Buscar

BALANÇO SOCIAL (2)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

INTRODUÇÃO
O Brasil é um dos países em que a agroindústria está em alta, tornando-se de extrema relevância abordar sobre o assunto. A atividade desenvolvida busca relatar através da descrição e interpretação do Balanço Social da CONAB, empresa que se preocupa em garantir o equilíbrio financeiro das atividades agrícolas de pequenos, médios e grandes produtores, a importância da pratica agrícola e principalmente a ação das cooperativas neste cenário que visam à organização das atividades e principalmente o desenvolvimento e estabilidade do produtor e da região em que atua.
De maneira geral, o trabalho apresenta o contexto histórico da CONAB, abordando características como a personalidade jurídica, a atividade, a forma de contratação de pessoal, sua finalidade, seus objetivos enquadrados nos princípios contábeis, nas resoluções do CFC e nas leis especificas, considerando os tipos de instrumentos utilizados na sustentação da renda nos permitindo assim um aprofundamento na economia agrícola da região em que nos encontramos, no caso, Chapada Diamantina, descrevendo sobre as empresas rurais e sua realidade nessa região.
Diante da pesquisa e elaboração da atividade descrita temos como peça fundamental a execução das ferramentas disponibilizadas pela contabilidade como instrumento para gerir o resultado proposto em qualquer tipo de atividade econômica.
BALANÇO SOCIAL
A contabilidade é responsável por representar todas as atividades, objetivos e ações de qualquer entidade, seja ela pública, ou privada, de interesse individual ou coletivo. Para sua eficácia foram desenvolvidos mecanismos que geram informações a qualquer usuário, neste contexto podemos mencionar a importância do Balanço Social, que segundo ZARPELON (2006) “tem como foco demonstrar publicamente que a intenção da organização não é somente a geração de lucros com um fim em si mesmo, mas o desempenho social. Este é obtido através do compromisso e da responsabilidade para com a sociedade, por meio da prestação de contas do seu desempenho sobre o uso e a apropriação de recursos que originalmente não lhe pertenciam”, sendo de fato um mecanismo muito utilizado na contemporaneidade.
Na atualidade o Balanço Social integra os relatórios anuais de diversas empresas, como é o caso da CONAB, que servirá de base para o desenvolvimento deste artigo. A CONAB, Companhia nacional do Abastecimento, que possui personalidade jurídica de direito privado e surgiu da fusão das empresas Companhia Brasileira de Alimentos- CONAB, Companhia Brasileira de Armazenamento – CIBRAZEM e Companhia de Financiamento da Produção – CFP. É uma empresa pública vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento que foi criada por Decreto Presidencial e autorizada pela Lei 8.029 de 12 de abril de 1990, tendo suas atividades iniciadas a partir de 1º de janeiro de 1991, esta empresa visa seu reconhecimento como fonte de informação para a política e a economia agrícola, organizando e disponibilizando a sociedade informações úteis de forma que sua imagem quanto empresa com finalidade social seja preservada, assim enquadra-se como uma empresa oficial do Governo Federal responsável pelas políticas agrícolas e de abastecimento e pelo atendimento as necessidades básicas da sociedade tendo como forma de contratação o concurso público e a seleção, dentre os principais objetivos da CONAB destacam-se:
I - garantir ao pequeno e médio produtor os preços mínimos e a armazenagem para guarda e conservação de seus produtos;
II - suprir carências alimentares em áreas desassistidas ou não suficientemente atendidas pela iniciativa privada;
III - fomentar o consumo dos produtos básicos e necessários à dieta alimentar das populações carentes;
IV - formar estoques reguladores e estratégicos, objetivando absorver excedentes e corrigir desequilíbrios decorrentes de manobras especulativas;
V - participar da formulação da política agrícola;
VI - fomentar, por meio de intercâmbio com universidades, centros de pesquisas e organismos internacionais, a formação e aperfeiçoamento de pessoal especializado em atividades relativas ao setor de abastecimento.
(Art. 6º Decreto nº369 de 19 de dezembro de 1991)
Pode-se perceber de fato, que a finalidade essencial da CONAB é executar; a Política Agrícola no segmento do abastecimento alimentar, a política de garantia de preços Mínimos e fornecer subsídios ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento na formulação, no acompanhamento das referidas políticas e na fixação dos volumes mínimos dos estoques reguladores e estratégicos. Para atingir seus objetivos a CONAB pode:
I - comprar, vender, permutar, estocar e promover o transporte de gêneros alimentícios e produtos básicos de consumo, agindo como elemento regulador do mercado, bem como importar e exportar produtos que atendam aos objetivos da Política Agrícola, conforme instruções do Ministério da Agricultura e Reforma Agrária;
II - atuar, supletivamente, como companhia de armazéns gerais, podendo operar rede de armazéns, silos e frigoríficos;
III - participar dos Programas Sociais do Governo Federal que guardem conformidade com suas competências;
IV - servir, supletivamente, a populações não suficientemente atendidas pelo setor privado;
V - apoiar a produção agropecuária e a circulação de gêneros alimentícios e atender as necessidades de abastecimento alimentar da população;
VI - localizar e manter os estoques estratégicos e reguladores de produtos e gêneros alimentícios básicos;
VII - firmar convênios, acordos e contratos, inclusive de financiamento, com entidades de direito público ou privado;
VIII - efetuar operações financeiras com estabelecimentos de crédito, inclusive mediante garantia do Tesouro Nacional, observada a legislação em vigor;
IX - emitir recibo de mercadoria, conhecimento de depósito, e quaisquer outros documentos representativos das mercadorias depositadas em seus armazéns, observada a legislação específica;
X - aceitar, emitir e endossar títulos;
XI - receber garantias de cauções, fiança, aval, penhor e hipoteca;
XII - aceitar e dar destinação a doações, de acordo com os objetivos da Companhia.
(Art. 6º Decreto nº369 de 19 de dezembro de 1991).
O código de ética das empresas públicas visa o cumprimento da boa governança, assim a CONAB no desenvolvimento de suas atividades prioriza os princípios da liderança, do compromisso, da integridade, da responsabilidade e da transparência, norteando suas atividades através do desenvolvimento de orçamentos compostos pelo Plano Plurianual (PPA), pela Lei das Diretrizes Orçamentárias (LDO) e pela Lei Orçamentária Anual (LOA), Realiza auditorias internas através de Comitês de auditoria como é exigido pelo Tribunal de Contas da União (TCU), o controle interno para minimizar possíveis falhas e evitar problemas e ainda relatórios e auditorias externas. Como determina a Lei nº 4.320 de 17 de março de 1964 (Lei de Orçamento) e a Lei nº 6.404 de 15 de dezembro de 1976 (Características e Natureza da Companhia ou Sociedade Anônima). O Balanço Social de 2013 da CONAB analisado para desenvolver esta atividade define o compromisso da empresa com a sociedade, no que diz respeito aos seus objetivos e conquistas. Seu compromisso em desenvolver atividades sustentáveis que mantenham a integridade da sociedade.
As atividades realizadas pela CONAB enquadram-se como Políticas Públicas destinadas ao produtor rural que objetivam sustentar a renda destes produtores mantendo a regularidade do abastecimento público, para garantir eficiência e eficácia no desenvolver dessas atividades a empresa utiliza dois instrumentos distintos:, um privilegiando os aspectos econômicos do problema e outro mais voltado para o lado social. O primeiro é apoiado pela Política e garantia de preços mínimos apresentando finalidade econômica, já o segundo instrumento que possui finalidade de cunho social é apoiado pelo Programa de Aquisição e Alimentos – PPA, este é um programa voltado para a agricultura familiar visando a melhoriadas condições desse comércio.
 A CONAB ainda utiliza de instrumentos de natureza socioambiental, valorizando a atividade de sustentabilidade, através do Programa de Subvenção direta ao Extrativista (SDPE).
A CONAB contribui diretamente na decisão do agricultor na hora de plantar, colher, armazenar e comercializar seu produto realizando estudos e estatísticas de preços, levantamentos de custo de produção da agropecuária, da expectativa de plantio e de colheita de grãos e do volume e localização de estoques públicos e privados, se caracterizando também como uma política pública para o abastecimento alimentar do país no âmbito da política de Garantia de Preços Mínimos, essa atuação ocorre por meio da Aquisição do Governo Federal (AGF), que é na verdade um instrumento capaz de gerar o equilíbrio da renda do produtor rural, da agricultura familiar e das cooperativas do ramo. Neste contexto podemos identificar aqui na região da Chapada Diamantina várias cooperativas com essa finalidade, dentre elas na cidade de Rui Barbosa nós temos a COAPERB-COOP. AGROPECUÁRIA DA CHAPADA DIAMANTINA DE RESP. LTDA. Essa cooperativa que conta com a associação de abelhas, animais silvestres, aves, bovinos, eqüinos, ovinos enfim, pode reunir os agricultores e influenciar uma política justa de comercialização na região garantindo o tão almejado equilíbrio da produção na região. As empresas rurais que integram essas cooperativas dividem-se em Empresas Agrícolas e Empresas Zootécnicas ou Agroindustriais.
 As agrícolas são caracterizadas pelo cultivo da terra, da criação de animais e outras formas de atividade rural, sendo seu objetivo produzir matérias primas para as indústrias.
De acordo com MARION (2002), nas empresas agrícolas os vários investimentos são necessários para a manutenção das atividades, como aquisição de bens fixos, bens de venda, os de bens numerários, os de bens de renda, os créditos de funcionamento e financiamentos e valores imateriais.
• Bens fixos: São todos os capitais aplicados pela empresa, onde estes, serão destinados a constituir os meios de produção para que a empresa alcance seus objetivos. Nas empresas agrícolas temos vários bens fixos, como as terras, edifícios e construções, benfeitorias e instalações, máquinas e implementos agrícolas, ferramentas e instrumentos, móveis e utensílios.
 • Bens de vendas: Estes na empresa agrícola são os produtos que saem da terra ou os derivados desses produtos, estes são destinados a venda que é o principal objeto da atividade econômica desenvolvida pela empresa. Como exemplos têm os produtos e mercadorias (arroz, feijão, milho, café etc.); mercadorias em trânsitos e animais de criações (bovinos, suínos, caprinos, eqüinos, etc.). 
• Bens numerários: Estes são representados pelas disponibilidades da empresa, seja em caixa ou em bancos. 
• Bens de rendas: Os bens de rendas são os que produzem rendas, mas estes não são aplicados diretamente na atividade principal que a empresa explora. As empresas agrícolas podem ter como bens de rendas suas próprias terras que são arrendadas para terceiros a explorarem.
 • Créditos de financiamentos e funcionamentos: Estes provêem de vendas a prazo e de adiantamentos a empregados ou a outras pessoas que tem relações com a empresa, igualmente como ocorre com todas as atividades econômicas.
Já a agroindústria é o conjunto de atividades relacionadas á transformação de matérias-primas vindas da agricultura, da pecuária, da aqüicultura ou da silvicultura, sendo que para cada tipo de matéria-prima adota-se um segmento diferente e comparado a outros segmentos industriais da economia apresenta uma originalidade decorrente de três características fundamentais das matérias-primas: sazonabilidade, perecibilidade e heterogeneidade. Este tipo de indústria dá origem ao agronegócio que é o conjunto de negócios relacionados á agriculturas e pecuária e que é dividido em três partes. A primeira é representada pelos produtores rurais, como os fazendeiros, por exemplo, aonde as cooperativas vem a agir de forma direta, a segunda é representada pela indústria e o comércio que fornecem os insumos para o produtor rural, como os fabricantes de fertilizantes, equipamentos, etc. e a terceira é caracterizada pelo beneficiamento e venda dos produtos agropecuários até o consumidor final, como as industrias têxtil e calçadistas. 
Na Chapada Diamantina, é possível encontrar diversas cooperativas que voltam seus trabalhos para a expansão do agronegócio na região, agricultores intensificaram a produção de morangos para abastecer a todo o mercado nordestino. A EMBRAPA (empresa brasileira de pesquisa agropecuária) vem realizando pesquisas a dois anos nessa região sobre as possibilidades do cultivo dessa fruta, Eduardo Sales, o então secretário da Agricultura da Bahia afirma que o morango pode fortalecer a economia baiana, evidenciando assim a importância da junção de pequenos produtores com o mesmo objetivo.
“Agora, a idéia é criar parcerias entre os pequenos produtores e as agroindústrias, para viabilizar o comércio da fruta”, disse Salles à Revista de Dinheiro Rural em 2012, evidenciando o crescimento da comercialização do que foi produzido pelos pequenos produtores rurais em conjunto que vem a resultar no desenvolvimento econômico da região.
A EBDA (Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola S.A) foi uma empresa responsável por grande parcela do desenvolvimento da agricultura e do agronegócio na Bahia, mas seu destino pode não ser o mesmo.
Os funcionários da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola, a EBDA, estão em greve há quase 100 dias. Sem assistência técnica, milhares de agricultores estão enfrentando problemas no campo e há um outro risco, o de perder o prazo de cadastramento no programa Garantia-Safra.
Na comunidade de Santa Helena, distrito de Carnaíba do Sertão, zona rural de Juazeiro, de uma horta comunitária, cinco famílias garantem renda extra, como Maria Neusa, que tira cerca de 20% do orçamento do mês. Há mais de três meses, o trabalho está prejudicado pela falta de assistência técnica.
Sem o uso de veneno, eles plantam várias hortaliças, como cenoura, couve, salsinha e cebolinha, mas sem assistência técnica, neste período, cerca de 500 maços de coentro foram perdidos e os prejuízos chegam a mais de R$ 2 mil.
A EBDA deixou de prestar assistência técnica para os agricultores e criadores de todo o estado. Só na região de Juazeiro, 20 mil produtores rurais estão prejudicados e a instituição é ainda a principal responsável pelo credenciamento no programa Garantia-Safra, do Governo Federal, que cobre parte dos prejuízos causados pela seca. Quem vive da terra está preocupado.
Na sede da EBDA em Juazeiro, apenas 30% dos funcionários trabalham para garantir os serviços essenciais.
(Globo Rural 03/07/2014)
 
Percebemos que essas empresas voltadas para o desenvolvimento agrícola auxiliam e chegam até a induzir o crescimento de determinadas regiões, assim com o fim da parceria da EBDA para os agricultores é possível imaginar que poderão surgir dificuldades no cenário.
No geral as empresas agrícolas trazem uma renda significativa para a Bahia durante as safras, resultando num empurrão nos mercados de automóveis, construção civil, restaurantes, faculdades, hotéis, médicos e dentistas, entre outros serviços. O desenvolvimento na região é significativo, em 1987, pagavam-se 4 sacas de soja por hectare, em 1998, o valor foi para 15 sacas e hoje, são 400 sacas, ou R$ 16 mil por hectare, tal avanço se deve a ações coletivas que vêem da de fortes associações como á AIBA (Associação de Agricultores e Integrantes da Bahia), que atua com comunicação e marketing, ações de sustentabilidade, institucionais e de serviços aos associados, na qual pelo menos 90% entre 1400 produtores são incorporados.
Enfim, apesar das dificuldades climáticas, ou desafios enfrentados diante da gestão pública, a Bahia tem se tornado uma região de esperança para a economia do país devido ao crescente desenvolvimento do agronegócioque pode contar com as ações integradoras das cooperativas e associações influenciadas por empresas com visões sociais como a CONAB que desde o inicio tem sido citada.
A AIBA, para incentivar o desenvolvimento do agronegócio na Bahia através de uma articulação institucional bem feita, buscou parcerias, alinhou interesses e conseguiu grandes conquistas encerrando o ano de 2014 comemorando avanços nas mais diversas áreas. Essas conquistas é resultado também da união e capacidade de superação dos produtores rurais que agem em parceria através das cooperativas, essa associação tem buscado melhorar as estradas, a região também conta com o auxilio de programas como o Proagro, que disponibiliza recursos para a infra-estrutura com a mesma visão de desenvolvimento. Na safra 2014-2015, o Conselho Técnico da AIBA prevê que a soja ocupará 73% da área plantada do Oeste da Bahia em detrimento do milho e do algodão, correspondendo a 1,4 milhão de hectares plantados e representando um crescimento de 8,4% em relação a safra 2012-2013, comparando os mesmos períodos a cafeicultura totalmente mecanizada e irrigada da região apresenta um crescimento de produção de 19,8%, enfim, observando estes dados, já é possível dizer que através dessa ação conjunta, se as pragas e o clima não atrapalharem o oeste da Bahia poderá alcançar uma produtividade histórica.
Segundo dados do IBGE (2015), a terceira estimativa deste ano prevê um volume de produção de cereais, leguminosas e oleaginosas de 18,8 milhões de toneladas para a região Nordeste do país, que foi incentivada por um incremento de 20,3% de investimentos, sendo a Bahia enquadrada dentre os Estados de maior produção, o que permite evidenciar a importância a ação das cooperativas e associações junto às empresas rurais que investem na agricultura familiar trazendo o desenvolvimento econômico da região e incentivando novas ações e projetos com resultados tanto a curto como a longo prazo. Tais iniciativas constroem vantagem econômico-financeira como já mencionado e vem a se sobressair no âmbito social também, pois um reflexo favorável desta expansão da agricultura familiar é a diminuição das desigualdades sociais no país, pois o agronegócio abre espaço para a inserção da agricultura familiar no mercado econômico altamente competitivo valorizando as atividades agrícolas e pecuárias desenvolvidas em pequenas regiões e as expandindo para todo o país e até mesmo para o exterior.
O Balanço Social neste cenário econômico, nada mais é que a conseqüência das pressões sociais que a sociedade faz sobre as empresas para materializar a transparência das ações sócio-econômicas e ambientais realizadas por essas instituições, sendo de fato o instrumento que evidencia a responsabilidade social corporativa. No Brasil, a elaboração e divulgação do Balanço Social passaram a ser obrigatórios para as companhias abertas (empresas públicas, de caráter social) após o surgimento da Lei 11.638/07. Diante do contexto do desenvolvimento desta atividade e da exigência de elaboração e divulgação do Balanço Social das empresas que como as cooperativas tão mencionadas aqui que atuam no desenvolvimento econômico, financeiro e social tornam-se importante para um melhor conhecimento do assunto identificar dentro do Balanço Social fatores que evidenciam o tão crescente desenvolvimento do agronegócio no país. Assim, o Balanço Social da CONAB que atua diretamente nessas atividades nos serve como base.
Empresas como a CONAB, possuem uma postura preventiva quanto a sustentabilidade dos negócios, ou seja, ajuda a identificar tudo o que um empreendimento (como a agricultura familiar) pode fazer de positivo ou negativo, o Balanço Social torna-se assim o instrumento utilizado pelo corpo administrativo da empresa para tornar as informações contábeis, econômicas, ambientais e sociais o mais transparente e acessível possível para todos os usuários, tanto agricultor, quanto investidor ou população.
O Balanço Social da CONAB 2013, mostra em números que sua Receita Liquida (R$ 886.075) foi menor que a de 2012 (R$1.465,893). Os Indicadores Sociais Internos mostram em valores um acréscimo em praticamente todos os itens, porem devido a diminuição da Receita Liquida no ano sua contribuição para a sociedade teve uma diminuição de 9,48%. Tal diminuição não afetou sua participação no cenário de desenvolvimento econômico e social da região. A diminuição da Receita Liquida não diminuiu a produção da CONAB, o que foi representado pelos indicadores do corpo funcional (número de empregados ao final de 2013 foram 4.708, tendo 243 a mais que o ano anterior. Quanto as metas, em ambos os anos foram atingidas as mesmas. O DVA (Distribuição do Valor Adicionado), obteve na comparação entre esses dois anos uma diferença considerável em relação ao Governo, enquanto em 2012 foi de 18, 9% em 2013 atingiu apenas 1,35%, já com relação aos colaboradores e terceiros esse valor apresentou aumento de 75,06% para 99, 26% e 0,39% para 0,44% respectivamente.
“Suplementação da oferta de alimentos para entidades públicas e as de interesse social, com atuação direta em ações de segurança alimentar e nutricional, fazendo uso de produtos originários de aquisições da Agricultura Familiar. Esta ação possibilitou a distribuição de 16 mil toneladas de alimentos para 448 instituições, em 221 municípios de 24 estados”. (CONAB, Balanço Social 2013). Ainda dentro dos demonstrativos do Balanço Social da CONAB 2013, podemos destacar esta importante iniciativa social no Brasil, ações combinadas de compras (vindas da agricultura familiar) com doações simultâneas, financiadas pelo Programa de Aquisição de Alimentos PPA, que conta com o apoio das secretarias de Ação Social dos Municípios.
O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), foi criado pelo art. 19 da Lei nº 10.696, de 02 de julho de 2003, com duas finalidades básicas: promover o acesso á alimentação e incentivar a agricultura familiar, ou seja, o objetivo é incentivar a compra do que é produzido na agricultura familiar nos Municípios para posteriormente distribuir para a população necessitada da mesma região, incentivando os produtores e atendendo as necessidades básicas da sociedade, o programa é uma parceria do Governo com a gestão Municipal.
O programa também contribui para a constituição de estoques públicos de alimentos produzidos por agricultores familiares e para a formação de estoques pelas organizações da agricultura familiar, tendo a intervenção, apoio e financiamento das cooperativas e programas de financiamento e segurança do agricultor. Além disso, o programa promove o abastecimento alimentar por meio de compras governamentais de alimentos, fortalece circuitos locais e regionais e redes de comercialização, valoriza a biodiversidade e a produção orgânica e agro ecológica de alimentos, incentiva hábitos alimentares saudáveis e estimula o cooperativismo e o associativismo, resultando obviamente no desenvolvimento econômico e financeiro diminuindo a desigualdade social da região.
Segundo a CONAB, a agricultura familiar gera mais de 80% da ocupação do setor rural, representando ainda 7 em cada 10 empregos no campo e 40% de toda produção agrícola do país. O Programa de Aquisição de Alimentos veio valorizar ainda mais essa realidade, é de responsabilidade da CONAB a operacionalização do PAA ainda pode destacar outra parceria importante, o PRONAF (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), pois o PAA tem como público alvo nas compras dos alimentos os agricultores familiares que se enquadram neste programa, assim percebemos que o programa de aquisição de alimentos conta com a participação direta dos agricultores e/ou suas organizações (associações, cooperativas, sindicatos, etc.) para sua realização.
Os limites atuais disponíveis por família agricultora foram instituídos pelo  Decreto 7.775, de 04 de julho de 2012, sendo até R$ 8 mil para Compra Direta (CDAF), R$ 8 mil para Formação de Estoque (CPR Estoque) e Decreto 8.293, de 12 de agosto de 2014, sendo até R$ 8 mil para a Comprada Agricultura Familiar com Doação Simultânea (CDS).
Os recursos, no caso do MDS, são utilizados em operações de Compra Direta da Agricultura Familiar - CDAF e Compra da Agricultura Familiar com Doação Simultânea - CDS. Com os recursos do MDA são feitas aquisições através da modalidade CPR-Estoque.
 Os gestores executores do Programa, aqueles que implementam as ações junto aos agricultores, são os Estados, os Municípios e a Conab.
(Diretoria de Política Agrícola e Informações
Superintendência de Suporte à Agricultura Familiar
supaf@conab.gov.br
O Município de Tapiramutá-BA, localizado na Chapada Diamantina, onde resido, já implantou o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), e têm obtido resultados positivos, além de incentivar a agricultura familiar e atender as necessidades básicas da população carente ainda abriu novas oportunidades de emprego local, pois precisou contratar assistente social, e outros funcionários para colocar as ações do programa em prática.
Tapiramutá é um Município pequeno e a atividade econômica predominante é a agricultura familiar, portanto as ações da CONAB que organizam, influenciam e trazem certa estabilidade para os produtores rurais é de extrema importância nessa região. O PRONAF é outro programa voltado a esses produtores torna-se bem requisitado por aqui o que facilita a inserção da população tapiramutense no grupo de fornecedores do Programa de Aquisição de Alimentos.
A agricultura familiar esta amparada pela Lei nº11.326 de 24 de julho de 2006.
Art. 1o  Esta Lei estabelece os conceitos, princípios e instrumentos destinados à formulação das políticas públicas direcionadas à Agricultura Familiar e Empreendimentos Familiares Rurais.
Art. 2o  A formulação, gestão e execução da Política Nacional da Agricultura Familiar e Empreendimentos Familiares Rurais serão articuladas, em todas as fases de sua formulação e implementação, com a política agrícola, na forma da lei, e com as políticas voltadas para a reforma agrária.
Art. 3o  Para os efeitos desta Lei, considera-se agricultor familiar e empreendedor familiar rural aquele que pratica atividades no meio rural, atendendo,  simultaneamente, aos seguintes requisitos:
I - não detenha, a qualquer título, área maior do que 4 (quatro) módulos fiscais;
II - utilize predominantemente mão-de-obra da própria família nas atividades econômicas do seu estabelecimento ou empreendimento;
III - tenha percentual mínimo da renda familiar originada de atividades econômicas do seu estabelecimento ou empreendimento, na forma definida pelo Poder Executivo;  
IV - dirija seu estabelecimento ou empreendimento com sua família.
É possível perceber diante de todos os dados apresentados, que empresas como a CONAB, AIBA, etc. associações, cooperativas, programas como PRONAF, PAA, etc. ao agirem junto á agricultura familiar, amparadas por Leis, podem através das ferramentas disponibilizadas pela contabilidade mudar a história econômica financeira e social de determinadas regiões impactando no desenvolvimento do país, favorecendo assim a sociedade como um todo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A atividade desenvolvida nos permite compreender a importância do Balanço Social nas empresas que desenvolvem atividades que visam o desenvolvimento social. Os dados apresentados no Balanço Social de tais empresas são informações que acabam se tornando disponíveis para a população no geral, sejam, investidores, executores ou apenas espectadores, essas informações norteiam a sociedade quanto aos investimentos realizados e principalmente quanto aos resultados alcançados.
Neste contexto, tendo disponível o Balanço Social da CONAB (Companhia Nacional do Abastecimento), empresa publica de interesse social foi possível conhecer a realidade da agricultura familiar a enquadrando em nossa região, no caso, Chapada Diamantina-BA.
As relações sociais são essenciais para o sucesso da agricultura familiar em qualquer região, pois através delas são criadas associações, cooperativas, com a finalidade de nortear tais atividades garantindo estabilidade para o pequeno produtor. Hoje, a agricultura familiar é responsável por manter boa parte na produção agrícola no país, levando a colocação do agronegócio a uma posição favorável a nível nacional.
Percebemos de fato, que a contabilidade esta presente em todos os setores da sociedade, sendo aplicada sempre de forma a garantir a organização e alcance de resultados positivos nos cenários econômicos, financeiros e sociais, sendo indispensável em qualquer ambiente.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
http://conab.gov.br/conab-quemSomos.php?a=11&t=1
http://www.conab.gov.br/OlalaCMS/uploads/arquivos/14_09_09_10_48_53_balanco_2013.pdf
http://aspta.org.br/wp-content/uploads/2011/11/artigo-6.pdf
http://www.mds.gov.br/segurancaalimentar/aquisicao-e-comercializacao-da-agricultura-familiar
www.ibge.gov.br
BARBOSA, Daniela Cristina Coser. Balanço Social: Consolidação da Imagem ética das Empresa.2005. 84 F. Monografia (Graduação em Ciências Contábeis. Faculdade de Ciências Administrativas e Contábeis). Santa Lúcia, 2005 Mogi Mirim, 2005. 
BARBOSA, Edmery Tavares. et al. Responsabilidade Social como estratégia do Marketing. (s.d.).
 BRASIL. Lei n°11.638 de 28 de dezembro de 2007. Altera e Revoga dispositivos da Lei n° 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e da lei n° 6.385, de 7 de dezembro de 1976, e estende às sociedades de grande porte disposições relativas à elaboração e divulgação de demonstrações financeiras. .
INSTITUTO BRASILEIRO DE ANÁLISES SOCIAIS E ECONÔMICAS. Modelo de Balanço Social anual/2008.

Outros materiais