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O Contrato Social de J. J. Rousseau

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Referência
	Citação e reflexão
	Livro I, Capítulo I – Assunto Deste Primeiro Livro
	Esta primeira parte fala que o homem nasce livre, com seus direitos naturais, mas tornam-se refém das regras impostas pela sociedade que objetivam manter a ordem social, e esta por sua vez é positivada e serve de sustentação (base) mantendo o equilíbrio da sociedade. 
	Livro I, Capítulo II - Das Primeiras Sociedades
	A primeira e única sociedade natural é a família, e mesmo assim tem suas limitações pois a positivação das normas impõem regras que cessam num determinado momento, onde extinguir-se-ão as responsabilidades dos pais em relação aos filhos e estes passam a ter suas próprias obrigações; onde todo e qualquer laço, que se mantenha após este período, passa a ser mera convenção afetiva.
	“[...] é a família, portanto, o primeiro modelo das sociedades políticas.”
Neste momento o autor faz um comparativo entre família e a hierarquia política e social, onde deixa claro que a diferença maior entre essas forças se chama sentimento. 
	Livro I, Capítulo III – Do Direito Do Mais Forte
	“[...] ceder à força constitui um ato de necessidade...no máximo um ato de prudência. ”
Neste momento fica claro que o autor, através de suas convicções, demonstra que ninguém é nada sozinho, e quando existe uma associação de forças, há a necessidade de regramento e imposições, para isso observamos que a força se torna o direito e a obediência se transforma no dever.
	Livro I, Capítulo IV - Da Escravidão
	“[...] homem nenhum possui uma autoridade natural sobre seu semelhante.”
Diz-se que deixar se escravizar, onde o indivíduo perde toda sua personalidade natural e passa a ser domínio de um outrem, é opção individual e não gera herança, ou seja, sua prole nasce livre e pode optar por subjugar-se ou não; ninguém toma essa decisão por outo.
Alguns podem optar por alienar sua liberdade justamente por parecer ser confortável e prático, pois aparentemente receberá em troca subsistência e tranquilidade civil, porém não existe convenção que beneficie o indivíduo escravizado; este ato parece ser insano e é inconcebível, sendo que a partir do momento que tal fato se concretiza, todos os direitos serão ceifados da vida natural, e sua personalidade torna-se apenas um objeto em poder de seu soberano.
Direito e escravatura não andam juntos.
	Livro I, Capítulo V – É Preciso Remontar Sempre A Um Primeiro Convênio
	“[...] haverá diferença entre submeter uma multidão e reger uma sociedade.”
Pois bem, quando se convenciona como dever-se-ão ser feitas as escolhas, a pluralidade do sufrágio se evidencia (decisão pública), se bem que em verdade não signifique ou represente a unanimidade do coletivo. Quando se impõem vontade sobre o todo sem dar o poder de escolha, deixa-se de ter o ato civil (direito de escolha) e passam a ser meras ovelhas pastoradas ou súditos de um soberano autoritário e monopolizador.
	Livro I, Capítulo VI – Do Pacto Social
	“[...] a raça humana não sobreviveria sem a força proporcionada pela união.”
Neste momento o autor destaca que o ser humano, não conseguiria progredir e nem enfrentar determinados problemas sozinho, pois existem situações que tornam-se humanamente impossível de contornar, caso não aja ajuda, principalmente no que se refere a defesa e conservação de seu estado natural. 
Surge neste momento o Contrato Social, onde todos abrem mão de seus direitos individuais em prol de um bem maior que passa a ser a associação destes indivíduos, que objetiva ter força para poder subsistir.
	Livro I, Capítulo VII – Do Soberano
	“[...] violar o ato pelo qual existe seria aniquilar-se.”
Apesar de haver individualidade, esta jamais deverá se sobressair a soberania do contrato social elaborado pelo grupo, que tem por finalidade manter a sociedade coesa; aqui existe um pacto de mútua cooperação onde cada membro se submete as suas regras objetivando a paz social.
	Livro I, Capítulo VIII – Do Estado Civil
	“[...] A passagem do estado natural ao estado civil produziu no homem uma mudança considerável [...]”	
O bicho homem passa seguir princípios bem distintos dos naturais e ao entrar no estado civil passa a ter discernimento do certo e do errado e começa a perceber que essas mudanças geram perdas e ganhos, um desses ganhos é o direito moral que lhe permite fazer escolhas.
	Livro I, Capítulo IX – Do Domínio Real
	“[...] o domínio público está também no fato mais forte e irrevogável [...]”
	
Aqui o autor afirma que as convenções, ora ajustadas, tem valor apenas para seus contratantes, ou seja, só estão vinculados ao pacto social todos aqueles indivíduos que fazem parte do mesmo e que se dispuseram a formar a força através de sua união, diz ainda que tudo o que pertence ao indivíduo também pertence ao estado; por outro lado o indivíduo que nada possui pode vir a apropriar-se (individual ou coletivamente) de determinado bem, com o intuito de subsistir, para que isso ocorra existem regras que devem ser observadas.
Por fim, o autor afirma que o indivíduo, apesar de suas limitações, quando se mantem coeso e unido deixa suas limitações de lado, justamente por fazer parte de um todo.
Fim Livro I
	Referência
	Citação e reflexão
	Livro II, Capítulo I – A soberania é Inalienável
	“A primeira e mais importante consequência dos princípios acima estabelecidos esta que somente a vontade geral tem possibilidade [...]” 
No entendimento do autor, o mesmo enfatizou que somente a vontade do povo, da coletividade, pode formar um estado, um governo, a sociedade só pode existir mediante harmonia de interesses. E que o soberano, representante da soberania (sociedade), tem que defender os interesses da coletividade.
	Livro II, Capítulo II – A Soberania é Indivisível
	“Porem nossos políticos, não podendo dividir a soberania em seu principio, dividem-na em força e em vontade, em [...]”
No segundo paragrafo do capitulo II, o autor destaca que mesmo o povo não podendo se dividir em seus princípios, o poder politico o divide em diversos membros, cada um com uma função, mais todos juntos em um mesmo contexto, porem deste modo se subordinam mais a vontade supremas ( governantes) do que da vontade do povo.
	Livro II , Capítulo III – A Vontade Geral Pode Errar
	“Quer-se sempre o próprio bem, porem nem sempre se o vê: Nunca se corrompe o povo, mas se o engana com frequência, e é somente então que ele parece desejar o mal”
Nesta frase o autor destaca, que o povo sempre quer o bem para si mesmo, então as vezes alguns povos acabam se corrompendo e fazendo o mal para outros.
“Há muitas vezes grande diferença entre a vontade de todos e a vontade geral: esta olha somente o interesse comum, a outra o interesse privado, e outra coisa [...]”
Neste paragrafo o autor enfatiza que existe uma diferença entre a vontade do povo, a vontade de todos esta voltada aos interesses comum da coletividade em um todo, mas a vontade geral esta relacionado a vontade privada de uma minoria privilegiada.
	Livro II, Capitulo IV – Dos Limites Do Poder Soberano
	“Se o estado ou a cidade só constitui uma pessoa moral, cuja vida consiste na união de seus membros, e se o mais importante de seus cuidados é o de sua própria conservação, é necessário [...]”
Neste primeiro paragrafo do capitulo IV, o autor explica o que é soberania, destacando que o estado constitui na junção de seus membros , assim necessitando de cuidados, ai entra o soberano , homem de poder absoluto dirigido na vontade geral para o bem de todos.
“Convém que tudo quanto cada qual aliene em virtude do pacto social de seu poder, de seus bens, de sua liberdade, seja apenas [...]”
Nesta paragrafo e no seguinte, o autor ressalta que o soberano em virtude do pacto social , tenhas os interesses voltado a sociedade sendo ele o juiz, e que todo o serviço que o cidadão possa prestar para o soberano que seja de forma justa em razão da lei.
	Livro II, Capitulo V – Do Direito A Vida e Morte
	“O tratado social tem porobjetivo a conservação dos contratantes. Quem Quer o fim quer também os meio, e esses meios são inseparáveis de alguns riscos, inclusive [...]”
Neste paragrafo e nos seguintes, o autor destaca que o contrato social do estado com o individuo sobre a conservação de sua vida, e assim onde um delinquente quebra esse pacto social estaria condenado a sair da sociedade, onde ele compara com a pena de morte. 
	Livro II, Capitulo VI – Da Lei 
	“O que é bom e conforme a ordem o é plena natureza das coisas e independentemente das convenções humanas. Toda a justiça vem de Deus; só Ele é sua fonte; mas, se soubéssemos [...]”
Neste paragrafo o autor refere que a justiça vem de Deus e que se soubéssemos aproveita-la seria uma coisa muito vantajosa para a humanidade, mas considerando que a humanidade esta com falta se senso natural das coisas, são criadas lei para destinar direitos e deveres para uma convivência melhor.
“Quando digo que o objetivo das leis é sempre geral , entendo que a lei considera os vassalos em corpo e as ações como sendo abstratas, jamais um homem como individuo [...]”
No paragrafo acima e no subsequente, o autor descreve que as leis podem criar regramentos e costumes, mas nunca privilegiar uma minoria, e que nem o príncipe esta acima da lei, pois ele também faz parte da sociedade, e que as leis não podem ser prejudiciais pois eles são meramente a vontade dos povos.
	Livro II, Capitulo VII – Do Legislador
	“Para descobrir as melhores regras de sociedade convenientes as nações, far-se-ia preciso uma inteligência que visse todas as paixões e não provasse nenhuma que não [...]”
Neste paragrafo o autor, compara que um legislador deveria ser como deuses que pudessem resolver todas as dificuldades sem problemas.
“O legislador, a todos os respeitos, é no Estado um homem extraordinário. Se o deve ser por seu engenho, não o é menos por seu emprego; não é de modo [...]”
Neste certame o autor destacou que o legislador é um home honrado pela sociedade, visto que esta no lugar onde se encontra desempenha uma função de honrar a lei, que nada mais é que a vontade do povo, o legislador deve se voltar para os interesses da coletividade. 
	Livro II, Capitulo VIII – Do Povo
	“Assim como um grande arquiteto, antes de construir, observa e sonda o solo, para ver se este tem condições de sustentar o peso, o sábio instituidor não começa a redigir boas leis em si mesmas; mas examina anteriormente [...]”
O autor neste e o paragrafo subsequente destaca que um bom legislador tem que examinar, e povo a que ira criar leis, para que as mesmas sejam especificas para este povo, para os costumes e vontades dessas sociedades. Com isso existe povos que não durariam por muito tempo com determinados conceitos de leis, pois já possuem costumes e preceitos hereditários, que dificultariam a convivência com determinadas regras.
“Há para as nações, como para os homens, um tempo de maturidade, que é preciso esperar, antes de as sujeitarmos às leis; mas a maturidade [...]”
Neste paragrafo o autor volta a ressaltar, que determinados povos teriam que levar tempo para ser regidos por determinadas leis, alguns por outo lado não, desde que sejam disciplinados ao nascer.
	Livro II, Capitulo IX – Continuação do Capitulo Procedente
	 “Quanto mais se estende o laço social, tanto mais afrouxa; e, em geral um pequeno Estado é proporcionalmente mais forte que um grande.”
Nesta frase o autor destacou que mesmo em um Estado pequeno, se o laço social, laço entre o povo e seus soberanos, for bom, o Estado mesmo pequeno pode ser muito forte ate mesmo mais do que um Estado grande.
 “As mesmas leis não podem convir igualmente a tantas províncias diversas, com costumes diferentes, e climas opostos, e que não admitem a mesma forma de governo. Leis diferentes engendram [...]”
Nesta frase o autor realça que as leis não podem ser as mesmas para determinados povos diferentes, pois do contrario acarretaria em um governo que visaria a vontade geral, assim dificultando a felicidade e bem estar dos povos, onde o poder seria centralizado para um proposito somente, não sendo destinados especificamente um para cada povo. 
	Livro II, Capitulo X – Continuação
	“Pode-se mensurar um corpo politico de duas maneiras, a saber: pela extensão do território, e pelo número de população; e entre uma e outra dessas medidas, há uma [...]”
Neste paragrafo destaca-se que que para ter um estado grandioso, deve-se primeiro comparar o numero de habitantes com a extensão de terras, pois os homens que criam o estado e as terras que os alimentam, assim devera ter uma proporção possivelmente exata, para não haver nada em demasia nem em falta, para que não haja conflitos nem guerras.
“Não quer dizer isto não haja muitos governos estabelecidos durante as tempestades, mas então são esses mesmos governos que destroem o estado. Os usurpadores conduzem [...]”
Neste paragrafo mostra claramente que existe governos que se aproveitam de momentos de crises no Estado para se aproveitar do povo, criando leis que os não os beneficiam, pois prometem melhorar as na situação vigente.
	Livro II, Capitulo XI – Dos Diversos Sistemas de Legislação
	“Se se procura em que consiste precisamente o maior dos bens, que deve ser o objetivo de todo sistema de legislação, achar-se á que a reduz a estes dois objetivos [...]”
Neste paragrafo o autor quer dizer que o legislativo do estado consiste em dois principais pilares de pensamentos a liberdade e igualdade, e que a igualdade não existiria sem a liberdade, pois a ultima é um bem particular indispensável ligado ao Estado. 
“O que torna a constituição de um Estado verdadeiramente sólida e durável é o fato de as conveniências serem de tal modo observadas, que as relações naturais, bem como as leis, tombam sempre, harmoniosamente, sobre os mesmos pontos [...]”
Neste paragrafo foi frisado que a legislação sempre falha em mesmos pontos, tendo que ser criadas novas leis para retificar aquelas que já não servem, de outro modo o legislador deveria estudar e aplicar a lei de com preceitos naturais, de modo que abrangesse a vontade de todos justamente, para que não seja preciso refazê-la outra vez.
	Livro II, Capitulo XII – Divisão das Leis
	“As lei que regulamentam essas relações são denominadas leis publicas; chamam-se também leis fundamentais, não sem alguma razão, não caso de serem feitas com sabedoria; porque se em casa Estado [...]”
Neste paragrafo e nos outros dois subsequentes, o autor destaca três tipos de relações: as chamadas leis politicas ou fundamentais que seguem uma origem de que o povo que cria as leis, pois ele tem inteligência para criar regramentos que os beneficiam, relações ente um só povo com o mesmo pensamento. Já no segundo paragrafo o autor destaca as reações povo com outros de pensamentos opostos, sendo assim onde nascem as leis civis. E por ultimo destaca a relação entre a ação ilegal em determinado regramento e a punição, o que consiste depois em leis criminais.
Fim do Livro II
	Referência
	Citação e reflexão
	Livro III, Capítulo I – Do Governo em geral
	“Suponhamos que o Estado seja composto de dez mil cidadãos. O Soberano só pode ser considerado coletivamente e como corpo. Porém, cada um, na qualidade de súdito, é considerado como indivíduo. Assim, o Soberano está para o súdito como dez mil está para um. [...] Se o povo é composto de cem mil homens, o estado dos súditos não muda e cada um suporta igualmente o domínio da milésima parte, tem dez vezes menos influencia na redação delas. Dessa forma, permanecendo o súdito sempre um, a relação do Soberano aumenta em razão do número de cidadãos. Donde se segue que, quanto mais cresce o Estado, mais diminui a liberdade”.
Um estado representativo, quando esta representação é menor em sua proporção, será mais fácil perceber o anseio dos súditos em relação a legislatura dos políticos. Quanto maior o estado em relação a sua representatividade, mais é ceifado o direito a liberdade,tornando o povo mais “amarrado” as leis, para que as suas ações não ponham em risco o Estado.
“Ora, quanto menos as vontades particulares se relacionam a vontade geral, isto é, os costumes às leis, tanto mais a força repressora deve aumentar. Então, o Governo, para ser bom, deve ser relativamente mais forte á medida que o povo é mais numeroso.”
Está aqui a afirmação do exposto na primeira citação, com a afirmação de a vontade coletiva estar acima da vontade própria, não correndo risco do Estado perder seu poder.
“O Governo é, em tamanho pequeno, o que o corpo político que o contém é em tamanho grande. É uma pessoa moral dotado de certas faculdades, ativa como o Soberano, passiva como o Estado, e que se pode decompor em relações semelhantes, [...] há, entre esses dois corpos, a diferença essencial que o Estado existe por si mesmo, enquanto o Governo só existe pelo soberano[...]”
Neste ponto, fica evidenciado a diferença entre Estado e Governo. A diferença que até hoje persiste, inclusive em nossa constituição. Evidenciado que o governo pode vir de uma pessoa ou do conjunto de pessoas, levando em conta a vontade do “todo”, não deixando macular em momento algum a força particular.
	Livro III, Capítulo II – Do princípio que constitui as diversas formas de governo.
	“É possível distinguir na pessoa do magistrado três vontades essencialmente diferentes. De início, a vontade própria do indivíduo, que só propende em favor de seu interesse particular; em segundo lugar, a vontade comum dos magistrados, que apenas se relaciona ao que ao príncipe interessa, ou se a, a vontade do corpo como pode ser chamada, a qual é geral em relação ao governo, e particular relativamente ao Estado, de que o governo faz parte; em terceiro lugar, a vontade do povo ou a vontade soberana, que é geral não só em relação ao Estado, considerado como um todo, como também em relação ao governo, considerado como parte desse todo.”
Rousseau sintetiza neste parágrafo, os marcos referenciais para a determinação das diversas formas de governo, levando em conta a vontade própria e o número de magistrados, pois segundo próprio Rousseau, a forma de governo advém destes marcos referencias, não tendo espaço para além, aquém ou igual a vontade povo x soberano.
	Livro III, Capítulo III - Divisão dos Governos
	“O soberano pode, de início, confiar o depósito do governo ao povo em conjunto ou à maioria do povo, de modo a haver maior número de cidadãos magistrados que simples cidadãos particulares. Dá-se a essa forma de governo o nome de democracia. 
Ou pode então restringir o governo entre as mãos de um pequeno número, de sorte a haver maior número de cidadãos particulares que de magistrados, e esta forma de governo recebe o nome de aristocracia. 
Finalmente, pode o soberano concentrar todo o governo em mãos de um magistrado único, do qual todos os demais recebem o poder. Esta terceira forma é a mais comum de todas, e chama-se monarquia, ou governo real.”
Auto explicativo, estes 3 parágrafos resumem as formas previsíveis segundo Rousseau para as formas de governo, dependendo exclusivamente do tamanho de cada Estado, aumentando ou diminuindo a vontade e liberdade do povo.
	Livro III, Capítulo IV - Da democracia
	“Não é conveniente que quem redija as leis as execute, nem que o corpo do povo desvie a atenção dos alvos gerais para a concentrar nos objetos particulares. Nada é mais perigoso que a influência dos interesses privados nos negócios públicos; e o abuso das leis por parte do governo constitui um mal menor que a corrupção por parte do legislador, continuação infalível dos alvos particulares. Então, alterado o Estado em sua substância, toda reforma se torna impossível. Um povo que jamais abusaria do governo, também jamais abusaria da independência; um povo que sempre governasse bem, não teria necessidade de ser governado.”
Utopia. Assim define Rousseau. Impossível de existir “Nunca existiu e nunca existirá!” estas são suas palavras. O interesse privado sempre irá contaminar os negócios públicos, pois um estado que faz as próprias leis para ele mesmo as seguir, já nasce viciado.
	Livro III, Capítulo V - Da Aristocracia
	“Há, pois, três espécies de aristocracia: natural, eletiva e hereditária. A primeira não convém senão a povos simples; a terceira é o pior de todos os governos; a segunda é a melhor: é a aristocracia propriamente dita.”
Neste capítulo, Rousseau apresenta a história da Aristocracia, informando como acima que a eletiva é a melhor entre os modelos apresentados, mas nos chama atenção para a diferença social que estará presente nesta forma de governo, onde poucos ricos ficarão com toda a fortuna e muitos sem nada na volta mendigarão um pouco destes afortunados.
	Livro III, Capítulo VI - Da Monarquia
	“Assim, a vontade do povo, e a vontade do príncipe, e a força pública do Estado, e a força particular do governo, tudo enfim responde ao mesmo móbil; todas as molas da máquina estão na mesma mão, tudo caminha para o mesmo objetivo: não há movimentos adversos que se destruam mutuamente, e não se pode imaginar nenhuma espécie de constituição em que um esforço menor produza uma ação mais considerável. Arquimedes, tranquilamente sentado na praia, sirgando sem dificuldade um grande navio, representa a meu ver um hábil monarca, a dirigir de seu gabinete seus vastos Estados, e a fazer com que tudo se mova dando a impressão de que permanece imóvel.”
Rousseau nos transmite as vantagens de ter em uma só pessoa a personificação do Estado e do Governo, governando com as próprias leis, feitas por ele próprio, objetivando as regras ao seu propósito de governo, independente da vontade do povo. Também nos transmite a desvantagem, pelo fato do Rei não ser eletivo, pela monarquia ser hereditária, e, as vantagens se tornarem desvantagens se um dos herdeiros deixar de lado a vontade do coletivo.
	Livro III, Capítulo VII – Dos governos mistos
	“Propriamente falando, não há governo simples. É necessário a um chefe único possuir magistrados subalternos; é indispensável a um governo popular ter um chefe. Assim, na partilha do poder executivo, há sempre gradação do grande número ao menor, com a diferença que ora é o grande número que depende do pequeno, ora é o pequeno que depende do grande.”
Rousseau discorre sobre a interdependência do poder executivo, seus atos para conseguir manter o governo dentro do Estado, afirmando que não há governo simples. Todos são mistos.
	Livro III, Capítulo VIII – Nem toda forma de governo convém a todo o país.
	“Infere-se daí que quanto mais aumenta a distância entre o povo e o governo, mais se tornam onerosos os tributos. Assim sendo, na democracia, o povo é o menos sobrecarregado; na aristocracia, ele o é um pouco mais; na monarquia, carrega o maior peso. A monarquia, portanto, só convém às nações opulentas; a aristocracia, aos Estados medíocres em riqueza, bem como em tamanho; a democracia, aos Estados pequenos e pobres. 
Com efeito, na medida em que mais nisso refletimos, melhor vamos percebendo a diferença entre os Estados livres e os monárquicos: nos primeiros, tudo é empregado no sentido do interesse comum; nos segundos, as forças públicas e particulares funcionam de maneira recíproca, e o aumento de uma corresponde ao enfraquecimento da outra; enfim, ao invés de governar os vassalos para os fazer felizes, o despotismo torna-os miseráveis a fim de os governar.”
Por não ser uma ciência exata, não existe uma fórmula mágica para que um governo funcione para seu povo, tal qual gostaria o seu povo que este fosse governado. Para tanto, deixa claro Rousseau que a liberdade e o imposto são diretamente proporcionais, e quanto maior o freio do imposto pago pelo cidadão, maior é o poder do estado sobre este povo.
	Livro III, Capítulo IX – Dos sinais de um bom governo
	“De minha parte, sempre me assombro de que se desconheça um sinal tão simples, ou de que se tenha a má fé de nisso não concordar. Qual é o objetivo da associação política? É a conservação e a prosperidadede seus membros. E qual é o mais seguro sinal de que eles se conservam e prosperam? É o seu número e a sua população[...]”
Só temos sinais de um bom governo quando seu povo está bem. Não existe outra forma, não se busque fórmulas matemáticas. Se o povo está bem, o governo está indo bem.
	Livro III, Capítulo X – Do abuso do governo e de sua tendência a degenerar
	“O caso da dissolução do Estado pode-se dar de duas maneiras: primeiramente, quando o príncipe não mais o administra conforme as leis, e usurpa o poder soberano. Então, acontece uma mudança considerável: é que, não mais o governo, mas o Estado se restringe. Quero dizer que o grande Estado se dissolve, e que se forma um outro no seio daquele, apenas composto dos membros do governo, e que nada mais é em relação ao resto do povo senão o senhor e o tirano. De sorte que, no instante da usurpação da soberania por parte do governo, é rompido o pacto social, e todos os simples cidadãos, recolados de direito em sua liberdade natural, são forçados, mas não obrigados a obedecer.”
Desfeito o pacto social. Não existe mais governo. Existe o Tirano. E este, só mantém o Estado soberano através de suas rédeas, não mais com a força ou pela força do povo. Está dissolvido o Governo no sentido estrito.
	Livro III, Capítulo XI – Da morte do corpo político.
	“O corpo político, bem como o corpo do homem, começa a morrer desde o nascimento e contém em si mesmo as causas de sua destruição [...]” 
Se for bem constituído, o Governo e o Estado serão duradouros, mas não eternos. Tal qual o corpo humano, o corpo político também tem prazo de duração limitado a sua vida. 
	Livro III, Capítulos XII, XIII e XIV - Como se mantém a autoridade soberana
	“Não dispondo de outra força senão o poder legislativo, o soberano só atua pelas leis; e, não sendo as leis mais que atos autênticos da vontade geral, não poderia o soberano agir senão quando o povo se encontra reunido [...]”
Fora da vontade da representatividade, não haverá saída. O Estado e o Governo se dão através do pacto social respeitado e representado. Onde não há representante, não há representado.
	Livro III, Capítulo XV – Dos deputados ou representantes
	“O entibiamento do amor à pátria, a atividade do interesse privado, a imensidade dos Estados, as conquistas, os abusos do governo, fizeram imaginar a criação de deputados ou representantes do povo nas assembléias da nação. É a isso que, em certos países, se ousa chamar de terceiro estado. Assim, o interesse particular de duas ordens é posto no primeiro e no segundo plano; o interesse público é relegado ao terceiro.”
Quando está corroído, o Estado está nas mãos dos interesses privados, e neste momento, surge a figura do terceiro estado, que é o governado pelo interesse individual, sobrepondo o interesse comum.
	Livro III, Capítulo XVI – A Instituição do Governo não é de modo algum um contrato
	Neste capítulo, Rousseau destaca a necessidade da divisão dos poderes, onde o Governante governa sob as leis, não devendo em nenhum momento confundir-se com o Legislativo, que através de assembleia, tenta buscar a sua verdade e seu dever de Estado. 
Fim do Livro III
	Referência
	Citação e reflexão
	Livro IV, Capítulo I – A Vontade Geral é Indestrutível 
	“Enquanto muitos homens reunidos como um único corpo, tem uma única vontade que se refere a conservação comum e ao bem estar geral [...]”
Mesmo indestrutível é subjugada quando membros do Estado, cuidadosamente, reservam para si, as opiniões, discursões e a governabilidade, deixando a vontade geral sobreposta por interesses particulares de governantes que administram Estados mal constituídos desde suas origens.
	Livro IV, Capítulo II – Dos Sufrágios
	“A maneira pela qual são tratados os negócios gerais podem fornecer um índice bastante seguro do estado atual dos costumes e da saúde do corpo politico [...]
Quanto mais perto da unanimidade de ideias e quanto maior a harmonia em suas assembleias, melhor é a saúde do corpo politico, já quando dominam debates, discussões e tumulto, se anunciam os interesses particulares sobrepondo-se à vontade geral. 
	Livro IV, Capítulo III – Da Eleições
	“Quanto à eleição [...] , há dois procedimentos a saber: a escolha e o sorte.’
A escolha é da natureza da democracia, a qual deixa razoavelmente elegível cada cidadão. Na aristocracia, o príncipe escolhe o príncipe e o governo se conserva por si mesmo. E há a forma misturada dos dois caminhos na qual a integridade do governo é dividida. 
	Livro IV, Capítulo IV – Dos Comícios Romanos 
	“[...] Tradições que remontam a essas origens, aquelas que apoiam as maiores autoridades, e que as mais fortes razões confirma, devem ser tomadas como as mais certas. [...]”
O mais livre e poderoso dos povos da terra foi fundado por albaneses, sabinos e estrangeiros divididos em três tribos, sempre tirando contingente para o exercito, formam necessárias outras divisões e subdivisões para levar a pequena cidade de Roma a uma organização civil adequada a capital do mundo.
Os comícios por tribos constituíam propriamente o conselho do povo Romano, e os senadores eram forçados a obedecer as leis que não tinham podiam votar, vê se os comícios por tribos eram mais favoráveis ao governo popular. 
	Livro IV, Capítulo V – Do Tribunato
	“Quando não se pode estabelecer uma exata proporção entre as partes constitutivas do Estado, ou quando causas indestrutíveis alterem incessantemente suas relações, então [...]”
O tribunato é o conservador das leis do poder legislativo e serve, por vezes, para proteger o soberano contra o governo, o tribunato constitui uma parte constitutiva da cidade, e não deve possuir a menor porção do poder legislativo nem do executivo, representa o mais firme apoio de uma boa constituição. 
	Livro IV, Capítulo VI – Da Ditadura
	“A inflexibilidade das leis, que as impede a se moldar aos acontecimentos, podem , em certos casos, torna-las perniciosas, e causar por si mesmas, a perda do estado a sua crise [...]”
Em tempo de crise e em determinados casos, quando a ordem publica se altera, é necessária a instauração de um cargo excepcional para contrabalançar com a demanda do cumprimento das leis, nomeia-se então um chefe supremo que faça emudecer todas as leis e suspenda um momento ao autoridade soberana, é importante estabelecer prazos curtos para esta comissão, no decorrer das crises que o fazem estabelecer, o Estado é logo salvo ou destruído, e, passado necessidade, a ditadura pode tornar-se tirana ou inútil. 
	Livro IV, Capítulo VII – Da Censura 
	“Assim como a declaração da vontade geral se faz pela lei, a declaração do julgamento publico se faz pela censura [...]”
A opinião constitui uma espécie de lei cujo censor é o ministro, que assim como o príncipe, somente a aplica em casos particulares, as opiniões nascem de suas constituição, embora a lei não regulamente os costumes.
	Livro IV, Capítulo VIII – Da Religião Civil
	“Os Homens, de inicio, não tiveram outros reis senão os deuses, nem outro governo a não ser o teocrático. [...]”
Fez-se necessária uma longa alteração de sentimentos e ideias a fim de que se pudesse aceitar o semelhante por senhor e iludir-se admitindo que o fato constituía o bem.
Colocando-se Deus à testa de cada sociedade politica, resultou a existência de tantos deuses quantos povos havia.
Assim originou-se o politeísmo e a intolerância teológica e civil.
Fim do Livro IV

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