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FREUD - Desenvolvimento da infância e adolescência

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Teorias do desenvolvimento 
A Psicologia do Desenvolvimento é um campo de investigação que se dedica a questões muito variadas relacionadas a diferentes dimensões das mudanças desenvolvimentais.
Diversos autores deram contribuições significativas para a Psicologia do Desenvolvimento (Jean Piaget, Sigmund Freud, Lev Vygotsky, Arnold Gesell, Erik Erikson, Albert Bandura, etc.). Estes autores contribuíram em diferentes áreas de investigação e tiveram enfoques teóricos diversificados. 
Estágios e Sequências
Mudanças no desenvolvimento
Os teóricos da aprendizagem colocam uma ênfase maior nas influências ambientais, enfatizando o papel dominante da experiência. 
Alguns pesquisadores estabeleceram fases de desenvolvimento, as quais obedecem a uma certa sequência, válida para todos. 
Todas as pessoas, ao se desenvolverem, passam por essas etapas embora varie a idade e as características.
 Teorias do desenvolvimento
classificação das teorias de desenvolvimento em quatro grandes grupos, baseada em Bee (1996):
Teorias Biológicas 
Teorias de Aprendizagem
Teorias Psicanalíticas
Teorias cognitivo-desenvolvimentais
 Abordagens ao estudo da Psicologia do Desenvolvimento
Teorias Biológicas 
A proposição básica - é a de que tanto os nossos padrões comuns de desenvolvimento quanto nossas tendências comportamentais individuais são parcial ou inteiramente programados pelos genes, ou são influenciados por processos fisiológicos como as mudanças hormonais. 
 Teorias Biológicas 
Supõem que as influências mais significativas sobre o desenvolvimento são internas - programadas pelos genes, ou são influenciados por processos fisiológicos como as mudanças hormonais. 
Gesell utilizou o termo maturação para descrever padrões seqüenciais de mudança geneticamente programados.
A programação genética - afeta tanto os padrões de desenvolvimento compartilhados quanto os individuais. 
Duas variações mais significativas dessa visão: 
 
Teoria maturacional de Gesell e a ênfase dos geneticistas sobre o componente genético na maioria dos comportamentos e desenvolvimentos, se não em todos.
Abordagens ao estudo da Psicologia do Desenvolvimento
Teorias de Aprendizagem
 Os teóricos da aprendizagem colocam uma ênfase maior nas influências ambientais, enfatizando o papel dominante da experiência. A versão influente de Bandura da teoria da aprendizagem inclui mais elementos cognitivos e o conceito crucial de modelagem.
Os estágios do desenvolvimento psicossexual de Freud.
 
 
Teorias Psicanalíticas
Existe todo um grupo de teorias chamadas psicanalíticas, começando com a de Freud e continuando com as teorias de Carl Jung, Alfred Adler, Erik Erikson e muitos outros. 
1ª A suposição mais distintiva e central da abordagem psicanalítica é a de que o comportamento é governado por processos inconscientes.
Freud propôs a existência de um impulso sexual inconsciente denominada libido. 
A libido – (energia) é a força motriz que regula todos os nossos comportamentos. 
Libido - Como não está ligada exclusivamente aos órgãos genitais, a libido pode ser direcionada em relação a uma pessoa, objeto, ao próprio corpo ou a uma atividade intelectual.
Freud indica que houve uma negligência da ciência com relação a sexualidade infantil devido a duas possíveis causas:
1) Educação/Convenção;
2) Amnésia infantil.
Amnésia infantil - fenômeno psíquico que na grande maioria das pessoas acaba por ocultar as recordações dos primeiros anos da infância.
As situações e impressões esquecidas deixam profundos rastros em nossa vida anímica e acabam por influenciar o desenvolvimento ao longo da vida do indivíduo.
2ª suposição básica é a de que a personalidade tem uma estrutura, e que essa estrutura se desenvolve ao longo do tempo.
Divisão topográfica da mente - organização psíquica 
Freud distinguiu três níveis de consciência
 Subconsciente 
A perspectiva psicanalítica de Freud surgiu no início do século XX, dando especial importância às forças inconscientes que motivam o comportamento humano na sua complexidade.
O consciente é somente uma pequena parte da mente, incluindo tudo do que estamos cientes em dado momento.
No inconsciente estão elementos não acessíveis à consciência. Há também material que foi excluído da consciência, censurado e reprimido. 
Pré-Consciente é uma parte do Inconsciente que pode tornar-se consciente com facilidade. As porções da memória .
Nos trabalhos posteriores, Freud reavaliou essa distinção entre o consciente e o inconsciente e propôs os conceitos de Id, Ego e Superego.
 Estrutura da personalidade
ID: Constitui o reservatório de energia psíquica. É regido pelo princípio do prazer.
EGO: É o sistema que estabelece o equilíbrio entre as exigências do id, as exigências da realidade e as ordens do superego. 
Começa a se desenvolver a partir dos 2 anos até 4 ou 5, aproximadamente, conforme a criança aprende a modificar suas estratégias de gratificação imediata.
Quando o ego é pressionado demais, o resultado é a condição definida por Freud como ansiedade.
 Estrutura da personalidade
SUPEREGO: Origina-se com o complexo do Édipo, a partir da internalização das proibições, dos limites e da autoridade. 
Desenvolve-se desde o inicio da vida, quando a criança assimila as regras de comportamento ensinadas pelos pais ou responsáveis mediante o sistema de recompensas e punições.
Os mecanismos de defesa 
Os mecanismos de defesa são importantes para a compreensão do ajustamento do adolescente.
É a operação pela qual o ego exclui da consciência os conteúdos indesejáveis protegendo desta forma, o aparelho psíquico. 
Os mecanismos de defesa é uma função do ego e é inconsciente.
São os modos pelos quais se dão as distorções de eventos causadores de ansiedade. 
A ansiedade alerta o ego para resolver o conflito através dos mecanismos de defesa.
Fases de desenvolvimento
Organização da libido, em torno de uma zona erógena
O desenvolvimento da personalidade se dá fundamentalmente em estágios, com cada estágio centrado numa determinada tarefa ou numa forma específica de necessidade básica.
Em cada um dos 5 estágios psicossexuais de Freud, a libido é investida na parte do corpo que é mais sensível naquela idade. 
Fases de desenvolvimento
1º Estágio oral – (0 a 1,5 anos). A energia libidinal está centrada na boca. A boca, a língua e os lábios são os primeiros centros de prazer para o bebê.
O seio é a descoberta afetiva e o primeiro objeto de ligação. A criança ama com a boca. Forma um vínculo de prazer em si que pode permitir a formação da afetividade.
Fixação - Processo pelo qual o indivíduo permanece vinculado a modos de satisfação
A fixação nas fases de desenvolvimento identifica o tipo de caráter que a pessoa possui (caráter oral, anal, fálico ou genital). O caráter oral é caracterizado pelo otimismo, a passividade e a dependência. 
Os transtornos alimentares - dificuldades na fase oral.
2º Estágio anal - 1-3 anos. O bebê tem mais sensações no ânus. Ênfase no treinamento esfincteriano. A criança tem de aprender a controlar sua defecação e, dessa forma, deve aprender a lidar com a frustração do desejo de satisfazer suas necessidades imediatamente. 
A fantasia neste período está ligada aos primeiros produtos, as fezes o sentimento de o que produzimos é bom, é necessário para todas as relações produtivas que estabelecemos com o mundo.
O caráter anal é caracterizado pro três traços que são: ordem, parcimônia (econômico) e teimosia.
A fixação nessa fase ocasiona a neurose obsessivo-compulsiva. Quanto mais controle dos esfíncteres, mais atenção e elogio dos pais. É uma fase de interiorização de normas sociais.
3º Estágios fálico – (3 - 4 anos). Os genitais têm sua sensibilidade aumentada.
A erotização passa a ser
dirigida para os genitais, desenvolve-se o interesse infantil por eles, a masturbação torna-se frequente e normal. Preocupação com as diferenças sexuais entre meninos e meninas.
Os homens (gênero masculino) são definidos pela presença do órgão fálico, ao passo que as mulheres pela sua ausência.
 
Com o desenvolvimento, a percepção correta da realidade confirmará aos olhos infantis que só o homem é portador do pênis e a mulher é castrada.
Estágios fálico – (3 - 4 anos). 
A maior parte dos vínculos de prazer na infância está ligada à mãe. 
O esquema repressor é desencadeado com a entrada do pai em cena. 
A resolução desse conflito está relacionada ao complexo de Édipo e à identificação com o genitor de mesmo sexo. 
É a lei. Está configurado o Complexo de Édipo.
O menino - introjeta a lei e a moral (o pai) e está encerrada esta fase e formado o superego.
Na menina - ela se afasta da mãe pois esta não foi capaz de lhe dar um pênis e se apega ao pai. 
Com a percepção da realidade ela também desiste e seus desejos são deslocados.
Estágios fálico – (3 - 4 anos). 
Falo - imagem do órgão reprodutor masculino - carregada nos antigos festivais em honra a Dionísio (deus do vinho m. grega ) e Baco (m. romana) para simbolizar o poder gerador da natureza.
O caráter fálico - Gera dificuldades na formação do superego (regras sociais), na identidade do papel sexual e até mesmo na sexualidade, envolvendo inibição sexual, promiscuidade sexual e homossexualismo.
4º O Estágio de Latência - 5-12 anos. Existe uma espécie de período de descanso antes da próxima mudança.
Com a repressão do Édipo, a energia da libido fica temporariamente deslocada dos seus objetivos sexuais. Ela é canalizada para o desenvolvimento intelectual e social da criança. Isto se chama “realizações socialmente produtivas”.
É a fase de desenvolvimento de amizades e laços sociais.
5º O Estágio Genital - 12 -18 e Mais Idade. As mudanças nos hormônios e órgãos genitais que acontecem durante a puberdade reacendem a energia sexual da criança.
Os adultos que conseguiram integrar satisfatoriamente os estágios anteriores surgem neste estágio com interesse mais sincero pelos outros e uma sexualidade madura. 
O caráter genital - sexualidade satisfatória preocupando-se com a satisfação do companheiro sexual, evitando assim a manifestação de um narcisismo egoísta. Assim sua energia psíquica sublimada fica disponível para o trabalho, que é prazeroso.
Cap. 1 Perguntas Básicas. In: BEE, H. A criança em desenvolvimento. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996
http://www.psicoloucos.com/psicologias/psicanalise/id-ego-e-superego
http://www.psicologianova.com.br/fases-desenvolvimento-psicossexual-freudianas/

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