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Validade e vigência de norma

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6ª AULA – Validade e Vigência da Norma
Validade: 
Validade material: diz respeito se está em conformidade com a hierarquia das normas. É se o conteúdo está em sintonia com o sistema jurídico, por exemplo, se obedece a classificação de hierarquia das normas. 
Exemplo: CF diz sobre a pluralidade política: a formação de opiniões de se pensar o estado diferentes.
Diz respeito ao conteúdo da norma. Para ter validade material, tem que estar em conformidade com o ordenamento jurídico.
Validade formal: é quando a norma preencheu todos os requisitos formais para valer. Diz respeito ao procedimento de criação da norma. 
Vigência: diz respeito a entrar em vigor. Quando a norma entra em vigor. Para ter vigência, ela deve ter validade. É a própria existência fática da norma no universo jurídico, que poderá ocorrer após o transcurso do período de vacatio legis. 
“VIDA” DA NORMA JURÍDICA
- “Nascimento” é dado a partir da Publicação: tornar isso público para a sociedade. Elas são publicadas no Diário Oficial da União.
- “Existência” a partir do momento que ela entra em vigor: vigência.
- “Desaparecimento”, chamada de cessação da norma. 
Nascimento e Existência
Regra: a norma entra em vigor 45 dias após a publicação (art. 1º da Lei de Introdução ás normas do Direito Brasileiro). Esse período entre publicação e a data que entra em vigor é chamada de Vacatio Legis.
Exceção: “esta lei entra em vigor na data de sua publicação”. O legislador é quem determina quando a lei entra em vigor.
Cessação
	Quando a lei desaparece.
Regra: a lei é criada com o pensamento de validade eterna.
Exceção: 
- Vigência temporária da lei (caso de calamidade pública, guerra civil, entre outras).
- Revogação da norma (quando a norma perde eficácia). Pode ser ab-rogação ou derrogação:
	Revogação ab-rogação: supressão total da norma. 
Exemplo: revoga lei tal de tal ano. 
	Revogação derrogação: supressão parcial da norma.
Exemplo: altera lei tal de tal ano, revoga art. Tal de tal lei, revoga inciso tal de tal artigo de tal lei.
	
Revogação expressa: quando a lei diz que vai ser feita a revogação. 
Exemplo: “revoga tal lei”.
Revogação tácita: existe uma lei em vigor, entra uma nova lei no lugar com texto diferente do primeiro (não diz a mesma coisa). Vale a mais recente. 
Lei de 2000: torça para o Internacional.
Lei de 2005: torça para o Grêmio.
Deve-se torcer para o Grêmio mesmo que a segunda não diga que revoga a primeira.
Retroatividade (repristinação) da norma jurídica
Retroagir: é a possibilidade de a norma jurídica atingir situação pretérita (ter efeito sobre o passado). 
Em via de regra a norma pode retroagir. 
Existem três casos que a norma não pode retroagir:
- Quando atingir ato jurídico perfeito: está previsto no § 1º do art. 6º da Lei de Introdução do Direito Brasileiro. É todo ato feito em conformidade com a lei da (época). Exemplo: na época que era permitido matar, alguém matou, seis meses depois surgiu uma lei em que não era permitido. Não é permitido voltar atrás e julgar essa pessoa por homicídio. A norma só retroage para beneficiar o réu. 
- Quando atingir direito adquirido: está previsto no § 2º do art. 6º da Lei de Introdução do Direito Brasileiro. É o que já se incorporou definitivamente ao patrimônio e/ou a personalidade do sujeito de direito. Exemplo: um homem tem idade (65 anos) e tempo de contribuição suficiente para se aposentar (35 anos). Se o tempo de contribuição e a idade de aposentadoria aumentar depois disso, ele ainda poderá se aposentar. Isso não vale para o homem que teve na época na mudança de lei 64 anos de idade e 34 anos de contribuição.
- Coisa julgada: está previsto no § 3º do art. 6º da Lei de Introdução do Direito Brasileiro. Decisão judicial que já não caiba recurso. O caso já julgado com a norma passada não pode voltar ao julgamento após o prazo terminado ou quando outra norma vigorar após o julgamento. Isso se chama caso intempestivo (fora do prazo).
- Repristinação: está prevista no §3º do art. 2º da Lei de Introdução ao Direito Brasileiro. Repristinação é quando se tem uma norma (A) e uma norma (B) e se quer criar uma norma (C). Repristinação é quando a lei (A) passa a valer com a revogação da (B). Na constituição brasileira, a lei (A) que foi revogada pela lei (B) não se restaura quando a lei (C) passa a valer, salvo com disposição contrária. 
Regra da repristinação: não há repristinação no direito brasileiro.
Exceção: salvo disposição em contrário. Se a lei (C) disser: a lei (A) volta a valer mesmo que eu vigore.
Eficácia da norma jurídica
- Eficácia jurídica: é quando a norma preenche todos os requisitos necessários para a sua aplicação. Quando ela tem validade material, formal e está em vigor.
- Eficácia social (efetividade): é quando a norma preenche todos requisitos necessários para a sua aplicação.
Tem validade material, formal e está em vigor. O que diferencia a eficácia social da eficácia jurídica é o cumprimento da norma, ou seja, se a sociedade aplica aquela norma ou não. Se a sociedade aplica, tem efetividade e, se não aplica, não tem.
Antinomia jurídica
	É o conflito (total ou parcial) entre duas ou mais normas jurídicas em sua aplicação prática a um caso concreto.
Existem três critérios de solução de conflito de normas.
- Critério A: critério hierárquico (hierarquia). Exemplo: Lei constitucional vale mais que a lei complementar e assim sucessivamente.
- Critério B: critério cronológico. A nova norma revoga a antiga. Exemplo: Se a lei (A) for de 1995 e a lei (B) é de 2015, a lei (B) revoga a antiga.
- Critério C: critério de especialidade. Ou seja, a lei especial prevalece sobre a lei geral. Exemplo do Direito Ambiental: norma (A) é do Código Florestal de 2012 e é lei geral. Norma (B) é de 2006 e diz que tem vigência sobre, apenas, a mata atlântica. Dentro do critério de especialidade, a lei (B) tem prevalecimento sobre a lei (A). Com esse exemplo podemos ver que nem sempre o critério cronológico é usado pois a lei (B) – a lei prevalecente – é mais velha que a lei (A).

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