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ESCOLA DE GESTÃO PÚBLICA

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ESCOLA DE GESTÃO PÚBLICA, POLÍTICA E JURÍDICA ESTUDO DIRIGIDO DA DISCIPLINA: GESTÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS MUNICIPAIS 
MÓDULO C 2015 – FASE I 
REFERÊNCIA: BERNARDI, Jorge Luiz. BRUDEKI, Nelson Martins. Gestão de Serviços Públicos Municipais - Curitiba: InterSaberes, 2013. 
Neste roteiro destacamos a importância para seus estudos de alguns temas diretamente relacionados ao contexto estudado nesta disciplina. Os temas sugeridos abrangem o conteúdo programático da sua disciplina nesta fase, e lhe proporcionarão maior fixação de tais assuntos, consequentemente, melhor preparo para o sistema avaliativo adotado pelo Grupo Uninter. Esse é apenas um material complementar, que juntamente com os vídeos e os slides das aulas compõem o referencial teórico que irá embasar o seu aprendizado. Utilize-os da melhor maneira possível. 
Excelentes estudos! 
Capitulo 1 - A Administração Pública (pág. 24 a 59) 
Tema: As competências dos poderes do Estado 
Este tema dispõe sobre os três poderes Executivo, Legislativo e Judiciário: 
Conforme o senso comum, a Administração Pública seria apenas o Poder Executivo, ou seja, o governo propriamente dito, com seus órgãos da administração direta e indireta, que gere, administra e executa o bem público, ao aplicar a lei. Observa-se porém que na concepção clássica da divisão dos poderes proposta por Montesquieu (2008), o poder está dividido em três - Executivo, Legislativo e Judiciário -, muito embora é um só, ou seja, é uno. Por conseguinte os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário compõem a Administração Pública, cada um com suas atribuições preponderantes, e harmônicas entre si, quais sejam: 
 Poder Executivo: sua atribuição preponderante é especialmente executar as leis elaboradas, governar o povo e administrar os interesses públicos. 
 Poder Legislativo: sua atribuição preponderante é especialmente elaborar as leis, criar o novo direito positivo e fiscalizar o Executivo. 
 Poder Judiciário: sua atribuição preponderante é especialmente distribuir a justiça, julgar, dirimir conflitos e aplicar a lei de forma contenciosa. 
Frisa-se que para esta disciplina quando houver referência a Administração Pública, também se estará apontando aos órgãos do Poder Executivo de modo geral. O art. 37 da Constituição Federal de 1988, o qual estabelece que a Administração Pública, direta e indireta, relativa a qualquer dos entes federados (União, Estados, Distrito Federal e Municípios), relativa a qualquer um dos poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), sempre deve obedecer “aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência”. Então considerando a própria Constituição Federal de 1988, em seu artigo 37, conclui-se que esta estabelece que a Administração Pública está classificada em direta e indireta. 
Tema: Os princípios constitucionais da Administração Pública 
Um país merece e deve ser governado e administrado obedecendo e respeitando princípios estabelecidos, os quais apontam e garantem os rumos e a segurança jurídica. A Constituição Federal/1988 prevê em seu artigo 37, os princípios da Administração Pública a serem observados por seus Órgãos sejam da administração direta ou indireta, relativos dos poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. Isso significa que não apenas o Poder Executivo, mas também o Legislativo e o Judiciário, devem obedecer a esses princípios quando da sua atuação como entes estatais que prestam serviços à comunidade. 
Os princípios constitucionais da Administração Pública (art. 37, CF) são: 
• legalidade: a lei é que determina o que deve ser feito e como devemos agir. 
• impessoalidade: a atuação da administração pública deve atingir, indistintamente, a todos que se encontram na mesma situação jurídica. 
• moralidade: para que o ato administrativo seja válido, deve ser moral, deve apresentar um componente ético. 
• publicidade: todo ato administrativo deve ser do conhecimento geral, o que possibilita ao cidadão fiscalizar a atuação dos agentes públicos. 
• eficiência: a administração pública deve assegurar à comunidade, com os mesmos recursos, mais serviços e de melhor qualidade e no menor tempo. 
Tema: O Princípio da Legalidade 
Um importantíssimo princípio que norteia a Administração Pública é o princípio da legalidade. Este princípio prevê que na Administração Pública a lei é que determina o que deve ser feito e como devemos agir, ou seja, nada podendo ser efetivado se não estiver previsto na legislação. 
Isso está taxativamente expresso no artigo 5º, inciso II, da Constituição Federal/1988: “Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”. Esse procedimento caracteriza o princípio da legalidade, pois, novamente se frisa que na Administração Pública, tudo o que se fizer deve estar previsto em lei, ao contrário do que ocorre na vida privada, na qual tudo é lícito desde que não seja proibido por lei. 
Tema: Os princípios gerais da administração pública 
Além dos princípios previstas no artigo 5º, inciso II, da Constituição Federal/1988, existem outros princípios construídos em legislação ordinária e pela doutrina, são os denominados princípios gerais. Entre eles se encontram os princípios da supremacia do interesse público, da isonomia, da razoabilidade, da motivação, da boa-fé, da tutela, da continuidade, da proporcionalidade e da finalidade. 
- supremacia do interesse público: determina que os interesses coletivos sempre são preponderantes sobre os interesses particulares. 
- isonomia: é o mesmo que o princípio da igualdade, está na Constituição Federal/1988, no caput do artigo 5º, o qual determina que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”. 
- razoabilidade e proporcionalidade: determina que Poder Público deve agir com bom senso, havendo limites na sua atuação discricionária, a Administração Pública não deve agir com excesso ao aplicar a lei. 
- motivação: determina que a autoridade, ao praticar o ato, deve justificá-lo de forma fundamentada. 
- boa-fé: determina que a Administração Pública deve agir conforme princípios de justiça em obediência a determinadas normas predefinidas pelo Estado democrático de direito. 
- tutela: ou princípio da auto-executoriedade, determina que é dever da Administração Pública controlar seus próprios atos nos aspectos da legalidade, oportunidade e conveniência. 
- continuidade: determina que os serviços públicos essenciais não podem ser interrompidos. 
- finalidade: determina que o ato deve ter sempre um fim público ou social estabelecido em lei. 
Tema: Serviços Públicos 
“Há consenso na distinção feita entre as funções públicas do estado e os serviços públicos que o Estado presta à sociedade”. 
As funções públicas são fundamentais para a existência do próprio Estado e caracteriza-se por atividades próprias e exclusivas do Estado, tais como legislativa; judiciária; de defesa (Forças Armadas); policial; fiscal; tributária. Já os serviços públicos se caracterizam por algo que o Estado oferece à comunidade, sendo de grande importância para os cidadãos que a constituem. 
Os serviços públicos constituem atividades exercidas pelo Estado, de forma direta ou indireta, que não são essenciais a ele, mas imprescindíveis à população. 
São exemplos de serviços públicos: 
• abastecimento de água; 
• serviços de esgoto; 
• iluminação; 
• transporte; 
• telefonia 
Tema: A Administração Pública e os serviços públicos municipais 
Existe uma interligação entre a Administração Pública e os serviços públicos municipais, considerando-se que se trata de uma função pública que implica obrigatoriedade de ação. 
Analisando as políticas públicas no contexto da Administração Pública, pode-se dizer que elas atendem às demandas de origem interna e externa que são apresentadas ao gestor. Na própria história da civilização, observa-se que foi essa a nossa trajetória evolutiva: surgiam as necessidades e buscava-se as soluções; surgiam novas necessidades e procurava-se novas soluções.Pode-se dizer que se trata de um processo de insatisfação-satisfação-insatisfação. 
Capitulo 2 – Os Serviços Públicos (pág. 64 a 91) 
Tema: As competências municipais em relação aos serviços públicos 
Estão previstas na Constituição Federal diversas normas que tratam de serviços públicos, embora não haja uma conceituação a respeito (o que cabe à doutrina). A nomenclatura sobre a matéria não é, portanto, uniformizada. Há, no entanto, na Carta Magna, uma referência única e especial sobre a competência dos municípios de “organizar e prestar, diretamente ou sob o regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial” (Brasil, 1988, art. 30, V). No caso dos serviços públicos municipais, há uma conceituação básica de que eles devem ser de interesse local. Portanto, todos os serviços que são preponderantemente de interesse local são de competência municipal. 
Em relação aos serviços públicos, apresenta-se algumas conceituações básicas: 
1. A Escola do Serviço Público de Léon Duguit, define serviço público como “toda atividade cuja realização é assegurada, regulada e controlada pelos governantes, porque a realização dessa atividade é indispensável à realização e ao desenvolvimento da interdependência social e não pode se realizar a não ser com a intervenção da força governamental”. 
2. Para Hely Lopes Meirelles serviço público é definido como “todo aquele prestado pela Administração Direta ou Indireta através de normas e 
controles estatais, satisfazendo necessidades (essenciais ou secundárias) da coletividade”. 
3. Para Cançado e Espírito Santo (2004), serviço público pode ser considerado como toda atividade fornecida pelo Estado ou por quem esteja a agir no exercício da função administrativa, quando houver permissão constitucional e legal para isso. 
Tema: Os princípios dos serviços públicos 
Analisando o contexto no qual ocorre a prestação dos serviços públicos, deve-se sempre levar em conta o fato destes serem regidos por princípios, além dos princípios da Administração Pública e das demais regras e normas da Constituição Federal e da legislação e bem como vários aspectos relacionados à doutrina. Então, os princípios que regem os serviços públicos na sua formalização e execução são vários. Entre eles, pode-se dizer que os basilares são: da generalidade, da eficiência, da continuidade, da modicidade de tarifas, da uniformidade, democrático, da atualidade, da cortesia e da segurança. 
Observe-os separadamente: 
-Princípio dageneralidade: os serviços públicos serão prestados aos usuários da forma mais abrangente possível.
-Princípio da eficiência: prestar o serviço com eficiência implica que ele deve ser realizado com qualidade e baixo custo, pautado por inovações tecnológicas e de gestão.
-Princípio da continuidade: significa que é vedado aocontratado paralisar a prestação de serviços públicos.
-Princípio da modicidade das tarifas: a tarifa deve ser o suficiente para proporcionar a justa remuneração dos serviços prestados.
-Princípio dauniformidade: consiste na prestação do serviço público de forma uniforme a todos os usuários que atendam aos requisitos técnicos e legais para sua prestação.
-Princípio Democrático: para garantir a participação do beneficiário em todas as formas disponíveis de serviço público.
-Princípio daatualidade: implicaque a prestação do serviço público seja sempre atualizada e modernizada, tornando-o eficiente.
-Princípio da cortesia: o serviço público deve ser prestado de forma cortês para com os usuários.
-Princípio da segurança: os serviços públicos devem ser oferecidos com segurança, sem que haja riscos de danos para os usuários.
Tema: Os serviços públicos próprios 
Conforme a classificação de Cunha (2004), citado por Brudeki e Bernardi “os serviços públicos são classificados em: serviços próprios, serviços de utilidade pública, serviços impróprios, serviços administrativos, serviços industriais, serviços uti universi e serviços uti singuli”. 
- Serviços de utilidade pública: são aqueles que a administração oferece de forma direta ou por delegação a terceiros, desde que as condições sejam regulamentadas com antecedência e os serviços estejam sob o controle do ente federado responsável, embora sejam executados por conta e risco dos prestadores, os quais recebem remuneração dos usuários. 
- Serviços próprios: como o nome indica, são aqueles com clara responsabilidade do Poder Público. Entre eles, podemos encontrar os serviços de segurança, polícia, higiene e saúde pública. Nesses casos, o Estado faz uso de sua prerrogativa de supremacia sobre aqueles que estão sujeitos a sua administração para realizar os serviços. 
- Serviços impróprios: não têm como objetivo as necessidades básicas da comunidade, mas as atividades que a administração presta de forma remunerada, por seus órgãos ou entidades descentralizadas (autarquias, empresas públicas ou sociedades de economia mista) ou, ainda, aqueles serviços cuja prestação é delegada a concessionários, permissionários ou autorizados. 
- Serviços administrativos: são aqueles que satisfazem às necessidades internas de um órgão ou possibilitam a preparação prévia de outros serviços que serão prestados pelo Poder Público – por exemplo, a imprensa oficial. 
- Serviços industriais: são os que geram rendimentos para quem os presta, por meio de remuneração (tarifa ou preço público) advinda do serviço utilizado. Esses serviços podem ser prestados por empresas públicas ou concessionárias, permissionárias ou que tenham autorização para executar a atividade. É o caso da prestação de serviço feito por uma empresa que seja concessionária distribuidora de energia elétrica ou transporte, entre outras. - Serviços uti universi (universais): são aqueles prestados pelo Poder Público sem a possibilidade de prévia identificação individual dos seus usuários. São financiados por tributos gerais, como os impostos. 
- Serviços uti singuli (individuais): são aqueles prestados a um número determinado de usuários ou que possibilitem a sua individualização (telefone, água e energia elétrica domiciliar). 
Tema: A descentralização administrativa 
Assim, o que observamos é que o processo de descentralização administrativa, especialmente no que se refere à prestação de serviços, que começara em 1960, de acordo com Cunha (2004), foi considerado, inicialmente, segundo Figueiredo (2006), como mecanismo suficiente para resolver todos os problemas intergovernamentais. Entretanto a partir da reforma administrativa implementada no final da década de 1990, esse processo passou a assumir uma nova postura, sendo considerado, assim, um mecanismo institucional, envolvendo, além das clássicas modalidades de descentralização, alguns novos arranjos públicos. Nessas modalidades de descentralização e novos arranjos públicos, encontramos, na prestação de serviços públicos, procedimentos como: terceirização, concessão, permissão e autorização. 
- A terceirização de serviços públicos- contratação de empresas especializadas (terceiros) para a realização de atividade-meio de determinada organização. Somente será permitida pela legislação vigente quando o plano de cargos e carreiras (União, estados e municípios) for omisso no tocante ao cargo que se pretenda terceirizar. No caso, por exemplo, de uma cidade em que a coleta de lixo é feita por uma empresa privada contratada mediante licitação, a terceirização consiste na contratação de empresas de limpeza e segurança pela Administração Pública. 
- A concessão de serviços públicos - o Estado, mediante autorização legal e realização de procedimento licitatório, delega ao particular a execução de serviço público, o qual deve ser prestado em conformidade com as condições previamente estabelecidas, sendo o concessionário remunerado por tarifas cobradas dos usuários do referido serviço. Isso ocorre quando, por exemplo, prefeituras de determinados municípios concedem a exploração do serviço de transporte coletivo urbano, mediante licitação,a empresas de ônibus privadas ou, então, o governo federal concede estradas para empresas privadas explorarem o pedágio em troca da manutenção e da duplicação das rodovias. A concessionária de serviços públicos tem a responsabilidade objetiva por danos a terceiros. No entanto, o Poder Público concedente também responde por eles. Presume-se que, se houve danos causados pela empresa concessionária, houve também falha administrativa na escolha ou na fiscalização das atividades da concessionária. Obviamente, isso se aplica quando fica provado que a falha na escolha ou na fiscalização da prestadora de serviços foi a causa do evento danoso. Portanto, a Administração Pública e a concessionária se vinculam reciprocamente, fixando os respectivos direitos e outras disposições relativas às finalidades do serviço. 
- A permissão de serviços públicos - modalidade de prestação indireta de serviço público por meio de pessoas de direito privado, chamadas permissionárias. Ela guarda estreita semelhança com o instituto da concessão e aplicam-se inteiramente aqui os princípios da responsabilidade objetiva, relativamente ao concessionário de serviço público. É um ato administrativo unilateral, por meio do qual o Poder Público delega a execução de um serviço ao particular que demonstrar capacidade para seu desempenho. A permissão é entendida como um ato precário e discricionário, podendo, ainda, ser gratuita ou onerosa. Constatamos esse tipo de ocorrência quando o município permite, mediante licitação, que particulares explorem o serviço de táxi em seu território. 
- A autorização de serviços públicos: O instituto da autorização para execução de serviços ou realização de eventos está sujeito à regulamentação e ao controle pelo Poder Público. Como exemplo pode-se citar a autorização para o transporte de passageiros em peruas ou vans, além de outros, tais como o serviço de táxi. Essa modalidade de delegação de serviços públicos se caracteriza como ato administrativo unilateral, precário e discricionário, por meio do qual a Administração Pública, visando ao atendimento de interesses coletivos emergentes ou instáveis, delega a execução de uma atividade ao particular, de forma exclusiva e intransferível, ficando assim responsável pelo controle e pela qualidade dos serviços autorizados. É o que acontece quando o município dá autorização para que agricultores possam vender seus produtos numa feira livre. 
Capitulo 3 – O planejamento e a distribuição dos serviços públicos nos municípios e seus diferentes níveis de articulação (pág. 96 a 139) 
Tema: A urbanização e o loteamento 
Conforme as condições e consequências da urbanização é conveniente, para a comunidade, que a área urbana seja planejada de forma integrada, isto é, que todos os melhoramentos públicos sejam planejados coerentemente. Se existirem planos regionais, estaduais ou federais, é interessante que haja perfeita compatibilidade entre o plano urbano e esses planos, visando obter maior eficiência econômica do projeto. Isso implica um planejamento para: a ocupação do solo; o manejo de águas pluviais. 
As ações que ocorrem a urbanização e no loteamento de uma área: 
• a retirada expressiva de parte da sua vegetação que a protegia da ação erosiva das águas pluviais; 
• abrir ruas, fazendo cortes e aterros; 
• edificar nos lotes; 
• pavimentar ruas e habitar a área. 
Tema: Fundamento da transparência dos atos do governo 
No Brasil, a partir da Constituição Federal de 1988, é permitido que obtenhamos informações de cunho pessoal que façam parte de um banco de dados, em qualquer nível da Administração Pública. No entanto, o termo cunho pessoal é passível de outro nível de interpretação jurídica e há controvérsias que podem servir de direcionamento para o processo de transparência na Administração Pública. A base para a transparência na gestão dos serviços públicos é a disponibilidade de informações relativas à gestão dos serviços. O principal fundamento é a garantia de acesso dos cidadãos às informações coletadas, produzidas e armazenadas pelas diversas agências estatais. Aliás, essa é uma condição para proteger a população de atos arbitrários dos governos, além de possibilitar a nossa participação na gestão da coisa pública. 
Tema: As consequências da urbanização mal planejada 
De acordo com Botelho citado por Bernardi e Brudeki (2013), as águas da chuva continuarão a cair na área e escoarão por ela. Essas águas, ao escoar, seguirão caminhos próprios e independentes dos desejos dos novos ocupantes da região. 
Se não forem tomados os devidos cuidados na área recém-urbanizada, quais são as consequências que poderão ocorrer: 
• erosões nos terrenos; 
• desbarrancamentos; 
• danos aos pavimentos causados pela alta velocidade das águas nas ruas; 
• criação de pontos de locais de escoamento natural das águas (pontos baixos e fundos de vale) – a ocupação desses locais impede a água de escoar, exigindo obras posteriores de correção; 
• assoreamento dos córregos pelo acúmulo de material erodido dos terrenos. 
Tema: A função da Lei Orgânica municipal 
Considerando a situação anterior à Constituição de 1988, observamos que nesta última a receita municipal cresceu: o município passou a arrecadar os impostos municipais (predial e territorial urbano, inter vivos, sobre serviços de qualquer natureza) acrescidos de maior participação nos impostos federais e estaduais. No texto da atual Carta Magna, um aspecto de real importância e significado foi a conquista de competências privativas ao município, como a de legislar em “assuntos de interesse local”, além da significativa ampliação da autonomia municipal expressa no poder de elaborar sua própria Lei Orgânica. A autonomia do município também se manifesta na capacidade que ele possui de elaborar a sua própria Lei Orgânica (art. 29, CF), uma espécie de “constituição municipal”. 
A função da LEI ORGÂNICA MUNICIPAL: A função da Lei Orgânica municipal é ordenar, regular e direcionar o cotidiano coletivo na área do município. 
Tema: Serviço público de drenagem 
A elaboração de um bom plano de drenagem é um assunto complexo, pois logo de início devem ser adotados critérios básicos de planejamento, para o sistema de drenagem inicial, para o sistema de macrodrenagem e para o programa de desenvolvimento das obras. Frequentemente, existem interferências nos planos regionais, por exemplo, de aproveitamento e controle de recursos hídricos. As restrições orçamentárias nem sempre são bem definidas e a programação das obras fica prejudicada. Por fim, são evidentes os benefícios, principalmente quanto ao desenvolvimento de áreas urbanas que ocorre de forma ordenada, a salvo de inundações e de prejuízos ao tráfego de pedestres e veículos. O SERVIÇO PÚBLICO DE DRENAGEM, conforme a Lei no 11.445/2007: “É o conjunto de atividades (operacionais, manutenção e administração) e infraestruturas (instalações operacionais de drenagem urbana[...], de transporte, retenção para o amortecimento de vazões de cheias, tratamento e disposição final das águas pluviais drenadas nas áreas urbanas)” (Brasil, 2007b art. 3, I, “d”). Quando bem projetado, o planejamento da drenagem inicial praticamente elimina as inundações na área urbana, evitando as interferências entre as enxurradas e o tráfego de pedestres e veículos, bem como danos às propriedades. O bom funcionamento do sistema de drenagem inicial depende essencialmente da execução cuidadosa das obras conforme projetadas, além da manutenção permanente com limpeza e desobstrução cuidadosa das bocas de lobo e das galerias antes das épocas chuvosas. Algumas instituições e autoridades se referem ao sistema de drenagem como sistema público de coleta de esgoto, talvez pelo motivo de que as águas das chuvas lavam ruas e calçadas, levando para o sistema de drenagem todo tipo de sujeira. Em verdade, essas águas podem ser tão poluídas quanto as águas dos resíduos residenciais. 
Capitulo 4 – O saneamento básico (pág. 142 a 184) 
Tema: o planejamento democrático e a sustentabilidade 
No planejamento democrático,procura-se antever, com simulações, os impactos ambientais possíveis aos recursos naturais (renováveis ou não), ao mesmo tempo em que se procura incentivar a participação dos cidadãos nos projetos que lhes são de interesse, pois eles estarão mais próximos dos impactos causados pela alteração do meio ambiente. Todo esse processo, por sua vez, significará a inserção do novo ser humano biológico dentro de um estágio de desenvolvimento sociocultural que possa expandir a sua percepção dos limites decorrentes do funcionamento de cada nível de complexidade sistêmica do meio ambiente. Na opinião de Bezerra e Ribeiro, apud Bernardi e Brudeki (2013), a solução está no entendimento individual e na implementação das dimensões que compõem a questão da sustentabilidade. As dimensões que compõem a questão da sustentabilidade: Ambiental e ecológica; Social; Política; Econômica; Cultural; Espacial; e Institucional: 
• Ambiental e ecológica: exigem que as atividades antrópicas respeitem a capacidade de suporte do meio físico, mediante uso racional das potencialidades locais (naturais, cênicas e paisagísticas). 
• Social: enfatiza a necessidade permanente de facilitar e incentivar a inclusão social e a superação da pobreza, reconhecendo-se a universalidade dos direitos sociais e humanos, com base na equidade. 
• Política: busca a universalização dos direitos de cidadania. 
• Econômica: a premissa é uma eficiência que facilite a competitividade sistêmica e a acumulação de capital, tão necessárias ao processo de desenvolvimento local. 
Cultural: busca preservar e respeitar as características locais, regionais e nacionais, em resposta à padronização imposta pela globalização. 
• Espacial: procura incentivar um melhor relacionamento em âmbito regional, facilitando a exploração de recursos relacionados com a infraestrutura, de maneira a proporcionar uma distribuição mais justa. 
• Institucional: procura incentivar mais estabilidade e consistência dos arranjos institucionais de responsabilidade do gestor local. 
Tema: Serviços públicos de distribuição de água 
Com relação ao Serviços públicos de distribuição de água ao refletir sobre a distribuição de água potável nas cidades, Mascaró (1987), citado por Bernardi e Brudeki (2013), lembra que, normalmente, algumas estruturas não são percebidas pelo observador, o que não significa sua inexistência ou sua insignificância para o cotidiano da população. Enfim, o ambiente urbano é composto por uma série de sistemas estruturados para dar suporte ao cotidiano urbano – a infraestrutura de distribuição de água é uma delas. O principal objetivo do SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA: Fornecer ao usuário água de boa qualidade para uso, em quantidade adequada e pressão suficiente. 
Tema: Águas de superfície 
Com relação ao tratamento da água a ser distribuída, as águas cruas, obtidas das fontes naturais, podem não ser completamente satisfatórias para o uso doméstico. Segundo McDermott apud Bernardi e Brudeki (2013), águas de superfície podem conter organismos patogênicos ou matéria suspensa, exceto em áreas de pedra calcária, nas quais a presença de organismos patogênicos é menos provável, mas a água pode ter gosto e odores ou impurezas minerais indesejáveis, limitando o seu uso. Algumas dessas características desagradáveis podem ser toleradas temporariamente, mas é desejável que a qualidade da água seja alçada para o mais elevado nível possível, utilizando-se o tratamento apropriado. Isso se aplica, também, àqueles casos em que a água é quase ideal (subterrânea), ou seja, o tratamento deve assegurar um padrão de potabilidade em todas as vezes que essa prática for utilizada. A qualidade da água da superfície muda constantemente, e os processos naturais de purificação não são consistentes ou de confiança para garantir a potabilidade que o uso doméstico exige, mesmo quando a água corre por meio de fissuras ou das canaletas subterrâneas por períodos de tempo prolongado. A importância do tratamento da água para o uso doméstico: Sob determinadas circunstâncias, o número de micro-organismos na água de superfície pode aumentar, em vez de diminuir. Somente o tratamento da água fornece a garantia adequada de que ela estará livre dos organismos patogênicos, de outros materiais ou de produtos químicos indesejáveis. 
Tema: Saneamento básico 
A Lei no 11.445/2013 estabelece diretrizes nacionais para o SANEAMENTO BÁSICO, essa nova lei se aproximou do entendimento técnico sanitarista predominante no Brasil e agregou ao conceito de saneamento básico um amplo leque de serviços conjuntos, os quais devem dispor de uma infraestrutura e de instalações operacionais de: abastecimento de água; esgotamento sanitário; limpeza urbana; drenagem urbana; manejo de resíduos sólidos; e manejo de águas pluviais. Outra novidade nessa lei é a presença do termo Universalização, o qual apresenta um sentido de disponibilização. A universalização do acesso para os serviços públicos de saneamento básico: Esse termo está associado a opção de acesso a todos, indiscriminadamente. A Universalização significa colocar à disposição do usuário, sendo que o seu uso dependerá do convencimento, da educação e da preocupação com esse recurso natural cada vez mais escasso, principalmente em regiões urbanas. 
Capitulo 5 – A gestão do resíduos sólidos (pág. 188 a 228) 
Tema: Remoção do lixo 
O Lixo “é todo e qualquer resíduo sólido proveniente das atividades humanas ou geradas pela natureza em aglomerações urbanas, como folhas, galhos de árvores, terra e areia espalhados pelo vento etc.”, conforme conceituação do Centro de Estudos e Pesquisas Urbanas (CPU, 1991), citado por Brudeki e Bernardi (2013). Já a limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos “é o conjunto de atividades, infraestruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destino final do lixo doméstico e do lixo originário da varrição e limpeza de logradouros e vias públicas”, de acordo com o art. 3º, I, “c” da Lei nº 11.445/2007 (Brasil, 2007b). Segundo o Centro de Estudos e Pesquisas Urbanas (CPU, 1991) o principal objetivo da REMOÇÃO DO LIXO GERADO PELA COMUNIDADE: “O principal objetivo da remoção do lixo gerado pela comunidade é evitar a proliferação de vetores causadores de doenças. Estes podem ser encontrados nos restos do que é consumido pela comunidade, por apresentarem condições ideais para se desenvolverem”. 
Tema: Fechamento de um lixão Os lixões a céu aberto são locais em que se processa a descarga de lixo sem qualquer controle sanitário, ao contrário dos aterros. Esse procedimento, infelizmente, ainda é o mais comum em nosso país, em virtude da abundância de terras disponíveis e do desconhecimento das implicações sanitárias que tal prática acarreta. O lixo descarregado diretamente dos caminhões, espalhado sem recobrimento em terrenos geralmente baixos e alagadiços, transforma-se de imediato em um foco de proliferação de insetos e roedores, com evidente prejuízo para a higiene da coletividade, mesmo que o lixão se situe distante de zonas urbanas. É usual encontrar pequenos focos de incêndio, uma vez que a decomposição da matéria orgânica da massa dos resíduos propicia condições favoráveis à proliferação do fogo. Além dessa situação, verifica-se com frequência a existência de criações de animais, porcos principalmente, que se alimentam dos refugos orgânicos. 
Os cuidados necessários no FECHAMENTO DE UM LIXÃO: são necessários vários cuidados no fechamento de um lixão. Tal prática deve obedecer a um processo ordenado e nunca ser um simples abandono. 
Portanto, os seguintes itens devem ser verificados: Um programa de extermínio de ratos na área do lixão é fundamental, pois, uma vez privados do alimento contido no lixo, eles migrarão para locais próximos. 
• Previamente à ação de apagar o fogo (é comum verificar que os resíduos sólidos estão sempre queimando), devemos delimitar a área que está queimando com algumas perfurações, para conhecer o estado do lixo nas camadas inferiores. 
• Imediatamente após a execução dosprogramas de extermínio dos ratos e extinção do fogo, o lixão deve ser recoberto e compactado. 
Tema: A classificação do lixo 
Classificar o lixo, de acordo com Zanta e Ferreira (2003), é importante para a escolha da estratégia de gerenciamento mais viável. Podemos dividi-lo em classes, da seguinte forma: Classe I – resíduos perigosos: são aqueles que apresentam periculosidade ou uma das características seguintes: inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade ou patogenicidade: Classe II – não inertes: são aqueles que não se enquadram nas classes I e III, podendo ainda apresentar como propriedades a combustibilidade, a biodegradabilidade ou a solubilidade em água. Classe III – inertes: são aqueles que, por suas características intrínsecas, não oferecem riscos à saúde e ao meio ambiente. A definição de LIXO DOMICILIAR: É Lixo originado na vida diária das residências, constituído por restos de alimentos, produtos deteriorados, jornais, revistas, garrafas, embalagens em geral, papel higiênico, fraldas descartáveis e uma grande diversidade de outros itens. 
Tema: Controle sanitário 
A higiene pública é o meio utilizado pelo Poder Público para a preservação da saúde da coletividade, segundo Meirelles (1996), citado por Brudeki e Bernardi (2013). Realiza-se pela imposição de medidas coercitivas e instrução constante dos indivíduos, visando a incutir-lhes hábitos e conhecimentos com que possam proteger a própria saúde e a dos outros. No âmbito da comunidade, a higiene coletiva se desdobra em atividades e serviços de alta complexidade e importância, como são os do controle sanitário propriamente dito. 
Os itens que o controle sanitário abrange: 
 a limpeza de vias e logradouros públicos; 
• a remoção e o destino final do lixo coletado em seu território; 
• a inspeção de gêneros alimentícios; 
• a fiscalização dos recintos franqueados ao público; 
• as edificações urbanas; 
• os veículos de transporte coletivo; 
• o estado dos quintais das residências particulares; 
• tudo o que possa constituir veículo ou foco de moléstia e doenças ou desfavorecer a saúde da população urbana e rural. 
Tema: A contaminação da água pelo chorume 
Com relação à degradação ambiental e devido a intensificação do crescimento populacional no planeta, as transformações ganharam velocidade expressiva e o uso dos recursos, que antes era sustentável, agora passou a ser considerado agressão – impactos ambientais propriamente ditos. Assim, foi sendo estabelecido no planeta um modelo de desenvolvimento baseado na exploração intensiva dos recursos naturais para geração de alimentos e bens de consumo. A exploração dos recursos naturais gera, entre tantas outras coisas, a fabricação de bens de consumo de curta vida útil. Além de explorar intensivamente os recursos naturais, o que já cria sérios problemas ambientais, o homem ainda devolve para o meio ambiente todos os resíduos oriundos dessa exploração, do transporte, do beneficiamento e da fabricação de produtos para consumo. Muitos desses produtos, quando atacados por ácidos ou fogo (nas lixeiras), liberam substâncias altamente tóxicas e letais para os seres vivos. Vale salientar que a concentração média do valor poluente do chorume chega a ser dez vezes superior ao valor poluente do esgoto domiciliar. 
As consequências da contaminação da água pelo chorume: Uma vez contaminada pelo chorume, a água estará infectada com produtos químicos tóxicos e letais, que entram na cadeia alimentar do homem via agricultura irrigada, via abate de animais e, em muitos casos, via água de abastecimento, já que o tratamento de água feito no país é convencional e não retira os produtos químicos já dissolvidos (cianetos, nitratos, organoclorados, pesticidas, defensivos agrícolas etc.). 
Tema: A Lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos 
A Lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos constitui--se num verdadeiro marco na gestão do lixo no Brasil. Ela envolve todo tipo de lixo (com exceção dos radioativos, que são objeto de legislação específica). A Política Nacional de Resíduos Sólidos integra: a Política Nacional de Educação Ambiental (Lei nº 9.795/1999); a Política Federal de Saneamento Básico (Lei nº 11.445/2007; e Lei nº 11.107/2005). De acordo com o estabelecido art. 7º o serviço público de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos urbanos é composto pelas seguintes atividades: 
• coleta, transbordo e transporte de resíduos; 
• triagem para fins de reuso ou reciclagem, tratamento, inclusive por compostagem, e disposição final de resíduos sólidos; 
• varrição, capina e poda de árvores em vias e logradouros públicos. 
Tema: Os projetos de reciclagem e compostagem do lixo 
Com relação a importância social do lixo, no que diz respeito aos aspectos sociais, para Pereira Neto (1999), citado por Bernardi e Brudeki (2013), os projetos de reciclagem e compostagem não só servem para eliminar a condenável prática da catação de recicláveis nos lixões, como garantem a oportunidade de absorção dessa mão de obra na usina. Assim, as pessoas trabalham com segurança trabalhista e médica em projetos que têm não só a preocupação de tratar convenientemente o lixo, mas também de resgatar a cidadania dessas pessoas. Outro aspecto social de relevância bem peculiar a esses sistemas de reciclagem e compostagem diz respeito à mobilização comunitária para a implantação do projeto de coleta seletiva. Esses projetos só atingem seus objetivos caso haja participação comunitária em todos os níveis. 
As oportunidades que os projetos de reciclagem e compostagem do lixo criam para a comunidade: Os projetos criam, entre outros aspectos, oportunidades para a comunidade se reunir, participar, discutir e decidir sobre a solução de seus problemas. 
Capitulo 6 – Alguns serviços de articulação local com características peculiares (pág. 232 a 251) 
Tema: Os serviços funerários 
Desde o período colonial, os serviços funerários, no Brasil, são uma atividade eminentemente local, sendo de competência do município a sua regulação. A partir da primeira Constituição republicana, de 1891, a administração dos cemitérios passou a ser laica, sob a administração dos municípios. Na época, determinava a Carta Magna, no art. 72, parágrafo 5º, que: “Os cemitérios terão caráter secular e serão administrados pela autoridade municipal, ficando livre a todos os cultos religiosos a prática dos respectivos ritos em relação aos seus crentes”. 
O processo de escolha da funerária atualmente: a Administração Pública, para os casos de descentralização dos serviços por meio de permissionários, pode optar pela: 
• metodologia randômica – sorteio aleatório; 
• escolha de funerárias, desde que as regras sejam claras. 
De forma geral, a empresa funerária deve obedecer às normas do município em que ocorrer o funeral, o qual também deve ser o município da empresa, em função da fiscalização municipal e das possíveis multas por infrações cometidas. 
Capitulo 7 – Serviços públicos de articulação local com diretrizes de âmbito nacional (pág. 256 a 273) 
Tema: Serviço de táxi 
Há serviços públicos administrados, normalmente, por meio de licenças (podendo ser temporariamente pessoal e intransferível). Na operacionalização desses serviços, o instrumento usualmente praticado pela gestão municipal é a permissão concedida ao profissional habilitado, com liberação por meio da licença de operação. O serviço de táxi de um município se enquadra no tipo de serviço acima descrito. A definição de gestão de serviços de táxi e indique o que cabe à administração municipal fazer para o gerenciamento desse serviço. 
Trata-se de uma modalidade do sistema de transporte, mais precisamente de caráter público individual, na qual os passageiros têm possibilidade de escolha do local de embarque ou desembarque. Cabe à administração municipal: fiscalizar os serviços; fixar as tarifas que serão praticadas pelos permissionários; impor a troca de veículos após certo tempo de operação, se esse procedimento constar na regulamentação municipal do serviçode táxi. 
Capitulo 8 – A gestão do transporte coletivo (pág. 280 a 321) 
Tema: As etapas do planejamento de um sistema de transporte Para o município oferecer um serviço de transporte coletivo de qualidade à sua população é necessário um estudo do processo de mobilidade, ou seja, existe a necessidade de um planejamento. Para elaboração de um planejamento, devem-se seguir etapas sugeridas por Hutchinson (1979) citado por Brudeki e Barnardi. 
As etapas necessárias ao planejamento de um sistema de transporte: 
1) Definição do problema: define a interface entre o sistema e o seu meio ambiente e identifica uma regra ou um critério que possa ser usado pelo planejador para identificar o sistema ótimo. 
2) Geração da solução: gera uma linha de soluções que satisfaçam aos objetivos previamente estabelecidos tanto em níveis mais altos como em mais baixos e que não violem as delimitações dos objetivos. 
3) Análise da solução: prevê provável estado operacional de cada um dos sistemas alternativos gerados na fase anterior, de acordo com as expectativas quanto à situação do meio ambiente. 
4) Avaliação e escolha: visa identificar o sistema alternativo que satisfaça aos objetivos da melhor forma possível. 
5) Implementação: formula a estratégia para a implementação do sistema escolhido durante o período de planejamento. 
Tema: O serviço de transporte coletivo 
Para a gestão urbana, o primordial é que o transporte privado dê lugar ao transporte público coletivo, em virtude do elevado número de veículos que transitam nos grandes centros em horários específicos, causando lentidão. 
O veículo privado, em outros tempos, era considerado produto de luxo, adquirido somente por uma pequena parcela da população. Com o passar dos anos, em virtude do barateamento dos veículos associado a financiamentos atraentes, cresceram os congestionamentos de veículos privados em horários específicos, prejudicando o trânsito de forma geral, em especial as pessoas que utilizam o serviço de ônibus. Os municípios possuem responsabilidade direta sobre a organização do seu transporte público. Os SERVIÇOS DE TRANSPORTE COLETIVO podem ser executados: Os serviços públicos de transporte coletivo tanto podem ser executados diretamente pela prefeitura como pela autarquia municipal, por entidade paraestatal do município ou por empresas particulares, mediante concessão ou permissão – formas estas expressamente previstas no art. 30, V, da Constituição Federal – ou, ainda, por autorização. 
Tema: O TRANSPORTE COLETIVO sob a ótica do Direito Público 
O desafio enfrentado pelo gestor público local em administrar as necessidades de mobilidade populacional é contínuo, árduo e, muitas vezes, não reconhecido pelos usuários. Não há uma definição legal de transporte coletivo urbano, porém a definição operacional, segundo Borges (2006), citado por Bernardi e Brudeki (2013), “abrange o transporte público não individual, realizado em áreas urbanas, com características de deslocamento diário dos cidadãos”. 
A definição de TRANSPORTE COLETIVO sob a ótica do Direito Público: É o conjunto de ações estruturadas pela Administração Pública, é o conjunto de ações estruturadas pela Administração Pública e colocadas à disposição da população (observando-se todos os princípios que norteiam o serviço público) para facilitar: 
• o deslocamento pessoal; 
• o desenvolvimento socioeconômico; 
• a inclusão social; 
• o uso racional do solo. 
Tema: O transporte público coletivo 
Consideramos importante destacar que as modalidades de transporte metropolitano podem ser classificadas, na concepção de Josef Barat apud por Bernardi e Brudeki (2013), em três sistemas: a) metrô, ferrovia suburbana, bondes e ônibus – estes últimos com elevada capacidade unitária operando em vias isoladas, constituindo o sistema de transporte público de massa; b) ônibus convencionais e micro-ônibus, como sistema de transporte público complementar ao anterior; c) automóveis privados e táxis, como sistema de transporte individual. Tais sistemas devem integrar-se no sentido de proporcionar etapas articuladas nas viagens urbanas, suburbanas, muito embora seja crescente a competição entre o transporte público e o transporte individual nas grandes concentrações urbanas modernas. A definição de TRANSPORTE PÚBLICO COLETIVO: o Transporte público coletivo é “serviço público de transporte de passageiros acessível a todos através de pagamento individualizado, com itinerários e preços da tarifa fixados pelo Poder Público”. 
Tema: Redes alternativas de transporte coletivo 
O planejamento das redes de transporte público, segundo Bruton citado por Bernardi e Brudeki (2013), envolve o mesmo processo adotado geralmente para o desenvolvimento de redes viárias, embora os fatores que necessitam ser considerados sejam completamente diferentes. Além disso, o modo como esses fatores são considerados também varia em função de como o transporte público é visto: apenas como um componente do sistema de transporte global; ou em relação a outros aspectos do planejamento social e urbano. 
Os dois modos básicos de transporte público que são examinados no DESENVOLVIMENTO DE REDES ALTERNATIVAS DE TRANSPORTE PÚBLICO: Primeiramente, o transporte rápido de massa (metrô ou ferrovias suburbanas) e em segundo lugar o ônibus. 
Tema: o conceito de acessibilidade 
Consideramos importante destacar que as modalidades de transporte metropolitano podem ser classificadas, na concepção de Josef Barat (1975, p. 36), apud Bernardi e Brudeki (2013), em três sistemas:
 a) metrô, ferrovia suburbana, bondes e ônibus – estes últimos com elevada capacidade unitária operando em vias isoladas, constituindo o sistema de transporte público de massa;
 b) ônibus convencionais e micro-ônibus, como sistema de transporte público complementar ao anterior; 
c) automóveis privados e táxis, como sistema de transporte individual. Tais sistemas devem integrar-se no sentido de proporcionar etapas articuladas nas viagens urbanas, suburbanas, muito embora seja crescente a competição entre o transporte público e o transporte individual nas grandes concentrações urbanas modernas. 
A definição de ACESSIBILIDADE: Tem relação com a possibilidade de o cidadão ter acesso a um determinado serviço público, o que, no caso do transporte público coletivo, significa possibilitar que qualquer cidadão adentre ao sistema para realizar uma atividade particular cuja locomoção é imprescindível.

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