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Recife, 2013 Concreto Armado FBV – Faculdade de Boa Viagem CURSO: Engenharia de Produção PROFESSOR: Maurício Pimenta Semestre: 2º Semestre / 2013 Período Letivo: 10º Produção da Estrutura em Concreto Armado Concretagem 2 Concretagem • Pode ser entendida como a ação referente às etapas de produção, lançamento e adensamento do concreto; • A produção do concreto poderá ser feita na própria obra (concreto feito em obra) ou numa empresa terceirizada (concreto pré-fabricado); 3 Produção da Estrutura em Concreto Armado 4 Produção da Estrutura em Concreto Armado Concreto Argamassa fresca Areia Pasta de Cimento Pedras Cimento Água 5 Produção em Central Produção na Obra Produção da Estrutura em Concreto Armado Concretagem 6 Manualmente Produção da Estrutura em Concreto Armado Concretagem 7 Seqüência de Produção Produção da Estrutura em Concreto Armado Concretagem 8 Produção da Estrutura em Concreto Armado Concretagem Lançamento 9 Bombeamento Produção da Estrutura em Concreto Armado Concretagem Lançamento 10 Tremonha Concreto Projetado Produção da Estrutura em Concreto Armado Concretagem Espalhamento 11 •Nessa etapa utilizam-se enxadas ou pás e não se tem o objetivo de nivelar o concreto, mas apenas de distribuí-lo por todo o componente estrutural, preenchendo os locais de difícil acesso e facilitando a atividade de nivelamento. •O espalhamento não tem a necessidade de ocorrer em todas as situações. Com isso, concretagens mais lentas, em que o concreto é lançado com mais cuidado, podem suprimi-la, passando direto para a etapa de adensamento. Produção da Estrutura em Concreto Armado Concretagem Adensamento 12 a. No momento do lançamento e imediatamente após a conclusão desta etapa, o concreto deve ser adequadamente vibrado, a fim de que preencha todos os recantos da fôrma e alcance sua homogeneidade máxima. b. Concreto mal adensado terá propriedades físicas comprometidas, como alta porosidade, aderência ineficiente à armadura (condição fundamental para um bom comportamento do concreto armado), além de um acabamento deselegante. Os métodos utilizados para o adensamento (ou compactação) são: MANUAL: É utilizado em obras de menor responsabilidade, pequeno porte, ou ainda no caso de falta temporária de energia durante a concretagem. Ela pode ser executada com soquetes de madeira fabricados na própria obra, em camadas nunca superiores a 20 cm ; Produção da Estrutura em Concreto Armado Concretagem Adensamento 13 MECÂNICO: É o método preferível de adensamento, utilizado em praticamente todas as obras. O mais comumente encontrado é o vibrador de agulha ou imersão, mas existem também o de superfície e o externo ou de fôrma (mesa vibratória). Produção da Estrutura em Concreto Armado Concretagem Adensamento 14 Produção da Estrutura em Concreto Armado Concretagem Mesa vibratória Adensamento 15 Há ainda algumas regras gerais que podem ser seguidas na vibração do concreto, como: a. A vibração deve ser feita a uma profundidade não superior ao comprimento da agulha do vibrador; b. As camadas devem ter espessuras máximas compreendidas entre 40 e 50cm; c. As distâncias entre os pontos de aplicação do vibrador devem ser da ordem de 6 a 10 vezes o diâmetro da agulha (aproximadamente 1,5 vezes o raio de ação). d. À distância até onde o efeito do vibrador se faz sentir dá-se o nome de raio de vibração; Produção da Estrutura em Concreto Armado Concretagem Adensamento 16 Produção da Estrutura em Concreto Armado Concretagem Adensamento 17 • É preferível vibrar por períodos curtos, em pontos próximos, a vibrar por muito tempo em pontos mais distantes; • A vibração deve ser evitada em pontos próximos às fôrmas (menos de 100 mm); • Colocar a agulha na posição vertical, uma vez que, inclinando-se a agulha, a transmissão do esforço não se dá de forma homogênea; Produção da Estrutura em Concreto Armado Concretagem Adensamento 18 • Retirar a agulha da massa do concreto lentamente, para evitar a formação de buracos que se enchem de pasta. • O excesso de vibração produz segregação do concreto, ficando as partes inferiores com mais pedra, e argamassa ou nata em excesso na superfície; • Não encostar o vibrador na armadura, pois afeta a aderência do concreto ao aço e, em vigas, pode deslocar os estribos; Produção da Estrutura em Concreto Armado Concretagem Fabricação de Armaduras de Aço • O treinamento de pessoas envolvidas em todas as etapas de confecção das armaduras é importante; • Este treinamento deve compreender as etapas desde a descarga dos vergalhões até a colocação das armações na fôrma; 20 Produção da Estrutura em Concreto Armado Concretagem Fabricação de Armaduras de Aço 21 A montagem das amaduras deve ser realizada sobre um cavalete ou, no caso de lajes, diretamente sobre as fôrmas, após o corte das barras nas medidas indicadas no projeto. Produção da Estrutura em Concreto Armado Concretagem Fabricação de Armaduras de Aço 22 Para facilitar utiliza-se uma marcação com giz no ponto onde deverão ser amarrados os estribos. Em seguida, com o auxílio de uma torquês, os estribos devem ser amarrados ao vergalhão da armadura com arame recozido, girando até que fiquem bem presos. Produção da Estrutura em Concreto Armado Concretagem Fabricação de Armaduras de Aço 23 Produção da Estrutura em Concreto Armado Concretagem Fabricação de Armaduras de Aço 24 Produção da Estrutura em Concreto Armado Concretagem Fabricação de Armaduras de Aço 25 Para montagem das armaduras devem ser empregados os espaçadores. Em vigas e pilares, usam-se os modelos circulares. Produção da Estrutura em Concreto Armado Concretagem Fabricação de Armaduras de Aço 26 Para lajes, deve-se utilizar espaçadores do tipo cadeirinha. Nesses casos, os espaçadores devem estar centralizados nos encontros de ferragens. Produção da Estrutura em Concreto Armado Concretagem Fabricação de Armaduras de Aço 27 Produção da Estrutura em Concreto Armado Concretagem Fabricação de Armaduras de Aço • Risco de Acidentes: – Descarregamento dos vergalhões; – Estocagem dos vergalhões; – Transporte dos vergalhões; – Corte dos vergalhões; – Dobramento das peças cortadas; – Montagem da armadura. 28 Produção da Estrutura em Concreto Armado Concretagem Forma 29 A forma pode ser considerada como o conjunto de componentes cujas funções principais são: •Dar forma ao concreto - molde; •Conter o concreto fresco e sustentá-lo até que tenha resistência suficiente para se sustentar por si só; •Proporcionar à superfície do concreto a rugosidade requerida; •Servir de suporte para o posicionamento da armação, permitindo a colocação de espaçadores para garantir os cobrimentos; Produção da Estrutura em Concreto Armado Concretagem Forma 30 •Servir de suporte para o posicionamento de elementos das instalações e outros itens embutidos; •Servir de estrutura provisória para as atividades de armação e concretagem, devendo resistir às cargas provenientes do seu peso próprio, além das de serviço, tais como: pessoas, equipamentos e materiais; •Proteger o concreto novo contra choques mecânicos; •Limitar a perda de água do concreto, facilitando a cura. Produção da Estrutura em Concreto Armado Concretagem Forma 31 Molde: É o que caracteriza aforma da peça e, segundo Fajersztajn [1987], é o elemento que entra em contato direto com o concreto, definindo o formato e a textura concebidos para a peça durante o projeto. Produção da Estrutura em Concreto Armado Concretagem Forma 32 Estrutura do Molde: É o que dá sustentação e travamento ao molde e, segundo Fajersztajn [1987], é destinada a enrijecer o molde, garantindo que ele não se deforme quando submetido aos esforços originados pelas atividades de armação e concretagem, podendo ter diferentes configurações em função do sistema de fôrmas e da peça considerada. Produção da Estrutura em Concreto Armado Concretagem Forma 33 Escoramento (cimbramento): é o que dá apoio a estrutura da fôrma. É o elemento destinado a transmitir os esforços da estrutura do molde para algum ponto de suporte no solo ou na própria estrutura de concreto [Fajersztajn, 1987]. É constituído genericamente por guias, pontaletes e pés-direitos. É comum o emprego de madeira bruta ou aparelhada, aço na forma de perfis tubulares extensíveis e de torres. Acessórios: são componentes utilizados para nivelamento, prumo e locação das peças, sendo constituídos comumente por aprumadores, sarrafos de pé- de-pilar e cunhas. É comum a utilização de elementos metálicos (aço) e cunhas de madeira. Produção da Estrutura em Concreto Armado Concretagem 34 Cimbramento Madeira Produção da Estrutura em Concreto Armado Concretagem 35 Cimbramento Metálico Produção da Estrutura em Concreto Armado Concretagem Forma para Laje. 36 Produção da Estrutura em Concreto Armado Concretagem Elementos principais: painéis, travessões, guias, pés-direitos, talas, cunhas e calços. Forma para Laje. 37 Produção da Estrutura em Concreto Armado Concretagem Forma para Vigas 38 Produção da Estrutura em Concreto Armado Concretagem Elementos principais: faces de viga, fundo de viga, travessa de apoio (das gravatas), gravatas (ou gastalhos), pontaletes (similar ao pé-direito da laje) Forma para Vigas 39 Produção da Estrutura em Concreto Armado Concretagem Forma para Pilar 40 Produção da Estrutura em Concreto Armado Concretagem Elementos principais: faces de pilar, gravatas (gastalhos), gastalhos de pé-de pilar, escoras para aprumar o pilar Forma para Pilar 41 Produção da Estrutura em Concreto Armado Concretagem Nivelamento 42 Depois de adensado, o concreto é nivelado superficialmente. Essa operação é chamada de sarrafeamento por utilizar um sarrafo apoiado e mestras que estabelecem a espessura da laje. Pode-se também utilizar taliscas, de aço, madeira ou argamassa como referência de nível. No caso de elementos verticais, o nivelamento é substituído pela conferência do prumo, pois similarmente às lajes e vigas, durante a concretagem, as forma podem sair do ajuste inicial. Produção da Estrutura em Concreto Armado Concretagem Acabamento 43 Essa etapa visa dar à superfície da laje a textura desejada; no entanto, nem todas as obras chegam a executá-la, deixando a laje apenas sarrafeada. Segundo padrão de acabamento superficial, as lajes poderão ser classificadas em: Lajes Convencionais – São aquelas em que não existe, durante a execução, um controle efetivo do seu nivelamento e rugosidade superficial; Lajes Niveladas – São aquelas que possuem controle do seu nivelamento, de maneira que a camada reguladora (contrapiso) passe a ser aplicada com a espessura especificada no projeto, sem, no entanto, dispensar o seu uso; Lajes Acabadas – São aquelas que oferecem um substrato com adequada rugosidade superficial, planeza e nivelamento ou declividade, necessário à fixação ou assentamento da camada final de piso, dispensando a camada de contrapiso; Produção da Estrutura em Concreto Armado Concretagem Cura 44 •A cura é um conjunto de procedimentos adotados para evitar que esta água da mistura evapore das regiões superficiais do concreto; •A cura mal executada pode ocasionar fissuração nas peças, e afeta diretamente a durabilidade, a qual é inicialmente controlada pelas propriedades das camadas superficiais desse concreto, aumentando a porosidade; •Aspectos importantes que podem influenciar o tempo de cura: condições atmosféricas (temperatura, umidade relativa), geometria da peça concretada (em função da área exposta e do volume da peça), e agressividade do meio ambiente e o tipo de cimento. Produção da Estrutura em Concreto Armado Concretagem Cura 45 Vários são os métodos de cura que podem ser utilizados nas obras de concreto: I. VIA ÚMIDA: É a situação que ocorre na maioria das obras, e visa manter a superfície de concreto sempre com água, impedindo assim a evaporação daquela existente na mistura. Os procedimentos mais comuns são: irrigação periódica da superfície, represamento ou imersão, borrifamento de água ou neblina, recobrimento das superfícies com areia ou sacos de aniagem mantidos sempre úmidos, emprego de compostos impermeabilizantes de cura; II. VIA QUÍMICA: É o uso de produtos químicos especializados na manutenção da umidade do concreto. O exemplo mais comum é a aplicação superficial de cloreto de cálcio; III. VAPOR: É utilizado para acelerar o ritmo da obra, já que elevados graus de hidratação podem ser obtidos em poucas horas. É muito comum sua execução quando há a necessidade do maior número de reutilização de fôrmas possível. Este procedimento consiste em aquecer as fôrmas com a utilização de vapor d’água com temperaturas em torno de 80oC. Produção da Estrutura em Concreto Armado Concretagem
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