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TRABALHO INDIVIDUAL EMPREENDEDORISMO

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3
Sistema de Ensino Presencial Conectado
ADMINISTRAÇÃO BACHARELADO
bETHANIA ALBERGARIA fREIRE
Trabalho individual 
Viçosa
2015
BETHANIA ALBERGARIA FREIRE
Trabalho individual 
Empreendedor, administrador e 
intraempreendedor
Trabalho Interdisciplinar Individual apresentado ao Curso de Administração Bacharelado à Universidade Norte do Paraná – UNOPAR VIRTUAL, para as disciplinas do 
8
º Semestre.
Professores: 
Marco 
Ikuro
 
Hisatomi
, Luiz Antônio 
Gabriel ,
 Alfredo de Ribeiro Almeida, 
Gisleine
 
Fregoneze
 e Sebastião Oliveira.
SUMÁRIO
Resumo
Competências empreendedoras são vistas como importantes para o crescimento e sucesso do negócio. O objetivo desta pesquisa é, portanto, identificar se há competências que distinguem empreendedores de intraempreendedores. Embora a literatura diferencie empreendedores de intraempreendedores sob diferentes perspectivas, neste artigo o empreendedor é considerado aquele que abre e gerencia seu negócio, enquanto o intraempreendedor será discutido à luz de Steverson e Jarillo (1990) como pessoas dentro das organizações que perseguem oportunidades independentes dos recursos que controlam. Este artigo apresenta o empreendedorismo como a criação de algo novo a partir da identificação de uma oportunidade, a dedicação, a persistência e a ousadia aparecem como atitudes imprescindíveis neste processo para se obter os objetivos pretendidos. Os riscos, naturalmente presentes no empreender, deverão ser previstos e calculados. Ainda, contextualiza-se o empreendedorismo na conjuntura econômica brasileira, abordando quando e de que forma surge a necessidade de se difundir uma cultura empreendedora e salienta a distinção entre empreendedor e administrador, não estando absorto da correlação existente entre eles. Os resultados apontam diferenças e similaridades entre os grupos, identificando que os empreendedores possuem competências distintas dos intraempreendedores e são focadas em diferentes variáveis que influenciaram a vida deles, tais como motivações pessoais, diferentes maneiras de dirigirem seus negócios, apoio da família e a construção de suas carreiras profissionais.
 Palavras-chaves: Empreendedorismo; Empreendedor; Administrador; Intraempreendedor; Planejamento.
Introdução
A busca acirrada do mercado vem fazendo com que as organizações sintam a necessidade de se reestruturar e focar os seus processos internos. Essas influências são decorrentes, na maioria das vezes, dos consumidores, concorrentes, fornecedores, portanto, variáveis macroambientais. Dessa forma, as empresas procuram estimular a competitividade entre seus próprios funcionários, para que esses acompanhem o ritmo acelerado do mercado de trabalho, desenvolvendo suas habilidades pessoais e organizacionais e, ao mesmo tempo, otimizando os resultados internos das organizações através do intraempreendedorismo. Com a grande evolução tecnológica da comunicação que vem ocorrendo no mundo desde a Idade Média, as distâncias estão se encurtando a cada ano. Hoje o homem pode se manter informado em tempo real de todos os acontecimentos que estão ocorrendo, facilitando a troca de informações e o conhecimento. O homem começa a ter necessidade de superar seus limites, pois a cada instante algo novo começa a ser idealizado e colocado em prática, dando o surgimento da competitividade. Essa, por sua vez, tão acirrada entre as empresas de todo o mundo. O que pode ser notado é que a maior vantagem competitiva será sempre o ser humano, que por meio do seu potencial intelectual passa a compreender suas ideias com o intuito de garantir o sucesso pela concretização de um produto ou serviço novo. É notável que a par de todas essas transformações tecnológicas, econômicas ou pela necessidade de se manter competitiva no mercado, para se tornar uma organização de sucesso o ambiente dos negócios vem atravessando grandes influências globais. Essa nova ordem social, em constante movimento, viu surgir inúmeras organizações. Dessa maneira, o mercado se torna cada vez mais competitivo e de outro lado passa por um processo de inovação e mudança. A globalização é um dos grandes influenciadores de toda essa mudança que vem ocorrendo nos últimos tempos, formada pelas opiniões macroambientais, como citado anteriormente, 12 exemplificados pelos concorrentes, consumidores e fornecedores, que exigem o grande diferencial que as empresas estão sempre em busca de alcançar. Um dos maiores diferenciais do mercado é o fenômeno empreendedorismo, grande responsável em lançar profissionais no mercado com capacidade de ver os riscos e transformá-los em novas oportunidades de negócios, procurando sempre inovar. Então, pode-se afirmar que o empreendedor possui “[...] a capacidade de conviver com a pressão das dívidas que ocorrem num processo de abertura e crescimento das empresas” (FILION, 2000, p. 25). Para Drucker (1970), os empreendedores são como indivíduos capazes de aproveitar as oportunidades para transformá-las em mudanças. Percebe-se que os indivíduos aprimoram as ideias ou circunstâncias com o objetivo de criar algo, sendo assim definidos como empreendedores. Este artigo apresenta, primeiramente, uma revisão da literatura procurando identificar as discussões que permeiam empreendedor e intraempreendedor, no que diz respeito ao perfil, competências, motivações e capacidade de realização. Ser empreendedor não significa unicamente estar à frente de um novo negócio, mas também estar presente em corporações liderando projetos capazes de intensificar e inovar os negócios. Este perfil é intitulado de intraempreendedor (Pinchot, 1987). O papel desses indivíduos na sociedade tem sido visto como similares, porém o contexto e os ambientes é que os diferenciam e fazem com que sejam vistos de formas diferentes. Outro ponto a ser discutido refere-se às competências de empreendedores e de intraempreendedores, procurando por diferenças e semelhanças nas ações e tipos de competências. O parâmetro para analisar e fundamentar os resultados da pesquisa focou nas competências empreendedoras desenvolvidas por Man e Lau (2000), procurando oferecer um caráter inovador nas reflexões da presente pesquisa.
EMPREENDEDORISMO: HISTÓRICO E DEFINIÇÃO
De acordo com o dicionário eletrônico Wikipédia, empreendedorismo é o movimento de mudança causado pelo empreendedor, cuja origem da palavra vem do verbo francês “entrepreneur” que significa aquele que assume riscos e começa algo de novo. Apesar do empreendedorismo estar cada vez mais em evidência nos artigos, revista, internet, livros e aparentar ser um termo “novo” para os profissionais, é um conceito antigo que assumiu diversas vertentes ao longo do tempo. Só no início do século XX, a palavra empreendedorismo foi utilizada pelo economista Joseph Schumpeter em 1950 como sendo, de forma resumida, uma pessoa com criatividade e capaz de fazer sucesso com inovações. Mais tarde, em 1967 com K. Knight e em 1970 com Peter Drucker foi introduzido o conceito de risco, uma pessoa empreendedora precisa arriscar em algum negócio. E em 1985 com Pinchot foi introduzido o conceito de intra-empreendedor, uma pessoa empreendedora, mas dentro de uma organização. Buscando ainda as raízes do empreendedorismo, Dornelas (2001) faz um resgate histórico e identifica que a primeira definição de empreendedorismo é creditada a Marco Polo, sendo o empreendedor aquele que assume os riscos de forma ativa, físicos e emocionais, e o capitalista assume os riscos de forma passiva. Na Idade Média, o empreendedor deixa de assumir riscos e passa a gerenciar grandes projetos de produção principalmente com financiamento governamental. E no século XVII, surge a relação entre assumir riscos e o empreendedorismo. Bem como a criação do próprio termo empreendedorismo que diferencia o fornecedor do capital, capitalista, daquele que assume riscos, empreendedor. Mas somente no século XVIII, que capitalistae empreendedor foram complemente diferenciados, certamente em função do início da industrialização. Com as mudanças históricas, o empreendedor ganhou novos conceitos, na verdade, são definições sob outros ângulos de visão sobre o mesmo tema, conforme Britto e Wever (2003, p. 17), “uma das primeiras definições da palavra empreendedor, foi elaborada no início do século XIX pelo economista francês J. B. Say, como aquele que “transfere recursos econômicos de um setor de produtividade mais baixa para um setor de produtividade mais elevada e de maior rendimento””. No século XX, tem-se a definição do economista moderno, de Joseph Schumpeter, já citada acima sucintamente, “o empreendedor é aquele que destrói a ordem econômica existente pela introdução de novos produtos e serviços, pela criação de 3 novas formas de organização ou pela exploração de novos recursos e materiais” (SCHUMPETER, 1949, apud DORNELAS, 2001, p. 37). Contudo, parece que uma definição de empreendedor que atende na atualidade é de Dornelas (2001, p. 37), que está baseada nas diversas definições vistas até então,“o empreendedor é aquele que detecta uma oportunidade e cria um negócio para capitalizar sobre ela, assumindo riscos calculados”. Caracteriza a ação empreendedora em todas as suas etapas, ou seja, criar algo novo mediante a identificação de uma oportunidade, dedicação e persistência na atividade que se propõe a fazer para alcançar os objetivos pretendidos e ousadia para assumir os riscos que deverão ser calculados.
FORMAÇÃO E CARACTERÍSTICAS DO EMPREENDEDOR 
Existe a concepção do empreendedor nato, aquele que nasce com as características necessárias para empreender com sucesso. No entanto, como se trata de um ser social, influenciado pelo meio que em que vive, a formação empreendedora pode acontecer por influência familiar, estudo, formação e prática. Para Dolabella (1999, p. 12), para se aprender a empreender, faz-se necessário um comportamento pró-ativo do indivíduo, o qual deve desejar “aprender a pensar e agir por conta própria, com criatividade, liderança e visão de futuro, para inovar e ocupar o seu espaço no mercado, transformando esse ato também em prazer e emoção”. No campo científico e acadêmico, a formação empreendedora pode ser caracterizada por situações que contribuem diretamente para que esta ação aconteça. Entre elas, podem-se citar duas características que incidem diretamente, a primeira é a natureza da ação, caracterizada por buscar fazer algo inovador ou diferente do que já é feito. Neste ponto, o empreendedorismo está ligado diretamente às modificações de processos (ou de produtos). E a segunda é a falta ou inexistência de controle sobre as formas de execução e recursos necessários para se desenvolver a ação desejada, liberdade de ação. Estes dois fatores são considerados importantes na ação empreendedora, uma execução de algo sem controle e sem métodos com uma nova concepção. Isso não significa que todas as ações de mudanças são empreendedoras. Será se, ambos os quesitos estiverem presentes. Da 4 mesma forma, nem todas as ações desenvolvidas, com risco, sem controle dos processos são ações empreendedoras, pois nem sempre são ações inovadoras. 
Conforme Filion (2004 apud Matos et al, 2012), os empreendedores são formados por quatro características básicas: aprendizagem, rede de relações, visão e inovação. 
a) Aprendizagem Os empreendedores aprendem mais pelo “ver” do que pelo “ler”, mais pela intuição do que pela escolarização. 
b) Rede de relações As relações e as visões dão origem às ações. As ações requerem, frequentemente, o estabelecimento de novas relações, que por sua vez influenciam o surgimento de novas visões.
c) Visão A visão é uma projeção: uma imagem, projetada no futuro, do lugar que o empreendedor deseja que seu produto venha ocupar no mercado.
d) Inovação Às vezes os empreendedores não introduzem qualquer fenômeno novo ou inovação importante para o mercado, porém, inovam ao reduzir custos, ao melhorar a qualidade ou oferecer produtos mais rápidos. 
Segundo Chiavenato (2008, p. 8 e 9), são três as características básicas que identificam o espírito empreendedor, a saber: 
1 – Necessidade de realização: Os empreendedores apresentam elevada necessidade de realização em relação às pessoas da população em geral. 
2 – Disposição para assumir ríscos: Os empreendedores preferem situações arriscadas até o ponto em que podem exercer determinado controle pessoal sobre o resultado, em contraste com situações de jogo em que o resultado depende apenas de sorte. 
3 – Autoconfiança: Os empreendedores são pessoas independentes que enxergam os problemas inerentes a um novo negócio, acreditam em suas habilidades pessoais e têm um foco interno de controle mais elevado que aquela que se verifica na população em geral.
Destaca-se como principal característica as relações, a qual, segundo o autor, se obtém os conhecimentos fundamentais e necessários dentro de uma estrutura de mercado: as informações necessárias para a tomada de decisões e o conhecimento da realidade do mercado. Atualmente, as organizações possuem uma grande necessidade de buscar e desenvolver profissionais com perfil empreendedor, devido ao fato de estes, serem os responsáveis pelas modificações, criações e visões inovadoras para se obter um destaque maior e uma diferenciação positiva frente à concorrência. Os empreendedores são visionários, dotados de idéias realistas e inovadoras, baseados no planejamento de uma organização, intervêm no planejado e propõem mudanças. O empreendedor desenvolve um papel otimista dentro da organização, capaz de enfrentar obstáculos internos e externos, sabendo olhar além das dificuldades, com foco no melhor resultado. Além das características acima comentadas, o empreendedor tem um perfil de liderança para obter êxito em suas atividades, como é o grande responsável em colocar em prática as inovações, métodos e procedimentos que propôs, deverá estimular os envolvidos na realização das atividades, de forma a alcançar as metas traçadas.
EMPREENDEDOR X ADMINISTRADOR
Uma das grandes diferenças entre o empreendedor e as pessoas que trabalham em organizações é que o empreendedor define o objeto que vai determinar seu próprio futuro (Filion, 1999). Ou seja, apesar das similaridades nas funções empreendedoras e administradoras, conceituadas desde a abordagem clássica pelos atos de planejar, organizar, dirigir e controlar existe o diferencial visionário característico dos empreendedores. Por essa característica, o empreendedor direciona as atividades para o aspecto estratégico das organizações, enquanto o administrador limita e coordena as atividades diárias. Segundo Dornelas (2001), “as diferenças entre os domínios empreendedor e administrativo podem ser comparadas em cinco dimensões distintas de negócio: orientação estratégia, análise das oportunidades, comprometimento dos recursos, controle dos recursos e estrutura gerencial”.
Para finalizar, considera-se o planejamento com visão de futuro um dos principais diferenciais entre o empreendedor e o administrador. Porém, se planejar é uma das funções básicas do administrador, apontadas na abordagem clássica, Dornelas (2001, p. 37) considera isso um paradoxo pois, “o empreendedor estaria sendo um administrador completo, que incorpora as várias abordagens existentes sem se restringir a apenas uma delas e interage com seu ambiente para tomar as melhores decisões”.
Intraempreendedorismo 
A origem da palavra intraempreendedor vem do inglês intrapreneur. Um dos primeiros autores a utilizá-la foi o francês Gifford Pinchot III, em 1978. Pinchot define o intraempreendedor como “qualquer pessoa dentro da organização que utiliza seu talento para criar e conduzir projetos de caráter empreendedor na organização.” (HASHIMOTO, 2006, p. 22). Em outras palavras, o intraempreendedor são todas as pessoas que estão dentro da empresa e que utilizam sua capacidade criativa para desenvolver e criar novos produtose serviços de forma inovadora através das ações empreendedoras. Pinchot (1985) “afirma ser o intraempreendedorismo um desafio para toda empresa, já que seu objetivo é de garimpar novos talentos, fomentando a criação de novos empreendedores” (MACHADO, D.; MATOS, F. R, 2012, p. 236). Percebe-se que o intraempreendedorismo pode estar presente em todos os setores da empresa, mas com um dos objetivos, que é descobrir e incentivar a capacidade empreendedora que cada um possui.
Dessa forma, os intraempreendedores são os indivíduos capazes de transformar o ambiente da empresa, combinando suas ações empreendedoras com 28 seus talentos e conhecimentos, com o objetivo de gerar novos produtos ou serviços de maneira inovadora. Segundo Dornelas (2003), o intraempreendedorismo pode ser determinado como a identificação, o desenvolvimento, a captura e a implementação de novas oportunidades de negócios que requerem mudanças na forma como os recursos são empregados na instituição e conduzem para a criação de novas competências organizacionais, resultando em novas possibilidades de posicionamento no mercado, buscando um compromisso de longo prazo e criação de valor para acionistas, funcionários e clientes.
A característica do indivíduo intraempreendedor é sempre a busca pela inovação e criação de novos produtos, serviços ou processos dentro da organização que já trabalha, colocando dessa forma a empresa sempre em situação competitiva em relação aos seus concorrentes.
Vantagens e desvantagens do intraempreendedorismo
 Assim como é importante saber a definição do intraempreendedorismo e suas contribuições para as organizações, é interessante conhecer também as vantagens e desvantagens que os mesmos apresentam, tanto na visão da empresa como na do funcionário, visões essas que podem gerar várias contribuições para empresa, bem como podem ocorrer alguns problemas. A inovação deve ser vista como um dos fatores principais para o desenvolvimento das organizações. De acordo com Drucker (2005), a inovação deve ser compreendida como o melhor meio para preservar e perpetuar a organização, que ela é o alicerce para seu sucesso e segurança no trabalho. Os gestores da organização devem promover um clima favorável ao ambiente organizacional para que os indivíduos se sintam motivados a compartilhar seus conhecimentos e gerarem novas ideias que possam ser aplicadas e aproveitadas pela empresa nos seus processos.
Outra vantagem na visão da empresa é a de ser ter funcionários com visões de proprietários ou sócios, enfrentando as dificuldades como se fossem donos do negócio. A valorização e as recompensas são consideradas como uma das principais vantagens para a satisfação profissional, evitando a perca de grandes talentos para a organização (BRITO; SANTOS; ARAÚJO, 2010).
O empreendedorismo corporativo pode provocar a competição excessiva entre os funcionários, o que pode atrapalhar a comunicação interna da organização gerada por fofocas, boatos e sonegação de informações com o objetivo alcançar o poder. A competição é fundamental para a organização, mas que seja de formal agradável e controlada (BRITO; SANTOS; ARAÚJO, 2010).
Mesmo com todas as vantagens que o intraempreendedorismo apresenta para as organizações e funcionários que a compõem, é necessário avaliar cuidadosamente cada vantagem e desvantagem na visão tanto da empresa como na do funcionário, evitando futuras frustrações, visto que nem sempre será solução para os problemas enfrentados. 
Os perfis intraempreendedores 
As definições apresentadas, anteriormente, ajudam a compreender melhor as diferenças entre os termos intraempreendedorismo e empreendedorismo. O intraempreendedorismo pode ser considerado como uma forma de empreendedorismo praticado dentro da organização pelos profissionais que a 32 compõem, sem necessidade dos mesmos saírem da empresa. Já o empreendedorismo parte da idealização e da necessidade da abertura do próprio negócio. Uma das características definida por Dornellas (2003, p. 59) é que os “empreendedores são pessoas ou equipes de pessoas com características especiais, que são visionárias, que questionam, que ousam, que querem algo diferente, que fazem acontecer, ou seja, que empreendem.” Conforme o autor, essas pessoas possuem uma motivação singular, têm uma paixão pelo o que fazem, procuram ser o diferencial na presença de outras pessoas. Diferentemente dos intraempreendedores, que pessoas que “querem ser reconhecidas e admiradas, referenciadas e imitadas, querem deixar um legado” (Dornellas, 2003, p.59). Segundo Bom Angelo (2003), os intraempreendedores devem ter várias habilidades e percepção para interagir estrategicamente tanto com os equipamentos quanto com as pessoas e as oportunidades propícias de mercado.
Empreendedorismo corporativo 
As organizações estão passando por uma fase que exige grande necessidade de inovação, que é decisiva para o aumento da competitividade. Assim, surge a organização empreendedora, que promove o empreendedorismo corporativo, como também é chamado o intraempreendedorismo (Paula; Almeida, 2008), através dos quais as empresas tendem a atingir seus objetivos. Hisrich, Peters e Shepherd (2009) mencionam características importantes para que se encontre um clima organizacional favorável ao alcance desses objetivos. A primeira delas é que a empresa deve atuar nas fronteiras tecnológicas, estimulando e apoiando novas ideias. A experimentação, como segunda característica, é apontada como um incentivo, “a empresa que deseja estabelecer um espírito empreendedor tem que proporcionar um ambiente que permita erros e fracassos no desenvolvimento de produtos inovadores” (HISRICH, PETERS E SHEPHERD, 2009, p. 93).
Percebe-se fazer necessário um apoio da alta administração para que os intraempreendedores consigam realizar de forma correta suas funções dentro de uma organização. Assim, esta precisa dar autonomia a seus trabalhadores para que esses possam se engajar em projetos diferentes, assumam riscos e agreguem valores e processos, produtos e serviços dentro do ambiente de trabalho. A partir do que foi apresentado, faz-se necessário enxergar que para se desenvolver o intraempreendedorismo é preciso haver o comprometimento de todos os envolvidos da organização, e essa deve investir em programas de inovação do ambiente interno para o externo, levando em consideração as características do intraempreendedor, para que consiga colocar em prática suas habilidades e a organização aumente a competitividade e atinja os objetivos almejados.
CONCLUSÃO
O objetivo geral da pesquisa foi o de identificar se há competências empreendedoras que distinguem empreendedores de intraempreendedores. A pesquisa mostrou que existem semelhanças e divergências entre empreendedores e intraempreendedores em relação às competências, entretanto, as diferenças são bem atenuantes. Pode-se verificar que os empreendedores são mais comprometidos afetivamente com suas empresas, além de elas terem muita importância na vida deles. Os tipos de preocupação entre os dois grupos são diferentes, observando que para o grupo dos empreendedores é fundamental que os negócios deem certo, com expectativas de progredir. A empresa é a razão da vida deles, se sentem comprometidos e responsáveis pelos negócios que estão à frente. No grupo de intraempreendedores, as preocupações estão mais localizadas no reconhecimento por parte da empresa e dos dirigentes, conquistas de prêmios, benefícios e remuneração, não obstante terem declarado o quanto gostam de seu trabalho e de sua atividade.
Outro ponto que distingue empreendedores de intraempreendedores refere-se àqueles que possuem empresas próprias e que tendem a se relacionar melhor com os funcionários e estão mais atentos aos investimentos de longo prazo. As competências apontadas pelos participantes apresentam algumas similaridades, tais como força de vontade para exercer as atividades e entusiasmo e motivação para gerir os negócios. O modo como eles enxergam as oportunidadesmostrou diferenças; os empreendedores usam mais a intuição do que os intraempreendedores. Foram encontradas competências que distinguem empreendedores de intraempreendedores, mas o que chama a atenção são as variáveis que influenciaram a vida deles no período de construção da carreira profissional. O papel da família quer seja protetora e rígida, quer seja de pouca influência, é fator condicionante para as pessoas se sentirem seguras à frente dos negócios, mesmo em situações de crise. As motivações pessoais, o desafio de vencer e de se sobrepor às dificuldades, as ações baseadas em percepções pessoais e nas próprias crenças superam, para o grupo analisado, a busca do lucro como fim em si mesmo. Um dos pontos relevantes da pesquisa volta-se para o entendimento de como cada participante identificou oportunidades de negócio. Acredita-se que a busca por oportunidade e como a reconhecem é o que faz do intraempreendedor pessoa diferente na arena organizacional.
Portanto, empreendedor é o diferencial numa organização. Diferencial este que fazendo uma analogia a uma peça automotiva pode representar uma peça que une como as engrenagens do motor às rodas, ou seja, é ela que faz com que todo o conjunto se movimente dando às rodas a força e assumindo todos os riscos previamente calculados, impactos que serão causados pelo 11 caminho a ser tomado. A diferença entre o diferencial mecânico e diferencial empreendedor é que, o mecânico tem um lugar específico e o empreendedor não, mesmo assim continua ser uma peça importante para o sucesso de uma organização.
REFERÊNCIAS 
BRITTO, Francisco; WEVER, Luiz. Empreendedores brasileiros: vivendo e aprendendo com grandes nomes. Rio de Janeiro: Campus, 2003. 
DOLABELA, Fernando. O segredo de Luísa. São Paulo: Cultura Editores Associados, 1999. 
DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo: transformando idéias em negócios. Rio de Janeiro: Elsevier, 2001. 
FILION, Luis Jacques. Empreendedores e Proprietários de Pequenos Negócios. Revista USP – Revista da Administração, São Paulo, 1999. 
MARCOVITCH, Jacques. Lições do pioneirismo no Brasil. HSM Management, V. 4, n. 57, p.20-28. Jul/Ago. 2006. 
WIKIPÉDIA. Enciclopédia eletrônica. Disponível em http://pt.wikipedia.org. Acesso em 10 de julho de 2007.
BOM ANGELO, Eduardo. Empreendedor corporativo: a nova postura de quem faz a diferença. 9 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003. 
BRITO, D. C.; SANTOS, L. B.; ARAÚJO, S. O. Empreendedorismo no ramo da confecção. Disponível em: . Acesso em: 19 de abril de 2013. 
CERVO, Amando L.; BERVIAN, Pedro A.; DA SILVA, Roberto. Metodologia Científica. 6 ed. São Paulo: Pearson, 2007. 
CHIAVENATO, Idalberto. Empreendedorismo: dando asas ao espírito empreendedor. São Paulo: Saraiva, 2006. 142 p. 
DOLABELA, Fernando. Oficina do Empreendedor: a metodologia de ensino que ajuda a transformar conhecimento em riqueza. São Paulo: Cultura, 1999. 275 p. 
DOLABELA, Fernando. Oficina do empreendedor: a metodologia de ensino que ajuda a transformar conhecimento em riqueza. Rio de Janeiro: Sextante, 2008. 
DOLABELA, Fernando. Intraempreendedorismo. Disponível em: < http://fernandodolabela.wordpress.com/servicosoferecidos/intraempreendedorismo/>. Acesso em: 28 de abril 2013. 
DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo na prática: mitos e verdades do empreendedor de sucesso. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. 
DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo: transformando ideias em negócios – edição comemorativa de 10 anos. Rio de Janeiro: Elsevier Campos, 2011.
HISRICH, R. D.; PETER, M. P.. Entrepreneurship: Starting, Developing, and Managing a New Enterprise, 4th ed., Irwin, Chicago, IL, 1998.
HISRICH, R.; PETERS, M. Empreendedorismo. 5a. ed. Porto Alegre, RS: Bookman, 2004.
PINCHOT, G. Innovation through intrapreneuring. Research Management. Vol. XXX, No. 2. MarchApril, 1987 
PINCHOT, G. Intrapreneurial. Harper&Row, New York, 1985.

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