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Fragilidade e Sd Imobilização

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WACHHOLZ, P.A.
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CAJURU
Serviço de Geriatria
Paradigmas...
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Lunney, J. R. et al. JAMA 2003;289:2387-2392.
Theoretical Trajectories of Dying
Curvas de estimativa de sobrevivência
As primeiras definições...
Síndrome biológica caracterizada por importante decréscimo nas reservas e resistência individual a estressores (internos ou externos), resultando em declínios cumulativos em múltiplos sistemas fisiológicos, desencadeando vulnerabilidade a eventos adversos.
(CAMPBELL, 1997 & HAMMERMANN, 1999)
Capacidade diminuída em desempenhar as atividades básicas de vida diária.
(BROWN et all, 2000)
Insuficiente desempenho de sistemas chaves, especialmente o muscular, neuro-endócrino e imune, criando espiral de eventos adversos que culmina com maior vulnerabilidade a morbi-mortalidade.					(COHEN, 2000)
Definição Atual
Estado de elevada vulnerabilidade a eventos adversos de saúde, incluindo incapacidades (disability), agravamento de comorbidades, dependência, quedas, necessidade de institucionalização, hospitalização e morte.
(FRIED et all, 2001 e 2004)
Importância
Cardiovascular Health Study
7,7% dos idosos vivendo em comunidade com +65 anos são frágeis
30% dos idosos com 80 anos ou mais são frágeis
Importância
 Fragilidade prediz a incidência a progressão de incapacidades e outros eventos adversos em 3 anos, ou seja, é fator preditor independente de desfechos negativos.
(FRIED et all, 2001)
Tratamento ou Prevenção ?
 “(...) até mesmo os idosos mais frágeis podem se beneficiar de exercícios resistidos assistidos(...)”
 “(...) ainda não existe evidência científica confiável de que medicamentos anabólicos possam prevenir ou tratar a fragilidade (...)”
 “ Complexo de sinais e sintomas resultantes da supressão de todos os movimentos articulares e, por conseguinte, da incapacidade da mudança postural.” 
LEDUC, M.M.S.(2002)
 
 Critério
 Maior
 
Déficit cognitivo 
moderado à grave +
múltiplas contraturas
Critérios 
Menores
-Sinais de sofrimento
 cutâneo ou UP
-Disfagia leve a grave
-Dupla incontinência
-Afasia
Diagnóstico
Critério Maior
 e pelo menos 
dois menores
Nem todo paciente confinado ao leito 
tem Síndrome de Imobilização !
 Canadá e Austrália
		25% dos idosos vivendo na comunidade e 75% daqueles institucionalizados têm deficiência ou incapacidade grave (elevado risco para SI) (FREITAS, 2002)
NÃO EXISTEM DADOS PRECISOS SOBRE A 
 PREVALÊNCIA OU INCIDÊNCIA DA SÍNDROME
Belo Horizonte
		De 190 leitos em uso por idosos, 22% eram ocupados por ptes com SI 		 (LEDUC, 2002)
Doença Osteoarticular
Dça Cardiorresp.
Dças vasculares
Dças musculares
Dças nerológicas
Doenças psíquicas
Iatrogenias
Maus tratos
Etc.
 Recordar a diferença entre 
SENILIDADE E 
 SENESCÊNCIA
Reconhecer os 
efeitos fisiológicos 
do envelhecimento
SISTEMA OSTEOARTICULAR
Líquido sinovial: diminui produção e fluidez;
Prolifera tecido conectivo fibroso e gorduroso (pannus) = aderência entre as superfícies intra-articulares;
Tecido conectivo fibrosa e determina padrão de flexão;
Imobilização determina perda de 0,9% de massa óssea total/semana até 6 m
SISTEMA MUSCULAR
Perdem-se fibras de condução rápida, acarretando perda de unidade motoras excitáveis(JNM);
Diminuição na liberação de subst. tróficas para o músculo = atrofia e perda de tônus;
Perda do arranjo miosina-actina = contratura muscular;
Perda de massa muscular, encurtamento dos tendões e músculos pela perda da disposição normal das fibras de colágeno (cross linkage)
SISTEMA URINÁRIO
SISTEMA DIGESTIVO
Desnutrição;
Constipação;
Disfagia;
SISTEMA CARDIOPULMONAR
SISTEMA TEGUMENTAR
declínio na produção de céls. epiteliais;
diminuição espessura epiderme 20-30%;
redução número e secreção glds. sudoríparas;
desidratação e perda elasticidade da derme;
diminuição da vascularização;
fragilidade capilar aumentada;
perde colágeno.
SISTEMA TEGUMENTAR
umidade constante+resíduos urina/suor e outros detritos = ambiente propício para infecções fúngicas;
xerose = diminuição glds e banhos água quente + pouca expo sol;
dermatite amoniacal;
úlceras por pressão
Definição
 “ Área de lesão de pele, tecidos subjacentes ou ambos, decorrente de pressão extrínseca aplicada sobre superfície corpórea e que persiste mesmo após removida a pressão sobre o local.” 
(MARINI, 2002)
Fisiopatologia
- Extrínsecos: (a) fricção, (b) cisalhamento e (c) umidade sobre tecidos predispostos
- Intrínsecos: fatores de risco
Pressão média de enchimento capilar: 32mmHg
Hipoperfusão – hipóxia –acidose - hemorragia instersticial - necrose
Fatores de Risco
 Imobilidade;
 Idade avançada;
 incontinência;
 alterações no nível de consciência;
 deficiência nutricional.
Prevalência
- Ptes hospitalizados : 3-11%;até 60% em grupos específicos.
- Ptes institucionalizados: 10-15%; até 70%
Aumenta mortalidade em 60%
GRAU 1
GRAU 2
GRAU 3
GRAU 4
A avaliação da ferida : 
Localização, Tamanho e Profundidade 
Presença de túneis, descolamentos, lojas fístulas e outros
Documentar a localização usando a posição dos ponteiros do relógio como referência. 
Presença de exsudado e características 
Presença de tecido necrótico. 
Evidência de infecção.
Indicadores de risco 
Escala de Waterlow
Medidas Gerais
 NUNCA DIZER :
 “ Não existe o que fazer !”
Terapia Tópica das 
úlceras de pressão
 Eliminar tecido não viável 
 Eliminar exsudado excessivo. 
Proteção da ferida. 
Atender as metas da terapia para o paciente e família 
Facilitar a cicatrização. 
Ter boa relação custo/benefício. 
 A solução salina normal ou SF 0.9% não causa efeitos colaterais e pode ser usada com segurança. 
Cuidados com temperatura do SF
Anti-sépticos : no Brasil, o uso é contra-indicado pelo Ministério da Saúde. Exemplos: ácido acético, hipoclorito de sódio, água oxigenada e PVPI. 
Soluções Tópicas 
para limpeza de feridas
Desbrida autolítica
Usa as próprias enzimas. 
Geralmente não causam dor, e é a desbrida mais seletiva, contra-indicada em grandes extensões de necrose. 
Curativos para o uso em desbrida autolítica
Espumas de polímero
Hidrogéis
Hidrocolóides
Alginatos de cálcio
Carboximetilcelulose 
Sulfadiazina de prata e cérium
Desbrida enzimática
Utiliza agentes químicos que são seletivos para o tecido necrótico e causam danos mínimos em tecidos saudáveis. 
Papaína 
Colágeno 
Carvão ativado
Desbrida mecânica/cirúrgica
Utiliza métodos cirúrgicos/mecânicos para remoção do tecido necrótico;
Invasivo e de custo elevado;
Usualmente requer o uso de sala cirúrgica (?)
Pode ser realizado no leito do paciente por profissional habilitado. 
Curativos
 secundários
Gazes não aderentes
Fitas hipoalergenas (micropore, medipore)
Filmes 
Protetores de pele
Manejo da dor
analgesia contínua
da seleção e uso racional dos analgésicos
alternativas ao tratamento das contraturas
Nutrição
dietas, vias alternativas, cuidados gerais
Orientação aos cuidadores 
“To cure sometimes.
 To relieve often.
 To confort always.”
William Shakespeare
(All that lives must die)
patrick.wachholz@pucpr.br
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CAJURU
Serviço de Geriatria
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?.?.2.7 Sistema nervoso
·        Diminuição do cérebro em torno de 20% de seu peso, comparando um indivíduo de 20 a um de 90 anos;
·        Diminuição e/ou alteração das sinapses nervosas;
·        Diminuição das substâncias químicas associadas à atividade neurotransmissora;
·        Perdas de neurônio após os 25, 30 anos (100.000 por dia);
·        Diminuição dos receptores cutâneos, reduzindo a
percepção da temperatura e da sensibilidade tátil.
 
?.?.2.8 Sistema respiratório
·        Diminuição da elasticidade e complacência dos pulmões pelas modificações nos tecidos colágenos e elásticos;
·        Dilatação dos bronquíolos, ductos e sacos alveolares;
·        Atrofia dos músculos esqueléticos acessórios na respiração;
·        Redução da caixa torácica;
·        Diminuição da ventilação pulmonar.
·        Como conseqüência dessas alterações, há insuficiência respiratória restritiva, obstrutiva e disfuncional, observadas principalmente quando o idoso realiza algum esforço.
 
?.?.2.9 Sistema gastrointestinal
·        Perdas e alterações involuntivas dos dentes;
·        Diminuição da produção de secreção salivar;
·        Diminuição da produção de enzimas e sucos gástricos;
·        Diminuição da mobilidade do peristaltismo;
·        Atrofia da mucosa gástrica;
·        Diminuição da capacidade de absorção de nutrientes;
·        Redução do fluxo sanguíneo hepático;
·        Diminuição do volume e peso do fígado. Em conseqüência destas alterações, observa-se diminuição no metabolismo de algumas drogas que passam primeiramente pelo fígado.
 
?.?.2.10 Sistema renal
·        Redução do tamanho e peso dos rins;
·        Diminuição do número de néfrons;
·        Espessamento da membrana basal;
·        Aumento do tecido conjuntivo intersticial;
·        Alterações tubulares.
Pode ocorrer insuficiência renal aguda em conseqüência das alterações acima citadas.

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