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PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS E PENAIS

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PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS E PENAIS
	PRINCÍPIO
	CONSEQUÊNCIA
	
Princípio da Dignidade da Pessoa Humana
	Penas proibidas: art. 5º, XLVII, da CF;
	
	a) prisão domiciliar concedida a paciente em grave estado de saúde (HC: 98.675 do STF);
	
	b) consumo de pequena quantidade de substância entorpecente (HC 94.685 do STF);
	
	c) deslocamento de competência federal para o julgamento do crime de plágio ou redução a condição análoga à de escravo (art. 149 do CP e CC 113.428/MG, STJ);
	
	d) reconhecimento da inconstitucionalidade da proibição de substituição da pena privativa de liberdade por pena alternativa no crime de tráfico ilícito de drogas (Lei 11.343/06, arts. 33, § 4º e 44 – HC 120.353-SP);
	
	e) Proibição de recolhimento do preso em contêiner (HC 142.513-ES);
	
	f) Concessão de regime albergue-domiciliar diante da ausência de Casa do Albergado na Comarca (TJRJ);
	
	g) trancamento de ação penal por crime de descaminho, fundada na insignificância da conduta e na subsidiariedade do direito penal, com reflexos na Dig. Pess. Humana (TRF 3ª R).
	
	
Princípio da Legalidade
	Previsão: Art. 5º, II, XXXIX, da CF e art. 1º do CP;
	
	
Funções:
	1) proibir a retroatividade da lei penal;
	
	
	2) proibir a criação de crimes e penas pelos costumes;
	
	
	3) proibir o emprego de analogia para criar crimes, fundamentar e agravar penas;
	
	
	4) proibir incriminações vagas e indeterminadas.
	
	Termo inicial de aplicação da lei penal: # de vigência e eficácia – “vacatio legis”;
	
	Medidas provisórias regulando matérias penais;
	
	Lei em sentido estrito : LO e LC. Art. 62, § 1º, inciso I, alínea “b”, da CF
	
	
Dimensões:
	1) Criminal: não há crime sem lei;
	
	
	2) Penal: não há pena sem lei;
	
	
	3) jurisdicional ou processual: não há processo sem lei;
	
	
	4) Execucional: não há execução sem lei;
	
	Garantias:
	a) lex scripta; b) lex Populi; c) lex certa; d) lex clara; e) lex determinada; f) lex ratio nabilis; g) lex stricta; h) lex praevia; i) lex sine iniuria.
	
	Aplicação às medidas de segurança e à execução penal;
	
	Fundamentos: princípio da isonomia e segurança jurídica;
	
	Competência legislar complementar – Césio 137, Década de 1980;
	
	
Jurisprudência:
	1) A vedação de combinação de leis penais (STF, RE 596.152);
	
	
	2) Interceptação não autorizada de sinal de TV a cabo não caracteriza furto, sob pena de analogia in malam partem (HC 97.261 - STF);
	
	
Princípio da Culpabilidade
	Fundamento: art. 1º, III e 5º, LVII, da CF;
	
	Princípio da responsabilidade penal subjetiva;
	
	Versari in re illicita: mera voluntariedade. Resquício: art. 3º da LCP;
	
	Teoria Pura da
Culpabilidade
	1) Imputabilidade – art. 26 e 28 do CP;
	
	
	2) Potencial consciência da Ilicitude – art. 21 do CP;
	
	
	3) Exigibilidade de Conduta Diversa – art. 22 do CP;
	
	Culpabilidade como medida da pena;
	
	
Reflexos:
	1) Proibição da responsabilidade penal objetiva;
	
	
	2) Proibição da imposição da pena sem os elementos da culpabilidade – arts. 21, 22 e 26 do CP;
	
	
	3) Outorga de relevância às modalidades de erro jurídico-penal como excludentes;
	
	
	4) Graduação da pena segundo o nível de censurabilidade do fato praticado.
	
	
Jurisprudência:
	STF: afastou uma acusação deduzida em face de administradores e controladores de instituição financeira, aos quais não se atribuiu nenhum comportamento específico e individualizado, configurando verdadeira responsabilidade penal objetiva (HC 84.580).
	
	Princípio da Retroatividade Benéfica da Lei Penal
	Fundamento: art. 5º, XL, primeira parte, da CF;
	
	Espécies:
	a) Irretroatividade da lei penal (regra);
	
	
	b) retroatividade da lei penal (exceção);
	
	Não se aplica às regras genuinamente processuais – art. 2º do CPP;
	Princípios
	Consequências
	
Princípio da Insignificância ou da Bagatela
Ex.: Caso do doce de caramelo.
	Origem: Claus Roxin;
	
	Natureza: causa de exclusão da tipicidade;
	
	
Vetores, STF:
HC 84.412/SP
	1) A ausência de PERICULOSIDADE social da ação;
	
	
	2) O reduzido grau de REPROVABILIDADE do comportamento;
	
	
	3) A mínima OFENSIVIDADE da conduta; e,
	
	
	4) a inexpressividade da LESÃO jurídica provocada.
	
	
Jurisprudência:
	Porte de drogas para consumo pessoal (justiça castrense – STF, HC 103.684);
	
	
	Descaminho e crimes contra a ordem tributária (art. 334, STF, HC 96.852);
	
	
	Roubo (inaplicabilidade – crime complexo: STF: HC 95.174);
	
	
	Crimes contra a Administração Pública (Informativo 624 do STF);
	
	
	Crime praticado por Prefeito Municipal (aplicação ao Decreto-Lei 201/67 – STF: HC 104.286/SP);
	
	
	Ato infracional (art. 103/112 da Lei 8069/90 – STF: HC 102.655);
	
	
	
Princípio Bagatela Imprópria:
 Exclui a CULPABILIDADE.
	1) ínfimo desvalor da culpabilidade;
	
	
	
	2) ausência de antecedentes criminais;
	
	
	
	3) reparação de danos;
	
	
	
	4) reconhecimento da culpa ou colaboração com a justiça.
	
	
	Furtos em continuidade delitiva (não: STF, HC 111.219);
	
	
	Registros criminais pretéritos (não: STF, HC 103.506);
	
	
	Furto cometido mediante ingresso subreptício em residência da vítima (NÃO: STF, HC 106.490).
	
	Princípio da Alteridade ou Transcendentalidade
	O direito penal somente pode incriminar comportamentos que produzem lesões a bens alheios. Ex.: consumo de drogas, individual, no interior da casa privada. Autolesão, para perdão dos pecados.
	
	
Princípio da Ofensividade ou Lesividade
	
Aplicação:
	a) Ninguém pode ser punido por aquilo que pensa;
	
	
	b) Não poderá punir aquelas condutas que não sejam lesivas a bens de terceiros. Exceção: art. 306 do CTB (crime de perigo abstrato).
	
	
	c) Impedir que o agente seja punido por aquilo que ele é (Direito Penal do Autor);
	
	
	d) Afastar as condutas desviadas que não afetem direito de terceiros
	
	
Princípio da Intervenção Mínima
	
Aplicação:
	Fundamento: art. 1º, III e 5º, caput, ambos da CF/88;
	
	
	Normas atentatórias: Estatuto do torcedor – nomonia ou nomorreia.
	
	
	Subsidiariedade: ultima “ratio”.
	
	
	Fragmentariedade: pequena parcela dos atos ilícitos 
	
	Princípio da Adequação Social
	
Aplicação:
	a) Casa de Prostituição – STF: HC 104.467/RS;
	
	
	b) Violação dos Direitos Autorais – Art. 184 do CP. DVDs piratas. STF, HC 98.898/SP.
	
	
Princípio do 
“ne bis in idem”
	
Aplicação:
	Vedação do duplo apenamento nos casos de extraterritorialidade da lei penal: a) Condicionada (não se aplica quando for absolvido ou cumprido a pena integralmente – art. 7º, II, § 3º, do CP) b) Incondicionada: atenuação da pena aplicada no exterior (genocídio praticado por brasileiro na África);
	
	
	Detração: desconto do tempo de prisão ou internação provisória, art. 42 do CP;
	
	
	Dosimetria da pena: homicídio contra vítima de 10 anos e agravante do art. 61, II, h, do CP;
	
	
	Aspecto Processual: a) exceção de litispendência (art. 95, V, do CPP; b) exceção de coisa julgada (art. 110 do CPP).
	
	
	Conflito Aparente de Normas: morte com 30 facadas. Não são 29 crimes de lesões corporais e 01 de homicídio.
	
	Princípio da Humanidade
	Proibição de tratamento desumano: art. 5º, XLVII, da CF.
	
	
Princípio da Proporcionalidade
	Fundamento: Art. 1º - Estado Democrático de Direito;
	
	
Desdobramento:
	1) Adequação – idoneidade da medida adequada;
	
	
	2) Necessidade – exigibilidade do meio adotado. Analisar: a) a proibição de excesso (beijo lascivo); e b) a vedação de proteção deficiente (corrupção não é hediondo; descriminalização do homicídio).
	
	
	3) Proporcionalidade em sentido estrito – comparação entre a conduta e o ato praticado.
	
	
Princípio da Individualização da Pena
	Fundamento: Art. 5º, XLVI,da CF;
	
	
Fases:
	a) Cominação – Legislativa;
	
	
	b) Aplicação – Julgador – art. 68 do CP;
	
	
	c) Execução – Juízo da execução – art. 5º da Lei 7.210/84;
	
	Crime Hediondo: ver Súmula Vinculante nº 26 do STF.
	
	Princípio da Responsabilidade Pessoal
	Pessoalidade/intranscendência: art. 5º, XLV, da CF.

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