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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
SERVIÇO SOCIAL
_________________________________	
BPC – Benefício de Prestação Continuada:
Requisitos para sua concessão.
JEQUIÉ
2015
_______________________________________________
BPC – Benefício de Prestação Continuada:
Requisitos para sua concessão.
Trabalho elaborado com fins avaliativo do VI período do Curso de Graduação em Serviço Social para as disciplinas Serviço Social na área da Saúde, Previdência e Assistência Social, Serviço Social e Processo de Trabalho, Direito e Legislação, Seminário da Prática VI e Estágio em Serviço Social II.
	Professores: Mª Lucimar Pereira, Amanda Boza, Vanessa Vilela e Valquíria Caprioli.
	
JEQUIÉ
2015
Sumário 
Introdução..........................................................................................04
Desenvolvimento...............................................................................05
Considerações Finais........................................................................09
Referências Bibliográficas.................................................................10
INTRODUÇÃO.
Este trabalho aborda o Benefício de Prestação Continuada, direito de cidadania, instituído pela Constituição Federal de 1988, integrante da Assistência Social e regulamentado pela Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS, Lei nº 8.742, de 07 de dezembro de 1993; Leis nº 12.435, de 06 de julho de 2011 e nº 12.470, de 31 de agosto de 2011, que alteram dispositivos da LOAS; e pelos Decretos nº 6.214/ 2007 e 6.564/2008. 
O BPC é um benefício da Política de Assistência Social, coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome – MDS e operacionalizado pelo Instituto Nacional do Seguro Social – INSS. A assistência social é um dos eixos da seguridade social que tem como objetivo principal combater à pobreza. 
Nenhum benefício foi adquirido sem a luta de militantes da Assistência que vem buscando o entendimento e o cumprimento da Assistência Social como um direito. Gomes (2004) mostra que a Assistência Social é um direito que se destina às pessoas que vivem em situação de pobreza, uma vez que vem atender às “necessidades”.
Com a Constituição de 1988, a assistência social é declarada como direito social, campo da responsabilidade pública, da garantia e da certeza da provisão. É anunciada como direito sem contrapartida, para atender a necessidades sociais, as quais têm primazia sobre a rentabilidade econômica. Para tanto, é definida como política de seguridade, estabelecendo, objetivos, diretrizes, financiamento, organização da gestão, a ser composta por um conjunto de direitos (GOMES, 2004, p. 193).
O Benefício de Prestação Continuada, vem como um dos objetivos da Assistência Social e visa garantir os mínimos sociais para pessoas idosas e pessoas com deficiência que não tenham como prover o seu sustento ou tê-lo provido por sua família.
V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei (Brasil, Constituição Federal, 1988).
De posse da Legislação a pesquisa bibliográfica irá demonstrar que o BPC integra a Proteção Social Básica no âmbito do Sistema Único de Assistência Social – SUAS, não sendo necessário a contribuição previdenciária para ter acesso, bem como um aprofundamento e reflexão sobre o direito socioassistencial, discutindo o conceito de miserabilidade e os critérios para concessão do benefício.
DESENVOLVIMENTO.
A Assistência Social é composta por serviços e benefícios, sendo os benefícios de natureza pecuniária. 
O BPC é um benefício em forma de pecúnia, vinculado a Política de Assistência Social, não vitalício, individual e intransferível, ou seja, não gera pensão, e que garante o valor de um salário mínimo mensal para idosos a partir dos 65 anos e pessoas com deficiência independente da idade desde que comprovados impedimentos de longo prazo, de natureza física, mental, intelectual ou sensorial. 
Este é um beneficio que faz parte da seguridade social e que para ter acesso o requerente não precisa ter contribuído com a Previdência Social.
A Lei 12470/2011 alterando o artigo 20 da LOAS, eliminou o conceito de deficiência para a vida independente e para o trabalho, garantindo assim a concessão do benefício a crianças e adolescentes.
§ 2o  Para efeito de concessão deste benefício, considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.     
§ 10.  Considera-se impedimento de longo prazo, para os fins do § 2o deste artigo, aquele que produza efeitos pelo prazo mínimo de 2 (dois) anos.
A definição de um prazo mínimo para os impedimentos de longo prazo conforme apresentado a cima possibilita uma unanimidade nas decisões acerca da incapacidade temporária
O STF considera que a Lei 12.470/2011 melhor definiu o conceito de deficiência para fins de percepção de amparo assistencial, tornando-o mais preciso, menos aberto.
Para concessão do benefício é levada em conta também a situação de carência da família ou do requerente. É importante salientar o critério da renda mensal bruta familiar per capita inferior a ¼ (um quarto) do salário mínimo vigente tanto para idosos quanto para pessoas com deficiência.
Levando em consideração este valor inferior à ¼ do salário mínimo é possível afirmar que o critério da miserabilidade econômica é preponderante para a concessão do BPC.
Este parâmetro imposto ao deficiente e idoso é obtido no exposto no parágrafo § 3ª do artigo 20 da Lei 8.742/93, alterada pela Lei 12.345/11:
§ 3ª Considera-se incapaz de prover a manutenção da pessoa com deficiência ou idosa a família cuja renda mensal per capita seja inferior a ¼ (um quarto) do salário-mínimo.
Uma discussão vem ganhando força no STJ, que por sua vez, entendeu que a análise deve ser feita caso a caso, para que a aferição do critério miserabilidade fosse feita de forma mais completa e com análise mais detalhada:
Ementa: PREVIDENCIÁRIO. ASSISTÊNCIA SOCIAL. BENEFÍCIO DA PRESTAÇÃO CONTINUADA. REQUISITOS LEGAIS. ART. 203 DA CF. ART. 20,§ 3º, DA LEI Nº 8.742/93.
 I – A assistência social foi criada com o intuito de beneficiar os miseráveis, pessoas incapazes de sobreviver sem a ação da Previdência.
II - O preceito contido no art. 20, § 3º, da Lei nº 8.742/93 não é o único critério válido para comprovar a condição de miserabilidade preceituada no artigo 203, V, da Constituição Federal. A renda familiar per capita inferior a 1/4 do salário-mínimo deve ser considerada como um limite mínimo, um quantum objetivamente considerado insuficiente à subsistência do portador de deficiência e do idoso, o que não  impede que julgador faça uso de outros  fatores  que  tenham  o  condão  de  comprovar  a  condição de miserabilidade da  família  do  autor.  Recurso não conhecido.  (Acórdão RES 314264 / SP; RECURSO ESPECIAL 2001/0036163-3 DJ DATA: 18/06/2001 PG:00185  Relator Min. FELIX FISCHER (1109) Órgão Julgador T.5 - QUINTA TURMA) 
A partir daí pode-se afirmar que no âmbito jurídico a depender da comprovação socioeconômica da família para além do ¼ do salário mínimo possa haver concessão do BPC.
Outra discussão pautada no STJ é quanto aos impedimentos de longo prazo conforme as Leis nº 12.435, de 06/07/2011e nº 12.470, de 31/08/2011, que alteram o Art. 20 da LOAS.
§ 2o  Para efeito de concessão deste benefício, considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruirsua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. 
Considerando que muitas vezes o requerente atende ao critério da renda e que o período para tratamento da incapacidade será superior a 02 anos o TRF considera apto ao BPC pessoas que no ato do requerimento ainda não apresente dois anos de impedimento: 
- Apesar, do prazo fixado de recuperação fixado pelo perito ser inferior a 2 (dois) anos, nada impede que haja a concessão do benefício, com fixação de prazo para cessação, caso constatada a recuperação da parte autora, principalmente quando analisado o caso em concreto. Até porque, na verdade, o perito atestou uma DII mais de 01 ano antes do laudo, dizendo que haveria necessidade de outro ano para recuperação, o que deixa o tempo total da incapacidade superior a 02 anos, sendo ela considerada impedimento de longo prazo para fins dos §§ 2º e 10 do art. 20 da LOAS.
- In casu, incontroverso o preenchimento do requisito da miserabilidade. 
- Portanto, considero preenchidos os requisitos exigidos para concessão do Benefício Assistencial.
É importante salientar que o Benefício de Prestação Continuada não pode ser acumulado com outro benefício no âmbito da Seguridade Social, exceto com benefícios da assistência médica, pensões especiais de natureza indenizatória e a remuneração advinda de contrato de aprendizagem no caso da pessoa com deficiência.
O requerimento do BPC inicia-se no município, onde o cidadão poderá requere junto ao órgão responsável pela Política de Assistência Social as orientações e apoio para solicitar o benefício, sendo que o INSS recebe o requerimento, reconhece o direito, sendo que ás pessoas idosas é por meio da idade e da renda familiar e à pessoa com deficiência, além da comprovação da renda, o requerente passa por avaliação da deficiência e do grau de impedimento, realizadas por médicos peritos e por assistentes sociais do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS e realiza o pagamento.
A avaliação médica leva em consideração as deficiências nas funções e nas estruturas do corpo, e a avaliação social leva em conta os fatores ambientais, sociais e pessoais. As duas avaliações consideram a limitação do desempenho de atividades e a restrição da participação social.
Conforme previsão no artigo 34, parágrafo único do Estatuto do Idoso o BPC de uma pessoa idosa não entra no cálculo da renda mensal familiar para concessão do benefício a outro idoso da mesma família: “O benefício já concedido a qualquer membro da família nos termos do caput não será computado para os fins do cálculo da renda familiar per capita a que se refere a Loas.”
A cada dois anos o BPC passa por revalidação a fim de que seja verificado se o beneficiário ainda atende aos critérios para recebimento, critérios estes referente a renda e no caso da pessoa com deficiência a incapacidade. 
Tal fator faz com que as pessoas mantenham um padrão de vida que a permita sempre receber o benefício. Pensando assim, num contexto de agravamento da questão social, nota-se que este vem distanciar-se de inúmeros sujeitos.
Trata-se de uma verdadeira armadilha da pobreza, dado o conjunto de critérios a que submete o candidato, seu grau de seletividade e cobertura, abrangendo situações de vulnerabilidades praticamente irreversíveis, bem como sua condição de direito solitário, desgarrando da assistência social e das demais políticas de proteção social. Suas potencialidades e suas possibilidades de contribuir para autonomia dos beneficiários ficam, assim, comprometidas. É um direito que, na sua materialização, apresenta-se aprisionado, contido, encerrado pelos imperativos do comando da ideologia neoliberal (GOMES, 2004, p. 216).
Caso o usuário supere as condições que deram origem ao BPC este será suspenso ou cessado. No caso da pessoa com deficiência é importante salientar que o desenvolvimento das capacidades cognitivas, motoras ou educacionais e a realização
de atividades de habilitação e reabilitação, dentre outras, não constituem motivo de suspensão ou cessação do benefício.
CONSIDERAÇÕES FINAIS.
O BPC significa uma renda mensal certa, que não passa pelas esguelhas do clientelismo. Este é um direito que perpassa a assistência social e não tem ligação quanto ao trabalho formal. Sposati, reforça essa conquista:
Receber, acessar um benefício social como um direito constitucional, independente do vínculo de trabalho, é sem dúvida, um marco significativo na extensão com contrato social brasileiro. Este, e talvez só este, seja o grande caráter inaugural desse beneficio. A legislação social brasileira sempre exigiu a apresentação prévia da condição de trabalhador formal, com carteira assinada para ter afiançado o acesso social. A distribuição não-redistributiva perversamente própria do modelo concentrador de renda adotado no Brasil sempre exigiu que o “suor do rosto”, provocado pelo esforço do trabalho, e formalmente atestado por outro, e não só pelo cidadão demandatário, chegasse antes de qualquer acesso a um benefício (SPOSATI, 2004, p. 129, grifo da autora).
Entendendo que o BPC é prioritário para idosos e pessoas com deficiência que tenham renda inferior a ¼ do salário mínimo e que não tenham como ter provisões dos mínimos essenciais para sua sobrevivência muito ainda precisa ser discutido no âmbito jurídico. Critérios como a miserabilidade e o entendimento da incapacidade tem gerado processos e discussões no âmbito jurisdicional para concessão do BPC. 
Neste sentido, percebe-se que o aspecto histórico do Brasil consolida um sistema de proteção social que não combate as expressões da questão social. 
O BPC, embora seja um grande avanço, não reduz as desigualdades sociais. Coloca-se, portanto, com um desafio para os usuários da política de Assistência Social conseguir este direito.
Deste modo, os profissionais, sobretudo o Assistente Social, não devem esvair-se na luta pela dignidade da pessoa humana. A Constituição Federal preza por isto, mas o dia-a-dia reflete suas burocracias e limitações para direitos que são de suma importância para sobrevivência das pessoas incapacitadas para o trabalho, seja por doença, deficiência ou idade. São pessoas detentoras de direitos e merecem tê-los garantidos de forma satisfatória e digna.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição (1988). Constituição: República Federativa do Brasil. s.l, Senado Federal, 1988.
GOMES, Ana Lígia. O Benefício de Prestação continuada: Uma trajetória de retrocessos e Limites- construindo possibilidade de Avanços. In: Proteção Social de Cidadania. Inclusão de Idosos e pessoas com deficiência no Brasil, França e Portugal. / Aldaíza Sposati , (org) São Paulo: Cortez, 2004. p.191 a 226.
Raquel Veloso da Silva. Critério econômico para a concessão de benefícios segundo STJ e STF. Revista Jus Navigandi, Teresina, ano 19, n. 4197, 28 dez. 2014. Disponível em: <http://jus.com.br/artigos/34687>. Acesso em: 13 out. 2015.
SPOSATI, Aldaíza. Benefício de Prestação Continuada como mínimo Social. In: Proteção Social de Cidadania. Inclusão de Idosos e pessoas com deficiência no Brasil, França e Portugal. / Aldaíza Sposati , (org) São Paulo: Cortez, 2004. p.125 a 178.
TAGLIETA, Eliane da Silva. Conceito de deficiência introduzido pela Lei 12.470/2011 e o LOAS. Revista Jus Navigandi, Teresina, ano 19, n. 4099, 21 set. 2014. Disponível em: <http://jus.com.br/artigos/29889>. Acesso em: 12 out. 2015.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8742.htm, Acesso em 13 out,2015.
http://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/98301/estatuto-do-idoso-lei-10741-03, Acesso em 13 out,2015

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