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ADMINISTRAÇÃO II - ESTUDO REGIMENTAL

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LICITAÇÃO: procedimento de escolha da administração pública de uma proposta mais vantajosa para celebrar um contrato.
- LICITAÇÃO: faculdade para o particular e obrigação para o administrador. A administração compara propostas para escolher a mais vantajosa e eficiente economicamente.
- PRINCÍPIO DA MORALIDADE: não favorecimento daquele que será contratado. A oportunidade deve ser igual para os participantes da licitação.
- Art. 22, CF: compete privativamente à União legislar sobre normas gerais (principiológicas – União, Estado, Município, DF) de licitação e contratação para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais, e para as empresas públicas e sociedades de economia mista. A legislação específica é faculdade para os Estados e Municípios.
- Art. 37, CF: a administração pública direta e indireta dos poderes obedecerá ao LIMPE e nos casos especificados na lei, obras, serviços, compras e alienações serão contratadas por licitação pública igualitária entre os concorrentes cujas cláusulas regulem pagamento e condições da proposta em que serão exigidas as qualificações técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações. 
ADMINISTRAÇÃO DIRETA OBRIGATÓRIA: União, Estados, Municípios, DF e órgãos.
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA: autarquias, fundações governamentais, agências reguladoras e executivas, sociedades de economia mista e empresas públicas.
1. IMPORTANTE - SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA: PJ de direito privado que presta serviço público ou atividade econômica:
- SERVIÇO PÚBLICO: sem concorrência (supremacia), responsabilidade objetiva, imunidade tributária e licitação obrigatória por relacionar-se ao meio;
- ATIVIDADE ECONÔMICA: concorrência com particulares, responsabilidade subjetiva e licitação não obrigatória por relacionar-se com o objetivo (fim) da PJ.
2. FUNDAÇÃO GOVERNAMENTAL DE DIREITO PRIVADO: licitação obrigatória se relacionado ao meio.
3. ENTIDADES DE CLASSE: licitação obrigatória por serem autarquias (relacionadas ao meio).
4. OAB: não licita, não é autarquia.
5. ORGANIZAÇÕES NÃO GOVERNAMENTAIS: não são da administração indireta, mas são entidades privadas sem fins lucrativos que, licitam se receber verba pública.
6. SISTEMA “S” (SERVIÇO): entidades paraestatais ou serviços sociais autônomos; não são da administração pública; são entidades privadas mantidas por recurso tributário e licitam obrigatoriamente por seus regimentos.
PRINCÍPIOS (L.8.666/1993): Art. 3º: licitação destinada à garantia da isonomia, proposta mais vantajosa e promoção do desenvolvimento nacional, processada e julgada com base nos princípios LIMPE, probidade administrativa, vinculação ao instrumento convocatório, julgamento objetivo e correlações.
OBJETIVOS DA LICITAÇÃO: isonomia, proposta mais vantajosa, desenvolvimento nacional sustentável, publicidade, julgamento objetivo, vinculação ao instrumento convocatório, princípio da adjudicação compulsória, princípio dos sigilos das propostas.
1. ISONOMIA: disputa aberta por licitação não podendo haver distinção sob pena de nulidade.
2. PROPOSTA MAIS VANTAJOSA: eficiência pela proposta mais benéfica.
3. DESENVOLVIMENTO NACIONAL SUSTENTÁVEL: a licitada deverá contribuir para o meio ambiente, portanto, haverá concurso entre as empresas melhores equipadas.
4. PUBLICIDADE: sessões abertas ao público (controle e transparência) e divulgação dos atos por edital no DO (exceto a carta convite que não tem publicidade).
5. JULGAMENTO OBJETIVO: as propostas devem ser julgadas objetivamente conforme especificado em lei: menor preço, melhor técnica, melhor preço e técnica (para concurso de serviços intelectuais) e maior lance (licitação leilão).
6. VINCULAÇÃO AO INSTRUMENTO CONVOCATÓRIO: é o edital a lei mais importante da licitação.
7. PRINCÍPIO DA ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA: adjudicar é entregar, atribuir. A administração entrega o contrato ao vencedor. Por ser ato discricionário da Administração, a licitação fornece a mera expectativa de contratar à empresa e não o direito de ser contratada.
8. PRINCÍPIO DO SIGILO DAS PROPOSTAS: (art. 3º, § 3º, L.8.666/1993) o sigilo só é rompido na sessão de abertura dos envelopes.
IMPORTANTE – HIPÓTESES DA LICITAÇÃO (CONCURSO): dispensa e inexigibilidade de licitação (L.8.666/1993)
PECULIARIDADES:
- INEXIGIBILIDADE (art. 25): o que não constar no artigo, é despensa; é rol exemplificativo (analogia para deparar com inexibilidade); é ato vinculado (não licita e não escolhe).
- DISPENSA (art. 24): legislador pode dispensar e contratar sem licitação; é rol taxativo (não pode criar por ser ilegal – crime); é ato discricionário (conveniência e oportunidade).
INEXIBILIDADE
Art. 25: não exige licitação se a competição for inviável:
I – compra ou serviço por fornecedor exclusivo, vedada preferência de marca, com certificado de exclusividade por órgão credenciado;
II – serviços técnicos singular e diferenciado com aqueles de notória especialização, vedada a inexigibilidade para publicidade e divulgação;
III – profissional artístico consagrado pela crítica especializada ou opinião pública;
§ 1º. Notória especialização.
§ 2º. Se superfaturamento, responsabilidade solidária pelo dano à Fazenda Pública pelo fornecedor e o agente público responsável.
DISPENSA:
Principais incisos, mais comuns:
- Art. 24: é dispensável a licitação:
a) QUANTO AO VALOR DO CONTRATO: I e II – obras e serviços de engenharia até 10% (15 mil) e compras ou outros serviços até 10% (8 mil); não compensa licitar devido ao baixo valor. § 1º - hipótese de dispensa dobra (30 mil e 16 mil) somente para consórcio público, agência executiva, sociedade de economia mista, empresa pública, autarquia e fundação qualificadas.
b) QUANTO AO OBJETO DO CONTRATO: XII – bens perecíveis têm dispensa temporária, ou seja, enquanto a licitação estiver em andamento.
c) QUANTO À PESSOA CONTRATADA: XIII, XX e XXVII – instituição de pesquisa, ensino, desenvolvimento, recuperação social de inquestionável reputação e sem fins lucrativos; associação de portadores de deficiência, sem fins lucrativos e idônea por órgãos ou entidades públicas para servir desde que o preço seja compatível com o mercado; reciclagem ou reutilização por associações ou cooperativas exclusivas de PF de baixa renda reconhecidas, equipadas conforme as normas técnicas, ambientais e de saúde pública. Visa incentivar a proteção aos deficientes e ao meio ambiente com contratações eventuais sem licitação.
d) QUANTO À SITUAÇÃO EXCEPCIONAL: III, IV e V – guerra ou grave perturbação da ordem; emergência ou calamidade pública, urgência para segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e bens (públicos ou não), não podendo superar 180 dias, devendo ser fato notório e não precisa ser público.
IMPORTANTE (CONCURSO)
- LICITAÇÃO DESERTA: se não houver interessados, pela lei, a administração pode justificar e contratar sem licitação.
- LICITAÇÃO FRACASSADA OU FRUSTRADA: quando há desclassificação por não preencherem requisitos do edital ou inabilitados por documento irregular, não há dispensa, mas a lei oportuniza (8 dias úteis) para saneamento. Não saneado, extingue-se a licitação e abre-se uma nova.
MODALIDADES DE LICITAÇÃO: concorrência, tomada de preços e convite (relacionados ao valor), concurso, leilão (Art. 22 e ss de L.8.666/1993), pregão (L.10.520/2002) e Regime Diferenciado de Contratação (RDC – L.12.462/2011).
1. CONCORRÊNCIA: contratos de valor alto (maior vulto). Obras e serviços de engenharia superior a 1.5 milhão e compras e outros serviços acima de 650 mil. Permite qualquer candidato, preenchidos os quesitos do edital. Sem preconcorrência e grande publicidade. Obrigatoriedade de concorrência para: concessão de serviço público; parceria pública-privada (PPP); alienação de bem imóvel; licitação internacional.
2. TOMADA DE PREÇOS: contratos de valor mediano (médio vulto). Obras e serviços de engenharia até 1.5 milhão e compras e outros serviços até 650 mil. Cadastramento prévio ou certificado de registro cadastral (banco de dadosde fornecedores com validade de 1 ano e que podem participar das licitações por documentos já aprovados no cadastro) ou, sem cadastro prévio, mas apresentando documentos necessários até 3 dias antes do recebimento da proposta.
3. CONVITE: contratos de pequeno valor (pequeno vulto). Obras e serviços de engenharia até 150 mil e compras e outros serviços até 80 mil. Sem edital publicado (dispensado por lei), mas com carta convite afixada no prédio de onde será feita a licitação. A carta convite é expedida; pela lei, a administração é livre para convidar, pelo menos, 3 interessados do ramo, ou, participa sem convite quem tem cadastro prévio (certificado de registro) ou manifestar sua intenção de participação até 24 horas antes. No caso de expedição dos convites houver manifestação de desinteresse justificado (art. 22, § 7º), a administração pode contratar.
4. CONCURSO: para escolher trabalho técnico, artístico ou científico (concorrentes regulamentados), cujo vencedor será premiado ou remunerado pela administração.
5. LEILÃO (art. 19): há alienação de bens móveis inservíveis, legalmente apreendidos ou penhorados (na verdade é empenhado, garantia, penhor) e a venda por leilão. Inclui-se os semoventes.
IMPORTANTE – REGRA: bem imóvel por concorrência. EXCEÇÃO: imóvel adquirido por dação em pagamento ou processo judicial. A administração opta por alienar por concorrência ou leilão.
6. PREGÃO (L.10.520/2002): moda atual cuja regra é o meio eletrônico que serve para aquisição/compra de bens ou serviços comuns sem valor determinado. O que importa é o objeto do contrato. Bem comum são facilmente descritos e encontrados no mercado; serviço comum quando não é técnico/especializado (técnicos no art. 13, L.8.666/1993).
NÃO PREGOA: obra, serviço de engenharia, advocacia (discutível), alienação de bens.
7. REGIME DIFERENCIADO DE CONTRATAÇÃO (RDC – L.12.462/2011): normas para contratar obras e serviços desportivos: copa das confederações, olimpíadas e paraolimpíadas, obras e serviços aeroportuárias (cidades a 350km da cidade sede dos eventos).
PROCEDIMENTOS DA LICITAÇÃO:
1. CONCORRÊNCIA (L.8.666/1993): fase interna (administração) e externa (edital, habilitação, julgamento e classificação das propostas, homologação e adjudicação).
a) FASE INTERNA: da administração onde os interessados não participam por se tratar de atos de preparação da licitação. A comissão licitatória é composta por 3 membros, sendo 2 servidores públicos permanentes; mandato de 1 ano.
b) FASE EXTERNA: participação dos interessados: edital, habilitação, julgamento e classificação das propostas, homologação e adjudicação. Não podem ser invertidas sob pena de nulidade absoluta.
- EDITAL: início com publicação no DO (1 vez) e conhecimento das regras competitivas; se municipal, estadual ou distrital, deve ser publicado também em jornal de grande circulação. A publicação com prazo antecedente mínimo de 30 dias para concorrência (menor preço) e 45 dias para concorrência técnica (preço e técnica). Edital impugnado pelo cidadão até 5 dias úteis antes do início do procedimento e participante até 2 dias, impedindo a administração seguir fase até saneamento.
- HABILITAÇÃO: comissão licitatória abre envelopes com documentos dos participantes. Concorrência: 2 envelopes por participante (documentos e proposta rubricados) e verificação de possibilidade de cumprimento financeiro do contrato e de documentação exigida. Quando documentação irregular, são inabilitados sem concessão de prazo para retificar e sem verificação do conteúdo pela administração. Para o inabilitado cabe recurso administrativo com efeito suspensivo.
- JULGAMENTO E CLASSIFICAÇÃO DAS PROPOSTAS: comissão licitatória verifica envelopes e propostas dos habilitados, julga conforme edital e elabora lista classificatória. Cabe recurso administrativo e mandado de segurança com efeito suspensivo.
- HOMOLOGAÇÃO: não compete à comissão, mas à autoridade competente que avalia o procedimento licitatório quanto à nulidade, fato superveniente passível de revogação e aprova.
- ADJUDICAÇÃO: (favorecer) não compete à comissão, mas à autoridade competente que atribui o objeto de contrato ao licitante vencedor (sem obrigação contratual da administração). Princípio da adjudicação compulsória; ato discricionário; expectativa de contrato.
2. TOMADA DE PREÇOS: interna e externa; mesmo procedimento da concorrência (edital, habilitação, julgamento e classificação das propostas, homologação e adjudicação), no entanto, precisa de habilitação do interessado que se cadastrar durante o procedimento. Precadastrado já está habilitado. Prazo do edital é de 15 dias antecedentes. Melhor técnica, preço ou técnica é de 30 dias.
3. CONVITE: interna e externa; mesmos procedimentos da concorrência (habilitação, julgamento e classificação das propostas, homologação e adjudicação), no entanto, muda o prazo e não tem edital. A carta convite é afixada com antecedência de 5 dias úteis (no mínimo). Não há habilitação por se tratar de convidados da administração (convidado ou cadastrado, procedimento simples).
4a. PREGÃO PRESENCIAL (L.10.520/2002):
a) FASE INTERNA: do pregoeiro oficial ou servidor designado (pode ser auxiliado por equipe de apoio) sem participação dos interessados por ser fase de elaboração do edital.
b) FASE EXTERNA: edital publicado 1 vez no DO ou jornal de grande circulação, facultada a publicação em sites eletrônicos (edital, julgamento e classificação das propostas, habilitação, adjudicação e homologação).
- EDITAL: publicação com antecedência mínima de 8 dias úteis.
- JULGAMENTO E CLASSIFICAÇÃO DAS PROPOSTAS: na presença dos interessados, abre as propostas, julga, classifica e julga o vencedor. Ocorre: proposta escrita e lance verbal (vencedor com menor valor; pelo menos 3 melhor classificados apresentam proposta com 10% acima do menor valor e dão um lance verbal para reduzir ainda mais o menor preço).
- HABILITAÇÃO: abre somente o envelope de documentos do vencedor que, estando irregular, passa-se para o segundo colocado e assim sucessivamente, cabendo manifestação no ato da interposição do recurso (3 dias úteis após) e não tem efeito suspensivo.
- ADJUDICAÇÃO: (favorecer) passa para a autoridade competente.
- HOMOLOGAÇÃO: passa para a autoridade competente.
- A inversão da ordem possibilita que o pregão agilize a escolha para a administração, ou seja, escolhe o vencedor e depois verifica documentação.
4b. PREGÃO ELETRÔNICO (Dec.5.450/05)
- REALIZADO PELA INTERNET (preferência referida pela União). Para participar de qualquer pregão, os interessados devem se cadastrar gerando uma chave de identificação (senha pessoal e intransferível). O edital será obrigatoriamente publicado no DO e no site com 8 dias úteis de antecedência (edital, julgamento e classificação das propostas, habilitação, adjudicação e homologação).
- PROCEDIMENTO: horário designado para acesso ao site; pregoeiro dá o prazo para os lances vistos em tempo real, mas sem identificação; pregoeiro escolhe o menor preço (lance) e não há limite de valor; no site há acesso para recorrer (3 dias após); segue-se para habilitação, adjudicação e homologação.
- OBJETIVO: pregão criado para agilizar procedimento; misto de proposta escrita e lance verbal resultando em economia aos cofres públicos; mecanismo preventivo de fraude licitatória por evitar conluio presencial.
5. RDC – Regime Diferenciado de Contratação (L.12.462/2011)
- ADIN 4.655 e 4.645 questionam tal procedimento como inconstitucional sob os seguintes âmbitos: (edital, julgamento e classificação das propostas, habilitação, adjudicação e homologação)
- CARACTERÍSTICAS: inversão das fases (julga e habilita = pregão); quando pode inverter tem que justificar; preferível eletronicamente devido à simplicidade e rapidez; precisa de lei própria para regular o pregão no RDC (ainda não tem lei).
- INCONSTITUCIONALIDADE: no sigilo orçamentário até o final da licitação (sem acesso do cidadão), fato que viola o princípio da publicidade; apesar da ADIN, entende-se quesem sigilo orçamentário pode haver aumento dos valores das propostas e, portanto, o sigilo pode favorecer à administração por ser técnica de negociação:
- Art. 6º: orçamento estimado para contratar, será público após final da licitação sem prejuízo da divulgação das informações das propostas.
- Art. 15: ampla publicidade aos procedimentos licitatórios e prequalificação por lei, salvo informações de sigilo imprescindível para segurança social e estatal...
- OBJETIVO: bens ou serviços e obras no mesmo valor estipulado para convite (tende valor baixo). A lei dispensa publicação do edital no DO (só no site). É discutida a inconstitucionalidade por dispensa do DO por ser tradicional aos atos públicos.
- POSSIBILIDADE DE MULTIADJUDICAÇÃO: prerrogativa do RDC contratar mais de uma empresa para a mesma obra ou serviço (rapidez), exceto quando engenharia.
- CONTRATAÇÃO INTEGRADA: a administração escolhe uma empresa para projetar e executar a obra (mesma empresa para os dois atos ao mesmo tempo). A lei exige duas licitações distintas. A inconstitucionalidade relaciona-se à restrição competitiva.
ANULAÇÃO E REVOGAÇÃO DA LICITAÇÃO
- Art. 49, L.8.666/1993: a autoridade competente para aprovar a licitação poderá: revogar somente se for de interesse público decorrente de fato superveniente, devendo ser comprovado e justificado; anular de ofício ou provocado por terceiros, mediante parecer escrito e fundamentado.
- ANULAÇÃO: ato ilegal, fase ou todo procedimento (vício). Não cabe indenização à administração, mas deverá ser restituído o que a empresa fez até a anulação (senão, enriquecimento ilícito). Art. 59: declarada nulidade contratual, retroage e impede os efeitos jurídicos futuros e desconstitui os já produzidos.
- REVOGAÇÃO: ato legal, fato total superveniente (inconveniente ou inoportuno) ao interesse publico mediante justificativa. Prejuízos comprovados devem ser indenizados.
CRIMES DA L.8.666/1993:
- Art. 89: dispensar ou inexigir licitação fora das hipóteses previstas em lei ou não seguir as formalidades da dispensa ou da inexigibilidade. Pena de detenção de 3-5 anos e multa.
- AÇÃO PENAL: é proposta pelo MP a ação incondicionada, mas, se perder prazo, caberá a condicionada subsidiária da pública.
PARTICIPAÇÃO DE ME E EPP
- Art. 170, IX, CF: ordem econômica com favorecimento às EPPs sediadas no país para valorização do trabalho humano e livre iniciativa que assegure a dignidade a todos, conforme as leis brasileiras.
- Art. 179, CF: União, Estados, DF e Municípios darão tratamento jurídico diferenciado às MEs e EPPs como incentivo pela simplificação ou redução legais das obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias
- L.Compl. 123/2006: estatuto das MEs e EPPs.
PROCEDIMENTO DIFERENCIADO E FAVORECIMENTO (ME E EPP):
- Geram mais empregos e movimentam mais a renda.
- Não competem em pé de igualdade com uma grande empresa (CF: desiguala para igualar).
- RECEITA BRUTA: ME 360 mil e EPP de 360 mil a 3.600 milhões.
- BENEFÍCIOS:
a) Licitação com empate entre ME/PP X grande empresa: empate real (mesmo valor = ME/EPP preferencial); empate ficto (# até 10% = mesmo valor; há nova proposta e vence o menor valor).
b) ME/EPP irregular fiscalmente, pode participar da licitação; sendo vencedora, a administração concede prazo para regularizar documentos.
CONTRATOS ADMINISTRATIVOS (L.8.666-1993)
- Art. 37, XXI, CF: a administração pública direta e indireta obedecerá aos princípios LIMPE e, ressalvados especificações legais, obras, serviços, compras e alienações serão contratados por licitação pública assegurada a igualdade condicional, com cláusulas obrigacionais de pagamento, efetivação da proposta, permitindo as exigências técnica e econômica indispensáveis.
- Art. 22, XXVII, CF: compete legislativamente à União legislar sobre normas gerais licitatórias e contratuais para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais, empresas públicas e sociedades de economia mista.
- IMPORTANTE - CONCEITO: contrato administrativo é o ajuste celebrado entre a administração e uma PF ou PJ para atender o interesse coletivo, sempre regido por um regime jurídico necessariamente público, celebrado em posição de supremacia. Contrato da administração pseudoigualdade (administração = particular).
- EXEMPLOS: concessão de serviço público, parceria pública privada e contrato de gestão.
- CARACTERÍSTICAS DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS: 
1. SUPREMACIA DA ADMINSITRAÇÃO: sempre em posição de supremacia.
2. CONTRATOS DE ADESÃO: Regra: não discute cláusulas impostas pela administração que visam o interesse público. Exceção: cláusulas econômico-financeiras não se alteram sem concordância do contratado, conforme art. 58, § 1º, L.8.666/1993.
3. CONTRATOS INTUITU PERSONAE OU PERSONALÍSSIMOS: não veda a subcontratação como ocorre nos contratos de obra.
4. FORMALISMO: os contratos são formais, possuem forma definida e estão sujeitos condicionalmente para sua validade. Regra: celebrados de forma escrita. Exceção: compra à vista não superior a 4 mil, dispensa licitação e contrato escrito, conforme art. 60, p. único.
5. BILATERALIDADE: obrigações recíprocas.
6. MUTALIDADE: o interesse público é dinâmico e os contratos acompanham as mudanças, portanto, estão sujeitos à mutabilidade no decorrer de sua execução. Não se aplica o pacta sunt servanda (pacto das obrigações). A administração deve se adequar ao interesse público e a mutabilidade se refere ao equilíbrio econômico-financeiro do contrato. Exemplo: asfaltamento da segunda via, insere-se o valor no contrato.
7. PRESENÇA DE CLÁUSULAS EXORBITANTES: são cláusulas que expressam a supremacia da administração nos contratos administrativos de forma implícita e previstas legalmente. A administração não precisa fazer constar tais cláusulas, mas está autorizada porque visam o interesse público. Não se tratam de cláusulas abusivas ou leoninas, são previstas na lei, porém, não existem num contrato entre particulares, são típicas do Direito Público.
 - Art. 58, L.8.666/1993: MUTABILIDADE. O regime jurídico administrativo confere prerrogativa à Administração: modificação unilateral para adequar o interesse público respeitados os direitos contratuais; rescisão unilateral em casos específicos; fiscalização da execução; sanção motivada por inexecução; quando serviços essenciais, ocupar bens móveis, imóveis, pessoal e serviços vinculados ao contrato, na hipótese de apuração de faltas pelo contratado e na hipótese de rescisão. §§ 1º e 2º. Cláusulas econômico-financeiras e monetárias não poderão ser alteradas sem concordância do contratado e deverão ser revistas para manter equilíbrio contratual.
- Art. 56, § 1º, I, II e III: EXIGÊNCIA DE GARANTIA. A critério da autoridade competente, desde que prevista no instrumento convocatório, poderá exigir prestação de garantia nas contratações de obras, serviços e compras, cabendo ao contratado optar por: caução em dinheiro ou em títulos da dívida pública escriturados, registrados no sistema de liquidação e custódia do Banco Central do Brasil e avaliados pelos seus valores, conforme o MF; seguro-garantia; fiança bancária.
- MODIFICAÇÃO UNILATERAL DOS CONTRATOS: devido à mutabilidade, a administração pode alterar unilateralmente e justificadamente a quantidade respeitando o equilíbrio econômico-financeiro (até 25% nas obras, serviços ou compras e até 50% no particular com reforma de edifício ou equipamento), conforme o art. 65, § 1º.
- RESCISÃO UNILATERAL DOS CONTRATOS: a administração pode rescindir unilateralmente sem anuência do contratado quando: inadimplemento do contratado, cabendo indenização à administração se houver prejuízo; interesse público devido à conveniência, cabendo indenização ao contratado se houver prejuízo.
- FISCALIZAÇÃO DO OBJETO CONTRATUAL: dever e direito da administração através de nomeação de um fiscal para a execução do contrato.
- APLICAÇÃO DE SANÇÕES: advertência, multa, pena de suspensão de participação em licitação e declaração de inidoneidade. Tem garantia docontraditório e ampla defesa, senão, sanção nula.
- OCUPAÇÃO TEMPORÁRIA: sanção temporária para serviços essenciais (que não pode parar) devido ao princípio da continuidade. Utilizado quando detectado falha num serviço sujeito à continuidade. A administração ocupa os bens, os serviços, as máquinas e servidores temporariamente até apuração da infração e/ou até novo contrato. Exemplo: água, transporte, energia elétrica, saúde.
MUTABILIDADE E TEORIA DOS RISCOS
- ÁLEA: contrato aleatório, sujeito a riscos. Contrato sinalagmático são aqueles que impõem obrigações recíprocas.
a) RISCOS OU ÁLEAS ORDINÁRIAS: risco comum e previsível a qualquer empreendimento.
b) RISCOS OU ÁLEAS EXTRAORDINÁRIAS: risco imprevisível e desconhecido das partes que ocorrem no curso da execução contratual. Caso fortuito e força maior há rescisão contratual e ressarcimento dos prejuízos comprovados para o contratado, conforme art. 79, § 2º, L.8.666/1993.
c) RISCO OU ÁLEAS ADMINISTRATIVAS: riscos relacionados direta ou indiretamente à administração:
- ALTERAÇÃO UNILATERAL DO CONTRATO: relacionado à cláusula exorbitante. É a possibilidade da administração alterar o contrato, com equilíbrio econômico-financeiro.
- FATO DO PRÍNCIPE – IMPORTANTE: ato normativo dirigido à coletividade, emanado pelo poder público que não é parte no contrato, mas no contrato repercute indiretamente por autoridade. Exemplo: obra em execução (entre município e empresa), um decreto da União determina a restrição da importação de um produto imprescindível para a obra e interfere diretamente na execução do contrato. Ato executivo de autoridade pública estranha ao contrato e que impede a sua execução. Intervenção do poder público que impede a execução do contrato. Há responsabilidade objetiva extracontratual da administração. Cabe indenização.
- FATO DA ADMINISTRAÇÃO: ação ou omissão da administração parte do contrato e que desequilibra economicamente, prejudicando a execução do contrato. A administração viola as cláusulas contratuais por ação ou omissão. Exemplo: desapropriação necessária para realizar obra, mas a administração não desapropria.
- ÁLEAS ECONÔMICAS – IMPORTANTE: fator inevitável, imprevisível, estranho à vontade das partes que causa onerosidade excessiva ao contratado desiquilibrando econômica e financeiramente (ocorrência desconhecida na execução do contrato). É preciso rever o contrato com base na teoria da imprevisão (rebus sic stantibus = enquanto as coisas permanecem iguais) que permite a revisão das cláusulas se houver mudanças após a contratação.
PONTOS IMPORTANTES:
FATO DO PRÍNCIPE E FATO DA ADMINSITRAÇÃO: fato do príncipe ocorre ato normativo do poder público estranho ao contrato; fato da administração ocorre ação ou omissão da administração parte no contrato.
INADIMPLEMENTO DA ADMINISTRAÇÃO: por inadimplemento, o contratado não pode parar totalmente o serviço público que está executando. Mas, conforme o art. 78, L.8.666/1993: com atraso superior a 90 dias pela administração por trabalho parcial ou total dá ao contratado o direito de rescindir ou suspender a execução. Mas, se calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra, o contratado pode suspender a execução até normalizar a situação. Exceptio non adimpleti contractus: o art. 476, CC, não permite a alegação de defesa de contrato não cumprido, ou seja, nos contratos bilaterais os contratantes não podem exigir o implemento do outro antes de cumprir a sua obrigação.
CASO FORTUITO E FORÇA MAIOR X ÁLEAS ECONÔMICAS: no caso fortuito e força maior o contrato extingue; na álea econômica o contrato é cumprido, mas há revisão das cláusulas contratuais.
EXTINÇÃO DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
- ANULAÇÃO: quando há ilegalidade. O contratado recebe pela execução até a declaração da anulação, conforme art. 59, L.8.666/1993.
- RESCISÃO: é decisão unilateral da administração (cláusula exorbitante), porém, há o direito do contratado pelo contraditório e ampla defesa. Rescisão por inadimplência: violação pelo contratado de cláusula contratual e cabe indenização. Rescisão por interesse público: mérito, conveniência ou oportunidade do interesse público e cabe indenização ao contratado.
CONCURSOS: Lei de Concessão de Serviço Público (muda a nomenclatura) – Lei 8.987/95:
- CADUCIDADE: rescisão contratual unilateral por inadimplemento, na concessão (L.8.987/1995).
- ENCAMPAÇÃO: extinção contratual por interesse público, na concessão (L.8.987/1995).
- DE PLENO DIREITO: extinção contratual automático, sem formalidade. Exemplo: caso fortuito ou força maior; morte do contratado sem previsão de herdeiros para continuidade.
- AMIGÁVEL OU DISTRATO: a administração e o contratado resolvem findar o contrato.
- JUDICIAL: decretada pelo juiz em ação obrigatoriamente proposta pelo contratado e facultativamente pela administração (por ter poder de rescisão unilateral).
PRAZO DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS:
- REGRA: contrato administrativo SEMPRE tem prazo DETERMINADO.
- REGRA GERAL: os contratos têm prazo respectivo ao crédito orçamentário (1 ano = exercício financeiro), conforme art. 57, caput, L.8.666/1993.
- EXCEÇÕES:
- Previsão no plano plurianual que são prorrogados quando interesse administrativo e previsto no ato convocatório (conforme art. 57, I, L.8.666/1993);
- Contratos de prestação de serviços de forma contínua que poderão ser prorrogados para obter preços e condições vantajosas para a administração até 60 meses (conforme art. 57, II, L.8.666/1993);
- Contratos de aluguel de equipamento ou programas de informática prorrogável até 48 meses da vigência contratual (conforme art. 57, IV, L.8.666/1993).
- Contratos de concessão de serviço público: concessão é transferência de responsabilidade. Sempre com prazo determinado, porém, dilatado devido: alto investimento e demora do retorno investido pelo contratado; em regra, estes contratos não são remunerados pela administração e sim pelos usuários dos serviços através de tarifas, então, sem onerar os cofres públicos, os prazos não precisam coincidir com os créditos orçamentários (L.8.987/1995).
- Parceria pública privada – PPP: prazo estabelecido por lei entre 5 e 35 anos (L.11.109/1995).
CONVÊNIO E CONSÓRCIO
L.11.107/2005 – Lei dos consórcios públicos
CONVÊNIO E CONSÓRCIO X CONTRATO:
No convênio e consórcio as partes se unem com o objetivo comum não havendo vantagem de um sobre o outro. No contrato, cada qual visa o seu interesse, caracterizando partes distintas.
- INTERESSES OPOSTOS: a administração tem uma intenção e o contratado tem outra. Exemplo: prestar serviço X lucro.
- INTERESSES CONVERGENTES: opostamente à divergência, segue para a mesma direção, ou seja, convênios e consórcios têm o mesmo interesse.
- CONVÊNIOS E CONSÓRCIOS: existem partícipes ou colaboradores para realizar um interesse comum.
- OBSERVAÇÃO: na doutrina havia discussão sobre consórcio e convênio ser contratual, mas a lei menciona expressamente o contrato de serviço público e ambos possuem natureza contratual.
DISTINÇÃO ENTRE CONVÊNIO E CONSÓRCIO (Hely Lopes)
CONVÊNIO é um ajuste entre entidades da administração pública de natureza diferente. CONSÓRCIO é o ajuste entre entidades da administração de mesma natureza.
Art. 241, CF. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disciplinarão por meio de lei os consórcios públicos e os convênios de cooperação entre os entes federados, autorizando a gestão associada de serviços públicos, bem como a transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade dos serviços transferidos.
- ???????? Com essa lei editada, a definição/distinção perdeu seu sentido. Essa distinção tradicional perdeu um pouco seu sentido. Posso ter consórcios entre entes de mesma natureza ou natureza diferente.
- TODO CONSÓRCIO que for realizado pelos entes da ADMINISTRAÇÃO dão origem a uma PJ própria, era essa segurança que faltava nesses convênios e consórcios. Toda vez que houver um consórcio público, regido pela lei especial, essa união dos entescria uma PJ própria, e é ela quem se responsabiliza por todas as obrigações decorrentes desse consórcio/convênio. Forma-se uma PJ só para cumprir o objetivo desse consórcio/convênio.
- CONFORME A LEI pode ser: PJ DE DIREITO PÚBLICO (Associação Pública) e integra os quadros da Administração Indireta (como autarquia). Ou uma PJ DE DIREITO PRIVADO (Associação Civil) regida pelo Código Civil.
- PARA CELEBRAR UM CONSÓRCIO/CONVÊNIO existem requisitos próprios:
1. PROTOCOLO DE INTENÇÃO: os entes consorciados assinarão um protocolo de intenção, declaram que futuramente têm a intenção de celebrar um consórcio. O protocolo não obriga a celebração de um futuro consórcio, podem ou não celebrar o consórcio posteriormente. Deve ser publicado no Diário Oficial de cada ente envolvido;
2. É NECESSÁRIA UMA LEI, aprovada por cada ente que assinou o protocolo e que vai ratificar aquele protocolo; pode ratificar no todo ou em parte. Enquanto existir essa pessoa jurídica ela é que é responsável. Se extingui-la são os entes que deverão ser acionados solidariamente.
INTERVENÇÃO DO ESTADO NA PROPRIEDADE
ANTES DE 1988: as questões relativas à propriedade eram regidas pelo Código Civil de 1916. O Direito de Propriedade tinha um caráter absoluto. O proprietário poderia fazer da coisa o que bem quisesse. Esse direito absoluto acabou com a CF de 1988.
- Art. 5º - CF: XXII - é garantido o direito de propriedade; XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;
- Propriedade: com a função social, o direito de propriedade não tem mais caráter absoluto, apesar de ser garantido constitucionalmente. Seu uso não pode trazer mal-estar social (sanção constitucional).
- Função social: os parâmetros da função social constam na Constituição. A CF não define propriamente o que é função social, mas dá parâmetros.
PROPRIEDADE URBANA:
- Art. 182 - CF. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes. § 2º - A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor.
- Plano Diretor da Cidade: é uma lei Municipal que deve ser editada por Municípios com mais de 20 mil habitantes. A responsabilidade por sua elaboração é da Câmara dos Vereadores e visa elaborar o plano de expansão e crescimento da cidade de forma ordenada e sustentável e pode variar de um município para outro.
 - Sanção pela CF: Art. 182, §4º: É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente... São sanções sucessivas: aplica a primeira sanção, não cumprindo aplica a segunda e, se ainda assim não cumprir, aplica a terceira, uma por vez:
I - parcelamento ou edificação compulsórios: a primeira sanção é o parcelamento da propriedade ou a edifique. Haverá notificação e um prazo para apresentar projeto de edificação ou parcelamento do solo urbano que não está sendo devidamente utilizado. Se notificado e não cumpriu a determinação, aplica-se a segunda sanção.
II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo: o Poder Público faz a cobrança de um IPTU progressivo no tempo (alíquota progressiva), aplicada para forçar o cumprimento da determinação, não podendo ultrapassar 5 anos sem chegar ao ponto de perder o bem. Não cumprido, aplica-se a terceira sanção.
III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais. TDP: por determinação legal, há desapropriação sanção ou extraordinária que não é paga em dinheiro por ser sanção pelo bem público devido ao descumprimento da função social da propriedade.
- OBSERVAÇÃO: esses títulos da dívida pública não têm um valor muito bom no mercado (são chamados de moeda podre), quem foi expropriado vai resgatando ao longo de 10 anos. Há discussão se, com esses títulos, podem ser pagos impostos para o próprio Poder Público.
PROPRIEDADE RURAL:
- Art. 186, CF. A função social é cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos:
I - aproveitamento racional e adequado;
II - utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente;
III - observância das disposições que regulam as relações de trabalho;
IV - exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores.
- Condições Simultâneas: têm que ser cumpridas TODAS ao mesmo tempo. O não cumprimento de qualquer uma delas acarreta em somente uma sanção:
- Art. 184, CF. Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja utilização será definida em lei.
- REFORMA AGRÁRIA: não cumprida, ocorre diretamente a desapropriação-sanção ou extraordinária e, ainda, essa desapropriação é utilizada para fins de reforma agrária.
- TDA: são títulos que têm um valor um pouco melhor se comparados aos títulos da dívida pública, mas continuam sendo considerados como moeda podre, além de serem resgatados parceladamente em até 20 anos.
- OBSERVAÇÃO: aqui também há discussão se, com esses títulos, podem ser pagos impostos para o próprio Poder Público.
PERGUNTA: O que ocorre quando o Estado não está cumprindo com a função social da propriedade? Resp.: há uma discussão se tem ou não que aplicar as sanções. Não é pacífico porque há quem acredite que essas sanções são para o particular, mesmo não constando expressamente que são somente para o particular na CF.
FORMAS DE INTERVENÇÃO DO ESTADO NA PROPRIEDADE PRIVADA: requisição administrativa, ocupação temporária, servidão administrativa, limitações administrativas, tombamento e desapropriação.
1. REQUISIÇÃO ADMINISTRATIVA: objetiva o uso temporário devido a um iminente perigo público, ou seja, usa, protege do perigo iminente e depois devolve, garantindo indenização ulterior se houver dano (art. 5º, XXV, CF). É ato autoexecutório. Exemplo: Caso Lindemberg.
2. OCUPAÇÃO TEMPORÁRIA: objetiva o uso temporário e gratuito ou oneroso para atender um fim de utilidade pública, porém, sem perigo iminente. A regra é a gratuidade e a exceção é a onerosidade quando necessários terrenos não edificados ao redor da área desapropriada para utilização eventual em que o proprietário é indenizado por ação própria (art. 36, Dec.L.3.365/1941 - Desapropriação). Exemplo: prédio particular para concursos.
3. SERVIDÃO ADMINISTRATIVA: é a instituição de um direito real sobre coisa alheia que deverá suportá-lo em atenção ao bem-estar social. Não há desapropriação, mas o Poder Público institui um ônus à propriedade que suportará para o bem-estar público. Exemplo: placa no muro, oleoduto que passa por uma propriedade privada.
Espécies de servidão administrativa:
- Instituída por lei (art. 18, Dec.L.25/1937): proteção na vizinhança da coisa tombada em relação à redução de visibilidade, inserção de anúncios ou cartazes, sob pena de destruição ou retirada e multa de 50% do valor do objeto. PERGUNTA: haverá direito à indenização no caso de servidão instituída por lei? Em regra não há. Essa servidão instituída por lei não dá direito à indenização porque todos que estão nessa mesma situação devem respeitar esse encargo – está sendo atribuído à uma gama de pessoas que estão na mesma situação;
- Instituída por acordo: há necessidadede instituir a servidão e a administração tenta fazer um acordo com o particular. Exemplo: passagem de oleoduto. Procedimento: notifica-se o proprietário para acordar e expede-se um decreto regulamentar. Havendo acordo, a instituição desta servidão constará na matrícula do imóvel, registrada em cartório. Pode haver indenização devido ao desconforto para o proprietário e possível interferência no preço do bem. Não havendo acordo, será instituída por sentença (desapropriação indireta).
- Instituída por sentença: é a desapropriação indireta. Cabe ao poder público ingressar com uma ação para que o juiz determine a servidão e cabe indenização.
Características das servidões administrativas:
- São consideradas perpétuas: sem prazo determinado, enquanto houver interesse público;
- São imprescritíveis: se o poder público não utilizar a servidão, não haverá extinção da servidão.
4. LIMITAÇÕES ADMINISTRATIVAS
- CONCEITO: são restrições de direitos e liberdades criadas por lei e impostas à propriedade privada e à todos, dentro do Poder de Polícia da administração para estabelecer harmonia social. Exemplo: não se pode construir sem autorização da prefeitura. Não cabe indenização por atingir a todos que se encontram na mesma situação.
5. TOMBAMENTO
- CONCEITO: procedimento administrativo do Poder Público para preservar bens considerados indispensáveis à memória social brasileira devido ao seu valor histórico, cultural, artístico, científico, turístico, paisagístico e arqueológico, conforme art. 216, CF.
- Dec.L. 25/1937 – Lei do Tombamento: intimamente ligado às origens sociais e dignidade da pessoa humana. O poder público identifica esses bens e registra no Livro do Tombo para sua preservação.
- OBSERVAÇÃO: não retira a propriedade, apenas limita parcialmente o direito de propriedade de bem móvel ou imóvel, individual ou coletiva e por questões ambientais. Há críticas na doutrina por ser tradicionalmente um procedimento administrativo e não legislativo.
- PROCEDIMENTO:
- De ofício recai sobre os bens públicos;
- Voluntário em que o proprietário requer o tombamento sob análise de órgão competente. Federal é IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, estadual é CONDEPHAAT – Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico, e municipal são os Conselhos de Defesa;
- Compulsória: pela administração; notifica o proprietário, instaura o procedimento, concede prazo de 15 dias para manifestação, segue para órgão competente e, inscreve no livro do tombo.
- LIMITAÇÕES DO TOMBAMENTO: não pode construir ou reformar sem autorização de órgão competente (mantido em sua origem); cabe ao proprietário conservar, mas se não tiver recursos para manutenção, comunica-se ao Poder Público; pode ser alienado pelo proprietário desde que seja dado o direito de preferência na aquisição à União, Estado, DF e Município e, após, para o particular, conforme art. 18, Dec.L.25/1937.
6. DESAPROPRIAÇÃO ORDINÁRIA
Dec.L.3.365/1941 – Lei Geral da Desapropriação
L.4.132/1962 – Desapropriação por Interesse Social
- CONCEITO: procedimento administrativo em que o poder público e seus delegados impõem a perda de um bem através de declaração de necessidade pública, utilidade pública ou interesse social, substituindo em seu patrimônio, justa e prévia indenização em dinheiro (art. 5º, XXIV, XF).
- PRESSUPOSTOS: o poder público pode desapropriar:
- Por necessidade pública: situação inadiável; necessita do bem para uma obra ou serviço. Exemplo: hospital, metrô.
- Por utilidade pública: conveniente ao interesse público. Exemplo: desapropriação por zona.
A Lei Geral de Desapropriação prevê as hipóteses de necessidade e utilidade, usa utilidade para designar também a necessidade pública.
- Interesse social: preocupação com os interesses sociais. Exemplo: reforma agrária, população carente.
Art. 1º, L.4.132/1962. A desapropriação por interesse social será decretada para promover a justa distribuição da propriedade ou condicionar o seu uso ao bem estar social, na forma do art. 147 da Constituição Federal.
Art. 147. CF - Competem à União, em Território Federal, os impostos estaduais e, se o Território não for dividido em Municípios, cumulativamente, os impostos municipais; ao Distrito Federal cabem os impostos municipais.
- BENS QUE PODEM SER DESAPROPRIADOS:
- REGRA: Art. 2º, L.3.365/1941. Mediante declaração de utilidade pública, todos os bens poderão ser desapropriados pela União, pelos Estados, Municípios, Distrito Federal e Territórios. Qualquer bem pode ser desapropriado: imóveis e móveis, material e imaterial, públicos e privados, direitos disponíveis (crédito). Não podem os direitos indisponíveis (personalidade) e dinheiro.
- BENS PÚBLICOS: Art. 2, §2º: Os bens do domínio dos Estados, Municípios, Distrito Federal e Territórios poderão ser desapropriados pela União, e os dos Municípios pelos Estados, mas, em qualquer caso, ao ato deverá preceder autorização legislativa. Autorização legislativa: lei autorizando a desapropriação. Ordem: a União pode tudo por ter autonomia e soberania, zelando pelo interesse social.
(PROVA???) Art. 2º, §2º - Lei 3365/41: 
- Por essa lei somente a Administração Direta pode desapropriar.
- No caso da Administração Indireta é necessário respeitar essa ordem, ou seja, uma autarquia municipal pode desapropriar bens de uma autarquia federal? 
- Depende do bem que vai ser desapropriado.
- Se o bem que o ente menor quer desapropriar de um ente maior está afetado, vinculado a nenhum serviço público. Diógenes Gasparini. 
- Ente menor e ente maior vinculado ao serviço público, não pode, é necessário respeitar a ordem.
- Ente menor e ente maior não tem vinculação com o serviço público, não é necessário respeitar a ordem.
- SUJEITO ATIVO DA DESAPROPRIAÇÃO:
- DESAPROPRIANTE: União, Estados, DF e Municípios promovem atos declaratórios e executórios da desapropriação; Autarquias, Fundações, Empresas Públicas, Agências, Sociedades de Economia Mista promovem atos executórios da desapropriação.
- FASE DECLARATÓRIA: o chefe do Poder Executivo expede um decreto regulamentar para iniciar o procedimento. A administração indireta só desapropria por ato declaratório da administração direta.
- ATOS EXECUTÓRIOS: são medidas que visam promover a desapropriação. Concessionárias e Permissionárias de serviço público executam somente se autorizadas contratualmente e por decreto regulamentar.
COMPETÊNCIAS ESPECIAIS PARA DESAPROPRIAÇÕES ESPECÍFICAS:
- DESAPROPRIAÇÃO SANÇÃO: é para a propriedade que descumpre a função social, sendo a propriedade urbana é exclusividade do Município; e de propriedade rural da União para reforma agrária.
- DESAPROPRIAÇÃO DE BENS RURAIS PARA FINS DE REFORMA AGRÁRIA: este caso não é sanção, mas é exclusividade da União e paga em dinheiro. Estados e Municípios podem desapropriar bens rurais, mas não para reforma agrária.
- SUJEITO PASSIVO DA DESAPROPRIAÇÃO:
- DESAPROPRIADO: qualquer PF ou PJ de direito público ou privado.
- PROCEDIMENTO DA DESAPROPRIAÇÃO:
- PROCEDIMENTO COMPLEXO: a fase declaratória é a inicial do procedimento em que a administração declara um bem objeto da desapropriação.
a) ATO DECLARATÓRIO: expedido por decreto regulamentar ou por lei pelo chefe do Poder Executivo onde define-se a motivação e indica o dispositivo legal para desapropriar. Uma vez editado, produzirá automaticamente os seguintes efeitos:
- SUBMISSÃO DO BEM À FORÇA EXPROPRIATÓRIA DO ESTADO: a partir do decreto sofrerá atos de império do Poder Público, salvo se a administração desistir;
- FIXA O ESTADO DO BEM PARA FINS DE FUTURA INDENIZAÇÃO: no momento do ato declaratório, o Poder Público considerará todos os melhoramentos e benfeitorias existentes (estado de conservação);
- DIREITO DE PENETRAR: direito de ingresso ao bem pelo Poder Público para avaliar, vistoriar, periciar e elaborar laudos sobre as condições do bem, não podendo ser oposto e não podendo haver abusos (hora marcada para visita);
- PRAZO DE CADUCIDADE DA DESAPROPRIAÇÃO:a partir do decreto, pode haver caducidade por necessidade ou utilidade pública (5 anos para acordar ou propor ação de desapropriação; após, a administração expede novo decreto); por interesse social o prazo é de 2 anos para o Poder Público acordar ou propor ação de desapropriação e, neste caso, a caducidade é fatal, sem previsão legal para prorrogação do decreto por envolver interesse social.
PROVA: O Prefeito editou decreto hoje informando uma desapropriação. Após o ato, o proprietário faz uma benfeitoria. Esta será indenizada após o ato declaratório? Resp.: depende da benfeitoria: a necessária sempre será indenizada por se tratar de conservação do bem, mesmo após o ato declaratório; a útil somente será indenizada se autorizada pelo Poder Público; a voluptuária nunca será indenizada por se tratar de mero embelezamento do bem.
b) FASE EXECUTÓRIA: envolve os atos materiais da desapropriação podendo ser amigável (após expedição de decreto onde o Poder Público tenta acordar um valor e, havendo aceite, há escrituração pública) ou judicial (não há acordo e o Poder Público propõe ação de desapropriação onde o valor indenizatório é muito baixo).
- TRÂMITE DA AÇÃO DE DESAPROPRIAÇÃO: ingresso de ação; inicial junto com depósito prévio e alegação de urgência para posse através de liminar (imissão provisória da posse); deferido o pedido liminar o juiz concede posse antecipada.
PROVA: Não se concede imissão provisória na posse sem o depósito que deve corresponder ao valor venal do bem. Súmula 652, STF: deferida a liminar, cabe recurso mas já com a perda da posse do proprietário que será citado e terá prazo para desocupar o bem. Levantado o valor total do depósito, encerra-se a ação (aceitação tácita), mas, levantando 80% do valor, poderá contestar e brigar pela diferença, ou seja, contestará o valor indenizatório. Na contestação, somente será discutido o valor indenizatório ou o vício processual.
- VALOR INTEGRANTE DA INDENIZAÇÃO FINAL: é estabelecido o valor real do imóvel através de laudo pericial aceito pelo juiz conforme o art. 5º, XXIV, CF que refere tal procedimento “mediante justa e prévia indenização em dinheiro”. O juiz considerará:
a) o valor do bem e todas as benfeitorias fixados no ato declaratório;
b) os danos emergentes e os lucros cessantes;
c) juros compensatórios (imissão antecipada da posse);
d) juros moratórios (demora obrigacional);
e) correção monetária;
f) despesas processuais do proprietário;
g) honorários advocatícios.
- EXPROPRIAÇÃO: conforme o art. 243, CF, há o confisco da propriedade utilizada para culturas ilegais sem direito à indenização e destinando ao assentamento de colonos.
- NATUREZA JURÍDICA DA DESAPROPRIAÇÃO:
Doutrina: trata-se de forma originária de aquisição proprietária, ou seja, há relação direta entre o sujeito e a coisa, sem intermediação, decorrendo nas seguintes consequências:
a) independentemente de quem seja o proprietário, há desapropriação de forma originária e aquele que provar a propriedade faz o levantamento do valor;
b) os ônus reais incidentes sobre o bem desapropriado se extinguem com a desapropriação;
c) os titulares de direitos reais incidentes sobre o bem desapropriado são sub-rogados no preço;
d) os titulares de direitos pessoais incidentes sobre o desapropriado não são sub-rogados no preço e deve propor ação autônoma.
DESAPROPRIAÇÃO INDIRETA
- CONCEITO: a administração pública desapossa o bem sem observar o procedimento legal da desapropriação (sem imissão na posse), ou seja, toma o bem e, ingressando, inicia as obras através do esbulho.
- RECURSO: ação de reintegração de posse para devolver o imóvel esbulhado, observando que esta ação deve ser interposta o quanto antes, pois, se já houve uma destinação pública ao bem, só caberá indenização por perdas e danos.
- RETROCESSÃO: direito de preferência concedido ao exproprietário quando há tredestinação.
- TREDESTINAÇÃO: direitos ao proprietário em decorrência do vício de desvio de finalidade na desapropriação.
PERGUNTA: direito de ter o bem de volta ou o direito à indenização? Resp.: conforme o art. 519, CC, se houve desvio da finalidade para o qual se desapropriou ou não foi utilizada para objetivos públicos, terá o expropriado o direito de preferência pelo preço atual da coisa. Ou seja, trata-se de direito à indenização e não de reaver o bem.
PERGUNTA: construiu-se uma creche, mas no decreto consta que seria construído um hospital. Há tredestinação? Resp.: se o interesse público foi atendido, não há se falar em tredestinação, mesmo que haja distinção do contido no decreto.
CONROLE DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
Os atos administrativos sofrem controle de ordem: ADMINISTRATIVA, LEGISLATIVA E JUDICIÁRIA.
PELA ADMINISTRAÇÃO: controle de seus próprios atos através do PRINCÍPIO DA AUTOTUTELA (súmula 473, STF) em que anula seus atos decorrentes de vícios ou ilegalidade, ou, revoga atos legais em decorrência de conveniência ou oportunidade, ambos os casos com apreciação judicial.
- ANULAÇÃO: para ato ilegal com efeitos ex tunc (retroage), atingindo ato vinculado quanto discricionário, não podendo ser revogado por não ter mérito.
- REVOGAÇÃO: para ato legal, porém, inconveniente ou inoportuno ao interesse público, cujos efeitos são ex nunc (não retroage), atingindo somente o ato discricionário devido ao mérito (de ser inconveniente/inoportuno ou não).
PELO LEGISLATIVO: controle de seus atos de cunho político; orçamentário, financeiro ou fiscal.
- CONTROLE POLÍTICO: controla a legalidade e o mérito dos atos decorrentes diretamente e constantes expressamente na CF. ex.: CPI – Controle Parlamentar de Investigação de fato determinado que tenha relação com a gestão da coisa pública; tem poder investigatório ou instrutório por poder colher provas, requerer testemunhas, apreender documentos, mas não pode julgar e deve ser atribuído a fato determinado (não genérico).
- CONTROLE ORÇAMENTÁRIO, FINANCEIRO OU FISCAL: controla as contas públicas com o auxílio do TCU – Tribunal de Contas da União que é um órgão técnico autônomo e independente de qualquer Poder, mas que auxilia ao Poder Legislativo.
- TCU: constituído por nove ministros com os mesmos direitos, prerrogativas e restrições respectivas do STJ, cujas funções são:
- apreciar as contas do Presidente da República anualmente (não julga) com a aprovação final do Congresso Nacional;
- julgar as contas de qualquer autoridade que detenha bens públicos e dá o parecer final, exceto o Presidente da República; o Judiciário não aprecia o mérito por ser função do TCU, mas pode rever aspectos de legalidade;
- apreciar os atos de admissão pessoal na Administração Direta ou Indireta, ou seja, concurso, nomeação, concessões de aposentadoria, pensões etc.;
- instaurar auditorias ou fazer inspeções de natureza contábil, financeira ou orçamentária.
- prestar informações quando solicitadas pelo Congresso Nacional;
- suas decisões são sanções de natureza pecuniária, tidas como títulos executivos extrajudiciais, podendo ser executadas judicialmente.
PELO JUDICIÁRIO: este controle deve ser sempre provocado e deve seguir ao PRINCÍPIO DA INAFASTABILIDADE DO PODER JUDICIÁRIO, não interferindo no mérito, mas apreciando a legalidade.
- Ações: não é necessário esgotar as vias administrativas podendo ir diretamente ao Judiciário, porém, a única exceção é relacionada às ações desportivas que deve esgotar as vias administrativas para posteriormente ir ao Judiciário, conforme o art. 217, CF, visando garantir direito líquido e certo (não depende de instrução probatória|) mediante a impetração dos remédios constitucionais:
- Habeas corpus: visa garantir o direito líquido e certo de locomoção decorrente da violência ou coação ou por ilegalidade ou abuso de poder.
- Habeas data: visa garantir o direito líquido e certo de informação e permissão de acesso, retificação e complementação dessa informação.
- Mandado de injunção: quando diante de uma omissão normativa gera uma inconstitucionalidade relacionada ao exercício de direitos eliberdades constitucionais e prerrogativas de nacionalidade, soberania e cidadania.
- Mandado de segurança: visa proteger o direito líquido e certo quando há abuso de poder por autoridade pública ou agente de PJ no exercício de atribuições do Poder Público desde que não seja de locomoção e informação. No âmbito coletivo pode ser impetrado por: partido político com representação no Congresso Nacional; organização sindical, entidade de classe ou associação legal (com mínimo de 1 ano de funcionamento). 
- Ação Civil Pública: proposto pelo MP, visa proteger o patrimônio público e social do meio ambiente e dos interesses difusos e coletivos. Difusos: número indeterminado de pessoas. Coletivo: interesse de grupo, categoria, sindicato etc.
- Ação popular: proposto por qualquer cidadão cujo objetivo seja anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente, e ao patrimônio histórico cultural, isentando o autor de custas judiciais e ônus sucumbenciais, salvo comprovação de má-fé.
BENS PÚBLICOS (art. 98, CC)
- DA ADMINISTRAÇÃO DIRETA: são aqueles pertencentes às PJ de direito público interno, ou seja: União, Estados, DF e Municípios, Autarquias e Fundações.
- DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA: são aqueles pertencentes às PJ de direito privado que exercem atividade econômica (bens privados, dinheiro público) ou prestam serviço público (bens públicos), ou seja: Sociedade de Economia Mista e Empresa Pública (empresas estatais).
- CATEGORIAS:
- BENS DE USO COMUM: de pleno acesso do cidadão (art. 99, I, CC). Ex.: rios, estradas.
- BENS DE USO ESPECIAL: atende a um serviço ou atividade da administração pública (art. 99, II, CC). Ex.: posto de saúde, prédio do TJ.
- PROCESSO DE AFETAÇÃO: bens de uso comum ou especial são bens afetados, ou seja, os bens estão vinculados à finalidade pública (afetados). Em regra, o processo é feito por lei; na exceção, por ato administrativo. Não podem ser alienados.
- BENS DOMINICAIS: passaram pelo processo de desafetação, pertencendo ao Poder Público, mas sem finalidade específica (art. 99, III, CC). Ex.: terreno baldio, viatura sucateada.
- PROCESSO DE DESAFETAÇÃO: bens de uso comum ou especial passaram pelo processo de desafetação, tornando-se bens dominicais, podendo ser alienados. Dois exemplos importantes: terreno DE marinha (DA marinha é de uso especial), 33 metros da orla marítima (observar prevalecendo lei ambiental atual); terras devolutas são aquelas apossadas por particulares, porém sem título proprietário e que sem prova, pertencerá ao Poder Público. Não podem ser alegadas de usucapião as terras indígenas, reservas biológicas, área de fronteira, fortificação militar, vias federais e comunicação, preservação ambiental, todas definidas na Lei Usucapião Especial e Constituição Federal (arts. 1º e 3º, L.6.969/1981 e art. 20, II, CF). 
- REGIME JURÍDICO OU CARACTERÍSTICAS: alienáveis, imprescritíveis, impenhoráveis e insuscetíveis de oneração.
- INALIENÁVEIS: inalienabilidade relativa, ou seja, enquanto afetados; após desafetação, alienáveis por licitação (concorrência para bem imóvel e leilão para bem imóvel).
- IMPRESCRITÍVEIS: não são passíveis de usucapião (aquisição de propriedade por uso prolongado no tempo).
- IMPENHORÁVEIS: os precatórios existem porque os bens públicos são impenhoráveis, salvo quando o bem passa pelo processo de desafetação.
- INSUSCETÍVEIS DE ONERAÇÃO: não podem ser gravados com ônus reais. Ou seja, não se pode gravar um bem público por hipoteca, usufruto, anticrese etc. (Ônus real: impede a transmissão de propriedade).
- TERRAS PARTICULARES OCUPADAS PELOS ÍNDIOS: conforme o art. 231, CF, tais terras pertencem à União, mas, devido à história, os índios têm posse permanente, permitindo que explorem o solo e o subsolo destas terras.
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA (L.8.429/1992)
- CONCEITO: é um ilícito civil que sofre sanções de natureza civil e política, mas não submete-se à reclusão ou detenção. Trata-se de conduta do agente que, valendo-se de uma imoralidade, pratica atos de enriquecimento ilícito, lesão ao erário (dinheiro público) ou atenta contra os princípios da administração.
- CONDUTAS:
- Enriquecimento ilícito (art. 9º): o agente quer vantagem do contribuinte.
- Lesão ao erário (art. 10º): o agente causa prejuízo econômico aos cofres públicos.
- Atentar contra os princípios da Administração (art. 11): o agente público viola os princípios constitucionais da Administração Pública.
PECULATO
- CONCEITO: é crime de improbidade, é ilícito civil que pode sofrer sanção penal ou administrativa. Contudo, apesar de as instâncias serem independentes, a penal pode interferir nas demais. Se ilícito civil, será ação penal pública; se ilícito administrativo, será processo disciplinar; se ilícito penal, será crime. trata-se de uma espécie de imoralidade por violar ao princípio da moralidade.
- SUJEITO ATIVO: regra, qualquer agente público. São agentes políticos aqueles do poder executivo, no entanto, o presidente da república responderá por crime de responsabilidade (art. 85, V, CF e STF). O particular também responde por improbidade desde que contribua, auxilie ou se beneficie do ato.
- SUJEITO PASSIVO: administração direta (União, Estados, DF e Municípios) e administração indireta (autarquias, sociedades de economia mista, empresa pública, fundações governamentais, agências); qualquer entidade subsidiada, incentivada fiscalmente ou receba verba pública também pode ser sujeito passivo.
SANÇÕES (art. 37, § 4º, CF e L.8.429/1992):
- Art. 37, § 4º, CF: suspende direitos políticos, perde função pública, bens indisponíveis (cautelar, temporário) e ressarcimento ao erário.
- L.8.429/1992:
a) Enriquecimento ilícito: art. 9º, mais grave, suspensão dos direitos políticos de 8 a 10 anos, multa até 3x da vantagem obtida, proibição de contrato com a administração por 10 anos;
b) Lesão ao erário: art. 10, suspensão dos direitos políticos de 5 a 8 anos, multa até 2x o prejuízo causado, proibição de contratar com a administração por 5 anos;
c) Atentado contra os princípios administrativos: art. 11, menos grave, suspensão dos direitos políticos de 3 a 5 anos, multa de até 100x o prejuízo causado, proibição de contratar com a administração por 3 anos.
Observação: quando ocorrer mais de uma violação de conduta, o juiz deve fixar as sanções baseados na conduta mais grave. Regra: a autoridade não tem foro privilegiado por não ser ilícito penal, mas civil; não há reclusão ou detenção. As sanções podem ser cumulativas (CF e L.8.429/1992).
- PROCEDIMENTO DE APURAÇÃO: procedimento administrativo; MP e TC.
- Procedimento administrativo: art. 14, L.8.429/1992, qualquer pessoa que conheça do ato de improbidade, pode levar o fato à autoridade administrativa respectiva. É o primeiro ato.
- MP e TC: art. 15, L.8.429/1992, órgãos mais importantes de controle, tomam conhecimento e podem acompanhar a investigação. Regra ação civil pública (L.7.347/1985). O MP é o principal legitimado. Podem propor ação popular: poder executivo, defensoria pública, cidadão.
- PRESCRIÇÃO: art. 23, L.8.429/1992 refere somente para o agente público.
- Mandato, cargo em comissão e função de confiança: 5 anos desde o término do mandato; são mantidos pela confiança; não concursados;
- Cargo efetivo ou emprego público: 5 anos para aplicar a lei de demissão; concursados. Em SP vale o Estatuto dos Funcionários Públicos.
- IMPRESCRITÍVEL: art. 37, § 5º, CF, a ação civil pública que não prescreve é o ressarcimento ao erário. As demais sanções podem prescrever.
PROCESSO ADMINISTRATIVO:
- CONCEITO: conjunto de atos coordenados tendentes à tomada de decisão da administração ou solução de uma controvérsia na esfera administrativa. Todo ato da administração é documentada em processo.
- PROCEDIMENTO: meio que o processo se desenvolve. No processo administrativo é bilateral (administração e administrado), ou seja, diferente do judiciário, a administração é parte e julgadora simultaneamente.
- COISA JULGADAADMINISTRATIVA: diferente da judicial por não ser parte imparcial, trata-se de uma decisão administrativa que não cabe recurso, mas, a parte interessada pode submeter a coisa julgada ao Poder Judiciário.
- PRINCÍPIOS REGENTES DO PROCESSO:
1) Princípio da gratuidade: poucas despesas por ser parte. Regra: sem condenação em custas e despesas processuais. Exceção: a lei pode prever, excepcionalmente, o pagamento destas custas e despesas.
2) Princípio da oficialidade: o processo pode ser instaurado e impulsionado de ofício, sem obrigatoriedade de provocação.
3) Princípio do contraditório e da ampla defesa: princípio constitucional (art. 5º, LV, CF), deve haver esta garantia que é inerente a qualquer processo.
- Contraditório e ampla defesa: possibilidade de contestar as alegações feitas e de acusar; possibilidade igualitária de produzir provas podendo ser representado por advogado; ciência prévia da acusação ou do fato por notificação.
- Súmula Vinculante 5, STF: a ausência de defesa técnica por advogado não ofende a CF.
4. Princípio da pluralidade de instâncias: é possível recorrer administrativamente em face de autoridades superiores, ou seja, pode-se fazer uso de recurso hierárquico enquanto tiver autoridade superior.
- Recurso hierárquico próprio: é a regra; dirigido a autoridade hierarquicamente superior àquela que proferiu a decisão recorrida, não precisando de previsão legal
- recurso hierárquico impróprio: é a exceção; dirigido à autoridade não hierarquicamente superior aqueça que proferiu a decisão recorrida, precisando de previsão legal expressa.
Observação: na autoridade máxima administrativa tem-se a coisa julgada administrativa, não necessitando de esgotar o administrativo para propor no judiciário, podendo ocorrer simultaneamente, inclusive.
- MODALIDADES DE PROCESSO ADMINISTRATIVO
1. Processo administrativo disciplinar: instaurado para aplicar ao servidor estável a pena de perda do cargo (art. 41, § 1º, II, CF). Penas graves: cassação de aposentadoria, perda do cargo e suspensão acima de 30 dias.
- Estabilidade: o servidor concursado tem que ter cargo permanente, efetivo (após estágio probatório de 3 anos) e estável, perdendo o cargo em situações constitucionais: sentença de trânsito em julgado, processo administrativo disciplinar e processo periódico de avaliação de desempenho. CONFIRMAR: 2 OU 3 ANOS???
- Vitaliciedade: é prerrogativa dos magistrados e membros do MP (estágio probatório de 2 anos) que só perdem o cargo por sentença judicial transitado em julgado.
2. Sindicância ou inquérito administrativo: é o procedimento investigatório e informal insaturado quando a administração não tem prova sobre a autoria e materialidade de uma infração administrativa. Penas leves: advertência e suspensão até 30 dias.
3. Verdade sabida: o art. 271, parágrafo único do Estatuto dos Funcionários Públicos do Estado de SP é inconstitucional por violar o contraditório e a ampla defesa. Porém, a L.9.784/1999 regula o processo administrativo a nível federal, utilizada, contudo, como referência, no art. 54:
- prazo prescricional de 5 anos para decretar anulação de um ato (supremacia da segurança jurídica);
- princípio da gratuidade e da oficialidade;
- na ausência de disposição específica, o prazo dos atos processuais é de 5 dias;
- em regra, a competência decorre de lei (agente), mas pode não especificar legalmente fazendo com que o processo administrativo seja instaurado pela autoridade de menor grau.
- AGENTES PÚBLICOS
- CONCEITO: toda PF que presta serviços à administração, transitoriamente, com ou sem vínculo jurídico ou remuneração pelos cofres públicos.
- CATEGORIAS:
a) Agentes políticos: ministros de estado, secretários estaduais e municipais, poder executivo e legislativo;
b) Servidores públicos ou administrativos: estatutário (cargo, lei, concurso, estabilidade; servidores civis); empregado público (emprego, CLT, concurso, instabilidade); temporário (função temporária, necessidade excepcional);
c) Particular em colaboração com o poder público: agentes voluntários, requisitados ou honoríficos, agentes delegados, agentes de concessionárias e permissionárias de serviço público;
d) Agentes militares: polícia militar e corpo de bombeiro, forças armadas.
- DISTINÇÃO DE CARGO, EMPREGO E FUNÇÃO:
a) Cargo: centro de atribuições ao qual corresponde um regime jurídico criado por lei;
b) Emprego: centro de atribuições (de competência) correspondente ao regime celetista (CLT);
c) Função: conceito residual; se não há cargo ou emprego, será função temporária (contratado para atuar até o final daquele serviço) ou de confiança (nomeado ou exonerado livremente ad nutum).
- Distinções: função de confiança e cargo em comissão, ambos são de confiança, ad nutum para nomeação e exoneração, mas a diferença está em quem será nomeado, ou é servidor de carreira ou é iniciativa privada; demissão e exoneração, ambos são formas de desligamento do cargo, mas, a demissão é para o direito do trabalho, tem caráter punitivo e tem que ter contraditório e ampla defesa além de ser motivado; e na exoneração é para funções de confiança ou estágio probatório, tem caráter de pena e é isento de motivação por ser ad nutum.
REGRAS DO ART. 37, CF (principais regras dos incisos):
I – Acessibilidade a cargos, empregos e funções públicas: a brasileiros natos ou naturalizados com cargos privativos para brasileiros natos indicados no art. 12, CF;
II – Obrigatoriedade do concurso público: para cargos e empregos (função é para temporário e servidor de carreira);
III – Prazo de validade: do concurso público é de 2 anos prorrogáveis por mais dois;
IV – Prioridade: os aprovados em concursos anteriores têm preferência;
V – Função de confiança e cargo em comissão: ambos são de confiança, ad nutum, mas um é servidor de carreira e outro é iniciativa privada;
VI – Servidor público civil e filiação livre ao sindicato: somente o civil e não o militar;
VII – Direito de greve: somente ao civil; para o militar é ato inconstitucional;
(...)
X – Remuneração e subsídio: distinguem-se pelo vencimento dos servidores, ou seja, remuneração é a parcela fixa + parcela variável conforme gratificação + prêmio e abono (exceção); subsídio é a parcela fixa (regra);
XI – Teto remuneratório: é o limite de remuneração estabelecido pela CF e que não pode ser superado;
(...)
XVI – Proibição de acumulação remunerada de cargos públicos: regra é ninguém pode exercer mais de um cargo remunerado na administração porque ambos provêm da mesma fonte pagadora (cofres públicos); exceção é que para ter mais de um cargo remunerado, deve haver compatibilidade de horário, deve ser regulamentado podendo acumular, inclusive, com cargo particular;
XVII – Extensão da proibição de acumulação remunerada de cargos públicos: aos empregados e às funções públicas;
(...)
XXI – Obrigatoriedade da licitação: salvo os casos de dispensa e inexigibilidade;
(...)
§ 4º - Atos de improbidade administrativa e sanções: perda da função pública, indisponibilidade de bens, suspensão de direitos políticos e ressarcimento ao erário;
§ 5º - Ressarcimento ao erário: imprescritível;
6ª – Responsabilidade objetiva do Estado: aos danos causados a terceiros, n ao precisando provar dolo e culpa do agente, mas precisando provar ação causal, dano e nexo.
QUESTÕES 
1. Qual a diferença entre licitação deserta e licitação fracassada?
2. Qual a diferença entre dispensa e inexigibilidade de licitação?
3. Qual a diferença entre pregão e leilão?
4. Qual a modalidade de licitação para um contrato de alienação de bem imóvel? Explique:
5. Qual a diferença entre contratos administrativos e contratos da administração?
6. Qual a diferença entre fato do príncipe e fato da administração?
7. O que é álea econômica e qual a sua relação com a teoria da imprevisão?
8. O que são cláusulas exorbitantes dos contratos administrativos? Cite um exemplo delas:
9. É possível a utilização dos contratos administrativos da cláusula do contrato não cumprido? Explique:10. Qual a diferença entre desapropriação e requisição administrativa?
11. Qual a diferença entre servidão e limitação administrativa?
12. Qual a correlação entre tredestinação e retrocessão?
13. Como serão indenizadas as benfeitorias no imóvel objeto da desapropriação após o ato declaratório?
14. Qual a diferença entre bens públicos afetados e desafetados?
15. O que significa dizer que os bens públicos são imprescritíveis? Explique:
16. Quem pode ser réu numa ação de improbidade administrativa? Explique:
17. Qual a diferença entre moralidade e probidade?
18. Como fica a questão da prescrição nas ações de improbidade administrativa?
19. Como ocorre o controle exercido pelo legislativo em relação aos atos administrativos?
20. Qual a diferença entre sindicância e processo administrativo disciplinar?

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