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BALANÇO SOCIAL
O Balanço Social é uma demonstração que foi criada com a finalidade de tornar pública a responsabilidade social das empresas. Tem como principal objetivo a divulgação de informações sobre o desempenho econômico e financeiro das empresas e o retorno econômico e social em benefício da sociedade. É considerado um instrumento que fornece dados aos usuários de informação contábil referente às políticas internas, quanto à geração e distribuição de sua riqueza, à qualidade de vida nas organizações, à promoção humana de seus funcionários e à postura das empresas em relação ao meio ambiente e à própria comunidade (FIPECAFI, 2003). O BALANÇO SOCIAL
Segundo De Luca (1998, p.17), além de ser uma gente econômico com a missão de produzir riqueza, a empresa também é um agente social e, sendo um dos componentes da sociedade, deveria prestar contas aos demais. Assim, enquanto pela função econômica a empresa busca ter lucros mediante o oferecimento de produtos e serviços aos seus clientes, em sua função social ela deve buscar o bem-estar social pela assunção de inúmeras obrigações, seja pela preservação do meio ambiente, seja pela criação de empregos, seja pela contribuição para a formação profissional, seja pela qualidade de seus bens ou serviços, seja por quaisquer outras obrigações, o legalmente assumidas,mas importantes para que a empresa possa garantir a sua continuidade.
Os principais componentes da sociedade e os pontos mais importantes no relacionamento com a empresa identificados por De Luca (1998) : investidores, fornecedores, financia-
dores, consumidores, empregados, Estado e meio ambiente crescente na sociedade a preocupação de analisar a empresa como uma instituição social e não somente como uma instituição econômica.
Surge então o Balanço Social como um novo instrumento destinado a refletir os resultados da empresa sob o aspecto sócio econômico, evidenciando também os fatos sociais relevantes da empresa, a par dos fatos econômicos que já vinham sendo reportados nas demonstrações contábeis tradicionais.
Alternativamente, tem-se o enfoque social cuja idéia está centrada na noção de responsabilidade social da empresa. Sob esse enfoque, o objetivo da contabilidade está mais relacionado com a avaliação e a evidenciação das atividades da empresa e dos seus respectivos efeitos sobre a sociedade na qual ela opera, portanto, uma abordagem que não pretende substituir a anterior, mas apenas servir de complemento ao que já estava sendo oferecido pela abordagem tradicional. De acordo coma Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi, 2000, p.31), existem quatro vertentes no Balanço Social que, resumidamente é Balanço Ambiental, que reflete a postura da empresa em relação aos recursos naturais, segundo os gastos com preservação, proteção e recuperação os investimentos voltados área ambiental e os passivos ambientais; Balanço de Recursos Humanos, que visa a evidenciar o perfil da força de trabalho, a remuneração e os benefícios concedidos, os gastos com treinamento e os gastos em benefícios para melhoria da empresa e as sociedade.
DEMONTRAÇÕES DO VALOR ADICIONADO – DVA
A Demonstração do Valor Adicionado (DVA) é uma vertente do Balanço Social, mas sua informação é de natureza econômica, pois permite apurar e analisar o desempenho econômico da empresa e o seu relacionamento com a sociedade na qual está inserida. Antes de se abordar a DVA propriamente dita, alguns conceitos são necessários à sua elaboração.
Valor adicionado e PIB
O conceito do Valor adicionado (também chamado de valor agregado) é utilizado na Ciência Econômica, mais especificamente macroeconomia, e serve para definir e calcular o chamado produto nacional. O produto nacional, por seu turno, esta ligado à noção de riqueza criada no sistema econômico. Observa-se, portanto, que o produto nacional é a soma de todos os bens e serviços finais, e não inclui o valor dos produtos intermediários consumidos no período. A exclusão dos produtos intermediários (por exemplo, de matéria-prima aplicada na produção de bens finais) é necessária, pois sem esse ajuste o valor do produto nacional redundaria em dupla contagem (ou múltipla contagem, dependendo de quantas etapas de produção existir) de tais produtos, que também integram o valor dos bens
A demonstração do valor adicionado (DVA), é uma vertente do Balanço Social, evidencia a riqueza criada pelas empresas e a forma como essa riqueza é distribuída entre os que contribuem para sua formação incluindo o governo.
A Demonstração do Valor Adicionado (DVA) é mais uma das importantes inovações trazidas pela Lei n. 11.638 de 28 de dezembro de 2007, que promoveu alterações na Lei das Sociedades por Ações.
Surgiu na Europa por influência da Grã-Bretanha, França e Alemanha, tem sido cada vez mais difundido e adotado por outros países, principalmente por recomendação expressa de Organização das Nações Unidas (ONU).
O conhecimento da riqueza será gerada e agregada por uma empresa aos seus fatores de produção, por influenciar diretamente na formação do Produto Interno Bruto (PIB), tem sido fator decisivo em alguns países emergentes quando se analisa a possibilidade de autorização de implantação em seu território de empresa transnacional. (RIBEIRO, 2008)
A DVA é um instrumento contábil que visa à identificação da riqueza gerada pela empresa, a maneira que a entidade agrega valor à economia do país. Este demonstrativo surgiu tendo em vista que a Demonstração do Resultado do Exercício identifica apenas qual a parcela da riqueza criada que, efetivamente, permanece na empresa na forma de lucro, logo, não identifica as demais gerações de riqueza, bem como as demais demonstrações financeiras também não são capazes de identificar quanto de valor a entidade está adicionando ou agregando às mercadorias ou insumos que adquire. As demonstrações mencionadas não identificam, ainda, quanto e de que forma são distribuídos os valores adicionados ou agregados (NEVES e VICECONTI, 2002).
A Demonstração do Valor Adicionado fornece uma visão mais abrangente sobre a real capacidade de uma empresa produzir riqueza e sobre a forma como distribui essa riqueza entre os diversos fatores da produção. Por isso, é um poderoso instrumento auxiliar do Balanço Social, já que a empresa estará mostrando à sociedade o quanto contribui para a geração de riqueza no país e como as parcelas agregadas são distribuídas pelos diversos agentes econômicos que a ajudaram a efetivar a produção (NEVES e VICECONTI, 2002).
Segundo o mesmo autor, a DVA representa a riqueza que a entidade gera em certo período de tempo. Com isso, pode-se afirmar que a soma das importâncias agregadas representa a soma das riquezas criadas. A DVA é um demonstrativo não só direcionado aos proprietários das empresas, como é o caso da Demonstração de Resultado do Exercício, mas um instrumento que abre um leque para a sociedade, pelo fato de sua função ser de divulgação e identificação do valor da riqueza gerada pela entidade e de que forma a mesma foi distribuída entre os diversos setores que contribuíram, direta ou indiretamente, para esta geração de riqueza, que são os trabalhadores, proprietários, governo e terceiros.
O Demonstrativo de Resultado do Exercício é mais conhecido e obrigatório pela Lei nº 6.404/76, e tem como principal objetivo avaliar quanto foi o lucro ou prejuízo que a empresa obteve. É um Instrumento Contábil de grande importância, mas direcionado aos donos das empresas, ficando um demonstrativo vazio para a comunidade. A necessidade de instrumentos
Contábeis mais transparentes, juntamente, com a relação intersocial existente com a globalização de mercado exige conhecimentos adicionais, que podem ser identificados na DVA. Não se desprezando o lucro é claro, pelo fato de ser uma característica fundamental da continuidade das empresas (FIPECAFI, 2003).
Por incentivo da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) – parecer de orientação CVM n. 24/1992 -, desde o início da década de 1990 essa demonstração já vinha sendo elaboradae divulgação pelas principais sociedades anônimas de capital aberto que operam no mercado brasileiro. (RIBEIRO, 2008)
OBJETIVO DA DVA
De acordo com Neves e Viceconti (2002), toda e qualquer empresa que estiver em produção está gerando riqueza, isto representa a diferença entre o valor da venda e o valor pago a terceiros a título de insumos para a obtenção dos produtos, mercadorias ou serviços. No entanto, ao analisar a DVA, pode-se constatar que, no início, o valor pago a terceiros diminui em relação à aquisição de mercadorias, serviços e matérias para consumo administrativo. Também, pode-se verificar que a transferência da riqueza aparece na parte inferior da DVA, demonstrando, assim, sua afetiva distribuição na forma de pagamento de impostos ou até mesmo do capital de terceiros. Portanto, a DVA fornece uma visão bem ampla sobre a real capacidade de uma entidade produzir riqueza e como distribui a mesma (NEVES e VICECONTI, 2002).
Para exemplificar, consideremos que uma determinada unidade de mercadoria adquirida do fornecedor por R$ 20 tenha sido vendida pela empresa comercial por R$ 30. Nesse caso, o valor adicionado pela empresa comercial corresponde a R$ 10 (30 – 20).
Nota: embora a receita bruta de vendas dessa empresa comercial tenha sido de R$ 30, ela agregou à economia do país apenas R$ 10, uma vez que os outros R$ 20 representam as riquezas já geradas por empresas integrantes da cadeia produtiva, mas em outras etapas da produção (agricultura, indústria, comércio atacadista e serviços).
O valor adicional de R$ 10, portanto, corresponde à remuneração dos esforços que a empresa despendeu no desenvolvimento de suas atividades. Entre esses esforços, incluem-se os empregados (fonte de mão-de-obra), os investidores (fonte de capital próprio), os financiadores (fonte de capitais de terceiros) e o governo, que será remunerado por meio dos impostos como contrapartida dos benefícios sociais que oferece a toda sociedade, inclusive às empresas.
A IMPOTÂNCIA DA DVA
A apresentação da DVA, atualmente, vem sendo exigida por alguns países onde empresas internacionais desejam se instalar. Dessa forma, o país que irá sediar a empresa poderá conhecer o retorno que ela dar-lhe-á por meio da previsão do valor adicionado que gerará. Para esses países, o importante não é o que a empresa irá importar, mas sim, o quanto ela vai gerar de riqueza, bem como sua distribuição. O DVA possibilita visualizar, de forma clara, a parte da riqueza que pertence aos sócios, aos terceiros que financiam a entidade, aos funcionários e ao governo (NEVES e VICECONTI, 2002).
Já no caso da Demonstração do Resultado do Exercício – DRE, a parte que cabe aos terceiros (capitalistas, empregados, governo) é considerada como despesas/custos, do ponto de vista dos proprietários, pois aparece como redução do lucro, conseqüentemente, como redução da parcela que cabe a cada proprietário. Ao analisarem-se as duas demonstrações, pode-se concluir que ambas têm enfoques bem diferentes e objetivam fornecer informações sob diferentes pontos de vista, embora sejam complementares e imprescindíveis. Por isso, a elaboração e divulgação das duas demonstrações (DRE e DVA) atendem, de forma eficaz, à necessidade que os usuários possuem de informações adicionais às atuais demonstrações contábeis obrigatórias (NEVES e VICECONTI, 2002).
Ainda, segundo os autores, muitos estados e municípios dão incentivos fiscais para que as empresas se instalem em seu estado ou município, mas, no momento de analisar o projeto de viabilidade da empresa, um dos fatores que, muitas vezes, se leva em consideração é a geração de riqueza e sua distribuição. Assim, esse fator pode ser decisivo na concessão de incentivo fiscal, pois a geração de riqueza e sua distribuição são de suma importância para o município ou estado, pois gera valor agregado, o que propicia o crescimento econômico regional. Portanto, a DVA pode ser considerada um grande diferencial para a empresa, pois, enquanto a DRE apenas demonstra qual foi o lucro, ela mostra toda a riqueza gerada pela empresa e de que maneira a mesma será distribuída.

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