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Direito Penal Parte Geral Professor André Queiroz Funções do Direito Penal 1. Proteção de bens jurídicos 2. Instrumento de controle social 3. Mo=vadora 4. Redução da violência estatal Prof. André Queiroz Fontes do Direito Penal Material União (art. 22, I CR) Formal Lei Costumes Princípios gerais Atos administra=vos Prof. André Queiroz PRINCÍPIOS 1. Reserva legal 2. Anterioridade 3. Insignificância ou bagatela 4. Individualização das penas 5. Alteridade 6. Confiança 7. Adequação social 8. Intervenção mínima 9. Fragmentariedade Prof. André Queiroz 10. Subsidiariedade 11. Proporcionalidade 12. Humanidade 13. Lesividade 14. Imputação pessoal 15. Responsabilidade pelo fato 16. Personalidade ou intranscendência 17. Responsabilidade subje=va 18. Isonomia 19. Ne bis in idem Prof. André Queiroz LEI PENAL Estrutura a) Preceito primário b) Preceito secundário 1. Incriminadora 2. Não incriminadora a) Permissiva b) Exculpante c) Interpreta=va d) Extensão 1. Completa 2. Incompleta (norma em branco e =pos abertos) Prof. André Queiroz Norma penal em branco a) Homogênea b) Heterogênea • Nova=o legis incriminadora • Lex gravior • Aboli=o criminis • Lex mi=or • Lex ter=a Prof. André Queiroz Lei excepcional ou temporária Art. 3º -‐ A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-‐se ao fato pra=cado durante sua vigência. Prof. André Queiroz Conflito Aparente de Normas – Solução de an7nomias 1. Especilidade 2. Subsidiariedade (tácita ou expressa) 3. Consunção ou absorção a) Antefactum impunível b) Posaactum impunível c) Crime progressivo d) Progressão criminosa e) Crime complexo 4. Alterna=vidade Prof. André Queiroz Tempo do crime Art. 4º -‐ Considera-‐se pra=cado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. Lugar do crime Art. 6º -‐ Considera-‐se pra=cado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-‐se o resultado. STF Súmula nº 711 -‐ A lei penal mais grave aplica-‐se ao crime con=nuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da con=nuidade ou da permanência. Prof. André Queiroz Exceções ao princípio da ubiquidade: 1. Crimes conexos 2. Crimes pluriocais 3. Crimes dolosos contra a vida 4. Juizado Especial Criminal 5. Crimes falimentares – art. 183 lei 11.101/05 (decretaçao da falência) 6. Atos infracionais – art. 147§1o ECA Prof. André Queiroz Territorialidade Art. 5º -‐ Aplica-‐se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime come=do no território nacional. § 1º -‐ Para os efeitos penais, consideram-‐se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respec=vamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-‐ mar. Prof. André Queiroz § 2º -‐ É também aplicável a lei brasileira aos crimes pra=cados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-‐se aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil. Prof. André Queiroz Extraterritorialidade Art. 7º -‐ Ficam sujeitos à lei brasileira, embora come=dos no estrangeiro: I -‐ os crimes: a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação ins=tuída pelo Poder Público; c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço; d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil; Prof. André Queiroz § 1º -‐ Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro. II -‐ os crimes: a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir; b) pra=cados por brasileiro; c) pra=cados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados. § 2º -‐ Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições: Prof. André Queiroz a) entrar o agente no território nacional; b) ser o fato punível também no país em que foi pra=cado; c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição; d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena;e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro mo=vo, não estar ex=nta a punibilidade, segundo a lei mais favorável. Prof. André Queiroz § 3º -‐ A lei brasileira aplica-‐se também ao crime come=do por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as condições previstas no parágrafo anterior: a) não foi pedida ou foi negada a extradição; b) houve requisição do Ministro da Jus=ça. Passagem inocente – Lei 8617/93 Princípios: 1. Personalidade – passiva ou a=va 2. Domicílio -‐ genocídio 3. Proteção – Presidente ou patrimônio 4. Jus=ça Universal – repressão de certos delitos 5. Representação -‐ bandeira Prof. André Queiroz Contagem de prazo Art. 10 -‐ O dia do começo inclui-‐se no cômputo do prazo. Contam-‐ se os dias, os meses e os anos pelo calendário comum. Frações não computáveis da pena Art. 11 -‐ Desprezam-‐se, nas penas priva=vas de liberdade e nas restri=vas de direitos, as frações de dia, e, na pena de multa, as frações de cruzeiro. Art. 798 do CPP -‐ Todos os prazos correrão em cartório e serão conrnuos e peremptórios, não se interrompendo por férias, domingo ou dia feriado. § 1º -‐ Não se computará no prazo o dia do começo, incluindo-‐se, porém, o do vencimento. Prof. André Queiroz TEORIA DO CRIME Prof. André Queiroz Conceito de crime 1. Material – bem jurídico 2. Legal a) Crime b) Contravenção c) Infração sui generis 3. Analí=co Prof. André Queiroz CRIME Fato rpico Ilicitude Culpabilidade Prof. André Queiroz • Sujeito a=vo do crime – Pessoa jurídica • Sujeito passivo do crime a) imediato b) mediato c) indeterminado – crimes vagos (mortos e animais) Prof. André Queiroz Classificação dos crimes: 1. Comum, próprio e mão-‐própria 2. Simples e complexo 3. Material, formal e mera conduta 4. Instantâneo, permanente, de efeitos permanentes e à prazo 5. Unissubje=vo e plurissubje=vo a) encontro bilateral b) convergência (paralelas ou contrapostas) 6. Subje=vidade passiva única ou dupla 7. Dano e perigo (abstrato ou concreto) 8. Unissubsistente e plurissubsistente 9. Forma livre e vinculada Prof. André Queiroz 10. Comissivos, omissivos a) próprios b) impróprios ou comissivos por omissão c) omissivo por comissão 11. Monoofensivos e pluriofensivos 12. Principal e acessório 13. Transeunte e não-‐transeunte 14. À distância, plurilocal e em trânsito 15. Condicionado e incondicionado Prof. André Queiroz 16. Gratuito – sem mo=vos 17. Ímpeto 18. Exaurido – alcança seu obje=vo depois de consumado 19. Circulação – CTB 20. Atentado 21. Opinião 22. Mul=tudinário 23. Vago 24. Internacional 25. Habitual 26. Profissional 27. Quase-‐crime Prof. André Queiroz 28. Hediondo 29. Intenção 30. Tendência 31. Falho 32. Puta=vo 33. Responsabilidade 34. Reme=do 35. Progressivo 36. Progressão criminosa 37. Militares 38. Funcionais 39. Falimentares Prof. André Queiroz CRIME Fato rpico Ilicitude Culpabilidade Prof. André Queiroz FATO TÍPICO ILICITUDE CULPABILIDADE Conduta Estado de necessiade Imputabilidade Resultado Legí=ma defesa Potencial consciência da ilicitude Nexo causal Estrito cumprimento do dever legal Exigibilidade de conduta diversa Tipicidade Exercício regular de um direito Consen=mento do ofendido Prof. André Queiroz Fa to T íp ic o Conduta Resultado Nexo causal Tipicidade Prof. André Queiroz CONDUTA – Ato humano, livre, consciente, voluntário e dirigido à uma finalidade. Hipóteses de exclusão: 1. Caso fortuito ou força maior 2. Atos reflexos 3. Coação wsica irresisrvel 4. Sonambulismo 5. Hipnose Prof. André Queiroz RESULTADO NATURALÍSTICO a) Crime consumado ou tentado Coação irresisrvel Física (vis absoluta) Exclui a =picidade Moral (vis compulsiva) Exclui a culpabilidade Prof. André Queiroz RELAÇÃO DE CAUSALIDADE Relação de causalidade Art. 13 -‐ O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-‐se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. Superveniência de causa independente § 1º -‐ A superveniência de causa rela=vamente independente exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-‐se a quem os pra=cou. Prof. André Queiroz CAUSAS Absolutamente independentes Preexistentes Concomutantes Supervenientes Rela=vamente independentes Preexistentes Concomitante Superveniente Prof. André Queiroz Relevância da omissão § 2º -‐ A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem: a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância;b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado; c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado. • Teoria norma=va – dever de agir Prof. André Queiroz TIPICIDADE PENAL TIPICIDADE FORMAL TIPICIDADE CONGLOBANTE = + ñ ñ Prof. André Queiroz FUNÇÕES DO TIPO 1. Garan=a – conhecer as condutas proibidas 2. Fundamentadora – jus puniendi 3. Indiciária da ilicitude – ra#o cognoscendi 4. Diferenciadora do erro (dolo ou culpa) 5. Sele=va Prof. André Queiroz NÚCLEO ELEMENTOS TIPO PENAL + OBJETIVOS SUBJETIVOS NORMATIVOS Juízo de certeza Valoração jurídica ou moral Esfera anímica do agente Prof. André Queiroz CLASSIFICAÇÃO DO TIPO PENAL • Tipo fechado e aberto • Tipo congruente e incongruente • Tipo complexo • Tipo simples e misto (alterna=vo ou cumula=vo) • Tipo do autor e do fato Prof. André Queiroz TEORIAS DO DOLO 1. Representação – previsão do resultado 2. Vontade – produção do resultado 3. Assen=mento – assume o risco de produzí-‐lo Prof. André Queiroz DOLO DIRETO 1O GRAU 2O GRAU INDIRETO ALTERNATIVO EVENTUAL • Dolo genérico e específico • Dolus bonus e malus • Dolo de dano e perigo • Dolo geral ou aberra#o causae Prof. André Queiroz CULPA Conduta voluntária Resultado natutalís=co involuntário Nexo causal Tipicidade Previsibilidade Violação do dever obje=vo de cuidado Prof. André Queiroz INOBSERVÂNCIA OBJETIVA DO DEVER DE CUIDADO 1. Imprudência – MAIS E DURANTE 2. Negligência – MENOS E ANTES 3. Imperícia – CULPA PROFISSIONAL Imperícia Falha do agente CULPA Erro profissional Falha da ciência EXCLUI A CULPA ≠ Prof. André Queiroz ESPÉCIES DE CULPA 1. Própria e imprópria (ou por equiparação) – erro inescusável quanto à ilicitude do fato 2. Presumida – in re ipsa 3. Mediata – alcance do =po • Graus de culpa – inadmissível • Compensação de culpas – inadmissível • Concorrência de culpas – condi#o sine qua non Prof. André Queiroz CRIMES QUALIFICADOS PELO RESULTADO DOLO DOLO Art. 157§3o CP DOLO CULPA Praeterdolo CULPA DOLO Art. 303 CTB CULPA CULPA Art. 258 CP Agravação pelo resultado Art. 19 -‐ Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o agente que o houver causado ao menos culposamente. Prof. André Queiroz ERRO DE TIPO (ESENCIAL OU ACIDENTAL) ESSENCIAL 1. Evitável, vencível, indesculpável ou inescusável 2. Inevitável, invencível, desculpável ou escusável Erro sobre elementos do bpo Art. 20 -‐ O erro sobre elemento cons=tu=vo do =po legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei. Obs: CARGA NEGATIVA DO DOLO -‐ Zaffaroni Prof. André Queiroz Descriminantes putabvas Art. 20 § 1º -‐ É isento de pena quem, por erro plenamente jus=ficado pelas circunstâncias, supõe situação de fato que, se exis=sse, tornaria a ação legí=ma. Não há isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo. • DELITO PUTATIVO POR ERRO DE TIPO Prof. André Queiroz Descriminante putabva Teoria limitada da culpabilidade Teoria normabva pura da culpabiliade Erro quanto aos pressupostos fá=cos ERRO DE TIPO ERRO DE PROIBIÇÃO Erro quanto a existência de uma causa ERRO DE PROIBIÇÃO ERRO DE PROIBIÇÃO Erro quanto aos limites ERRO DE PROIBIÇÃO ERRO DE PROIBIÇÃO Prof. André Queiroz ERRO DE TIPO ACIDENTAL 1. Erro sobre a pessoa ou error in personae 2. Erro sobre o objeto 3. Erro sobre as qualificadoras 4. Erro sobre o nexo causal ou aberra#o causae 5. Erro na execução ou aberra#o ictus 6. Resultado diverso do pretendido ou aberratio criminis Prof. André Queiroz Erro sobre a pessoa Art. 20 § 3º -‐ O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é pra=cado não isenta de pena. Não se consideram, neste caso, as condições ou qualidades da ví=ma, senão as da pessoa contra quem o agente queria pra=car o crime. Erro na execução Art. 73 -‐ Quando, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, o agente, ao invés de a=ngir a pessoa que pretendia ofender, a=nge pessoa diversa, responde como se =vesse pra=cado o crime contra aquela, atendendo-‐se ao disposto no § 3º do art. 20 deste Código. No caso de ser também a=ngida a pessoa que o agente pretendia ofender, aplica-‐se a regra do art. 70 deste Código. Prof. André Queiroz Resultado diverso do pretendido Art. 74 -‐ Fora dos casos do ar=go anterior, quando, por acidente ou erro na execução do crime, sobrevém resultado diverso do pretendido, o agente responde por culpa, se o fato é previsto como crime culposo; se ocorre também o resultado pretendido, aplica-‐se a regra do art. 70 deste Código. Prof. AndréQueiroz AUTOR DO CRIME Prof. André Queiroz ITER CRIMINIS 1. Cogitação 2. Preparação 3. Execução 4. Consumação 5. Exaurimento Atos preparatórios ê Atos executórios (Idôneo e inequívoco) Teoria subje=va – plano do autor Teoria obje=va – exteriorização dos atos a) Hos=lidade ao bem jurídico b) Obje=vo-‐formal -‐ verbo c) Obje=vo-‐material – terceiro observador d) Obje=vo-‐individual – atos concretos e plano do autor Prof. André Queiroz TENTATIVA Art. 14 -‐ Diz-‐se o crime: Crime consumado I -‐ consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal; Tentabva II -‐ tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. Pena de tentabva Parágrafo único -‐ Salvo disposição em contrário, pune-‐se a tenta=va com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços. Prof. André Queiroz TEORIAS SOBRE A PUNIBILIDADE DA TENTATIVA 1. Subje=va – vontade criminosa (pune os atos preparatórios) 2. Sintomá=ca – perigo revelado pelo agente (pune os atos preparatórios) 3. Obje=va (ou realista) – perigo ao bem – adotada pelo CP 4. Obje=vo-‐subje=va (ou impressão) – ofensa a segurança jurídica • Proximidade da consumação – causa de diminuição de pena • Norma de adequação rpica por subordinação mediata temporal • Conatus, crime imperfeito ou crime incompleto • Tenta=va e dolo eventual? Prof. André Queiroz • Tenta=va branca (não cruenta) e vermelha (cruenta) • Tenta=va perfeita ou acabada ou crime falho e imperfeita 1. Crimes culposos (salvo culpa imprópria) 2. Praeterdolosos 3. Unissubsistentes 4. Omissivos próprios 5. Perigo abstrato 6. Contravenções 7. Condicionados (art. 122) 8. Atentado 9. Habituais 10. De condutas abrangentes 11. Subordinados a condição obje=va de punibilidade Inadmissibilidade da tentabva: Prof. André Queiroz DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA E ARREPENDIMENTO EFICAZ Art. 15 -‐ O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já pra=cados. • Tenta=va abandonada ≠ Arrependimento posterior Art. 16 -‐ Nos crimes come=dos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou res=tuída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços. (≠ art. 65, III, b CP) Prof. André Queiroz POSSO PROSSEGUIR MAS NÃO QUERO. QUERO PROSSEGUIR MAS NÃO POSSO. • Adiamento da prá=ca do crime • Incompa=bilidade com crimes culposos • Irrelevância dos mo=vos • Comunicabilidade dos ins=tutos ao parrcipe Prof. André Queiroz Natureza jurídica: 1a POS – Causa pessoal de ex=nção da punibilidade 2a POS – Causa de exclusão da culpabilidade 3a POS – Causa de exclusão da =picidade • Desistência voluntária – interrupção dos atos executórios. • Arrependimento eficaz ou resipiscência – realização de todos os atos executórios, com posterior realização de novo ato visando evitar o resultado. Prof. André Queiroz Art. 16 -‐ Nos crimes come=dos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou res=tuída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços. ARREPENDIMENTO POSTERIOR • Causa obrigatória de diminuição de pena • Proteção da ví=ma e fomento ao arrependimento • Comunicabiliade ao parrcipe – natureza obje=va • Violência contra a coisa • Violência presumida • Violência imprópria Prof. André Queiroz DISPOSIÇÕES ESPECIAIS Peculato culposo Art. 312 § 2º -‐ Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem: Pena -‐ detenção, de três meses a um ano. § 3º -‐ No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, ex=ngue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta. Prof. André Queiroz Sonegação de contribuição previdenciária Art. 337-‐A. Suprimir ou reduzir contribuição social previdenciária e qualquer acessório, mediante as seguintes condutas: § 1o É ex=nta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara e confessa as contribuições, importâncias ou valores e presta as informações devidas à previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal. Prof. André Queiroz Apropriação indébita previdenciária Art. 168-‐A. Deixar de repassar à previdência social as contribuições recolhidas dos contribuintes, no prazo e forma legal ou convencional: § 2o É ex=nta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara, confessa e efetua o pagamento das contribuições, importâncias ou valores e presta as informações devidas à previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal.Prof. André Queiroz Art. 9o da lei 10.684/03 É suspensa a pretensão puni=va do Estado, referente aos crimes previstos nos arts. 1o e 2o da Lei no 8.137 , de 27 de dezembro de 1990, e nos arts. 168A e 337A do Decreto-‐Lei no 2.848 , de 7 de dezembro de 1940 -‐ Código Penal , durante o período em que a pessoa jurídica relacionada com o agente dos aludidos crimes es=ver incluída no regime de parcelamento. § 1o A prescrição criminal não corre durante o período de suspensão da pretensão puni=va. § 2o Ex=ngue-‐se a punibilidade dos crimes referidos neste ar=go quando a pessoa jurídica relacionada com o agente efetuar o pagamento integral dos débitos oriundos de tributos e contribuições sociais, inclusive acessórios. Prof. André Queiroz STF Súmula nº 554 O pagamento de cheque emi=do sem provisão de fundos, após o recebimento da denúncia, não obsta ao prosseguimento da ação penal. (interpretação a contrario sensu) Art. 171 -‐ Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante ar=wcio, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento: Fraude no pagamento por meio de cheque VI -‐ emite cheque, sem suficiente provisão de fundos em poder do sacado, ou lhe frustra o pagamento. Prof. André Queiroz CRIME IMPOSSÍVEL Art. 17 -‐ Não se pune a tenta=va quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-‐se o crime. • Tenta=va inadequada, inidônea ou impossível. Quase-‐crime. TEORIAS 1. Obje=va pura – inidoneidade em qualquer grau 2. Obje=va temperada – inidonidade absoluta 3. Subje=va – intenção do agente 4. Sintomá=ca – periculosidade do autor Prof. André Queiroz DELITO PUTATIVO 1. Por erro de =po 2. Por erro de proibição 3. Por obra do agente provocador, crime de ensaio ou flagrante preparado. “Protagonista inconsciente de uma comédia”. Nélson Hungria. • Crime impossível – Exclui a =picidade • Delito puta=vo – A =picidade não chega a exis=r Prof. André Queiroz FATO TÍPICO ILICITUDE CULPABILIDADE Conduta Estado de necessiade Imputabilidade Resultado Legí=ma defesa Potencial consciência da ilicitude Nexo causal Estrito cumprimento do dever legal Exigibilidade de conduta diversa Tipicidade Exercício regular de um direito Consen=mento do ofendido Prof. André Queiroz ILICITUDE Relação de contrariedade entre a conduta (fato rpico) e o ordenamento jurídico. • Ilicitude formal – norma penal • Ilicitude material – conduta an=-‐social INJUSTO PENAL – Conduta rpica + ilícita • Ilicitude genérica – fora do =po • Ilicitude específica – dentro do =po (exclui a própria =picidade). Art. 345 “salvo quando a lei permi=r”. Prof. André Queiroz • Ilicitude subje=va – somente pessoas imputáveis • Ilicitude obje=va – contrariedade • Ilicitude penal • Ilicitude extrapenal (lei 8137/90) Nomenclatura: Causas jus=ficantes Descriminantes Excludentes da ilicitude Causas permissivas ≠ Dirimentes Isento de pena Prof. André Queiroz • Concepção obje=va – contrariedade. • Concepção subje=va – conhecimento da situação jus=ficante. Causas supralegais de exclusão da ilicitude: 1. Consen=mento do ofendido 2. Princípio da adequação social 3. Princípio do balanço de bens Prof. André Queiroz Consen=mento do ofendido – Requisitos: 1. Expresso (presumido pode ser estado de necessidade) 2. Livre (sem ameaça ou coação) 3. Respeitar os bons costumes e a moral 4. Prévio (da consumação) 5. Agente plenamente capaz 6. Disponibilidade do bem jurídico ofendido • Consen=mento como causa excludente da =picidade Prof. André Queiroz ESTADO DE NECESSIDADE Art. 24 -‐ Considera-‐se em estado de necessidade quem pra=ca o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacriwcio, nas circunstâncias, não era razoável exigir-‐se. § 1º -‐ Não pode alegar estado de necessidade quem =nha o dever legal de enfrentar o perigo. § 2º -‐ Embora seja razoável exigir-‐se o sacriwcio do direito ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um a dois terços. Prof. André Queiroz TEORIA UNITÁRIA TEORIA DIFERENCIADORA Estado de necessidade Jus=ficante Sacriwcio de bem igual ou menor Exclui a ilicitude Exculpante Sacriwcio de bem maior Exclui a culpabilidade Inexigibilidade de conduta diversa Prof. André Queiroz Requisitos: 1. Perigo atual – efe=vo ou real. Não cabe no perigo futuro. 2. Não provocado voluntariamente pelo agente. Dolo ou culpa? 3. Direito próprio ou alheio 4. Ausência do dever legal de enfrentar o perigo • Commodus discessus • Proporcionalidade • Agressivo – ofensa a bem de terceiro inocente • Defensivo – ofensa ao bem de quem provocou o perigo Prof. André Queiroz• Real • Puta=vo • Recíproco Aborto necessário Art. 128 -‐ Não se pune o aborto pra=cado por médico: I -‐ se não há outro meio de salvar a vida da gestante; Art. 146 § 3º -‐ Não se compreendem na disposição deste ar=go: I -‐ a intervenção médica ou cirúrgica, sem o consen=mento do paciente ou de seu representante legal, se jus=ficada por iminente perigo de vida; II -‐ a coação exercida para impedir suicídio. Prof. André Queiroz Art. 150 § 3º -‐ Não cons=tui crime a entrada ou permanência em casa alheia ou em suas dependências: II -‐ a qualquer hora do dia ou da noite, quando algum crime está sendo ali pra=cado ou na iminência de o ser. • Estado de necessidade e aberra#o ictus • Furto famélico • Dificuldades financeiras Prof. André Queiroz LEGÍTIMA DEFESA Art. 25 -‐ Entende-‐se em legí=ma defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. • A=vidade exclusiva do ser humano • Ataque de animais • Ataque de mul=dões • Ataque de inimputável • Ataque de pessoa sem discernimento • Cabível em ação ou omissão • Não precisa ser criminosa a agressão (basta ser injusta) Prof. André Queiroz • Atual ou iminente • Direito próprio ou alheio, inclusive de pessoa jurídica ou feto • Reação com os meios necessários • Commodus discessus • Uso moderado e proporcionalidade • Requisitos obje=vos e subje=vos (vingança) • Duelo – ambos respondem • Agressiva – pra=ca fato rpico • Defensiva – o fato realizado é arpico • Própria ou de terceiro Prof. André Queiroz • Real • Puta=va • Excessiva (ou subje=va) • Sucessiva • Legí=ma defesa da honra a) Respeito pessoal b) Liberdade sexual c) Infidelidade conjugal • Legí=ma defesa de terceiros e seu consen=mento – indisponibilidade do bem protegido Prof. André Queiroz LD X LD LD X LDP LDP X LDP EN X EN LD X EN Prof. André Queiroz ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL Art. 23 -‐ Não há crime quando o agente pra=ca o fato: III -‐ em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito. • Resulta da lei • Compulsório • Limitado em sua execução • Dever legal de matar • Comunicabilidade aos parrcipes Prof. André Queiroz EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO • Limites legais • Faculta=vo • Pode se basear em costumes • Tipicidade conglobante • Testemunha de Jeová e intervenções cirúrgicas • Ofendículos – sempre visíveis a) legí=ma defesa preordenada b) exercício regular de um direito Prof. André Queiroz EXCESSO – Desnecessária intensificação 1. Doloso 2. Culposo 3. Acidental 4. Exculpante (alteração no ânimo do agente) • Intensivo ou extensivo Prof. André Queiroz CULPABILIDADE • Juízo de reprovabilidade da conduta. • Culpabilidde pelo fato realizado. 1. Teoria psicológica – vínculo psicológico. Dolo norma=vo. 2. Teoria psicológico-‐norma=va – vínculo e mo=vação moral. Análise da exigibilidade de conduta diversa. Dolo ainda norma=vo. 3. Teoria norma=va pura – Dolo e culpa vão para a conduta. Fica a potencial consciência da ilicitude. 4. Teoria limitada – Descriminantes puta=vas. Prof. André Queiroz FATO TÍPICO ILICITUDE CULPABILIDADE Conduta Estado de necessiade Imputabilidade Resultado Legí=ma defesa Potencial consciência da ilicitude Nexo causal Estrito cumprimento do dever legal Exigibilidade de conduta diversa Tipicidade Exercício regular de um direito Consen=mento do ofendido Prof. André Queiroz 5. Teoria funcional – Necessiadde da imposição de uma pena. • Co-‐culpabilidade – Desigualdades sociais. Atenuante inominada – art. 66 CP. Art. 66 -‐ A pena poderá ser ainda atenuada em razão de circunstância relevante, anterior ou posterior ao crime, embora não prevista expressamente em lei. Prof. André Queiroz Excludentes da culpabilidade Imputabilidade Menoridade Doença mental Desenvolvimento mental incompleto ou retardado Embriaguez acidental completa Potencial consciência da ilicitude Erro de proibição inevitável Exigibilidade de conduta diversa Coação moral irresisrvel Obediência herárquica à ordem não manifestamente ilegal Prof. André Queiroz 1. MENORIDADE – Critério biológico Art. 228. São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às normas da legislação especial. Art. 2º da lei 8.069/90 – Considera-‐se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade. Prof. André Queiroz Art. 98 da lei 8.069/90 – As medidas de proteção à criança e ao adolescente são aplicáveis sempre que os direitos reconhecidos nesta Lei forem ameaçados ou violados: I -‐ por ação ou omissão da sociedade ou do Estado; II -‐ por falta, omissão ou abuso dos pais ou responsável;III -‐ em razão de sua conduta. Prof. André Queiroz Art. 112. Verificada a prá=ca de ato infracional, a autoridade competente poderá aplicar ao adolescente as seguintes medidas (sócio-‐educa=vas): I -‐ advertência; II -‐ obrigação de reparar o dano; III -‐ prestação de serviços à comunidade; IV -‐ liberdade assis=da; V -‐ inserção em regime de semi-‐liberdade; VI -‐ internação em estabelecimento educacional; VII -‐ qualquer uma das previstas no art. 101, I a VI. • Emancipação civil • Crimes permanentes Prof. André Queiroz 2. DOENÇA MENTAL – Critério bio-‐psicológico Art. 26 -‐ É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-‐se de acordo com esse entendimento. Parágrafo único -‐ A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-‐se de acordo com esse entendimento. Prof. André Queiroz Art. 96. As medidas de segurança são: I -‐ Internação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico ou, à falta, em outro estabelecimento adequado; II -‐ sujeição a tratamento ambulatorial. Parágrafo único -‐ Ex=nta a punibilidade, não se impõe medida de segurança nem subsiste a que tenha sido imposta. Imposição da medida de segurança para inimputável Art. 97 -‐ Se o agente for inimputável, o juiz determinará sua internação (art. 26). Se, todavia, o fato previsto como crime for punível com detenção, poderá o juiz submetê-‐lo a tratamento ambulatorial. Prof. André Queiroz 3. DESENVOLVIMENTO MENTAL – Critério bio-‐psicológico a) Incompleto – silvícolas b) Retardado – síndromes Sistema vicariante e duplo-‐binário Absolvição imprópria Emoção (transitório) e paixão (duradouro) – 28, I Art. 65 -‐ São circunstâncias que sempre atenuam a pena: III -‐ ter o agente: c) come=do o crime sob coação a que podia resis=r, ou em cumprimento de ordem de autoridade superior, ou sob a influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da ví=ma; Prof. André Queiroz 4. EMBRIAGUEZ -‐ Total ou parcial FASES: a) Eufórica (macaco) b) Agitada (leão) c) Comatosa (porco) 1. Preordenada – circunstância agravante (61, II, l CP) 2. Voluntária -‐ SIM 3. Culposa -‐ SIM 4. Patológica – SIM. Pode caracterizar doença mental. 5. Caso fortuito -‐ NÃO 6. Força maior -‐ NÃO Prof. André Queiroz Prova da embriaguez: a) Laboratorial b) Clínico c) Testemunhal Art. 277 lei 9.503/97 – Todo condutor de veículo automotor, envolvido em acidente de trânsito ou que for alvo de fiscalização de trânsito, sob suspeita de dirigir sob a influência de álcool será subme=do a testes de alcoolemia, exames clínicos, perícia ou outro exame que, por meios técnicos ou cienrficos, em aparelhos homologados pelo CONTRAN, permitam cer=ficar seu estado. Prof. André Queiroz • Ac#o libera in causa Início da ingestão de bebida Embriaguez Crime OBS: Autoria mediata Prof. André Queiroz POTENCIAL CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE Erro de proibição (sobre a ilicitude do fato) ≠ desconhecimento da lei Art. 21 -‐ O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-‐la de um sexto a um terço. Parágrafo único -‐ Considera-‐se evitável o erro se o agente atua ou se omite sem a consciência da ilicitude do fato, quando lhe era possível, nas circunstâncias, ter ou a=ngir essa consciência. Prof. André Queiroz Art. 65 -‐ São circunstâncias que sempre atenuam a pena: II -‐ o desconhecimento da lei; 1. Direto – Não sabe que é crime 2. Indireto – Acha que está sob uma excludente 3. Mandamental – Não sabe que é agente garan=dor 4. De vigência • Teoria limitada e norma=va pura da culpabilidade Prof. André Queiroz EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA Art. 22 -‐ Se o fato é come=do sob coação irresisrvel ou em estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem. • Coação wsica irresisrvel – vis absoluta – exclui a conduta • Coação moral irresisrvel – vis compulsiva – exclui a culpabilidade • Coação moral resisrvel – atenuante genérica (art. 62, II) • Temor reverencial Prof. André Queiroz CONCURSO DE PESSOAS Art. 29 -‐ Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. REQUISITOS 1. Pluralidade de agentes culpáveis 2. Pluralidade de condutas 3. Relevância causal para o resultado 4. Unidade de infrações5. Liame subje=vo ≠ prévio ajuste 6. Existência de fato punível Prof. André Queiroz • Crimes plurissubje=vo ou de concurso necessário • Par=cipação inócua • Anterior à consumação • Teoria monista Art. 126 -‐ Provocar aborto com o consen=mento da gestante. Art. 235 -‐ Contrair alguém, sendo casado, novo casamento. Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete em processo judicial, ou administra=vo, inquérito policial, ou em juízo arbitral: Prof. André Queiroz Art. 343. Dar, oferecer ou prometer dinheiro ou qualquer outra vantagem a testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete, para fazer afirmação falsa, negar ou calar a verdade em depoimento, perícia, cálculos, tradução ou interpretação Art. 317 -‐ Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-‐la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem: Art. 333 -‐ Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-‐lo a pra=car, omi=r ou retardar ato de owcio: Prof. André Queiroz TEORIAS SOBRE AUTORIA: 1. Unitária – Não diferencia autor e parrcipe 2. Extensiva – Diversos graus de autoria 3. Dualista – Autor e parrcipe a) Obje=vo-‐formal – núcleo do =po b) Obje=vo-‐material – contribuição para o resultado c) Domínio final do fato – ampliação do conceito de autor • Autor intelectual – controle do crime • Autor mediato • Autoria colateral • Autoria de escritório – domínio funcional do fato • Teoria dos bens escassos – Classificação de Ordeig Prof. André Queiroz Art. 62 -‐ A pena será ainda agravada em relação ao agente que: I -‐ promove, ou organiza a cooperação no crime ou dirige a a=vidade dos demais agentes; II -‐ coage ou induz outrem à execução material do crime; III -‐ ins=ga ou determina a cometer o crime alguém sujeito à sua autoridade ou não-‐punível em virtude de condição ou qualidade pessoal; Art. 29 -‐ Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. § 1º -‐ Se a par=cipação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um terço. Prof. André Queiroz Art. 29 -‐ Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. § 2º -‐ Se algum dos concorrentes quis par=cipar de crime menos grave, ser-‐lhe-‐á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave. COOPERAÇÃO DOLOSAMENTE DISTINTA OU DESVIO SUBJETIVO ENTRE OS AGENTES Prof. André Queiroz • Co-‐autoria em crimes próprios e de mão-‐própria. • Executor de reserva – Fica à disposição • Co-‐autoria sucessiva • Co-‐autoria em crimes omissivos • Autoria por determinação – Mero instrumento. • Autoria de escritório – Líderes de organizações criminosas. Prof. André Queiroz A B C C A B Autoria mediata Co-‐autoria C A B SEM LIAME SUBJETIVO Autoria colateral Prof. André Queiroz Hipóteses de autoria mediata: 1. Uso de inimputável 2. Erro determinado por terceiro 3. Coação moral irresisrvel 4. Obediência hierárquica • Autoria colateral – sem liame subje=vo entre os agentes. • Autoria incerta – dúvida. • Autoria desconhecida – sem elementos probatórios. • Mul=dões – 65, III, e – Atenuante. Prof. André Queiroz Art. 30 -‐ Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime. Art. 31 -‐ O ajuste, a determinação ou ins=gação e o auxílio, salvo disposição expressa em contrário, não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado. PARTICIPAÇÃO IMPUNÍVEL • Cumplicidade – auxílio material. • Conivência – par=cipação omissiva em crimes comissivos. • Dissuasão – par=cipação comissiva em crimes omissivos. • Cumplicidade psíquica – análise do nexo causal. Prof. André Queiroz Teorias sobre a punibilidade do parucipe: 1. Acessoriedade mínima – Fato rpico 2. Acessoriedade limitada – Fato rpico + ilícito 3. Acessoriedade máxima – Fato rpico + ilícito + culpável 4. Hiperacessoriedade – Fato rpico + ilícito + culpável + punível • Induzir – par=cipação moral. Inculcar. • Ins=gar – par=cipação moral. Reforçar. • Auxiliar – par=cipação material -‐ Cúmplice • Incitação ao crime -‐ Art. 286 -‐ Incitar, publicamente, a prá=ca de crime. Prof. André Queiroz TEORIA DA PENA Prof. André Queiroz PRINCÍPIOS: 1. Reserva legal 2. Anterioridade 3. Personalidade 4. Inevitabiliade 5. Intervenção mínima 6. Humanidade 7. Proporcionalidade 8. Individualização Prof. André Queiroz Art. 5o da CR -‐ XXXIX -‐ não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem préviacominação legal; XLV -‐ nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido; XLVI -‐ a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes: a) privação ou restrição da liberdade; b) perda de bens; c) multa; d) prestação social alterna=va; e) suspensão ou interdição de direitos; Prof. André Queiroz XLVII -‐ não haverá penas: a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; b) de caráter perpétuo; c) de trabalhos forçados; d) de banimento; e) cruéis; XLVIII -‐ a pena será cumprida em estabelecimentos dis=ntos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado; Prof. André Queiroz XLIX -‐ é assegurado aos presos o respeito à integridade wsica e moral; L -‐ às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos durante o período de amamentação; Fundamentos da pena: 1. Retribuição – Forma de cas=go. 2. Reparação – Recompensa à ví=ma. 3. Denúncia – Prevenção específica. 4. Incapacitação – Exclusão do meio social. 5. Reabilitação – Reinserção social. 6. Dissuasão – Prevenção geral. Prof. André Queiroz Classificação das penas: 1. Priva=va de liberdade 2. Restri=va de direitos 3. Multa 4. Restri=va de liberdade 5. Corporal • Abolicionismo – Cifra negra da criminalidade • Teoria da lei e da ordem – Fixing the broken windows • Jus=ça restaura=va – Conciliação • Direito Penal do Inimigo • Direito penal do Feio Prof. André Queiroz SANÇÃO PENAL Penas Priva=va de liberdade Reclusão Detenção Prisão simples Restri=va de direitos Prestação pecuniária Perda de bens e valores Prestação de serviços à comunidade Interdição temporária de direitos Limitação de final de semana Multa Medida de Segurança Deten=va (internação em manicômio) Restri=va (tratamento ambulatorial) Prof. André Queiroz CONCURSO DE CRIMES 1. Sistema do cúmulo material 2. Sistema da exasperação 3. Sistema da absorção CONCURSO MATERIAL Art. 69 -‐ Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pra=ca dois ou mais crimes, idên=cos ou não, aplicam-‐ se cumula=vamente as penas priva=vas de liberdade em que haja incorrido. No caso de aplicação cumula=va de penas de reclusão e de detenção, executa-‐se primeiro aquela. Prof. André Queiroz § 1º -‐ Na hipótese deste ar=go, quando ao agente =ver sido aplicada pena priva=va de liberdade, não suspensa, por um dos crimes, para os demais será incabível a subs=tuição de que trata o art. 44 deste Código. § 2º -‐ Quando forem aplicadas penas restri=vas de direitos, o condenado cumprirá simultaneamente as que forem comparveis entre si e sucessivamente as demais. • Homogêneo ou heterogêneo Prof. André Queiroz CONCURSO FORMAL Art. 70 -‐ Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pra=ca dois ou mais crimes, idên=cos ou não, aplica-‐se-‐lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até metade. As penas aplicam-‐se, entretanto, cumula=vamente, se a ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos, consoante o disposto no ar=go anterior. • Homogêneo ou heterogêneo • Perfeito ou imperfeito Prof. André Queiroz CONCURSO MATERIAL BENÉFICO Art. 70 Parágrafo único -‐ Não poderá a pena exceder a que seria cabível pela regra do art. 69 deste Código. CRIME CONTINUADO Art. 71 -‐ Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pra=ca dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os subseqüentes ser havidos como con=nuação do primeiro, aplica-‐se-‐lhe a pena de um só dos crimes, se idên=cas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços. Prof. André Queiroz Mesma espécie: 1. Mesmo disposi=vo legal 2. Mesmo bem jurídico protegido • Unidade de desígnios. Súmula nº 711 STF A lei penal mais grave aplica-‐se ao crime con=nuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da con=nuidade ou da permanência. Prof. André Queiroz Súmula nº 497 STF Quando se tratar de crime con=nuado, a prescrição regula-‐se pela pena imposta na sentença, não se computando o acréscimo decorrente da con=nuação. Art. 119 -‐ No caso de concurso de crimes, a ex=nção da punibilidade incidirá sobre a pena de cada um, isoladamente. • Crime con=nuado ≠ Crime permanente Prof. André Queiroz Art. 71 Parágrafo único -‐ Nos crimes dolosos, contra ví=mas diferentes, come=doscom violência ou grave ameaça à pessoa, poderá o juiz, considerando a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os mo=vos e as circunstâncias, aumentar a pena de um só dos crimes, se idên=cas, ou a mais grave, se diversas, até o triplo, observadas as regras do parágrafo único do art. 70 e do art. 75 deste Código. Súmula nº 605 STF Não se admite con=nuidade deli=va nos crimes contra a vida. Prof. André Queiroz Multas no concurso de crimes Art. 72 -‐ No concurso de crimes, as penas de multa são aplicadas dis=nta e integralmente. Limite das penas Art. 75 -‐ O tempo de cumprimento das penas priva=vas de liberdade não pode ser superior a 30 (trinta) anos. § 1º -‐ Quando o agente for condenado a penas priva=vas de liberdade cuja soma seja superior a 30 (trinta) anos, devem elas ser unificadas para atender ao limite máximo deste ar=go. Prof. André Queiroz § 2º -‐ Sobrevindo condenação por fato posterior ao início do cumprimento da pena, far-‐se-‐á nova unificação, desprezando-‐ se, para esse fim, o período de pena já cumprido. Concurso de infrações Art. 76 -‐ No concurso de infrações, executar-‐se-‐á primeiramente a pena mais grave. Prof. André Queiroz
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