Buscar

aula_macroIII_consumo_2a_parte

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

Restrições de liquidez
• Hipótese implícita do modelo básico: as 
famílias podem tomar emprestado e 
emprestar livremente à taxa de juros r, 
desde que elas respeitem as suas restrições 
orçamentárias intertemporais.
• E se existirem restrições à tomada de 
empréstimos?
Restrições de liquidez
• No mundo real, é muito comum existirem 
restrições de liquidez: a incapacidade das 
famílias tomarem emprestado apenas com 
base em suas rendas futuras. 
• Por que? Incerteza em relação à renda 
futura implica em um risco para os 
emprestadores. Nesse caso, eles exigem 
uma garantia para conceder os empréstimos.
Restrições de liquidez
• Porém, muitas famílias não têm garantia. A 
única coisa que elas têm a oferecer é uma 
perspectiva de uma renda alta no futuro.
• Porém, isso não é suficiente, pois existem 
vários problemas de assimetria de 
informação no mercado de empréstimos. 
Restrições de liquidez
• Quais são as conseqüências das restrições 
de liquidez para a teoria de alocação 
intertemporal do consumo desenvolvida no 
capítulo?
• Algumas famílias não conseguiriam 
implantar o plano ótimo de consumo em 
função das restrições de liquidez. 
Restrições de liquidez
• Para essas famílias, a função consumo Keynesiana 
tradicional seria uma boa formulação, pois a renda 
corrente seria o principal determinante do 
consumo. 
• Exs: Suponha uma família restrita que tem um 
nível de consumo atual abaixo do ótimo. Como ela 
reage ao recebimento de uma herança? E a uma 
queda temporária de imposto financiada por um 
aumento futuro de imposto de mesmo valor 
presente? 
Consumo e poupança agregada
• Função consumo de cada família:
• Ci=ciYpi
• i=família
• Se para toda família i a propensão marginal 
ci é a mesma (ci=c para todo i), então 
podemos colocar o consumo agregado em 
função da renda agregada: 
N
i
N
i
pii YcC
1 1
Consumo e poupança agregada
• Mas e se ci variar entre as famílias?
• Nesse caso a agregação seria um problema bem 
mais complicado.
• Como poderíamos usar o que aprendemos até 
agora para analisar como ci varia com as famílias?
• 1) Famílias mais impacientes (maior taxa de 
desconto intertemporal) tem maior propensão 
marginal a consumir.
• 2) Famílias mais idosas (com um menor período 
de tempo de vida) tem maior propensão marginal a 
consumir. 
Consumo e poupança agregada
• Dada a discussão anterior, como que a poupança 
agregada é afetada pela composição etária?
• Em uma economia, geralmente coexistem jovens 
poupadores e idosos despoupadores (“gerações 
sobrepostas”).
• Suponha que o crescimento da renda per capita e 
da população é igual a zero e o número de jovens 
e velhos é o mesmo. Nesse caso, a poupança dos 
jovens tenderia a ser compensada pela 
despoupança dos idosos e a poupança agregada da 
economia tenderia a ser 0 (pense no modelo de 2 
períodos).
Consumo e poupança agregada
• Porém, em geral as economias apresentam 
crescimento da renda per capita e da população 
positivos. Isso quer dizer que em geral os jovens 
serão mais numerosos e mais ricos do que os 
idosos, o que fará com que a poupança agregada 
da economia tenda a ser positiva.
• Relação entre demografia e poupança (Leff 
(1969)).
Consumo, poupança e taxa de 
juros
• Relembrando micro de novo: Uma variação do 
preço de um bem causa dois tipos de efeito: (i) 
efeito substituição (o bem está mais caro ou 
barato); (ii) efeito renda (o consumidor está mais 
pobre ou rico). 
• Mesma coisa para o caso da alocação de consumo 
intertemporal: aumento de juros é um aumento do 
preço do consumo atual em relação ao consumo 
no futuro. Esse aumento gera um efeito renda e 
um efeito substituição no consumo atual. 
Consumo, poupança e taxa de 
juros
• É conveniente chamar a atenção que a 
direção do efeito renda no caso depende se 
o consumidor é um credor ou um devedor 
líquido. Caso ele seja um credor líquido, 
tem-se um efeito renda positivo. Caso ele 
seja um devedor, tem-se um efeito renda 
negativo. 
Consumo, poupança e taxa de 
juros
• O efeito substituição não é ambíguo: aumento da 
taxa de juros faz com que o preço do consumo 
atual aumente em relação ao consumo no futuro, 
diminuindo o nível de consumo atual. 
• O efeito renda depende da posição inicial:
• 1) Devedor líquido: aumento dos juros implica 
que a família está mais pobre. Logo, o efeito renda 
reforça o efeito substituição, diminuindo ainda 
mais o consumo atual. Logo, no caso de uma 
família devedora líquida um aumento da taxa de 
juros necessariamente causa uma queda do 
consumo atual e um aumento da poupança. 
Consumo, poupança e taxa de 
juros
• 2) Credor líquido: aumento dos juros implica que 
a família está mais rica. Logo, um aumento de 
juros aumenta o consumo atual. Logo, no caso de 
uma família credora líquida um aumento da taxa 
de juros pode causar uma queda ou um aumento 
do consumo atual. 
• Em geral, os economistas supõem que os efeitos 
renda de credores e devedores se anulam no 
agregado, restando então apenas o efeito 
substituição. Por isso, a hipótese de que aumento 
de juros aumenta a poupança é usual nos modelos 
macroeconômicos.
Consumo, poupança e taxa de 
juros
• Família devedora líquida: 
A
A’
B
A B EFEITO SUBSTITUIÇÃO
B A’ EFEITO RENDA
Q1
Q2 E
C1
C2
C’2
C’1
Consumo, poupança e taxa de 
juros
• Família credora líquida: 
A
A’
B
A B EFEITO SUBSTITUIÇÃO
B A’ EFEITO RENDA
Q1
Q2 E
C1
C2
C’2
C’1
Poupança das empresas e 
poupança familiar
• O modelo do capítulo 4 estuda o 
comportamento da poupança das famílias. 
Porém, a poupança das empresas é um 
importante componente da poupança 
privada total (nos EUA a poupança das 
empresas é maior do que a das famílias).
• Por que a poupança das empresas foi 
desconsiderada na análise? 
Poupança das empresas e 
poupança familiar
• As famílias são proprietárias das empresas. Logo, 
se as empresas poupam mais as famílias podem 
reagir poupando menos pessoalmente e vice-versa. 
Dessa forma, para se analisar o comportamento da 
poupança total bastaria se analisar a poupança 
pessoal. 
• Como fazer uma análise formal desse argumento? 
Poupança das empresas e 
poupança familiar
• Voltemos ao modelo de 2 períodos, só que 
para as firmas. A fonte de renda das firmas 
é o seu lucro em cada período. As firmas 
devem escolher no período 1 se distribuem 
seus lucros como dividendos às famílias 
(análogo ao consumo no caso das famílias) 
ou se poupam e investem em um ativo que 
rende a taxa de juros r (a mesma taxa que as 
famílias enfrentam). 
Poupança das empresas e 
poupança familiar
• Nesse caso, pode-se mostrar que a restrição 
orçamentária intertemporal das firmas diz 
que o valor presente dos dividendos deve 
ser igual ao valor presente dos lucros das 
firmas. 
• Já a restrição orçamentária das famílias 
deve ser alterada para incluir os dividendos 
como fonte de renda. 
Poupança das empresas e 
poupança familiar
• Substituindo o valor presente dos dividendos pelo valor 
presente dos lucros na RO das famílias, mostra-se que para 
as famílias o que importa é o valor presente do lucro total, 
não quando o lucro é pago sob a forma de dividendo. 
• Pode-se mostrar que mudanças na política de dividendos 
da firma não altera a decisão de consumo da família. Se a 
firma decide distribuir uma unidade a menos de dividendos 
no período 1 (poupar uma unidade a mais), a família não 
altera o consumo, o que vai fazer a poupança da família 
cair uma unidade. Logo, a poupança da família tem uma 
queda de mesma magnitudedo aumento da poupança da 
firma. 
Poupança das empresas e 
poupança familiar
• Várias hipóteses fortes do modelo simples do capítulo 4 
são necessárias para se chegar a conclusão de que o timing 
de distribuição de dividendos é irrelevante para as famílias:
• (i) A taxa de retorno do investimento da firma é a mesma 
da família. 
• (ii) A política tributária é neutra em relação a distribuição 
de dividendos. 
• (iii) As famílias não estão restritas por liquidez. 
• (iv) As informações aos acionistas sobre a poupança das 
firmas é perfeita.
Poupança das empresas e 
poupança familiar
• Evidências empíricas:
• 1) Taxa de poupança privada estável nos EUA, 
enquanto a poupança pessoal e das empresas 
variaram bastante Evidência de que a poupança 
das famílias compensou movimentos na poupança 
das firmas.
• 2) Poterba (1987): Cada dólar de aumento da 
poupança das firmas foi compensado por uma 
queda da poupança das famílias de no máximo 50 
centavos de dólar.

Outros materiais