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Sistemas de Iluminação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
M
e
ta
 
Apresentar os termos e definições relacionados aos sistemas de 
iluminação e descrever os principais conceitos utilizados em 
luminotécnica 
 
O
b
je
ti
v
o
s
 
Ao final desta aula você deverá ser capaz de: 
 Reconhecer as definições básicas em sistemas de iluminação 
 Identificar e analisar os sistemas de iluminação existentes 
 Propor medidas de conservação de energia elétrica envolvendo 
sistemas de iluminação 
 Sistemas de Iluminação 
 
 
 
1 
 “Faça-se a luz!” 
 
 
Figura 1 - Luz 
No início, a luz natural, gerada pelo sol, era a única fonte de iluminação dos 
ambientes. Na pré-história, cerca de 500 mil anos atrás, o domínio do fogo passou a 
representar um divisor de águas, o marco de uma grande conquista. Além de se 
proteger do frio, de cozinhar alimentos, de espantar animais, o homem pré-histórico 
utilizava o fogo para iluminar suas noites e as cavernas no momento em que deixavam 
suas marcas nas paredes. Ao dominar o fogo o homem deu início a história da 
iluminação artificial. Com o passar dos tempos, as tochas, as velas em candelabros e 
castiçais foram utilizadas para os mais diversos fins como, por exemplo, a iluminação 
pública, a iluminação de teatros, de circos como o Coliseu, iluminação de festas e 
também para cerimônias como bodas e até mesmo em cortejos fúnebres. Mais tarde 
também foram utilizados lampiões a gás e a óleo, mas esses últimos soltavam um 
resíduo que cobria de fuligem tudo o que estava por perto, sendo dessa forma, um 
utensílio inconveniente. 
 Sistemas de Iluminação 
 
 
 
2 
 
Figura 2 - Homem das cavernas 
 
Figura 3 - Velas 
 
Figura 4 - Lamparina 
Somente na metade do século XIX começaram a surgir as descobertas sobre 
eletricidade. Nessa época, inventores de todas as partes buscavam a criação de um 
tipo de luz elétrica que fosse prática e de preço acessível à população. Como 
resultados de todos os estudos e pesquisas, em 21 de dezembro de 1879 Thomas 
Edson anunciou a invenção da lâmpada elétrica, distribuindo, dessa data em diante, luz 
elétrica para milhões de pessoas. 
O curioso a ser observado é que apesar de toda tecnologia que nos rodeia nos 
dias de hoje, a lâmpada incandescente moderna não mudou muito desde o tempo de 
sua invenção. Veja! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 5 - Lâmpada incandescente inventada por Thomas Edison 
 Sistemas de Iluminação 
 
 
 
3 
 
Na atualidade, a iluminação deixou de ser um detalhe na vida das pessoas e 
passou a ser um fator essencial, seja pelo conforto ou pela segurança. Espanto é a 
palavra certa para expressar o que sentimos quando paramos para pensar que em um 
tempo, não muito distante de nós, as pessoas não dispunham dessa regalia. Você 
nunca passou por uma situação de falta de iluminação no meio da noite? Não é 
desesperador? Você ficou a procura de velas ou de uma lanterna para iluminar o 
ambiente onde estava? Pois bem, por esse simples exemplo você pode ter a exata 
noção de como a luz elétrica faz a diferença nos dias de hoje. 
Atualmente a iluminação é responsável por, 
aproximadamente, 24% do consumo de energia elétrica 
no setor residencial, 44% no setor comercial e serviços 
públicos e 1% no setor industrial. Em relação aos 
serviços públicos, aproximadamente dois terços são 
utilizados para iluminação de ruas. 
Vários trabalhos desenvolvidos mostram que a 
iluminação ineficiente é comum no Brasil. Uma 
combinação de lâmpadas, reatores e refletores 
eficientes, associados a hábitos saudáveis na sua 
utilização, podem ser aplicados para reduzir o consumo de energia elétrica. 
Clareando os conhecimentos 
Quando nos propomos a estudar algum assunto, invariavelmente, no início do 
que será estudado, nos deparamos com uma lista de definições de alguns termos que 
iremos encontrar no decorrer do assunto; e no tema que abordaremos aqui, não será 
diferente. Para que fique mais claro o desenrolar do conteúdo sobre Iluminação 
apresentarei para você nessa primeira parte de nossos estudos, alguns termos e 
algumas definições relacionadas a esse contexto. Procurarei descrever aqui, os 
principais conceitos utilizados em luminotécnica. 
Irei adiante iluminando seu caminho e espero que no final do percurso, 
encontremos a luz no final do túnel. A luz do conhecimento! Então vamos lá. 
Figura 6 - Luz no final do túnel 
 Sistemas de Iluminação 
 
 
 
4 
Você saberia dizer o que significa absorção, relacionando esse termo ao assunto 
que estamos estudando? Pense sobre esse termo, apenas pense. Exercite essa sua 
capacidade. 
Pois bem, absorção é a transformação de energia radiante numa forma diferente 
de energia por interação com a matéria, por exemplo: transformação de energia 
ultravioleta em luz visível através da camada de fósforo em lâmpadas fluorescentes. 
Veja o esquema a seguir. 
 
Figura 7 - Transformação de energia ultravioleta em luz visível 
Continuando nosso assunto, também é necessário que você saiba a definição de 
área projetada, por isso a próxima explicação será sobre esse termo. Por exemplo, a 
área projetada de uma luminária, numa dada direção, é a área de projeção ortogonal 
(90o) da superfície luminosa, num plano perpendicular à direção específica. Unidade – 
m2. 
Para a expressão campo visual, a definição é a seguinte: campo visual do olho é 
a extensão angular do espaço no qual um objeto pode ser percebido, e é dado por: 50o 
para cima, 60o para baixo e 80o horizontalmente para cada lado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 8 - Campo visual do olho 
 Sistemas de Iluminação 
 
 
 
5 
E a expressão controlador de luz? Você sabe o que significa? Controlador de luz 
é a parte da luminária projetada para modificar a distribuição espacial do fluxo luminoso 
das lâmpadas, podendo ser do tipo refletor, refrator, difusor, lente e colmeia. 
Já o termo curva de distribuição luminosa (CDL) corresponde à curva que 
representa, em coordenadas polares, as intensidades luminosas nos planos transversal 
e longitudinal e, normalmente, é fornecida em candelas/ 1000 lúmens. 
D
ic
io
n
á
ri
o
 
 
 
candelas – unidade de intensidade luminosa do Sistema Internacional, definida 
como a intensidade luminosa de uma fonte emitindo, numa dada direção, radiação 
monocromática numa freqüência de 540 x 10
12
 Hz com uma intensidade de 1/683 watt 
por esferorradiano). 
 
Veja os exemplos a seguir: 
 
Figura 99 - Curva de distribuição luminosa transversal e longitudinal 
A seguir você pode observar dois exemplos de curva de distribuição luminosa 
(CDL). No primeiro exemplo foi utilizada a luminária tipo LCQ e no segundo a luminária 
LSA. Analise as curvas. Observe que elas variam de acordo com o tipo de luminária 
utilizada. 
 Sistemas de Iluminação 
 
 
 
6 
 
Figura 100 - Curva de distribuição luminosa ou curva fotométrica - LCQ 
 
 
Figura 111 - Curva de distribuição luminosa ou curva fotométrica - LSA 
No decorrer deste assunto também podemos encontrar o termo depreciação do 
fluxo luminoso e esse significa a diminuição progressiva da iluminância do sistema de 
iluminação devido ao acúmulo de poeira nas lâmpadas e luminárias, e, decréscimo do 
fluxo luminoso das lâmpadas. Veja a figura que segue; ela apresenta o efeito da 
depreciação. 
 Sistemas de Iluminação 
 
 
 
7 
 
 
Figura 122 - Efeito de depreciação 
Quanto ao difusor, este é um dispositivo colocado em frente à fonte de luz com a 
finalidade de reduzir as possibilidades de ofuscamento, acarretandoporém, a 
diminuição do rendimento do sistema de iluminação. 
 
Figura 133 - Difusor para luminária com lâmpada fluorescente 
 
A definição para eficiência luminosa (EL) de uma fonte é: o quociente do fluxo 
luminoso total emitido por uma fonte de luz em lúmens e a potência da lapada em 
Watts. Por exemplo, para uma lâmpada incandescente de 100W que produz um fluxo 
luminoso de 1.470 lúmens, possui uma EL de 14,7 lm/W; por outro lado, uma lâmpada 
fluorescente compacta de 23W, que produz um fluxo luminoso de 1500 lúmens, possui 
uma EL de 65,2 lm/W. 
 
 
Figura 144 - Fluxo luminoso 
 
 Sistemas de Iluminação 
 
 
 
8 
 
Figura 155 - Modelo de etiqueta para lâmpadas 
 
Tabela 1 - Tabela comparativa entre as eficiências luminosas das lâmpadas em geral 
 
 
Analisando a tabela anterior é possível verificar que a lâmpada incandescente 
possui a menor eficiência luminosa, apresentando a pior classificação na etiquetagem 
das lâmpadas. 
Outra definição relacionada com a iluminação é a definição de espectro 
eletromagnético. O espectro eletromagnético contém uma série de radiações, que são 
fenômenos vibratórios, cuja velocidade (v) de propagação é constante e que diferem 
entre si por sua freqüência (f) e por seu comprimento de onda (

), tal que v = 

 f. 
Para o estudo da iluminação, é especialmente importante o grupo de radiações 
compreendidas entre os comprimentos de onda de 380 e 780 nm, pois elas são 
capazes de estimular a retina do olho humano. As radiações com comprimento de onda 
 Sistemas de Iluminação 
 
 
 
9 
entre 100 e 380 nm são chamadas de radiação ultravioleta e entre 780 e 1.000 nm são 
chamadas de radiação infravermelho. 
D
ic
io
n
á
ri
o
 
 
 
nanômetro (nm) – unidade de comprimento equivalente à bilionésima parte de um 
metro, ou 10
-9
m. 
Sim, isso mesmo! Eu acabei de mencionar a radiação ultravioleta, a tão famosa 
radiação UV. Os efeitos nocivos da luz solar são causados pelos raios ultravioletas, 
raios invisíveis ao olho humano. 
 
 Sistemas de Iluminação 
 
 
 
10 
S
a
ib
a
 M
a
is
 
 
 
Raios ultravioleta 
Presentes na luz do sol, raios UV podem ser nocivos 
Autor: Alice Dantas Brites 
A radiação emitida pelo sol é composta por ondas eletromagnéticas de diversos 
comprimentos. Ao conjunto dessas ondas é dado o nome de espectro luminoso. A luz 
que podemos enxergar, chamada luz visível, corresponde apenas a uma pequena faixa 
do espectro e vai do comprimento de onda vermelho até o violeta. 
As ondas acima do vermelho são denominadas de raios infravermelhos e aquelas 
abaixo do violeta correspondem à radiação ultravioleta. Esses tipos de raios não são 
visíveis ao olho humano. 
Radiação ultravioleta e camada de ozônio 
A radiação ultravioleta, também conhecida pela sigla UV, pode ser subdividida em 
três tipos de raios, UVC, UVB e UVA, de acordo com o seu comprimento de onda. A 
camada de ozônio que envolve a Terra consegue absorver grande parte desses raios, 
impedindo que boa parte deles chegue à superfície terrestre. 
Essa camada protetora vem, no entanto, sendo destruída por produtos fabricados 
pelo homem e se tornando mais fina em diversas regiões do planeta, originando os 
famosos buracos na camada de ozônio. Uma das regiões mais afetadas é a Antártida, 
mas os Estados Unidos, a China e o Japão também já estão apresentando sinais do 
problema. 
Perigos dos raios UV 
Os raios UV podem causar sérios danos à saúde, como o envelhecimento precoce, 
o câncer de pele, problemas oculares e até mesmo alterações no sistema imunológico. 
Os raios UVB são responsáveis por queimaduras na pele, ou seja, por aquelas manchas 
vermelhas e ardidas que surgem quando vamos à praia sem protetor solar. Já os raios 
UVA não provocam essa reação superficial. Porém, são capazes de penetrar em 
camadas mais profundas. A exposição excessiva a esses raios, ao longo do tempo, 
danifica a pele e favorece o surgimento de câncer. 
Ao atingir os olhos, essa radiação pode provocar o surgimento da catarata, doença 
caracterizada por lesões oculares que tornam o cristalino (espécie de lente dos nossos 
olhos) opaco, levando à perda parcial ou total da visão. 
 Sistemas de Iluminação 
 
 
 
11 
Os cientistas estimam que, para cada 1% de perda da camada de ozônio, pode 
surgir cerca de 50 mil novos casos de câncer e 100 mil problemas oftalmológicos ao 
redor do mundo. 
Protetor solar 
Para nos protegermos dos efeitos nocivos dos raios UV devemos tomar alguns 
cuidados. Um deles é evitar se expor ao sol entre dez da manhã e três da tarde, horário 
em que o sol é mais forte. Além disso, ao praticar atividades ao ar livre ou ao passar o 
dia na praia, devemos nos proteger com chapéus, óculos de sol e aplicar o protetor solar. 
O protetor solar atua como uma barreira química que absorve os raios UV, 
impedindo que eles danifiquem a pele. Protetores que formam uma camada opaca sobre 
o corpo atuam também como uma barreira física, refletindo a luz solar. 
O fator de proteção solar (FPS) indica o grau de proteção contra os raios UVB. O 
número do FPS indica quanto tempo você pode ficar exposto ao sol antes de começar a 
se queimar. Por exemplo, uma pessoa que costuma ficar vermelha depois de dez 
minutos de exposição, com um protetor de FPS 8 começará a se queimar após 80 
minutos, com FPS 15 após 150 minutos, e assim por diante. 
Ao comprar um protetor solar devemos procurar produtos que ofereçam proteção 
tanto contra os raios UVB como contra os raios UVA, além de escolher um FPS 
adequado ao nosso tipo de pele. 
Benefícios dos raios UV 
Embora a exposição excessiva aos raios UV possa ser prejudicial, em pequenas 
quantidades ela é benéfica. Isso porque esses raios estimulam a produção de vitamina D 
pelo organismo. Esta vitamina promove a absorção do cálcio, mineral essencial para a 
boa formação de dentes e ossos. 
Fonte: http://educacao.uol.com.br/biologia/radiacao-ultravioleta.jhtm 
Sim, você também viu, em algumas páginas atrás, comentários sobre radiação 
infravermelha. Mas você sabe como ela atua em nossa vida? Então leia a matéria a 
seguir. 
 Sistemas de Iluminação 
 
 
 
12 
F
iq
u
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 S
a
b
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n
d
o
 
 
 
Ferro de passar roupas a controle remoto. A presença do infravermelho no dia-
a-dia 
Autor: Miguel Araújo Medeiros 
Quando você está assistindo um programa de TV e deseja aumentar ou diminuir o 
volume do som, ou até mesmo, alterar o canal, o que você faz? 
1 - Você se levanta, da poltrona confortável, que estava sentado, dirige-se ao 
aparelho e efetua a alteração desejada? 
2 - Ou estende a mão, pega o controle remoto e troca o canal ou altera o som, da 
maneira desejada? 
A maioria das pessoas prefere a segunda opção, pois pegar um controle remoto e 
alterar "tudo" no televisor é muito mais cômodo. Entretanto, como é possível realizar esse 
fato, se o controle não está ligado, fisicamente, ao televisor? 
Para realizar esta tarefa, o uso de uma radiação eletromagnética é empregado. 
A radiação liberada por um controle remoto de televisor é a infravermelha. 
Infravermelho é um tipo de radiação eletromagnética não ionizante. Ao interagir com a 
matéria, a radiação infravermelha não provoca a formação de íons, ou seja, não remove 
elétrons da matéria, mas provoca vibrações de algumas moléculas. O resultado da 
interação é o aumento da temperatura do sistema. 
Talvez, a radiação infravermelha seja a mais utilizada pelas pessoas. Ela é a radiação 
responsável pela transmissão de calor de um corpo para o outro, sem a necessidade de 
contato entre eles. Por exemplo, comosabemos que um ferro de passar roupas está 
quente sem tocá-lo? 
Bem, basta aproximar a nossa mão da superfície do aparelho e teremos a sensação 
de calor, ou seja, a superfície do ferro está quente e emitindo radiações infravermelhas, 
que vibrarão algumas moléculas da superfície da nossa mão. Daí, a sensação de calor. 
Este tipo de radiação eletromagnética possui diversas aplicações, tais como em 
controles remotos, alarmes, sensores de temperatura para ambientes, lasers de leitores 
de CD, leitor de preços de caixa de supermercado, binóculos e câmeras de visualização 
noturna, ou seja, aparelhos sensíveis a radiações que não conseguimos visualizar ao 
olho nu, além de uso na medicina, com geração de termo-imagem, ou seja, imagens que 
mostram a distribuição de calor pelo corpo. 
No caso do controle remoto, cada botão emite um sinal de radiação diferente que, por 
sua vez, é reconhecido por um sensor no aparelho de televisão. 
Fonte: http://www.quiprocura.net/infraferro/index.html 
 Sistemas de Iluminação 
 
 
 
13 
Continuando nossa definição dos termos, chegamos ao termo fator de 
manutenção (Fm), ou seja, é a razão da iluminância média obtida sob as mesmas 
condições da instalação nova. Os valores médios estão apresentados na tabela 
seguinte: 
Tabela 2 – Fatores de manutenção 
Período de uso sem 
limpeza (meses) 
Ambiente 
limpo 
Ambiente 
médio 
Ambiente 
sujo 
0 1,00 1,00 1,00 
2 0,97 0,92 0,85 
4 0,95 0,87 0,76 
6 0,93 0,85 0,70 
8 0,92 0,82 0,66 
10 0,91 0,80 0,63 
12 0,90 0,78 0,61 
14 0,89 0,77 0,59 
16 0,88 0,76 0,57 
18 0,87 0,75 0,56 
20 0,86 0,74 0,54 
Quanto ao fator de utilização (Fu), temos a seguinte definição: é a razão do fluxo 
utilizado pelo fluxo luminoso emitido pelas lâmpadas. É um índice da luminária e influi 
no rendimento desta. Por exemplo, uma luminária para lâmpada fluorescente com fator 
de utilização de 0,82, com uma lâmpada que produz um fluxo luminoso de 3.100 
lúmens, fornecerá um fluxo utilizado de 2.542 lúmens. 
Já o termo fluxo luminoso (
)
significa quantidade de luz produzida pela 
lâmpada, emitida pela radiação, de acordo com a sua ação sobre um receptor seletivo, 
cuja sensibilidade espectral é definida pelas eficiências espectrais padrão. Ou seja, é a 
energia radiante que afeta o olho nu durante 1 segundo, Unidade: lúmen – lm. 
 Sistemas de Iluminação 
 
 
 
14 
 
Figura 166 - Fluxo luminoso 
E iluminância (E)? O que é? Já citei esta palavra antes, você deve ter ficado 
curioso em saber. A iluminância (E) é definida como o fluxo luminoso, incidente por 
unidade área iluminada, ou ainda, em um ponto de uma superfície, a densidade 
superficial de fluxo luminoso recebido. 
dS
d
S
E S




  0lim
 
A unidade de medida usual é o lux, definido como a iluminância de uma 
superfície plana, de área igual a 1m2, que recebe, na direção perpendicular, um fluxo 
luminoso igual a 1lm, uniformemente distribuído. 
 
Figura 177 - Iluminância 
Considerando agora ambientes de trabalho, a iluminância média para cada 
tarefa não pode estar abaixo dos valores recomendados pela norma ABNT NBR 
 Sistemas de Iluminação 
 
 
 
15 
ISO/CIE 8995-1:2013 independentemente da idade e condições da instalação. Os 
valores são válidos para uma condição visual normal e são levados em consideração 
os seguintes fatores: 
- requisitos para a tarefa visual, 
- segurança, 
- aspectos psico-fisiológicos assim como conforto visual e bem estar, 
- economia, 
- experiência prática. 
 
ABNT NBR ISO/CIE 8995-1:2013 
Os valores de iluminância podem ser ajustados em pelo menos um nível na 
escala da iluminância, se as condições visuais forem diferentes das assumidas como 
normais. Convém que a iluminância seja aumentada quando: 
- contrastes excepcionalmente baixos estão presentes na tarefa; 
- o trabalho visual é crítico; 
- a correção dos erros é onerosa; 
- é da maior importância a exatidão ou a alta produtividade; 
- a capacidade de visão dos trabalhadores está abaixo do normal; 
- A iluminância mantida necessária pode ser reduzida quando: 
- os detalhes são de um tamanho excepcionalmente grande ou de alto contraste; 
- a tarefa é realizada por um tempo excepcionalmente curto. 
 Em áreas onde um trabalho contínuo é realizado, a iluminância mantida não 
pode ser inferior a 200 lux. 
 Sistemas de Iluminação 
 
 
 
16 
Falando agora do índice de reprodução de cor (IRC), no sistema internacional de 
medidas, ele é um número de 0 a 100 que classifica a qualidade relativa de reprodução 
de cor de uma fonte, quando comparada com uma fonte padrão de referência da 
mesma temperatura de cor. O IRC identifica como as cores dos objetos e pessoas 
serão percebidas quando iluminados pela fonte de luz em questão. Quanto maior o 
IRC, melhor será o equilíbrio entre as cores. 
A intensidade luminosa (IL) de uma fonte, numa dada direção, é o quociente do 
fluxo luminoso saindo da fonte, propagado num elemento de ângulo sólido, contendo a 
direção dada e o ângulo sólido. Unidade: candela – cd. 
 
Figura 18 - Intensidade luminosa 
Quanto à luminância (L) esta é a intensidade luminosa produzida ou refletida por 
uma superfície existente. A distribuição da luminância no campo de visão das pessoas 
numa área de trabalho, proporcionada pelas várias superfícies dentro da área 
(luminárias, janelas, teto, parede, piso e superfície de trabalho), deve ser considerada 
como complemento à determinação das iluminâncias (lux) do ambiente, a fim de evitar 
ofuscamento. Unidade: candela por metro quadrado – cd/m2. 
 Sistemas de Iluminação 
 
 
 
17 
 
Figura 19 - Luminância de uma superfície 
 
 
Figura 180 – Superfície aparente e superfície iluminada 
 
 
Símbolo = L 
Unidade = cd/ m2 
Candela/ m2 (L) = l/S x Cos 

 
 
Relacionado ao assunto iluminação, existe um instrumento utilizado para a 
medição de iluminâncias em ambientes com a iluminação natural e/ou artificial. Este 
instrumento é chamado luxímetro. 
I 
E 
L 
 Sistemas de Iluminação 
 
 
 
18 
Com relação à mortalidade de lâmpadas, podemos definir essa expressão como 
o número de horas de funcionamento das lâmpadas antes que certa percentagem 
delas deixe de funcionar. Esse funcionamento depende do número de vezes que se 
acendem e apagam as lâmpadas em um dia. 
 
Figura 191 - Gráfico de desempenho das lâmpadas fluorescentes 
 
Quanto ao ofuscamento, este é um efeito de uma luz forte no campo de visão do 
olho. Pode provocar sensação de desconforto e prejudicar o desempenho visual nas 
pessoas neste ambiente. Pode ser considerado direto, quando o ofuscamento ocorre 
através da luminária/lâmpadas, ou indireto, quando a luz refletida em determinadas 
superfícies retorna aos olhos dos utilizadores desse ambiente. O ofuscamento direto 
pode ser neutralizado utilizando-se acessórios nas luminárias como, por exemplo, 
difusores. Já para o ofuscamento indireto deve-se redimensionar o projeto 
luminotécnico, pois é causado pelo excesso de luz no ambiente. 
 
Figura 202 - Ofuscamento de uma luminária 
 Sistemas de Iluminação 
 
 
 
19 
Veja a reportagem que segue, ela apresenta um exemplo bastante comum sobre 
ofuscamento. 
Im
p
o
rt
a
n
te
 
 
 
Entenda como os faróis xenon podem afetar a visão 
Solução para alguns, transtorno para os demais 
Por Virgilio Centurion - Oftalmologia 
Conforto, maior claridade e visibilidade é o que buscam os condutores de veículos 
com faróis xenon. O problema é que a solução para o problema de alguns, virou um 
transtorno para osdemais motoristas. São crescentes as queixas de motoristas que 
sofrem com uma verdadeira explosão luminosa vinda da direção oposta. A demanda 
pelos faróis de gás xenônio surgiu na virada da década, quando os primeiros automóveis 
importados com esse equipamento chegaram ao Brasil. Em pouco tempo, os kits 
começaram a surgir nas lojas, a preços exorbitantes. Hoje, há produtos bem mais 
acessíveis no mercado e o xenon se democratizou. É visto em carros populares, em 
picapes de luxo... O mercado nacional está repleto de lâmpadas "tipo xenon". As que 
emitem facho branco são permitidas, já a luz azul é proibida. 
Para normatizar a instalação destes equipamentos e garantir a segurança dos 
condutores, a Resolução 294 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) regulamentou 
o uso dessas lâmpadas poderosas. A norma que foi publicada no dia 17 de outubro de 
2008, está em vigor desde 1º de janeiro de 2009. Agora, carros com xenon deverão ter 
sistemas de lavagem dos faróis e ajuste automático do facho luminoso ligado à 
suspensão, ou seja, a direção da luz será sempre corrigida para evitar ofuscamento de 
quem trafega em sentido oposto. 
O problema da lâmpada xenon está em sua intensidade da luz, calculada em 
lúmens. O facho emitido por uma lâmpada convencional, halógena, é de 1.000 lúmens. A 
resolução do Contran se baseia nesta medição: em nenhum momento do texto, o 
Conselho menciona o xenon. Porém, para este tipo de lâmpada gerar o facho na cor 
permitida por lei - no caso, branca - é preciso que a luminosidade seja de, 
aproximadamente, 3.000 lúmens. 
Como o custo para a adaptação às novas regras é muito alto, apenas faróis 
instalados nas linhas de montagem das fábricas de automóveis têm condições de 
atender à nova norma. Com isto, os legisladores esperam que a festa de luzes 
desreguladas se acabe. 
 Sistemas de Iluminação 
 
 
 
20 
Luz que afeta a segurança no trânsito 
Ao combinar lâmpadas de xenon com faróis convencionais, fica a impressão de que 
o motorista está sempre andando com a luz alta ligada. A luminosidade difusa do xenon 
direciona o facho luminoso a regiões inadequadas. Na maioria dos casos, isso causa 
forte ofuscamento dos motoristas que circulam no sentido contrário, podendo provocar 
graves acidentes. 
O farol com iluminação irregular é uma ameaça ao trânsito. O motorista que vier no 
contrafluxo de movimento pode ficar encandeado com a luminosidade do xenon, porque 
esta é uma luz bem mais intensa do que uma luz normal. Com esse ofuscamento, ele 
pode ficar de um a três segundos sem conseguir enxergar bem, o que pode ser o 
suficiente para causar um acidente. 
Dirigir à noite com segurança 
Juntamente com o ofuscamento causado pelos faróis dos outros veículos, a 
incapacidade de enxergar a certa distância são as principais queixas de quem dirige à 
noite. Os cones e os bastonetes são as principais células da visão. Os cones, no centro 
da retina, garantem a nitidez de imagens e cores. Já os bastonetes, na periferia dos 
olhos, proporcionam imagens com ângulos mais abrangentes, embora pouco detalhadas. 
O desconforto de muitas pessoas com a direção noturna pode ser explicado pela falta 
dos detalhes nas imagens. Isso porque os cones funcionam bem apenas com 
iluminação. 
Motoristas com fotofobia também sofrem com o ofuscamento. Eles são muito mais 
sensíveis à luz e os faróis atrapalham demais. Para evitar o incômodo do ofuscamento, 
recomendamos o uso de óculos especiais. Lentes com filtros amarelos aumentam o 
contraste à noite, acentuando as imagens e separando melhor os estímulos luminosos. 
Fonte: 
http://yahoo.minhavida.com.br/materias/saude/Entenda+como+os+farois+xenon+podem+
afetar+a+visao.mv 
Já o reator é o equipamento que limita a corrente em uma lâmpada fluorescente 
e também fornece a tensão adequada para dar partida na lâmpada. Pode ser do tipo 
eletromagnético ou eletrônico, com partida rápida ou convencional, e com alto ou baixo 
fator de potência. 
 Sistemas de Iluminação 
 
 
 
21 
O starter é um equipamento que fecha o circuito de partida convencional da 
lâmpada fluorescente para aquecer os filamentos, e depois abre o circuito para a 
partida da lâmpada. Os filamentos nas extremidades da lâmpada são aquecidos pela 
passagem de corrente elétrica e criam, internamente, uma nuvem de elétrons. O starter 
é uma chave temporizada que abre após um ou dois segundos. Ao abrir, a tensão 
sobre o tubo permite que os elétrons fluam pelo tubo e ionizem o vapor de mercúrio. 
 
Figura 213 - Funcionamento de um STARTER 
Sobre a temperatura de cor correlata (TCC), esse é um termo usado para 
descrever a cor de uma fonte de luz. A TCC é medida em Kelvin, variando de 1.500K, 
cuja aparência é laranja/vermelho até 9.000K, cuja aparência é azul. As lâmpadas com 
TCC maior que 5.300K são chamadas de aparência “fria”, as lâmpadas com TCC 
menores que 3.300K são de aparência “quente” e as lâmpadas com TCC entre 3.300 e 
5.300K são chamadas de aparência “intermediária”. 
Veja a matéria que segue, ela esclarecerá algumas dúvidas que você ainda 
possa ter sobre a temperatura de cor correlata (TCC). 
 Sistemas de Iluminação 
 
 
 
22 
M
u
lt
im
íd
ia
 
 
 
Você já ouviu falar da Teoria da Cor? Não? Então esta é a chance de conhecer um 
estudo interessantíssimo para nosso assunto e para enriquecer seu conhecimento. 
Acesse e confira! 
http://www.fotografarvenderviajar.com/aprendendo/teoria-da-cor-a-cor-e-suas-
propriedades-parte1 
 http://www.fotografarvenderviajar.com/aprendendo/teoria-da-cor-a-cor-e-suas-
propriedades-parte2 
Quando falamos sobre vida mediana nominal (horas) estamos mencionando que 
isso corresponde ao valor no qual 50% de uma amostra de lâmpadas ensaiadas se 
mantém acesas sob condições controladas em laboratório. As lâmpadas que são 
operadas além da vida mediana informada podem mostrar alguns indícios de fatores de 
idade, como arco instável (sinal normal no fim da vida), manchas brancas no bulbo, 
baixa emissão de luz, etc. Por tanto, a medida a ser tomada quando as lâmpadas 
atingirem a vida mediana indicada é a substituição das mesmas, pois assim elas 
manterão uma qualidade constante de iluminação. 
Na segunda parte de nossos estudos, analisaremos as características das 
principais lâmpadas utilizadas em sistemas de iluminação. O primeiro tipo de lâmpadas 
que iremos considerar serão as Lâmpadas Incandescentes. 
Lâmpadas Incandescentes 
 
Figura 224 - Lâmpada incandescente comum 
 Sistemas de Iluminação 
 
 
 
23 
 Funcionamento 
A iluminação incandescente resulta da incandescência de um filamento, 
normalmente de tungstênio, percorrido por corrente elétrica, devido ao seu 
aquecimento, quando este é colocado no vácuo ou em meio gasoso apropriado. 
 Características construtivas 
Uma lâmpada incandescente é composta pelos seguintes elementos: 
 
Figura 235 - Lâmpada incandescente 
- Bulbo: serve para isolar o filamento do meio externo, proteger o conjunto 
interno, alterar a iluminância da fonte de luz e também como decoração para o 
ambiente. As lâmpadas incandescentes são construídas normalmente de vidro-cal, tipo 
de vidro macio e com baixa temperatura de amolecimento, de vidro boro-silicato, tipo 
duro que resiste a altas temperaturas, ou ainda de vidro pirex que resiste a choques 
térmicos. 
- Filamento: para que o filamento possa emitir luz, eficientemente, deverá 
possuir um elevado ponto de fusão e baixa evaporação. Os filamentos são, atualmente, 
construídos de tungstênio trefilado, pois apresentam um ponto de fusão de 3.655K, 
além de possuírem uma boa resistência mecânica e ductilidade. 
- Meio interno: paradiminuir a evaporação e a oxidação do filamento das 
lâmpadas incandescentes, antigamente, era feito o vácuo no interior destas, ou seja, 
retirada de todo o oxigênio. Hoje, é utilizado como meio interno, gases inertes, como 
por exemplo, uma mistura de argônio e nitrogênio e em alguns casos criptônio. 
 Sistemas de Iluminação 
 
 
 
24 
- Base: têm como função fixar a lâmpada mecanicamente ao seu suporte e fazer 
conexão elétrica. 
 Vida mediana 
A vida mediana de uma lâmpada é considerada pelo seu trabalho em condições 
nominais, ou seja, na tensão nominal e temperatura ambiente. Assim, uma lâmpada 
incandescente para uso geral possui uma vida mediana de 1.000 horas. 
 Eficiência luminosa 
Sabe-se que a eficiência luminosa é determinada por 
P

 
. 
Considerando que uma lâmpada incandescente de 200W possui um fluxo 
luminoso de aproximadamente 3.400 lm, a mesma irá apresentar uma eficiência 
luminosa de: 
Wlm /17
200
400.3
 
 
 
 Com o objetivo de melhorar a eficiência das lâmpadas incandescentes, os 
Ministros de Estado de Minas e Energia, da Ciência e Tecnologia e do 
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; regulamentaram a Portaria 
Interministerial Nº 1.007, de 31 de dezembro de 2010, que define os níveis mínimos de 
eficiência energética de lâmpadas incandescentes. 
 
 Aplicações 
As lâmpadas incandescentes são utilizadas em iluminação residencial e de 
pequenas áreas. Devido à sua baixa eficiência luminosa, recomenda-se evitar a sua 
utilização. 
 Sistemas de Iluminação 
 
 
 
25 
Existem alguns tipos de lâmpadas incandescentes que são utilizadas para 
aplicações específicas como, por exemplo, aparelhos domésticos, painéis de 
sinalização e decorativos. 
 
 
Lâmpadas Halógenas 
 
Figura 246 - Lâmpada halógena 
 
 
Figura 257 - Lâmpada halógena em retroprojetor 
 
As lâmpadas halógenas pertencem à família das lâmpadas incandescentes de 
construção especial, pois contêm halogênio adicionado ao gás criptônio, e funcionam 
sob o princípio de um ciclo regenerativo que tem como funções evitar o escurecimento, 
aumentar a vida mediana e a eficiência luminosa da lâmpada. 
Em uma lâmpada incandescente normal, a alta temperatura do filamento causa 
evaporação das partículas de tungstênio, que se condensam nas paredes internas do 
bulbo e causam seu escurecimento. 
Nas lâmpadas halógenas, a temperatura do bulbo é suficientemente alta para 
evitar a condensação do tungstênio evaporado. 
 Sistemas de Iluminação 
 
 
 
26 
 
Figura 28 - Componentes de uma lâmpada halógena 
A lâmpada halógena possui uma vida mediana e uma eficiência luminosa um 
pouco maiores do que a incandescente comum. Devido ao fato de apresentarem um 
fluxo luminoso maior e uma melhor reprodução de cores, suas aplicações são diversas 
como: iluminação de fachadas, áreas de lazer e de estacionamentos, artes gráficas, 
teatros e estúdios de TV, máquinas fotocopiadoras, filmadoras, faróis de automóveis, 
entre outras. 
Lâmpadas de Descarga 
 
Figura 29 - Lâmpadas de descarga 
 Funcionamento 
Conforme apresentada anteriormente, em uma lâmpada incandescente, a luz é 
produzida pelo aquecimento de um filamento. No caso de uma lâmpada de descarga, a 
luz é produzida por uma descarga elétrica contínua em um gás ou vapor ionizado, às 
vezes, combinado com fósforo depositado no bulbo que, excitado pela radiação de 
descarga, provocam uma luminescência. 
Uma lâmpada de descarga funciona com equipamento auxiliar (reator e em 
alguns casos um ignitor) ligado ao seu circuito elétrico. O reator tem como função 
 Sistemas de Iluminação 
 
 
 
27 
limitar a corrente da lâmpada e o ignitor, ajudar a produzir a tensão necessária para o 
início da descarga elétrica. 
Após a ignição acontece a estabilização do gás, dependendo do tipo de 
lâmpada, pode demorar mais ou menos tempo. Durante este tempo o fluxo luminoso 
aumenta até que a lâmpada atinja seu valor nominal. 
As lâmpadas de descarga são divididas em lâmpadas de baixa e alta pressão 
sendo: 
- lâmpadas de alta pressão: mercúrio, sódio, mista e vapores metálicos; 
- lâmpadas de baixa pressão: mercúrio (fluorescente) e sódio baixa pressão. 
De uma maneira geral são utilizadas em iluminação residencial, comercial e de 
grandes áreas. 
 Características construtivas 
- Meio interno: as lâmpadas de descarga possuem, internamente, gases ou 
vapores que podem variar de acordo com o tipo de lâmpada. Os gases utilizados com 
maior freqüência são o argônio, o neônio, o xenônio, o hélio ou o criptônio e os vapores 
de mercúrio e de sódio muitas vezes com alguns aditivos. 
- Tubo de descarga: onde é feita a composição dos gases e vapores e onde 
ocorre a descarga elétrica. Apresenta normalmente a forma tubular e é constituída por 
materiais diferentes, conforme o tipo de lâmpada. 
- Eletrodos: são normalmente feitos de tungstênio espiralado de forma helicoidal, 
contendo um material emissivo (óxido de bário ou estrôncio) que facilita a emissão dos 
elétrons. É fixado à base da lâmpada através de uma ligação hermética (selo). 
- Bulbo externo: tem por função proteger o tubo de descarga, que é colocado em 
seu interior, contra influências externas. O bulbo é cheio de um gás inerte (nitrogênio) 
ou opera a vácuo e, pode ser internamente coberto com uma camada difusora ou de 
fósforo para melhorar a reprodução de cores, além de absorver a radiação ultravioleta 
 Sistemas de Iluminação 
 
 
 
28 
emitida pelas lâmpadas. A lâmpada fluorescente não possui bulbo externo, sendo que 
o próprio tubo de descarga tem essa função. 
 
Lâmpadas Fluorescentes 
 
Figura 30 - Lâmpadas fluorescentes 
São lâmpadas de descarga de baixa pressão, onde a luz é produzida por pós 
fluorescentes que são ativados pela radiação ultravioleta da descarga. A lâmpada 
possui, normalmente, o formato do bulbo tubular longo com um filamento em cada 
extremidade, contendo vapor de mercúrio em baixa pressão com uma pequena 
quantidade de gás inerte para facilitar a partida. O bulbo é recoberto internamente com 
um pó fluorescente ou fósforo que, compostos, determinam a quantidade e a cor da luz 
emitida. 
 
Figura 31 – Interior de uma lâmpada fluorescente 
 Sistemas de Iluminação 
 
 
 
29 
As lâmpadas fluorescentes podem ainda possuir os eletrodos (catodos) quentes 
com ou sem pré-aquecimento ou frios. No caso do catodo quente com pré-
aquecimento, a lâmpada necessita de um reator e de um starter. Na de catodo quente 
sem pré-aquecimento, é necessário apenas um reator de construção especial. As de 
catodo frio também utilizam somente um reator de construção especial. 
O starter é um dispositivo que consiste em um pequeno bulbo de vidro que 
contém em seu interior gás argônio ou neônio e dois eletrodos, um fixo e o outro uma 
lâmina bimetálica em forma de curva. 
O reator é constituído por uma bobina de fio de cobre esmaltado e por um 
núcleo de lâminas de material ferromagnético prensadas. Existem atualemente, 
reatores eletrônicos modernos que proporcionam maior economia de energia e menor 
manutenção, além de serem mais leves e de pequenas dimensões. O esquema de 
ligação de uma lâmpada fluorescente de catodo quente pré-aquecido é apresentado a 
seguir: 
 
Figura32 - Componentes de uma lâmpada fluorescente 
As lâmpadas fluorescentes de catodo quente e partida rápida diferem das de 
catodo quente com pré-aquecimento por terem eletrodos de construção especial, que 
são aquecidos continuamente, desde a partida, por bobinas de baixa tensão que são 
incorporadas ao reator. Para possibilitar sua partida é necessária uma fitade ignição 
externa à lâmpada, normalmente constituída pela luminária metálica devidamente 
aterrada. 
 Sistemas de Iluminação 
 
 
 
30 
O reator de construção especial funciona no período de partida como um 
autotransformador, elevando a tensão da rede elétrica até se iniciar o arco elétrico no 
interior do bulbo. 
 
Figura 33 - Circuito de ligação da lâmpada fluorescente de catodo quente e partida rápida 
 
Lâmpadas Fluorescentes Compactas 
 
Figura 34 - Lâmpadas fluorescentes compactas 
 
São lâmpadas fluorescentes de tamanho reduzidas, criadas para substituir com 
vantagens as lâmpadas incandescentes em várias aplicações. Estão disponíveis em 
várias formas e tamanhos podendo vir com o conjunto de controle incorporado ou não, 
e ainda com bases tipo rosca ou pino. 
Suas vantagens, em relação às incandescentes, estão, principalmente, no fato 
de apresentarem o mesmo fluxo luminoso com potências menores, o que gera uma 
economia de energia de até 80%, uma vida mediana maior, além de possuírem uma 
boa definição de cores. 
 Sistemas de Iluminação 
 
 
 
31 
 
Figura 35 - Componentes de uma lâmpada fluorescente compacta 
F
iq
u
e
 S
a
b
e
n
d
o
 
 
 
Fontes de luz 
As lâmpadas fluorescentes são uma aplicação de iluminação de um tubo de 
descarga no gás. A luz negra é essencialmente uma lâmpada fluorescente sem 
revestimento de fósforo. Ela emite luz ultravioleta que faz os fosforosos de fora da 
lâmpada emitam luz visível. 
 
Figura 26 - Iluminação 
As luzes de neon são lâmpadas de descarga contendo gases, como o neon. Elas 
liberam luz visível e colorida quando o gás é estimulado por elétrons e íons. A iluminação 
de rua, em muitos casos, usa um sistema similar com tipos de gases diferentes. 
Fonte: www.hsw.uol.com.br 
 Vida mediana e eficiência luminosa 
A eficiência luminosa de uma lâmpada fluorescente é maior em comparação 
com as incandescentes, conforme mostram abaixo os cálculos para lâmpadas 
 Sistemas de Iluminação 
 
 
 
32 
incandescentes de 100W e fluorescente compacta de 23W, que produzem 
respectivamente 1.470 e 1.520 lúmens: 
- fluorescente compacta: 
Wlm
P
/66
23
520.1


 
- incandescente: 
Wlm
P
/15
100
470.1


 
A vida mediana das lâmpadas fluorescentes é considerada em função de seu 
tipo, ou seja: 
- lâmpadas de catodo quente = 7.500 a 20.000 horas 
- lâmpadas compactas = 3.000 a 12.000 horas 
 
Com o objetivo de melhorar a eficiência das lâmpadas fluorescentes compactas, 
os Ministros de Estado de Minas e Energia, da Ciência e Tecnologia e do 
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; regulamentaram a Portaria 
Interministerial Nº 1.008, de 31 de dezembro de 2010, que define os níveis mínimos de 
eficiência energética de lâmpadas fluorescentes compactas. 
Lâmpadas a Vapor de Mercúrio de Alta Pressão 
Consta basicamente de um bulbo de vidro duro, que contém em seu interior um 
tubo de descarga feito de quartzo para suportar altas temperaturas. Possui em seu 
interior argônio e mercúrio que, quando vaporizado, produzirá o efeito luminoso. Em 
cada uma de suas extremidades possui um eletrodo principal de tungstênio. Junto a um 
dos eletrodos principais existe um eletrodo auxiliar ligado em série com um resistor de 
partida que se localiza na parte externa do tubo de descarga. 
No interior do bulbo externo é colocado gás inerte na pressão atmosférica, para 
estabilizar a lâmpada mantendo-a em temperatura constante. 
 Sistemas de Iluminação 
 
 
 
33 
 
Figura 277 - Lâmpada a vapor de mercúrio de alta pressão 
A distribuição de cores na composição do espectro do fluxo luminoso desta 
lâmpada é pobre (luz branca azulada com emissão na região visível nos comprimentos 
de onda de amarelo, verde e azul, faltando o vermelho), porém, o tubo de descarga 
emite uma quantidade considerável de energia ultravioleta. 
Torna-se então necessário fazer uma correção de cor nesta lâmpada, visando 
aumentar a cor vermelha. Isso é feito através da transformação da radiação ultravioleta 
em luz vermelha, adicionando-se uma camada de fósforo no bulbo. 
Assim como a fluorescente, a lâmpada a vapor de mercúrio também necessita 
de um reator para que este forneça tensão necessária na partida e limite a corrente 
normal de operação. 
 
 Vida mediana e eficiência luminosa 
A vida mediana de uma lâmpada a vapor de mercúrio de alta pressão é superior 
a 15.000 horas com 30% de depreciação do fluxo luminoso no período, e sua eficiência 
luminosa pode ser calculada, por exemplo, para uma lâmpada de 400W que produz 
22.000 lúmens como: 
Wlm
P
/55
400
000.22


 
 Sistemas de Iluminação 
 
 
 
34 
Comparando-a com as lâmpadas incandescentes e fluorescentes que 
apresentam respectivamente uma eficiência luminosa média de 15 e 66 lm/W, pode-se 
concluir que a fluorescente é a que apresenta uma melhor eficiência luminosa. 
 
Figuras 38 e 39- Iluminação de monumentos e fachadas 
 
As lâmpadas de vapor de mercúrio são utilizadas e iluminação pública, industrial 
interna e externa (cor corrigida), em iluminação de fachadas de prédios, monumentos e 
jardins (tubular de vidro claro). 
Estas lâmpadas devem ser instaladas em locais que possuam um pé direito 
(altura) superior a 4 metros para não produzir ofuscamento para as pessoas. 
 
Lâmpadas a Vapor Metálicas 
 
Figura 280 - Iluminação em estádio de futebol 
 
 Características construtivas 
 Sistemas de Iluminação 
 
 
 
35 
Com a popularização das lâmpadas a vapor de mercúrio sob alta pressão e o 
aperfeiçoamento da tecnologia, surgiram as lâmpadas de vapor de mercúrio com 
iodetos metálicos, ou simplesmente, lâmpadas de vapor metálico. 
As lâmpadas de vapor metálico são semelhantes com as lâmpadas de vapor de 
mercúrio, com exceção da presença de iodetos metálicos, pelo seu maior desempenho, 
e pela possibilidade de variação da coloração da lâmpada em função da seleção dos 
iodetos metálicos presentes dentro do tubo de descarga. Esta lâmpada possui um 
revestimento de alumina nas extremidades do tubo de descarga, cujo objetivo é refletir 
o calor produzido pela descarga para os eletrodos, impedindo a condensação dos 
iodetos no interior do tubo de descarga da lâmpada. 
A lâmpada de vapor metálico opera em conjunto com um reator, que irá produzir 
picos de alta tensão para a ignição. Existe no mercado versões que possuem eletrodo 
auxiliar tornando desnecessária a geração de pulsos de alta tensão, ou ainda, modelo 
contendo um ignitor interno tipo starter. 
 
Figura 291 - Lâmpada de vapor metálico; revestida, com eletrodo auxiliar e com tubo de descarga cerâmico 
 
 
 Vida mediana e eficiência luminosa 
A vida mediana de uma lâmpada a vapor metálico está na ordem de 15.000 
horas com 30%de depreciação do fluxo luminoso no período, e sua eficiência luminosa 
pode ser calculada, por exemplo, para uma lâmpada de 400W que produz 36.000 
lúmens como: 
 Sistemas de Iluminação 
 
 
 
36 
Wlm
P
/90
400
000.36


 
Comparando-a com a lâmpada de vapor de mercúrio apresentada no item 
anterior, que possui uma eficiência luminosa de 55lm/W, pode-se concluir que a vapor 
metálico apresenta uma melhor eficiência luminosa. 
As lâmpadas de vapor metálico possuem um grande número de aplicações, a se 
destacar a iluminação de lojas de departamentos, estádio de futebol, monumentos, 
indústrias, iluminação residencial, e até para iluminação automotiva, com as lâmpadas 
de xenônio, que são lâmpadas de vapor metálico com atmosfera de xenônio, capazes 
de acenderinstantaneamente. 
Lâmpadas Mistas 
 Características Construtivas 
São idênticas às lâmpadas a vapor de mercúrio de alta pressão, diferenciando-
se apenas por possuírem um filamento montado ao redor do tubo de descarga e ligado 
em série com este. 
 
Figura 302 - Lâmpada mista 
Seu funcionamento é similar ao da lâmpada vapor de mercúrio, porém, a 
lâmpada mista não necessita de reator para funcionar, pois o filamento além de emitir a 
energia luminosa, funciona também como elemento de estabilização da lâmpada. 
 Sistemas de Iluminação 
 
 
 
37 
A luz produzida por essa lâmpada é de cor branca difusa, derivada da lâmpada 
vapor de mercúrio de alta pressão e da luz de cor quente da incandescente, o que dá 
uma aparência agradável. 
 Vida mediana e eficiência luminosa 
A vida mediana de uma lâmpada mista é superior a 6.000 horas com 30% de 
depreciação do fluxo luminoso no período e, sua eficiência luminosa pode ser calculada 
para uma lâmpada de 250W que produz 5.500 lúmens como: 
Wlm
P
/22
250
500.5


 
Sendo, portanto, mais eficiente apenas que a lâmpada incandescente, com isso, 
a sua utilização deve ser evita. Por apresentarem boa reprodução de cores podem ser 
usados em vias públicas, jardins, praças, estacionamentos, comércio em geral e na 
modernização de instalações feitas com lâmpadas incandescentes. Quanto à altura de 
montagem tem a mesma restrição das lâmpadas a vapor de mercúrio de alta pressão, 
ou seja, devem ser instaladas em locais onde o pé direito for superior a 4 metros. 
Lâmpada a Vapor de Sódio 
As lâmpadas a vapor de sódio podem ser divididas em duas classes: as de baixa 
pressão e as de alta pressão, conforme apresentados a seguir: 
 Lâmpadas a vapor de sódio de baixa pressão 
Constituída de um tubo de descarga em forma de U, com um eletrodo em cada 
extremidade, e cheios de gás argônio e neônio em baixa pressão para facilitar a 
partida, contendo também sódio metálico que irá se vaporizar durante o funcionamento. 
O conjunto é protegido por um invólucro de vidro tubular no qual existe vácuo, 
coberto na superfície interna por óxido de índio, que funciona como um refletor 
infravermelho, mantendo a parede do tubo de descarga na temperatura de 
funcionamento apropriada. 
 Sistemas de Iluminação 
 
 
 
38 
 
Figura 313 - Lâmpada a vapor de sódio de baixa pressão 
 
A descarga elétrica na partida inicia-se com o gás neônio, que provoca a 
produção de um pequeno fluxo luminoso de cor rosa e elevação da temperatura, o que 
causa uma progressiva vaporização do sódio. A lâmpada atinge sua condição normal 
de funcionamento em aproximadamente 15 minutos, produzindo um fluxo luminoso de 
cor amarelada, devido à descarga no vapor de sódio. 
A vida mediana de uma lâmpada a vapor de sódio de baixa pressão é superior a 
15.000 horas com depreciação de 30% do fluxo luminoso no período e sua eficiência 
luminosa é da ordem de 200lm/W, portanto, maior do que todas as lâmpadas 
apresentadas anteriormente. 
Devido ao fato de sua luz ser monocromática, sua aplicação fica limitada a locais 
em que não é necessário um alto índice de reprodução de cores, ou seja, auto-
estradas, portos, pátios de manobras, entre outras. 
 Lâmpadas a vapor de sódio de alta pressão 
Seu formato é similar ao da lâmpada de vapor de mercúrio de alta pressão, 
diferenciando-se apenas pelo formato do tubo de descarga que é comprido, estreito e 
feito de óxido de alumínio sintetizado translúcido (material cerâmico que suporta altas 
temperaturas, pois no tubo de descarga dessa lâmpada pode-se atingir 1.000oC) onde 
é colocado xenônio para iniciar a partida, mercúrio para corrigir a cor e sódio em alta 
pressão, além de possuir em cada uma de suas extremidades um eletrodo principal 
feito de nióbio. O tubo de descarga é colocado dentro de um bulbo externo onde é 
produzido o vácuo entre eles visando diminuir a perda de calor externo, além de 
aumentar a pressão no tubo de descarga e a eficiência luminosa da lâmpada. 
 Sistemas de Iluminação 
 
 
 
39 
 
Figura 324 - Lâmpada a vapor de sódio de alta pressão 
 
Seu funcionamento é similar ao das lâmpadas de descarga de modo genérico, 
frisando-se apenas que necessita de tensões altas para a partida em função da 
geometria do tubo de descarga e, portanto, é necessário o uso de um ignitor. 
Essas lâmpadas demoram cerca de 3 a 4 minutos para atingir seu brilho 
máximo, e neste tempo, existem várias mudanças das cores emitidas devido à 
composição dos gases internos, até chegar a sua cor branca-dourada. 
A vida mediana de uma lâmpada a vapor de sódio de alta pressão é superior a 
24.000 horas com 25% de depreciação do fluxo luminoso no período e sua eficiência 
luminosa é da ordem de 120lm/W, menor que sua similar de baixa pressão. 
Pelo fato de possuírem uma propriedade de cor mais agradável que as de baixa 
pressão, encontram um número maior de aplicações, sendo usadas em vias públicas, 
ferrovias, áreas de estacionamento, e todo tipo de iluminação externa, bem como em 
iluminação interna de indústrias. 
Pode ser encontrada nas versões com bulbo oval, no caso com camada difusora 
na parede interna ou bulbo tubular de cor clara. Devem também ser instaladas em 
locais cujo pé direito seja superior a 4 metros. 
 Sistemas de Iluminação 
 
 
 
40 
 
Figura 335 - Gráfico comparativo entre as lâmpadas mais comuns 
 
Diodos emissores de luz (LEDs) 
Os diodos emissores de luz (LEDs) são componentes semicondutores que 
convertem corrente elétrica em luz visível. Com tamanho bastante reduzido, o LED 
oferece vantagem através de seu desenvolvimento tecnológico, tornando-o numa 
alternativa real na substituição das lâmpadas convencionais. Diferentemente do que 
ocorre com a lâmpada incandescente, que abrange todo espectro de cores o LED é 
monocromático, gerando apenas uma única cor, que depende do tipo de material 
utilizado, como por exemplo, galênio, arsênio e fósforo. 
 
Figura 346 – LED encapsulado na cor vermelha 
Os LEDs estão disponíveis em encapsulado comerciais de 3mm, 5mm e 10mm 
nas cores vermelho, verde, laranja, azul, branco entre outros. Os LEDs de alto brilho 
mais encontrados no mercado são azul, branco, vermelho e verde. 
A eficiência do LED aumentou consideravelmente e atualmente, dependendo da 
cor, chega a 70 lm/W. Esta alta eficiência foi obtida devido às melhorias no processo 
produtivo e ao avanço tecnológico, com tendência de aumentar rapidamente nos 
próximos anos. 
 Sistemas de Iluminação 
 
 
 
41 
A tecnologia LED está sendo produzida com custos cada vez menores e está 
sendo utilizada em iluminação para diversas aplicações, como por exemplo, 
residencial, comercial, sinalização e orientação (degraus e escadas), letreiros 
luminosos, iluminação de piso, balizamento, etc. 
 
Figura 357 - Funcionamento de lâmpada de LED 
Os LEDs apresentam alguns benefícios conforme listados a seguir: 
- longa durabilidade (pode-se obter até 50.000 horas de funcionamento); 
- alta eficiência luminosa; 
- variedade de cores; 
- dimensões reduzidas; 
- alta resistência a choques e vibrações; 
- não gera radiação ultravioleta e infravermelha; 
- baixo consumo de energia e pouca dissipação de calor; 
- redução nos gastos de manutenção, permitindo a sua utilização em locais de 
difícil acesso; 
- permite dimerização; 
- possibilidade de utilização com sistemas fotovoltaicos em locais isolados. 
 Sistemas de Iluminação 
 
 
 
42 
F
iq
u
e
 S
a
b
e
n
d
o
 
 
 
LEDs orgânicos superam eficiência das lâmpadas fluorescentes 
Redação do Site Inovação Tecnológica - 26/05/2009 
Pesquisadoresda Universidade de Tecnologia de Dresden, na Alemanha, 
fabricaram LEDs orgânicos que superam por larga margem as lâmpadas fluorescentes 
na emissão de luz branca. O material ainda está em fase de laboratório e tem o potencial 
para atingir eficiências ainda maiores. 
LEDs orgânicos 
Os LEDs orgânicos - ou OLEDs (Organic Light-Emitting Diodes) - são 
semicondutores feitos com películas finíssimas superpostas de materiais à base de 
carbono. Eles emitem luz de forma difusa ao longo de todo o material, o que significa que 
eles criam não um ponto emissor de luz, mas uma área totalmente iluminada. 
Combinando o formato do OLED com a cor da luz emitida, os LEDs orgânicos 
deverão criar oportunidades totalmente novas de iluminação, como painéis, paredes ou 
tetos iluminados por igual e que poderão ser personalizados ao gosto de cada pessoa. 
Além disso, eles permitirão grande economia de energia porque são mais eficientes na 
conversão da eletricidade em luz. 
Eficiência dos LEDs orgânicos 
Atualmente, as lâmpadas fluorescentes representam o padrão da indústria a ser 
batido pelas novas tecnologias. Considerando as perdas nos refletores, essas lâmpadas 
alcançam uma eficiência entre 50 e 70 lúmens por Watt (lm/W). 
Os novos OLEDs superaram as melhores marcas das lâmpadas fluorescentes em 
pelo menos um terço, alcançando 90 lm/W no brilho padrão de 1.000 candelas por metro 
quadrado (cd/m
2
). 
"A eficiência energética dos nossos LEDs alcança 90 lm/W mesmo quando se 
utilizam somente técnicas de acoplamento planas - mas que são escaláveis. Com 
acoplamentos especiais 3D, atingimos até 124 lm/W," conta o coordenador da pesquisa, 
Dr. Sebastian Reineke. "O potencial desses dispositivos é óbvio quando se considera 
que, mesmo com um brilho de 5.000 cd/m
2
, nós obtivemos uma eficiência energética de 
74 lm/W, Diz Karl Leo, outro membro da equipe. 
 Sistemas de Iluminação 
 
 
 
43 
Bibliografia: 
White organic light-emitting diodes with fluorescent tube efficiency 
Sebastian Reineke, Frank Lindner, Gregor Schwartz, Nico Seidler, Karsten Walzer, 
BjÖrn LÜssem, Karl Leo 
Nature, 14 May 2009, Vol.: 459, 234-238 
DOI: 10.1038/nature08003 
 Fonte: http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias 
 
Na tabela seguinte são apresentados os principais tipos de lâmpadas e suas 
características gerais. 
Tabela 4 - Principais características das lâmpadas 
 
Tipo Características gerais 
Incandescente 
Comum 
- Excelente reprodução de cores 
- Baixa eficiência luminosa 
- Vida mediana: 1.000 horas 
- Não exige equipamentos auxiliares 
- Grande variedade de formas 
- Exige níveis mínimos de eficiência energética (Portaria interministerial 
1007/2010) 
Incandescente 
halógena 
- Excelente reprodução de cores 
- Vida mediana: 2.000 horas 
- Eficiência luminosa maior que a incandescente comum 
- Exige equipamentos auxiliares, dependendo da tensão 
- Vários tamanhos, inclusive com refletores 
Fluorescente 
- Excelente a moderada reprodução de cores, dependendo do tipo 
- Boa eficiência luminosa 
- Vida mediana: 7.500 a 20.000 horas 
- Exige equipamentos auxiliares: reator e starter (partida convencional) ou só 
reator (partida rápida) 
- Forma tubular em vários tamanhos 
 Sistemas de Iluminação 
 
 
 
44 
Fluorescente 
Compacta 
- Boa reprodução de cores 
- Boa eficiência luminosa 
- Vida mediana: 3.000 a 12.000 horas 
- Exige equipamentos auxiliares (reator) 
- Pequenas dimensões 
- Exige níveis mínimos de eficiência energética (Portaria interministerial 
1008/2010) 
Mista 
- Moderada reprodução de cores 
- Vida mediana: 8.000 horas 
- Eficiência luminosa moderada 
- Não exige o uso de equipamentos auxiliares 
Vapor de mercúrio 
- Moderada reprodução de cores 
- Vida mediana: 12.000 a 24.000 horas 
- Boa eficiência luminosa 
- Exige o uso de equipamentos auxiliares (reator) 
Vapor metálico 
- Boa reprodução de cores 
- Vida mediana: 3.000 a 20.000 horas 
- Boa eficiência luminosa 
- Exige o uso de equipamentos auxiliares (reator) 
Vapor de sódio 
alta pressão 
- Pobre reprodução de cores 
- Alta eficiência luminosa 
- Vida mediana: 12.000 a 55.000 horas 
- Exige o uso de equipamentos auxiliares (reator e ignitor) 
LED 
- Boa reprodução de cores 
- Vida mediana de 25.000 a 50.000 horas 
- Boa eficiência luminosa 
- Alto custo de investimento 
 
Cálculo de Iluminação 
O método dos lumens é utilizado para calcular o número de lâmpadas e 
luminárias, levando em conta as dimensões e o tipo do ambiente que será iluminado. 
Um roteiro que pode ser seguido para se fazer os cálculos necessários é o seguinte: 
- escolha do nível de iluminamento (E); 
- determinação do fator do local (K); 
 Sistemas de Iluminação 
 
 
 
45 
- escolha das lâmpadas e das luminárias; 
- determinação do fator de utilização; 
- determinação do fluxo total (
T
); 
- cálculo do número de luminárias; 
- distribuição das luminárias. 
Escolha do Nível de Iluminamento (E) 
A primeira providência será a de escolher o nível médio de iluminamento em 
função do tipo de atividade visual que será desenvolvida no local. 
Para isso são utilizadas tabelas constantes da norma NB-57 da ABNT, 
registrada no INMETRO como NBR-5413, que nos fornecem os valores mínimos, 
admissíveis para cada tipo de ambiente. 
Determinação do Fator do Local (K) 
A segunda providência será calcular o fator do local que depende das 
dimensões do ambiente. 
Para isso pode-se utilizar a seguinte fórmula para iluminação direta: 
ALC
LC
K



)(
 
Onde: 
C – Comprimento do local 
L – Largura do local 
A – Altura da luminária ao plano de trabalho 
Escolha das Lâmpadas e das Luminárias 
Neste item devem ser levados em conta fatores como a adequada iluminação do 
plano de trabalho ou ambiente, custo, manutenção, estética, índice de reprodução de 
cores, aparência visual e funcionalidade. 
Determinação do Fator de Utilização (Fu) 
 Sistemas de Iluminação 
 
 
 
46 
O fator de utilização é a razão do fluxo útil que incide efetivamente sobre um 
plano de trabalho e o fluxo total emitido. Depende da distribuição de luz e do 
rendimento da luminária, da reflexão do teto, paredes e plano de trabalho ou piso a do 
fator do local (K). 
Para determinar o fator de utilização da luminária escolhida admite-se para K o 
valor mais próximo do calculado e avaliam-se as reflexões médias do teto, das paredes 
e do plano de trabalho pelo seguinte critério de índices: 
 1 – superfície escura: 10% de reflexão 
 3 – superfície média: 30% de reflexão 
 5 – superfície clara: 50% de reflexão 
 7 – superfície branca: 70% de reflexão 
A seguir, monta-se um número com três algarismos onde: 
 1o algarismo correspondente ao índice de reflexão do teto 
 2o algarismo correspondente ao índice de reflexão das paredes 
 3o algarismo correspondente ao índice de reflexão do piso 
Com esses dados, entra-se na tabela da luminária escolhida e obtém-se o valor 
do fator de utilização. A seguir, como exemplo, tem-se uma tabela de luminárias para 
determinação do fator de utilização. 
 
 
 
 
 
C-2198/Embutir (2x16W/32W) 
 
 
 
 
 
C-2261/Embutir (2x16W/32W) 
K 773 751 573 531 353 331 131 000 K 773 751 573 531 353 331 131 000 
0,60 0,53 0,40 0,51 0,34 0,40 0,34 0,34 0,30 0,60 0,43 0,33 0,41 0,29 0,33 0,29 0,29 0,25 
0,80 0,61 0,48 0,57 0,42 0,48 0,41 0,41 0,36 0,80 0,50 0,39 0,48 0,35 0,39 0,35 0,35 0,31 
1,00 0,67 0,54 0,63 0,48 0,53 0,47 0,46 0,42 1,00 0,54 0,45 0,52 0,40 0,45 0,39 0,39 0,36 
1,25 0,73 0,59 0,69 0,53 0,59 0,52 0,51 0,48 1,25 0,60 0,48 0,560,45 0,49 0,44 0,43 0,41 
1,50 0,77 0,63 0,72 0,57 0,63 0,57 0,56 0,51 1,50 0,63 0,51 0,59 0,48 0,52 0,47 0,47 0,44 
2,00 0,83 0,69 0,78 0,63 0,69 0,63 0,62 0,58 2,00 0,67 0,56 0,63 0,52 0,57 0,51 0,51 0,48 
 Sistemas de Iluminação 
 
 
 
47 
Figura 368 - Fator de utilização obtido em catálogo 
 
Determinação do Fluxo Total (
)T
 
Para se determinar o fluxo total pode-se utilizar a expressão abaixo, que 
determina o valor da iluminância média: 
FmFu
SEm
T
S
FmFuT
Em




 
 
Onde: 
Em – Iluminância Média (Nível de Iluminamento) 
S – Área do Ambiente 
Fu – Fator de Utilização 
Fm – Fator de Manutenção 
 
Cálculo do Número de Luminárias 
Cada tipo de lâmpada fornece certo valor de lumens (fluxo luminoso) conforme 
apresentado nos catálogos de fabricantes, como exemplo, tem-se as tabelas a seguir: 
 
Tabela 5 - Lâmpada fluorescente tubular (GE) 
 
Código 
Comercial 
Potência 
 (W) 
Fluxo 
Luminoso 
(lm) 
Diâmetro 
 (mm) 
Temperatura 
 de Cor (K) 
IRC 
Vida 
Mediana 
 (hora) 
F15-T8 15 700 25 6.250 75 7.500 
FX20SD-T12 20 1.060 38 5.520 70 12.000 
F30-T8 30 1.850 25 6.250 75 7.500 
F32–T8 32 2.950 25 4.100 80 20.000 
FX40SD-T12 40 2.700 38 5.250 70 12.000 
F96-T12 110 8.900 38 6.500 75 12.000 
 
 Sistemas de Iluminação 
 
 
 
48 
 
Tabela 6 - Lâmpada fluorescente compacta (GE) 
Código 
Comercial 
Potência 
 (W) 
Fluxo 
Luminoso 
 (lm) 
Temperatura 
 de Cor (K) 
IRC 
Vida 
Mediana 
(hora) 
F7BX 7 400 3.500 82 10.000 
F13BX 13 850 3.500 82 10.000 
FLE23TBX 23 1.520 3.500 82 10.000 
Através do número de lúmens por luminárias (
)l
tem-se o número de luminária 
dado por: 
Número de luminárias = 
l
T


 
Distribuição das Luminárias 
O espaçamento entre as luminárias depende de sua altura ao plano de trabalho 
(altura útil) e da sua distribuição de luz. Esse valor situa-se geralmente, entre 1 a 1,5 
vezes o valor da altura útil em ambas as direções. O espaçamento até as paredes 
deverá ser a metade desse valor. 
Vale ressaltar que, se o número de luminárias calculadas resultar em valores 
incompatíveis com esses limites, os mesmos deverão ser ajustados para não se correr 
o risco do ambiente ficar com sombras. O ajuste é feito sempre elevando-se o número 
de luminárias ou mudando-se a sua distribuição. 
Considerações sobre as luminárias 
A luminária, além de ser uma peça decorativa, deve atender os seguintes 
requisitos: 
 sustentar a lâmpada; 
 garantir a conexão elétrica; 
 direcionar o fluxo luminoso. 
São peças projetadas para determinadas aplicações envolvendo o tipo de 
lâmpadas e devem assegurar conforto visual com o máximo de eficiência. O fluxo 
 Sistemas de Iluminação 
 
 
 
49 
luminoso deve ser adequadamente direcionado evitando-se, desta forma, o fenômeno 
de ofuscamento. Para evitar o ofuscamento pode-se embutir a luminária, mas tal 
providência pode resultar em perdas do fluxo luminoso. 
Outra solução mais adequada consiste em instalar a lâmpada acima do campo 
visual ou, se estiver baixa, utilizar um anteparo que a cubra parcialmente, concentrando 
o fluxo luminoso sobre a tarefa visual em questão. Pode-se classificar a maior parte 
das luminárias em cinco grandes grupos, conforme a tabela: 
 
Tabela 7 - Classificação das luminárias 
 
Tipo Características Gerais 
Embutidas 
- Normalmente usadas com lâmpadas incandescentes comuns 
- Apresentam baixo rendimento 
- Normalmente apresentam problemas de superaquecimento 
- Difícil manutenção 
Fechadas 
(lâmpadas 
fluorescentes) 
- São encontradas com vários tipos de elementos de controle de luz (refletores 
espelhados com proteção visual, difusor prismático, etc.) 
- Rendimento moderado, dependendo do tipo de elemento de controle da luz 
- Difícil manutenção 
- Podem ser fixadas sobre a superfície do teto e, em alguns casos, podem ser 
embutidas 
- Os que dispõem de refletores sem elementos de controle de luz apresentam melhor 
rendimento. 
Abertas 
- Podem ser encontradas com ou sem elementos de controle de luz 
- Apresentam rendimentos superiores aos das luminárias fechadas 
- Fácil manutenção 
- Podem ser fixadas sobre a superfície do teto ou suspensas 
Spots 
- São utilizadas com vários tipos de lâmpadas incandescentes refletoras ou coloridas 
- Utilizados para iluminação direcional do fluxo luminoso 
- Fácil manutenção 
- Podem ser fixados sobre as superfícies ou embutidos 
Projetores 
- Encontrados em vários tamanhos 
- Apresentam bom rendimento luminoso 
- São fixados sobre as superfícies ou suspensos 
- Podem ser usados com lâmpadas incandescentes comuns até lâmpadas a vapor de 
sódio 
- Fácil manutenção, dependendo das condições do local. 
 
 Sistemas de Iluminação 
 
 
 
50 
É importante desenvolver uma manutenção periódica visando à limpeza destes 
sistemas de iluminação. Com o passar do tempo, a poeira vai se acumulando na 
luminária e, consequentemente, reduzindo a intensidade de fluxo luminoso, fazendo 
com que a luz ambiente diminua. 
Se isto ocorre na instalação, a empresa está utilizando a energia elétrica para 
aquecer a poeira, não para iluminar. Na prática, pode-se afirmar que a manutenção 
inadequada das luminárias perde-se cerca de 20% de luz ambiente. 
Quanto maior for o ambiente e mais claros os acabamentos, menor será a 
absorção de luz e maior será a iluminação que incide sobre o plano de trabalho. Assim 
sendo, com a melhora das condições do ambiente pode-se reduzir o gasto de energia 
com iluminação sem prejuízo do conforto visual. 
Algumas dicas são especialmente importantes para melhorar as condições do 
ambiente: 
 manter sempre limpas as paredes, tetos, pisos e luminárias; 
 durante a reforma do ambiente utilizar cores claras pois refletem melhor a luz; 
 quando as divisórias não puderem ser removidas totalmente, instalar 
divisórias baixas para reduzir a absorção de luz e permitir o uso da luz nas áreas 
adjacentes; 
 fazer a setorização do ambiente; 
 utilizar imobiliários com cores claras, que não tenham superfícies brilhantes 
(lustrosas) ou que não proporcionem reflexões indesejáveis; 
 aproveitar a iluminação natural; 
 em ambientes com pé direito muito alto, verificar a possibilidade de rebaixar 
as luminárias, tomando cuidado com o ofuscamento. 
 
 
 
 
 
 Sistemas de Iluminação 
 
 
 
51 
Leituras Recomendadas 
 Catálogo de fabricantes de lâmpadas, reatores e luminárias: 
o Philips - www.philips.com.br 
o Osram - www.osram.com.br 
o Sylvania - www.sylvania.com.br 
o GE - www.gelampadas.com.br 
o Intral – www.intral.com.br 
o Keiko – www.keiko.com.br 
o Itaim – www.itaimiluminacao.com.br 
o Schréder – www.schreder.com 
o Tecnowatt – www.tecnowatt.com.br 
 Norma ABNT NBR ISO/CIE 8995-1: 2013: Iluminação de ambientes de 
trabalho – parte1: Interiores; 
 Norma NBR 5461: Iluminação: Terminologia; 
 Lei Nº 10.295, de 17 de outubro de 2001 que dispõe sobre a Política Nacional 
de Conservação e Uso Racional de Energia; 
 Portaria INMETRO / MDIC Nº 267 de 21 de setembro de 2009 que aprova os 
Requisitos de Avaliação da Conformidade para Reatores Eletrônicos Alimentados 
em Corrente Alternada para Lâmpadas Fluorescentes Tubulares Retilíneas, 
Circulares e Compactas; 
 Portaria Interministerial Ministério de Minas e Energia da Ciência e Tecnologia 
e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Nº 132, de 12 de junho de 
2006 que define os índices mínimos de eficiência energética de lâmpadas 
fluorescentes compactas; 
 Portaria InterministerialMinistério de Minas e Energia da Ciência e Tecnologia 
e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Nº 1007, de 31 de dezembro 
de 2010 que define os índices mínimos de eficiência energética de lâmpadas 
incandescentes; 
 Portaria Interministerial Ministério de Minas e Energia da Ciência e Tecnologia 
e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Nº 1008, de 31 de dezembro 
de 2010 que define os índices mínimos de eficiência energética de lâmpadas 
fluorescentes compactas. 
 
 Sistemas de Iluminação 
 
 
 
52 
Referências Bibliográficas 
 Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT “Iluminância de interiores - 
Especificação”, NBR 5413, Brasil, 1982. 
 Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, “Verificação de 
iluminância de interiores - Procedimento” NBR 5382, Brasil, 1985. 
 Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, Norma ABNT NBR 
ISO/CIE 8995-1: 2013: Iluminação de ambientes de trabalho – parte1: Interiores. 
 Costa, G. J. C., “Iluminação Econômica: Cálculo e Avaliação” EDIPUCRS, 
Brasil, 1998. 
 Fonseca, R. S., “Iluminação Elétrica”, Editora McGraw-Hill do Brasil, Brasil, 
1974. 
 Garcia Jr, E., “Instalações Elétricas - Luminotécnica”, Editora Érica, Brasil, 
1996. 
 GE Iluminação. Spectrum – Catálogo de Lâmpadas 201, Brasil, 2011.General 
 General Eletric do Brasil S.A., “Cálculo de Iluminação Interna”, Departamento 
de Lâmpadas e Iluminação, Brasil, 1992. 
 Haddad, J., “Uma contribuição à análise de conservação de Energia Elétrica 
utilizando a teoria dos conjuntos Fuzzy”, Tese de Doutorado, UNICAMP, Brasil, Abril 
de 1993. 
 Intral – Reatores E Luminárias, Catálogo Geral de Produtos, Brasil, 2011. 
 Itaim - Indústria Elétrica Itaim Comercial Ltda - Catálogo de Luminárias, Brasil, 
2011. 
 Ministério de Minas e Energia - Procel / Eletrobras, “Uso Racional de Energia 
Elétrica em Edificações - Iluminação”, Brasil, 1992. 
 Ministério de Minas e Energia - Procel / Eletrobras, “Manual de Iluminação 
Eficiente”, Brasil, 2002. 
 Moreira, V. A., “Iluminação Elétrica”, 1ª Edição, Editora Edgard Blucher Ltda, 
São Paulo, 1999. 
 Osram – Catálogo Geral, Brasil, 2011/2012. 
 Philips Iluminação – Guia Prático – lâmpadas, reatores, luminárias e LEDs, 
Brasil, 2009. 
 Philips, “Manual de Iluminação”, Centro de Projetos e Engenharia de 
Iluminação, Holanda, 1986. 
 Sistemas de Iluminação 
 
 
 
53 
 Sylvania - Lâmpadas Fluorescentes - Boletim Técnico de Engenharia, Brasil, 
1995. 
 Sylvania Iluminação, Catálogo de Lâmpadas, Brasil, 2010. 
 Yamachita, R. A, “Conservação de Energia Utilizando Sistemas de 
Iluminação” Dissertação de Mestrado – Escola Federal de Engenharia de Itajubá – 
1998.

Outros materiais