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CURSO DE TOXICOLOGIA APLICADA UNIVERSO 2014 INTRODUÇÃO À TOXICOLOGIA ANTIGÜIDADE: 1500 AC – 50DC FASES FASES - PAPIRO DE EBERS: Informações sobre substâncias químicas (cicuta, acônito, chumbo,...) - HIPÓCRATES: Biodisponibilidade. - MITHRIDATES: Resistência aos venenos. - DIOSCORIDES: Eméticos. IDADE MÉDIA: 50DC – 1541DC - AVICENA: Mecanismo de ação – antídotos. - MAIMONIDES: Venenos animais. - CATHARINA DE MEDICE: estudava as substâncias químicas em escravos e condenados. - PARACELSUS: Relação dose-efeito / Mal dos mineiros / Tóxikon: agente tóxico primário. IDADE DAS LUZES: 1541 - 1915 - BERNARDO RAMAZZINI: Medicina do trabalho. -MATEU ORFILA: Toxicologia forense. -MAGENDIE: Tóxico cinética (venenos das flechas e estricnina). - CLAUDE BERNARD: Medicina exprimental (mecanismo de ação do monóxido de carbono). - OSWALD SCHMIEDEBERG: Ácido glucurônico – conjugação. - PAUL ERLICH: Teoria dos receptores. IDADE MODERNA E CONTENPORÂNEA (1915 – DIAS ATUAIS) SÉCULO XIX – Revolução Política e Industrial. - Aumento da síntese de compostos. acidentes agudos e crônicos - Leis trabalhistas - Testes de toxicidade, regulamentação e fiscalização. TOXICOLOGIA EFEITOS DAS SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS E SUAS CONSEQUÊNCIAS – HUMANO E ANIMAL – Fonzes-Diacon, 1924 Áreas da Toxicología Toxicología Clínica Toxicología Ambiental Toxicología Ocupacional Toxicología Forense Toxicología Social Toxicologia Regulatória Toxicologia Genética Toxicologia Mecanicista Toxicologia Analítica Toxicologia Descritiva CONCEITOS BÁSICOS ⇒ Agente tóxico: Toda substância que, interagindo com um sistema biológico, é capaz de produzir alterações morfológicas ou funcionais de maneira nociva. ⇒ Toxicante: Termo usado por toxicologistas para designar substâncias tóxicas que são produzidas ou são subprodutos de atividades produzidas pelo homem. ⇒ Toxina: Substância tóxica produzida naturalmente (venenos animais). Exposição X Intoxicação EFEITOS TOXICOLÓGICOS SUSCEPTIBILIDADE INDIVIDUAL ⇒ VARIAÇÃO DA RESPOSTA BIOLÓGICA EM FUNÇÃO DO ORGANISMO. CARACTERÍSTICAS DA EXPOSIÇÃO TIPOS DE AÇÃO ⇒ LOCAL SUBSTÂNCIA EXERCE ACÃO TÓXICA NO LOCAL DE CONTACTO (PELE, OLHOS, TRATO DIGESTIVO, VÍAS RESPIRATÓRIAS). ⇒ SISTÊMICA ACÃO DO TÓXICO SE MANIFESTA EM SITIOS DE AÇÃO DISTANTES DO LOCAL DE CONTACTO INICIAL. FATORES QUE INFLUEM NA RESPOSTA DO ORGANISMO TOXOCINÉTICOS CONSIDERA A ABSORÇÃO, DISTRIBUIÇÃO, METABOLISMO E EXCREÇÃO DO AGENTE TÓXICO TOXODINÂMICOS A MAGNITUDE DA RESPOSTA SE RELACIONA COM A CONCENTRAÇÃO DO AGENTE NO LOCAL DE AÇÃO (RECEPTORES) “Se olharmos com os olhos do coração veremos Deus se manifestando à nossa volta través da natureza” TOXICOCINÉTICATOXICOCINÉTICA Exposição X EfeitosExposição X Efeitos Para que se produzam efeitos tóxicos é Para que se produzam efeitos tóxicos é necessário que os agentes ou seus necessário que os agentes ou seus subprodutos atinjam os sítios subprodutos atinjam os sítios apropriados do organismo, em apropriados do organismo, em concentração e tempo suficientes. concentração e tempo suficientes. DISPOSIÇÃO DE TOXICANTES –TOXICOCINÉTICA ?DISPOSIÇÃO DE TOXICANTES –TOXICOCINÉTICA ? Interação: toxicante x organismo Interação: toxicante x organismo Movimentação:Movimentação: absorção, distribuiçãoabsorção, distribuição Metabolização e excreçãoMetabolização e excreção Trato gastrintestinal Pele e pulmão Fígado Circulação sanguínea e Linfática Biotransformação Subprodutos Armazena- mento Rim Pulmão Fluído Extracelular Órgãos e Ossos Tecidos gordurosos Fezes Urina Ar expirado ABSORÇÃO DISTRIBUIÇÃO/ BIOTRANSFORMAÇÃO EXCREÇÃO DD II SS PP OO SS II ÇÇ ÃÃ OO Estrutura da membrana celular Estrutura da membrana celular Citoplasm a Extracelula r Proteínas Fatores que interferem no transporte através Fatores que interferem no transporte através das membranas :das membranas : solubilidade da substância coeficiente de partição óleo/água grau de ionização tamanho das partículas estrutura da membrana Transporte através das membranasTransporte através das membranas Influência do pH sobre a distribuição de um ácido fraco (pka-4,4 – p. ex. Ibuprofen) entre o meio I, de pH ácido (ex. suco gástrico) e o meio II, de pH básico ou neutro (ex: sangue) separados por uma membrana biológica (ex: células da mucosa gástrica). Transporte passivoTransporte passivo (mais comum)(mais comum) Transportes especializados Transporte ativo Difusão facilitada Pinicitose Fagocitose Mecanismos de transporteMecanismos de transporte Transporte ativo Difusão facilitada Pinocitose Partículas em solução Vacúolo Pinocítico DIGESTIVA (ambientais) RESPIRATÓRIA (ambientais) DÉRMICA (ambientais) ESPECIAIS IV, SC, IM (medicamentos) Vias de Exposição de ToxicantesVias de Exposição de Toxicantes Fatores ligados ao agente: lipossolubilidade, grau de ionização, volatilidade, viscosidade etc. Fatores ligados ao indivíduo: região, integridade, umidade, vascularização e pilosidade. Fatores ligados às condições de exposição: duração e freqüência, temperatura e umidade. Fatores interferentes Absorção: via transcutânea Absorção: via trato gastrintestinalAbsorção: via trato gastrintestinal Hidrossolubilidade (dissolução no trato digestivo) Lipossolubilidade (coeficiente de partição água/óleo) Grau de ionização (pka, pH, lipossolubilidade) Capacidade de produzir irritação e provocar vômito Transformações pelas enzimas digestivas Estado de repleção gástrica Fatores interferentes via digestiva Absorção: vias respiratórias Fatores interferentes Diâmetro, forma, densidade e carga das partículas Lipossolubilidade do agente Concentração do agente na atmosfera Condições ambientais: pressão, temperatura, umidade e ventilação. Duração e freqüência da exposição Parâmetros respiratórios como volume e freqüência. via respiratória Disposição do toxicante Disposição do toxicante Efeito cumulativo Efeito cumulativo DISTRIBUIÇÃODISTRIBUIÇÃO DE DE TOXICANTESTOXICANTES • SANGUE E LINFA PARA DIVERSOS TECIDOS • EQUILÍBRIO DE DISTRIBUIÇÃO É ATINGIDO RAPIDAMENTE = CORAÇÃO, CÉREBRO, FÍGADO, RIM • ATINGIDO LENTAMENTE = OSSOS, UNHAS, DENTES DistribuiçãoDistribuição Volume de DistribuiçãoVolume de Distribuição - MODELOS CINÉTICOS DE COMPARTIMENTOS: 1- COMPARTIMENTO ÚNICO: DROGA → ORGANISMO 2- DUPLO ABERTO: DROGA → CENTRAL → PERIFÉRICO - IMPORTÂNCIA - FATORES QUE INTERFEREM COM O VOLUME DE DISTRIBUIÇÃO: • FLUXO SANGÍNEO • LIGAÇÃO ÀS PROTEINAS DO PLASMA • VOLUME HÍDRICO • INTEGRIDADE DE BARREIRAS • FIXAÇÃO CELULAR PREFERENCIAL INTOXICAÇÃO POR CÁDMIOFixação celular preferencial 1a. Fase da exposição 2a. Fase Ligação ProtéicaLigação Protéica Albumina humana Biotransformação de toxicantesBiotransformação de toxicantes DETOXIFICAÇÃO (em desuso) BIOTRANSFORMAÇÃO: modificação química enzimática de endobióticos e xenobióticos dentro do organismo vivo. METABOLIZAÇÃO - Metabólito = subproduto Objetivos – Tornar a molécula mais polar – Aumentar o tamanho e o peso molecular – Facilitar a excreção Conseqüências – Diminuição da meia vida biológica do toxicante – Redução do tempo de exposição – Redução da possibilidadede acumulação – Provável modificação na atividade biológica – Alteração na duração da atividade biológica – Bioativação Biotransformação de toxicantesBiotransformação de toxicantes Biotransformação de toxicantesBiotransformação de toxicantes Retículo endoplasmático liso: enzimas microssomais Citosol: enzimas citosólicas Superfície do núcleo Mitocôndria Membrana celular Sítios e atividade de biotransformação: fígado – elevada pulmões e rins – moderada intestino, pele, testículos, placenta e adrenal – baixa Local da célula: Biotransformação de toxicantesBiotransformação de toxicantes CLASSIFICAÇÃO DAS REAÇÕES:CLASSIFICAÇÃO DAS REAÇÕES: - Quanto ao local onde ocorrem- Quanto ao local onde ocorrem Microsomais e não microsomaisMicrosomais e não microsomais - Quanto ao tipo de reação- Quanto ao tipo de reação Não Sintéticas ou de Fase I – Oxidação, Não Sintéticas ou de Fase I – Oxidação, Redução e HidróliseRedução e Hidrólise Sintéticas ou de Fase II - ConjugaçãoSintéticas ou de Fase II - Conjugação Fase I Fase II Excreção oxidação redução hidrólise conjugação síntese polar muito polar Biotransformação: tipos de reaçõesBiotransformação: tipos de reações Sistemas enzimáticosSistemas enzimáticos - Citocromo P-450 (CYP) - Monoaminaoxidases - Ciclooxigenases - Hidrolases - Redutases - Flavinas Função: convertem compostos lipofílicos (apolares) em compostos hidrofílicos (polares) por introdução de um grupo funcional. Fase I Sistemas enzimáticosSistemas enzimáticos - Enzimas de conjugação Função: convertem compostos eletrofílicos e compostos nucleofílicos, em compostos hidrofílicos (polares) por conjugação com substratos endógenos. Fase II Sistemas enzimáticosSistemas enzimáticos Enzima especial: - Actilcolinesterase sanguínea Função: metabolizar a acetilcolina IMPORTÂNCIA DA METABOLIZAÇÃOIMPORTÂNCIA DA METABOLIZAÇÃO Eletrofílico Nucleofílico Lipofílico EletrofílicoFase IIFase I GST UGT SULT CYP Hidrolases Redutases CYP MAO CICLO OX Epóxidos, g. carbonila a,b-insaturados g. hidroxila, fenólico, amino, sulfidrila ou carboxila ............................ IMPORTÂNCIA DA METABOLIZAÇÃOIMPORTÂNCIA DA METABOLIZAÇÃO Piretróide tipo I – aletrina, tetrametrina, bioaletrina, etc. Piretróide tipo II – fenvalerato, deltametrina, cipermetrina, etc. com alfa ciano (CN-) Diferentes t1/2 nos organismos animal e humano. t1/2 tipo II > tipo I OH ST O OH P450 PAPS O OSO3 OH OH Glutathione Epoxidation GSH GST Toxic Epoxide Phenol GlucuronideUDP-GT Epoxide Hydratase Dihydrodiol Biotransformação do BenzenoBiotransformação do Benzeno Metabolismo ou eliminação de primeira passagem SÍTIO I SÍTIO IISÍTIO II CONSEQUÊNCIAS: - DIMINUIÇÃO DA T1/2 - DIMINUIÇÃO DO NÍVEL DE DROGA ATIVA - DIMINUIÇÃO DA TOXICIDADE - DIMINUIÇÃO DA AÇÃO MEDICAMENTOSA Fatores que modificam a biotransformação • Constitucionais – raça/espécie • Genéticos • Sexo • Patologias • Idade • Estado nutricional • Indução enzimática por fatores externos • Inibição enzimática Espécie Espécies (THB min.) (µg hexobarbital metabolizado / g fígado / h) Camundungo 12 ± 8 598 ± 184 Coelho 49 ± 12 196 ± 28 Rato 90 ± 15 134 ± 51 Cão 315 ± 105 36 ± 30 Diferenças entre as espécies na duração da ação e na taxa de biotransformação do hexobarbital ANFETAMINAANFETAMINA RATORATO COELHOCOELHO 4-HIDROXIANFETAMINA4-HIDROXIANFETAMINA FENILPROPANONA 2FENILPROPANONA 2 Espécie Patologias: Cirroses, hepatites (comprometimento biotransformação) Idade: Recém nascidos (sistema biotransformador imaturo) Glicuroniltransferase Encefalopatias por hiperbilirrubinemia Idosos (deterioração dos sistema biotransformador) Intoxicações FATORES QUE ALTERAM A BIOTRANSFORMAÇÃO DE DROGAS FATORES QUE ALTERAM A BIOTRANSFORMAÇÃO DE DROGAS Nutrição e dieta: “Fast foods” “Busca do belo” • Desnutrição proteica prolongada → aumento da duração do efeito e barbitúricos e toxicantes ambientais, agudamente. • Consumo exagerado de glicose → ↓ atividade da mono-oxigenase. • Carência vitaminas A, C, D → ↓ ação de biotransformação da maioria das drogas. Indutores enzimáticos SÍNTESE “DE NOVO” DE PROTEINAS / ENZIMASSÍNTESE “DE NOVO” DE PROTEINAS / ENZIMAS ⇒ ⇒ PESTICIDAS ORGANOCLORADOS ⇒ ⇒ ÁLCOOL ⇒⇒ MEDICAMENTOS (GARDENAL) ⇒⇒ BENZOPIRENO (CIGARRO) ⇒ ETC.. INDUÇÃO X CÂNCER Proliferação do retículo endoplasmáticoProliferação do retículo endoplasmático Consequências da Indução Enzimática - Aumento da biotransformação; - Diminuição do efeito Medicamentoso; - Diminuição da toxicidade; - Ativação de pró-drogas. INIBIDORES ENZIMÁTICOSINIBIDORES ENZIMÁTICOS Diminuem ou inibem a biotransformação de outros Diminuem ou inibem a biotransformação de outros compostos por:compostos por: • diminuição da síntese enzimática • depleção de co-fatores • competição com a droga pelos seus sítios de ligação à enzima • por ligação à enzima em sítios diferentes daqueles nos quais a droga se liga (não competitiva) • Provocar alterações estruturais no retículo endoplasmático liso (ccL4, cálcio) Conseqüências da inibição / indução Conseqüências da inibição / indução enzimática hepáticaenzimática hepática C on ce nt ra çã o sa ng uí ne a indesejado desejado Sem efeito inibição indução tempo EXCREÇÃO DE TOXICANTESEXCREÇÃO DE TOXICANTES VIAS DE EXCREÇÃOVIAS DE EXCREÇÃO PRINCIPAIS:PRINCIPAIS: pulmonar- substâncias gasosas ou voláteis renal- substâncias polares e hidrossolúveis biliar- substâncias com alto coeficiente de partição O/A fecal- substâncias não absorvidas quando admi- nistradas via oral ou absorvidas, porém, eliminadas pela bile SECUNDÁRIAS: leite materno (pesticidas, medicamentos, metais) saliva lágrima suorsuor secreção nasal fâneros: unhas e cabelos (metais) EXCREÇÃO EXCREÇÃO RENALRENAL Túbulo Proximal Túbulo Distal Ducto Coletor Área de FiltraçãoÁrea de Filtração RenalRenal Sistema para transporte tubular Cation sAnions SECREÇÃO TUBULAR ATIVASECREÇÃO TUBULAR ATIVA Transportador Cinética de saturação Gasto de energia DENTRODENTRO DENTRODENTRO DROGA - FORMA MOLECULARDROGA - FORMA MOLECULAR DROGA - FORMA IÔNICADROGA - FORMA IÔNICA REABSORÇÃOREABSORÇÃO EXCREÇÃOEXCREÇÃO ⇑ pH - ⇓ REABSORÇÃO DE ÁCIDOS E ⇑ REABSORÇÃO DE BASES.⇓ pH - ⇑ REABSORÇÃO DE ÁCIDOS E ⇓ REABSORÇÃO DE BASES. pH 7.0 REABSORÇÃO TUBULAR PASSIVAREABSORÇÃO TUBULAR PASSIVA - pH- pH DENTRODENTRO SÓ VEMOS A BELEZA NATURAL QUANDO A OLHAMOS ATRAVÉS DO OLHAR DO SEU CRIADOR. TOXICODINÂMICA Definição: Parte da toxicologia que estuda a natureza da ação tóxica de substâncias químicas em um sistema biológico. Como ocorre a toxicidade???Como ocorre a toxicidade??? Agente tóxico Distribuição Interação c/ molécula-alvo Alteração do microambiente biológico Disfunções e lesões celulares Falhas na reparação Toxicidade fasefase cinéticacinética fasefase dinâmicadinâmica resultanteresultante consequênciaconsequência MECANISMOS DE TOXICIDADE 1- Alteração da energia celular:- Aumento da permeabilidade da membrana mitocondrial pelo diaminotrifenilmetano azul, levando a inibição da respiração celular. 2- Ligação à macromoléculas críticas para a vida celular: - Genotoxicidade e câncer de fígado provocados por ligação de Aflotoxinas ao DNA hepático - Estresse oxidativo - Pb,Cd promovendo formação de radicais peroxigenados, induzindo peroxidação de lipídeos em organelas celulares - Inibição do reparo do dna: Ni, As, Cd 3- Interferência com a ligação entre receptor e ligantes endógenos: � - Interferência na neurotransmissão; - Interferência na interação de receptores com hormônios e enzimas; - Interferência no transporte de proteínas. 4- Interferência com funções de membrana: - Alteração no fluxo de íons de membranas plasmáticas excitáveis; - Alteração na permeabilidade e/ou da fluidez de membranas plasmáticas ou de organelas. 5- Interferência com a produção de energia celular: - Interferência com liberação de oxigênio para os tecidos; - Desacoplamento da fosforilação oxidativa; - Inibição do transporte de elétrons; - Inibição do metabolismo de carboidratos. 6- Ligação com biomoléculas: - Interferência com funções enzimáticas; - Peroxidação lipídica; - Geração de radicais livres; - Stress oxidativo; - Ligação com ácidos nucléicos. 7- Perturbação da homeostase do cálcio: - Alterações citoesqueléticas; - Ativação de fosfolipases, proteases ou endonucleases; - Alteração do cálcio celular por piretróides e organo clorados. 8- Toxicidade para grupos seletivos de célula (morte celular): - Hipotireoidismo; - Lesão em neurônios dopaminérgicos; - Defeitos de nascimento. 9- Alterações genéticas não letais em células somáticas: - Câncer – iniciação e promoção; - Defeitos de nascimento; - Carcinogênese transplacentária. INTERAÇÕES QUE OCORREM COM RECEPTOR ⇒ Tipos de reação: - reações covalentes - reações não-covalentes - pontes de hidrogênio - transferência de elétrons - reações enzimáticas ⇒ Características das moléculas alvo: - reatividade - acessibilidade - função crítica ⇒ Efeitos dos toxicantes nas moléculas-alvo: - disfunção - destruição de moléculas-alvo RELAÇÃO DOSE-EFEITO NA RELAÇÃO DOSE – EFEITO: DOSE DE EXPOSIÇÃO - QUANTIDADE DE SUBSTÂNCIA A QUE SE EXPÕE O ORGANISMO E O TEMPO DURANTE O QUAL ESTEVE EXPOSTO. - DETERMINA A MAGNITUDE DA RESPOSTA BIOLÓGICA. EFEITO (RESPOSTA TÓXICA) - QUALQUER DESVIO DO FUNCIONAMENTO NORMAL DO ORGANISMO QUE DECORRE DA EXPOSIÇÃO À UM AGENTE. - DESVIOS SIGNIFICATIVOS = ALTERAÇÕES IRREVERSSÍVEIS. No gráfico a ordenada é a freqüência acumulada de mortalidade CURVA DOSE EFEITO Existem vários parâmetros que podem ser derivados da relação dose-efeito: ⇒ Dose efetiva (DE50) ⇒Dose tóxica (DT50) ⇒Dose letal (DL50) ⇒ Intervalo terapêutico ou Margem de segurança (DL50/DE50 ou DT50/DE50) Potência e Eficácia x e y tem a mesma potência; ambos são mais potentes que z x e z têm a mesma eficácia, que é maior que a de y Dose (escala log10) R es po st a (u ni da de a rb itr ár ia ) RELAÇÕES DA CURVA DOSE-EFEITO: POTÊNCIA: ESTÁ RELACIONADA À DOSE NECESSÁRIA PARA PRODUZIR 100% DE EFEITO EFICÁCIA: ESTÁ RELACIONADA À QUANTIDADE DE RESPOSTA OU DE EFEITO CLASSIFICAÇÃO DE UM AGENTE QUÍMICO DE ACÔRDO COM SUA TOXICIDADE RELATIVA CATEGORIA DL50 (mg/kg) EXTREMAMENTE TÓXICO = OU < 1,0 ALTAMENTE TÓXICO 1,0 – 50,0 MODERADAMENTE TÓXICO 50,0 – 500,0 LIGEIRAMENTE TÓXICO 500,0 – 5 000,0 PRATICAMENTE NÃO TÓXICO 5 000,0 – 15 000,0 RELATIVAMENTE INOFENSIVO = OU > 15 000,0 DL50 AGUDA PARA ALGUMAS SUSTÂNCIAS QUÍMICAS RATOS MACHOS, VIA ORAL (mg/kg DE PESO CORPORAL) ETANOL 7.000 CLORETO DE SODIO 3.000 SULFATO DE COBRE 1.500 DDT 100 NICOTINA 60 TETRODOTOXINA 0,01 Dioxina (TCDD) 0,02 TIPOS DE EFEITOS TÓXICOS PRODUZIDOS: • AGUDOS • CRÔNICOS TIPOS DE REAÇÕES DE TOXICIDADE: REAÇÕES IMEDIATAS E TARDIAS REAÇÕES LOCAIS E SISTÊMICAS REAÇÕES REVERSÍVEIS E IRREVERSÍVEIS Tipos Específicos de reações: ⇒ Reações alérgicas, de hipersensibilidade: (alergia química): mediadas pelo sistema imunológico após sensibilização prévia do organismo, em graus variados de intensidade, podendo ser fatais, mesmo após a exposição a doses extremamente pequenas (EX.: ASPIRINA). ⇒ Imunodepressão: pode ser humoral (anticorpos, p. ex.) ou celular (macrófagos, p. ex.). ⇒ Reações idiossincrásicas: reatividade anormal a uma substância química, com extrema sensibilidade a pequenas doses ou grande resistência a grandes doses (HORMESIS). EFEITOS TÓXICOS ESPECÍFICOS INFLAMAÇÃO NECROSE NEUROTOXICIDADE DISTÚRBIOS DO COMPORTAMENTO DISTÚRBIOS DA REPRODUÇÃO DISTÚRBIOS DO DESENVOLVIMENTO OUTROS... EFEITOS TÓXICOS ESPECIAIS: - EMBRIOFETOTOXICIDADE; - MUTAGENESE; - CARCINOGENESE; - IMPRINTING; - DESREGULAÇÃO ENDÓCRINA. INTERAÇÃO ENTRE AGENTES QUÍMICOS MULTI-EXPOSIÇÃO Estudos epidemiológicos: ⇒ 3- 5% da população usa de 3-4 medicamentos; ⇒ ± 20% da população usa de 6-8 medicamentos. ⇒ ± 75% exposta a toxicantes ambientais RESULTANTE DA INTERAÇÃO: Quando duas ou mais substâncias interagem a resposta pode ser: ⇒ Aumento do efeito ⇒ Redução do efeito ⇒ Novos efeitos ⇒ Nenhum efeito TERMOS QUE DESCREVEM AS INTERAÇÕES ENTRE AGENTES QUÍMICOS Adição / Somação: A + B = efeito A + B Efeito tóxico final é igual à soma dos efeitos produzidos separadamente (2 + 3 = 5). Ex: Pb + Hg na síntese do heme. Sinergismo por adição: A + B = efeito AB Efeito final é maior que os efeitos individuais (2 + 3 = 7) Ex: CCl4 + Clorados aromáticos ( > hepatotoxicidade sinérgica) Sinergismo por Potenciação: A + B = efeito AB potenciado Um agente atóxico potenciando o efeito de um agente tóxico (3 + 0 = 8). Ex: CCl4 + Propanolol ( > hepatotoxicidade do CCl4) Antagonismo: A + B = sem efeito A sem efeito B ou ambos O ANTAGONISMO PODE SER: ⇒ funcional: produz efeitos opostos na mesma função orgânica Ex: organoclorados fazendo indução enzimática hepática e solventes orgânicos inibição enzimatica hepática. ⇒ químico (ou neutralizador): ocorre reação química entre os agentes Ex: bicarbonato de sódio desestabilizando a molécula de inseticidas organofosforados. O ANTAGONISMO PODE SER: ⇒ disposicional: a disposição dos agentes envolvidos (cinética) é alterada Ex: diuréticos aumentando a excreção urinária de toxicantes. ⇒ de receptor: há competição pelo mesmo receptor Ex: ação da oxima (contrathion) deslocando o organofosforado da colinesterase ou o bloqueio atropínico na intoxicação por organo-fosforadoFATORES INTERFERENTES NAS INTERAÇÕES: 1 – FATORES LIGADOS AS SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS 2 – FATORES LIGADOS AO PACIENTE 3 – FATORES LIGADOS À ADMINISTRAÇÃO OBRIGADOOBRIGADO Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40 Slide 41 Slide 42 Slide 43 Slide 44 Slide 45 Slide 46 Slide 47 Slide 48 Slide 49 Slide 50 Slide 51 Slide 52 Slide 53 Slide 54 Slide 55 Slide 56 Slide 57 Slide 58 Slide 59 Slide 60 Slide 61 Slide 62 Slide 63 Slide 64 Slide 65 Slide 66 Slide 67 Slide 68 Slide 69 Slide 70 Slide 71 Slide 72 Slide 73 Slide 74 Slide 75 Slide 76 Slide 77 Slide 78 Slide 79 Slide 80 Slide 81 Slide 82 Slide 83 Slide 84 Slide 85 Slide 86 Slide 87 Slide 88 Slide 89 Slide 90 Slide 91 Slide 92 Slide 93 Slide 94 Slide 95 Slide 96 Slide 97 Slide 98 Slide 99 Slide 100 Slide 101 Slide 102 Slide 103 Slide 104 Slide 105 Slide 106 Slide 107 Slide 108 Slide 109
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