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Taxonomia do Cibercrime na Legislação

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LUZ & CASTRO (2013) 
 
 
 
Congresso Norte Nordeste de Pesquisa e Inovação, 2013 1 
 
TAXONOMIA DO CIBERCRIME NO CONTEXTO DA LEGISLAÇÃO VIGENTE 
LUZ, A. G. P.¹ e CASTRO, R. C. C.² 
¹ ² Grupo de Pesquisa em Informática Aplicada, Campus Canindé – Instituto Federa do Ceará, IFCE. E-mail: 
glaucivanialuz@gmail.com; E-mail: ritacastro@ifce.edu.br. 
 
Artigo submetido em agosto/2013 e aceito em outubro/2013 
 
RESUMO 
 
O presente estudo, sem esgotar o tema, tem 
por objetivo apresentar uma classificação (taxonomia) 
dos cibercrimes ou crimes virtuais, baseada em seus 
principais aspectos. O modelo apresentado originou-se 
nas diversas classificações existentes na literatura e 
objetiva fornecer suporte a interpretação da legislação 
vigente no Brasil. Uma vez que a cada dia a sociedade 
preocupa-se com a possibilidade de torna-se vítima de 
criminosos virtuais, dado o alto índice de relatos de 
ações dessa natureza, criando um cenário onde se possa 
interpretar e adequar uma ocorrência de crime no 
espaço virtual. Considerando que a punição adequada 
para esses crimes baseia-se principalmente, na 
classificação do crime. 
 
 
 
 
TAXONOMY OF CYBERCRIME UNDER THE APPLICABLE LAW 
ABSTRACT 
 
The present study, without exhausting the subject, 
aims to present a classification (taxonomy) of 
cybercrimes or virtual crimes, based on its main 
aspects. The model presented originated in the 
different existing literature and objective ratings 
provide support to the interpretation of current 
legislation in Brazil. Once each day the company is 
concerned about the possibility becomes victim of 
cyber criminals, given the high rate of reports of such 
actions, creating a scenario where it can interpret and 
adapt an occurrence of crime in cyberspace . Whereas 
the appropriate punishment for these crimes is based 
mainly on the classification of the crime.
 
 
 
 
 
PALAVRAS-CHAVE: Cibercrime, Legislação, Segurança Cibernética, Internet. 
KEY-WORDS: Cybercrime, Legislation, Cyber Security, Internet. 
LUZ & CASTRO (2013) 
 
 
Congresso Norte Nordeste de Pesquisa e Inovação, 2013 2 
 
TAXONOMIA DO CIBERCRIME NO CONTEXTO DA LEGISLAÇÃO VIGENTE 
INTRODUÇÃO 
 
Tanto no cenário corporativo, quanto no universo dos usuários domésticos dos serviços 
informatizados, é de suma importância a compreensão de que a segurança das informações 
envolvidas é imprescindível. A necessidade de estar conectado ao mundo virtual (ciberespaço), 
muitas vezes não ganha a mesma proporção quando o assunto é a proteção das informações, 
essencialmente às pessoais. Principalmente, quando o potencial inimigo está aparentemente 
invisível, tornando-se assim, a necessidade de se proteger dos crimes praticado pela Internet um 
dos maiores desafios da atualidade. No entanto, os crimes praticados no mundo virtual, ganham 
relevância significativa no momento em que atingem a sociedade no mundo real, e não apenas 
no espaço virtual (ANGELUCI, et. al., 2007). 
A ausência de leis que tipifiquem os crimes praticados pela Internet, denominados 
cibercrimes, favorece um cenário de proliferação desses crimes, uma vez que seus praticantes 
têm como certa a impunidade. Segundo Lima (2011), os crimes por computador são, em sua 
maioria, crimes comuns cometidos com o auxílio de um computador, podendo os crimes de 
furto, apropriação indébita, estelionato ou dano, serem cometidos por esse meio com 
consideráveis prejuízos patrimoniais. Isso nos leva, além de novos modus operandi, a novas 
condutas não tipificadas. 
O objetivo principal desse artigo é apresentar o estágio terminológico para criação de um 
modelo de taxonomia dos crimes cibernéticos, visando auxiliar o entendimento da tipificação 
desses crimes na legislação específica. 
Este artigo está estruturado da seguinte forma: nesta introdução são apresentadas 
breves considerações sobre os aspectos gerais dos cibercrimes; na seção 2, são apresentadas as 
principais particularidades da legislação em vigor e a problemática quanto à dimensão espacial 
englobado pela Internet; na seção 3, são apresentadas as diversas tipificações dos cibercrimes; a 
seção 4 apresenta o modelo proposto; e por fim na seção 5, é apresentada a conclusão e um 
breve resumo das próximas etapas deste trabalho de pesquisa. 
 
LEGISLAÇÃO PARA COMBATE AOS CRIMES VIRTUAIS. 
A disponibilização de infraestrutura para acesso à Internet no Brasil e no mundo propicia, 
a cada dia, a sua popularização. Com isso os crimes virtuais tornam-se uma ameaça real para o 
planeta, o que requer que medidas sejam tomadas pelos setores públicos e privados, que devem 
se empenhar no desenvolvimento de meios eficazes, capazes de combater e coibir esse tipo de 
crime. No entanto, a velocidade com que os mecanismos legais são criados e validados contribui 
para o aumento da criminalidade na Internet. 
O Brasil, ainda apresenta uma estrutura mínima para atender esse tipo de problema, 
com uma carência de vários outros fatores relacionados ao cibercrime, como a criação de leis, 
citada anteriormente, carência de profissionais especializados na investigação desses crimes, de 
delegacias, de agências especiais, dentre outros que merecem estudo para serem colocados em 
prática. 
LUZ & CASTRO (2013) 
 
 
Congresso Norte Nordeste de Pesquisa e Inovação, 2013 3 
 
 A entrada em vigor da Lei 12.737 de 30 de dezembro de 2012, conhecida como Lei 
Carolina Dieckmann, que dispõe sobre a tipificação criminal de delitos informáticos, caracteriza-
se como sendo uma tentativa tímida do Brasil de equiparar-se a outras nações no que se refere 
à punição aos criminosos do ciberespaço. 
A Convenção de Budapeste, realizada no ano de 2001 na Hungria, caracterizou-se como 
um esforço internacional para combate ao cibercrime, o evento obteve como resultado a 
elaboração de um documento de direito internacional público, onde os países participantes, que 
aderiram ao tratado, se comprometeram em colaborar e legislarem sobre os crimes virtuais. O 
prefácio da Convenção prioriza “uma política criminal comum, com o objetivo de proteger a 
sociedade contra a criminalidade no ciberespaço, designadamente, através da adoção de 
legislação adequada e da melhoria da cooperação internacional” e reconhece “a necessidade de 
uma cooperação entre os Estados e a indústria privada” (CONSELHO DA EUROPA, 2001). 
O Brasil foi um dos países que não aderiram ao tratado, em parte, devido à dificuldade 
em criminalizar más condutas na internet, que essencialmente envolve problemas 
extraterritoriais, que necessitam de uma legislação internacional. Segundo Souza e Pereira 
(2009), o fato do Brasil ainda não ser membro da Convenção de Budapeste, não exclui a 
possibilidade de se criar legislação própria para tipificar e combater o cibercrime. Todavia, os 
Projetos de Lei em tramitação, há aproximadamente 10 anos, mostram certa falta de diálogo 
com a sociedade, principal fomentadora do ciberespaço. A necessidade de uniformização das 
praticas de crimes virtuais, faz com que a filiação do Brasil a convenção seja a melhor atitude, 
visto a necessidade de combate geral das nações, a situações de desterritorialização, e ao 
respeito aos direitos e liberdades individuais por ela imposta (SOUZA; PEREIRA, 2009). 
 
TRABALHOS RELACIONADOS. 
 
A literatura dispõe hoje de várias nomenclaturas para os crimes praticados com auxilio 
do computador, dentre os quais, cibercrime, crime digital, crime informático, crime informático-
digital, high technology crimes, computer-related crime. Não existindo um consenso quanto à 
melhor expressão, quanto à definição, nem mesmo quanto à tipologia e classificação destes 
crimes (DIAS, 2010). Neste artigo será adotado o termo cibercrime para se referir a qualquer 
pratica de crimes como estes. 
A classificação destes crimesé de suma importância. Muitos crimes não são previstos em 
lei, ou os que são atendidos com a lei comum, possam ser adaptados em cenários técnicos 
informáticos, respondam fielmente ao crime executado e não passem despercebidos pela lei 
atual, diante de fatores exclusivos computacionais. Ferreira (2000) define o cibercrime como 
sendo toda ação típica, antijurídica e culpável, cometida contra ou pela utilização de 
processamento automático de dados ou sua transmissão. Tal definição instaura insegurança na 
aplicação da lei, já que deixa em aberto um leque muito extenso de mecanismos e serviços de 
TI, que podem ser utilizados como ferramenta para cometer tais delitos. Para Peres (2010), os 
cibercrimes são os delitos cometidos usando o computador, na maioria das vezes através da 
internet, que causam danos a bens materiais ou pessoais. 
 O Conselho da Europa (2001) resume três categorias como praticas de crimes virtuais, a 
saber: os crimes tradicionais praticados com o auxilio de um computador; os crimes 
LUZ & CASTRO (2013) 
 
 
Congresso Norte Nordeste de Pesquisa e Inovação, 2013 4 
 
relacionados com o computador, praticados com publicações de conteúdos ilícitos por meio de 
um sistema informático; e os crimes exclusivos informáticos que tem por objetivo atingir um 
sistema de computador. A maior necessidade que se tem nos dias atuais é quanto aos crimes 
exclusivos informáticos pelo fato de sua complexidade exigir leis próprias e como também 
técnicos especializados que comprovem de certo a legitimidade do crime (DIAS, 2010). 
Couri (2009), também classifica os crimes virtuais quanto ao seu envolvimento com o 
computador, classificando-os ainda, quanto ao computador como objeto, como instrumento, 
como incidente para crimes comuns e computador como associado ao crime. O computador 
como objeto acontece quando se tem por objetivo atingir um sistema computacional e as 
informações contidas, tem-se dentro desta categoria os crimes de invasão, contaminação de 
vírus, sabotagem de sistema, vandalismo cibernético entre outros. Computador como 
instrumento, acontece quando ele é apenas um meio para o crime, tendo como referência os 
crimes de fraudes em conta corrente, transferência de valores e alteração de saldo. O 
Computador como incidente para outro crime acontece quando o computador é utilizado de 
forma secundária para a prática de um crime comum, crimes contra a honra, jogos ilegal 
lavagem de dinheiro são exemplos destes crimes. Computador associado a pratica do crime, 
onde o computador é uma ferramenta necessária para a consolidação de crimes, podem ser 
citados nesta categoria a pirataria de software, divulgação e reprodução ilícita de dados e 
programas. Percebe-se que alguns crimes possuem características que os diferenciam, podendo, 
portanto causar danos materiais e imateriais contra um determinado ente. 
Crimes causam danos que podem ser medidos em diferentes fatores, a forma da 
agressão influencia na aplicação da pena. A difamação e calúnia são crimes vistos 
frequentemente na internet, e podem ser caracterizados como crime por danos morais. Outros 
como a fraude e o roubo de dados provocam sérias perdas econômicas, que segundo (LIMA, 
2011) esta é uma prática que produz maiores “benefícios”, como menor risco para aqueles que 
a realizam. A prática destes crimes aumenta consideravelmente, apesar de serem pouco 
divulgados, visto que muitas vitimas não querem evidenciar falhas em seus sistemas. Órgãos 
governamentais são também vitimas do cibercrime, as dimensões são de certa forma maiores, 
pois atinge bens públicos e afeta serviços essenciais para o exercício da cidadania de um povo. 
Sieber (2011) propõe dentro deste pensamento uma classificação mais restritiva quanto ao tipo 
de crime, e os dividiu quanto aos: 
Crimes econômicos: Os Crimes econômicos são os que objetivam algum lucro sobre a ação onde 
o autor classifica os crimes quanto a: Fraude por manipulação de um computador contra 
sistemas de processamento de dados, espionagem informática, furto de tempo, intrusão de 
sistemas e ofensas tradicionais; 
Ofensas contra direitos individuais: Estes crimes são caracterizados por ofensas e calunias a 
pessoas por meio da internet. Podem ser do tipo, uso incorreto de informação, obtenção ilegal 
de dados, revelação ilegal de informação, arquivamento ou revelação de dados; 
Direitos Supraindividuais: Estes crimes acontecem quando são cometidas ofensas contra 
interesses estaduais e políticos, são as condutas contra os direitos primeiros do estado, e ofensa 
contra a integridade humana que objetivam ferir a integridade física de uma ou mais pessoas. 
 
LUZ & CASTRO (2013) 
 
 
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TAXONOMIA DOS CIBERCRIMES. 
 Para facilitar o entendimento legal relacionado à prática dos cibercrimes, é importante 
que estes sejam classificados e nivelados, objetivando a clareza de suas intenções de forma que 
facilite a aplicabilidade da lei, e acima de tudo facilite o entendimento pelos usuários de 
computadores de forma geral. Baseado nos trabalhos relevantes que compõem a revisão de 
literatura desta pesquisa, desenvolveu-se uma taxonomia dos cibercrimes (figura 01) com a 
finalidade de padronizar o estudo desses crimes e sua caracterização legal. Ressalta-se que este 
modelo foi resumido por questões de espaço, uma vez que a modelagem original contempla 
uma tipificação mais detalhada desses crimes. 
 
Figura 1 – Taxonomia dos Cibercrimes 
 
Esta classificação, baseada em estudos relacionados, proprõe que o computador como 
peça primordial sobre um cibercrime, seja visto a partir da visão que se tem do computador e o 
crime, analisando-se, principalmente o tipo de perda diante a vitima, que comumente está 
relacionada com crimes econômicos, individuais e politicos, não descartando a possibilidade de 
um crime ser enquadrado nos três aspectos. A legislação vigente prevê pena para alguns dos 
crimes citados, mas devido aos muitos anos de aprovação do código penal brasileiro (73 anos), 
e o avanço considerável da tecnologia computacional muitos casos de crimes cibernéticos são 
deixados a mercê de leis sem a contemplação legivel de um crime de computador deixando-os 
impunes. A exemplo do tipo penal de invasão, que segundo Pinheiro e Haikal (2013), necessita 
de algumas condições para que o crime seja configurado, levando em consideração se houve 
invasão com rompimento de sistemas de segurança, com obtenção, exclusão ou modificação de 
dados sem a devida autorização, somente nesse cenário o crime estará enquadrado no art. 154-
A do Código Penal. 
 A lei comum pode contemplar situações em que o computador é um instrumento ou um 
incidente para o crime, apesar de casos, que necessitam de previsão legal. A maior carência de 
LUZ & CASTRO (2013) 
 
 
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leis especificas se encontram em crimes em que o computador é o alvo, dificilmente eles 
conseguem se enquadrar no código penal brasileiro. Crime como a falsificação de documentos 
públicos são previstos no art. 297 da codigo penal, e falsificação de documentos particulares 
previstos pelo art. 298. Os crimes contra a honra; difamação, calúnia, injúria (arts. 138,139 e 140 
do CP); crime de ameaça (art. 147 do CP); jogos de azar (art. 50); entre outros, que podem ser 
julgados pela lei comum, porém pode-se ressaltar que o computador não é citado nos referidos 
artigos do código penal. 
Os vírus possuem poder de destruição de programas, replicação e controle de máquinas 
em questões de minutos, são muito comuns e servem de instrumento para crimes em que se 
tem por alvo um sistema computacional. A Lei Carolina Dieckmann pode contemplar os crimes 
de vírus de computador na qual podem ser enquadrados no artigo 154 “Invadir dispositivo 
informático alheio, conectadoou não à rede de computadores, mediante violação indevida de 
mecanismo de segurança e com o fim de obter, adulterar ou destruir dados ou informações sem 
autorização expressa ou tácita do titular do dispositivo ou instalar vulnerabilidades para obter 
vantagem ilícita”. E prevê penas de detenção de três meses a um ano e multa. 
Porém se deixa uma lacuna quanto ao teor do crime, sendo que a instalação de vírus e 
afins só é considerada válida se houver a intenção criminosa na ação. Esta lei traz de certa forma 
a liberdade que se precisa para agir em um sistema, principalmente nos dias atuais, em que se 
tem um nível de dependência muito alto aos sistemas computacionais, mas ao mesmo tempo 
traz uma “brecha”, para aqueles que o fazem realmente com a intenção criminal onde o fato 
pode ser contestado muitas vezes pelas contradições desta lei, até que seja provada técnica e 
judicialmente. 
 
CONCLUSÃO 
Como se pode analisar o cibercrime possui uma grande dimensão, seu contexto ainda 
indefinido na sociedade deixa um espaço de liberdade que muitos se apropriam e fazem deste 
meio “oculto” uma oportunidade de obtenção de lucro ou uma forma de atingir algo ou alguém. 
Leis recentemente aprovadas mostram o avanço do país na procura de legislar sobre o 
cibercrime. É necessária ainda muita discussões quanto as legalizações conceituais como 
também a dos crimes, que devido a vasticidade do sistema informático, que pode se da de 
diferentes maneiras, e acontecer em situações muito complexas o que dificulta o 
provisionamento e elaboração de leis. É importante que sejam tipificados os meios com quais o 
computador se relaciona com o crime. A classificação e categorização destes crimes facilita o 
entendimento na criação de leis, onde pelo nível de agressão, danos morais, danos políticos, 
danos econômicos, pode se prever um nível de punição adequada. 
Os cibercriminosos podem utilizar o computador como alvo, ou como instrumento para 
praticar o crime. O perfil do invasor, muitas vezes imaginado como o “nerd”, nos dias atuais 
pode ser qualquer pessoa. A internet é um espaço em que se pode ter acesso a muitos tipos de 
informações que podem ligeiramente ser utilizadas para cometer ações ilícitas. Diante o cenário 
atual, em que se ver muitas indefinições, é importante a disseminação da informação do tema, 
em virtude do desconhecimento de muitos usuários, em relação a diversidade de crimes que 
podem acontecer em situações menos prevista possíveis. 
LUZ & CASTRO (2013) 
 
 
Congresso Norte Nordeste de Pesquisa e Inovação, 2013 7 
 
 
REFERÊNCIAS 
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INFORMAÇÃO.Intertem@s ISSN 1677-1281, América do Norte, 1312 06 2008. 
2. ANGELUCI, R. A.; SANTOS, C. A. A. C; Sociedade da Informação: O Mundo Virtual Second Life 
e os Crimes Cibernéticos. 
3. BRASIL. Lei nº 12. 735 de 30 de Novembro de 2012. 
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5. CLOUGH, Jonathan. Principles of Cybercrime. New York: Cambridge University Press, 2010. 
6. COURI, Gustavo Fuscaldo. Crimes pela Internet. 2009. 26 f. Dissertação (Magistério) - 
Escola da Magistrura do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2009. Cap. 1. 
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Faculdade de Direito, Universidade de Lisboa, Lisboa, 2010. Cap. 1. 
8. CONSELHO DA EUROPA (Budapeste) (Org.). Convenção Sobre o Cibercrime. 
Disponível em: 
<http://www.wirelessbrasil.org/wirelessbr/secoes/crimes_digitais/texto_convencao.pdf>. 
Acesso em: 15 ago. 2013. 
9. FERREIRA, Ivette Senise. A criminalidade informática. Direito & Internet, Aspecto Jurídicos 
Relevantes, obra coordenada por Newton de Lucca e Adalberto Simão Filho. Bauru, ed. 
Edipro, 2000, p. 208. 
10. FURLANETO NETO, Mário; GUIMARÃES, José Augusto Chaves. Crimes na Internet: 
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n. 20, p.67-73, 2003. Jan/mar. 
11. LAUREANO, M,A,P. Gestão de Segurança da Informação. 2005. 132 p. Disponível em: 
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Universidade Católica de Brasília. 
LUZ & CASTRO (2013) 
 
 
Congresso Norte Nordeste de Pesquisa e Inovação, 2013 8 
 
17. SOUZA, Gills Lopes Macêdo; PEREIRA, Dalliana Vilar. A Convenção de Budapeste e as 
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18. VOGT, Jackson Leandro. Direito Cibernético: Analise da Legislação Penal a Convenção De 
Budapeste.2012. 41 f. Monografia (Graduação) - Curso de Direito, Departamento de 
Ciências Jurídicas e Sociais, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do 
Sul, Santa Rosa, 2012. Cap. 1

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