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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – PACOTE EM TEORIA E EXERCÍCIOS 
AGENTE ADMINISTRATIVO – DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL 
PROFESSOR: MARCO AURÉLIO CORRÊA 
AULA 1 
Prof. Marco Aurélio Corrêa www.pontodosconcursos.com.br 1
Olá futuros Agentes Administrativos da PF, 
Sejam bem-vindos ao nosso curso de Noções de Administração Pública 
(Pacote de Teoria e Exercícios - Completo), destinado aos candidatos ao 
cargo de Agente Administrativo do Departamento de Polícia Federal. 
O edital do concurso da PF prevê mais de 500 vagas para o cargo de Agente 
Administrativo. Excelente oportunidade! Então pessoal, motivem-se, pois a 
motivação é um ingrediente essencial para proporcionar uma boa preparação 
para a sua próxima conquista: 
 
Antes de explicar melhor sobre nosso curso, permitam que me apresente: meu 
nome é Marco Aurélio Corrêa e Cunha, sou formado em Administração pela 
Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), pós-graduado em Direito do 
Estado e pós-graduando em Auditoria Governamental. 
Exerço atualmente o cargo de Auditor Federal de Controle Externo no 
Tribunal de Contas da União (TCU), carreira que tenho muito prazer e 
orgulho em integrar. Antes de chegar ao TCU – que sempre foi minha meta – 
exerci os cargos de Analista Administrativo na Anatel e de Analista de 
Administração no Ministério das Comunicações, tendo obtido o 1º lugar em 
ambos os concursos. 
Obtive êxito também no último concurso do MPU, que ocorreu em 2010, no 
qual fui aprovado em 4º lugar para o cargo de Analista de Controle Interno. 
Porém, apesar de ter sido nomeado na primeira chamada, não tomei posse, 
pois, na ocasião, por motivos de “logística” de estudo (já estudava para o TCU 
na época), optei por ficar na ANATEL. 
Enfim, minha preparação para esses e outros certames me proporcionou certa 
experiência em provas de concursos. Espero neste curso poder compartilhar 
essa experiência e conhecimentos acumulados e contribuir, de forma efetiva, 
para a aprovação de vocês. 
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – PACOTE EM TEORIA E EXERCÍCIOS 
AGENTE ADMINISTRATIVO – DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL 
PROFESSOR: MARCO AURÉLIO CORRÊA 
AULA 1 
Prof. Marco Aurélio Corrêa www.pontodosconcursos.com.br 2
A metodologia utilizada incluirá as seguintes estratégias didáticas: 
 
Exposição Teórica 
A exposição teórica sobre os assuntos abordados será 
a mais sucinta possível, até o limite que não 
comprometa o aprendizado do aluno. 
 
Exposição em 
Forma de 
Perguntas 
Formularei com frequência algumas perguntas como 
se tivessem sido formuladas pelo próprio aluno. Darei 
a resposta em seguida. Isso ajudará a criar um 
“clima” de aula presencial, além de dinamizar o 
aprendizado. 
 
Caiu na 
Prova 
Sempre que possível, serão incluídas questões logo 
após a exposição teórica de um determinado assunto, 
com breve comentário que remeta ao conteúdo 
recém-apresentado. Isso é importante para criar uma 
conexão direta entre a teoria e a prática de prova, ou 
seja, entre o conteúdo e a forma com que o ele é 
cobrado em provas de concursos. 
 
Fique 
Atento 
Esta seção terá como objetivo chamar a atenção do 
aluno acerca dos pontos importantes da matéria 
como, por exemplo, os assuntos muito cobrados em 
prova, os que não podem passar despercebidos pelo 
leitor ou os que podem gerar confusão de 
interpretação e entendimento. 
 
Tabelas 
Comparativas, 
Quadros 
Sinóticos, Mapas 
Mentais, Linhas 
do Tempo etc. 
Essas ferramentas são de grande utilidade, pois 
permitem revisões do assunto de forma rápida e 
facilita a necessária e muito importante revisão de 
véspera de prova. 
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Questões 
Comentadas 
Além das questões inseridas e comentadas ao longo 
da explanação teórica, ao final de cada aula será 
apresentada uma lista complementar de questões 
acerca do tema exposto, com comentários que 
retomarão a teoria abordada. 
Gostaria de ressaltar que críticas e sugestões acerca da metodologia utilizada 
ou de qualquer outro aspecto relacionado a nosso curso serão muito bem-
vindas e, sempre que possível, consideradas e implementadas. Se ainda 
persistirem dúvidas acerca do conteúdo, da metodologia utilizada ou da 
organização do curso, fiquem à vontade para entrar em contato pelo e-mail 
marco.correa@pontodosconcursos.com.br. 
Nosso curso on-line em exercícios será composto por seis aulas (incluindo 
esta). Cada aula conterá, aproximadamente, cinquenta a setenta páginas. As 
aulas serão apresentadas de acordo com o seguinte cronograma: 
Aula Assunto Data 
Aula 1 
� 1 Características básicas das organizações 
formais modernas: tipos de estrutura 
organizacional, natureza, finalidades. 
27/11/2013 
Aula 2 
� 1 Características básicas das organizações 
formais modernas: critérios de 
departamentalização. 
6/12/2013 
Aula 3 
� 2 Organização administrativa: centralização, 
descentralização, concentração e 
desconcentração; organização administrativa 
da União; administração direta e indireta. 
13/12/2013 
Aula 4 � 3 Gestão de processos. 15/1/2014 
Aula 5 � 4 Gestão de contratos. 22/1/2014 
Aula 6 � 5 Noções de processos licitatórios. 7/2/2014 
Bem, temos bastante trabalho pela frente. Ânimo pessoal. A tarefa é 
desafiadora e o resultado é muito gratificante. Vencida esta etapa do concurso 
público, vocês ingressarão em uma excelente carreira do serviço público. 
Então, Vamos começar? Mãos à obra! 
 
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Conteúdo da Aula 
Aula 1 � 1 Características básicas das organizações formais modernas: tipos 
de estrutura organizacional, natureza, finalidades. 
1 Características Básicas das Organizações Formais Modernas .................................... 5 
1.1 Conceito, Finalidades e Natureza .................................................................................... 5 
1.2 Organizações: Algumas Classificações ......................................................................... 7 
1.3 Princípios Básicos de Organização............................................................................... 11 
1.4 Estrutura Organizacional ................................................................................................ 21 
2 Questões Comentadas ............................................................................................... 36 
3 Questões Utilizadas na Aula ....................................................................................... 45 
4 Referências ................................................................................................................ 49 
 
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1 Características Básicas das Organizações Formais Modernas 
Conforme mencionado em nosso edital, dentro do contexto que denominou de 
“características básicas das organizações formais modernas”, a banca exigiu do 
candidato o conhecimento acerca dos seguintes tópicos: natureza, finalidades, 
tipos de estruturas organizacionais e os critérios de departamentalização. 
Estudaremos nesta aula cada um desses tópicos (exceto os critérios de 
departamentalização, que será abordado em nossa próxima aula), bem comooutros aspectos a eles inerentes, que são indispensáveis ao seu aprendizado. 
1.1 Conceito, Finalidades e Natureza 
CCOONNCCEEIITTOO 
Para Chiavenato, a palavra organização pode assumir dois significados: 
� Organização como função administrativa e parte integrante do 
processo administrativo: nesse sentido, organização significa o ato de 
organizar, estruturar e integrar os recursos e os órgãos incumbidos de 
sua administração e estabelecer suas atribuições bem como as relações 
entre eles. Além da organização, o denominado processo administrativo 
engloba as funções de planejamento, direção e controle. 
� Organização como uma entidade social: é a organização social dirigida 
e estruturada para o alcance de objetivos específicos. É uma entidade 
social porque é constituída por pessoas. É dirigida para objetivos porque 
é estruturada (desenhada) para alcançar resultados – como gerar lucros 
(empresas em geral) ou promover o bem comum (organizações do 
governo). 
O sentido que interessa para nosso concurso é o de organização como uma 
entidade social. Sob esse enfoque, a organização é deliberadamente 
estruturada devido ao fato de que o trabalho é dividido e seu desempenho é 
atribuído aos seus membros. 
Nesse sentido, a organização representa um empreendimento humano 
moldado intencionalmente para atingir determinados objetivos, os quais são 
estabelecidos pelos administradores, a quem compete administrar e guiar a 
organização de forma a alcançá-los. 
Importante destacar a definição que Meireles elaborou de organização: 
A organização é um artefato que pode ser abordado como um conjunto 
articulado de pessoas, métodos e recursos materiais, projetado para um dado 
fim e balizado por um conjunto de imperativos determinantes (crenças, valores, 
culturas etc.). 
Em virtude de sua clareza e didática, importante ainda destacar a definição de 
Moraes: 
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Organizações são instituições sociais e a ação desenvolvida por membros é 
dirigida por objetivos. São projetadas como sistemas de atividades e 
autoridade, deliberadamente estruturados e coordenados, elas atuam de 
maneira interativa com o meio ambiente que as cerca. 
FFIINNAALLIIDDAADDEESS 
Para Maximiano, a sociedade humana é feita de organizações, as quais 
fornecem os meios para o atendimento das necessidades das pessoas. 
Serviços de saúde, água e energia, segurança pública, controle de poluição, 
alimentação, diversão, educação etc., ou seja, praticamente tudo depende das 
organizações. 
Assim, a organização pode ser entendida como um sistema de recursos que 
visa à realização de determinadas finalidades e objetivos. Pode-se 
afirmar, com propriedade, que objetivos e recursos são fatores determinantes 
que definem as organizações, já que são elas que fornecem os mecanismos 
para se conseguir o atendimento das necessidades humanas. 
 
Ainda conforme Maximiano, as organizações transformam recursos para 
fornecer produtos e serviços, com o objetivo de resolver problemas dos seus 
usuários e das pessoas que as criam. Portanto, o desempenho de uma 
organização é satisfatório quando os problemas de seus clientes são resolvidos 
por meio da correta utilização dos recursos. 
Em relação às finalidades organizacionais, Coelho afirma que o motivo da 
existência das organizações é a necessidade que a sociedade possui em 
relação a bens e serviços. São as organizações as responsáveis por produzir 
esses bens e serviços. Portanto, elas existem para atender às necessidades e 
desejos da sociedade e do mercado. 
Para Maximiano, de acordo com os seus objetivos, as organizações são criadas 
para obtenção de produtos e serviços, com a finalidade de lucro ou não. 
Possuem algumas características que são básicas e comuns a quase todas as 
existentes. As organizações possuem objetivos desde seu início, pois foram 
criadas para atender a necessidades específicas. 
Recursos
• Pessoas
• Informações
• Conhecimentos
• Instalações
• Capital
• etc.
ORGANIZAÇÃO
• Recursos 
organizados de 
forma 
estruturada, 
com vistas ao 
alcance de 
finalidades 
específicas
Objetivos
• Alcançar lucro
• Promover o 
bem comum
• etc.
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NNAATTUURREEZZAA 
Moraes afirma que as organizações são criadas para prover produtos e serviços 
e podem ser de natureza econômica ou social. 
� Natureza econômica: são as organizações que têm caráter específico 
de empresa e buscam finalidade lucrativa. Estas assumem riscos, e são 
dirigidas por uma filosofia de negócios. 
� Natureza social: são as organizações voltadas às ações comuns ou de 
utilidade pública. Fundamentam-se na aceitação dos valores e das 
normas sociais, sem finalidade lucrativa. 
Maximiano apresenta uma espécie de desdobramento da classificação proposta 
por Moraes: 
� Organizações do governo: que são administradas pelo governo e 
possuem como objetivo prestar serviços à comunidade em geral. São 
mantidas pela arrecadação de impostos, taxas e contribuições. 
� Organizações empresariais: são organizações que têm como 
finalidade o lucro na produção ou comercialização de bens e serviços, 
podendo ser classificadas de acordo com o seu tamanho, natureza 
jurídica e área de atuação. 
São criadas com recursos próprios (dos proprietários em forma de capital 
social) e também com recursos de terceiros, como fornecedores e 
credores em geral (como empréstimos e financiamentos). O seu 
resultado é distribuído aos sócios e o restante é mantido como reservas 
de lucros para a empresa. 
� Organizações do terceiro setor: compreende as organizações de 
utilidade pública, sem fins lucrativos, e são criadas por pessoas sem 
vínculo com o governo, entre elas estão as ONG (organizações não-
governamentais) e outras entidades com finalidades filantrópicas. 
1.2 Organizações: Algumas Classificações 
Dentro dessa visão de organização como entidade social dirigida estruturada 
para o alcance de objetivos específicos, algumas classificações das 
organizações modernas podem ser estabelecidas: 
OORRGGAANNIIZZAAÇÇÕÕEESS FFOORRMMAAIISS XX IINNFFOORRMMAAIISS 
� Organizações formais: são as organizações baseadas em uma divisão 
de trabalho racional, que especializa órgãos e pessoas em determinadas 
atividades. É, portanto, a organização planejada ou a organização que 
está definida no organograma, sacramentada pela direção e comunicada 
a todos os membros. Enfim, é a organização formalizada oficialmente. 
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�� Organização informal: é a organização que emerge espontânea e 
naturalmente entre as pessoas que ocupam posições na organização 
formal e a partir de seus relacionamentos humanos como ocupantes de 
cargos. Formam-se a partir das relações de amizade (ou de 
antagonismos) e do surgimento de grupos informais que não estão 
explicitamente representados no organograma ou em qualquer outro 
documento formal. 
OORRGGAANNIIZZAAÇÇÕÕEESS MMEECCAANNIICCIISSTTAASS XX OORRGGÂÂNNIICCAASS 
� Organizações mecanicistas: recebem essa denominação porque seu 
funcionamento é equiparado ao de uma máquina. A organização 
mecanicista possui estrutura rígida e estritamente controlada, 
caracterizada por alta especialização,extensa departamentalização, 
margens estreitas de controle, alta formalização, rede de informação 
limitada, comunicações descendentes e pequena participação de 
membros do baixo escalão na tomada de decisões. 
As organizações mecanicistas permanecem, ainda hoje, apoiadas em 
suas forças organizativas, caracterizadas com base na existência de 
tarefas contínuas a serem desempenhadas, ambiente suficientemente 
estável (para assegurar que os produtos sejam exatamente os mesmos 
ao longo do tempo) e foco nas metas pré-estabelecidas. Seus 
funcionários são pessoas submissas, que se comportam conforme foi 
planejado. 
Em virtude das características acima apresentadas, as organizações 
mecanicistas são consideradas sistemas fechados, pois possuem 
limitações relacionadas à grande dificuldade em se adaptarem a 
circunstâncias de mudança, alto nível de burocracia indesejável e 
sem sentido, interesses individuais com precedência sobre os 
objetivos da organização e tratamento das pessoas como robôs, 
especialmente aquelas posicionadas em níveis mais baixos da hierarquia 
organizacional. 
Enfim, as organizações mecanicistas são, em regra, utilizadas em 
ambientes estáveis, com bastante segurança, previsibilidade para 
tomada de decisão, os quais envolvem atividades rotineiras e 
burocráticas. 
� Organizações orgânicas: recebem essa denominação por serem 
comparadas a organismos vivos. Segundo essa concepção, os grupos 
atuam mais eficazmente quando suas necessidades individuais são 
satisfeitas de forma integrada às necessidades organizacionais. Essa 
dupla atenção, a respeito dos aspectos técnicos e humanos da 
organização, reflete-se na visão das organizações como sistemas 
sociotécnicos. 
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As organizações orgânicas possuem estrutura achatada (poucos níveis 
hierárquicos), utilizam-se de equipes para combinar departamentos 
funcionais com níveis organizacionais hierárquicos, possuem pouca 
formalização e uma rede abrangente de informações (utilizam 
comunicação lateral, ascendente e descendente) e envolvem, 
ativamente, todos os funcionários nas tomadas de decisões. 
A flexibilidade da estrutura orgânica permite que ela mude rapidamente 
de acordo com as necessidades. Apesar de também possuir como base a 
divisão do trabalho, as funções desempenhadas pelas pessoas não são 
padronizadas. Os funcionários são altamente treinados e estimulados a 
tomar decisões. 
As estruturas orgânicas tendem a recorrer bastante ao trabalho em 
equipe. Assim, os funcionários necessitam de pouca supervisão direta e 
um grau mínimo de regras formais. Suas altas qualificações, treinamento 
e o apoio fornecido por outros membros da equipe tendem a tornar 
desnecessários a alta formalização e os controles administrativos rígidos. 
Dessa forma, a organização orgânica é uma forma oposta à mecanicista, 
pois é adaptável a mudanças, solta e flexível, enquanto a organização 
mecanicista é rígida e estável. 
 
CCaaiiuu nnaa 
PPrroovvaa!! 
1. (CESPE – EBC 2011 – Técnico Administração de 
Empresa de Comunicação Pública – Administração) Uma 
organização pode adotar estrutura organizacional mecanicista ou 
orgânica; esta última é mais utilizada em ambientes estáveis, 
com bastante segurança, previsibilidade para tomada de decisão, 
onde se desenvolvem atividades rotineiras e burocráticas. 
As características apresentadas referem-se à organização mecanicista, e não 
à orgânica, como afirma a questão. Questão Errada. 
Os aspectos inerentes à natureza e às classificações das organizações formais 
modernas podem ser resumidos na forma do esquema abaixo: 
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1.3 Princípios Básicos de Organização 
Antes de estudarmos os diversos modelos de estruturas organizacionais 
existentes, importante conhecermos os princípios básicos e outros aspectos 
que envolvem o tema. 
UUNNIIDDAADDEE DDEE CCOOMMAANNDDOO,, CCAADDEEIIAA EESSCCAALLAARR EE DDIISSCCIIPPLLIINNAA 
� Unidade de comando: prevê que cada empregado deve receber ordens 
de apenas um superior. É o chamado princípio da autoridade única. 
� Cadeia escalar: linha de autoridade que vai do escalão mais alto ao 
mais baixo, em virtude do princípio do comando. 
� Disciplina: obediência, aplicação, energia, comportamento e respeito 
aos acordos estabelecidos. 
DDIIVVIISSÃÃOO DDOO TTRRAABBAALLHHOO,, EESSPPEECCIIAALLIIZZAAÇÇÃÃOO EE HHIIEERRAARRQQUUIIAA 
� Divisão do trabalho: maneira pela qual um processo complexo pode 
ser decomposto em uma série de pequenas tarefas que o constituem. Por 
intermédio da divisão do trabalho, é possível alcançar maior 
produtividade e eficiência da organização, bem como redução dos custos 
de produção. 
Com a divisão do trabalho, que começou a ser praticada com o advento 
da Revolução Industrial, a organização passou a desdobrar-se em três 
níveis administrativos: 
o Nível institucional, composto pelos dirigentes. 
o Nível intermediário, composto por gerentes. 
o Nível operacional, composto por supervisores e demais 
operários executores. 
Para a teoria clássica da administração, a divisão do trabalho pode 
ocorrer em duas direções: vertical e horizontal. Enquanto esta define a 
departamentalização da empresa, aquela define seus níveis de 
autoridades (estrutura organizacional). 
 
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� Especialização: surgiu como consequência da divisão do trabalho, a 
partir da qual, cada órgão passou a ter funções e tarefas específicas e 
especializadas. 
� Hierarquia: estrutura montada para dirigir as operações dos níveis 
subordinados. Representa o princípio da hierarquia (ou princípio escalar), 
o qual também surgiu como consequência do princípio da divisão do 
trabalho. É a hierarquia que divide a organização em níveis de 
autoridade. 
SSIISSTTEEMMAA DDEE AAUUTTOORRIIDDAADDEE XX SSIISSTTEEMMAA DDEE RREESSPPOONNSSAABBIILLIIDDAADDEE XX DDEELLEEGGAAÇÇÃÃOO 
� Sistema de autoridade: é o resultado da distribuição do poder, 
constituído por amplitude administrativa (ou amplitude de controle), 
níveis hierárquicos, delegação e centralização ou descentralização. A 
autoridade representa o direito de tomar decisões, de dar ordens e exigir 
que sejam obedecidas etc. 
Assim, a autoridade possui três características básicas: 
o É alocada em relação a posições da organização e não a 
pessoas. 
o É aceita pelos subordinados, por acreditarem que o superior 
possui o direito legítimo, atribuído pela organização, de dar 
ordens e esperar pelo seu cumprimento. 
o Flui de cima para baixo, por intermédio da hierarquia 
verticalizada. 
� Sistema de responsabilidade: é resultado da alocação de atividades e 
constituído por departamentalização, linha e assessoria e especialização 
do trabalho. Representa o dever de desempenhar a tarefa para a qual o 
funcionário foi designado. 
O grau de autoridade é proporcional ao grau de responsabilidade 
assumida pela pessoa. Assim, quanto maior a responsabilidade,maior 
será a autoridade delegada, para que a pessoa possa se desincumbir de 
suas atribuições. 
Enquanto a autoridade emana do superior para o subordinado, a 
responsabilidade é a obrigação exigida do subordinado, para que realize 
determinadas atividades. Vejamos no esquema abaixo a representação 
gráfica dessa relação: 
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� Delegação: é o processo por meio do qual é transferida autoridade e 
responsabilidade para posições inferiores na hierarquia. Desde que 
corretamente aplicada, a delegação apresenta algumas vantagens, tanto 
para o gestor como para toda a organização: 
o Permite ao gestor ter tempo para se dedicar às ações de caráter 
estratégico. 
o Prepara os delegados para maiores responsabilidades. 
o Aperfeiçoa as competências e melhora o espírito de equipe. 
o Ajuda os colaboradores a desenvolver o seu potencial. 
o Permite ao gestor observar, de forma sistemática, o 
desenvolvimento dos seus colaboradores. 
o Proporciona maior satisfação dos objetivos profissionais e 
pessoais dos colaboradores. 
o Proporciona um progressivo aumento da autonomia dos 
colaboradores e a consequente evolução da organização. 
Fayol (apud Lacombe) estabeleceu o princípio da exclusividade da 
responsabilidade, segundo o qual afirma que ninguém se livra, por 
meio da delegação, da sua própria responsabilidade pelas atividades dos 
subordinados. Mesmo que um chefe tenha delegado uma atividade, 
continuará responsável por ela perante sua própria chefia. 
Lacombe ensina, ainda, que o administrador pode pedir aos subordinados 
que obtenham informações, estudem alternativas e façam 
recomendações, mas não pode delegar as decisões finais sobre 
planejamento, organização, coordenação, motivação, comando e 
controle das atividades que lhe cabem, tampouco as que se referem 
à admissão, demissão e promoção dos seus subordinados diretos. 
Para Lacombe, o processo de delegação abrange as seguintes quatro 
etapas: 
1. Definição das metas: determinação com clareza do que se 
deseja alcançar e do que se espera de quem recebeu a delegação. 
Superior
Ocupante de 
determinado cargo
Subordinado
 Responsabilidade 
Autoridade 
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2. Delegação da permissão para agir: determinação da 
autoridade para assumir compromissos, empregar recursos e 
praticar os atos necessários para cumprir o que se espera e para 
alcançar as metas definidas. 
3. Criação da obrigação de executar o que foi delegado da 
forma esperada: responsabilidade de quem recebeu a delegação 
de cumprir as tarefas da melhor forma possível e prestar contas 
dos resultados. 
4. Criação da obrigação de avaliar a execução: quem delegou 
possui a responsabilidade de exigir informações sobre o andamento 
do trabalho e a prestação de contas dos resultados. Deve sempre 
efetuar a avaliação e, quando necessário, orientar a execução e 
motivar os executantes. 
Seguindo a linha de trazer para nossa aula mecanismos e ferramentas que 
facilitem a aprendizado do conteúdo abordado, esquematizei abaixo os 
aspectos acerca do sistema de autoridade, de responsabilidade e de delegação 
de competência: 
 
AAMMPPLLIITTUUDDEE AADDMMIINNIISSTTRRAATTIIVVAA EE CCOOMMUUNNIICCAAÇÇÃÃOO 
� Amplitude administrativa: também chamada de amplitude de controle 
ou, ainda, de amplitude de comando, representa o número de 
subordinados que um administrador possui sob sua supervisão. 
Uma amplitude estreita (menor), com um maior número de níveis 
hierárquicos, produz uma estrutura organizacional alta e alongada 
(verticalizada). De forma contrária, uma amplitude larga (maior), com 
poucos níveis hierárquicos, produz uma estrutura organizacional 
achatada (horizontalizada). 
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Atualmente, as organizações estão reduzindo seus níveis hierárquicos, no 
intuito de tornarem-se mais simples e enxutas. A ideia é aproximar a 
base do topo, com o objetivo de melhorar a comunicação, ganhar 
agilidade e, com isso, tornar-se mais competitiva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CCaaiiuu nnaa 
PPrroovvaa!! 
2. (CESPE – TJ 2011 – Analista Judiciário – Administração) 
Não há correlação entre a amplitude administrativa e a 
necessidade de delegação no âmbito de uma organização. 
Em uma organização alta (verticalizada), com uma amplitude administrativa 
estreita, há maior necessidade de delegação para que a autoridade e 
responsabilidade sejam transferidas para as partes mais baixas da hierarquia. 
Em uma organização achatada (horizontalizada), não há tanta necessidade 
de delegação, pois, como existem poucos níveis hierárquicos, a autoridade já 
se encontra próxima de onde as ações são executadas e as decisões são 
tomadas. Questão Errada. 
 
 
Organização alta, 
verticalizada 
Amplitude de comando estreita (menor), com 
poucos subordinados por chefia e muitos níveis 
hierárquicos (modelo considerado 
“ultrapassado”). 
 
 
 
 
Organização 
achatada, 
horizontalizada 
 
Amplitude de comando larga (maior), com muitos 
subordinados por chefia e poucos níveis 
hierárquicos (modelo considerado tendência). 
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Normalmente, o processo de redução de níveis hierárquicos em uma 
organização está relacionado a uma técnica administrativa denominada 
downsizing. 
Surgido a partir da década de 1970 nos Estados Unidos, o downsizing 
representou uma resposta na busca por maior competitividade por parte 
das empresas americanas, as quais se viram obrigadas a eliminar custos 
e, principalmente, a reduzir a burocracia e a demora no processo de 
tomada de decisão inerente ao modelo gerencial aplicado até então. 
Assim, pode-se afirmar que o termo downsizing (achatamento, em 
tradução livre) é usado na administração para designar um processo de 
reestruturação organizacional baseado na redução dos níveis 
hierárquicos de uma empresa. 
Alguns fatores são capazes de influenciar a amplitude administrativa de 
uma organização, os quais podem ser divididos em quatro grupos: 
o Características do chefe: obrigações pessoais, capacidade 
pessoal do chefe em lidar com os subordinados, capacidade 
profissional do chefe, tipo de liderança existente, possibilidade 
de restrições pessoais à amplitude administrativa etc. 
o Características dos subordinados: capacidade dos 
subordinados em se relacionar com seus pares, capacidade 
profissional dos subordinados, grau de motivação dos 
subordinados, possibilidade de restrições pessoais à amplitude 
administrativa etc. 
o Características da organização: grau de estabilidade interna 
da empresa, nível de delegação de autoridade aceitável na 
organização, nível de utilização de assessores, grau de 
interdependência entre as unidades organizacionais, grau de 
coordenação e controle exercido etc. 
o Natureza das tarefas a serem realizadas: grau de clareza, 
comunicação e aceitação dos objetivos, grau de definição, 
simplicidade e repetitividade dasatividades dos subordinados 
etc. 
Os fatores que influenciam a amplitude administrativa encontram-se 
dispostos de forma resumida na tabela a seguir: 
Amplitude de Controle Menor 
(Estreita) 
Amplitude de Controle Maior 
(Larga) 
Trabalho criativo e inovador Trabalho rotineiro e previsível 
Tarefas diversificadas Tarefas similares 
Dispersão física das pessoas Concentração física das pessoas 
Necessidade de orientação Pessoal treinado e preparado 
Gerente pouco capacitado Gerente muito capacitado 
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Ausência de regras e procedimentos Regras e procedimentos 
Cargos distintos no mesmo departamento Cargos equivalentes no mesmo 
departamento 
Poucos sistemas de suporte Sistemas de apoio e suporte 
Muitas atividades não-administrativas Poucas atividades não-administrativas 
Preferências pessoais Preferências impessoais 
Custo administrativo maior Custo administrativo menor 
� Sistema de comunicações: resultado da interação entre as várias 
unidades da organização. É o processo por meio do qual uma mensagem 
é enviada por um emissor, por intermédio de um determinado canal, e 
recebida e entendida por um receptor. 
 
CCEENNTTRRAALLIIZZAAÇÇÃÃOO XX DDEESSCCEENNTTRRAALLIIZZAAÇÇÃÃOO 
� Centralização: os termos centralização e descentralização referem-se 
ao nível hierárquico no qual as decisões são tomadas. A centralização 
enfatiza as relações escalares, isto é, a cadeia de comando. Em uma 
empresa centralizada, uma autoridade alocada no topo da organização 
centraliza o processo de tomada de decisão. 
� Descentralização: a descentralização faz com que as decisões sejam 
pulverizadas nos níveis mais baixos da organização. A descentralização 
se baseia na ideia de que a autoridade para tomar decisão ou iniciar 
determinada ação deve ser delegada, para que fique o mais próximo 
possível do local onde essa decisão deve ser tomada ou essa ação 
executada. 
Organizações modernas possuem uma tendência à descentralização, 
para melhor aproveitar o talento de seus recursos humanos. O grau de 
descentralização aumenta à medida que as decisões são tomadas nos 
níveis mais baixos da hierarquia organizacional. Aumenta, também, 
quando a supervisão sobre as decisões tomadas é pequena, pois a 
descentralização pressupõe relativa autonomia e independência do 
delegado para tomar essas decisões. 
A descentralização possui as seguintes vantagens: 
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o Os gerentes ficam mais próximos do ponto onde as decisões 
devem ser tomadas. 
o Aumenta a eficiência da organização e a motivação dos 
funcionários que recebem a delegação. 
o Melhora a qualidade das decisões e alivia a sobrecarga das 
chefias para tomarem decisões. 
o Torna mais rápido o processo de tomada de decisões, pois estas 
são pulverizadas nos níveis mais baixos da estrutura 
organizacional. 
o Reduz gastos de coordenação, devido à maior autonomia de 
níveis hierárquicos mais baixos na tomada de decisões. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Há alguns elementos que contribuem para aumentar o grau de 
descentralização em uma organização, a saber: 
o A complexidade dos problemas organizacionais, pois a 
descentralização possibilita a utilização de mais recursos para 
solucioná-los. 
o A delegação de autoridade, processo pelo qual a autoridade é 
descentralizada. 
 
Organização 
Centralizada 
Enfatiza as relações escalares, a cadeia de 
comando. A autoridade é alocada no topo 
da organização e centraliza o processo de 
tomada de decisão. 
 
Organização 
Descentralizada 
As decisões são pulverizadas nos níveis mais 
baixos da organização, para que a autoridade 
para tomar decisão fique o mais próximo 
possível do local onde essa decisão deve 
ser tomada (modelo considerado tendência). 
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o Demanda por mudança e de inovação, pois quanto maior essa 
demanda maior será a necessidade de descentralizar 
atribuições, responsabilidades e autoridades. 
o Ambiente de estabilidade, pois os neoclássicos indicam a 
descentralização para situações de certeza e previsibilidade. 
Contrariamente, em situações de risco, de crise ou de 
dificuldade, a autoridade costuma ser centralizada no topo 
enquanto perdurar a situação. 
Esse aspecto é um pouco controverso, pois, atualmente, alguns 
autores afirmam que quanto mais complexo, mais 
descentralizado tende a ser o poder, devido à impossibilidade de 
um único gerente centralizar todas as decisões, em virtude da 
complexidade do ambiente e dos assuntos a ele inerentes. 
 
CCaaiiuu nnaa 
PPrroovvaa!! 
3. (CESPE – TJ 2011 – Analista Judiciário – Administração) 
A realização de descentralização é mais recomendada em 
situações de certeza e estabilidade do que em momentos de 
incerteza e instabilidade. 
Para os neoclássicos, a descentralização é mais recomendada para ambientes 
de certeza e estabilidade. Contrariamente, em situações de risco, de crise ou 
de dificuldade, a autoridade costuma ser centralizada no topo enquanto 
perdurar a situação. 
 
FFiiqquuee 
AAtteennttoo!! 
Esse aspecto é um pouco controverso, pois, atualmente, 
alguns autores afirmam que quanto mais complexo, mais 
descentralizado tende a ser o poder, devido à impossibilidade 
de um único gerente centralizar todas as decisões, em virtude 
da complexidade do ambiente e dos assuntos a ele inerentes. 
Mas não vamos entrar nessa discussão pessoal. Para nós, o 
que importa é o entendimento da banca. Assim, conforme 
indica a questão recente (2011), o CESPE considera que para 
tempos de certeza e estabilidade, é indicada a 
descentralização, do que se pode inferir que, para a banca, em 
tempos de instabilidade e incerteza deve ser adotada a 
centralização. 
Questão Certa. 
 
 
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EESSTTRRUUTTUURRAA FFOORRMMAALL XX IINNFFOORRMMAALL 
� Estrutura formal: é o mecanismo por meio do qual a autoridade é 
distribuída, as atividades (desde o nível mais baixo até a alta 
administração) são especificadas e um sistema de comunicação é 
delineado. Essa estrutura permite que as pessoas realizem as atividades 
e exerçam a autoridade que lhes competem, para o alcance dos objetivos 
organizacionais. 
É a estrutura planejada e oficial da organização. A estrutura formal é 
mais estável, sujeita ao controle da direção e pode crescer a um 
tamanho imenso, dependendo da organização e de seus objetivos. O 
estudo da estrutura organizacional possui foco na estrutura formal. 
� Estrutura informal: surge da interação social estabelecida entre as 
pessoas. Desse modo, progride espontaneamente à medida que as 
pessoas se reúnem. Traduz as relações que, em regra, não são 
representadas no organograma. 
São comportamentos pessoais e sociais que não são documentados e 
reconhecidos oficialmente entre os membros da empresa mas que 
aparecem, inevitavelmente, em decorrência das necessidades pessoais e 
grupais dos empregados. 
 
CCaaiiuu nnaa 
PPrroovvaa!!4. (CESPE – MPS 2010 – Administrador) A estrutura de uma 
organização divide-se em formal e informal. A estrutura informal 
é composta pela rede de relações sociais e pessoais com ênfase 
em termos de autoridades e responsabilidades. A formal é 
deliberadamente planejada e, em alguns aspectos, apresentada 
pelo organograma. 
A estrutura de uma organização realmente divide-se em formal e informal, 
conforme acabamos de estudar. A estrutura informal é, de fato, composta 
por relações sociais e pessoais, pois surge da interação social estabelecida 
entre as pessoas, as quais, em regra, não são representadas no 
organograma da empresa. 
A afirmação de que a estrutura informal compõe-se pela rede de relações 
sociais com ênfase em termos de autoridades e responsabilidades é 
polêmica, pois, para alguns autores, esses aspectos dizem respeito à 
estrutura formal. Porém, mais uma vez, vamos aproveitar essa questão para 
ficarmos com o entendimento da banca, pois o CESPE considerou certa a 
afirmação. 
A estrutura formal é a planejada, oficial, enfim, é a estrutura que foi 
previamente pensada por quem organizou a empresa. O item menciona que 
a estrutura formal é, em alguns aspectos, representada pelo organograma. 
Esse ponto poderia suscitar dúvidas, mas, a meu ver, está correto. 
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Por exemplo, a estrutura formal de uma empresa grande e complexa é 
representada no organograma, em regra, somente em alguns de seus 
aspectos. Isso é compreensível, pois nenhum organograma é capaz de 
representar totalmente uma organização com essas características. 
 
FFiiqquuee 
AAtteennttoo!! 
Então pessoal, temos que utilizar essa questão para agregar, 
em nosso conjunto de conhecimentos, mais dois entendimentos 
do CESPE: 
• a rede de relações sociais e pessoais de que é composta a 
estrutura informal pode possuir ênfase em termos de 
autoridades e responsabilidades (apesar de esses 
aspectos estarem mais relacionados à estrutura formal); 
e 
• a estrutura formal não é, necessariamente, totalmente 
representada no organograma da empresa, pois, 
dependendo da sua complexidade, pode ser representada 
somente em alguns aspectos. 
Questão Certa. 
 
1.4 Estrutura Organizacional 
O tema estrutura organizacional relaciona-se com a forma de organizar e de 
estruturar a empresa, ou seja, de alinhar seus recursos (inclusive humanos) 
em função de seus interesses e do alcance da máxima eficiência. Assim, a 
estrutura organizacional define o tipo de organização e o modelo de 
departamentalização adotado, aspectos que veremos a seguir. 
 
CCaaiiuu nnaa 
PPrroovvaa!! 
5. (CESPE – MS 2008 – Gestão da Estratégia e de 
Processos) Qualquer que seja o modelo de estrutura 
organizacional adotado, seu objetivo básico será o de ordenar e 
agrupar as atividades e recursos da empresa, de forma a se 
atingir os objetivos estratégicos estabelecidos. 
A estrutura organizacional relaciona-se com a forma de organizar e de 
estruturar a empresa, ou seja, de alinhar seus recursos (inclusive humanos) 
em função de seus interesses, do alcance da máxima eficiência e da 
consecução de seus objetivos. Questão Certa. 
Vamos complementar o conceito de estrutura organizacional com uma questão 
do CESPE? 
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CCaaiiuu nnaa 
PPrroovvaa!! 
6. (CESPE – TRE-ES 2011 – Analista Judiciário – 
Psicologia) A estrutura organizacional representa uma cadeia 
relativamente estável de ligação entre as pessoas e o trabalho, 
que constituem a organização. 
É isso mesmo pessoal. Por meio da estruturação da organização, são 
definidos, por exemplo, os setores, os cargos, qual o trabalho que compete a 
cada um desses setores e cargos e quais os níveis de responsabilidade e de 
autoridade deles. Assim, é coerente afirmar que a estrutura organizacional 
diz respeito a aspectos que envolvem a ligação entre as pessoas e o trabalho 
a ser realizado, para que a organização alcance os objetivos propostos. 
Questão Certa. 
Resumindo as definições que vimos acima, temos que: 
 
 
 
 
 
 
Por meio da estruturação da organização, são definidos, por exemplo, os 
setores, os cargos, qual o trabalho que compete a cada um desses setores e 
cargos e quais os seus níveis de responsabilidade e de autoridade. Assim, é 
coerente afirmar que a estrutura organizacional diz respeito a aspectos 
que envolvem a ligação entre as pessoas e o trabalho a ser realizado, 
para que a organização alcance os objetivos propostos. 
 
Professor! Organização é a mesma coisa que estrutura 
organizacional? 
Essa é a típica pergunta de um excelente aluno! Os termos organização e 
estrutura organizacional não são sinônimos e tampouco transmitem a 
mesma ideia. 
Conforme estudamos, a organização, quando vista como uma entidade 
social, é a união de pessoas, ideias, ideologias, e recursos para atingir 
objetivos. Já a estrutura organizacional trata da forma como esse conjunto 
de recursos (a organização) será estruturado e racionalizado, sempre da 
Estrutura 
Organizacional 
Forma de organizar e de estruturar a empresa, em 
função de seus interesses e do alcance da máxima 
eficiência. 
Define o tipo de organização e o modelo de 
departamentalização adotado. 
É ajustada à estratégia organizacional e leva em 
consideração o ambiente em que a organização está 
inserida, a tecnologia de que ela dispõe para operar 
etc. 
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maneira mais adequada possível à consecução dos objetivos organizacionais. 
A estrutura organizacional é a forma como as empresas se articulam para 
desenvolverem suas atividades. Essa estrutura depende das circunstâncias de 
cada organização, em determinado momento. 
A estrutura organizacional de uma empresa é constantemente ajustada às 
suas estratégias, e leva em consideração variáveis como a estratégia, o 
ambiente em que a organização está inserida, a tecnologia de que ela dispõe 
para operar etc. 
1.4.1 Tipos de Estrutura Organizacional 
Uma das características mais importantes de uma organização formal é o 
racionalismo. Uma organização é um conjunto de cargos funcionais e 
hierárquicos cujas prescrições e normas de comportamento aplicam-se a todos 
os seus membros. 
Assim, cada organização possui uma estrutura organizacional, a qual foi 
projetada, entre outros aspectos, com base em seus objetivos. Cada um dos 
tipos tradicionais de organização possui a sua racionalidade específica. 
Raramente, esses tipos são encontrados exatamente como previstos no 
modelo teórico apresentado, situação que requer que tais modelos sejam 
estudados com certa relatividade. 
Uma estrutura organizacional é representada pelo organograma, diagrama 
utilizado para mostrar as relações hierárquicas existentes em uma organização 
ou, simplesmente, a distribuição dos setores, unidades funcionais e cargos e a 
comunicação entre eles. Veremos nesta e na próxima aula vários exemplos de 
organograma, ao estudarmos, respectivamente, as estruturas organizacionais 
e os critérios de departamentalização. 
Apesar das diversas divergências existentes entre os principais autores, 
normalmente são definidos três tipos tradicionais de organização, a saber, a 
linear,a funcional e a linha-staff. Estudaremos cada um desses modelos a 
seguir. 
1.4.1.1 Organização Linear 
O tipo linear constitui a forma mais antiga e simples de organização. O termo 
“organização linear” denota a existência de linhas diretas e únicas de 
autoridade e responsabilidade entre superiores e subordinados. Em virtude 
dessa característica, possui formato piramidal. 
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Na organização do tipo linear, as linhas de comunicação são rigidamente 
estabelecidas. É uma forma de organização típica de pequenas empresas ou de 
empresas em estágios iniciais. 
CCAARRAACCTTEERRÍÍSSTTIICCAASS 
A organização do tipo linear apresenta as seguintes características: 
� Autoridade linear ou única: decorrente do princípio da unidade de 
comando (típica das organizações militares), a autoridade única constitui 
a principal característica desse tipo de organização. A autoridade do 
superior sobre seus subordinados é única e absoluta. 
Significa dizer que cada subordinado recebe ordens única e 
exclusivamente do seu superior imediato e, da mesma forma, reporta-se 
somente a ele. A autoridade linear é uma autoridade de comando. 
� Linhas formais de comunicação: as comunicações são feitas 
unicamente por intermédio das linhas existentes no organograma. 
Existem, em regra, somente dois canais de comunicação. O primeiro é 
orientado para cima, que liga um determinado órgão ou cargo ao seu 
superior (denotando sua responsabilidade). O segundo é orientado para 
baixo e liga um determinado cargo ou órgão a seus subordinados (o que 
representa sua autoridade). 
Assim, as comunicações são formais e lineares. Significa dizer que se 
limitam, exclusivamente, às relações formais definidas no organograma. 
� Centralização de decisões: a autoridade linear que comanda toda a 
organização centraliza-se no topo do organograma e os canais de 
responsabilidade são conduzidos até ele, de forma convergente, por meio 
dos níveis hierárquicos. Essa autoridade máxima centraliza todas as 
decisões, bem como o controle da organização. 
 
CCaaiiuu nnaa 
7. (CESPE – MPU 2010 – Técnico Administrativo) A 
organização estruturada de forma simples e centralizada em 
torno de uma autoridade máxima adota estrutura funcional. 
Indústria de 
Condutores Elétricos
Produção
Setor de 
Esmaltados
Rabichos e 
cordoalhas
Comercial
Marketing Vendas
Financeiro
Contas a 
Pagar/Receber
Investimentos
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PPrroovvaa!! 
Simplicidade e centralização das decisões em uma autoridade máxima, 
centralizada no topo da organização, são características da estrutura linear 
de organização. A estrutura funcional será apresentada no próximo tópico. 
Questão Errada. 
� Aspecto piramidal: à medida que se sobe na escala hierárquica, 
diminui o número de cargos ou órgãos. Dessa forma, conforme 
representado na figura acima, a organização linear possui formato que 
lembra uma pirâmide. 
VVAANNTTAAGGEENNSS EE DDEESSVVAANNTTAAGGEENNSS 
Organização Linear 
Vantagens Desvantagens 
Estrutura simples, econômica e de fácil 
compreensão. As relações formais são, em 
regra, mínimas e, dessa forma, elementares. 
À medida que a empresa cresce, a estrutura 
linear provoca o congestionamento das 
linhas de comunicação, principalmente em 
seus níveis mais altos. 
Clara delimitação de atribuições e de 
responsabilidade dos órgãos. Nenhum órgão 
intervém na área de outros. 
A unidade de comando torna o chefe um 
generalista, ao qual não é dada a 
oportunidade de se especializar em 
determinado assunto, já que tem que 
acumular todos os assuntos relacionados à 
sua área. 
Facilidade de operacionalização, de controle e 
de disciplina, devido a seu reduzido número 
de relações formais, a sua estrutura simples e 
a sua clara delimitação de autoridade. 
A autoridade baseada no comando único e 
direto pode tornar-se autoritária, provocar 
rigidez na disciplina, bitolar e dificultar a 
capacidade de cooperação e de iniciativa das 
pessoas. 
Estabilidade e constância nas relações, em 
virtude da centralização do controle e da 
rígida disciplina que é proporcionada pela 
unidade de comando. 
A estabilidade pode conduzir a organização 
à rigidez e à inflexibilidade, o que pode 
gerar dificuldades para a implementação de 
inovações, para a adaptação a novas 
situações ou condições externas e, 
consequentemente, para responder 
rapidamente a mudanças. 
 As comunicações tornam-se demoradas, 
pois se sujeitam a intermediários e ficam 
suscetíveis a distorções. 
 
 
CCaaiiuu nnaa 
PPrroovvaa!! 
8. (CESPE – MPU 2010 – Técnico Administrativo) Chefias 
generalistas, estabilidade e constância nas relações são 
características próprias da estrutura organizacional linear. 
Conforme vimos acima, a unidade de comando da organização linear 
proporciona centralização do controle e rígida disciplina. Esses aspectos, 
considerados uma das vantagens desse tipo de organização, proporcionam 
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certa estabilidade e constância nas relações. 
Porém, vimos também que a mesma unidade de comando faz do chefe um 
generalista, pois como tem que cuidar de todos os aspectos afetos a sua 
área, não é dada a ele a oportunidade de se especializar em determinado 
assunto. Questão Certa. 
CCAAMMPPOO DDEE AAPPLLIICCAAÇÇÃÃOO 
A organização do tipo linear aplica-se nos seguintes casos: 
� Em empresas pequenas, que não demandem especialização por tarefas 
técnicas, e em empresas em seu estágio inicial de funcionamento. 
� Em empresas cujas tarefas são padronizadas, rotineiras e com pouca 
previsão de mudanças, já que a estrutura, como vimos, é estável. 
� Quando a empresa prioriza a rapidez na execução, em detrimento da 
qualidade do trabalho. 
� Quando a organização opta por consultorias externas, em vez de criar 
órgãos internos de assessoria. 
1.4.1.2 Organização Funcional 
A organização funcional recebe essa denominação por adotar o princípio 
funcional ou, como também é denominado, principio da especialização das 
funções. 
Esse princípio distingue e especializa os membros da organização em virtude 
do trabalho que desenvolvem. Assim, o mestre de produção, por exemplo, 
torna-se um especialista no que disser respeito a assuntos de produção e, em 
regra, não respondem por questões que envolvam outro tipo de assunto. 
 
Na estrutura funcional, cada subordinado poderá reportar-se a muitos 
superiores, simultaneamente. Porém, o faz somente nos assuntos de 
especialidade de cada um deles. 
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De forma equivalente, nenhum superior possui autoridade total sobre os 
subordinados. A autoridade de cada superior sempre é parcial ou relativa e 
também decorre de sua especialidade. 
Assim, no organograma acima apresentado, que representa a estrutura 
funcional de uma determinada indústria, um funcionário da área de vendas 
poderia reportar-se, simultaneamente, a um superior funcional da áreacomercial e a outro da área financeira, dependendo do assunto para o qual 
necessitasse de suporte. 
De forma equivalente, esse mesmo funcionário poderia receber ordens 
simultâneas desses dois superiores, também com base no assunto relacionado 
à especialização de cada um deles. 
Essas características representam total negação ao princípio da unidade de 
comando ou supervisão única, tão valorizado por Fayol, o qual preconiza que 
cada subordinado deve prestar contas a somente um chefe. 
CCAARRAACCTTEERRÍÍSSTTIICCAASS 
A organização do tipo funcional possui as seguintes características: 
� Autoridade funcional ou dividida: a autoridade é funcional, dividida 
entre vários superiores, com base na especialização de cada um deles. 
Assim, pode ser denominada uma autoridade do conhecimento. 
Conforme vimos anteriormente, não se aplica, a esse tipo de 
organização, o princípio da unidade de comando. 
� Linhas diretas de comunicação: as comunicações entre os órgãos da 
organização são efetuadas diretamente, sem a necessidade de percorrer 
linhas de autoridade existentes no fluxograma. 
� Descentralização das decisões: as decisões são delegadas aos órgãos 
ou cargos especializados, os quais possuem conhecimentos necessários 
para melhor decidir acerca dos assuntos de sua especialidade. Assim, as 
decisões não são tomadas com base na hierarquia, e sim na 
especialização. 
� Ênfase na especialização: há uma separação das funções de acordo 
com as especialidades envolvidas. Dessa forma, as responsabilidades são 
delimitadas também com base nessas especializações. 
 
FFiiqquuee 
AAtteennttoo!! 
Percebam futuros Agentes Administrativos, que as características 
da estrutura funcional representam o contrário das características 
pertencentes à estrutura linear. 
Isso decorre do fato de a estrutura linear ser totalmente baseada 
no princípio da unidade de comando, enquanto a estrutura 
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funcional nega esse princípio. 
Então, para a prova, fiquem espertos. Muito comum a banca 
afirmar que uma determinada característica pertence a uma 
estrutura, quando, na verdade, pertence à outra. 
 
 
CCaaiiuu nnaa 
PPrroovvaa!! 
9. (CESPE – MC 2008 – Administrador) A estrutura 
organizacional que subordina um funcionário a dois chefes 
simultaneamente se denomina estrutura linear. 
Bom, felizmente já foram devidamente alertados. Não é verdade? Essa 
questão é um claro exemplo da tentativa do CESPE em relacionar uma 
determinada característica a uma estrutura organizacional (linear, no caso 
deste item) quando, na verdade, pertence à outra (que para a característica 
mencionada pelo item, seria a estrutura funcional). Questão Errada. 
VVAANNTTAAGGEENNSS EE DDEESSVVAANNTTAAGGEENNSS 
Organização Funcional 
Vantagens Desvantagens 
Proporciona o máximo de especialização nos 
diversos órgãos e cargos da organização. 
Com isso, os órgãos não precisam se 
preocupar com tarefas acessórias, e ficam 
livres para sua atuação unicamente no seu 
trabalho e na sua função. 
Apresenta problemas quanto à delimitação 
das responsabilidades, já que possui 
subordinação múltipla, pois, cada 
subordinado se reporta funcionalmente a 
muitos superiores. 
Proporciona excelência na supervisão técnica, 
já que cada órgão ou cargo reporta-se aos 
especialistas em seu campo de atuação. 
A substituição da autoridade linear pela 
funcional gera dificuldades para que órgãos 
superiores controlem o funcionamento dos 
órgãos inferiores, pois a autoridade de 
comando fica diluída entre os diversos 
especialistas. Assim, a exigência de 
obediência e a imposição de disciplina, 
aspectos típicos da organização linear, não 
constituem pontos fortes da estrutura 
funcional. 
As comunicações são diretas, sem 
intermediações, e, com isso, mais rápidas e 
menos suscetíveis a distorções de 
transmissão. 
Há uma tendência à concorrência entre os 
especialistas. Como cada órgão é 
especializado em determinadas atividades, 
há uma tendência em impor seu ponto de 
vista ao restante da organização, o que 
pode levar à perda da visão de conjunto. 
 
Há nítida separação entre as funções de 
planejamento e as de execução e controle. 
Devido ao princípio da especialização, cada 
órgão que participa da elaboração do 
planejamento, o faz para todos os demais 
órgãos da organização, em sua respectiva 
Tendência ao surgimento de conflitos. A 
competição e a concorrência entre os 
especialistas, aliada à perda da visão do 
todo, levam a divergências que fazem surgir 
tensões e conflitos entre os especialistas. 
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área de especialização. Porém, cada órgão 
responsável pela execução e controle só se 
encarrega dessas tarefas em sua área 
específica. 
CCAAMMPPOO DDEE AAPPLLIICCAAÇÇÃÃOO 
A organização do tipo funcional é normalmente aplicada nas seguintes 
situações: 
� Em organizações pequenas que possuem uma equipe bem entrosada de 
especialistas, que se reporta a um dirigente eficaz e orientado para a 
consecução de objetivos comuns. 
� Em determinadas circunstâncias nas quais a organização delega, durante 
um período de tempo pré-definido, a autoridade funcional a algum órgão 
especializado em um assunto, com a finalidade de, por exemplo, 
implantar alguma rotina que se relacione com a especialização desse 
órgão. 
1.4.1.3 Organização Linha-Staff 
Este tipo de estrutura organizacional é o resultado da combinação dos tipos de 
organização linear e funcional. Assim, a organização do tipo linha-staff buscou 
potencializar as vantagens desses dois tipos de organização e mitigar suas 
desvantagens. 
Na organização do tipo linha-staff coexistem órgãos de linha (órgãos de 
execução) e órgãos de assessoria (órgãos de apoio e de consultoria – staff). 
Enquanto aos órgãos de linha compete a autoridade linear, aos órgãos de staff 
cabe a prestação de assessoria e de serviços especializados. 
 
 
 
Na estrutura linha-staff, as atividades de linha estão direta e intimamente 
ligadas aos objetivos primários da organização, ou seja, fazem parte do que 
Indústria de 
condutores 
Elétricos
Produção (Linha)
Assessoria de 
Produção (Staff)
Comercial (Linha) Financeiro (Linha)
Assessoria 
Financeira (Staff)
Assessoria da 
Presidência 
(Staff)
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constitui a atividade fim da empresa. Já os órgãos de staff relacionam-se 
somente de forma indireta com esses objetivos. 
Em regra, os órgãos de linha voltam-se para fora da organização, pois é no 
ambiente externo que se situam seus objetivos. De forma diversa, os órgãos 
de staff são intra-orientados, pois se destinam ao assessoramento de outros 
órgãos internos à organização, que podem ser de linha ou, até mesmo, outros 
órgãos de staff. 
Outra distinção entre linha e staff é o fato de os órgãos de linha possuírem 
autoridade para decidir e executar as atividades principais da organização, as 
quais se vinculam diretamente aos seus objetivos (autoridade de linha, ou, 
autoridade linear). Os órgãos de staff, por seu turno, possuem autoridade de 
assessoria, de planejamento e controle, de consultoria e recomendação 
(autoridade funcional, de staff).CCaaiiuu nnaa 
PPrroovvaa!! 
10. (CESPE – MPU 2010 – Técnico Administrativo) Os 
órgãos de assessoria da organização em estrutura linha-staff 
exercem autoridade de linha sobre os colaboradores dos demais 
setores, com o intuito de alcançar os objetivos organizacionais. 
Em uma estrutura linha-staff, os órgãos de linha possuem autoridade 
para decidir e executar as atividades principais da organização, as quais se 
vinculam diretamente aos seus objetivos (autoridade de linha ou 
autoridade linear). 
Os órgãos de staff, por seu turno, prestam assessoria e serviços – em suas 
respectivas áreas de especialização – para as demais áreas da organização. 
Eles possuem autoridade de assessoria, de planejamento e controle, de 
consultoria e recomendação (autoridade funcional, de staff). 
Dessa forma, os órgãos que exercem autoridade de linha sobre os demais 
setores são os órgãos de linha. Os de staff exercem autoridade funcional. 
Questão Errada. 
CCAARRAACCTTEERRÍÍSSTTIICCAASS 
A estrutura organizacional de linha-staff possui as seguintes características: 
� Fusão entre as estruturas linear e funcional, com predomínio da 
linear: a organização do tipo linha-staff também respeita o princípio da 
unidade de comando, na medida em que cada órgão se reporta a apenas 
um órgão superior. Porém, cada um desses órgãos também recebe 
assessoria e serviços especializados de diversos órgãos de staff. 
Assim, além da autoridade linear existente entre um órgão de linha e 
seus subordinados, existe também a autoridade funcional de um órgão 
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de staff, no que diz respeito a assuntos de sua especialidade, em relação 
aos demais órgãos da organização. 
� Coexistência entre linhas formais e linhas diretas de 
comunicação: a comunicação entre superiores e subordinados, 
devidamente representados na hierarquia, é feita de maneira formal. Já 
a comunicação feita pelos órgãos de staff, as quais representam a oferta 
de assessoria e de serviços especializados, é efetuada de maneira 
informal. 
� Nítida separação entre órgãos operacionais (de linha) e de 
assessoria (staff): enquanto aos órgãos de linha compete a execução 
das operações básicas e essenciais da organização, os órgãos de staff 
são incumbidos de prestar serviços e assessoria em sua área de 
especialização. 
� Contraposição entre hierarquia e especialização: apesar da 
coexistência, relativamente harmônica, entre as funções lineares e 
funcionais, na organização linha-staff há forte predominância dos 
aspectos lineares. Mesmo não abrindo mão da especialização, esse tipo 
de organização mantém o princípio da hierarquia (cadeia escalar), que 
possui como foco a unidade de comando. 
VVAANNTTAAGGEENNSS EE DDEESSVVAANNTTAAGGEENNSS 
Organização Linha-staff 
Vantagens Desvantagens 
Garante assessoria especializada e inovadora 
e, ao mesmo tempo, mantém o princípio da 
autoridade única (unidade de comando). 
Pode incorrer em indesejáveis desequilíbrios 
e distorções, pois os especialistas de staff 
tendem a forçar suas sugestões e a impor 
suas ideias aos demais órgãos assessorados. 
Existência de atividade conjunta e 
coordenada entre órgãos de linha e de staff. 
Enquanto estes se responsabilizam pelos 
serviços especializados (planejamento, 
recursos humanos etc.) aqueles se ocupam 
da execução das atividades básicas da 
organização (produção, vendas etc.). 
Existência de conflitos entre órgãos de linha 
e de staff. O pessoal de linha tende a 
acreditar que o pessoal de staff pretende 
tomar-lhes parcelas cada vez maiores de 
autoridade, pois, o assessor é um técnico 
com mais especialização, enquanto o 
homem de linha tem sua atuação mais 
baseada na prática do trabalho e na sua 
experiência. 
CCAAMMPPOO DDEE AAPPLLIICCAAÇÇÃÃOO 
A organização do tipo linha-staff é, atualmente, a mais aplicada e utilizada 
forma de organização, por permitir a incorporação de serviços especializados e 
indispensáveis dos diversos assessores, a um custo razoável. 
1.4.1.4 Organização do Tipo Comissão 
As comissões recebem uma variedade de denominações sinônimas, tais como 
comitês, juntas, conselhos, grupos de trabalho etc. Algumas comissões 
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desempenham funções administrativas, outras técnicas, outras estudam 
problemas e apresentam recomendações etc. 
 
Existe bastante divergência acerca da natureza das comissões, dado o variável 
grau de autoridade atribuído a elas. Conforme a autoridade de que é revestida, 
uma comissão pode ter autonomia para a tomada de decisão sobre os seus 
membros (comissão administrativa) ou pode possuir somente natureza de 
aconselhamento (comissão de assessoria). 
Em resumo, a comissão constitui um grupo de pessoas a quem é dado um 
determinado assunto a ser estudado e para o qual devem ser apresentadas 
propostas de solução. Atualmente, as comissões são empregadas, 
principalmente, em grandes organizações públicas, nas quais normalmente 
recebem o nome de grupos de trabalho. 
A comissão não é um tipo de organização propriamente dito, mas sim, uma 
excelente ferramenta de trabalho, que pode ser utilizada em qualquer tipo de 
organização, para o desenvolvimento de ideias e de recomendações acerca de 
decisões a serem tomadas. 
A utilização de comissões deve ser estruturada sobre os seguintes aspectos 
básicos: 
� Aplicam-se aos casos em que cada departamento, quando tomado 
isoladamente, não se mostra capaz de solucionar um problema ou 
estudar determinado assunto que envolva outras áreas da organização. 
� Deve ser oferecida oportunidade de participação a todos os membros 
envolvidos com o assunto e o pessoal deve ser adequado ao tipo de 
problema a ser tratado pela comissão. 
� Para serem bem sucedidas, devem possuir autoridade, responsabilidade 
e objetivos claramente definidos. 
� Seus benefícios devem superar seu custo de implantação. 
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� Devem possuir tamanho (número de membros) bem definido, assim 
como uma agenda bem preparada e escalonada, para que não se 
estenda indefinidamente no tempo. 
� Possui funcionamento baseado na cooperação entre seus membros. Os 
integrantes da comissão pertencem a órgãos diferentes da empresa e 
não recebem autoridade linear por parte do coordenador dos trabalhos. 
CCAARRAACCTTEERRÍÍSSTTIICCAASS 
São as seguintes as principais características aplicáveis à maioria das 
comissões: 
� Não constitui um órgão integrante da estrutura organizacional: a 
comissão possui objetivo que abrange vários órgãos, pois, em regra, lida 
com assuntos interdepartamentais e, assim, envolve normalmente 
pessoal e recursos de diversos órgãos. 
Dessa forma, diferentemente do órgão, a comissão não tem posição 
definida na estrutura organizacional, pois é alocada em termos de 
assessoria e de dependência a um determinado órgão. 
A comissão também não funciona de forma ininterrupta, como ocorre 
com os órgãos. Funcionam somente durantes certos dias e horários pré-
estabelecidos, de forma esporádica e intermitente. A comissão é, ainda, 
provisória e instável, pois possui duração somente enquanto seu objetivo 
não for atingido ou a tarefa para a qual foi criada não for totalmente 
realizada.� Possuem tipos diferentes: a comissão pode assumir os seguintes 
tipos: 
o Formais: quando fazem parte da estrutura formal da 
organização, com autoridade e deveres delegados. 
o Informais: quando são organizadas para desenvolver algum 
estudo, plano ou decisão grupal sobre um problema específico. 
Não possui posição definida ou delegação de autoridade. 
o Temporárias: extinguem-se tão logo finalizem o trabalho 
temporário para o qual foram criadas. 
o Relativamente permanentes: possui existência mais prolongada 
no tempo. Em regra, as comissões formais são mais duradouras 
que as comissões informais. 
 
 
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VVAANNTTAAGGEENNSS EE DDEESSVVAANNTTAAGGEENNSS 
Organização do Tipo Comissão 
Vantagens Desvantagens 
As tomadas de decisões, os julgamentos e as 
propostas de solução são efetuadas em 
equipe. 
Em virtude de eventuais pontos de vista 
divergentes de seus participantes, pode 
levar à demora na tomada de decisões. 
Proporciona boa coordenação quando o 
assunto tratado envolve diferentes órgãos e 
pessoas da empresa. 
Pode envolver custo elevado, especialmente 
quando necessita contar com especialistas 
de alto nível que, em virtude de sua 
especialização no assunto a ser tratado pela 
comissão, possuem elevados salários. 
Constitui uma excelente ferramenta para 
transmitir, de forma simultânea, informações 
importantes às partes interessadas. 
Pode representar desperdício de tempo para 
determinados membros desinteressados em 
aspectos específicos, relacionados ao 
assunto sendo tratado. 
Boa alternativa para problemas relacionados 
à autoridade, pois permite flexibilidade à 
organização e evita que a estrutura 
organizacional seja constantemente 
modificada para atender a alterações de 
autoridade para a realização de certas 
atividades. 
Pode tender a substituir o administrador, 
pois, ao deliberar, pode retirar a iniciativa 
de comando da autoridade de linha. 
 Pode conduzir a uma má distribuição de 
responsabilidade, pois nem sempre as 
pessoas que compõem uma comissão se 
sentem igualmente responsáveis pelos seus 
atos e por certas deliberações. Os membros 
podem não ter o mesmo grau de 
responsabilidade que teriam se cada um 
deles tivesse encarregado da mesma tarefa, 
de forma individualizada. 
 Exige coordenação eficiente, com habilidade 
para superar a tendência à intransigência ou 
à acomodação de alguns participantes e a 
lentidão inerente a todos os processos 
democráticos de deliberação. 
 
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CCAAMMPPOO DDEE AAPPLLIICCAAÇÇÃÃOO 
Existem inúmeras situações em que as comissões podem ser utilizadas, a 
saber: 
� Quando uma determinada decisão exige informações de diversas áreas 
da organização. 
� Quando o êxito do cumprimento das decisões depende da perfeita 
compreensão de todos os aspecto e detalhes a elas inerentes. 
� Quando se torna necessária uma coordenação mais efetiva, para que as 
atividades de alguns departamentos se tornem mais bem ajustadas. 
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2 Questões Comentadas 
 
O novo diretor de determinado órgão público pretende reestruturar 
as jurisdições das chefias e da unidade de comando. Após a 
reestruturação, pretende, ainda, tornar os diversos setores do órgão 
aptos a gerenciar diferentes projetos demandados pelo restante da 
organização. Com base nessa situação hipotética, julgue os próximos 
dois itens. 
 
11. (CESPE – MPU 2010 – Analista Administrativo) A adoção, pelo 
diretor, da estrutura linha-staff aceleraria o processo decisório. 
A organização do tipo linha-staff, apesar de preservar a unidade de comando, 
possui atividades conjuntas entre linha e staff. Assim, as decisões dependem 
dos órgãos de linha e de assessoria. 
Em virtude disso, o processo decisório pode incorrer em indesejáveis 
desequilíbrios, pois os especialistas de staff tendem a forçar suas sugestões e 
a impor suas ideias aos demais órgãos assessorados. Isso torna o processo 
decisório mais lento. Questão Errada. 
12. (CESPE – MPU 2010 – Analista Administrativo) Caso desejasse 
reestruturar apenas a unidade de comando, o diretor deveria escolher a 
estrutura funcional. 
A organização linear denota a existência de linhas diretas e únicas de 
autoridade e responsabilidade entre superiores e subordinados. A autoridade 
única constitui a principal característica desse tipo de organização. A 
autoridade do superior sobre seus subordinados é única e absoluta. 
Na estrutura funcional, cada subordinado poderá reportar-se a muitos 
superiores, simultaneamente. Porém, o faz somente nos assuntos de 
especialidade de cada um deles. De forma equivalente, nenhum superior 
possui autoridade total sobre os subordinados. A autoridade de cada superior 
sempre é parcial ou relativa e também decorre de sua especialidade. 
Assim, a organização funcional não se baseia no princípio da unidade 
de comando, e sim, no da especialização das funções. Portanto, caso 
desejasse reestruturar apenas a unidade de comando, o diretor deveria 
escolher a estrutura linear, e não a funcional. Questão Errada. 
13. (CESPE – TJ/ES 2011 – Analista Judiciário – Administração) Caso 
opte por descentralizar, o administrador deve considerar o fato de essa 
decisão poder acarretar aproveitamento insuficiente dos especialistas da sua 
organização. 
Este aspecto constitui, de fato, uma desvantagem da descentralização. A 
descentralização faz com que as decisões sejam pulverizadas nos níveis mais 
baixos da organização. Quem recebe o poder de decisão normalmente é um 
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funcionário que antes atuava como especialista, em sua especialidade 
(competência técnica). 
Quando esse especialista recebe a descentralização, deixa de exercer (ou, pelo 
menos, passa a exercer menos) a função de execução de atividades ou tarefas 
de sua especialidade e passa a desempenhar funções gerenciais, que envolve 
aspectos de tomada de decisão, situação que poder acarretar aproveitamento 
insuficiente dos especialistas da organização. Questão Certa. 
14. (CESPE – ABIN 2010 – Oficial Técnico de Inteligência – Área 
Administração) As organizações modernas devem reduzir os objetivos 
iniciais para satisfazer as necessidades adquiridas, e não, ajustar o 
atendimento das necessidades adquiridas aos seus objetivos iniciais. 
Não são os objetivos organizacionais que devem ser adequados às 
necessidades, estrutura, recursos etc. da organização, e sim o contrário. As 
organizações devem, antes de qualquer coisa, definir seus objetivos 
estratégicos e, somente depois desse passo, adequar suas necessidades, 
estrutura, recursos de forma a atingir os objetivos estabelecidos. 
A estrutura é uma consequência dos objetivos estratégicos, e não o contrário. 
Questão Errada. 
15. (CESPE – ABIN 2010 – Oficial Técnico de Inteligência – Área 
Administração) As organizações modernas têm como objetivo fundamental 
o alcance de resultados predeterminados, razão pela qual, nessas

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