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Sondas e finalidades ENF. Me. FABIANA RODRIGUES Cateterismo Vesical Sonda de Alívio (Intermitente) - Sonda de Nelaton Sonda de Foley (demora) Sonda de Owen (três vias) A cateterização vesical pode permanecer por curto prazo (duas semanas ou menos) ou prolongada (mais de um mês). Indicação de cateterismo vesical Aliviar a obstrução do trato urinário. Ajudar na drenagem pós-operatória nas cirurgias urológicas e em outras cirurgias. Proporcionar um meio para monitorar o débito urinário de modo acurado nos pacientes em estado crítico. Promover a drenagem urinária em pacientes com disfunção da bexiga neurogênica ou retenção urinária. Evitar o extravasamento de urina nos pacientes com úlceras de pressão nos estágios III e IV Fonte: Brunner cateterismo vesical Condom - Drenagem externa A sonda externa, também chamado de sonda preservativo ou bainha peniana, é uma bainha macia e flexível como um preservativo que se encaixa sobre o pênis, e proporciona de uma maneira segura e não invasiva o controle da eliminação da urina. Não aplique fita adesiva, velcro ou tiras elásticas ao redor do pênis. A circulação sanguínea pode ser prejudicada e causar a necrose do pênis Fonte: Potter Fonte: Potter Técnica de inserção do cateter urinário Reunir o material para higiene íntima, luva de procedimento e luva estéril, campo estéril, sonda vesical de calibre adequado, gel lubrificante, antisséptico preferencialmente em solução aquosa, bolsa coletora de urina, seringa, agulha e água destilada; Higienizar as mãos com água e sabonete líquido ou preparação alcoólica para as mãos; Realizar a higiene íntima do paciente com água e sabonete líquido (comum ou com antisséptico); Retirar luvas de procedimento, realizar higienedas mãos com água e sabão; Montar campo estéril fenestrado com abertura; ·Organizar material estéril no campo (seringa, agulha, sonda, coletor urinário,gaze estéril) e abrir o material tendo o cuidado de não contaminá-lo; Calçar luva estéril; Conectar sonda ao coletor de urina (atividade), testando o balonete (sistemafechado com sistemade drenagem com válvula antirreflexo); Realizar a antissepsia da região perineal com solução padronizada, partindo da uretra para aperiferia (região distal); ·Introduzir gel lubrificante na uretra em homens; ·Lubrificar a ponta da sonda com gel lubrificante em mulheres; ·Seguir técnicaasséptica de inserção; ·Observar drenagem de urina pelo cateter e/ou sistema coletor antes de insuflar o balão para evitar lesão uretral, que deverá ficar abaixo do nível da bexiga, sem contato com o chão; observar para manter o fluxo desobstruído; 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. Sexo feminino: Prenda a sonda na parte interna da coxa, deixando uma folga suficiente para evitar a tração. Sexo masculino: Prenda a sonda na parte superior da coxa ou inferior do abdome. Reposicione o prepúcio sobre a glande do pênis em caso de retração Fonte: Potter Fixação da sonda vesical de demora (Potter) cirurgias urológicas, prostatectomia, ampliação vesical. Durante a irrigação da sonda, certifique-se da permeabilidade da sonda vesical de demora e da extensão de drenagem durante a irrigação (sem pinçamento e obstruções). A obstrução no sistema de drenagem da bexiga e a infusão da solução de irrigação podem resultar na hiperdistensão, desconforto extremo e lesão ou ruptura da bexiga. O procedimento de irrigar a sonda não pode ser delegado ao técnico ou auxiliar de enfermagem. Indicação: Fonte: Potter Irrigação Resolução COFEN 450/2013 A sondagem vesical é um procedimento invasivo e que envolve riscos ao paciente, que está sujeito a infecções do trato urinário e/ou a trauma uretral ou vesical. A inserção de cateter vesical é privativa do Enfermeiro. Técnico de Enfermagem: Compete a realização de atividades prescritas pelo enfermeiro no planejamento da assistência, a exemplo de monitoração e registro das queixas do paciente, das condições do sistema de drenagem, do débito urinário; Manutenção de técnica limpa durante o manuseio do sistema de drenagem, coleta de urina para exames; Monitoração do balanço hídrico – ingestão e eliminação de líquidos; sob supervisão; Orientação do enfermeiro. Manter a bolsa coletora abaixo do nível de inserção do cateter, evitando refluxo intravesical de urina; Obedecer a critérios determinados no protocolo para troca do cateter vesical; Manter fluxo de urina descendente e desobstruído, exceto para os casos pontuaisde coleta de urina para análise; A norma divulgada recentemente mantém as disposições da anterior, porém acrescenta a regra de que o procedimento de sondagem vesical deverá ser realizado pelo Enfermeiro com a presença obrigatória do Técnico de Enfermagem, discorrendo ser responsabilidade do profissional de nível médio de enfermagem a “preparação do material e do ambiente necessário para a execução do cateterismo vesical de alívio e de demora, cabendo a este abrir o material, posicionar o paciente, dar destino ao material utilizado e encaminhar para laboratório material coletado para exames”, de modo a trazer mais segurança ao paciente. Resolução COFEN 680/2021 SONDA PARA ALIMENTAÇÃO A sonda pode ser inserida através da boca, nariz ou da parede abdominal. Indicações Para descomprimir o estômago e remover gás e líquido. Para lavagem (irrigação com água ou outros líquidos) do estômago e remover toxinas ingeridas ou outros materiais prejudiciais. Para diagnosticar distúrbios da motilidade GI ou outros distúrbios. Para administrar medicamentos e alimentações. Para comprimir um sítio hemorrágico. Para aspirar ao conteúdo gástrico para análise. SONDA NASOGÁTRICA (SNG) E NASOENTERAL (SNE) A inserção temporária de uma sonda nasogástrica (NG) no estômago serve para descomprimir o estômago, mantendo- o vazio até que a peristalse normal retorne. A sonda de Salem é preferível para descompressão estomacal. Procedimento de sondagem Identificação Colocar o paciente na posição de Fowler alta. Avaliar as narinas Medir a distância para inserir a sonda: Método tradicional: medir a distância da ponta do nariz até o lobo da orelha e até o processo xifoide. A sonda se estende da narina ao estômago; Marcar a extensão que deverá ser inserida. Lubrificar de 7,5 a 10 cm da extremidade da sonda com gel lubrificante solúvel em água. Com a sonda logo acima da orofaringe, instruir o paciente a flexionar a cabeça para frente, tomar um pequeno gole d’água e engolir. Se o paciente começar a tossir, se engasgar ou se sentir sufocado, recuar ligeiramente e parar o avanço da sonda; O RX deve ser obtida para confirmaro posicionamentoda sonda; A confirmação deve ocorrer antes de cada administração e 1 vez por turno, para as alimentações contínuas, deve-se verificar a sonda para garantir que ela permaneça na posição apropriada. Métodos de Administração Uma alimentação em bolo pode ser administrada pela gravidade para dentro do estômago (geralmente por sonda de gastrostomia) por meio de uma seringa grande. As alimentações em bolo de 300 a 500 mℓ requerem 10 a 15 min até o seu término. Métodos de Administração O método de alimentação por gotejamento intermitente por gravidade exige administração das alimentações durante 30 min a intervalos idealizados por uma bolsa enteral — reservatório e equipo. Posição durante a dieta Recomenda-se que a cabeceira esteja elevada e posicionada em ângulo de 45°, a fim de evitar refluxo gastroesofágico e aspiração pulmonar. Como o tubo é muito fino, pode se entupir facilmente. Assim, é necessário realizar a limpeza da sonda após o uso. Aplique 30 ml de água filtrada antes e após cada utilização, para assepsia. Injete com cuidado para que a pressão da água não rompa a sonda. Limpe também a parte externa do tubo, com gaze, água e álcool 70%, pelo menos, uma vez ao dia. Para evitar retrações e o deslocamento da sonda, ela deve ser fixada à pele do paciente com um esparadrapo ou uma fita hipoalergênica. A fita deve ser trocada com regularidade,ou sempre que estiver descolando. Lave o nariz com água e sabão e seque bem, antes de colar novamente, mas sem esfregar, tomando cuidado para não deixar o tubo dobrar e nem passar na frente dos olhos ou da boca. Higienização Fixação CUIDADOS DE ENFERMAGEM NUTRIÇÃO PARENTERAL A nutrição parenteral é, por definição, administrada por via intravenosa. A nutrição parenteral periférica (NPP) é a via em que a solução alimentar é administrada diretamente por uma veia periférica, utilizada quando a NP terá curta duração (até 15 dias), pois não é suficiente para atingir as necessidades nutricionais diárias do paciente. Já a nutrição parenteral total (NPT) é a terapia nutricional em que a solução alimentar é administrada diretamente por uma veia central (geralmente pela veia cava superior). Usualmente, a NPT é utilizada em paciente cuja duração da terapia será maior que 15 dias, sendo esta a única forma de alimentação recebida. Na dieta, é oferecido aporte proteico e energético total e sua osmolaridade pode ser superior a 1.000 mOsm/L. Em bomba de infusão (BIC). É a instilação de uma solução dentro do reto e do cólon sigmoide para promover a evacuação por meio da estimulação dos movimentos peristálticos. Indicação: tratar a constipação ou esvaziar o intestino antes de procedimentos diagnósticos ou cirurgias abdominais. Preparo intestinal para exames complementares ou cirurgia, retirando o conteúdo fecal do intestino. Administração de medicação no cólon (como enemas contendo esteroides para tratamento da protite ulcerativa ou enema de poliestireno sulfonato de sódio para diminuir os níveis séricos de potássio). Para amolecer as fezes (enemas de retenção de óleo). Promover a defecação e remover as fezes do cólon de clientes com constipação intestinal ou impactação (não constitui um tratamento de primeira linha). Objetivos: Enema Enema Posicionamento Posição de Sims – lateral esquerdo com o joelho direito flexionado. Pacientes que tenham pouco controle do esfíncter necessitam da colocação de uma comadre embaixo das nádegas. A administração do enema com o paciente sentado no vaso sanitário não é segura, porque a sonda retal curvada pode irritar a parede do reto. Separar as nádegas e examinar a região perianal para verificar anormalidades, como hemorroidas, fissuras e prolapso retal. Remover a tampa de plástico da ponta do recipiente. Aplicar lubrificante solúvel em água. Separar as nádegas gentilmente e localizar o ânus. Instruir o paciente a relaxar, pedindo que ele expire lentamente pela boca. A expiração promove relaxamento do esfíncter retal externo. Expelir qualquer ar do interior do recipiente; Aplicação do fleet enema Enema comercial Lavagem intestinal ou enteróclise (enteroclisma) Enema ou clister – 50 a 500 ml. Enteroclisma – maior que 500 ml Solução hiperosmolar que aumenta a quantidade de água e acelera o trânsito intestinal.