Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Universidade Estadual Paulista "Julio de Mesquita Filho" Campus Assis Didática Docente: Alonso Grupo:Janainna Zanella Gomes, Felipe A. Cunha, Mateus Monteiro, João Baptista, Thiago Koiti Kaiya. ASSIS, 2013 O ensino/aprendizagem no contexto da sala de aula Maria Regina Guarnieri, Graduada em Pedagogia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP, 1978), Mestrado em Educação pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR, 1990) e Doutorado em Educação pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR, 1996); Professora Assistente Doutor da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Ensino- Aprendizagem. Atuando principalmente nos seguintes temas: professor iniciante, trabalho docente, desenvolvimento profissional docente. Seus estudos partem do pensamento e do desenvolvimento profissional dos professores iniciantes e dos experientes, buscado uma “epistemologia da prática” que explica como se configura o processo de aprender a ensinar, de tornar-se professor, contrastando, os professores iniciantes com os experientes, para investigar os diferentes níveis de construção do conhecimento sobre a profissão que cada um desses dois tipos de professores possui, inclusive construindo pontes entre a formação básica e o início da carreira, a partir da concepção de formação como um processo contínuo. A autora tem como verdade que “esses estudos têm colocado novas questões para se repensarem os cursos de formação dos professores, no sentido de se reverem as dicotomias que sempre são citadas quando se inicia uma discussão sobre formação, tais como: teoria versus prática, formação inicial versus formação continuada, conhecimento científico versus conhecimento pedagógico”. O foco central do trabalho de Guarnieri, que investiga como se dá o processo de aprender a ensinar a partir do exercício da profissão, contrário ao modelo tradicional de racionalidade técnica (em que "o professor e a prática em geral são puros receptores e consumidores dos produtos de investigação".) traz as seguintes indagações: “O que faz o professor ao ingressar na docência? Ao deparar-se com os problemas e dificuldades, a que recursos teórico-práticos o professor iniciante recorre ou cria para tomar decisões que possibilitem superá-las? Quais características, orientações, modelos o professor iniciante teve que buscar ou desenvolver para iniciar seu trabalho? Até que ponto a formação básica tem contribuído para desencadear nesse professor a construção de uma atuação compromissada com um ensino de melhor qualidade?” . Nessa contraposição ao modelo tradicional (racionalidade técnica), evidencia Guarnieri, tem se pautado no reconhecimento do papel do professor não como um técnico que aplica à sua prática as teorias transmitidas pelos cursos de formação, mas como profissional que adquire e desenvolve conhecimentos a partir da prática e no confronto com as condições da profissão. Em pesquisas feitas com professores iniciantes, revelaram que os cursos de Licenciatura não as prepararam para atuar, estes possuem poucas experiências de natureza prática, deixando-os inseguros para assumirem a sala de aula. As noções trazidas do curso de licenciatura sobre a profissão eram vagas e ambíguas gerando expectativas negativas e a antecipação da ideia de fracasso e incompetência antes do ingresso no exercício profissional. Partindo da premissa de que o professor é um ser social, constituído e constituinte do seu meio, denota que ele passa por um percurso profissional em que acontecem mudanças de aspirações, de sentimentos e mudanças de sentido da vida e da profissão. Guarnieri diz que neste percurso muitos saberes e crenças vão sendo estruturadas e desestruturadas nestas fases. Algumas vão sendo estruturadas no curso de formação de professores, no início da carreira e outras ao longo da carreira que, nesse percurso, ou se afirmam ou se desestruturam. Nessa investigação pautada no questionamento de como os professores constroem algumas de suas concepções e crenças ao longo da vida, como cidadão, na escola, em sua formação e com isso repensá-las em outras bases, concluímos que: o professor é um indivíduo que constrói na sua vida e na sua formação a sua própria visão de mundo de sorte que não pode ser visto como um robô que executa e processa informações; que não é somente na vida que se aprende e se constrói o alicerce profissional, pois a escola onde ele trabalha também lhe dá uma gama de experiências que influenciarão essas suas construções cognitivas sendo que é na escola onde passa a maior parte de seu tempo e, portanto, o lugar de cultura onde justamente boa parte de suas concepções e seus saberes são construídos; o professor não constrói seus saberes somente durante sua vida, e não só a escola, como sua cultura, lhe proporciona meios para construir estes saberes. Há também o momento de sua formação acadêmica que deve ter papel decisivo na construção do profissional professor. Essa formação não é somente a inicial, mas também a continuada que acontece no exercício do seu serviço profissional. Desta feita, portanto, podemos dizer que a profissão docente é um constante e incessante aprendizado, de que os professores não foram e não estão bem preparados, que estão aprendendo com a prática e que a vida lhes ensina para poder ensinar também. Luciana Maria Giovanni, Licenciada em Pedagogia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1972), Mestrado em Educação: História, Política, Sociedade pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1988) e Doutorado em Educação pela Universidade de São Paulo (USP, 1994); é Docente pesquisadora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e professora aposentada da Universidade Paulista Júlio de Mesquita Filho; contribui para o estudo de Guarnieri apontando caminhos que percebe como viáveis e promissoras para compreender tanto o processo de formação dos professores, quanto da atuação profissional e inserção no mundo escolar e social. Para isto, ela evidencia que o eixo básico da formação e dever de ofício para a atuação do profissional docente no universo escolar e na vida social é justamente a sua capacidade de indagação e reflexão, de sorte que seus pensamentos e ações é que revelarão, como sinais de sua profissão, o compromisso com o ensino e a aprendizagem do conhecimento. Esse conhecimento não é algo pronto e acabado, o que define o trabalho do professor (na condução do processo de ensino) e dos alunos ( no processo de aprendizagem) é o ato de busca constante do conhecimento, terminando por implicar esta relação professor/aluno, ensino/aprendizagem, numa relação de cumplicidade no que se refere ao compromisso de buscar conhecimentos a respeito do conteúdo a ser ensinado, a respeito dos seres humanos envolvidos nessa relação, seu espaço, seu momento histórico e, sobretudo, a respeito de como realizar e aperfeiçoar tanto o trabalho de ensinar, quanto o trabalho de aprender, e, tudo isso é motivo para indagação e reflexão como marcas da profissão docente. O professor , desta maneira, deve se transformar em investigador de sua própria prática e em produtor legítimo de conhecimento sobre ela, numa atitude não passiva, mas ativa, interrogando problemas concretos, com o intuito de compreendê-los, investigá-los, agir sobre eles e sobre as novas condições que sua investigação e a ação dela resultante, podem gerar, sendo que este processo melhor será se realizado em conjunto, pois assim ganhará mais força e será mais efetivo quanto mais coletivo e solidário for.Trata-se, pois de um trabalho de educação de consciência a ser enfrentado na formação inicial (acadêmica) e na formação continuada(em serviço) de professores e formadores de professores. A autora enumeratrês condições que devem marcar o exercício de indagação e reflexão pelos docentes: a)voltar-se para dentro(a própria prática docente) e para fora(as condições sociais em que se situam a prática); b) reconhecer o caráter político de tudo o que os professores fazem e as situações de desigualdade que manifestam na sala de aula(questões de raça, classe social, gênero e de acesso ao conhecimento); e c) tornar a atitude de reflexão uma prática social para o professor e alunos. Antonio dos Santos Andrade, Graduado em Psicologia pela Universidade de São Paulo (USP, 1976), Mestrado (1981) e Doutorado (1987) em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, Pós Doutorado no Programa de Pós Graduação em Educação pela Universidade Federal de São Carlos (1993) e formação em Psicodrama pelo Instituto de Psicodrama de Ribeirão Preto (1992); é Professor Doutor dos Cursos de Graduação e Pós Graduação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras e Psicologia de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, nas disciplinas Psicologia Escolar e Produção de Subjetividades e Educação; faz parte de um grupo de dez professores de educação especial numa certa instituição de ensino especial paulista, onde a criatividade e a espontaneidade se fazem mais do que necessárias. Os êxitos, as dificuldades e resistências encontradas foram trazidos à tona pelo emprego do psicodrama para o desenvolvimento da criatividade e da espontaneidade, tendo os próprios professores abordado na primeira etapa do trabalho as suas dificuldades, quer no âmbito da instituição, quer no âmbito de sua própria prática, ao dramatizarem situações do cotidiano escolar. Depois, numa segunda etapa, os professores utilizaram o psicodrama em sala de aula. Como resultado de análise destas experiências, o autor concluiu que os problemas de natureza institucional constituíam obstáculo para que o grupo de professores programasse atividades envolvendo a criatividade e espontaneidade no ensino. Assim, forçoso é concluir que deve haver toda uma interação institucional com o próprio corpo docente pra a realização do trabalho eficazmente em sala de aula, de sorte a discutirem os mecanismos e implementação do ensino/aprendizagem. Benedita de Almeida, Graduada em Letras Português e Alemão (1974) e Mestrado em Educação Escolar, ambos pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2001), e Doutorado em Educação pela Universidade de São Paulo (2007); atua como Professora da Universidade Estadual do Oeste Paulista do Paraná; sua atenção é voltada para a sintonia do processo ensino-aprendizagem com as transformações sociais. As grandes mudanças – principalmente tecnológicas – ocorridas nas últimas décadas determinam para os indivíduos formas de ruptura com os padrões vigentes, levando educadores e estudiosos a procurar novos pilares que sustentem o ser da modernidade nesta trajetória de busca de um conhecimento que lhe possibilite transitar com êxito nos inéditos espaços culturais criados pela virtualização, assincronia e digitalização das informações. Ela, partindo de relatos de experiência desenvolvida em uma escola da rede oficial de ensino paulista, com alunos em fase de desenvolvimento da alfabetização, analisa como o vídeo e a televisão pode auxiliar na mobilização da criatividade no processo pedagógico, fazendo com que os alunos superem comportamentos passivos gerados na cotidianidade, ao desenvolverem atividades que favoreçam a reflexão e a criatividade, possibilitando a ambas as partes, professor e aluno, a busca de novos significados à rotina escolar, e, pois, de processos que possam dar novo significado às informações e aos aspectos da realidade aos quais tais processos pedagógicos estão inseridos. José Carlos Libâneo é doutor em filosofia e História da Educação pela PUC-SP. Em São Paulo, até 1972, foi diretor de escola pública, professor em instituições de ensino superior e colaborar em projetos da Secretaria de Educação Estadual. Em Goiânia, trabalhou na Secretaria de Educação em programas de formação e capacitação profissional de professores. Professor titular da Faculdade de Educação na Universidade Federal de Goiás. Coordenou por quatro anos o Mestrado de Educação. Atualmente é professor na Universidade Católica de Goiás. Escreveu Democratização da escola Pública; a pedagogia crítico-social dos conteúdos (ed. Loyola), didática (Cortez, 1994), Adeus professor, adeus professora? Novas exigências educacionais e profissão docente (2001) co-autor em seis livros. Pesquisa e publica artigos em revistas especializadas sobre teoria da Educação, Didática e Organização Escolar; este procura apresentar questões relacionadas com novas exigências de formação de professores postas pelas novas realidades contemporâneas, com os olhares voltados para os requisitos de uma qualidade de ensino para todos, orientados por uma perspectiva emancipadora. Libâneo comenta o tipo de sociedade na qual estamos inseridos, ou seja, a sociedade pós-industrial ou pós-moderna caracterizada pelas novas tecnologias da informação e da comunicação trabalhando com a questão: escolas e professores são necessários? Libâneo deixa claro que nossa sociedade está em freqüentes mudanças que trazem benefícios como também prejuízos , seja na economia, na política, na ética ou no cotidiano. O autor também aborda a educação dizendo que ela deixa de ser um direito e transforma-se em serviço, em mercadoria, ao mesmo tempo que se acentua o dualismo educacional diferentes qualidades de educação para ricos e pobres. Logo, a educação democrática chega ser uma ilusão, segundo Libâneo, pois o importante, para nossa atual sociedade, é o desenvolvimento econômico e não o desenvolvimento dos indivíduos de forma igualitária. Por causa disso, Libâneo com um pensamento lógico e crítico, faz algumas considerações sobre a educação nesse contexto de sociedade pós-mercantil. Com uma linguagem argumentativa e clara, ele faz algumas propostas visando uma nova escola e novas atitudes docentes. A escola não pode mais ser vista como a única detentora do saber. A escola não é uma transmissora de informações, a escola deve assumir a postura de desenvolver a capacidade crítica de seus alunos. Na “nova escola” necessária para nossos dias, os alunos devem agir como sujeitos e não como recipientes de informações. Logo, se pretendemos ter uma nova escola, faz-se necessário um novo professor. Tornar o aluno sujeito não quer dizer que não haverá mais espaço par ao professor, ele só terá que se adaptar as novas exigências do mundo contemporâneo. Essa argumentação de Libâneo é a que a maior parte dos teóricos da educação defendem atualmente. Paulo Freire também defende esse ponto de vista. Mas, a peculiaridade de Libâneo é sua didática. Ele escreve de forma bem sistematizada e de fácil compreensão. De início, Libâneo esclarece que pedagogia é a teoria e a prática da educação e que está fundamentada na intencionalidade, uma vez que o saber pode ser transmitido de forma informal em diferente lugares e por diferentes agências como as famílias e igrejas. Depois é dito que de maneira ampla os produtores e criadores de mídias também são pedagogos como os “educadores escolares”. Podemos concordar com essa semelhança devido a expressão “sentido amplo”, pois é lógico que de forma específica podemos ter semelhanças com diversas áreas profissionais, mas temos também nossas características eu nos diferenciam. Mas uma vez, a ênfase é dada na questão de favorecer o desenvolvimento crítico dos alunos e não simplesmente prepará-los para o trabalho. Uma outra consideração feita é a de abranger a totalidade do ser humano, nas suas dimensões física, afetiva, cognitiva, não se reduzindo à dimensão econômica. Isso condiz com o desenvolvimento “pleno do indivíduo” comodiz a Constituição Federal (art. 205.). Libâneo faz duas abordagens que são bem diretas aos professores. Uma é que os professores não podem ser levados pelo mito que serão substituídos pela tecnologia, pois a intervenção e direção fornecida pelos professores jamais poderão ser substituídas por qualquer tipo de máquina, uma vez que os alunos precisam ser levados a pensar e não simplesmente a “saberem fazer”. Outra abordagem é que, mais uma vez, nossa atual sociedade exige profissionais mais versáteis sabendo então, não só utilizar algumas mídias como instrumentos didáticos, mas também sendo capazes de aproveitar as “mensagens e informações recebidas das mídias” para fazer com que os alunos saibam interpretá-las e não simplesmente serem passivos perante essas tecnologias. Libâneo faz com que os professores olhem melhor para as exigências da sociedade moderna e de refletirem sobre as possíveis mudanças para juntos buscarmos uma melhor educação para todos. Mesmo que mudanças possam levar muito tempo, é importante que cada professor faça a sua parte, contribuindo para a formação de uma educação de qualidade. Concluímos que não existe fórmula secreta ou milagrosa para exercer a profissão docente, pois esta é um constante aprendizado, o mestre não é aquele que ensina, mas aquele que de repente aprende. Sua vida, como profissional preocupado e comprometido com a educação, deve está coligida com a sensata articulação de seus conhecimentos acadêmicos adquiridos na sua formação, bem como aqueles adquiridos no contexto escolar, e os conhecimentos elaborados ao longo do próprio exercício da profissão, sem se esquecer de ser um profissional pensante, com capacidade de indagação e reflexão, capaz de estar em sintonia com as transformações sociais, adequando o processo pedagógico às inovações culturais e, principalmente, tecnológicas. A sala de aula é um pequeno espaço na sociedade, mas é ali onde pode iniciar um grande processo de mudanças. O espaço em sala de aula de acordo com o autor Regis de Morais envolve uma filosofia própria pertinente ao ato de educar que significou por muito tempo um espaço entre oprimido e opressor, mas um espaço de múltiplas trocas de conhecimento, filosofias e culturas. A sala de aula deveria ser um lugar de vida, um lugar de relações entre pessoas, objetos e símbolos: com planos próprios e metas no sentido relacionador da cultura popular. O educar é estar com o outro, e o ser humano é inesgotável assim existem muitas formas de alcançar o ponto máximo da educação. É nesse espaço que surge a criatividade e nunca pode ser sufocada, mesmo a pretexto do amor, da felicidade, ou da compaixão, e muito menos da competição, ou de uma verdade construída artificialmente, como o são todas as verdades, ou seja é um lugar de uma dinâmica grande e intensa sujeito a teorizações e didáticas metodológicas das mais variadas possíveis. Segundo Mizukami, a partir de análises feitas sobre diferentes abordagens do processo ensino-aprendizagem pôde-se constatar que certas linhas teóricas são mais explicativas sobre alguns aspectos em relação a outros, percebendo-se assim a possibilidade de articulação das diversas propostas de explicação do fenômeno educacional, algumas abordagens apresentam claro referencial filosófico e psicológico, ao passo que outras são intuitivas ou fundamentadas na prática, ou na imitação de modelos. A complexidade da realidade educacional deve ser considerada para não ser tratada de forma simplista e reducionista as relações sociais em sala de aula. O autor faz uma serie de abordagens do processo de ensino de A sala de aula é um pequeno espaço na sociedade, mas é ali onde pode iniciar um grande processo de mudanças. O espaço em sala de aula de acordo com o autor Regis de Morais envolve uma filosofia própria pertinente ao ato de educar que significou por muito tempo um espaço entre oprimido e opressor, mas um espaço de múltiplas trocas de conhecimento, filosofias e culturas. A sala de aula deveria ser um lugar de vida, um lugar de relações entre pessoas, objetos e símbolos: com planos próprios e metas no sentido relacionado da cultura popular. O educar é estar com o outro, e o ser humano é inesgotável assim existem muitas formas de alcançar o ponto máximo da educação. É nesse espaço que surge a criatividade e nunca pode ser sufocada, mesmo a pretexto do amor, da felicidade, ou da compaixão, e muito menos da competição, ou de uma verdade construída artificialmente, como o são todas as verdades, ou seja é um lugar de uma dinâmica grande e intensa sujeito a teorizações e didáticas metodológicas das mais variadas possíveis. Segundo Mizukami, a partir de análises feitas sobre diferentes abordagens do processo ensino-aprendizagem pôde-se constatar que certas linhas teóricas são mais explicativas sobre alguns aspectos em relação a outros, percebendo-se assim a possibilidade de articulação das diversas propostas de explicação do fenômeno educacional, algumas abordagens apresentam claro referencial filosófico e psicológico, ao passo que outras são intuitivas ou fundamentadas na prática, ou na imitação de modelos. Destacando algumas metodologias pedagógicas e conceitos aplicáveis aos sistemas de ensino, dentre eles o método da escola tradicional, em que o professor esta em uma relação vertical com os alunos e esse aluno é passivo diante do conhecimento, um dos maiores problemas é a ignorância as diferenças individuais. Outra abordagem é a comportamentalista sobre o prisma de Skinner, segundo a qual o conhecimento é o resultado direto da experiência, a educação esta ligada a transmissão cultural considerando que o meio pode ser controlado e manipulado como o homem, o Behaviorismo introduziu como método as noções de comportamento reflexo e condicionamento respondente para então chegar ao condicionamento operante. Outras abordagens não menos importante são a Humanista, a Cognitivista e a Sócio-Cultural que de forma geral propõem a formação plena das capacidades educativas do ser humano, na humanista espera-se que o aluno chegue na autodeterminação e autodescoberta dando ao educador a liberdade de elaborar a sua forma de facilitar a aprendizagem no que se refere ao que ocorre em sala de aula, a ênfase é atribuída a relação pedagógica, a um clima favorável ao desenvolvimento das pessoas que possibilite liberdade para aprender. Na cognitivista o conhecimento é considerado como uma construção contínua, a passagem de um estado de desenvolvimento para o seguinte é sempre caracterizada por formação de novas estruturas que não existiam anteriormente no indivíduo, seguindo a proposta de Piaget a escola deve começar ensinando o aluno antes a observar ou seja a inteligência se constrói a partir da troca do organismo com o meio, por meio das ações individuais. A abordagem sócio-cultural enfatiza métodos sócio-politico-cultural, entendendo o ser dentro da cultura popular com suas dificuldades, necessidades e buscas. O desenvolvimento do conhecimento esta ligado ao processo de conscientização, seguindo Paulo Freire esse caminho eliminara a relação opressor-oprimido e em substituição efetivara uma relação horizontal. Essa abordagem esta cheia de aspectos humanísticos e é de certa maneira mais coerente em relação as expectativas de isenção educacional. Indisciplina na aula No formação inicial, nem sempre a (in)disciplina tem um valor adequado, e essa questão da disciplina é uma das reivindicações dos professores. Atualmente, Celso Vasconcellos é um grande nome na área da Educação. Sobre indisciplina, é um comportamento que contraria alguns princípios do regulamento interno estabelecido pela escola, professor ou comunidade. A indisciplina acaba sendo uma resposta à autoridade do professor. O aluno contesta porque não aceita exigências impostaspelo professor, logo a relação acaba sendo desequilibrada entre eles. O motivo da indisciplina pode ser inúmeros, devido ao contexto social do aluno, sendo assim extrínsecos à aula, como por exemplo: problema familiar, psicológico, sendo assim não cabe ao professor somente resolver o problema. A desmotivação dos alunos cabe ao professor fazer uma auto crítica e uma alteração de ‘regras’ durante suas aulas. Apesar do quadro da indisciplina na escola, encontra-se uma certa ausência da cultura disciplinar preventiva nas escolas, devido a falta de preparo adequado dos professores para listar com os distúrbios da sala de aula, apesar da clareza quanto a esse espaço ser um contexto social onde a indisciplina se expressa, as vezes parte da própria escola ensinar e reforça-la. A ideia inicial do texto: MASETTO, M. T. Didática: a aula como centro. 4ª ed. São Paulo: FTD, 1997. É dada peo conceito de planejamento dentro da didática, estabelecendo relações com a forma de avaliação do aluno dentro da sala de aula, participação nos diversos níveis da escola, avaliação do planejamento e algum tipo de execução. A autora aproxima quais são alguns modos em se fazer um tipo de "integração disciplinar" entre os alunos tentando auxiliar alguns projetos futuros. Ela também trabalha com a questão do "Estudo do Meio" e "Tema Comum", dividindo-os em seis tipos de composições: A identificação, os objetivos, os conteúdos, as estratégias, a avaliação, cronograma e a bibliografia. A identificação é a caracterização do aluno, os objetivos são que conhecimento e habilidades podem se obter à partir desse sistema, o conteúdo que a autora apresenta é o fato de apresentar trabalhos que sejam relacionados com a vida real do aluno, trabalhos que aumentem a curiosidade do aluno e que isso estabeleça também a relação com a faixa etária do aluno e que permitam o aluno fazer diversos tipos de interpretações com percepeções diferentes. As estratégias seriam atividades que facilitem a aprendizagem do aluno, dando a ele possibilidade de excursões, aulas expositivas e dialogadas fazendo com que o aluno se interesse e participe da aula e propondo à ele diversos tipos de desafios, aguçando o interesse dele pela parte lógica da aula. Propor atividades que não cansem o aluno, mas que também exige dele algum tipo de resultado, pedindo à ele um retorno do aprendizado (relatórios com opiniões pessoais, grupos de oposição, criação de grupos de sala, etc). Avaliação é formal, provas dissertativas, pode haver algum tipo de entrevista também, teses, pré-teses, prova de teses. O cronograma seria o tempo de execução da avaliação e a bibliografia quais foram os textos utilizados pelo aluno. Bibliografia GUARNIERI, M. R. (Org.) Aprendendo a ensinar: o caminho nada suave da docência. Campinas: Autores Associados, 2000 LIBÂNEO, J. C. Adeus professor, adeus professora? Novas exigências educacionais e profissão docente. 7. ed. São Paulo: Cortez, 2010 (Coleção Questões da Nossa Época: v. 67). MIZUKAMI, Maria da Graça Nicoletti. Ensino: as abordagens do processo. São Paulo: EPU, 1986. MORAIS, R. (Org.). Sala de aula: que espaço é esse? 5. ed. Campinas, SP: Papirus, 1991. MASETTO, M. T. Didática: a aula como centro. 4ª ed. São Paulo: FTD, 1997. VASCONCELLOS, C. S. Construção do conhecimento em sala de aula. 18. ed. São Paulo: Libertad, 2010a. _____. Indisciplina e disciplina escolar: fundamentos para o trabalho docente. São Paulo: Cortez, 2009. Entrevista com professores Exatas: 1. Quando você ouve que um professor não tem didática, o que isso quer dizer para você? R: Um professor ele pode não ter uma didática, mas ele tem que conseguir conduzir uma aula. Acredito que eu mesmo não tenha didática, não sigo uma regra para dar aula, eu apenas a conduzo de uma forma que irá aumentar a curiosidade dos meus alunos, não sigo algum tipo de regra. Física, matemática, química são matérias as quais a maioria dos alunos sentem algum tipo de dificuldade em entender, em se interessar... Eu tento fazer a física uma matéria engraçada, nomeando as fórmulas e fazendo musiquinhas. É a tentativa barata que eu uso para os meus interagirem comigo. 2. O que é ter didática? R: Para mim ter didática é saber conduzir uma aula, independente de regras por fora. Sempre trabalhei em colégios do estado e em colégios particulares e sempre recusei seguir algum tipo de regra, algumas várias vezes fui demitido. (risos) Mas me considero um professor sem didática, não sigo regras e sei conduzir uma aula tranquilamente. 3. Como um professor pode desenvolver melhor sua didática? R: Na minha área (exatas), acredito que o professor tem mais dificuldade em desenvolver um certo tipo de didática porque ele trabalha dentro de uma área onde os alunos sentem muita dificuldade em entender. Mas isso está sendo um processo trabalho por nós mesmos, estamos trabalhando para que isso se desenvolva da melhor maneira possível, com piadas, aulas expositivas, músicas, danças e etc... O objetivo é o aluno se interessar pelo menos um mínimo sobre o que sai de nossas bocas. Biológicas 1 - Quando você ouve que um professor não didática, o que isso significa pra você? R: Professor sem didática pode ser aquele que não teve a oportunidade de estudar essa disciplina e, portanto não apresenta as ferramentas adequadas para organizar e transmitir a mensagem proposta; ou aquele professor que não se preocupa em proporcionar ao aluno as condições adequadas para a construção do conhecimento, fazendo apenas um repasse de informações, acessíveis em qualquer livro didático 2 – O que é ter didática? R: Acho que a segunda pergunta esta respondida na primeira 3 - Como um professor pode desenvolver melhor sua didática? R: Existem diversas formas de um professor desenvolver melhor o seu trabalho, uma delas é procurar sempre novas ferramentas pra levar pra sala de aula, isso só e possível pelo continuo estudo, o que nunca devemos deixar de lado, tentar acompanhar as novas teorias educacionais e modelos que deram certo, mas acima de tudo, gostar de ser professor, nenhuma receita é capaz de fazer um professor ser aquilo que ele não gosta de ser!! Humanas 1 - Quando você ouve que um professor não didática, o que isso significa pra você? R: O professor, muitas vezes sabe o conteúdo, mas não consegue motivar seus alunos a buscar, a construir conhecimentos. Hoje, ser professor é muito mais que saber conteúdos, precisa-se saber mediar, incentivar, despertar... Portanto, um professor que não tem didática é aquele que por algum motivo lhe faltam práticas mais atrativas que motivem os alunos a aprender. Talvez seja pela própria formação do educador, pois as Instituições estão voltadas ao ensino de conteúdos. 2 – O que é ter didática? R: Ter didática é saber fazer, conciliar teoria e prática. É conseguir inovar, diferenciar estratégias didáticas para motivar seus alunos. 3 - Como um professor pode desenvolver melhor sua didática? R: O professor desenvolve melhor sua didática se for pesquisador, se refletir sempre sobre suas praticas em sala de aula, inovar a metodologia, principalmente aquelas que não apresentam resultado positivo na aprendizagem dos alunos . Deve estudar a vida toda, a formação continuada deve fazer parte do currículo do professor.
Compartilhar