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trabalho Michelli de Paula Radoski (1)

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SUMÁRIO
31	INTRODUÇÃO	�
42	desenvolvimento	�
62.1	Fundamentos da teoria organizacional	�
72.1.1	Fordismo formal e Fordismo informal	�
82.2	Como o homem vive hoje	�
92.2.1	Mcdonalds e o fordismo	�
102.3	Conceito de ideologia	�
102.3.1	Corrosão do caráter x Da rotina a flexibilidade	�
112.4	O informalismo na história	�
112.4.1	Novas exigências do mercado	�
133	Considerações finais	�
14referencias	�
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INTRODUÇÃO
Quando estudamos as teorias administrativas, sem dúvida se destaca, as experiências implementadas por Ford em sua fábrica, seria a prática do taylorismo, ou seja, como aquele estudo teórico se comporta numa fábrica de verdade, isso aconteceu e mudou a história da economia mundial.
A produção fabril passou por grandes mudanças durante o ultimo século, a indústria e todo setor teve que se adaptar as exigências da nova economia mundial, algumas características foram utilizadas nos novos meios de produção, outras se tornaram impraticáveis e foram abandonadas pelo caminho.
O que vamos tratar neste estudo, são essas características e como foram sendo moldadas conforme a necessidade do momento. Veremos também que durante quase todo o século XX as Indústrias de grande porte baseavam seu funcionamento em conceitos do “fordismo” e “taylorismo”, isso começa a mudar no inicio da década de setenta, o aparecimento de novas tecnologias, o termo produção flexível que nasce baseado no “toyotismo”, Essa adaptação é muito interessante, pois utiliza conceitos do “fordismo”, que antes eram exclusivos para fabricas e indústrias, para organizações informais por exemplo.
Serão abordados durante o trabalho conceitos como “fordismo”, “taylorismo”, “toyotismo” e sistema de produção flexível. Buscando mostrar características de cada movimento, mas também trazendo uma comparação entre eles, pontos de convergência onde os conceitos encontram paridade de idéias e divergência onde a um antagonismo prático, sendo um movimento substituído pelo outro.
Essa conceituação se faz necessária para melhor compreensão do trabalho em seu objetivo final. Que é mostrar os diversos modos de produção, sejam formal ou informal, quais suas características e sua conseqüência prática na sociedade moderna.
desenvolvimento
Quando Henry Ford implantou uma linha de produção em série, para produzir seus veículos, modificou a historia automobilística como também de toda indústria norte americana e mundial. Adotando os conceitos do engenheiro Americano Frederick Winslow Taylor, criador do “taylorismo”, Henry Ford conseguiu estabelecer em sua fábrica uma produção extremamente rápida e com homogeneização do produto. Coisa que para sua época parecia impossível. Descrevendo o método eram esteiras rolantes que conduziam o chassi do veículo por um determinado caminho, onde os funcionários da fábrica, cada um responsável por incorporar ao chassi determinada peça, anexavam as peças aos veículos, chegando ao final do percurso com o automóvel montado.
Baseado no “taylorismo”, dividir o trabalho em tarefas pequenas, sem a necessidade de uso de conhecimento avançado, criando pessoas como extensão das máquinas, cada funcionário tornava-se especialista na sua função gerando diminuição do tempo de execução e aumento na qualidade do serviço executado.
Segundo (Bauman, 2001:33/34) “...a fábrica fordista, que reduzia as atividades humanas a movimentos simples, rotineiros e pré-determinados, destinados a ser obedientes e mecanicamente seguidos sem envolver as faculdades mentais e excluindo toda espontaneidade e iniciativa individual.”
Podemos destacar cinco das principais transformações trazidas pelo modelo fordista à sociedade produtiva da época. 
Produção em massa
Parcelamento de tarefas
Criação de linha de montagem
Padronização das peças
Automatização das Fábricas 
O resultado deste trabalho começou a aparecer pela abrupta diminuição no tempo de produção do veículo, que antes duravam cerca de 12h30min horas para produzir um veiculo, passou para 05h50min horas, com o treinamento e maior especialização na tarefa para 02h38min horas e atingiu a incrível marca 01h38min horas isso no ano 1914, quase oito vezes menos que a produção artesanal (Gounet,1999).
Essa maior eficiência levou a empresa automobilística Ford, a uma explosão de vendas, aumentando seus números de lucratividade de 2 milhões para 250 milhões entre os anos de 1907-1919. Mas esse foi apenas um dos aspectos expansivos, a teoria “taylorista” começa a ser utilizadas em todos os setores econômicas, inclusive assumindo um lado de “garoto propaganda” do sistema político do capitalista. Após a segunda grande guerra o capitalismo se espalhou e o fordismo teve seu ápice, a chamada época de ouro, entre os anos de 1945-1973. Com algumas mudanças para atender as massas, como por exemplo, estabilidade no emprego, direitos previdenciário, saúde, educação, etc..
Uma situação que serve de base de estudo desta visão capitalista é quando Henry Ford, implementa uma medida chamada “Five dollars”. Onde sobe de 2,5 dólares para 5 dólares dia de trabalho, embora no discurso disse-se que todo trabalhador deveria ganhar o suficiente para comprar um carro Ford, a intenção corporativa era reduzir a rotatividade e naturalmente aumentando a eficiência na função que exercia o operário, essa medida não atingia alguns funcionários da fábrica, como os jovens, trabalhadores com menos de seis meses e mulheres.
O crescimento vertiginoso sustentou a base deste sistema produtivo por muitos anos, números como este citados por (Coriat,1994:59), onde apontam que a partir de 1913, onde se fabricava 200.000 carros, já em 1915 cerca de 500.000 carros, 1919 um total de 1.000.000 e finalmente em 1923 chega a 2.000.000 de carros, solidificam a indústria de produção de massa no mundo moderno.Isso se estende até o inicio da década de setenta onde as pressões econômicas modificam a relação do mundo com o processo produtivo, abrindo espaço para outros conceitos como por exemplo o Toyotismo que será estudado a seguir.
Surgiu no Japão pós-guerra, em uma empresa automobilística chamada Toyota Motor Company, num cenário totalmente adverso o engenheiro Taiichi Ohno desenvolveu métodos produtivos não convencionais a época, mas necessários para sobrevivência naquele período. Diferentemente do fordismo que tem como pano de fundo uma economia em crescimento e expansão de demanda o Japão da época era o oposto, crescimento lento e mercado consumidor contraído. (Pinto, 2007).
Apoiando-se em seis princípios básicos:
Crescimento pela demanda;
Combate a qualquer tipo de desperdício;
Flexibilidade do aparato produtivo
Instalação do método Kanban
Diversificação de produtos
Terceirização de produção
Esses princípios criam um antagonismo natural com o fordismo em muitos aspectos, quando falamos de crescimento pela demanda, diferentemente do fordismo onde a produção era em massa, aqui quem puxa a demanda o mercado consumidor. Um exemplo deste processo seria as prateleiras de supermercado, encho as prateleiras, após estarem vazias produzo mais e assim por diante. Por não ter grandes áreas de terra, qualquer desperdício é repudiado, isto culturalmente, cria-se então divisão no processo produtivo pra evitar perca de matéria prima. São elas: transporte, produção, estocagem e controle de qualidade. A flexibilidade do aparato produtivo também surgiu como novidade dentro do sistema de produção, pois derruba o operário especialista, pessoas capazes de realizar diversas funções, são indispensáveis para que a produção diversificada não para. O método Kanban, seria como uma senha de comando que puxa a demanda, um exemplo é quando utilizo a última peça do estoque para produzir, retiro a senha da peça e levo para que se faça mais uma deste modelo e fique a disposição para produção. Diversificação da produção, utilizando avariedade de modelos com série reduzida. Fechando a terceirização, empresas ligadas a Toyota, que reduzem o custo de pessoal em 30 a 50 por cento. Sem prejudicar a qualidade e controle no processo produtivo.
Fundamentos da teoria organizacional
Henry Ford cria em sua fábrica três princípios básicos para sua linha de produção.
Principio da intensidade: consiste em diminuir o tempo de duração com o emprego imediato dos equipamentos e da matéria prima e rápida colocação do produto no mercado. Quanto mais rápido a matéria prima se torna, produto final, mais lucro seria gerado.
Principio da economicidade: consiste em reduzir ao mínimo o volume do estoque da matéria prima em transformação. Por meio deste principio, conseguiu fazer com que o trator ou o automóvel fossem pagos a sua empresa antes do vencimento do pagamento da matéria prima adquirida, bem como o pagamento e salários. Faz referencie em um de seus livros que a velocidade de produção é fundamental para o sucesso produtivo.
Principio da produtividade: consiste em aumentar a capacidade de produção no mesmo período (produtividade) por meio de especialização e linha de montagem, assim o operário pode ganhar mais em um mesmo período de tempo, e o empresário ter maior produção. Criou incentivo para que a linha de produção fosse mais eficiente, esses custos adicionais eram diluídos pela alta produtividade e pela venda rápida do produto final.
Fordismo formal e Fordismo informal
Entrada de novas tecnologias, exigência de maior escolaridade para as vagas disponíveis, entrada de mais mulheres na disputa destas vagas, reestruturação produtiva, são alguns fatores que norteai os rumos do emprego no mundo. Estar dentro deste mercado e ser atraente para as empresas tende cada vez mais a exigir do trabalhador conhecimento diversificados e disponibilidade de adaptação. Outro aspecto é o surgimento do mercado informal, ou seja, pessoas cada vez mais buscam soluções originais para suprir suas necessidades. 
Segundo dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), cerca de 300 milhões de pessoas, destas 30 milhões de brasileiros exercem atividades informais no mercado de trabalho. Muitos vêem como a única saída para sobrevivência, diante das exigências, comentadas anteriormente, essa atividade informal tem um efeito impactante na economia, por exemplo, se todos esse trabalhadores estivessem formalizados teríamos um acréscimo de 30 por cento no PIB brasileiro. Num cenário de encolhimento econômico, juros altos, crise política, a informalidade seria a “salvação da lavoura”, mas na realidade caminhamos a passos lentos neste sentido.
Um cenário interessante é quando se observa que mesmo na informalidade constatamos a presença de conceitos da administração. Fazendo uma observação nos semáforas da cidade de São Paulo, vemos que as influencias de Henry Ford encontram alguns adeptos, vendedores de balas utilizam uma metodologia bem definida para executar seu trabalho. Enquanto o sinal fecha, eles se deslocam rapidamente em direção aos carros, com pacotes de bala um peso ao outro de forma que se possa colocá-los pendurados no retrovisor, novamente retira-los ou pegar o dinheiro. Isso tudo antes de fechar o sinal, o tempo do sinal determina a velocidade da atividade produtiva. Características do fordismo, outro elemento é que antes o mais importante era comover o cliente, agora a eficiência na rotina do trabalho é que traz sucesso a atividade.
Outra característica é que a subjetividade, antes presente pela tentativa de comover as pessoas, como no fordismo, desaparece. Uma objetividade surge na execução das tarefas, quanto mais carros visitados mais chance de vender as balas. Quanto mais especialista o trabalhador das fábricas, maior produtividade.
Como o homem vive hoje
A relação do trabalho muda muito nas últimas décadas, antes tínhamos um capitalismo de base industrial, o homem tinha que se posicionar dentro desta rede industrial para ter trabalho, a realidade dos novos tempos é de um capitalismo de base imaterial, ou seja, o valor do produto depende do conhecimento necessário para produzi-lo. A industria pesada, desloca-se para periferia, enquanto setores como o de serviço assumem o centro das relações de trabalho, obviamente que o trabalho humano, base desta atividade, é valorizado.
Desta forma conceitos que antes eram aceitos como o ideal para se iniciar uma atividade de trabalho, estão a cada dia perdendo seu sentido prático. Antes o caminho seria a pessoa buscar uma formação, depois iniciar sua carreira, dentro de uma empresa já constituída, hoje vemos que uma constate busca de conhecimento é necessária para se manter ativo no mercado de trabalho, não basta ter um curso superior, por exemplo, se o profissional para no sentido de busca de conhecimento, mesmo que esteja empregado, a cada dia aumenta a chance de ser substituído por alguém mais qualificado.
Podemos observar a grande rotatividade de pessoa nas empresas, aquele funcionário de 20 anos na mesma empresa, muito comum nas décadas passadas hoje é quase uma exceção. 
Nilton Vagas 1983, afirma:
“A tecnologia passou a articular o conhecimento cientifico com o conhecimento produtivo, em outros termos, a articular a leis da natureza com as leis do capital. Esse novo trabalhador, fruto da racionalização do tempo, invade a discussão atual sendo subordinado a esse fator.”
Adptar-se sempre foi característica inerente da espécie humana, não distante desta realidade, o homem busca construir seu caminho de participação no sistema produtivo atual, que exige deste individuo uma busca constante de conhecimento, seja tecnológico, como também cientifico.
Mcdonalds e o fordismo
Vemos essa mesma semelhança quando buscamos analisar o “Mcdonalds”, por exemplo, tem características predominantemente do fordismo dentro da rotina de trabalho, tais como, homogeneidade dos produtos, rigidez das tecnologias, as rotinas padronizadas de trabalho, a desqualificação, homogeneização da mão de obra e do freguês, tempo de atendimento do freguês, etc.. 
Em sessenta segundos o lanche servido, seja lá nos Estados Unidos ou aqui em Curitiba, por exemplo, isso permite a empresa uma padronização e qualidade, que coloca em vantagem competitiva em qualquer lugar onde estiver instalada. Se compararmos com os conceitos de Ford, com certeza acharemos semelhanças profundas, quem não se lembra da frase, onde Ford diz que “o cliente pode ter o carro com a cor que quiser, contato que seja preto”. Poderíamos fazer uma analogia dizendo, se pode pedir o lance que quiser contanto que seja um Mc feliz.
Conceito de ideologia
O significado do termo no senso comum é ideal, conjunto de idéias, pensamentos, doutrinas ou visões de mundo de um individuo ou de um grupo, orientado para suas ações sociais e políticas.
Se analisarmos o sentido da palavra sempre encontrará divergências, quanto à ação na sociedade onde se trabalha uma determinada ideologia, pois tem como material de trabalho as idéias, pensamentos, doutrinas, visão de um grupo, orientando para ações políticas e sociais.
 Karl Marx define como um instrumento de dominação que age através do convencimento e não da força de forma prescritiva, alienando a consciência humana e mascarando a realidade. Esse conceito aplicado aos sistemas políticos sociais vem de encontro com e efeito da industrialização, no sistema político dominante, um período onde o capitalismo espalhou-se puxado pela realidade da “explosão” da industrialização.
Mas temos várias outras ideologias ao longo da história, que marcaram pelas suas características próprias, como por exemplo a “Ideologia Fascista”, Alemanha e Itália, que teve seu período de maior expressão entre as décadas de 1930 e 1940, a “Ideologia Comunista” na Rússia, China, Cuba e outros países, “Ideologia Democrática” surgiu na Grécia na cidade de Atenas propagando a participação do cidadão na vida política, etc.
Corrosão do caráter x Da rotina a flexibilidade
Temos que entender que sempre que uma ação, sejaela planeja ou imposta por necessidade, ocorre no campo social ou econômico gera uma infinidade de efeitos colaterais, bons e ruins. O autor revela aspectos que foram se perdendo com a nova dinâmica social, segundo o autor, quando deixamos de lado a as rotinas para nós entregarmos a modernidade, tudo tem um prazo curto de vida até nossos planos, buscamos uma dinâmica permanente que nos impede de construir relacionamentos, dentro do emprego como socialmente também. Tem-se a impressão que criar laços aprisiona, mas segundo Sennett o que nos aprisiona é a superficialidade doas nossas ações, somos escravos da busca constante de inovar.
Excesso de risco, pode corroer o profissional, pois a pressão pelo sucesso traz uma mentalidade de vale tudo, inclusive atitudes antiéticas. Outra situação é a desvalorização de experiências passadas, sempre temos que ser modernos, tudo que foi feito não serve para mais nada, isso destrói os vínculos sociais que vamos construindo na nossa história de vida. Segundo o autor ,“um regime que não oferece aos seres humanos motivos para ligarem uns para os outros não pode preservar a sua legitimidade por muito tempo” (SENNETT,1999,p. 176).
O informalismo na história
A mão de obra no Brasil tinha como base os escravos que trabalhavam nas fazendas, era a força motriz que impulsionava a produção agrícola no país, com a libertação desta população, outra mão de obra teve que realizar esse trabalho, milhares de imigrantes europeus foram trazidos, com financiamento do governo, para ocupar o lugar dos escravos na produção.
O nascimento do mercado de trabalho ou, em outros termos, a ascensão do trabalho livre como base da economia, foi apanhado pela entrada crescente de uma população trabalhadora no setor de subsistência e em atividades mal remuneradas. Este processo vai dar origem ao que, algumas décadas mais tarde, será denominado o ‘setor informal’ no Brasil (THEODORO, 2005, p. 95).
O resultado desta ação foi à grande aglomeração da população negra que saia das senzalas sem ter para onde ir e se dirigia para as grandes cidades a procura de um modo de sobrevivência, foram se formando as primeiras favelas no entorno das cidades, também deste modo as primeiras ações que posteriormente viriam a se denominadas, como atividades informais.
Já entre as décadas de 50 e 80 temos um novo fenômeno chamado êxodo rural, a migração de mais de 30 milhões de brasileiros do campo para as cidades em busca de oportunidades de trabalho, casou um excelente de mão de obra, que com certeza fomentou a busca de oportunidades no mercado informal.
Novas exigências do mercado
Dois elementos vêm se destacando como sendo indispensável para que um funcionário seja considerado como “precioso” dentro de uma empresa, são eles, a excelência, entenda-se por excelência uma pessoa capaz de realizar diversas tarefas em um período de tempo pequeno. Outro ponto exigido é que a pessoa seja pró-ativa, busque o trabalho que irá realizar, não espere soluções prontas, seja um empreendedor, que haja antes que a dificuldade se instale no ambiente de trabalho, (Zadain, 2014). 
Alguns estudos mostram que ter domínio de outra língua, ter conhecimento de internet e desejo de se manter atualizado também são fatores que influenciam muito na hora de ser contratado por grandes empresas. As avaliações dentro das grandes empresas vão desde provas escritas, de conhecimento geral, conhecimento específico, dinâmicas de grupo, etc.. O intuito é estabelecer uma pressão parecida com o que se viverá no trabalho e assim selecionar a pessoa com perfil mais adequado para a vaga. Veja o que o professor José Pastore diz sobre este tema:
Já foi o tempo em que as empresas contratavam com base em diplomas e recomendações. Nos dias atuais, as exigências vão muito, além disso. As empresas querem capacidade de resposta, busca bom-senso, lógica de raciocínio, boa comunicação, habilidade para trabalhar em grupo, domínio de línguas e outros requisitos. (Pastore, internet 10/12/2012)
Estar preparado nada mais é do que uma busca de conhecimento diário, sendo que este conhecimento te colocará um passo adiante de outros candidatos, seja no mercado formal como no informal. 
Considerações finais
Este estudo nos mostra que a sociedade sempre utiliza de modelos para determinar como se comportar na organização das atividades econômicas, vemos que baseado no modelo fordista, durante quase setenta anos um determinado comportamento foi aceito, ou utilizado, inclusive sustentando o capitalismo pesado. Mas numa sociedade mutável outras exigências foram aparecendo, modificando o modo de agir, elementos como demanda, disponibilidade de matéria prima, comportamento social, são elementos que pressionam mudanças.
 Uma produção flexível, foi instituída pelo toyotismo, mas adequada a momentos de crise ganhou força, sem dúvida que nos dias de hoje não podemos impor um modo de conduta, sem antes analisarmos como está a situação local e global. Utilizar de todas as escolas como referencia, mas sempre buscando personalizar nossa ação. A informalidade é discutível quanto aos efeitos sociais e econômicos para o país. Mas utilizar da criatividade para sair de um aperto, ou seja, buscar soluções ainda não tentadas, ou fazer o ordinário de forma extraordinária, é sempre uma boa opção para quem deseja se manter ativo economicamente na sociedade.
A relevância deste trabalho se dá à medida que compreendemos, pelos relatos e pesquisas, que vivemos um momento de resseção e encolhimento da demanda, que temos uma economia globalizada e extremamente dependente de fatores externos, que a comunicação ocupou seu espaço definitivamente como instrumento eficaz de sucesso ou fracasso, na atividade econômica do nosso país, estar atento e informado é receita de sucesso para qualquer atividade econômica, como vimos no exemplo das atividades informais que são de grande relevância para nosso pais. 
referencias
GOUNET, T. Fordismo e toyotismo na civilização do automóvel. São Paulo:
Boitempo, 1999.
PINTO, G. A. A organização do trabalho no século 20: taylorismo, fordismo e
toyotismo. São Paulo: Expressão Popular, 2007.
CORIAT, B. El salário In: El taller y El cronómetro. Ensayo sobre el taylorismo, el fordismo y la producción en massa. Ed.Siglo XXI, 1994.
MARTINS, J. de S. A aparição do demônio na fábrica, no meio de produção. Revista Tempo Social, São Paulo, 1993(editado em novembro de 1994), volume 5, números 1-2, páginas 1-29.
Pastore, José. As exigências do mercado de trabalho, jornalggn, <http://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/as-exigencias-do-mercado-de-trabalho.> Acesso em : 25 de abril de 2015.
Zadain, Marta. Minha carreira.<http://www.minhacarreira.com.br/financial/Texto1.> Acesso em :26 de abril de 2015.
TrabalhoInformal,<http://www.alunosonline.com.br/geografia/trabalho-informal.html>Acesso: em 22 de abril de 2015.
THEODORO, Mário. As características do mercado de trabalho e as origens do trabalho informal no Brasil. In: LACCOUD, Luciana (Org.). Questão social e políticas sociais no Brasil contemporâneo. Brasília: IPEA, 2005, pp. 91 – 126.
SENNETT, Richard. A corrosão do caráter : as conseqüências pessoais do trabalho no novo capitalismo. Rio de Janeiro: Record, 1999. 204p
VARGAS, N. Gênese e difusão do taylorismo na Brasil. São Paulo: Cortez/Anpocs, 1983.
Fraga,Alexandre. Da rotina à flexibiidade: análise das características do fordismo fora da industria. Revista habitus: Revista eletrônica dos alunos de graduação de Ciencias Sociais – IFSC/UFRJ, Rio de Janeiro, v.3, n.1, p.36-43, 30 de mar. 2006. Anual. Disponivel em:< www.habitus.ifcs.ufrj.br >Aceso em: 30 mar.2006.
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administração
michelli de paula radoski
fundamentos e teoria organizacional
Wenceslau Braz
2015
michelli de paula radoskifunamentos e teoria organizacional
Trabalho de Administração apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina de .fundamentos e teoria organizacional.
Orientador: Prof. Marcio Ronald Sella, Grace Botelho, Karen H. Manganotti, Susi Bueno.
Wenceslau Braz
2015

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