a entrada neste setor.).
Segundo o Direito Positivo, a Norma Jurídica é o padrão de conduta social imposto pelo Estado, para que seja possível a convivência entre os homens. Paulo Nader conceitua como sendo a conduta exigida ou o modelo imposto de organização social.
Segundo Orlando Secco, são as regras imperativas pelas quais o Direito se manifesta, e que estabelecem as maneiras de agir ou de organizar, impostas coercitivamente aos indivíduos, destinando-se ao estabelecimento da harmonia, ordem e da segurança da sociedade.
Características substanciais da Norma Jurídica
GENERALIDADE: A norma jurídica é preceito de ordem geral, que obriga a todos que se acham em igual situação jurídica. Da generalidade da norma, deduzimos o princípio da isonomia da lei, segundo o qual todos são iguais perante a lei.
 ABSTRATIVIDADE: As Normas Jurídicas visam estabelecer uma fórmula padrão de conduta aplicável a qualquer membro da sociedade. Regulam casos como ocorrem, via de regra, no seu denominador comum. Se abandonassem a abstratividade para regular os fatos em sua casuística, os códigos seriam muito mais extensos e o legislador não lograria seu objetivo, já que a vida em sociedade é mais rica que a imaginação do homem.
BILATERALIDADE: Expressa o fato de a norma possuir dois lados: um representado pelo Direito Subjetivo e o outro pelo Dever Jurídico, de tal modo que um não pode existir sem o outro, pois regula a conduta de um ou mais sujeitos em relação à conduta de outro (s) sujeito (s) — Relação de alteridade.
Sujeito ativo (portador do Direito Subjetivo)
Sujeito passivo (possuidor do Dever Jurídico)
IMPERATIVIDADE: Revela a missão de disciplinar as maneiras de agir em sociedade, pois o Direito deve representar o mínimo de exigências, de determinações necessárias. Assim, para garantir efetivamente a ordem social, o Direito se manifesta por meio de normas que possuem caráter imperativo. Tal caráter significa imposição de vontade e não simples aconselhamento.
COERCIBILIDADE: Possibilidade de uso de coação. Essa possui dois elementos: psicológico e material. O primeiro exerce a intimidação, por meio das penalidades previstas para as hipóteses de violações das Normas Jurídicas. O elemento material é a força propriamente, que é acionada quando o destinatário da regra não a cumpre espontaneamente. As noções de coação e sanção não se confundem. Coação é uma reserva de força a serviço do Direito, enquanto a sanção é considerada, geralmente, medida punitiva para a hipótese de violação de normas.
ATRIBUTIVIDADE: A essência específica da Norma Jurídica é a atributividade (ou autorizamento), porque o que lhe compete é autorizar ou não o uso das faculdades humanas. Assim, a Norma Jurídica é atributiva por atribuir às partes de uma relação jurídica, direitos e deveres recíprocos. Ou seja, atribui à outra parte o Direito de exigir o seu cumprimento. "A Norma Jurídica não atribui ao lesado a faculdade de reagir contra quem o lesou? ”
Os diversos critérios de classificação das Normas Jurídicas
Normas de Conduta
Normas de Organização
Quanto ao tipo de comando
Quanto à amplitude
Quanto ao elemento especial
Quanto ao elemento temporal
Quanto aos efeitos sobre o fato
Outras
1 - NORMAS DE CONDUTA
Normas primárias, exatamente porque cumprem a finalidade básica das regras de direito, que é a disciplina de comportamentos na sociedade. Estrutura da norma = hipótese (fato) + dispositivo (sanção). 
Ex: É proibido pisar na grama. Multa 1 SM.
- NORMAS DE ORGANIZAÇÃO
Normas secundárias, fixam competências e atribuições no âmbito do Estado, algo indispensável no Estado do Direito, no qual prevalece o império da lei, estando as autoridades públicas subordinadas a um princípio de legalidade estrita, segundo o qual as suas ações somente podem ocorrer nos limites fixados pela lei.
- NORMA IMPERATIVA OU COGENTE (PRECEPTIVA)
Exige de seu destinatário uma conduta positiva ou uma ação, sendo antijurídica qualquer atitude diferente da prescrita na lei ou a omissão
- NORMA PROIBITIVA
A hipótese legalmente estabelecida não pode acontecer do contrário enseja aplicação de uma sanção jurídica.
- NORMA SUPLETIVA (PERMISSIVA)
Compreende aquelas situações em que a ordem jurídica cria um padrão de agir, mas permite ao destinatário optar por uma atuação diferente, de acordo com o princípio da autonomia privada. Em relação à Norma Permissiva ainda cabe uma observação importante, no sentido de que o princípio da legalidade, que é um dos pilares do Estado de Direito, funda-se na premissa de que todos são livres para agir até onde a lei limita a sua atuação, preceito que pode ser sintetizado no princípio de que ninguém é obrigado a fazer ou a deixar fazer alguma coisa, senão em virtude de lei.
- NORMA GENÉRICA
As normas que trazem em si princípios de Direito ou garantias fundamentais tendem a ter uma dicção genérica: “Todos são iguais perante a lei”.
- NORMA ESPECÍFICA (PARTICULAR)
São normas específicas, por exemplo, as que disciplinam o contrato de locação imobiliária residencial, exatamente porque há uma infinidade de modalidades contratuais e dentro do contrato de locação há também diferentes espécies.
- NORMA INDIVIDUALIZADA (“DE EFEITOS CONCRETOS”)
Tem aplicação a uma situação determinada, perfeitamente identificável no tempo e no espaço, havendo casos em que sua disciplina jurídica se exaure na incidência sobre um fato específico ou perdura durante reduzido período de tempo.
– NORMA DE DIREITO INTERNACIONAL
Normas estabelecidas com base em tratados, convenções e costumes internacionais, cujo fundamento se encontra no princípio da “autolimitação da soberania”, segundo o qual, os Estados se submetem voluntariamente às regras de direito internacional, a elas aderindo e recepcionando no Direito interno, de acordo com os procedimentos previstos na legislação de cada país.
– NORMA DE DIREITO INTERNO (Federal, Estadual, Municipal)
As normas editadas por um determinado ente da federação terão sua aplicação circunscrita ao território respectivo, sendo a legislação federal aplicávelem todo o território nacional.
QUANTO AO ELEMENTO TEMPORAL
Norma Permanente: O usual é que uma norma ao entrar em vigor, assim permaneça até que outra norma a revogue.
Norma Temporária: Situação excepcional no Direito, se traduz por uma norma cuja vigência é limitada no tempo por disposição expressa daquele que a criou ou pelo exaurimento das hipóteses concretas por ela alcançadas. Uma norma prevendo uma anistia ou um parcelamento de um débito fiscal normalmente terá uma data limite para que os interessados requeiram o benefício. Ex nunc: Os efeitos NÃO retroagem. Ex tunc: Os efeitos retroagem.
Normas codificadas: São aquelas que constituem um corpo orgânico sobre certo ramo do direito, como o Código Civil.
Normas consolidadas: São as que formam uma reunião sistematizada de todas as leis existentes e relativas a uma matéria; a consolidação distingue-se da codificação porque sua principal função é a de reunir as leis existentes e não a de criar leis novas, como em um Código. Ex: CLT.
Normas extravagantes ou esparsas: Na terminologia canônica, eram as constituições pontifícias, posteriores às Clementinas, incluídas no mesmo Direito. Daí dizer-se hoje extravagantes todas as leis que não estão incorporadas às Codificações ou Consolidações: são as leis que vagam fora; são as editadas isoladamente para tratar de temas específicos. Ex: Lei de Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, Lei do Inquilinato etc.
VALIDADE DAS NORMAS JURÍDICAS
Uma Norma Jurídica, para que seja obrigatória, não deve estar apenas estruturada logicamente segundo um juízo categórico ou hipotético, pois é indispensável que apresente certos requisitos de validade.
Para Miguel Reale, a validade de uma Norma Jurídica pode ser vista sob três aspectos:
1) Técnico-formal = vigência – validade formal
2) social = eficácia – validade social
3) ético = fundamento – validade ética
NORMAS DE ORGANIZAÇÃO:
I. Validade Formal (Vigência)
Vigência vem a ser a executoriedade compulsória de uma Norma Jurídica, por haver preenchido os requisitos essenciais à sua feitura ou elaboração.
Dessa forma, a Norma Jurídica tem vigência quando pode ser executada compulsoriamente pelo fato de ter sido elaborada com observância aos requisitos essenciais exigidos:
1) Emanada de órgão competente;
2) com obediência aos trâmites legais;
3) E cuja matéria seja da competência do órgão elaborador.
A) VALIDADE FORMAL (Vigência)
Vigência vem a ser "a executoriedade compulsória de uma norma jurídica, por haver preenchido os requisitos essenciais à sua feitura ou elaboração" (Miguel Reale). Desta forma, a norma jurídica tem vigência quando pode ser executada compulsoriamente pelo fato de ter sido elaborada com observância aos requisitos essenciais exigidos:
1) emanada de órgão competente,
2) com obediência aos trâmites legais,
3) e cuja matéria seja da competência do órgão elaborador
B) VALIDADE SOCIAL OU EFICÁCIA.
Sob o prisma técnico-formal, uma norma jurídica pode ter validade e vigência, ainda que seu conteúdo não seja cumprido; mesmo descumprida, ela vale formalmente. Porém, o Direito autêntico é aquele que também é reconhecido e vivido pela sociedade, como algo que se incorpora ao seu comportamento. Assim, a regra do Direito deve ser não só formalmente válida, mas também socialmente eficaz.
Eficácia vem a ser o reconhecimento e vivência do Direito pela sociedade, “é a regra jurídica enquanto monumento da conduta humana” (Miguel Reale). Dessa forma, quando as Normas Jurídicas são acatadas nas relações intersubjetivas e aplicadas pelas autoridades administrativas ou judiciárias, há eficácia. “Vigência não se confunde com eficácia; logo, nada obsta que uma norma seja vigente sem ser eficaz, ou que seja eficaz sem estar vigorando”.
Lei em desuso: É ineficaz desde o seu nascedouro. O desuso de uma norma tem causas variadas, podendo ser resultado do fenômeno da norma defectiva, que prevê hipótese, mas não contém sanção; ser decorrente de uma hipótese legal de impossível cumprimento em termos concretos ou de uma exigência jurídica irrazoável, injusta ou que afronte o senso comum que predomina na sociedade. 
Lei Anacrônica (velha, ultrapassada, defasada): É aquela que durante um determinado período até teve aplicação na sociedade, mas que sofreu um enfraquecimento de sua normatividade com o passar dos anos.
Não se pode confundir desuso e ineficácia da norma com o fato de que determinadas regras de direito são reiteradamente descumpridas como resultado da falta de exigibilidade de sua observância por parte das autoridades públicas competentes.
C) VALIDADE ÉTICA OU FUNDAMENTO
Toda Norma Jurídica, além da validade formal (vigência) e validade social (eficácia), deve possuir ainda validade ética ou fundamento, que é, na verdade, o valor ou o fim visado pela Norma Jurídica. De fato, toda a norma jurídica deve ser sempre uma tentativa de realização de valores necessários ao homem e a sociedade. Se ela visa atingir um valor ou afastar um desvalor, ela é um meio de realização desse fim valioso, encontrando nele a sua razão de ser ou o seu fundamento. As regras que protegem, por exemplo, as liberdades, são consideradas como tendo fundamento, porque buscam um valor considerado essencial ao ser humano.
Conclusão
Realmente, é o valor que legitima uma Norma Jurídica que lhe dá uma legitimidade. Daí a distinção entre legal (que possui validade formal) e legítimo (que possui validade ética). Podemos dizer que o valor que dá a razão última da obrigatoriedade da norma. Ela obriga porque contém preceito capaz de realizar o valor; em última análise, esta é a fonte primordial da obrigatoriedade de uma regra de direito (imperatividade em termos axiológicos).
AULA 6 – TEORIA DO ORDENAMENTO JURÍDICO
Ordenamento Jurídico e seus elementos constitutivos
Em geral, um sistema é um conjunto com estrutura e organização determinados, com características básicas, tais como:
Pluralidade de elementos: Todo sistema tem como pressuposto a existência de mais de um elemento. Sendo um elemento não há que falar de sistema.
Interação entre os elementos: Para que exista um sistema, não basta a existência de diferentes elementos, é indispensável que exista uma correlação entre eles, para que se integrem de algum modo.
Harmonia entre os elementos: Além de se relacionarem, os elementos de um sistema devem fazê-lo de modo harmônico. O atrito entre os componentes do sistema compromete a sua própria estabilidade, podendo levar até ao seu perecimento.
SISTEMA JURÍDICO = ORDENAMENTO JURÍDICO
O Ordenamento Jurídico é formado por diversas normas, que vigoram em um mesmo Estado, com interdependência entre elas, sendo que uma serve de fundamento de validade para a outra.
SISTEMAS JURÍDICOS
Sistema Estático: Ordem moral não relacional. A norma é validada, se justa ou de acordo com a concepção de Direito Natural.
Sistema Dinâmico: A validade da norma é determinada por critérios formais, não pelo seu conteúdo e sim pelo grau de autoridade de quem a elabora.
Modelo do Sistema Jurídico na atualidade
Dentro da ótica culturalista, que predomina no pensamento jurídico contemporâneo, pode-se dizer que a visão sistemática do ordenamento jurídico se apresenta com uma estrutura dinâmica no que tange à hierarquização normativa e à interdependência entre as normas, com traços estáticos. 
“O sistema de legalidade do Estado, formado pela totalidade das normas vigentes, que se localizam em diversas fontes”.
“O sistema de normas jurídicas in acto, compreendendo as fontes de direito e todos os seus conteúdos e projeções: é, pois, os sistemas das normas em sua concreta realização, abrangendo tanto as regras explícitas como as elaboradas para suprir as lacunas do sistema, bem como as que cobrem os claros deixados ao poder discricionário dos indivíduos (normas negociais) ”.
Os elementos do Ordenamento Jurídico brasileiro estão estruturados na forma de atenderem à obediência aos ditames da Constituição Federal. Todo o nosso Direito Positivo, para ter validade, deriva-se dos princípios constitucionais.A Teoria do Ordenamento Jurídico, como um todo, se organiza em torno de uma premissa de autoridade política estatal, que terá uma projeção formal na correlação hierarquizada entre as normas jurídicas. Há normas de maior peso, situadas topograficamente nos estratos mais elevados da alegoria piramidal de Hans Kelsen, e outras a elas subordinadas, que se encontram mais próximas da base. Os elementos do ordenamento jurídico brasileiro estão estruturados na forma de atenderem à obediência aos ditames da Constituição Federal. Todo o nosso direito positivo para ter validade deriva-se dos princípios constitucionais. 
NORMAS SUPERIORES FUNDAMENTAM AS INFERIORES: PRODUÇÃO (PODER)
NORMAS INFERIORES EXECUTAM OS COMANDOS DAS SUPERIORES: EXECUÇÃO (DEVER)
Em uma estrutura hierárquica, como o ordenamento jurídico, os termos execução e produção são relativos, porque a mesma norma pode ser considerada, ao mesmo tempo, executiva e produtiva.
As leis ordinárias são executórias em relação à Constituição e produzem os regulamentos.
Todas as normas de um ordenamento são, a uma só vez, produtivas e executivas, à exceção daquela no grau mais alto (Norma Fundamental).
Segundo Kelsen, normas não estão todas em um mesmo plano de análise. Existem normas superiores e inferiores. As inferiores são subordinadas às normas superiores, e este escalonamento garante unidade ao sistema. 
Pirâmide de Kelsen
Hierarquia de normas: As normas de direito encontram sempre seu fundamento em outras normas jurídicas. As normas inferiores encontram seu fundamento de validade em outras normas de escalão superior. 
Desde a norma mais simples até a própria Constituição ocorre o fenômeno da "pirâmide jurídica". Representa-se esta estrutura hierárquica de um ordenamento por meio de uma pirâmide. 
Constituição
Relação de Superioridade
Normas Constitucionais: Ocupam o grau mais elevado da hierarquia das normas jurídicas. Todas as demais devem subordinar-se às normas presentes na Constituição Federal, isto é, não podem contrariar os preceitos constitucionais.  Quando contrariam, costuma-se dizer que a norma inferior é inconstitucional.
Normas Complementares: São as leis que complementam o texto constitucional. A lei complementar deve estar devidamente prevista na Constituição. Isso quer dizer que a Constituição declara, expressamente, que tal ou qual matéria será regulada por lei complementar.
Normas ordinárias: São as normas elaboradas pelo Poder Legislativo em sua função típica de legislar.  Exemplo: Código Civil, Código Penal, Código Tributário etc. São as normas elaboradas pelo Poder Legislativo em sua função típica de legislar.  Exemplo: Código Civil, Código Penal, Código Tributário etc.
Normas regulamentares: São os regulamentos estabelecidos pelas autoridades administrativas em desenvolvimento da lei. Exemplo: decretos e portarias. 
Normas individuais: São as normas que representam a aplicação concreta das demais normas do Direito à conduta social das pessoas.  Exemplo: sentenças, contratos etc. São as normas que representam a aplicação concreta das demais normas do Direito à conduta social das pessoas. Exemplo: sentenças, contratos etc.
LIMITES DO PODER NORMATIVO
Quando a Constituição atribui a um órgão inferior um poder normativo não o faz de forma ilimitada, estabelecendo os limites dentro dos quais ele poderá ser exercido.
LIMITES MATERIAIS
Dizem respeito ao conteúdo da norma que a autoridade em posição hierarquicamente inferior tem competência para editar.
LIMITES FORMAIS
Prescrevem o modo ou procedimento pelo qual as normas de hierarquia inferior podem ser editada pelos órgãos legislativos, no que se refere à inciativa do processo legislativo, tramitação de projetos e quórum de aprovação, competência para legislar. Quando a Constituição atribui a um órgão inferior um poder normativo, não o faz de forma ilimitada, estabelecendo os limites dentro dos quais ele poderá ser exercido.
NORMA FUNDAMENTAL E PODER CONSTITUINTE
Ambos são pressupostos para a própria existência do ordenamento jurídico, sendo o primeiro normalmente analisado sob o prisma de seu papel no funcionamento da estrutura hierarquizada da ordem jurídica e o segundo dentro da preocupação com as relações reais de poder na sociedade, que têm o seu retrato no texto da Constituição.
Ambos são pressupostos para a própria existência do Ordenamento Jurídico:
A Norma Fundamental, normalmente é analisada sob o prisma de seu papel no funcionamento da estrutura hierarquizada da ordem jurídica
O Poder Constituinte é analisado dentro da preocupação com as relações reais de poder na sociedade, que têm o seu retrato no texto da Constituição.
A visão sistemática do ordenamento tem relevantes repercussões de ordem prática, que se expressam por meio de diferentes processos técnicos de aplicação. No estabelecimento de uma correlação lógica entre as normas jurídicas e na preservação da integridade do ordenamento faz-se necessária a utilização de alguns critérios técnicos de base doutrinária e previstos expressamente em lei, no direito brasileiro.
NORMAS, REGRAS E PRINCÍPIOS. CONCEITOS E DISTINÇÕES
Para Canotilho o sistema jurídico é um sistema normativo aberto de regras e princípios:
(1) é um sistema jurídico porque é um sistema dinâmico de normas;
(2) é um sistema aberto porque tem uma estrutura dialógica traduzida na disponibilidade e ‘capacidade de aprendizagem’ das normas constitucionais para captarem a mudança da realidade e estarem abertas às concepções cambiantes da ‘verdade’ e da ‘justiça’;
(3) é um sistema normativo, porque a estruturação das expectativas referentes a valores, programas, funções e pessoas, é feita através de normas;
(4) é um sistema de regras e de princípios, pois as normas do sistema tanto podem revelar-se sob a forma de princípios como sob a sua forma de regras. 
Ronald Dworkin mostra que, nos chamados casos-limites ou hard cases, quando os juristas debatem e decidem em termos de direitos e obrigações jurídicas, eles utilizam standards que não funcionam como regras, mas, trabalham com princípios, política e outros gêneros de standards. 
Princípios são as diretrizes gerais de um ordenamento jurídico (ou de parte dele). Seu espectro de incidência é muito mais amplo que o das regras. Entre eles pode haver "colisão", não conflito. Quando colidem, não se excluem. Como "mandados de otimização" que são (segundo Robert Alexy), sempre podem ter incidência em casos concretos (às vezes, concomitantemente dois ou mais deles). São as diretrizes gerais de um ordenamento jurídico (ou de parte dele). Seu espectro de incidência é muito mais amplo que o das regras. Entre eles pode haver "colisão", não conflito. Quando colidem, não se excluem. 
As regras disciplinam uma determinada situação; quando ocorre essa situação, a norma tem incidência; quando não ocorre, não tem incidência. Para as regras vale a lógica do tudo ou nada (Dworkin). 
Quando duas regras colidem, fala-se em "conflito"; ao caso concreto uma só será aplicável (uma afasta a aplicação da outra). 
O conflito entre regras deve ser resolvido pelos meios clássicos de interpretação: a lei especial derroga a lei geral, a lei posterior afasta a anterior etc.
A diferença marcante entre as regras e os princípios, portanto, reside no seguinte:
- A regra cuida de casos concretos. Ex.: o inquérito policial destina-se a apurar a infração penal e sua autoria – CPP, art. 4º. 
- Os princípios norteiam uma multiplicidade de situações. O princípio da presunção de inocência, por exemplo, cuida da forma de tratamento do acusado bem como de uma série de regras probatórias (o ônus da prova cabe a quem faz a alegação, a responsabilidade do acusado só pode ser comprovada constitucional, legal e judicialmente etc.).
OS PRINCÍPIOS DESEMPENHAM FUNÇÕES ESTRATÉGICAS, A SABER: FUNDAMENTADORA, INTERPRETATIVA E SUPLETIVA OU INTEGRADORA.
- Por força da função fundamentadora dos princípios, outras normas jurídicas neles encontram o seu fundamento de validade. Ex.: O artigo 261 do CPP (que asseguraa necessidade de defensor ao acusado) tem por fundamento os princípios constitucionais da ampla defesa, do contraditório, da igualdade etc.
- Os princípios, não só orientam a interpretação de todo o ordenamento jurídico, mas também cumprem o papel de suprir eventual lacuna do sistema (função supletiva ou integradora). No momento da decisão o juiz pode valer-se da interpretação extensiva, da aplicação analógica bem como do suplemento dos princípios gerais de direito (CPP, art. 3º).
PRINCÍPIO DA PLENITUDE DO ORDENAMENTO JURÍDICO
O ordenamento jurídico não pode deixar a descoberto, sem dar solução, qualquer litígio ou conflito capaz de abalar o equilíbrio, a ordem e a segurança da sociedade. Por isso, ele contém, a possibilidade de solução para todas as questões que surgirem na vida de relação social, suprindo as lacunas deixadas pelas fontes do direito
REGRAS DA COMPLETUDE NO BRASIL
A completude do Ordenamento Jurídico é muito mais do que uma mera premissa metodológica ou doutrinária, sendo um elemento fundamental para a garantia do monopólio da criação do direito por parte do Estado. No direito brasileiro, vigoram normas que fornecem ao juiz o instrumental necessário para que ele decida o caso concreto, mesmo nas situações em que não haja legislação tratando do tema. O julgador deverá se valer das chamadas fontes secundárias ou subsidiárias de direito, que nada mais são do que instrumentos técnicos de aplicação, voltados à garantia da completude do ordenamento jurídico.
As regras de completude do direito são exatamente aquelas contidas nos artigos 126 e 127 do Código de Processo Civil:
Art. 126. O juiz não se exime de sentenciar ou despachar alegando lacuna ou obscuridade da lei. No julgamento da lide caber-lhe-á aplicar as normas legais; não as havendo, recorrerá à analogia, aos costumes e aos princípios gerais de direito.
Art. 127. O juiz só decidirá por equidade nos casos previstos em lei.

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