Buscar

SEXUALIDADE INFANTIL E SUAS MANIFESTAÇÕES [João Paulo Catafesta]

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

FACULDADE SÃO LUIZ
Antropologia filosófica
Prof.: Ms. Luiz Carlos Berri
Acadêmico: João Paulo Catafesta
Data: 15 out. 2015.
SEXUALIDADE INFANTIL E SUAS MANIFESTAÇÕES 
A existência da sexualidade na faze inicial do desenvolvimento do ser humano? Negou-se por muito tempo que as crianças tivessem sexualidade, pois o conceito de sexualidade sempre esteve vinculado a genitalidade, Freud por outro lado divide os dois conceitos e identifica a genitalidade como uma das partes da sexualidade, mas não como todo. 
A sexualidade é parte fundamental do desenvolvimento de cada indivíduo, ela faz parte de sua personalidade, e de alguma forma ajuda no desenvolvimento de relacionamentos, no equilíbrio emocional e sentimental; se o indivíduo desenvolve uma sexualidade saldável, todas essas áreas se desenvolve mais equilibradas. A genitalidade limita-se apenas aos órgãos reprodutores, “localização última das satisfações eróticas na etapa da adolescência e na vida adulta”.[1: PATEL, Balmukund Niljay. et.al. Sexualidade na adolescência: desenvolvimento, vivência e propostas de intervenção. Jornal de pediatria. Salvador: Sociedade Brasileira de pediatria, p.01-02, 2001.]
Ao contrário da genitalidade, que trata apenas dos aspectos biológicos, a sexualidade está ligada também aos aspectos afetivos, à história de vida e aos valores culturais, os quais contribuem para a formação da identidade geral e para com os componentes da identidade sexual: identidade de gênero, papel de gênero e orientação sexual.[2: PATEL,loc.cit.]
Dedicando-se ao Estudo das neuroses dos homens e mulheres, Sigmund Freud desenvolve toda uma teoria sobre a sexualidade nas mais diversas fases da vida do ser humano, inclusive infância. “Minhas afirmações sobre a sexualidade infantil se basearam a princípio quase exclusivamente nos resultados regressivos da análise de adultos(...)”.[3: ALMEIDA, Alexandra Nakano de. Os “Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade” de Sigmund Freud e a Psicologia da Criança no final do século XIX. 2006. p.61. Dissertação [Mestrado em História da ciência], Pontifícia Universidade Católica , São Paulo, 2006. ]
O objetivo de Freud nunca foi uma análise de Crianças, mas sim de adultos, porém através desses analises ele consegue identificas as manifestações da sexualidade na formação dos indivíduos. 
Sigmund Freud critica ferozmente a posição de vários autores em excluir a sexualidade na fase da infância, e também aos que se preocupam mais com a hereditariedade do que com os acontecimentos das fazes iniciais. Estes autores segundo Freud teriam negligenciado por causa de algo que ele chama de amnésia infantil [4: Ibid., p.74.]
Digno de nota que os autores que se ocuparam do esclarecimento das propriedades e reações do indivíduo adulto tenham prestado muito mais atenção à fase pré-histórica representada pela vida dos antepassados - ou seja, atribuído uma influência muito maior à hereditariedade.[5: FREUD, Sigmund. Um caso de histeria, três ensaios sobre a teoria da sexualidade e outros trabalhos. Brasil .Imago, 1901-1905. P.85 ]
Amnésia infantil é trabalhada por Freud como aquela faze inicial em que não nos lembramos, que seria mais ou menos do zero anos, até os seis anos de idade neste período acreditamos que sejam os momentos que mais se absorve de conteúdo e também é a fase que se tem menor número de lembranças latentes, mas todas estas lembranças estão armazenadas no subconsciente. “Ora, temos razões para crer que em nenhuma outra época da vida a capacidade de recepção e reprodução é maior do que justamente nos anos da infância. ” [6: FREUD, loc. cit. ]
Há um período que se percebe uma maior manifestação da sexualidade, esse período é do nascimento até os seis anos, depois há uma baixa na observação das pulsões sexuais e eleva novamente na puberdade, isso acontece por causa dos diques. 
“Tais diques seriam os sentimentos de vergonha, a repugnância e as exigências dos ideais éticos e estéticos”. Esses tais diques são mais fortes conforme a educação recebida. [7: ALMEIDA,2006, p.76. ]
Umas das primeiras manifestações da sexualidade infantil se dá pela via oral; conhecido como chuchar é a movimentação de sugar ritmicamente algo com a boca, presente em crianças antes mesmo de seu nascimento, pratica esta que pode se estender por toda a vida, mudando somente o objeto que proporciona o prazer. Lindner um pediatra húngaro dedicou muito tempo pesquisando o assunto reconhece caráter sexual dessa atitude, [8: FREUD,1901-1905, P.87]
De numerosos pediatras e neurologistas tem-se erguido um protesto muito enérgico contra essa concepção, parcialmente baseado, sem dúvida, na confusão entre “sexual” e “genital”. Esse protesto levanta uma questão difícil e irrecusável: por qual característica genérica podemos reconhecer as manifestações sexuais da criança? Parece-me que a concatenação de fenômenos que pudemos discernir através da investigação psicanalítica nos autoriza a ver no chuchar uma manifestação sexual e a estudar justamente nele os traços essenciais da atividade sexual infantil.[9: Ibid,p.8]
O ato de chuchar é um processo de auto erotismo, estimulação da zona erógena e “o autor define zona erógena como parte da pele ou mucosa em que certos tipos de estimulação provocam uma sensação prazerosa”. [10: ALMEIDA,2006, p.78. ]
Um dos únicos prazeres de um bebe certamente é o de se alimentar, todas as vezes que suga algo ritmicamente com a boca está provocando a si mesmo prazer, recordando e tentando proporcionar em si próprio o prazer ligado a alimentação, então podemos dizer que chuchar nada mais é que um ato masturbatório aonde a criança está provocando prazer em si mesma através de sua zona erógena.[11: ALMEIDA, loc. cit]
É perceptível que há uma sensação de prazer em uma criança através do ato de chuchar, porém não está ligado a genitalidade e por isso começa a se desprender os dois conceitos possibilita o estudo da sexualidade infantil que se manifesta inicialmente como vimos de forma oral, mas também não é a única forma que se manifesta a sexualidade de uma criança.[12: Ibid., p.8.]
Uma segunda área erógena infantil começa em média aos dezoito meses de idade essa área é a zona anal. Assim como a oral que estava ligada a necessidade de alimentação, a anal por sua vez está ligada a outra necessidade básica defecação, nessa faze começa a ter domínio sobre as fezes e isso se torna causa prazer anal, por sinal durante toda a vida o ânus mantem uma grande parcela de excitabilidade. [13: PATEL, 2001.p.2.][14: FREUD, 1901-1905.p.90.]
É fácil reconhecer as crianças que se estimulam sexualmente através da zona anal, por segurarem de modo exagerado as fezes, pois ao reter chega um ponto que sente contrações fortes que ao sair pela zona retal estimula muito mais a mucosa. 
Muitos são os bebês que nessa faze da vida tem problemas intestinas, na verdade é uma forma de garantir o prazer anal; em crianças mais velhas é comum também que se estimulem com os dedos coçando o ânus, [15: FREUD, loc.cit.]
“A retenção da massa fecal, a princípio intencionalmente praticada para tirar proveito da estimulação como que masturbatória da zona anal”, assim como a estimulação pelos dedos também é uma masturbação. [16: Ibid. p.91.]
Após a fase oral e anal, dos três aos cinco anos, as pulsões sexuais se concentram nas regiões genitais. Idade em que se descobre e aprende muito, reconhecimento, tem curiosidade com relação a tudo, quer saber de onde vem os bebês? Por que a genitália é diferente? Além de curioso está se descobrindo. Nesta faze gosta de se mostrar, de preferência para os familiares do sexo oposto, hostilizando com o mesmo. Satisfazem suas curiosidades com outras crianças. 		Podemos perceber que segundo Sigmund Freud a sexualidade é algo que está no ser humano, faz parte de sua natureza, e se manifesta por todas as fazes de sua vida, de maneiras diferentes, inclusive nas crianças; aliais é justamente na infância que se desenvolve várias características que o indivíduovai carregar para o resto de sua vida[17: PATEL, 2001.p.2.]
 Por isso o quanto mais cedo se começa a educar para a sexualidade melhor é, esse trabalho deve ser assumido pelos pais afim de que no final da adolescência o indivíduo tenha muito bem formado sua sexualidade, construído sua identidade sexual pois assim teremos pessoas mais seguras de sim mesmas, que sabem quem são, com menos traumas e neuroses, possibilitando assim um melhor relacionamento social.[18: PATEL, 2001.p.5]
REFERÊNCIAS:
ALMEIDA, Alexandra Nakano de. Os “Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade” de Sigmund Freud e a Psicologia da Criança no final do século XIX. 2006. Dissertação [Mestrado em História da ciência], Pontifícia Universidade Católica , São Paulo, 2006.
FREUD, Sigmund. Um caso de histeria, três ensaios sobre a teoria da sexualidade e outros trabalhos. Brasil. Imago, 1901-1905.
PATEL, Balmukund Niljay. et.al. Sexualidade na adolescência: desenvolvimento, vivência e propostas de intervenção. Jornal de pediatria. Salvador: Sociedade Brasileira de pediatria.

Outros materiais